FORNOS
Ano: 2004
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ÍNDICE
1- INTRODUÇÃO 02
02
2- CLASSIFICAÇÃO
2.1- Quanto ao Uso 02
2.2- Quanto ao Aspecto Construtivo 03
3- COMPONENTES PRINCIPAIS 08
3.1- Estruturas e Painéis Laterais 08
3.2- Refratários e Isolantes 09
3.3- Serpentinas 13
3.4- Queimadores 16
3.5- Chaminés e Abafadores 23
3.6- Sopradores de Fuligem (Ramonadores) 24
4- MATERIAIS 25
4.1- Chaminé 25
4.2- Câmara de Convecção 25
4.3- Câmara de Radiação 27
4.4- Caixa de Cabeçotes e Curvas de Retorno 29
5- MECANISMOS DE DETEORIZAÇÃO 30
5.1- Chaminé 30
5.2- Câmara de Convecção 31
5.3- Câmara de Radiação 32
5.4- Caixa de Cabeçotes e Curvas de Retorno 38
6- INSPEÇÃO GERAL 39
6.1- Rotina de Inspeção 40
6.2- Testes 43
6.3- Considerações Gerais
7- CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO 44
7.1- Suportes 44
7.2- Refratários 7.2
8- MECANISMOS DO COQUEAMENTO 46
8.1- Conseqüências Principais 46
8.2- Como Evitar o Coqueamento 46
8.3- Como Verificar 47
8.4- Quando Descoquear 47
8.5- Métodos Empregados para Evitar o Coqueamento 47
9- REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS 48
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1 – INTRODUÇÃO
Os fornos são equipamentos cuja finalidade é fornecer energia térmica (calor) gerada pela
queima de combustíveis e transmitida, na maioria dos casos, a um fluido que escoa em um feixe de
tubos chamado de serpentina.
De acordo coma norma NBR – 10778 (ABNT – TB – 358) forno tubular sujeito à chama é
definido como um equipamento constituído por uma caixa metálica sustentada por uma estrutura de
vigas e colunas metálicas, internamente revestida de material refratário, no interior da qual é
efetuada a queima de um ou mais combustíveis (na câmara de combustão) com a finalidade de
aquecer, vaporizar, promover reação química ou craquear um fluido contido em serpentinas
tubulares cheias, ou não, de catalisador, atendendo as condições de processo e combustão pré-
estabelecidas.
Os fornos são equipamentos de grande importância nas unidades de processo, pois a
utilização de chama proveniente da queima de combustíveis é ainda melhor maneira de se aquecer
grandes vazões de fluidos a altas temperaturas ou fornecer calor para reações endotérmicas. No
primeiro caso, eles são denominados simplesmente fornos e no segundo caso de fornos reatores.
Os fornos representam cerca de 20% do investimento total de uma unidade de
processamento, podendo representar parcela bem maior no caso de fornos reatores, devido as suas
características especiais.
Os fornos são equipamentos que requerem uma atenção especial da operação, do
acompanhamento, da manutenção e da inspeção de equipamentos, pois os limites operacionais das
unidades, em geral, são fixados por eles. Além disso, são pontos críticos quanto ao tempo de
campanha e quanto à duração da parada da unidade. Cabe destacar que os fornos são equipamentos
responsáveis pelo maior número de ocorrências anormais graves em refinarias.
2 – CLASSIFICAÇÃO
De uma forma geral, os fornos são classificados em 2 categorias: quanto ao seu uso e quanto ao seu
aspecto construtivo.
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2.1.1.2 – REFERVADORES
Os fornos deste tipo têm como objetivo elevar a temperatura da carga ao nível
necessário para ocorrer à reação química em um reator a jusante do forno. Neste caso se enquadra,
por exemplo, os fornos de unidade de reforma catalítica, de unidades hidroaquecimento e de
produção de estireno.
Nesta categoria de fornos estão aqueles em que reações químicas ocorrem no interior de sua
serpente tubular. São equipamentos de alto custo e tecnologia sofisticada. Geralmente, estes fornos
são especialmente projetados em função de cada aplicação e seus projetistas procuram patenteá-los.
Os principais tipos de fornos desta categoria são os fornos de reforma e os fornos de pirólise.
A carga, geralmente gás natural ou nafta, reage com vapor d’água na presença de
catalisador produzindo hidrogênio, monóxido de carbono e dióxido de carbono. Os tubos da
câmara de combustão, cheios de catalisador funcionam como vasos de reatores. Os
reformadores, que produzem hidrogênio operam com 900ºC, o que implica em projetos muito
complexo tanto do ponto de vista térmico como mecânico.
A principal classificação dos fornos tubulares é baseada na posição dos tubos na seção de
radiação e na forma da carcaça metálica externa, dando origem a fornos verticais ou horizontais.
Os fornos verticais exigem menor área para construção e, em geral, leva um menor investimento.
Eles possuem geralmente, as camadas de radiação na forma cilíndrica. Já os fornos horizontais
também conhecidos como fornos tipo caixa, possuem as camadas de convecção e radiação,
geralmente na forma de paralelepípedo.
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Como dito anteriormente, esta classificação é dada em função da forma da carcaça externa,
na qual os tubos são geralmente, dispostos horizontalmente ao longo das paredes laterais e teto.
Já o do tipo cabine também tem seção de radiação com a forma de paralelepípedo, porém a parte
superior é formada por duas faces inclinadas.
