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Projeto Experimental apresentado

como Trabalho de Conclusão de Curso


do Curso de Comunicação Social -
Produção Editorial, Centro de Ciências
Sociais e Humanas da Universidade
Federal de Santa Maria.
A Revista Aura é um projeto que tem por objetivo principal
a valorização da arte, em especial a poesia, a música e a fo-
tografia, que são os principais temas abordados. O nome da
revista surgiu de uma reflexão sobre um teórico chamado
Walter Benjamin que fala sobre a aura que não pode ser re-
produzida, o que determinada arte carrega no momento que
acontece, perceptível apenas para aqueles que a presenciam
ao vivo, e incapaz de ser sentida através de uma fotografia,
um vídeo, ou qualquer forma de registro.
Pensando nisso é que surgiu o nome “Aura”, indo em contra-
mão ao que o ilustre pesquisador disse, pensando no sentido
de aura como uma construção de sensorialidades capazes
de transmitir ao leitor um sentimento, uma percepção, uma
experiência diferente.
Para proporcionar essa percepção sensorial a leitura da revis-
ta acontece de uma maneira mais interativa, sendo também
caracterizada como uma revista transmidiática, ela foi proje-
tada para ser lida juntamente com conteúdos diferentes para
complementar a experiência criada, disponibilizados em pla-
taformas digitais. Você vai poder encontrar vídeos, áudios, e,
também, uma maneira peculiar de perceber os papeis, já que
para tornar a leitura ainda mais interessante e interativa ela se
utiliza de uma interação do papel com a tela.
Para ter acesso a todos os conteúdos e aproveitar tudo que
a revista pode oferecer é preciso acessar via QR code seus
conteúdos externos, ou acessando o site em que eles estão
hospedados.
Os diferentes papeis foram pensados para proporcionar uma
maior percepção sensorial da revista e de seu conteúdo que
busca imergir o leitor em mundo da visão artística e propor-
cionar uma leitura estimulante.
A revista não possui número de páginas, ou nomes das ses-
sões, pois não se trata de um conteúdo linear, e sim livre para
ler da forma que você preferir, do fim para o início, ou do meio
para o final, a escolha é sua. Ela foi dividida por cores para
uma melhor compreensão de cada sessão.
Para entender melhor cada sessão, especialmente aquelas
que precisam de auxilio da plataforma digital para fazer senti-
do, certifique-se de acessar seu conteúdo digital, e aproveite
o que a Aura tem a lhe oferecer.
Amanheceram estrelas
Adriana Godoy

Escute a trilha escolhida para a poesia enquanto a lê e tenha


uma experiência mais completa.
essa noite não aconteceu
amanheceram estrelas
nem a seguinte
amanheceram estrelas
a cama azul
seu cheiro
perdido

nas fronhas
sua insensatez na
pasta de dente sem
tampa
ainda vejo sua sombra na porta
e os demônios que sempre te
perseguiram
mas o dia está claro
e acho que posso pensar
em outras coisas
que não sejam seus olhos
me implorando
pra ficar
e juro que queria
mas o seu inferno não me
cabe mais
Corações To m a z A m o r i m

Para assistir ao vídeo clipe da poesia, acesse pelo QR code


após a leitura da sessão e tenha uma nova experiência .
Fui te escrever um bilhete
em papel manteiga
enfeitado de crepom
e ao escolher o
giz de cera
para preencher
a assinatura
um coração
torto
desenhado à
mão
me perguntei
se os amores sempre mudam
de jeito, de pessoa amante
por que sempre o vermelho
vermelho oxigenação e
sangramento
por que não amarelo ânsia
te ansio
rosa terno
ciano azul eterno
cinza refúgio
cerúleo seus olhos
fugidios
seus olhos púrpuras
fúcsia o mistério
dos seus seios pela primeira vez nas
minhas palmas
nas minhas pálpebras
corações de couro preto e cinta-liga
marrom como abraços de um rio
dourado, de aniversário
verde e rosa, é mangueira
prata e rosa, amor primeira
xadrezinho, cubano e cabernet
um laço, um bombom, um chicote
um amor césio, decadente
por alguns séculos de vida humana
um amor enferrujado, ban-
guelas há décadas
um coração daltônico para
um amor estrábico
um coração de lata para os
sem coragem
um coração todo corpo
um coração rosto que te
sorri
e te beija explodido em
furta-cor.
Não sei quantas almas tenho
Fernando Pessoa

