1
BERGSON, H. Ensaio sobre os dados imediatos da consciência. Œuvres. Édition du centenaire.
Paris: PUF, 1959. Doravante Ensaio, citado como DI.
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“Será tanto mais rico de idéias, cheio de sensações e emoções o sentimento em cuja área
nos introduziu, quanto mais a beleza expressa [na obra] tiver profundidade e elevação. As
intensidades sucessivas do sentimento estético correspondem a mudanças de estado [quali-
tativas] ocorridas em nós, e os graus de profundidade a um maior ou menor número de fatos
psíquicos elementares [quantitativos] que dificilmente distinguimos na emoção fundamen-
tal” (DI, p. 16).
7
BERGSON, H. O pensamento e o movente. São Paulo: Martins Fontes, 2006, pp. 154-159. Dora-
vante PM.
8
DESCARTES, R. Meditações. São Paulo: Abril Cultural, 1979.
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Talvez por isso Deleuze tenha definido a filosofia como uma dis-
ciplina que consiste em criar ou inventar conceitos.15 De fato, costuma-
-se dizer que ter uma intuição é ter uma ideia, mas o que é exatamen-
te “ter uma ideia”? Notemos, antes de tudo, que a criação enquanto
processo não supõe necessariamente um criador, uma vez que o su-
jeito passa a ser ele mesmo efeito do processo criativo. Abandona-se
de saída o pressuposto de um sujeito relaxado e passivo como subs-
trato de uma ação espontânea, mas também a intenção ou a finalidade
perseguida pela ação voluntária. Para compreender essa experiência
13
GOUHIER, H. Bergson dans l’histoire da la pensée occidentale. Paris: Vrin, 1989, p. 60.
14
Cf. LEOPOLDO E SILVA, F. Bergson: intuição e discurso filosófico. São Paulo: Loyola, 1994, p.
325-326.
15
DELEUZE, G. O ato de criação. Folha de São Paulo, 27 jun. 1999b. Caderno Mais!, p. 4-5.
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16
Cf. KASTRUP, V. Flutuações da atenção no processo de criação. In: LECERF, E. [et. al.]
(Org.). Imagens da imanência: escritos em memória de H. Bergson. Belo Horizonte: Autênti-
ca, 2007, p. 62.
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Referências
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