Estes tipos de fornos possuem convecções extensas na qual é absorvida grande parte da
carga térmica (aproximadamente 30%). Requerem grandes áreas de instalação, pois além da área
realmente ocupada, necessitam de espaço para retirada dos tubos, no caso de substituição, uma
vez que os tubos são horizontais. Devido as grandes seções de convecção, permitem alta
eficiência térmica (cerca 80%) mesmo sem sistemas de preaquecimento de ar. São os tipos mais
indicados para grandes cargas térmicas e para cargas que necessitam limpeza interna dos tubos.
Para economia de investimento há casos com diferentes cargas ou produtos compartilhando a
mesma câmara de combustão através do uso de paredes divisórias para controle independente da
queima, ou várias câmaras de combustão com uma seção de convecção e chaminé comuns.
Alguns fornos podem possuir um muro divisório, também conhecido como altar, que
funciona como um muro central de re-radiação na câmara de combustão ou funcionar como uma
região de interface das zonas de radiação e convecção.
Dependendo do projeto, os queimadores podem ser posicionados tanto no piso como nas
paredes laterais não cobertas pelos tubos.
Quando se deseja uma distribuição uniforme de transferência de calor em torno da
circunferência dos tubos, como é o caso de aplicação em aquecimento de carga de reator, a
serpentina deve receber calor pelas duas semi-circunferências. Em caso específico de alguns
fornos reatores em que, além da distribuição uniforme de calor circunferência, se deseja também
uma boa distribuição longitudinal, os tubos da seção de radiação são posicionados verticalmente
recebendo calor dos queimadores localizados nas paredes laterais e em diferentes níveis.
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Quando se deseja aquecer grandes vazões de gás e existem restrições de perda de carga nos
tubos, como é o caso dos fornos aquecedores dos reatores da unidade de reforma catalítica, pode
ser encontrado um tipo especial em que os tubos da seção de radiação estão em forma de “U”,
interligando os terminais de entrada e saída. Este tipo, embora arranjado em uma estrutura do
tipo caixa, é conhecido como arco ou capela.
Todos estes tipos de fornos são mostrados nas figuras a seguir.
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3 – COMPONENTES PRINCIPAIS
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• Re-radiar o calor não absorvido pelos tubos para o interior da camada de combustível.
• Isolar a câmara de combustão das chapas metálicas externas;
• Evitar perdas de calor parar o exterior;
• Evitar que os gases de combustão que, normalmente, contém gases sulfurosos atinjam a
chaparia metálica, onde poderiam provocar corrosão acida pela sua condensação quando
em contato com a chaparia fria.
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São os materiais que não apresentam forma física definida, podendo ser fornecidos em
baldes, sacos, caixas, etc., que, por serem moldáveis, permitem a fabricação de peças refratarias ou
a construção de revestimentos refratários monolíticos. Este grupo é constituído pelos plásticos,
argamassas, massas de socar e os concretos refratários, sendo estes últimos, os mais utilizados em
fornos.
Os concretos refratários são obtidos através da mistura de um cimento especial de pega
hidráulica (aluminato de cálcio) com agregados de densidade variável, em função das características
refratarias ou isolantes do concreto desejado, na proporção cimento/agregado de 1/4 a 1/5. Os
agregados são constituídos de minerais pré-queimados como tijolo moído, argila calcinada cinza
vulcanizada expandidas e outros minerais contendo alumina. A refratariedade de um concerto
aumenta com a relação AI2 O3/CaO. A pega hidráulica de um concreto tem inicio de 2 a 8h após a
mistura com água, atingindo endurecimento total (cura) apos 24h. A água desenvolve com o
concreto a reação de hidratação, com forte liberação de calor, o que tende a provocar a evaporação
da água de dosagem, vindo a impedir a continuidade da hidratação. Por isso, faz-se necessário
aspergir água sobre o cimento ate seu endurecimento total. A retenção da água excedente no
concreto tem como inconveniente a necessidade de secagem gradativa do refratário para evitar que
a evaporação brusca da água possa causar o aparecimento de trincas. Os concretos podem ser
aplicados por derramamento do concreto ao aço, é necessário fazer a ancoragem para garantir a
sustentação da parede refrataria, que consiste na soldagem a parede que recebera o refratário de
elementos de aço tipo pino, grampos (forma de V ou Y) e telas.
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3.3 – SERPENTINA
Estes tubos são sempre lisos, pois a utilização de tubos com superfície estendida em uma
região onde as taxas de absorção de calor são muito altas provocariam a formação de pontos
quentes nos tubos, acarretando a falha prematura dos materiais.
O diâmetro dos tubos varia de 50 a 250 mm (2 a 10”), podendo haver diâmetros variáveis
quando ocorre vaporização no interior dos tubos, como é o caso dos fornos da torres atmosférica e a
vácuo. O comprimento usual é de 12 a 18m para os tubos horizontais e de 6m para os tubos
verticais.
A espessura de parede dos tubos é calculada segundo a API RP530 para duas condições:
projeto elástico (baseado na prevenção da falha quando a pressão atinge o seu Maximo) e projeto
por ruptura (baseado na prevenção da falha por rompimento devido à fluência durante a vida útil de
projeto). O critério de projeto por ruptura exige sempre a definição de uma vida útil, ou vida de
projeto, para os tubos da serpentina. Isso se deve ao fato de que os danos sofridos pelo aço pelo
fenômeno de fluência crescem com o tempo mesmo que a tensão e a temperatura permaneçam
constantes. O valor usual de projeto para a vida útil de um tubo é de 100.000h, o que corresponde a
aproximadamente 11 anos de operação continua nas condições de temperatura e operação de
projeto.
