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As mil faces de Jesus: O mau-caratismo religioso

Você sabe como Jesus é, certo? Cabelos levemente


cacheados, barbudo, alto e com cara de quem nasceu
na Palestina, não é mesmo? Mas, aí somos obrigados a
perguntar: Tem certeza? De onde você tirou esta idéia?
Você sabe como era a aparência do X-Man Palestino ou
sabe apenas a descrição que lhe disseram? Para ser
sincero, eu acho que você deveria rever os seus
conceitos.

Tomemos a única fonte confiável (eu disse “confiável” ?)


da existência de Jesus: A Bíblia. Dê uma procurada lá
pela descrição do Jóquei de Jegue. Pode ir, eu espero.
Achou? Hummmm, procura de novo. E então? Não
achou nada, certo? É exatamente isso que examinaremos, pois vamos analisar de onde veio a representação
do David Copperfield Bíblico e como podemos descobrir fraudes documentais através disso. Siga-me,
Watson, e veja como é elementar.

Para princípio de conversa, não há NENHUMA descrição física de Jesus no Novo Testamento. Ainda assim,
apareceram milhares de ícones, pinturas, moedas, estátuas, desenhos, rabiscos e pichações de todo tipo
ilustrando-o. Interessante, não é? Mais interessante ainda é saber que boa parte dessas representações
muitas vezes não concordam entre si.

A referência iconográfica direta a Jesus começa no século IV, aproximadamente. Daí em diante, todas as
demais são apenas cópias dos estilos anteriores. Estas cópias geraram mais cópias (com alguma “liberdade
expressiva” por parte dos artistas) e assim sucessivamente.

Claro que ninguém é maluco (ou não deveria ser, pelo menos) de desenhar algo sem o menor vestígio ou
indicação. Pois, é. E as Ovelhinhas do Senhor bradarão alto, insistindo que se há representações artísticas, é
porque aconteceu uma dessas duas coisas (ou as duas simultaneamente):

1) Deus os inspirou divinamente


2) Os artistas tiveram em mãos documentos descritivos sobre o X-Man Palestino.

Isso é evidência de muita coisa, não é? Afinal, Deus em sua omnipotência, omnisciência e outros “omni” é
capaz de fazer com que todos enxerguem a verdade como ela é. Isso somado aos documentos e relatos
históricos pode-se construir uma imagem do sujeito que alegam ter ressuscitado mortos e bancado o serviço
de buffet durante uma festança, certo?
ERRADO!

Vamos detonar de vez aquela babaquice falaciosa que os cristãos insistem em jogar aos quatro ventos. Eles
estão sempre enchendo o saco com as citações de Flávio Josefo, Cornélio Tácito, Publius Lentullus, Pôncio
Pilatos etc.

O mau-caratismo é imenso e só perde para a burrice de repetirem, que nem papagaio, o que uma
determinada fonte (completamente falaciosa, ridícula e estúpida) traz, usando isso como se fosse a verdade
definitiva.

Aqui estudaremos as mais comuns citações sobre Jesus, inclusive os textos de:

• Flávio Josefo

• Cornélio Tácito

• Públio Lêntulo

• Pôncio Pilatos

• Volume Archko entre outros.

Na página a seguir, veremos a principal fraude que alegam ser uma das mais irrefutáveis provas que Jesus
existiu: Flávio Josefo

Flávio Josefo, o Cristão?

Um dos alvos preferidos dos religiosos, tentando provar seu mito, é fazer uso de um dos mais renomados
historiadores judeus que já existiu: Flávio Josefo. O problema reside justamente aí e se olharmos
atentamente, veremos grandes discrepâncias e incongruências no relato de Josefo. Entretanto, convém saber
primeiro quem foi Flávio Josefo, afinal de contas.

Yosef Ben-Matityahu nasceu aproximadamente em 37 d.C. e faleceu entre o ano 100 e 103 da Era Comum.
Todas as informações disponíveis sobre Flávio Josefo são oriundas de sua autobiografia. De acordo com
esta, ele teria nascido em Jerusalém, tendo recebido uma educação sólida na Torá. Depois disso, juntou-se
aos saduceus para continuar seus estudos, assim como aos fariseus e os essênios, optando por aderir ao
farisaísmo. No ano 64, seguiu numa embaixada a Roma onde defenderia com êxito a causa de alguns
sacerdotes hebreus condenados pelo procônsul romano Félix.

Josefo sempre preferiu dissuadir os revoltosos judeus a não se rebelarem contra Roma. Por causa disso, ele
foi várias vezes chamado de traidor. Mesmo assim, os judeus continuaram sua oposição, fazendo com que
Vespasiano tomasse Jotápa na Galiléia na mão grande com toda a sua tropa.

Ao se entregar Josefo prediz que Vespasiano iria se tornar imperador, que por sinal acaba acontecendo. Isso
faz com que Vespasiano liberte Josefo. Josefo assume o nome romano de seu protetor Flávio Vespasiano e
ganha de presente cidadania romana, uma pensão em Roma, assim como o livre acesso à corte de Tito e de
Domiciano. Nada mal, hein? Daí vem seu nome romano, pelo qual é mais conhecido: Flavivs Iosefvs
(aportuguesando: Flávio Josefo).

