Lição 6
11 de Fevereiro de 2018
Perseverança e Fé em Tempo de Apostasia
TEXTO ÁUREO VERDADE PRÁTICA
"Para que vos não façais negligentes, mas
sejais imitadores dos que, pela fé e Contra o perigo da apostasia, a Palavra de
paciência, herdam as promessas." (Hb Deus revela a necessidade de ânimo e
6.12). perseverança de fé.
Comentário
INTRODUÇÃO
O autor já havia dito que os crentes deveriam ser mestres, mas em vez disso necessitavam
que alguém lhes ensinasse de novo os primeiros rudimentos da fé (Hb 5.12). A vida cristã é
dinâmica e exige que o discípulo vá além dos primeiros passos. Mas isso não estava
acontecendo com a comunidade com a qual o autor sacro se correspondia. Em vez disso, dava
sinais de cansaço, indolência, negligência e imaturidade espiritual, o que poderia trazer como
consequência o esfriamento e o fracasso na fé. A graça não é irresistível e nem tampouco
incondicional. A apostasia é retratada pelo escritor como algo real e não apenas como um perigo
hipotético, por isso, ele mostra que para se evitar decair é necessário perseverança, fé e
confiança nas promessas de Deus. (LB CPAD, 1º Trim 2018, Lição 6, 11 fev 18)
Vocação Eficaz ou Graça Irresistível é uma doutrina do Calvinismo segundo a qual a graça
divina é irresistível para os crentes, isto é, o Espírito Santo acaba convencendo e infundindo a
fé salvadora neles; Deus não ama os ímpios. Eles recebem apenas providência comum.
Segundo a doutrina arminiana, a Graça é Resistível - Os homens podem resistir à Graça de
Deus e não serem salvos; Deus ama os ímpios e eles experimentam a graça comum. A ira de
Deus é apenas reflexo do amor rejeitado. Apostasia é: 1) Negação e abandono da fé (1Tm 4.1;
2Tm 2.17-18); 2) A Revolta Final contra Deus (2Ts 2.13); 3) Abandonar a fé em Deus; afastar-se
dos caminhos do Senhor; - “As tuas apostasias te repreenderão: [...] vê que mau e quão amargo
é deixares ao Senhor teu Deus, e não teres o Meu temor contigo, diz o Senhor Jeová dos
Exércitos” (Jr 2.19); “Se ele recuar, a Minha alma não tem prazer nele” (Hb 10.38).
O comentário da revista está sensacionalmente explicado, o conteúdo deste plano de aula
vai buscar a visão Reformada em alguns pontos, com o fim de disponibilizar o conhecimento ao
leitor, também desta linha doutrinária e não apenas a visão Arminiana/Wesleyana adotada pela
revista e pela denominação. Lembro àqueles que fazem uso deste plano de aula que não
podemos ensinar às classes doutrina diferente à abraçada pela denominação, seríamos
desonestos agindo assim. Mas, enquanto professores, devemos conhecer outros pontos de vista
e também orientar os alunos sobre tais. Isso é pensar maduramente a fé cristã!
1. Indo além dos rudimentos doutrinários sobre arrependimento e fé. Longe de dizer que
a doutrina do arrependimento e da fé não é mais necessária, o autor quer mostrar que ela é
importante sim, mas que constitui o "ABC doutrinário" da fé cristã. A vida cristã começa com o
arrependimento e fé (Mc 1.15). De fato, a Bíblia mostra que para que uma pessoa possa ser
salva, ela primeiro deve crer (Mc 16.16; At 16.31; Rm 1.16; Ef 2.8; l Tm 1.16) e não o contrário.
Todavia não deve parar aí. Há um longo caminho a percorrer e os seus leitores, parece, haviam
se esquecido desse fato, "estacionando" na jornada. (LB CPAD, 1º Trim 2018, Lição 6, 11 fev
18)
É necessário infundirmos em nós a certeza de que a Maturidade espiritual não é algo apenas
para uma minoria privilegiada, mas é o propósito de Deus para todos os seus filhos. Ela é
imperativa para mim e para você! 2º Pedro 3.18: “Cresçam, porém, na graça e no conhecimento
de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. A ele seja a glória, agora e para sempre! Amém.”