A interligação entre os tubos que formam a serpentina pode ser feita por cabeçotes de
retorno ou por curvas soldadas.De acordo com a N-1671, da Petrobrás, as curvas de retorno
soldadas são aceitáveis nos seguintes casos:
Caso contrario devem ser usados cabeçotes de retorno. Em tubos horizontais com comprimento
igual ou superior a 18m devem ser usados cabeçotes em ambas as extremidades dos tubos. O uso de
cabeçotes requer que eles sejam instalados externamente a câmara de combustão, em um local
conhecido como caixa dos cabeçotes, para evitar o alto fluxo de calor. As curvas podem ser
instaladas no interior da câmara de radiação ou da convecção.
A – Cabeçote folgado
B – Cabeçote apertado
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3.3.4 – Suportes
Para que a serpentina de um forno cumpra o papel de conduzir o fluido a ser aquecido, ela
necessita de um sistema de suportação que garanta:
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3.4 – Queimadores
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• Proporcionar uma mistura mis homogênea entre o combustível e o ar devido ao seu formato
(bocal);
• Contribuir para aumentar a eficiência da combustão, pois recebe calor da chama e o
transmite a mistura a ser queimada, ajudando na ignição do combustível e na estabilidade da
combustão. Por isso, torna-se difícil iniciar a queima, quando o bloco refratário se encontra
frio, durante a partida;
• Servir para formar o corpo da chama, impedindo ou reduzindo a incidência nos tubos.
3.4.2 – Maçarico
Nos maçaricos com pré-mistura de ar, o gás combustível, ao passar por um pequeno venturi,
aspira e mistura parte do ar de combustão. Algumas vantagens deste tipo são:
• Boa flexibilidade operacional, uma vez que a quantidade de ar aspirado varia com a pressão
do gás. Podem operar com baixo excesso de ar e não são muito afetados por variações na
velocidade e direção dos ventos;
• Proporciona chamas curtas e de forma bem definida em altas taxas de libertação de calor.
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• Requerem pressões de gás relativamente altas. Quando a pressão manométrica do gás fica
abaixo de 0,7 kgf/cm2 co queimador, a queimador, a quantidade de ar aspirado cai
rapidamente e a flexibilidade é reduzida;
• Pode ocorrer retorno da chama para dentro do queimador, por baixa pressão de gás ou
quando é alto o teor de gases com alta velocidade de chama. Por esse motivo, este tipo de
queimador é usado para combustíveis pobres em hidrogênio, como o gás natural;
• O nível de ruído é maior do que o do tipo sem –pré-mistura.
Já nos maçaricos sem pré-mistura de ar, o gás combustível chega ao bico do queimador se
pré-mistura do ar de combustão. Algumas vantagens deste tipo são:
• Pode operar com baixa pressão de gás com uma variedade de combustíveis e sem retorno de
chama para dentro do queimador;
• O nível de ruído é baixo.
Ao contrario dos combustíveis gasosos que, em seu estado natural, já estão em condições de
reagir com o oxigênio, os óleos combustíveis precisam ser processados segundo os seguintes
estágios:
• Atomização: o combustível é reduzido a pequenas gotículas aumentando a área total do óleo
e facilitando a sua vaporização;
• Vaporização: as gotículas do óleo atomizado retiram calor do ambiente passando ao estado
vapor;
• Mistura: o combustível, já vaporizado, mistura-se com o oxigênio do ar formando uma
mistura inflamável;
• Combustão: a mistura ar-vapor de combustível reage quimicamente, liberando calor.
Estes tipos de maçarico podem ser de queima simples ou de queima combinada. De uma
forma geral, os queimadores de óleo possuem, alem do maçarico propriamente dito, um bloco de
refratários conhecido como bloco primário ou “boca do queimador”, no interior do qual o maçarico
se projeta. O maçarico é a parte do queimador onde se verifica a queima do óleo e consiste
essencialmente de duas pecas, quais sejam, o bico e o corpo do maçarico.
O bico do maçarico é uma peca de diâmetro reduzido que orienta e forma o corpo da chama
através de um bocal dotado de perfurações com pequenos diâmetros e inclinações diversas. O
diâmetro, o numero de furos e a inclinação influem no rendimento da queima. Quanto maior a
inclinação dos furos, mais aberta será a chama, ou seja, menos longa.
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4- MATERIAIS
A seleção dos materiais a serem utilizados em fornos deve ser feita de maneira que sejam
atendidas as exigências mínimas impostas pelas condições operacionais. Para facilitar a
apresentação do usuário do assunto, os fornos serão divididos nas seguintes seções.
• Chaminé;
• Câmara de convecção;
• Câmara de radiação
• Câmaras de cabeçotes e curvas de retorno;
4.1 CHAMINE.
4.1.1– Chaparia
4.1.3 Abafador
Os abafadores são, geralmente, confeccionados em aço inoxidável da série 300, do tipo 309
(23%Cr-12%Ni) ou 310 (25% Cr-20%Ni), podendo acionar por meio de instrumentos à
distancia ou manutenção manualmente, por meio de um sistema de roldanas com cabos de
aço.
4.2.1 chaparia
O costado dessa câmara é confeccionado a partir de vigas (ASTM A 36) e chapas de aço
carbono, estas últimas com espessura em torno de ¼”.