Devido à sua adesão aos romanos, até os dias de hoje Flávio Josefo é considerado traidor do povo judeu,
como foi dito. De minha parte, ele apenas seguiu um antigo provérbio chinês “Se não pode vencer o inimigo,
una-se a ele”. Não que eu esteja dizendo que Josefo viu algum chinês pela frente, mas imagino que vocês
tenham entendido o que eu falei.

Bem, Josefo escreveu um relato da Grande Revolta Judaica, dirigida à comunidade judaica da Mesopotâmia,
em aramaico. Mais tarde, ele escreveu (em grego) outra obra de vertente histórica, que englobava o período
que vai dos Macabeus até à queda de Jerusalém. Este livro, a “Guerra Judaica”, foi publicado no ano 79 d.C.
A maior parte do livro é diretamente inspirada na sua própria vida e experiência militar e administativa.

As Antiguidades Judaicas – escritas aproximadamente em 94 d.C. e em grego – é a história dos Judeus


desde a criação do Gênesis até à irrupção da guerra da década de 60. Neste livro encontra-se o famoso
Testimonivm Flavianvm, uma das referências mais antigas à Jesus mas evidentemente se mostra uma fraude,
levando em conta o estilo de Josefo, e considerado uma grossa interpolação posterior por grande parte dos
acadêmicos.

A última obra dele é sua Autobiografia. Que nos revela o nome do adversário (Justo, filho de Pistos, de
Tiberíades), ao qual essa obra vem responder e as censuras que lhe faz Josefo. Essa obra é cheia de
lacunas, confusa e hipertrofiada. E ela traz sobre a vida de Josefo informações preciosas, que não
encontramos em nenhum outro historiador da antiguidade.

O Projeto Gutemberg dispõe das obras digitalizadas de Josefo, as quais você pode ter acesso aqui.

Vamos nos concentrar nas “Antiguidades Judaicas” (mais precisamente no livro XVIII, capítulo 2, seção 3),
que diz:

Agora havia sobre este tempo Jesus, um homem sábio, se for legal chamá-lo um homem; porque ele era um
feitor de trabalhos maravilhosos, professor de tais homens que recebem a verdade com prazer. Ele atraiu
para si ambos, muitos judeus e muitos Gentios. Ele era o Cristo. E quando Pilatos, à sugestão dos principais
homens entre nós, o tinha condenado à cruz, esses que o amaram primeiramente não o abandonaram; pois
ele lhes apareceu vivo novamente no terceiro dia, como os profetas divinos tinham predito estas e dez mil
outras coisas maravilhosas relativas a ele. E a tribo de cristãos, assim denominada por ele, não está extinta
neste dia.

Os grifos são meus e vocês podem ler a referida citação de Josefo no grego, basta acessar aqui.

Interessante passagem. E o que tem de interessante, tem de falsa.

Ora, vejamos, Josefo (supostamente) fala com um tom de admiração e respeito. De um modo passional, até.
Esse estilo de narrativa não aparece em mais nenhum trecho das obras de Josefo, considerado um homem
meticuloso, culto e possuidor de escrita elaborada, precisa e desapaixonada. No referido texto, fica
evidenciado a reverência a uma entidade que ele mesmo induz a pensar que possui um dom divino
principalmente na frase “se é que se pode se chamar de homem”.

Bom, todo mundo tem o direito de mudar de opinião e de fé. E Josefo não seria melhor nem pior se o fizesse.
Só que isso não ocorreu. Nenhum dos biógrafos dele inferiu que ele tenha se convertido ao cristianismo, pelo
contrário. Ele sempre foi um judeu fariseu e manteve esta postura até os seus últimos dias. A frase “Era o
Cristo” é totalmente impensável para um judeu fariseu como Josefo.

Pra princípio de conversa, “Cristo” não foi usado por Josefo, mesmo tendo escrito em grego. Sendo um
profundo conhecedor da Tanakh, Josefo não poderia ter usado esta expressão pelo simples fato de conhecer
muito bem as previsões messiânicas ao ponto de saber que Jesus não poderia ser considerado como o
Messias, posto que não cumpriu nenhuma das previsões. Josefo, sendo um judeu fariseu, jamais – JAMAIS!
– cometeria uma atrocidade religiosa dessa, posto que não há uma só falha nesse sentido em nenhum de
seus escritos. Sua escrita é fluida e centrada. Mas, no referido texto ele fala com o amor de um devoto cristão.
E nem mesmo Justo de Tiberíades o acusou disso.

E ainda tem o fato de Jesus, segundo a citação falsa atribuída a Josefo, era seguido por gregos.
Interessante, ainda mais levando em conta que os gregos só tiveram conhecimento da existência dele após
as pregações de Saulo de Tarso. Antes do misógino vindo de Tarso ir lá encher o saco dos pobres coitados,
ninguém até então tinha ouvido falar sobre ele. Curioso, não?

Josefo foi capaz de saber que ocorreu um eclipse da Lua próximo à morte de Herodes Magno (conforme
descrito em “Antiguidades Judaicas”, mais precisamente no livro XVII 06:04), mas o pessoal devia estar meio
cegueta durante a crucificação e morte de Jesus, posto que não conseguiram ver uma escuridão de três
horas (!), um terremoto que fendeu pedras e rasgou o véu do templo e de santos mortos ressuscitando,
invadindo a cidade e dançando Thriller!

O melhor de tudo (ou pior, dependendo do ângulo que se veja) é que isso ocorreu na Páscoa.

