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CANGUSSÚ LVS; ASSIS MO; DAVID AMSS; RODRIGUES BRA;VELOSO CS; MOTA WF.

2012. Determinação da curva de embebição de sementes de coentro pelo método de imersão


em água Horticultura Brasileira 30: S8031-S8036.

Determinação da curva de embebição de sementes de coentro pelo


método de imersão em água
Lucas Vinícius de Souza Cangussú1; Miquéias de Oliveira Assis1;Andreia Márcia
Santos de Sousa David¹; Bruno Rafael Alves Rodrigues1; Cecília Soares Veloso1;
Wagner Ferreira da Mota1
1
Unimontes –Universidade Estadual de Montes Claros. 2630, Bico da Pedra, Caixa Postal 91.
CEP: 39440-000. Janaúba – MG, lucasvscagro@hotmail.com, miqueiasagronomia@yahoo.com.br,
andreiamssdavid@yahoo.com.br; ,rafabrunoalves@hotmail.com, cecyveloso@hotmail.com;
wfmota@yahoo.com.br

RESUMO
O processo de absorção de água pelas sementes é uma etapa essencial para o início da
germinação, caracterizada pela protrusão da raiz primária, que apenas se completa
quando o teor de água da semente exceder um valor crítico que possibilite a ativação
dos processos metabólicos. Nesse sentido, o presente trabalho teve como objetivo
determinar a curva de embebição de sementes de coentro pelo método de imersão em
água. Para determinar a curva de embebição, foram utilizados três lotes de sementes de
coentro da cultivar Palmeira. Para promover a absorção de água, as sementes foram
imersas em copos descartáveis contendo 150 ml de água destilada e acondicionadas em
estufa tipo B.O.D, ajustada à temperatura de 20°C, sob fotoperíodo de 12 horas. Para
realização da curva de embebição, as sementes foram pesadas secas antes do início do
experimento, e posteriormente pesadas úmidas até completar 156 horas de avaliação.
Em seguida, foi realizado o teste de germinação com as sementes provenientes da
embebição. Os resultados foram submetidos à análise de variância e regressão em nível
de 5% pelo teste “F”. As estimativas dos parâmetros da regressão foram avaliadas pelo
teste “t” em nível de 5% de significância, e as diferenças entre lotes comparadas pelo
teste Scott-Knott, também a 5% de significância. Conclui-se que o método de imersão
em água não é eficiente para determinação da curva de embebição em sementes de
coentro.
PALAVRAS -CHAVE: Coriandrum sativum L., absorção, curva de embebição.
ABSTRACT
Determination of the imbibition curve coriander seeds by immersion in water
The process of water absorption by seeds is an essential step towards the beginning of
germination, characterized by radicle protrusion, which is only complete when the water
content of the seed exceeds a critical value that allows the activation of metabolic
processes. Accordingly, this study aimed to determine the imbibition curve coriander
seeds by immersion in water. To determine the imbibition curve, we used three lots of
coriander seeds cultivar Palmeira. To promote absorption of water the seeds were
soaked in plastic cups containing 150 ml of distilled water and placed in an oven BOD,
adjusted to 20 ° C under a photoperiod of 12 hours. To perform the imbibition curve,
the dried seeds were weighed before the start of the experiment, and then weighed wet
to complete 156 hours of evaluation. Then we performed the test germination of seeds
from the soaking. The results were submitted to ANOVA and regression at 5% for the
test "F". The estimates of the regression parameters were evaluated by "t" in the 5%
level of significance, and differences between batches compared by Scott-Knott, also a
5% significance level. It is concluded that the water immersion method is not efficient
to determine the curve of coriander seed imbibitions.
Keywords: Coriandrum sativum L, absorption, imbibition curve.

Hortic. bras., v. 30, n. 2, (Suplemento - CD Rom), julho 2012 S 8031


CANGUSSÚ LVS; ASSIS MO; DAVID AMSS; RODRIGUES BRA;VELOSO CS; MOTA WF.
2012. Determinação da curva de embebição de sementes de coentro pelo método de imersão
em água Horticultura Brasileira 30: S8031-S8036.