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4.2.3 Tubos
Nas convecções com tubos na vertical, os suportes não estão diretamente expostos às
chamas dos marcadores ou aos gases de combustão. Por esse motivo não é exigido dos
mesmos alta resistência à oxidação, sendo geralmente confeccionado em aços de baixa liga.
Nos fornos tipo caixa a suportação dos tubos é feita através de espelhos. Como estão
diretamente expostos aos gases de combustão, que podem atingir na base de convecção
valores de ordem de 800ºC. esse espelhos são confeccionados em ligas fundidas com alto
teor de cromo e níquel. A escolha das ligas é função da temperatura da câmara, bem como
dos teores de sódio e vanádio no combustível queimado. A norma Petrobrás N-1671.por
exemplo, especifica a liga 50%Cr-50%Ni-1,5%Nb se a temperatura do projeto dos espelhos
exceder as 650ºC e se o combustível contiver um teor de sódio e vanádio superior a
100ppm. Como opção, se os limites acima forem ultrapassados, podem utilizar ligas menos
nobres, porém revestindo os espelhos com uma camada de 50mm de concreto refratário.
A finalidade do revestimento é proteger o material contra a corrosão por cinzas
fundidas. Dentre as ligas mais utilizadas para o espelhos destacam-se as ligas Cr-Ni, do tipo
25%Cr-12Ni (AISI-309), 25%Cr-20%Ni (HK-40) e 25%Cr-35%Ni-1,5Nb (HP-40). O API
Std 560 especifica outras ligas em função da temperatura de projeto dos espelhos.
O material dos tubos dos ramonadores é função do seu tipo (fixo ou retráteis) e da
temperatura dos gases na câmara da convecção no seu ponto de instalação, variando desse
aço carbono até os aços inoxidáveis da serie 300.
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4.3.1 – Costado
4.3.3 – Tubos
A maioria dos fornos de refinarias utiliza os tubos em aço liga cromo-molibdênio, desde 1
1/4 Cr-1/2% Mo até 9% Cr-1% Mo,podendo também ser utilizados tubos em aço carbono nos
fornos menos solicitados termicamente. A escolha das ligas cromo-molibdênio é função de
características operacionais tais como pressão, temperatura, teor de enxofre e índice de acidez
naftênica do fluido que esta sendo aquecido. A temperatura do produto vai determinar a temperatura
da câmara de radiação e da parede dos tubos e, conseqüentemente, a taxa de oxidação e a
intensidade da corrosão por cinzas fundidas que vai se desenvolver nos tubos e seus suportes. Está
também diretamente relacionada com a corrosividade inerente ao teor de enxofre e à acidez
naftênica presentes no fluido em aquecimento. Exemplificando, fornos de reforma catalítica operam
com pressões e temperaturas elevadas, da ordem, respectivamente, dos 20 Kgf/cm2 e 500ºC, o que
torna os tubos da radiação suscetíveis à fluência. Por esse motivo, geralmente, utilizam tubos em 2
1/4% Cr-1% Mo (ASTM A 200 Gr T22 ou ASTM A 335 Gr P22), de grande resistência à fluência.
Fornos de unidades de coqueamento retardado, por sua vez, também aquecem o produto (resíduo de
vácuo) aquele nível de temperatura, porém com pressões mais baixas, motivo pelo qual podem ser
utilizados tubos com 9% Cr-1% Mo, mais resistentes à oxidação e a corrosão por cinzas fundidas,
apesar da menor resistência à fluência em relação aos tubos em P22 ou T22.
Os suportes são confeccionados com ligas fundidas com alto teor de cromo e níquel, sendo
ass mais comuns aa liga HK-40 (25% Cr-20% Ni) e a liga HP-40 (35% Ni-25% Cr-1,5% Nb). O
HK-40, possui de 0,2 a 0,6% de carbono, ao passo que liga AISI-310, também com 25% Cr-12%
Ni, possui o máximo 0,08% de carbono. O maior teor de carbono do HK-40 lhe confere boa
resistência mecânica e a fluência até a temperatura de 1150ºC. a liga HP-40, com 0.35 a 0.75% de
carbono, possui comportamento igual ou superior à liga HK-40 nesse nível de temperatura.
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Os projetos de fornos cilíndricos verticais muitas vezes especificam cones para as câmaras
de radiação, principalmente em se tratando de fornos sem convecção ou com falsa convecção, ou
seja, em fornos cujos tubos da radiação sejam pinados na extremidade superior. A principal
finalidade dos cones é reirradiar calor para a metade superior dos tubos. No caso de fornos com
tubos da convecção vertical, servem também para direcionar os gases de combustão para a abertura
existente entre a camisa da convecção e o revestimento refratário da convecção. Os cones são
confeccionados em aço inoxidável contendo 25%Cr-20%Ni ou 25%Cr-12%Ni. Na metade inferior
do cone temos os componentes fundidos, mais resistentes à alta temperatura, sendo que a metade
4.3.6 – Queimadores
Nos maçaricos a gás, os bicos são confeccionados em aço inoxidável da serie 300 ou 400,
enquanto que, as canetas, são, geralmente, confeccionadas em aço carbono. As ferraduras, onde se
fixam às canetas dos maçaricos a gás, são comumente especificadas em ferro fundido. As canetas
de óleo e vapor são confeccionadas em aço carbono, enquanto que os bicos, luvas e câmaras de
atomização são confeccionados em aço inoxidável da série 300 ou 400, a exemplo dos bicos de gás.