Ninguém mais viu tais eventos. Só Mateus.

Há ainda o fato de dizer que quem amou o X-Man palestino não o abandonou. Pelo visto, o autor daquele
parágrafo fraudulento esqueceu da passagem que o apóstolo Pedro negou Jesus 3 vezes. Fazer o quê?

Ninguém é perfeito, não é mesmo?

Desse modo, aquele parágrafo ridículo e fora do contexto em que foi inserido (após este trecho, o Josefo
começa a falar sobre assunto bem diferente no qual refere-se a castigos militares impingidos ao povo de
Jerusalém) só pode ser considerado como notoriamente falso! Só tendo muita fé para acreditar que tal trecho
realmente pertence a Josefo. E fé não passa de uma crença cega, independente de validações.

Resumindo a história, a pseudocitação de Josefo nos remete a uma descrição bem definida de Jesus
Homem sábio, era o Cristo (não é uma descrição, propriamente dita, mas um título), era seguido por gregos,
ressuscitou e fez coisas maravilhosas.

Tomem nota disso, crianças, pois ainda temos muita coisa para estudarmos. Agora, crianças, façam o favor
de virar a página de seus cadernos, pois agora estudaremos Cornélio Tácito. E nada de gracinhas a respeito
do nome dele, por gentileza.

Cornélio Tácito era analfabeto?

Públio Caio Cornélio Tácito nasceu no ano 55 d.C. e morreu em 120 d.C. Foi historiador romano, questor,
pretor, cônsul e procônsul da Ásia, além de um grande orador. Ufa! O cara foi tudo. Se dessem oportunidade,

ele teria sido até mesmo imperador.

Tácito é considerado um dos maiores historiadores da Antiguidade. Suas obras principais foram “Anais” e
“Histórias”, que tinham por tema, respectivamente, a história do Império Romano no primeiro século, desde a
chegada ao poder do imperador Tibério até à morte de Nero e da morte de Nero à de Domiciano.

A obra de Tácito passou por altos e baixos. Considerando que o declínio da literatura latina no final do século
II causou um certo “esquecimento” a respeito de Tácito e sua obra, o autor acaba sendo redescoberto apenas
na Antiguidade Tardia, quando o grego Amiano Marcelino inspirou-se nele para escrever uma história da sua
própria época, no idioma latino.

No começo da Idade Média (lembram-se? A chamada Idade das Trevas), sua obra voltou a cair no
esquecimento, para só readquirir notoriedade durante a Renascença, que marcou o fim dessa Era. Assim, em
conseqüência destas idas e vindas, os textos maiores de Tácito chegaram muito fragmentados, de forma tal
que os “Anais”, tais como podemos lê-los hoje, contém apenas a descrição de parte do reinado de Tibério – a
descrição do reinado de Calígula estando totalmente perdida – parte do de Cláudio, e a maior parte do de
Nero – estando também perdida a conclusão da obra. Quanto às “Histórias”, seu texto preservado contém
basicamente a narrativa da guerra civil do ano 69, que levou à ascensão do amiguinho de Josefo,
Vespasiano, ao trono imperial.

Não se pode precisar se o que restou é relato fidedigno, mediante o texto original de Tácito. E não precisa ter
carteirinha de cético para duvidar da autenticidade total dos relatos que sobreviveram até os dias de hoje.

Nos “Anais”, há outra passagem curta que fala de “Christus” como sendo o fundador de um partido chamado
“os cristãos” – um grupo de pessoas “que foram anatemizadas por seus crimes”. (Leia aqui). Estas palavras
aparecem no relato de Tácito sobre o Incêndio de Roma. A evidência para esta passagem não é muito mais
forte que para as passagem de Josefo.

Não foi citado por qualquer escritor antes do décimo quinto século; e quando foi citado, havia só uma cópia
dos “Anais” no mundo; e era suposto que aquela cópia tinha sido feita no oitavo século – seiscentos anos
depois da morte de Tácito! Os “Anais” foram publicados entre 115 e 117 d.C., quase um século depois do
tempo de Jesus – assim a passagem, mesmo que fosse genuína, não provaria nada de nada sobre Jesus.

“Nero, sem armar grande ruído, submeteu a processos e a penas extraordinárias aos que o vulgo chamava de
cristãos, por causa do ódio que sentiam por suas atrapalhadas. O autor fora Cristo, a quem, no reinado de
Tibério, Pôncio Pilatos supliciara. Apenas reprimida essa perniciosa superstição, fez novamente das suas,
não só na Judéia, de onde proviera todo o mal, senão na própria Roma, para onde de confluíram de todos os
pontos os sectários, fazendo coisas as mais audazes e vergonhosas. Pela confissão dos presos e pelo juízo
popular, viu-se tratar-se de incendiários professando um ódio mortal ao gênero humano”.

Como podem observar, Tácito não afirma que houve um Jesus Milagreiro na Palestina. Ele fala de um
arrastão de seguidores de Cristo (esse “Cristo” não é um nome próprio e sim um título).

Desse modo, nosso amigo Cornélio afirma a existência de cristãos, membros seguidores do que ele chama
literalmente de “perniciosa superstição”. Logo, mesmo que Tácito tenha se referido ao Jóquei de Jegue, ele
não acreditou que o talzinho era filho de deus nenhum. Superstição é superstição, e não passa de algo
semelhante ao culto a um trevo de quatro folhas ou dar sete pulinhos sobre as ondas na virada do ano.

