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22 Projetos
12 Expansor de portas para microcontroladores,
Desenvolvimento
16 Comparação de desempenho das pontas de prova
de banda larga
Instrumentação
22 Curso sobre o osciloscópio
Sensores
36 Realimentação de posição para controle de
36 Eletrônica Aplicada
42 Instalações Fieldbus: Acoplamentos Capacitivo e
Indutivo
programáveis
Eletrônica Digital
58 Fórmulas e informações úteis da aritmética binária
57 Editorial
Acontece
03
06
Índice de anunciantes
Samtec …................................................ 05 Mosaico …............................................................. 27 Tato …......................................................... 65
Metaltex …................................................ 07 Nova Saber …........................................................ 29 Tektronix ….............................................. Capa 2
Keystone ….................................................... 09 Cika …..................................................... 35 National …............................................... Capa 3
Nova Saber …............................................ 11 Patola …................................................. 65 Infineon …................................................ Capa 4
Para continuar a oferecer aos desenvolve- variedade de opções de analógicos, me- Para facilitar o projeto e acelerar o tempo
dores líderes de mercado soluções de mórias e conectividade para satisfazer de entrada no mercado, o software livre
processamento integradas baseadas em os parâmetros de projeto ao longo de StellarisWare® está disponível para down-
ARM, a Texas Instruments Incorporated uma ampla gama de aplicações, como load e não tem rivais na sua variedade
(NYSE: TXN) anunciou recentemente automação industrial, controle de movi- e facilidade de uso. O software Stella-
a nova geração de microcontroladores mento, saúde, boa forma e muito mais. risWare® inclui centenas de exemplos
Stellaris® Cortex™-M4F de baixa potên- Os novos MCUs Stellaris são os primeiros de bibliotecas de projetos, aplicações
cia e ponto flutuante. Todos os novos microcontroladores baseados em Cor- e periféricos e pilhas de código aberto.
microcontroladores LM4Fx Stellaris tex-M a serem construídos com tecno- Para conservar memória flash, a Texas
oferecem ponto flutuante de alto de- logia de 65 nanômetros (nm), abrindo Instruments oferece também o softwa-
sempenho e o melhor da categoria em caminho para velocidades mais rápidas, re pré-carregado na ROM. Compatível
baixo consumo de energia para lidar mais memória e potência ainda mais com cinco IDEs populares, os kits de
com a portabilidade e a baixa disponibi- baixa. Para mais informações sobre os mi- microcontroladores Stellaris permitem
lidade de energia. Os desenvolvedores crocontroladores Stellaris Cortex-M4F, iniciar projetos em 10 minutos ou menos.
também podem escolher entre uma acesse www.ti.com/cortexm4-pr-lp. Os desenvolvedores podem facilmente
Curtas
Volta ao mundo Amplificador automotivo 1º Parque Eólico da Petrobras
A Texas lançou um amplificador opera-
A Semikron, empresa alemã de semi- As usinas Potiguar, Cabugi, Juriti e
cional qualificado para sistemas auto-
condutores, acaba de participar de Mangue Seco, que compõem o Parque
motivos, funcionando com alimentação
uma corrida mundial de emissão zero Eólico de Mangue Seco, já estão ope-
assimétrica de 2,7 a 36 V.
de carbono. rando comercialmente no Rio Grande
Este componente oferece um desem-
Em parceria com a Universidade do do Norte.
penho de alta precisão a um custo de
Sul da Austrália, a empresa forneceu a Com investimento de R$ 424 milhões,
componentes de baixo consumo de
tecnologia Skai para o carro elétrico o primeiro Parque Eólico da Petrobras
energia.
TREV, de código aberto. entrou em operação comercial oito
Além do tradicional encapsulamen-
Após 30 mil quilômetros percorridos meses antes do compromisso assumi-
to padrão da indústria, SOT-23, ele
em 16 diferentes países ao redor do do com a Aneel (Agência Nacional de
também será oferecido para aplicações
mundo, o custo total da viagem ficou Energia Elétrica).
qualificadas automotivas no encapsu-
em inacreditáveis US$ 400 pela ener-
lamento SOT-553, que é 50% menor
gia elétrica consumida.
que os dispositivos disponíveis hoje,
reduzindo a área de placa em módulos
embarcados.
