Revisão Técnica:
Profª Ms. Herida Cristina Tavares
Revisão Textual:
Profa Ms Eliane Nagamini
Principais Temas da micro Empresa
Principais Teorias
O Comportamento do Consumidor
no Ambiente de Negócios
O Mercado
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Unidade: Colocar o nome da unidade aqui
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A metodologia também é, na maioria das vezes, distinta. Na
macroeconomia o estudo dá-se mais por indução, isto é, partimos de casos ou
fenômenos conhecidos, muitas vezes através de dados históricos, e tentamos
entender as leis gerais que determinaram estes casos ou fenômenos. Um desses
métodos é o uso de instrumentos estatísticos - mais propriamente, econométricos -
para tentarmos avaliar o comportamento de variáveis macroeconômicas. Já na
microeconomia neoclássica, a lógica é normalmente dedutiva. A racionalidade por
trás dos fenômenos está dada pela própria lógica dos agentes e alguns axiomas
fundamentais, e a teoria é construída sobre estas bases. Naturalmente, é possível (e
sempre desejável) a posteriori verificar se as teorias são confirmadas pelo mundo
real.
Utilidade
Utilidade é a característica que os produtos e serviços têm de satisfazerem
necessidades ou desejos das pessoas e empresas. Esse conceito de “utilidade”
aproxima-se do uso cotidiano que damos para a palavra. Podemos dizer que um
litro de água tem utilidade por vários motivos. Pode ser usado para saciar a sede;
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pode ser usado para lavar a louça; pode ser usadoUnidade:
para cozinhar alimentos.
Colocar O unidade aqui
o nome da
conceito de utilidade está ligado, em parte, à característica daquele produto em
satisfazer necessidades ou desejos das pessoas.
Além desse aspecto mais óbvio, os bens também podem ter utilidade mais
abstrata. Por exemplo, um diamante, que a princípio não é um bem “essencial”
para a sobrevivência humana, tem utilidade porque pode ser considerado como
um artigo que embeleza um adereço ou uma pessoa. Dessa forma, a pessoa que
adquire um diamante encontra utilidade nesse objeto, por mais “supérfluo” que
possa parecer a princípio. Vale mencionar também que um serviço também
carrega uma determinada utilidade. Cortar os cabelos, por exemplo, é um serviço
que tem sua utilidade.
Finalmente, outro aspecto que não deve ser esquecido sobre a utilidade é
que ela é subjetiva. Isto é, a percepção de “quão útil” é um determinado produto
depende do seu utilizador ou comprador. Depende também do momento e da
necessidade atribuída àquele produto em um dado momento. Portanto, a utilidade
de um litro d’água para um habitante de uma casa com água encanada abundante
é diferente da utilidade do mesmo litro d’água atribuída por um habitante do
deserto do Saara. A utilidade é subjetiva porque depende do uso que será dado a
determinado bem, das preferências das pessoas, do momento do consumo, entre
outros fatores.
Escassez
Este é um dos conceitos mais importantes da economia e, ao mesmo
tempo, um dos que algumas pessoas encontram mais dificuldade. Por isso, exige
maior atenção.
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O que dizer dos alimentos, por exemplo, como o milho? Não há uma
quantidade pré-determinada de milho no mundo. Há a quantidade que está
disponível hoje, mas podemos plantar mais e mais, de forma indefinida (pelo
menos ao longo do tempo). Podemos então dizer que o milho não é um produto
escasso? A resposta é um sonoro “NÃO”. Apesar de existir em grandes
quantidades, há um custo para se obter milho. Deve-se plantar, há um custo para
cultivá-lo, colhê-lo, armazená-lo, transportá-lo. Logo, milho entra também na
categoria econômica de produtos escassos.
Bens
Uma vez explicados os conceitos de utilidade e escassez, podemos agora
definir o que são bens. Resumidamente, um bem, no sentido econômico, é
qualquer produto ou serviço que tem utilidade e é escasso. Assim, uma substância
tão importante quanto o ar que respiramos normalmente, em sua forma natural
disponível em abundância, não pode ser considerado um bem econômico por não
haver escassez, salvo em situações ou condições especiais. Outros itens são
escassos, porém não são considerados úteis ou mesmo maléficos e, portanto,
também não são considerados bens econômicos. Alguns exemplos seriam o lixo
doméstico, materiais descartáveis utilizados, a poluição, entre outros.1
Agentes Econômicos
Agentes econômicos são todas as pessoas que tomam qualquer tipo de
decisão na economia, seja pessoal, para suas empresas, governo, etc. As próprias
empresas e o governo podem ser considerados agentes econômicos per se. O
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Produtos que são considerados nocivos ou indesejáveis têm utilidade negativa, e são considerados
“males”.