Sem falar que Tácito concluiu que eles não passaram de terroristas que odiavam Roma. Um argumento bem
semelhante ao que se fala dos Palestinos nos dias de hoje. Tanto a “verdade” na qual os Palestinos se
baseiam, quanto à “verdade” dos arruaceiros descritos por Tácito não são muito diferentes dos contos da
carochinha.

Assim, o que Tácito falou sobre Jesus? Nada! Descrição? Nenhuma! Reconhecimento como filho de Deus?
Fala sério! Tácito não disse nada de conclusivo sobre a existência dele e ponto final. E se querem aceitar o
que o Cornélio disse, então temos que levar todo o trecho em consideração. Inclusive a parte de ser única e

simplesmente uma superstição.

Tendo em mente o que os escritos de Tácito falam (e do caráter duvidoso de seus escritos), só podemos
deixar isso de lado e passar para outro mito inventado pelos cristãos: Públio Lêntulo.

Públio Lêntulo: Fato ou ficção?

É atribuído a Publivs Lentvllvs (aportuguesando: Públio Lêntulo) uma carta dirigida ao Senado Romano, em
que é feita uma descrição concisa de Jesus com alguns detalhes do X-Man Palestino.

Alega-se, também, que este manuscrito foi copiado algumas vezes e uma dessas cópias está presente na
biblioteca de um tal de Lord Kelly. Mas, quem diabos é este Lord Kelly? O máximo que se acha na internet é
sobre um compositor do século XIX, mas isso é pouco pra atestar que este compositor é o dono da tal
biblioteca, e possuidor da referida cópia.
E mesmo que fosse, o que isso prova? Para qualquer um que possua algo mais que meio neurônio, não
prova absolutamente nada! Eu tenho livros de ficção em casa. Daqui a 200 anos, poder-se-á considerá-los
como livros históricos? Só se possuir muita desonestidade intelectual.

Antes de prosseguirmos, vejamos o que essa carta diz:

Apareceu nestes nossos dias um homem, da nação Judia, de grande virtude, chamado Yeshua, que ainda
vive entre nós, que pelos Gentios é aceito como um profeta de verdade, mas os seus próprios discípulos
chamam-lhe o Filho de Deus – Ele ressuscita o morto e cura toda a sorte de doenças. Um homem de estatura
um pouco alta, e gracioso, com semblante muito reverente, e os que o vêem podem amá-lo e temê-lo; seu
cabelo é castanho, cheio, liso até as orelhas, ondulado até os ombros onde é mais claro. No meio da cabeça
os cabelos são divididos, conforme o costume dos Nazarenos. A testa é lisa e delicada; a face sem manchas
ou rugas, e avermelhada; o nariz e a boca não podem ser repreendidos; a barba é espessa, da cor dos
cabelos, não muito longa, mas bifurcada; a aparência é inocente e madura; seus olhos são acinzentados,
claros, e espertos – reprovando a hipocrisia, ele é terrível; admoestando, é cortês e justo; conversando é
agradável, com seriedade. Não se pode lembrar de alguém tê-lo visto rir, mas muitos o viram lamentar. A
proporção do corpo é mais que excelente; suas mãos e braços são delicados ao ver. Falando, é muito
temperado, modesto, e sábio. Um homem, pela sua beleza singular, ultrapassa os filhos dos homens.

Olha, sei não. Se isso é a descrição de um judeu do século I, esse Públio Lêntulo devia ter grandes
problemas de visão. Ou então, os secretários dele – que levaram a informação até seus ouvidos – eram
bastante incompetentes, pois seguiram o cara errado.

Claro que há a terceira hipótese: Fraude!

Pra princípio de conversa, não haviam governadores na Judéia na referida época. Haviam Procuradores
(também chamados de Procônsules ou, como é mais aceito hoje, Prefeitos). Em segundo lugar nunca houve
ninguém chamado Públio Lêntulo que tenha governado a província palestina onde o Jóquei de Jegue
supostamente tenha passado.

E para detonar de vez esta fonte mais falsa que nota de três reais, aqui vai o tiro de misericórdia:

Publius Lentulus é um personagem ficcional, que dizem ter sido governador da Judéia antes de Pôncio
Pilatos(…)

Dobschutz (“Christusbilder”, Leipzig, 1899) enumera os manuscritos e dá um “aparato crítico”. A carta foi
primeiramente impressa na “Vida de Cristo” por Ludolph, o Cartusiano (Colônia, 1474), e na “Introdução para os
trabalhos de Santo Anselmo” (Nuremberg, 1491). Mas este não é nem o trabalho de Santo Anselmo nem o de
Ludolph. De acordo com o manuscrito de Jena, um certo Giacomo Colonna achou a carta em 1421 em um
documento romano antigo enviado de Constantinopla para Roma. Deve ser de origem grega, e traduzida para o
latim durante o décimo terceiro ou décimo quarto século, entretanto recebeu sua forma presente às mãos dos
humanistas do décimo quinto ou décimo sexto século. A descrição concorda com o quadro de Abgar
denominado de nosso Deus; também concorda com o retrato de Jesus Cristo puxado por Niceforo, São João
Damasceno, e o Livro de Pintores (de Mt. Athos). Munter (“Morra und de Sinnbilder que Kunstvorstellungen der
alten Batizam”, Altona 1825, pág. 9) acredita ele pode localizar a carta até o tempo de Diocleciano; mas isto
geralmente não é admitido. A carta de Lêntulo é certamente apócrifa: nunca houve um Governador de
Jerusalém; nenhum Procurador de Judéia é conhecido para ter sido chamado Lêntulo, um governador romano
não teria endereçado o Senado, mas ao Imperador, um escritor romano não teria empregado as expressões,
“profeta de verdade”, “filhos de homens” ou “Jesus Cristo”. Os dois anteriores são expressões pertencentes ao
hebraico, o terceiro é extraído do Novo Testamento. Então, a carta nos mostra uma descrição de nosso Deus
como a devoção Cristã o concebeu.