Para ter uma melhor ex-


periência essa sessão
exige que você sobrepo-
nha o papel transparente
sobre a tela do computa-
dor para que o vídeo faça
parte da sessão, se mis-
turando ao papel.

www.youtube.com/watch?v=WsRHv98LsXc&feature=youtu.be
Miri Brock
Miri Brock é cantora e compositora, com uma trajetória
de quase 10 anos de dedicação à música. Formada na
atmosfera dos palcos noturnos, seja junto da sua banda,
a Louis&Anas, ou à frente do projeto em que é acompa-
nhada pelo trio The Back Band, Miri escancara suas
referências pelo modo como faz da voz um instrumen-
to a serviço das sonoridades dançantes do pop, da soul
music e do samba. Na bagagem de influências, a cantora,
nascida em Santa Maria/RS, carrega a força e a inspira-
ção vibrante de mulheres como Aretha Franklin, Etta Ja-
mes, Amy Winehouse e Florence Welch, Gal Costa, além
do flerte com o seu beatle preferido, Paul
McCartney. Tanto com a Louis&Anas (que acaba de lan-
çar o disco de estreia), quanto no projeto com a The Back
Band, Miri participa ativamente dos processos de com-
posição, assinando a autoria de várias das canções que
compõem o repertório de ambas as bandas. Com a
Louis&Anas, banda criada em 2012 e que vem se desta-
cando como uma das gratas novidades da cena da músi-
ca independente do RS, Miri já participou de impotantes
eventos, como o Grito Rock Poa, o Acid Rock (Ijuí), a Feira
do Livro de Santa Maria e o Morrostock, um dos maiores
festivais de música independente do Brasil. Atualmente,
Miri Brock está em circulação com
ambos os projetos e mais uma série de parcerias com
outros músicos.

Escrito pelo produtor cultural Atilio Alencar.


1- Desde quando você
descobriu o interesse pela
música? Tem alguma
história por trás?

Eu sempre fui muito ligada em música


desde criança, meu pai trabalhva em uma
rádio como gerente e locutor. O estúdio
ficava na esquina da minha casa, então eu
tava sempre ali. Pedia pros locutores gra-
varem fitas com as minhas músicas pre-
feridas. Amava fazer coreografias e ficar
dublando as músicas. Na adolescência
comecei a fazer aulas de violão, depois
de canto.

2- Qual sua relação com a


música?

É uma relação vital. Não vivo sem música,


não escovo os dentes sem ligar uma mú-
sica antes.
3 - O que a música
representa para você?

Pra mim a música é uma forma de expres-


são dos sentimento que pode nos fazer
viajar pra lugares dentro e fora da gente. É
através dela que eu me expresso enquan-
to pessoa e com ela vivo momentos feli-
zes, tristes, de nostalgia.
4- Na sua opinião, qual a
importância da música na
sociedade em que
vivemos?

Acho que a música, como forma de arte,


tem um papel importantíssimo para de-
nunciar atos de injustiça, provocar o de-
bate, fazer as pessoas se questionarem.

5- Para você qual a


importância de fazer
música?

Pessoalmente eu preciso fazer música.


Me considero uma pessoa sensível de-
mais, então uso ela porque preciso dela.
Preciso sentar e escrever sobre o que eu
to sentindo ou usar músicas de outras
pessoas, tocar e cantar para poder se-
guir vivendo mesmo. Já pensei em largar
a música como trabalho e todas as vezes
que tentei, me senti muito infeliz. Preciso
dela.
6- O que você acha do cenário musical bra-
sileiro? Em especial o regional?

