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12/09/2017 Trabalhador com nível superior ganha 140% a mais, mostra estudo - Notícias - UOL Educação

Trabalhador com nível superior


ganha 140% a mais, mostra estudo
Bruno Aragaki
Colaboração para o UOL, no Rio 12/09/2017 06h00 > Atualizada 12/09/2017 10h55

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Foto: Agência Brasil

Com um diploma de nível superior na mão, um trabalhador brasileiro ganha, em


média, 140% a mais do que o profissional que parou os estudos no ensino médio.
Em um exemplo simples, isso quer dizer que, se um trabalhador com nível médio
ganha R$ 1.000, outro com curso superior ganhará R$ 2.400.

A diferença salarial média entre o brasileiro com e sem diploma é a maior entre os
40 países analisados pela OCDE (Organização para a Cooperação e
Desenvolvimento Econômico), conforme relatório publicado nesta terça-feira (12).

O estudo só encontrou diferenças salariais acima de 100% na América Latina. Além


do Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica e México pagam mais do que o dobro aos
seus graduados. Na outra ponta da lista, Suécia, Estônia e Noruega têm diferenças
menores ou iguais a 25%. Considerando a média dos 21 países da OCDE, que
reúne nações ricas e desenvolvidas, essa diferença salarial vem caindo nos últimos
dez anos e hoje representa 50% entre os com e sem graduação.

Ao analisar o fenômeno, a OCDE destaca que, por aqui, apenas 15% das pessoas
entre 25 e 64 anos terminaram a faculdade. É menos do que a metade da média
global (37%), e também abaixo do verificado em Argentina, Colômbia e Chile -
todos na casa dos 22%.

Uma lupa no nosso mapa revela ainda grandes distorções regionais: enquanto 35%
da população do Distrito Federal entre 25 e 37 anos têm ensino superior, por
exemplo, no Maranhão, a taxa cai para 7%. "Mesmo em outros países grandes,
como Rússia ou Estados Unidos, a diferença entre os extremos não passa de três
vezes", diz a entidade no relatório.

O estudo também destaca o fato de, no Brasil, 75% dos estudantes universitários
estarem em instituições privadas, enquanto a média mundial é 33%. "Pode ser um
problema se não há alternativas suficientes de financiamento como empréstimos ou
bolsas", alerta a instituição, sediada em Paris.

Para o professor de economia do trabalho da UnB (Universidade de Brasília) Carlos


Alberto Ramos, há no Brasil dois movimentos distintos: a valorização do diploma de
ensino superior e "uma deterioração do diploma de ensino médio, que cada vez

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mais vale menos".

Para o pesquisador, uma alternativa para esse cenário é o investimento em ensino


técnico – outra modalidade na qual o Brasil se sai mal, segundo o estudo. No país,
apenas 9% dos estudantes de ensino médio recebem formação técnica – a média
dos países da OCDE é de 46%.

"Além da questão do acesso, tem o fator cultural. O brasileiro que pode estudar vê
prestígio em carreiras ligadas ao escritório, à administração. Ninguém quer estudar
para virar mecânico", diz o professor.

O relatório também mostra a disparidade salarial em função do gênero: mulheres de


25 a 64 anos recebem, em média, 65% dos rendimentos aferidos entre os homens -
tanto as com nível médio como as com nível superior completo. Entre os países da
OCDE, a média é de 74% para nível superior  e de 79% para ensino médio.

Taxa de desemprego é menor

Além dos salários maiores, profissionais com ensino superior têm taxa de
desemprego menor – 40% inferior à dos profissionais de nível médio.

Embora o levantamento da OCDE leve em conta números de 2015, dados mais


atuais mostram cenário similar. Levantamento realizado pelo jornal Folha de
S.Paulo em agosto mostra que a taxa de desemprego entre os profissionais
com ensino superior foi de 6,4%
(http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2017/08/1913382-reacao-do-emprego-
favorece-homens-e-profissionais-mais-instruidos.shtml) no segundo trimestre de
2017. Para aqueles com ensino médio completo, a taxa é de 14,6%. 

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