O crescimento espiritual é um processo e nele todo crente se torna mais parecido com Jesus
Cristo. Se inicia no momento do novo nascimento, pelo trabalho incansável do Espírito Santo, de
nos “conformar” à Sua imagem. 2º Pedro 1.3-8 nos diz que pelo poder de Deus “... nos deu
todas as coisas de que necessitamos para a vida e para a piedade, por meio do pleno
conhecimento daquele que nos chamou para a sua própria glória e virtude. Por intermédio destas
ele nos deu as suas grandiosas e preciosas promessas, para que por elas vocês se tornassem
participantes da natureza divina e fugissem da corrupção que há no mundo, causada pela cobiça.
Por isso mesmo, empenhem-se para acrescentar à sua fé a virtude; à virtude o
conhecimento; ao conhecimento o domínio próprio; ao domínio próprio a perseverança; à
perseverança a piedade; à piedade a fraternidade; e à fraternidade o amor. Porque, se essas
qualidades existirem e estiverem crescendo em suas vidas, elas impedirão que vocês, no pleno
conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo, sejam inoperantes e improdutivos. ”
O Comentário da Bíblia Reina Valera diz de Hebreus 6.2: “A doutrina de batismos: expressão
que pode incluir os lavamentos cerimoniosos judeus, considerados já superados pelo batismo
cristão”.
“6.2 dos batismos Ou “das cerimônias de purificação”. Nesse caso, o autor estaria falando sobre
as cerimônias de purificação dos judeus (Mc 7.1-4). cerimônia de pôr as mãos sobre os cristãos
Provavelmente, a cerimônia em que uma pessoa era separada para o serviço cristão (At 6.6;
1Tm 5.22; 2Tm 1.6); ou, então, pôr as mãos sobre a pessoa para que ela receba o Espírito Santo
(At 8.17; 19.6).” (HEBREUS 6 – Interpretação Bíblica. Disponível em:https://bibliotecabiblica.blogspot.com/2015/12/hebreus-6-interpretacao-
biblica.html. Acesso em 5 fev, 2018)
O crescimento e maturidade são um processo contínuo e lógico para o cristão, não há paradas
no caminho, o destino final é nos tornarmos ‘até que todos alcancemos a unidade da fé e do
conhecimento do Filho de Deus, e cheguemos à maturidade, atingindo a medida da plenitude de
Cristo’. (Ef 4.13). É lógico que este estado de perfeição não será atingido neste corpo, mas este
deve ser o nosso alvo. Esse é um processo que Deus quer que você, conforme for se
alimentando com as palavras sólidas, alimentos sólidos, comece a se livrar das coisas de criança.
“O escritor da Carta aos Hebreus viu um paralelo entre a alimentação de um bebê e a
condição espiritual dos cristãos. Eles são reprovados por não terem crescido na vida cristã, por
continuarem sendo como criancinhas recém-nascidas que necessitam de leite, não suportando
ainda alimentos sólidos, ou seja, um ensino espiritual mais profundo. Eles não têm progredido
na fé (Hb 5.11-14)”. (Leite ou alimento sólido, Revista Online Ultimato. Disponível em: http://ultimato.com.br/sites/estudos-
biblicos/assunto/igreja/leite-ou-alimento-solido/. Acesso em 5 fev, 2018)
Na Bíblia, apostasia significa o abandono e a negação da fé. Ou seja, a negação daquilo que
se crê, ou melhor, que se cria anteriormente. De uma forma bem simples, apostasia é a negação
do ensino bíblico e o afastamento das pessoas da vontade de Deus. A apostasia acontece
quando a pessoa renega sua fé e deixa para trás tudo aquilo que cria, abandonando totalmente
a filosofia de vida pautada na Palavra de Deus - “Além disso, a linguagem deles corrói como
câncer; entre os quais se incluem Himeneu e Fileto. Estes se desviaram da verdade,
asseverando que a ressurreição já se realizou, e estão pervertendo a fé a alguns.” (2Tm 2.17).
Com relação à apostasia, é fundamental que todos os cristãos compreendam duas coisas
importantes:
- (1) como reconhecer a apostasia e professores apóstatas, e
- (2) por que o ensino apóstata é tão mortal.
Com relação à questão doutrinária da perda da salvação o subtópico contempla a visão
arminiana, eu acrescento aqui a visão reformada para que o leitor conheça o que estes defendem
quanto à segurança da salvação: “Hebreus 6.4- 6 é um trecho que não pode ser tomado como
uma interpretação de que o Cristão está sujeito a perder a salvação após tê-la recebido, pois tal
proposição traz consigo sérias implicações de cunho hermenêutico e exegético como:
1. Se alguém servir a Jesus e posteriormente “desviar-se” da fé, não haverá possibilidade de
arrependimento e estará invariável e eternamente perdido.