O coentro (Coriandrum sativum L.) é uma olerícola de grande valor e importância


comercial, sendo uma planta condimentar largamente utilizada no Brasil, com grande
volume de importação e produção nacional de sementes (Silveira, 1995). A planta é
muito popular no Nordeste do país, principalmente utilizada como tempero de peixes, e
suas sementes são de conhecido valor medicinal. O seu óleo é utilizado em tratamentos
reumáticos (Barros, 1994)
Problemas relacionados ao baixo vigor de sementes e ao estabelecimento da cultura,
além da presença de doenças são uma constante nesta espécie, e os estudos realizados a
esse respeito ainda são escassos. O desempenho das sementes comercializadas é muito
importante para a obtenção de um estande desejável bem como colheita de plantas mais
uniforme. Isso é fundamental para o produtor, pois somente sementes de elevado nível
de qualidade poderão garantir excelentes produções.
O processo de absorção de água pelas sementes é uma etapa essencial para o início da
germinação, caracterizada pela protrusão da raiz primária, que apenas se completa
quando o teor de água da semente exceder um valor crítico que possibilite a ativação
dos processos metabólicos. Ao monitorar o conteúdo de água de sementes submetidas à
embebição em água, muito frequentemente se observa um padrão típico trifásico de
absorção e hidratação (Castro et al., 2004).
Bewley & Black (1994) consideram que a absorção de água pelas sementes ocorre de
acordo com padrão trifásico. A fase I, denominada embebição, é consequência de
potencial matricial e, portanto, processo físico, que ocorre independentemente da
viabilidade ou dormência das sementes, desde que não relacionada a impedimentos
físicos à entrada de água. Os mesmos autores afirmam que a fase II é estacionária e
ocorre em função do balanço entre o potencial osmótico e o potencial pressão. Nesta
fase, a semente absorve água lentamente e o eixo embrionário ainda não consegue
crescer. Na fase III ocorre novo aumento no grau de umidade das sementes e observa-se
a emissão de raiz primária.
Deste modo, a importância da curva com as fases de entrada de água está relacionada
tanto aos estudos de impermeabilidade de tegumento, como na determinação da duração
de tratamentos com reguladores vegetais, condicionamento osmótico e pré-hidratação
(Albuquerque et al., 2000).

Hortic. bras., v. 30, n. 2, (Suplemento - CD Rom), julho 2012 S 8032


CANGUSSÚ LVS; ASSIS MO; DAVID AMSS; RODRIGUES BRA;VELOSO CS; MOTA WF.
2012. Determinação da curva de embebição de sementes de coentro pelo método de imersão
em água Horticultura Brasileira 30: S8031-S8036.

Assim, o presente trabalho teve como objetivo determinar a curva de embebição de


sementes de coentro pelo método de imersão em água.