As câmaras e suas tampas articuladas são revestidas com concreto ou argamassa refrataria,
sobreposto a material isolante, do tipo lã de rocha ou similar, pois recebem o calor irradiado pelos
cabeçotes e curvas de retorno, podendo ainda receber a infiltração dos gases de combustão. As
tampas removíveis são recheadas com material isolante, de baixo peso, do tipo lã de rocha ou
similar, para facilitar a movimentação das mesmas durante as paradas para inspeção e manutenção.
são geralmente fundidos segundo as especificações ASTM A-216 (aço carbono) e ASTM A-217
(aços liga). Podem ser soldados ou mandrilados aos tubos da serpentina, sendo esse ultimo tipo de
ligação o mais utilizado. São providos de plugues fundidos, os quais são fixados aos cabeçotes por
meio de travessas, também fundidas. As curvas de retorno podem ser forjadas ou fundidas. As
primeiras são confeccionadas em ASTM A-105 (aço carbono) ou ASTM A-182 (aço liga), sendo
soldadas aos tubos da serpentina. As curvas fundidas são confeccionadas com os mesmos materiais
já descritos para os cabeçotes. São geralmente soldadas aos tubos, podendo possuir plugues
semelhantes aos cabeçotes de retorno.
5 – MECANISMOS DE DETERIORAÇÃO
5.1 – CHAMINÉ
5.1.3 – Abafador
.
Quanto ao sistema de acionamentodo abafador, caso os cabos de aço não sejam lubrificados
periodicamente, os mesmos podem sofrer severa corrosão atmosférica.
5.2.1 – Chaparia
A chaparia da convecção está a severo ataque corrosivo na sua face interna devido a
condensação de gases ácidos gerados pelos combustíveis queimados, principalmente em se tratando
de óleo com alto teor de enxofre. A umidade do ar de combustão, o hidrogênio presente nos
combustíveis queimados e a água injetada como vapor de atomização do óleo vão gerar acido
sulfúrico a partir dos gases de combustão, os quais contem SO2 e SO3. O acido se forma quando a
temperatura atinge a ponto de orvalho (“dew point”) dos gases de combustão, geralmente em torno
dos 150ºC. o ponto de orvalho varia, dentre outros fatores, em função do excesso de ar no forno e
do teor de vanádio dos gases de combustão. Além de aumentar a temperatura dom ponto de orvalho,
o excesso de ar promove uma maior formação de SO3 em relação à formação de SO2, aumentando
também a geração de acido sulfúrico. A corrosão resultante do ataque acido é do tipo alveolar,
perfurando a chaparia, em pontos esparsos. Uma vez perfurada a chaparia, ocorre à entrada de ar
frio para o interior do forno o que, alem de reduzir a eficiência do forno aumenta o excesso de ar,
novamente aumentando a temperatura do ponto de orvalho e a formação de H2SO4, acelerando o
ataque acido e mesmo a oxidação dos componentes metálicos existentes no interior do forno, como
os tubos e sues suportes. Para minimizar o ataque acido a chaparia, sempre que a mesma é
substituída costuma-se proteger a sua face interna, mediante o emprego de pintura ou produtos
formados a partir de emulsões asfálticas.
A chaparia da convecção, assim como da radiação, também esta sujeita a deformação e
oxidação em alta temperatura, no caso de trincamento, erosão excessiva ou desmoronamento do
revestimento refratário/isolante que protege essa câmara.
Como nas chaminés, nos fornos com tubos verticais na convecção o revestimento refratário
sofre a erosão pelos gases de combustão, devido a estreita área de passagem decorrente da presença
da camisa de convecção. Há uma tendência de queda das partículas mais pesadas, as quais
acumulam-se na base dos tubos da convecção, sobre os suportes dos tipos. Nas convecções com
tubos horizontais, a operação do refratário e de menor intensidade, face a maior área de passagem
do gases de combustão, sendo mais preponderante, nesse caso, a deterioração do refratário pela
incidência do vapor de ramonagem dos tubos. Há ainda que se considerar o desgaste normal de todo
revestimento refratário, devido ao ataque químico causado pelos gases de combustão e a perda de
resistência mecânica em conseqüência da exposição à alta temperatura, a qual, no caso de tijolos
refratários, causa a compactação dos mesmos.
5.2.3 – Tubos
Nas convecções com tubos pinados verticais, os mesmos estão sujeitos a severo processo
corrosivo, interna e extremamente na sua extremidade inferior. Internamente, a corrosão se da,
principalmente, por compostos de enxofre durante a operação do forno, devido a mais alta
temperatura de parede dos tubos proporcionada pelos pinos. O ataque é mais intenso nos primeiros
200-300 mm da região pinada, devido a maior temperatura dos gases de combustão nesta região.
Extremamente, o ataque se da durante os períodos de hibernação e paradas.
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A camisa da convecção dos fornos cilíndricos verticais fica exposta à temperatura dos gases
de combustão, podendo atingir valores que ultrapassam os 700ºC na sua extremidade inferior.
Nessas condições, pode ocorrer a oxidação, a deformação e a fragilização dos elementos estruturais
e da chaparia, o que exige a substituição dos mesmos em praticamente todas as paradas. Os tirantes
de sustentação da camisa são confeccionados em material mais nobre (AISI-310) e não sofrem
oxidação ou corrosão por cinzas acentuadas. No entanto, podem também sofrer fragilização, devido,
basicamente, a precipitação de carbonetos de cromo e a formação de fase sigma, pondo em risco a
sua resistência mecânica a temperatura ambiente.