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termo agente vem do fato de que esses indivíduos, grupos, governo,
Unidade: entidades
Colocar o nome ou
da unidade aqui
empresas agem na economia e a ação tem algum efeito ou impacto em seu
funcionamento.
Racionalidade
Um dos princípios mais elementares da microeconomia é a racionalidade.
Racionalidade, no sentido microeconômico, significa duas coisas. Primeiro, que os
agentes econômicos desejam sempre obter o máximo de utilidade. 2 Isto é
conhecido pelo termo “maximização da utilidade”. Trata-se de um princípio
bastante intuitivo, mas ao mesmo tempo de fundamental importância para a teoria
microeconômica. Outro fator da racionalidade é a consideração de que os agentes
econômicos conhecem as regras básicas de funcionamento de seus negócios e de
economia como um todo, conseguindo, com base nessas regras, tomar decisões de
consumo e produção.
2
Agentes econômicos são todas as pessoas que tomam qualquer tipo de decisão na economia, seja
pessoal, para suas empresas, governo, etc. As próprias empresas e o governo podem ser considerados
agentes econômicos per se.
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Trata-se de um tema fundamental para profissionais de qualquer setor
econômico, sobretudo para profissionais de Marketing. Ao saber identificar o que
dá valor aos bens, os profissionais poderão focar esforços naquelas atividades e
características que “agregam mais valor” aos bens, em detrimento de outras
atividades menos profícuas.
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à sua disposição e, além disso, consideram também osUnidade:
aspectosColocar
de valorosubjetivos
nome da unidade aqui
que cada pessoas atribui aos bens. Tratava-se de uma visão tão distinta das
anteriores e que ganhou tanta importância que tomou o nome de Revolução
Marginalista. Seus principais expoentes, à época, foram William Jevons (1862),
Carl Menger (1871) e León Walras (1874).
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faça preferir este àqueles. O gosto de cada um de nós, portanto, é determinante na
atribuição subjetiva de valor. Da mesma forma que a mesma pessoa pode atribuir
um desejo maior ou menor por determinado bem dependendo da situação.
Quanto você pagaria por um guarda-chuva em um dia de sol? E quanto pagaria
pelo mesmo bem em um dia de chuva? Provavelmente valores diferentes.
Provavelmente pagaria também valores diferentes em um momento de chuva se
estivesse voltando para casa de carro, ou se estivesse indo para uma entrevista de
emprego a pé.
Os itens a seguir exigirão uma visão diferente do aluno, e uma mente aberta
para uma forma abstrata de se enxergar fenômenos do cotidiano. Ao ler os
conceitos e explicações a seguir, tente sempre fazer a ponte entre o que é abstrato
(a teoria) e o real (exemplos da nossa vida e o mundo à nossa volta). Este é um
dos pontos em que diversos alunos têm muita dificuldade, o que chamamos de
“capacidade de abstração”. Entretanto, essa é uma capacidade que pode ser
exercitada pelo aluno e, com isso, desenvolvida.
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entressafra do produto. É a lei da oferta e da procuraUnidade:
que faz com queoonome
Colocar produto
da unidade aqui
fique mais caro quando a oferta do produto diminui nos supermercados e nas
feiras”.
Oferta
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este significado de promoção. É, sim, a soma das quantidades que os vendedores
desejam vender a um determinado preço. Concretamente, se houvesse apenas 3
produtores de café em grão, e a resposta do primeiro fosse “10 mil sacas”, a
resposta do segundo fosse “30 mil sacas” e a resposta do terceiro fosse “5 mil
sacas”, a oferta seria de 45 mil sacas. Mais rigorosamente, esta é a quantidade
ofertada.
Uma vez entendido este lado inicial da oferta, podemos olhá-la de uma
perspectiva um pouco mais ampla. Perceba que a quantidade ofertada é uma
hipótese, uma possibilidade. Se o preço fosse de R$ 200, a quantidade ofertada
seria de 45 mil sacas de café. Vamos supor agora que a mesma pesquisa fosse feita
para um preço maior, digamos de R$ 250. O que você esperaria que ocorresse
com a oferta? Em situações normais, para bens considerados normais, esperamos
que a oferta seja maior quanto maior for o preço.
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Unidade: Colocar o nome da unidade aqui
p (R$/saca)
450
400
350
300
250
200
150
100
50
0
0 20 40 60 80 100 120
q (mil sacas)
Por ser linear, sua representação é dada genericamente por uma equação
do tipo:
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Dado o conhecimento que você já tem sobre a oferta e o gráfico que
fizemos, o que você espera dos sinais dos parâmetros a e b? Como vimos
anteriormente que a quantidade ofertada sobe à medida que aumentamos o preço,
podemos dizer confortavelmente que o sinal de b é positivo. Isso também é
refletido na inclinação da curva, positiva. Com relação ao sinal de a, no caso
representado no gráfico, sabemos que ele é negativo, mas no momento não é tão
importante darmos atenção a ele.