MATERIAL E MÉTODOS
O experimento foi conduzido no Laboratório de Análise de Sementes do Departamento
de Ciências Agrárias (DCA) da Universidade Estadual de Montes Claros -
UNIMONTES, campus Janaúba – MG, no período de março a abril de 2012. Para
caracterizar a curva de embebição, foram utilizados três lotes de sementes de coentro da
cultivar Palmeira, produzidas na região norte de Minas Gerais.
As sementes foram colocadas em copos descartáveis (200 ml), contendo 150 ml de
água destilada e em seguida, acondicionadas em estufa tipo B.O.D, previamente
regulada à temperatura de 20°C constante, sob fotoperíodo de 12 horas.
Para realização das curvas, as sementes foram pesadas secas antes do início do
experimento, e posteriormente pesadas úmidas até completar 156 horas de avaliação,
sendo que o nível de absorção foi medido nos seguintes intervalos: 0,0; 6,0; 12,0; 24,0;
36,0; 60,0; 84,0; 108,0; 132,0 e 156 horas. Para tal procedimento, as sementes de todos
os tratamentos, eram retiradas e secadas superficialmente com papel toalha, pesadas,
contadas e colocadas novamente nos tratamentos e retornadas a B.O.D, segundo método
descrito por Baskin & Baskin (2001).
O teor de água absorvida em cada tempo foi calculado pela seguinte expressão:
% de água absorvida= [(Pf – Pi) / Pi ] * 100
Sendo:
Pi: peso inicial das sementes em cada intervalo citado
Pf: peso final das sementes em cada intervalo citado
Foi realizado o teste de primeira contagem da germinação, utilizando-se as sementes
provenientes da absorção que não emitiram a radícula até o período determinado no
presente estudo. Utilizaram-se caixas plásticas tipo gerbox, onde as sementes foram
distribuídas sobre uma folha de papel mata-borrão, previamente umedecidas com água
destilada, em volume equivalente a 2,5 vezes o peso do papel seco. Utilizou-se 4
repetições de 50 sementes, e as caixas contendo as sementes foram colocadas em
germinador previamente regulado à temperatura constante de 20 ºC. As avaliações
foram realizadas no sétimo dia após a semeadura, e os resultados expressos em

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2012. Determinação da curva de embebição de sementes de coentro pelo método de imersão
em água Horticultura Brasileira 30: S8031-S8036.

porcentagem de plântulas normais, conforme recomendação da RAS – Regras para


Análises de Sementes Brasil (Brasil, 2009).
O delineamento experimental adotado foi o inteiramente casualizado, com um
tratamento sendo composto por quatro repetições de 50 sementes. Os resultados foram
submetidos à análise de variância e regressão em nível de 5% pelo teste “F”. As
estimativas dos parâmetros da regressão foram avaliadas pelo teste “t” em nível de 5%
de significância, e as diferenças entre lotes comparadas pelo teste Scott-Knott, também
a 5% de significância.

RESULTADOS E DISCUSSÃO
Analisando-se a Figura 1, observa-se que a curva de embebição não seguiu o padrão
trifásico proposto por Bewley & Black (1994).
A velocidade de embebição e o ganho de peso são bastante rápidos e de acordo com
Carvalho & Nakagawa (2000), a fase I possui duração de uma a duas horas. Entretanto,
as sementes de coentro atingiram essa etapa após 36 horas de embebição, sendo este o
ponto de mudança para a fase II. O tempo da fase I está de acordo com citações de Coll
et al. (2001) de que a velocidade de absorção e a quantidade de água embebida variam
com a natureza e composição do tegumento. Rodrigues et al. (2008) observaram que em
sementes de salsa (Petroselinum sativum Hoffm) pertencentes a mesma família
(Apiaceae) do coentro, a fase II do processo de embebição iniciou-se entre 64,6 e 73,0
horas. A fase II é caracterizada por uma estabilização do teor de água nas sementes
(Bewley & Black, 1994). Após esse período de reduzida embebição, as sementes voltam
a ganhar umidade, culminando com a protrusão radicular (fase III). Entretanto, para o
método testado não houve protrusão radicular, consequentemente, a não caracterização
exata das fases II e III. Esse fato se deve, provavelmente, à condição em que as
sementes foram colocadas para embeber (submersas em água sem sistema de
oxigenação), o que não favoreceu a protrusão do sistema radicular de todas as sementes
devido à baixa oxigenação do meio em que se encontravam.
Houve efeito dos lotes, nos resultados de primeira contagem de germinação e sementes
duras (Tabela1). De acordo com o teste de primeira contagem realizado com as
sementes provenientes do método testado (imersão em água), observa-se que ocorreu
uma maior velocidade de germinação nas sementes provenientes do lote 1, que

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atingiram 64% de plântulas normais, ressaltando que de maneira contrária, aos


resultados obtidos no método de embebição testado, não ocorreu protrusão radicular, em
nenhum dos lotes avaliados.
Durante as avaliações, as sementes duras foram classificadas como aquelas que no final
do teste de primeira contagem permaneceram sem absorver água. Dessa forma,
verificou-se que as sementes originadas dos lotes 2 e 3 apresentaram maiores
porcentagens de sementes duras (não embebidas) não diferindo estatisticamente entre
eles (Tabela1).
Portanto, conclui-se que o método de imersão em água não é eficiente para
determinação da curva de embebição em sementes de coentro.