5.2.5 – Suportes
Os espelhos suportes de tubos horizontais estão expostos aos gases de combustão, a exemplo
das camisas de convecção de fornos verticais, estando, portanto, sujeitos à oxidação e a corrosão
por cinzas fundidas, reduzindo-lhes a espessura de parede. Estão também sujeitos a fragilização, o
que, associado a defeitos de função, pode levá-los a trincar nos pontos de maior solicitação. Como
reparos com solda são muitas vezes impraticáveis, devido a fragilização, o método mais comum de
reparo é a instalação de reforços aparafusados, ficando programada a substituição dos espelhos
avariados para a próxima parada do forno. No caso de tubos verticais, a face inferior dos espelhos
fica em contato com o ambiente da câmara de cabeçotes existente no topo da radiação, enquanto
que a face superior dos espelhos, fica geralmente, coberta com argamassa refrataria. Não estando
diretamente em contato com os gases de combustão, esses espelhos sofrem menos desgaste que os
espelhos de tubos horizontais.
5.3.1 Chaparia
5.3.3 Tubos
a) OXIDAÇÃO.
Os tubos da radiação estão sujeitas a oxidação externa, devido à alta temperatura a que
estão submetidas. O desgaste é tanto maior quanto maior for o excesso de ar no forno e quanto
for a temperatura de parecer dos tubos.
Nos fornos de refinaria, geralmente, o excesso de ar varia de 15% (queimando apenas
gás) a 30% (queimando apenas óleo combustível) logo, a queima de óleo, apesar de vantajosa
do ponto de vista operacional/estratégico, causa maior desgaste nos fornos, no que se refere a
maior oxidação, corrosão por cinzas fundidas e corrosão por condensação de gases ácidos, pois
todos esses mecanismos são acelerados pelo excesso de ar. Para resistência à oxidação, as ligas
usualmente utilizadas apresentam como características a formação de uma película compactada
e aderente que retarda a difusão de oxigênio e de íons metálicos através do material.
b) COQUEAMENTO INTERNO.
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Essa forma de ataque pode ser bastante danosa e é causada por impureza presente nos
combustíveis queimados ao se depositarem sobre as superfícies metálicas, em alta temperatura.
Dentre os agentes mais agressivos destacam-se o sódio, o enxofre e o vanádio. Em alta
temperatura, o sódio geralmente presente no óleo combustível na forma de NaCI, se vaporiza e
reage com oxido de enxofre, ao mesmo tempo em que ocorre a formação de oxido de vanádio.
Esses compostos reagem entre si formando vanádio de sódio com temperatura de fusão,
inferiores aos componentes que lhes derem origem.
Ao se fundirem, as cinzas atacam o oxido protetores metálicos formados sobre a
superfície metálica, fundido-os. Há, então os escorrimentos dos componentes resultantes,
expondo novamente o metal ao processo corrosivo (oxido e corrosão por cinza fundida). A
tabela abaixo mostra a temperatura de fusão de alguns dos principais compostos que dão origem
à corrosão por cinza fundida.
Para minimizar a corrosão por cinzas fundidas nos tubos da radiação e seus suportes deve-se
aumentar o teor de cromo e níquel das ligas.a redução de excesso de ar, por sua vez, forma
preferencialmente V2O3 e V3O4, de alto ponto de fusão (cerca de 1970ºC), em detrimento a
formação de V2O5, que, conforme vimos, possui baixo ponto de fusão. Uma outra forma de
minimizar a corrosão por cinza fundida é adicionar inibidores aos combustíveis, os quais vão gerar
cinzas com alto ponto de fusão. O aditivo a base de óxido de magnésio (MgO), por exemplo, tem
sido utilizado com relativo sucesso no exterior.
Basicamente, o MgO, reage com o V2O5 formando o composto 3MgOV2O5, com ponto de
fusão em torno dos 1215ºC. O MgO atua ainda no sentido de minimizar a corrosão ácida nas partes
“frias” dos fornos, formando o composto 3MgOV2O5, com ponto de fusão em torno de 1245ºC.O
MgO atua ainda no sentido de minimizar a corrosão ácida nas partes ‘frias”dos fornos,formando
MgSO4 em vez de ácido sulfúrico.
d) Corrosão ácida
pinados. Este tipo de corrosão também ocorre com o forno durante as paradas para manutenção
e em períodos de hibernação dos mesmos.
Neste caso torna-se obrigatório a lavagem dos tubos com água, seguido de neutralização
com solução aquosa de barrilha (Na2CO3), a 10% em peso.
Ressaltamos que esse tipo de corrosão ocorre também para os aços carbonos, quanto
para os aços ao cromo-molibdênio. A característica do ataque acima é a presença de alvéolos e
pites de forma generalizada.
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Os ácidos naftênicos são, simplificadamente, ácidos orgânicos presentes nos crus e seus
derivados. O numero de neutralização (NM), o índice de neutralização (IN) é o parâmetro que
indica a maior ou menor acidez do produto, caracterizando sua agressividade. Dentre os fatores
que afetam a corrosão naftênica, destacamos.
g) Fluência
5.3.4 Suportes
5.3.5 Cones
5.3.6. Termopares
Sofrem o mesmo desgaste que os cones e os suportes dos tubos da radiação. Os pares
termelétricos têm também suas propriedades alteradas ao longo do tempo, em função da alta
temperatura a que são submetidas. Por este motivo, costuma-se substituir todo o conjunto por
ocasião das paradas programadas.