O cenário musical brasileiro pra mim não é um só, são dois. O mains-
tream acho pobre, brega, não demonstra a diversidade cultural que
temos, só tem sertanejo e funk. Já o alternativo é lindíssimo, rico,
diverso. Temos muitos artistas maravilhosos em todas as cidades,
fazendo música com alma, com sentimento e de estilos diversos.
Regionalmente, se falando em Rio Grande Do Sul, admiro
muito bandas como a Dingo Bells de Porto Alegre que fazem um
trabalho incrível e que aos poucos estão conquistando seu espaço
no país.
7- Quais os ritmos que
influenciaram o seu som?

Eu gosto muito de muitos estilos. Come-


cei com o rock como influência principal,
logo depois veio a Soul music, mas gosto
muito também de pop, mpb, samba...

8 - O que você sente


quando está se apresen-
tando em um palco?

Depende do palco (risos), mas geralmen-


te uma euforia e uma adrenalina muito
fortes. É uma sensação única de se doar
para aquele momento com o propósito
de emocionar outras pessoas, de fazê-las
se sentirem bem, felizes ou questionadas
quando a música tem teor político, por
exemplo.
9 - Qual sua música favori-
ta do seu repertório?

Das autorais, “Platonic” da Louis&anas, das


covers, qualquer uma da Amy ou Respect
da Aretha!
10 - Pode nos contar um
pouco como foi pra você
o processo de gravação e
produção do videoclipe de
Let’s do it?

Foi super divertido! Na nossa campanha


de crowdfunding nós colocamos a grava-
ção de um videoclipe junto com o disco
e tínhamos escolhido a música Black Cat,
mas depois de gravar o disco, sentimos
que Let’s Do It o representava melhor.
Mostramos a música pro pessoal da Toca
e eles fizeram o roteiro. A gravação durou
3 dias. Foi uma trabalheira, mas foi tudo
muito prazeroso também! Ficamos muito
felizes com o resultado!
Marcos
Marin
Meu nome é Marcos Marin, tenho 24 anos,
sou graduando no curso de comunica-
ção social – Produção editoral na Univer-
sidade Federal de Santa Maria e trabalho
profissionalmente com fotografia. Desde
muito cedo sempre fui fascinado por de-
senhos, fotografias e audiovisuais. As for-
mas, as cores e as composições sempre
seduziram meu olhar, despertanto minha
curiosidade em saber como tudo aquilo
era produzido. Foi então que comecei a
fazer pequenas gravações e fotografias do
meu dia a dia.

Certa vez, próximo do aniversário da mi-


nha irmã, resolvi reunir todas as imagens e
videos e montar um clipe para presenteá-
-la. Eu não tinha conhecimento algum de
edição e o acesso a internet nesta época
era bem precário. Eu editava em um pro-
grama que era disponibilizado pelo pró-
prio sistema operacional do computador
e oferecia poucos recursos. Eu consegui
editar, produzir o vídeo, e apresentar na
festa de aniversário da minha irmã. Todos
na ocasião me elogiaram e se emociona-
ram, despertanto em mim o fascínio pela
produção audiovisual.