AGRADECIMENTOS
A Universidade Estadual de Montes Claros – Unimontes, pelo suporte técnico, e à
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG), pelo apoio
financeiro.

REFERÊNCIAS

ALBUQUERQUE MCF; RODRIGUES T de JD; MENDONÇA EAF. 2000. Absorção


de água por sementes de Crotalaria spectabilis Roth determinada em diferentes
temperaturas e disponibilidade hídrica. Revista Brasileira de Sementes, Brasília, v. 22,
p. 206-215.

BARROS IBI. 1994. Horticultura: Plantas condimentares. Jornal do Comércio,


Suplemento Rural. p.4,. Porto Alegre.

BASKIN, C.C.; BASKIN, J.M. Seeds: ecology, biogeography, and evolution of


dormancy and germination. New York: Academic Press, 2001. 666p.

BEWLEY JD; BLACK M. 1994. Seeds: physiology of development and germination. 2.


ed. New York: Plenum Press, 445p.

BRASIL. 2009. Ministério da Agricultura e Reforma Agrária. Regras para análise de


sementes. Brasília: SNAD/DNDV/CLAV. 365p.

CARVALHO NM; NAKAGAWA J. 2000. Sementes: ciência, tecnologia e produção.


4. ed. Jaboticabal: FUNEP, 588 p.

CASTRO RD; BRADFORD KJ; HILHORST HWM. 2004. Embebição e reativação do


metabolismo. In: FERREIRA, A. G.; BORGHETTI, F. Germinação: do básico ao
aplicado. Porto Alegre: Artmed, 2004. 323p.

Hortic. bras., v. 30, n. 2, (Suplemento - CD Rom), julho 2012 S 8035


CANGUSSÚ LVS; ASSIS MO; DAVID AMSS; RODRIGUES BRA;VELOSO CS; MOTA WF.
2012. Determinação da curva de embebição de sementes de coentro pelo método de imersão
em água Horticultura Brasileira 30: S8031-S8036.

COLL JB; RODRIGO GN; GARCIA BS; TAMES RS. 2001. Fisiologia vegetal.
Madrid: Ediciones Pirámide, 566p.

SILVEIRA SR. 1995. Efeito da lavagem e da embebição sobre a germinação de


sementes de coentro (Coriandrum sativum L.). Topseed Sementes, Petrópolis.

Figura 1. Curva de embebição das sementes de Coentro, para o método de imersão em


água( Curve coriander seed imbibition to the immersion in water ). Unimontes,
Janaúba- MG, 2012.

Tabela 1- Resultados médios (%) obtidos no teste de germinação, referentes a primeira


contagem de germinação (PC) e sementes duras(SD) de sementes de coentro da cultivar
Palmeira, em função dos lotes avaliados, para o método de imersão em água (Average
results (%) obtained in the germination test, referring to first count (PC) and hards seeds
(SD) of coriander seeds cultivar Palmeira, on the basis of lots assessed for the imersion
in water). Unimontes, Janaúba- MG, 2012.

Lote Variáveis
PC SD

1 63A 37B
2 30B 70A
3 10C 91A
Médias com letras diferentes na mesma coluna diferem (P<0,05) pelo teste Scott-Knott.
Lote 1, Lote 2, ; Lote 3:Cultivar Palmeira.

Hortic. bras., v. 30, n. 2, (Suplemento - CD Rom), julho 2012 S 8036

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