Esta descrição da função de oferta é uma visão estática. Isto significa que,
em um dado momento, dadas características de produção, consumo e mercado
constantes, ela representa as combinações possíveis de preço e quantidade
ofertadas. Isto é, a quantidade ofertada varia “sobre” a curva de oferta.
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que, aos mesmos preços, a oferta seria maior do que anteriormente. Estao mudança
Unidade: Colocar nome da unidade aqui
está representada na Figura 2. A linha tracejada representa a oferta antes das
mudanças. A linha cheia representa a curva de oferta após as mudanças (por
exemplo, após uma redução nos custos do setor, de forma generalizada).
p (R$/saca)
450
400
350
300
250
200
150
100
50
-
- 20 40 60 80 100 120 140
q (mil sacas)
Demanda (“procura”)
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Suponha, então, que fizéssemos uma pesquisa com todos os demandantes
de café em grãos do Brasil. Suponha que a pergunta fosse “quantas sacas você
compraria se o preço fosse R$ 200 por saca?”. A quantidade demandada seria a
soma de todas as quantidades demandadas individuais manifestadas pelos
potencias compradores do mercado. Supondo, então que a soma destas respostas
fosse de 60 mil sacas, esta seria a quantidade demandada associada ao preço de
R$200/saca. O que você espera que ocorra, agora, se aumentarmos o preço
proposto, digamos, para R$ 250/saca? Você se lembra que a oferta aumentava
quando aumentávamos o preço.
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p (R$/saca)
Unidade: Colocar o nome da unidade aqui
450
400
350
300
250
200
150
100
50
-
- 20 40 60 80 100
q (mil sacas)
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Três características são importantes para que um mercado funcione de
forma ótima.
Segundo, deve haver uma definição precisa do produto que está sendo
transacionado (“café arábica tipo II, safra 2009”). Quanto mais específico for o
produto, menor a interferências de variações na qualidade do produto ou outras
variáveis relativas à diferenciação no mercado. Basicamente, esta homogeneização
ou “commmoditização” do mercado permite que a discussão limite-se a preços e
quantidades comercializadas.
Equilíbrio de Mercado
O equilíbrio de mercado ocorre quando a interação entre demandantes e
ofertantes de um bem no mercado leva a que haja uma combinação ótima de
quantidades trocadas a um dado preço. O ponto de equilíbrio 3 é o ponto em que
todos os demandantes que querem comprar o bem a um determinado preço
encontram oferta para ele, e todos os ofertantes que querem vender este bem
àquele preço também encontram demanda para ele. Não há, portanto, “sobras”
nem “falta” de bens.
3
Mais especificamente, aqui referimo-nos ao chamado “Equilíbrio Walrasiano”. Há outras definições de
equilíbrio e um sistema econômico complexo pode ter muitos pontos de equilíbrio ou nenhum. Pode
ainda ter equilíbrios estáveis ou instáveis. Nessa visão inicial, vamos nos restringir ao básico.
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Vejamos um exemplo: no caso das sacas de café, obtivemos
Unidade: que oa nome
Colocar R$200daa unidade aqui
quantidade ofertada é de 45 mil sacas. Ao mesmo preço, vimos que os
demandantes desejam a quantidade demandada de 60 mil sacas. Pela definição de
equilíbrio do parágrafo anterior, você entende que o mercado está em equilíbrio? É
claro que não. Pois estão faltando 15 mil sacas para que os demandantes consigam
comprar tudo o que desejam ao preço de R$200. A oferta é de 45 mil sacas,
enquanto a demanda é por 60 mil sacas.
O que é preciso que ocorra para haver equilíbrio? É preciso que o preço
suba, pois assim mais ofertantes irão desejar vender seus bens, ao passo que um
maior preço fará com que a demanda caia um pouco, até que se atinja o
equilíbrio.
Fazendo qd = qo:
Isolando p, temos:
Resolvendo p:
Resolvendo q: 54,29
Repare que, neste último passo, pode ser usada tanto a equação da
demanda como da oferta. Obviamente, como se trata do equilíbrio, as quantidades
de demanda e de oferta devem ser idênticas (faça o teste!).
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seguir, identificamos o ponto de equilíbrio (p=228,57; q=54,29). Qual a
observação a ser feita sobre este ponto? (veja na figura a seguir).
p (R$/saca)
450
400
Oferta
350
300
250
200
150
100
Demanda
50
-
- 20 40 60 80 100 120
q (mil sacas)
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Unidade: Colocar o nome da unidade aqui
p (R$/saca)
450
O
400
350
300 Eq2
250
200 Eq1
150
100
D1 D2
50
-
- 20 40 60 80 100 120
q (mil sacas)
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