A fotografia só foi tomar o lugar do au-


diovisual alguns anos depois, quando eu
cursava o terceiro ano do ensino médio.
Tivemos uma feira de profissões e um co-
lega apresentou a profissão do seu tio: Fo-
tojornalista. Eu fiquei impressionado pelo
trabalho apresentado e o impacto social
que ele possuía.
“Foi paixão à
primeira
vista.”
Lembro que fui para casa e no mesmo
dia comecei a pesquisar sobre fotografia
e suas técnicas. Conheci inúmeros fotó-
grafos famosos, gêneros fotográficos e
as técnicas mais básicas. Foi paixão à pri-
meira vista. Peguei minha câmera digital
compacta, uma Kodak EasyShare C613 6.2
Megapixels, e fiz minha primeira fotografia
baseado no que eu estava pesquisando.
Coloquei a câmera no modo Macro (esta
função é usada para fotografar motivos
próximos, o que nos permite posicionar a
máquina a centímetros do objeto a ser fo-
tografado) peguei meu violão e fotografei.
A fotografia tinha um desfoque, eu enxer-
gava os detalhes das cordas e isso bastou
para que eu ficasse fascinado com a ima-
gem.
Em 2012, logo após minha formação no
ensino médio, comecei a trabalhar para
comprar minha primeira câmera fotogra-
fica. Comprei e evolui bastante, pois a ca-
mera possuia muitos recursos comparada
a anterior. Em 2014 ingressei no curso de
Produção editorial na UFSM e consegui
explorar a fotografia na maioria dos meus
trabalhos academicos.
Durante este processo minha visão foto-
grafica e minhas habilidades com trata-
mento de imagem evoluiram, me direcio-
nando a focar em um genero fotografico:
Retratos. Neste periodo também trabalhei
como fotógrafo e cinegrafista na TV Cam-
pus, coloborando em inúmeros aspectos
na minha formação profissional.
A partir do momento que comecei a tra-
balhar com retratos, procurei transmitir
através das minhas composições, a forma
como eu enxergo as coisas, como enxer-
go o mundo.

Talvez a maioria das pessoas enxerguem


o mundo de formas diferentes, mas nem
todas conseguem enquadrar e transmitir
isso a partir da fotografia. Na minha opnião
é isso que fascina o observador, apresen-
tar o meu ponto de vista. Fotografar o lu-
gar que ele passa todos os dias, a pessoa
que ele vê no seu cotidiano de forma di-
ferente como o que ele esta habituado,
ilustrada através do meu olhar.

A pós produção tem um papel fundamen-


tal para isso. A fotografia é feita muito an-
tes de apertar o botão da camera. A com-
posição, a paleta de cores, a iluminação,
tudo é feito antes, na minha imaginação.
Quando pego a fotografia “crua” e começo
a editar, todo meu lado artistico começa a
ser expressado no tratamento da imagem,
e isso também pode diferenciar meu tra-
balho fotografico de muitos outros. Sem-
pre priorizo por fotografias com cores
análogas, monocromaticas, para tornar a
composição mais harmonica, além de es-
timular a imersão do observador com a
imagem.
Hoje minha principal inspiração no mun-
do fotografico é o retratista italiano Alessio
Albi, e uma dos meus objetivos é evoluir
meu olhar a um nivel parecido, não com
o objetivo de criar um trabalho igual, pelo
contrario, para evoluir o meu proprio es-
tilo. Eu não tenho apenas uma fotografia
favorita, mas tenho um favorita que mar-
ca o periodo em que comecei a criar meu
proprio estilo:
Créditos

Poesia “Amanheceram Estrelas” Adriana Godoy


Fotografia e Edição João Mateus Cardoso
Modelo Luana Rieger
Áudio Youtube Library

Poesia “Corações” Tomaz Amorim


Capturas de tela do videoclipe
Direção e edição João Mateus Cardoso
Modelo Juli Dotta

Entrevista concedida por Miri Brock


Imagens capturadas do video clipe “Let’s do it”
da banda Louis&Anas produzido pela Toca Audiovisual
disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=nFfux0FybF0

Entrevista e fotos concedidas por Marcos Marin.


Modelos por ordem de fotografia:
Camile Heinrich. Ensaio externo.
Ana Clara Prevedello. Ensaio 15 anos.
Pricila Kolling. Ensaio outdoor urban 2017.
Kelly Vogt. Retratos Indoor 2017.
Paula Moller, ensaio externo.

Capa João Mateus Cardoso


Modelo Juli Dotta

Projeto gráfico
João Mateus Cardoso
(Acadêmico de Comunicação Social - Produção Editorial - UFSM)

Orientação
Liliane Dutra Brigno
Profa. Dra do Depto de Ciências da Comunicação da UFSM

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