2. Por esse prisma, a salvação deixa de ser um dom gratuito para tornar-se uma conquista
meritória, cuja responsabilidade por sua manutenção é total e inexoravelmente humana,
consequentemente, passível de ser perdida.
3. Seguindo essa linha interpretativa, o crente fraco não poderá encontrar ensejo de salvação,
já que vez por outra fracassa na fé, não havendo assim chance de uma suposta comunhão que
o conduza ao nível de fé desejável.” (LEIA MAIS SOBRE ESSE ASSUNTO AQUI).
A doutrina Reformada afirma que Hb 6.4 é uma hipótese, e que o crente goza de segurança
quanto à salvação, podendo até cair drasticamente da fé, como no caso de Pedro, mas este
sempre poderá ser restaurado. A apostasia cabe somente aos que uma vez iluminados contudo,
não eram dos eleitos.
texto grego fala da impossibilidade de se mudar a “disposição mental” do desviado, pois o termo
“caíram” denota umarremessar-se para fora (parapesountás), este verbo está no aoristo ativo
apontando para uma ação simples, a ponto de tornar-se avesso a sua pessoa e doutrina, de
modo similar aos que rejeitaram ao Senhor, o prenderam, aviltaram de todas as formas, inclusive
despindo-o publicamente, e por fim o crucificaram (Mt.27.27-31, Lc.23.11 e Jo.19. 2,3).
“Parece muito patente que o propósito do escritor de Hebreus é falar do perigo da apostasia.
É pertinente observar que em nenhum momento do texto ele se referiu a alguém que
experimentou a salvação e depois a perdeu, e sim aqueles que experimentaram uma iluminação
e algumas das benesses divinas e depois apostataram. Outro fator importante é quando está
sendo finalizada a perícope, há uma analogia muito esclarecedora no que concerne a mensagem
que se deseja transmitir, pois no versículo sete é dito que a terra que, beneficiada pela chuva,
responde positivamente com bons frutos, receberá indubitavelmente a bem aventurança da parte
de Deus. Tal analogia lembra as palavras ditas por Jesus: “Toda árvore que não produz bom
fruto é cortada e lançada no fogo, assim, pois, pelos seus frutos os conhecereis” (Mt.7.19,20).
Isso aclara a premissa de que só se pode dar fruto segundo a sua espécie “[...] não se colhem
figos de espinheiro, nem dos abrolhos se vindimam uvas.” (Lc. 6.44). Seguindo tal pensamento,
conclui-se que só uma terra boa dará bons frutos. De modo lógico, se chegará à conclusão que
só mesmo uma terra má produzirá espinhos e abrolhos, sendo isso uma simples manifestação
da sua natureza, cujo destino final segundo a afirmação de Hebreus, é ser queimada”. (Aqueles Que
Acabam Se Afastando Podem Dar Muitos Sinais Exteriores de Conversão. Disponível em: https://na-multiforme-graca-de-
deus.webnode.com/news/estudos-de-hebreus-6-4-81/. Acesso em 5 fev, 2018).
Hebreus 6.4-6 tem deixado seus leitores angustiados e perplexos através dos séculos, por
que a primeira vista parecem ensinar que não há esperança de arrependimento ou de aceitação
divina para aqueles que aceitaram a Cristo e depois o rejeitaram. Para melhor compreensão do
problema, Hebreus 6.4 deve ser estudado juntamente com as declarações que tratam do mesmo
assunto em Hebreus 10:26-31 e 12:15-17; 25-29. Devemos considerar o seguinte: em
6.5, provaram traduz a mesma palavra grego do v. 4. Isto quer dizer que gostaram de ouvir a
Palavra de Deus. Mundo (aiõn), “era”. Fala do poder sobrenatural exercido nos milagres tão
notáveis. O fato de ‘experimentar’ não significa que eram pessoas nascidas de novo.