Imagino que as Ovelhinhas do Senhor estão imaginando que este texto veio de algum site ateísta e não
merece crédito. Para infelicidade deles, tal citação é do site católico New Advent. E se nem a Enciclopédia
Católica leva em consideração esta bobagem (afinal, ela teria grandes motivos para atestar sua
autenticidade), por que eu a levaria em consideração?

Não, aquilo não existiu e é mais uma fraude de cristãos pessimamente intencionados.

Entretanto, eu gosto de me divertir. Um fraco meu, é verdade. Por isso, vamos examinar cuidadosamente o

texto.

Apareceu nestes nossos dias um homem, da nação Judia, de grande virtude, chamado Yeshua, que ainda
vive entre nós (…)

Como assim “ainda vive entre nós” ? Jesus só apareceu lá pelo ano 30 d.C. Pôncio Pilatos foi Procurador da
província romana da Judéia entre os anos 26 e 36. Tem algo errado aí, já que entre os 12 e os 30 anos de
vida, os Evangelhos não dizem nada a respeito. Se ele tivesse feito tudo o que consta na carta fake de Públio,
os Evangelistas mencionariam.

Ademais, o procurador que mandava no pedaço antes de Pôncio Pilatos foi Valerius Gratus, cujo governo foi
do ano 15 ao ano 26 da Era Comum.

Até pode-se encontrar moedas do tempo dele. Veja aqui.

Outra coisa: Yeshua? Que Yeshua? Desde quando existe esta palavra em latim? No máximo seria Iesu, cuja
transliteração para o hebraico seria Yeshu. E uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. É forçar muito
a barra querer que as duas palavras sejam iguais. E mesmo que sejam, não importa. Um romano não iria usar
uma palavra em hebraico numa carta oficial.

(…) que pelos Gentios é aceito como um profeta de verdade, mas os seus próprios discípulos chamam-lhe o
Filho de Deus – Ele ressuscita o morto e cura toda a sorte de doenças.
Gentios? Gentios era a expressão que os judeus usavam para designar os gregos. Só que não há evidência
disso nos Evangelhos. Os gregos só conheceram (?) Jesus através das pregações de Saulo de Tarso. Por
isso, Saulo é chamado “Apóstolo dos Gentios”. Nos Evangelhos fica claro que Jesus veio para o povo judeu.
E mesmo que não viesse, isso só tira dele a condição de Messias, já que as previsões messiânicas inferem
num enviado de Deus para libertar o povo judeu e levá-lo de volta para Israel.

E como ele ressuscitou mortos (prestem atenção a isso) e curou doenças num período anterior ao descrito
nos Evangelhos e sequer há menção disso neles? Estranho. Muito estranho, mesmo.

Um homem de estatura um pouco alta, e gracioso, com semblante muito reverente, e os que o vêem podem
amá-lo e temê-lo; seu cabelo é castanho, cheio, liso até as orelhas, ondulado até os ombros onde é mais
claro. No meio da cabeça os cabelos são divididos, conforme o costume dos Nazarenos.

Olha, um judeu do século I com essa descrição? Só se for porque Maria fora incubada com um
Espermatozóide Santo muito especial (ou andou pulando a cerca descaradamente mesmo). Qualquer um que
estude um pouquinho sabe que isso não se encaixa com o tipo étnico de qualquer tribo semita da região na
referida época. E é muito engraçado ele dizer que Jesus era um nazareno, inferindo que ele fazia parte da
seita dos nazireus.

De início, ele não poderia ser dessa seita, pois ela impede que se chegue próximo a pessoas mortas. E como
ele ressuscitou as pessoas? Por telegrama? E-mail? Ou aparecia na TV e dizia “Liegue Djá!” ?

O voto de nazireu é descrito em Números, capítulo 9.

2. quando um homem ou uma mulher fizer o voto de nazireu, separando-se para se consagrar ao Senhor,

3. abster-se-á de vinho e de bebida inebriante: não beberá vinagre de vinho, nem vinagre de uma outra bebida
inebriante; não beberá suco de uva, não comerá nem uvas frescas, nem uvas secas.

4. Durante todo o tempo de seu nazireato não comerá produto algum da vinha, desde as sementes até as
cascas de uva.

5. Durante todo o tempo de seu voto de nazireato, a navalha não passará pela sua cabeça, até que se
completem os dias, em que vive separado em honra do Senhor. Será santo, e deixará crescer livremente os
cabelos de sua cabeça.

