Nos casos seguintes, quando há criação ou destruição de meios de
pagamento, e quando eles não se alteram? Explique por quê.
a) Um empresário deposita as receitas de seu negócio em um banco comercial,
numa conta de depósitos à vista. Não há alteração, pois os meios de pagamento são a soma do papel moeda/moeda metálica (moeda manual) em poder público com os depósitos à vista em bancos comerciais (moedas escriturais). O estoque de moeda disposto em uma economia só pode ser alterado pelo Banco Central e, apesar dos bancos comerciais poderem alterar o estoque dos meios de pagamento dispostos, não foi esse o caso nesta questão.
b) Um banco recebe empréstimo do Banco Central, para garantir sua liquidez.
Não há criação nem destruição dos meios de pagamento nesse caso, pois essa operação não envolveu necessariamente o setor monetário da economia e o setor público não-bancário.
c) Um exportador troca dólares por reais em um banco comercial; o banco
comercial, por sua vez, entrega estes dólares ao Banco Central, recebendo reais na sua conta de reservas. Há uma criação de meios de pagamento, pois antes desse exportador trocar seus dólares por reais em um banco comercial (fazendo com que o banco comercial faça essa transação com o Banco Central) a base monetária era outra. Em outras palavras, o papel moeda em poder do público aumentou.
d) Um banco comercial vende títulos públicos ao Banco Central.
Neste caso não há alteração dos meios de pagamento, pois esses títulos públicos, na condição de meios de pagamento, foram apenas revertidos em moeda (que continuará em circulação).
2. Nos casos descritos na questão anterior, em quais casos há ampliação ou
redução da base monetária, e quando ela não se altera? Explique por quê. No caso "b" há uma ampliação dos meios de pagamento, pois com esse empréstimo será colocado à disposição mais dinheiro em circulação. No caso "c" concomitantemente à criação de meios de pagamento, há uma expansão de base monetária. 3. Segundo a teoria de Keynes, a política monetária pode contribuir para incrementar o crescimento da economia no longo prazo? Explique. Sim, por meio do controle da recessão e da inflação, se valendo de mecanismos contracionistas ou expansionistas (e desde que complementada por uma política fiscal). Essa política tem como objetivo a restruturação para investimentos.
4. Em que consiste a chamada “curva de rendimentos”? Qual é sua forma
normal? Por quê? A curva de rendimentos consiste na relação entre taxas de juros incidentes sobre contratos de dívida semelhantes, mas com graus de maturidade diferentes. Não há uma forma normal, porque essa curva é subjetivamente observativa e descritiva (seu "normal" pode ser dado pela frequência de sua forma, apontando assim uma estabilidade).
5. Como funciona um regime de câmbio fixo? Como o Banco Central se relaciona
com o mercado de câmbio neste regime? Este regime fixa a diferença entre a moeda nacional e a internacional por meio da lei ou decisão do governo (passando a ser de responsabilidade da autoridade monetária sua manutenção, e não do livre mercado – o que obriga o Banco Central a dispor de reservas internacionais). Neste tipo de regime, diante da possibilidade de sobrevalorização do Real sobre o Dólar, por exemplo, o dólar pode se tornar atrativo ao ponto que sua demanda aumente além do ponto em que o Banco Central pode sustentar – o que fará, posteriormente, com que os bancos não tenham mais dólar para continuar fixando essa taxa. O nome que se dá a essa situação é ataque especulativo.