1. O serviço cristão e a justiça de Deus. O autor sabia que usou um tom exortativo forte
deixando claro que não se pode brincar com a fé. Agora ele vê a necessidade de consolar os
cristãos depois desse "tratamento de choque" (Hb 6.9,10). Aos crentes fiéis no seu serviço é dito
que Deus, em sua justiça, os recompensará. É bom saber que mesmo não recebendo o
reconhecimento dos homens, teremos o reconhecimento de Deus. (LB CPAD, 1º Trim 2018,
Lição 6, 11 fev 18)
Devemos tomar o cuidado de não acrescentar nada às Escrituras no que tange à nossa
salvação. Não serão as boas obras, o cuidado zeloso ou o seguir piamente os ditames da
denominação que nos garantirá a chegada no Porto Seguro, quem nos garante a chegada é o
Senhor – “E estou plenamente convicto de que aquele que iniciou boa obra em vós, há de
concluí-la até o Dia de Cristo Jesus” (King James Bible). Hebreus 6.9,10 soa como garantia de
que, nós, podemos ter uma certeza concreta de que Deus contempla nossas obras de justiça e
que elas são o sinal de que não somos daqueles que apostatam.
“Deus quer que tenhamos a certeza absoluta de nossa salvação. Não podemos viver nossa
vida cristã nos perguntando e nos preocupando a cada dia se realmente somos salvos. É por
isso que a Bíblia coloca o plano de salvação de forma tão clara. Creia em Jesus Cristo e você
será salvo (João 3:16; Atos 16:31). Você crê que Jesus é o Salvador, que Ele morreu para pagar
o preço por seus pecados (Romanos 5:8; II Coríntios 5:21)? Você confia somente nEle para a
salvação? Se sua resposta for sim, você é salvo! Certeza absoluta significa “além de toda e
qualquer dúvida”. Ao levar a sério a Palavra de Deus, você pode saber “além de toda e qualquer
dúvida” o fato e realidade de sua eterna salvação. O próprio Jesus declara a respeito de todos
os que nEle crerem: “E dou-lhes a vida eterna, e nunca hão de perecer, e ninguém as arrebatará
da minha mão. Meu Pai, que mas deu, é maior do que todos; e ninguém pode arrebatá-las da
mão de meu Pai” (João 10:28-29). Mais uma vez, isto enfatiza o “eterno”. Vida eterna é
simplesmente isto: eterna. Não há ninguém, nem mesmo você, que possa arrancar de si próprio
a salvação, o dom de Deus em Cristo” (Como posso ter certeza absoluta da minha salvação? Disponível
em:https://www.gotquestions.org/Portugues/certeza-absoluta-salvacao.html. Acesso em: 5 fev, 2018)
2. A perseverança de Abraão e a fidelidade de Deus. A exortação do escritor de Hebreus
toma como parâmetro a pessoa de Abraão. O velho patriarca é o modelo do crente perseverante,
que de posse da promessa de Deus, soube esperar com paciência (Hb 6.12,13). Por que voltar
atrás se temos as promessas de Deus que nos motivam a caminhar à frente (Hb 6.14,15)? (LB
CPAD, 1º Trim 2018, Lição 6, 11 fev 18)
Em Hebreus 6.9 lemos um contraste significante: “Mas de vós, ó amados, esperamos coisas
melhores, e coisas que acompanham a salvação, ainda que assim falamos”. As coisas melhores
em vista são listadas em 10-12, coisas como trabalho, amor, serviço, diligência, completa certeza
da salvação e fé, paciência, herança das promessas. Estas coisas são melhores que as
experiências dos versos 4-6 precisamente porque elas pertencem à ou são acompanham a
salvação . Em outras palavras, o autor diz que está confiante de que muitos de seus leitores têm
coisas melhores que as pessoas descritas nos versos 4-6, e estas coisas são melhores, pois
seus leitores têm coisas que pertencem à salvação. Isto implica que as bênçãos nos versos 4-6
não são coisas que pertencem à salvação (Grudem, 159).
3. Cristo, sacerdote e precursor do crente. O autor sagrado volta-se para Jesus, o nosso
exemplo maior de perseverança, fidelidade e esperança. Nessa jornada, Ele se adiantou e foi a
nossa frente, tornando-se o nosso precursor (Hb 6.20). O termo "precursor" era usado na cultura
antiga em referência a um batedor militar, a alguém que tomava a dianteira para abrir caminho.