6. Durante todo o tempo em que ele viver separado para o Senhor, não tocará em nenhum cadáver:

7. nem mesmo por seu pai, sua mãe, seu irmão ou sua irmã, que tiverem morrido, se contaminará, porque leva
sobre sua cabeça o sinal de sua consagração ao seu Deus.

8. Durante todo o tempo de seu nazireato ele é consagrado ao Senhor.


E não me venham com história que ele ressuscitou à distância. O fato dele ter ressuscitado Lázaro, por
exemplo, não faz com que Javé tenha esquecido que Lázaro fora um defunto antes. Nada no texto canônico
faz esta exceção.

Examinando Mateus, o que encontramos?

Mateus 2:23 – E foi habitar numa cidade chamada Nazaré, para que se cumprisse o que fora dito por
intermédio dos profetas: Ele será chamado Nazareno.

Que profetas? Não há NENHUMA previsão a respeito!

Tal profecia não é encontrada em nenhum lugar nas escrituras. E se tomarmos o texto em grego, o que nos
aparece?

καὶ ἐλθὼν κατῴκησεν εἰς πόλιν λεγομένην Ναζαρέτ, ὅπως πληρωθῇ τὸ ῥηθὲν διὰ τῶν προφητῶν ὅτι
Ναζωραῖος κληθήσεται.

A parte destacada “eis pólis legomenem Nazaret” significa “na cidade chamada Nazaré”. Só isso e nada mais.
Nada a ver com nazireato.

Nazireu não tem nada a ver com Nazaré, já que é um voto em honra ao Senhor dos Anéis Bíblico. Não se
refere a “rebento” como alguns alegam também. A passagem de Mateus se refere a Nazaré e fim de papo.
Mas, o fake Lêntulo disse que o Jóquei de Jegue era um nazareno.

Para finalizar o “besteirol Lentuliano”

A testa é lisa e delicada; a face sem manchas ou rugas, e avermelhada; o nariz e a boca não podem ser
repreendidos; a barba é espessa, da cor dos cabelos, não muito longa, mas bifurcada; a aparência é inocente
e madura; seus olhos são acinzentados, claros, e espertos.

Na boa: se isso não é uma descrição ocidental (germânica até), eu não sei o que é. Olhos claros e cinzas?
Face delicada? Ora, façam-me o favor… Nem com uma grande fé dá pra acreditar nisso. A menos que digam:
“Sim, Maria era uma devassa, colocou um par de chifres em José e veio com essa que era filho de Deus”.
Afinal de contas, no Norte e Nordeste do Brasil é comum o folclore do Boto Tarado, que vem à terra para dar

uns pegas nas garotas e as deixarem grávidas.

Fim de Lêntulo. Fraude demonstrada e devidamente aniquilada. Tá na hora de partirmos pro próximo alvo:
Pôncio Pilatos.

O Volume Archko: WTF ?

Caso não saibam, o chamado Volume Archko é tão somente uma publicação de 1887, escrito por um…

reverendo cristão.
O reverendo W. D. Mahan alega que os textos desse volume se baseiam nos registros oficiais do julgamento
do Jóquei de Jegue, e que tais documentos estão guardados nos Arquivos Secretos do Vaticano.

O problema com os arquivos secretos reside no seu próprio nome: São secretos, ora bolas! Não estão
disponíveis para qualquer um chegar lá e ficar fuçando à vontade.

Assim, como o “reverendíssimo” reverendo Mahan conseguiu copiar os tais documentos? Indo falar
pessoalmente com o Papa?

Este Volume não é reconhecido por muitos religiosos. O site Bibleprobe.com faz uma ressalva com relação a
este pseudodocumento:

Keep in mind - these are:

Non-canon documents

Christians should keep in mind that only Holy Scripture is deemed to be inspired by God.

http://bibleprobe.com/archko.htm

Se este site (um site religioso e que defende a vertente cristã) diz para que os cristãos só considerem textos
bíblicos, inferindo que este documento não é confiável, por que alguns religiosos insistem em vir com esta
besteira?

O acadêmico Edgar J. Goodspeed escreveu um livro de nome Modern Apocrypha, Famous “Biblical”
Hoaxes (Apócrifos Modernos: Famosos Boatos “Bíblicos”). Nesta obra, Goodspeed ataca o besteirol de
Mahan.

Sugiro uma leitura da obra de Goodspeed Strange New Gospels.

Don Stewart, do site Blueletterbible.org responde sobre este mesmo Volume Archko e deixa claro que se trata
de um boato.

O Volume Archko

Um dos mais famosos boatos escritos é o “Volume Archko”. O trabalho é também conhecido como “Relatório de
Pilatos” ou “A Biblioteca Archko”. O conteúdo deste trabalho é uma alegada transcrição do julgamento e morte
de Jesus, feito por Pôncio Pilatos ao Imperador Tibério. A existência deste trabalho pode ser rastreada até um
certo reverendo W. D. Mahan de Boonville, Missouri. Em 1879 ele publicou uma panfleto de 32 páginas
entitulado, “Uma Correta Transcrição da Côrte de Pilatos”.

http://www.blueletterbible.org/faq/nbi/1224.html

O site ainda completa:

Estas entrevistas [de José e Maria feita por Gamaliel, bem como de alguns pastores que supostamente viram o
nascimento de Jesus] estão cheias de erros históricos. Por exemplo, ele [Mahan] dá um número de referências
ao livro de Josefo, Gerra Judaica, que simplesmente não existem. Somado a isso, existe uma falsa passagem
nas Antigüidades Judaicas (também de Josefo) que se refere a Jesus em mais de 50 lugares. A entrevista diz
que Tácito escreveu a biografia de Agricola, seu sogro, no ano de 56 d.C. Isto é impossível, já que Tácito
nasceu no ano 55 d.C. Ademais, não existe nenhuma biografia de Agricola até o século XIX. (mesmo link
acima)
Obviamente, eu não me furtaria de esmiuçar os detalhes deste pseudodocumento com relação à aparência

física do X-Man da Palestina, pois é disso que este artigo trata.