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5.3.7 Queimadores
a) Erosão
Ocorre nos fornos dos bicos de óleo e gás, bem como nos fornos das câmaras de
atomização dos maçaricos a óleo. A erosão nos furos dos bicos de óleo e gás é critica, pois
modifica o ângulo do cone formado pelo combustível, podendo causar incidência de chamas nos
tubos da radiação. Um outro componente suscetível a erosão é o conjunto dos blocos refratários
(primários e secundários), causada principalmente pela passagem do ar de combustível. A
erosão desses componentes atua também no sentido de alterar a trajetória da chama do
queimados.
É o fenômeno que pode ocorrer nos bicos de óleo ou gás, bem como na extremidade
superior das canetas desses maçaricos, caso haja incidência de chamas nesses componentes em
função de irregularidades em um dos maçaricos do mesmo queimador. Pode ocorrer também
quando da combustão dentre do próprio queimador, causada pelo escoamento de óleo. O
escoamento, geralmente é causado pelo entupimento dos bicos de óleo ou limpeza deficiente do
maçarico quando do seu apagamento.
c) Trincamento
Ocorre nos blocos refratários dos queimadores, causado por dilatações diferenciais
decorrentes de freqüentes operações de acendimento e apagamento dos maçaricos. Caso os
blocos refratários não sejam adequadamente recozidos antes de serem instalados, o trincamento
poderá ocorrer logo após o acendimento do queimador.
5.4.2 Revestimento
Devido à temperatura relativamente baixa das câmaras de cabeçotes e curvas de retorno em
relação às seções de radiação e convecção, o revestimento refratário/isolante das mesmas não sofre
desgaste significativo.
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a) Erosão
Esse fenômeno ataca, principalmente, as curvas e cabeçotes do0s fornos que utilizam o
sistema “steam air decoking” parar descoqueamento de suas serpentinas, pois as partículas de
coque em alta velocidade possuem grande poder erosivo.
b) Corrosão naftênica
c) Trincas
Ocorrem nas curvas e cabeçotes de retorno fundido, nos pontos mais solicitados, ou seja,
nas “orelhas” desses componentes, bem como nas travessas de fixação dos plugues que os
tamponam essas trincas têm origem geralmente em defeitos de fundição, propagando-se graças
aos esforços atuantes e as tensões causadas pelos gradientes térmicos gerados nesses
componentes durante as partidas e paradas dos fornos. A remoção de plugues para
descoqueamento de tubos ou inspeção interna dos cabeçotes e curvas de retorno, às vezes, se
torna bastante difícil, exigindo o aquecimento localizado e a utilização de torques elevados.
Nessas condições, pode ocorrer o trincamento dos componentes mais solicitados,
independentemente da existência de defeito de fundição.
6 – INSPEÇÃO GERAL
É realizado estando o equipamento fora de operação. Conseqüentemente, trata-se de uma
inspeção mais completa do que a inspeção de rotina.
Antes de ser iniciada a inspeção geral, o inspetor deve proceder as seguintes verificações:
• Realizar o pré-teste quando constar na lista de serviços de parada, para verificar vazamentos;
• Inspecionar visualmente os tubos quanto à presença de manchas (existência de coque
internamente), aumento de diâmetro localizado (“laranjas”), deformações, oxidação externa
e sulcos;
• Verificar a existência de trincas, corrosão generalizada, desgaste por abrasão junto aos
suportes e corrosão localizada ou desgaste na região de passagem pelos espelhos;
• Inspecionar visualmente as soldas com relação a redução de espessura localizada;
• Martelar os tubos para verificar a existência de camadas de oxido e cinzas, formadas em alta
temperatura e/ou coque internamente;
• Identificar, em croqui, os tubos para remoção de plugues dos cabeçotes para a realização de
inspeção interna, de acordo com indícios de vazamentos, suspeita de coque, existências de
manchas visíveis, histórico do equipamento ou relatório de inspeção termográfica. Para
solicitar a remoção dos plugues deve ser feita uma avaliação da eficiência do “steam-air-
decocking”, quando este houver sido realizado;
• Inspecionar internamente, com a utilização de dispositivos apropriados de iluminação, os
tubos que forem abertos. Caso seja observada a existência de grande quantidade de coque
em um tubo, os tubos vizinhos devem ser inspecionados internamente;
• Solicitar a remoção do coque;
• Inspecionar novamente os tubos para avaliar a remoção de coque e se não ocorreram danos
mecânicos;
• Inspecionar internamente os cabeçotes abertos quanto à corrosão e erosão;
• Inspecionar os suportes dos tubos e espelhos quanto a trincas, rupturas, perda de espessura
por corrosão e fragilidade ao teste de martelo;
• Inspecionar os skin-points verificando seu estado geral e se as conexões estão rompidas.
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• Inspecionar as regiões de solda dos skin-points para verificar a existência de trincas, (visual
e LP);
• Efetuar a medição de espessura nos pontos previamente determinados. Uma vez que a
medição de espessura deve ser realizada sempre no mesmo local em todas as paradas de
manutenção a um referencial determinado na serpentina do forno. O ideal é que se faca dois
filetes superficiais de solda nos tubos, espaçados de 50 mm, para demarcar as regiões de
medição (deve ser elaborado procedimento próprio de soldagem). A medição deve ser
realizada em todos os tubos, no mínimo na face voltada para a chama e me três ou mais
regiões ao longo de cada tubo;
• Efetuar medição de espessura nas curvas de retorno, realizando no mínimo, três medições
em cada curva, além de dois pontos nos trechos retos, conforme figura abaixo;
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• Inspecionar os tubos e curvas a corrosão, trincas, deformações e desgaste por abrasão junto
aos suportes;
• Providenciar por abrasão junto aos suportes;
• Verificar a integridade dos suportes.