Jesus entrou na presença de Deus, como nosso sumo sacerdote para nos dar o direito de viver
eternamente. (LB CPAD, 1º Trim 2018, Lição 6, 11 fev 18)
Hebreus 6:20 - Comentado por Matthew Henry: “A esperança aqui aludida é esperar com
certeza as coisas boas prometidas por meio dessas promessas, com amor, desejo e valorizando-
as. A esperança tem seus níveis, como também os tem a fé. A promessa de bênçãos que Deus
tem feito aos crentes está, desde o eterno propósito de Deus, estabelecida entre o Pai eterno, o
Filho eterno e o Espírito Santo eterno. Pode-se confiar com toda certeza nesta promessa de
Deus, porque aqui temos duas coisas imutáveis, o conselho e o voto de Deus, em que é
impossível que Deus minta, pois seria contrário à sua natureza e à sua vontade. Como não pode
mentir, a destruição do incrédulo e a salvação do crente são igualmente verdadeiras. Note-se
aqui que têm direito por herança as promessas aqueles aos que Deus tem dado seguridade
plena da felicidade. Os consolos de Deus são suficientemente fortes para sustentar a seu povo
quando está submetido a suas provações mais pesadas. Aqui há um refúgio para todos os
pecadores que fogem à misericórdia de Deus por meio da redenção em Cristo, conforme a
aliança de graça, deixando de lado a todas as outras confianças. Estamos neste mundo como
um barco no mar, sacudido de cima para abaixo e correndo o risco de naufragar. Necessitamos
uma âncora que nos mantenha seguros e firmes. A esperança do evangelho é a nossa âncora
nas tormentas deste mundo. É segura e firme, pois do contrário não poderia manter-nos assim.
A graça gratuita de Deus, os méritos e a mediação de Cristo e as poderosas influências de Seu
Espírito, são as bases desta esperança, assim que se trata de uma esperança segura. Cristo é
o objeto e o fundamento da esperança do crente. Portanto, depositemos nossos afetos nas
coisas do alto e esperemos com paciência sua manifestação, quando nós nos manifestaremos
com Ele certamente em glória”.
CONCLUSÃO
O capítulo 6 de Hebreus contém uma das mais fortes exortações encontradas em todo o Novo
Testamento - a necessidade de perseverança e vigilância para não se decair da fé. O processo
da salvação não se dá de forma mecânica e nem compulsória, mas se firma na entrega e
aceitação voluntária a uma dádiva divina. A tudo isso temos que responder com amor, cuidado
e zelo (1Co 10.7-13). Essa exortação de forma alguma deve levar-nos ao medo, pavor ou pânico,
mas conduzir-nos a confiar inteiramente no Senhor que é poderoso para guardar-nos até o dia
final. (LB CPAD, 1º Trim 2018, Lição 6, 11 fev 18)
Mediante tudo o que foi exposto, pela revista e neste comentário, estamos certos de que o
autor de Hebreus deseja nos chamar à razão advertindo sobre a necessidade de permanecermos
firmes: "Para que vos não façais negligentes, mas sejais imitadores dos que, pela fé e paciência,
herdam as promessas." (Hb 6.12). Devemos ter em mente que o processo bíblico de salvação
se dá por meio da justificação, regeneração e santificação do ser humano - "Jesus respondeu:
Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito não pode
entrar no Reino de Deus." (Jo 3.5). É um erro comum entre muitos pensar sobre a salvação
somente em termos da experiência de fé. Mas a Palavra de Deus nunca limita a salvação a um
tempo, a um lugar ou a uma experiência. Quando Paulo escreve, “porque a nossa salvação está,
agora, mais perto do que quando no princípio cremos” (Rm 13.11), ele está claramente falando
da salvação como um processo contínuo de graça. É um processo de graça que começou na
eternidade passada, antes do começo do tempo, que é experimentado pela fé em Cristo no
tempo, e que será consumado na eternidade porvir, quando o tempo não mais existirá. Esta
grande obra de salvação é a obra de Deus somente. Ela foi planejada por Deus, adquirida por
Deus, produzida por Deus, é preservada por Deus, e será aperfeiçoada por Deus. Do princípio
ao fim a “salvação é do Senhor!” (Jn 2.9). Portanto, somente Deus terá o louvor por ela. A obra
da graça de Deus que é chamada “salvação” deve ser entendida como uma obra consistindo de
três coisas. (Don Fortner; ‘Três Aspectos da Salvação’; Disponível
em:http://www.monergismo.com/textos/sotereologia/tres_aspectos_salvacao_fortner.htm. Acesso em: 23 nov, 2017.)
“... corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta, olhando firmemente para
o Autor e Consumador da fé, Jesus ...” (Hebreus 12.1-2),
Francisco Barbosa
Campina Grande-PB
Fevereiro de 2018
Postado por Francisco Barbosa