Eu lhe pedi que descrevesse esta pessoa para mim, de forma que pudesse reconhece-lo caso o encontrasse.
Ele disse: ‘Se você o encontrar [Yeshua] você o reconhecerá. Enquanto ele for nada mais que um homem, há
algo sobre ele que o distingue de qualquer outro homem. Ele é a “cara da sua mãe”, só não tem a face lisa e
redonda. O seu cabelo é um pouco mais dourado que o seu, entretanto é mais queimado de sol do que
qualquer outra coisa. Ele é alto, e os ombros são um pouco inclinados; o semblante é magro e de uma
aparência morena, por causa da exposição ao sol. Os olhos são grandes e suavemente azuis, e bastante
lerdos e concentrados….’. Este judeu [Nazareno] está convencido ser o messias do mundo. […] esta é a
mesma pessoa que nasceu da virgem em Belém há uns vinte e seis anos atrás…

O que diabos o sujeito quis dizer com “a cara de sua mãe” ? Bom, ele diz em seguida que não tem a face lisa
e redonda. Mas, o que a carta fake de Pilatos disse? Não falou nada de rugas.

Este besteirol Archko é tão ridiculamente falso que insiste em dizer que o Jóquei de Jegue tinha cabelos
dourados (mas queimados pelo sol), tinha pele morena porque andou pegando um bronze e tinha olhos
AZUIS!!

Diz que ele era da seita dos nazireus e que nasceu em Belém. Isso tudo já foi rebatido antes. Então, não
preciso mais falar a respeito.

E ainda diz que ele nasceu há 26 anos! Muito curioso, já que ele aparece nos Evangelhos tendo 30 anos.
Será que examinaram a carteira de identidade dele? É cada um que aparece…

Ainda há outras pseudo-referências a Jesus. Mas, isso fica pra próxima página.

Outras fontes: Será que Jesus aparecerá?

Especialistas concordam que que Fílon de Alexandria (também chamado de Philo Judaeus, ou Filo o Judeu)
foi um grande estudioso da religiosidade do seu tempo, sendo contemporâneo de Flávio Josefo. Ele nasceu
no ano 20 d.C. e faleceu em cerca de 50 d.C.).

Através dos seus relatos (veja aqui) sabemos que ele tinha conhecimento sobre o que se passava na
Galiléia.
Ele relatou sobre a Jerusalém da sua época várias vezes, os essênios e o governo cruel de Pilatos. Lembram-
se de Pilatos? Aquele cara “emocionado” com a presença de Jesus. De acordo com Fílon, ele não era tão

bonzinho assim.

Pode-se dizer que Fílon era um fofoqueiro, mas é muito curioso que ele não menciona nada do que ocorreu
com o Jóquei de Jegue. Amnésia? Talvez. Mas, por que deveríamos esperar que ele escrevesse sobre
Jesus? Ora, bolas! Simplesmente porque, segundo os evangelhos, ele foi a pessoa mais extraordinária que já
existiu! Engraçado, não?

Já nosso amigo Justo Tiberíades escreveu até Agripa II (c. 50 d.C). É bem conhecido que Justo era o rival de
Flávio Josefo. Suas obras não sobreviveram, pois tinham sido destruídas; e por que destruiriam suas obras?
Tais obras deveriam ser bem incômodas.Contudo, através de Fotius (leia aqui), patriarca de Constantinopla,
sabe-se que Justus não fez a mínima menção a Jesus. Opa! Assim, por que os mais prolixos escritores
judeus que não deram bola para a maravilhosa sabedoria, os milagres e os prodígios do famosíssimo X-Man
Palestino? Era para apresentarem relatos que demonstrassem o que foi dito nos evangelhos. Por que será?

Plínio, o Jovem, nos traz o seguinte relato:


“…os cristãos estavam habituados a se reunir em dia determinado, antes do nascer do sol, e cantar um
cântico a Cristo, que eles tinham como Deus”.

(Epístolas, I.X 96)

Se isso não é a descrição de uma adoração pagã, o que mais seria? De qualquer forma, o que isso prova?
Que haviam pessoas que entoavam cânticos a um tal de Cristo. Poderiam estar rezando pra Shiva ou até
mesmo arriando um despacho na encruzilhada. Se isso é prova que Jesus existiu, então todo deus que
receber uma veneração qualquer também existe.

Mas, Deus não é um só?

Suetônio, outro historiador romano, no ano 120 da Era Comum, referindo-se ao reinado do imperador romano
Cláudio (Vita Claudii, XXV), afirma que este “expulsou de Roma os judeus, que, sob o impulso de Chrestus
(Chrestus e não Cristo. Uma coisa é uma coisa. outra coisa é…), se haviam tornado causa freqüente de
tumultos”.