6.1.1.6 – Ramonadores
6.2 – TESTES
O teste hidrostático das serpentinas de produto e de vapor deve ser realizado com a pressão
definida pelo projeto.
Observar os seguintes itens à execução do teste hidrostático.
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7 – CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO
7.1 – SUPORTES
Os suportes não devem romper nem apresentar trincas ao serem inspecionados com uso de martelo.
• Todas as espessuras encontradas devem estar acima da espessura mínima, sem risco de
atingi-la durante a campanha seguinte, considerando-se que a taxa de corrosão anterior se
mantenha. O critério preliminar para avaliação da espessura mínima da serpentina adota
como base a diferença entre a espessura normal e sobreespessura de corrosão de projeto. Ao
se atingir este valor de espessura, faz-se novo calculo seguindo-se o código de projeto do
forno (código API);
• As deformações circunferenciais localizadas (laranjas) não deverão ser aceitas;
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7.2 REFRATÁRIO
Deverá ser removido o refratário que estiver friável e, quando raspado, houver uma perda de
espessura superior a 1/3 da original ou se a penetração do estilete for superior a 1/3 da espessura
original.
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7.2.2 – Trincas
Nas regiões onde o refratário possua trincas, deve ser verificado o estado da chaparia
externamente quanto a varias (pintura queimada, deformações ou furos) e realizar martelamento
no refratário para verificar sua fixação. Caso sejam detectadas avarias na chaparia e/ou refratário
solto, este deve ser substituído naquela região.
Se a perda de espessura não for superior a 1/3 da original e o refratário estiver firme, ele só
poderá ser substituido se houver na chaparia externa.
Devem conter apenas fibra de manta cerâmica (pois besta é compressível) e estarem isentas de
detritos.
8 – MECANISMO DO COQUEAMENTO
A ocorrência da velocidade baixas de escoamento também promove o coqueamento uma vez que o
filme liquido formado junto a parede tendera a se polimerizar e coquear (craqueamento incipiente).
Adota-se como medida preventiva para evitar tal ocorrência, a injeção de vapor na serpentina
objetivando criar turbulência internamente. Outro fator que pode levar ao coqueamento é o tipo de
carga processada, já que, cargas parafínicas são mais susceptíveis de coqueamento.
• Perda de produção;
• Redução do tempo de campanha do forno a fim de se fazer limpeza ou troca de tubos;
• Custos do descoqueamento;
• Maior consumo de combustível para obter uma mesma temperatura de saída;
• Risco de ruptura dos tubos podendo levar a perda total do forno.
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8.5.1 - Turbinagem
8.5.2 – Hidrojateamento
É outro método utilizado que, somente surte efeito para remoção de depósitos de coque que se
desagregam facilmente. Emprega-se água a alta pressão direcionada para tais depósitos.
Similarmente ao turbilhamento, a limpeza só pode ser realizada em trechos retos de tubos que
permitam o acesso do bico injetor pelas extremidades dos tubos. Qualquer deposito de enxofre
nos tubos se dissolvera na H2O gerando acido sulfúrico.
O processo “Sandjet” desenvolvido pela “UNION CARBIDE” tem entre seus objetivos
transformar a operação de descoqueamento de fornos em uma operação mais segura, limpa,
eficiente e de menor duração. A inovação do método é o uso de granalhas esféricas de aço que
removem o coque sem provocar abrasamento nas superfícies internas dos tubos. Utiliza como
elemento propulsor da granalha o N2 que mantém uma atmosfera inerte com total segurança. O
“SANDJET” é, em principio, similar ao jateamento de areia convencional.
Também conhecido como Steam Air Decocking (SAD), este método utiliza vapor e ar que as
etapas a serem seguidas são:
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• Desagregação (spalling) – nesta etapa a ação refrigerante do vapor é utilizada para promover
a dilatação diferencial entre o coque aderido e o tubo e a conseqüente quebra da película.
Esta etapa poderá representar entre 90 e 95 % de coque desagregado.
• Queima (burning) – uma vez constatado que não há mais coque desagregado saindo
juntamente com o condensado, inicia-se a queima. Nesta etapa as vazões de vapor e ar
deverão ser rigorosamente controladas de modo que haja a queima sem haver aumento
brusco na temperatura de parede que poderiam vir a originar avarias no material. Nesta
etapa, o acompanhamento termográfico torna-se imprescindível e, normalmente, é
acompanhado por Técnico de Inspeção do Equipamentos. Cabe lembrar que os skin-points
também devem ser revistos antes do inicio da desagregação e queima.
Os gases oriundos da queima do coque deverão ser analisados (orsat) periodicamente a fim
de serrem acompanhadas as variações nos percentuais de CO2 e O2. A queima devera ser
interrompida e encerrada, quando o percentual de CO2 atingir um valor prefixado considerado
satisfatório (por exemplo 1 %).
9 – REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
TELLES, Pedro C. Silva, MATERIAIS PARA EQUIPAMENTOS DE PROCESSO, 3ª ed.,
Interciência, 1985;
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