Iudaeos impulsore Chresto assidue tumultuantis Roma expulit. Germanorum legatis in orchestra sedere
permisit, simplicitate eorum et fiducia commotus, quod in popularia deducti, cum animadvertissent Parthos et
Armenios sedentis in senatu, ad eadem loca sponte transierant, nihilo deteriorem virtutem aut condicionem
suam.

Leia aqui.
O mau-caratismo religioso é tão grande, que este trecho foi usado em Atos dos Apóstolos 18:2, e modelaram
da seguinte forma:

Encontrou ali um judeu chamado Áquila, natural do Ponto, e sua mulher Priscila. Eles pouco antes haviam
chegado da Itália, por Cláudio ter decretado que todos os judeus saíssem de Roma. Paulo uniu-se a eles.

Notem que ele não disse porque foram expulsos. Talvez porque este não poderiam encaixar Jesus ali, posto
que nenhum evangelho ao menos sugere que ele tinha ido a Roma.

Quem é esse Crestus então?

Tudo isso é muito curioso. Ainda tem muito mais! Muitos escritores do século I não escreveram nada,
nadinha, neca de pitibiriba sobnre o Jóquei de Jegue. Entre eles, vamos citar:

Apiano, Apiano de Alexandria, Apolônio, Arriano, Aulo Gélio, Columella, Dâmis, Díon
Crisóstomo, Díon Pruseus, Eptectus, Favorino, Fedro, Filon de Alexandria, Flávio Josefo,
Flegon, Floro Lúcio, Hermógenes Sílio Itálico, Justus de Tiberíades, Juvenal, Lísias, Lucanus,
Luciano, Marcial,Paterculus,Pausânias, Pérsio,Petrônio,Plínio o Moço, Plínio o Velho,
Plutarco,Pompônio Mela, Ptolomeu,Quintiliano,Quinto Cúrcio,Statius,Suetônio,Tácito,Teão de
Smyrna,Valério Flaco e Valério Máximo
Dessa lista aí, excluindo os documentos adulterados, forjados e intencionadamente mal-interpretadas
(conforme tenho analisado durante este artigo), não há uma fonte confiável que ateste a veracidade da
existência de um Carpinteiro Mágico que foi aclamado por todos os doutores, considerado o mais sábio,
aquele que fez inúmeros milagres, ressuscitou mortos etc.

Na próxima e última página, veremos muitas imagens iconográficas. Algumas de Jesus, outras não. Você não
desistirá aqui, não é? Vamos, lá, Watson.

Representações iconográficas

A tabela abaixo mostra várias representações iconográficas. E se você não sabe o que é iconografia, veio ao
lugar certo. Pois nosso blog é altamente informativo e não apresentamos “verdades” porque é assim e pronto!
Isso deixamos as religiões fazerem.

Segundo Erwin Panofsky, a iconografia é um ramo da história da arte, cujo objeto de estudo é o tema e
significado das obras de arte em contraposição a sua forma. Assim, as iconografias de Jesus mostram o
significado de cada imagem, escultura, desenho, pichação etc.

Bem, deixando o lero-lero de lado, vamos às imagens. Para vê-las em tamanho maior, basta clicar na
miniatura.
Este baixo-relevo (chamado Alexamanos Graffito) data do ano 200 d.C. ou anterior a isso.O desenho
mostra alguém com cabeça de asno crucificado. O texto em grego significa:”Alexamenos adora o seu
Deus”.

Desenho da imagem acima para facilitar a visualização.

Jesus sendo representado como o deus Apolo. Aprox. 350 d.C.

Jesus sendo representado como o bom pastor. Aprox. 450 d.C.

Jesus novamente sendo representado como o bom pastor. Século IV.

Jesus sendo representado como Orfeu (note a lira). Aprox. 450 d.C.

Jesus ensinando a Pedro e Paulo. Aprox. 360 d.C.

Jesus como guerreiro. Século V.

Mosaico de Jesus. Século IV.

Jesus Pantocrator (palavra de origem grega que significa etimologicamente “todo-poderoso” ou


“onipotente”). Aprox. 1090 E.C.

Jesus como visto pelos turcos. Imagem extraída de um texto islâmico.S/ data.

Jesus em uma representação dos mórmons. 1992 E.C.

Mais representações iconográficas poderão ser acessadas no site:


http://www.religionfacts.com/jesus/image_gallery.htm

Muitas diferenças, não é mesmo? Algumas imagens com barba, outras sem, como e fosse um romano. Umas
com cabelos crespos, outras com cabelos lisos e dourados. Curioso!

Mas, será que ele seria assim mesmo? Ao meu ver, não. Não seria. Alguns cientistas também discordam
disso. Assim, entra em cena a antropologia forense. Cientistas forenses britânicos aliados a arqueólogos
israelenses conseguiram reconstituir a possível aparência de Jesus, caso ele tivesse existido.

Para isso, foi chamado um “médico artista”, chamado Richard Neave, professor aposentado da Universidade
de Manchester, que foi responsável por reconstituir a provável aparência de Felipe II da Macedônia e o Rei
Midas de Frígia. Assim, senhoras e senhores, termino este artigo com a mais provável aparência que Jesus,
filho de José, nascido em Belém, morador de Nazaré, suposto filho de Deus, fazedor de milagres e
macumbeiro palestino:
Como os bons chineses dizem: Uma imagem vale mais que mil palavras.

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