Expansor de Portas
para Microcontroladores,
utilizando a tecnologia
CPLD XILINX
Com este simples projeto em VHDL, o leitor poderá adicionar 30 Um CDPLD como o XC9536XL custa
pinos de E/S conectados remotamente a qualquer microcontrolador em torno de US$ 1.00 em pequena quan-
tidade, justificando seu uso com grande
Augusto Einsfeldt folga. Este componente trabalha em 3,3 V,
sendo compatível com sinais de 5 V. Se o
leitor não tiver uma fonte de 3,3 V e quiser
usar apenas a fonte de 5V, então o XC9536
(normal) é a solução, porém custando um
pouco mais.
Outros aspectos devem ser considera-
H
dos, os quais reforçam o uso de um CPLD
oje em dia, existem duas grandes na interface com painéis: a capacidade de
utilidades para um expansor de corrente por saída para acionar os LEDs e a
portas: aumentar o número de E/S proteção contra ESD. O XC9536XL permite
de microcontrolador mantendo acionar os LEDs com até 10 mA por saída
baixo o custo do projeto, ou permitir que (nível) desde que o total (saídas + consumo
um grande número de sinais sejam ligados interno) não exceda 400 mA, no caso do
ao microcontrolador através de pequenos encapsulamento PLC44.
conectores e poucos fios. Este projeto possui 15 saídas e todas elas
Um exemplo direto desta aplicação é a podem ser empregadas para acionar LEDs
atuação e sensoriamento de LEDs e chaves diretamente (com apenas um resistor de
em painéis de instrumentos onde, geralmen- limitação de corrente para cada LED).
te, existem mais desses componentes do que A proteção contra ESD, típica nos CPLDs
o número de E/S disponíveis em pequenos Xilinx, é de 2 kV. Isso simplifica bastante o
microcontroladores. Normalmente, a dife- esquema de proteção contra ESD necessário
rença de preço entre os integrantes de uma em aplicações onde operadores humanos po-
família de microcontroladores, com menos e dem descarregar cargas eletrostáticas, como
mais pinos de E/S, chega a ser mais de US$ é o caso de painéis de instrumentos.
3.00 e ainda teremos que conectar todos os Após esta introdução que explica porque
sinais, aumentando o custo da placa, dos um CPLD é uma boa ideia para expandir
conectores e da engenharia de produto. portas, vamos ao projeto eletrônico.
Projeto
Este projeto pode ser desenvolvido
empregando-se a ferrramenta WebPACK
(divulgada em CD-Rom na revista Saber
Eletrônica Especial nº5 e disponível para F2. Interface do usuário da ferramenta WebPACK.
download gratuito no site da Xilinx: www.
xilinx.com).
Ela permite desenvolver o projeto em do limitado apenas aos 30 pinos disponíveis Após entrar os 15 bits, o programa
VHDL e, no final, programar o CPLD para e ao número de flip-flops que são necessários deverá subir o sinal LOAD. Isto irá fazer
funcionar como projetado. para descolar os dados e armazenar o estado com que os 15 bits presentes no shift register
Revendo em poucas linhas, um CPLD das saídas. O uso de um outro CPLD poderá sejam armazenados no registrador e fiquem
(Complex Programmable Logic Device) é um resolver as exigências de muito mais E/S. O disponíveis nas saídas. Com o LOAD em
chip que possui diversas células de circuitos XC9572XL-TQ ( encapsulamento SMD TQFP 1, a próxima subida do sinal de CLK fará
lógicos, cada uma com um flip-flop e uma de 100 pinos) possui 72 pinos de E/S e 72 com que o shift register carregue o estado
grande lógica combinacional que podem flip-flops. Tirando os 4 pinos necessários na das entradas. Note que o LOAD não deve
ser configuradas pelo usuário, que é quem interface com o microcontrolador, restam subir junto com o CLK, pois atrasos de na-
determina como o circuito lógico está in- 68 pinos de E/S. Neste encapsulamento, nossegundos no trajeto das linhas poderão
terligado. Um CPLD substitui dezenas de o limite de corrente fica em torno de 600 fazer o registrador guardar o estado atual
chips que se teria de interligar através de um mA, o que permite acionar até 68 LEDs @ das entradas e, assim perder os dados que
circuito impresso ou fios e um protoboard. 8 mA, simultaneamente. Um XC9572XL foram deslocados anteriormente.
Além disso, o CPLD armazena sua confi- custa menos de US$ 3.00 e fornece mais Agora, com o estado das entradas car-
guração em memória FLASH, não volátil, E/S do que qualquer microcontrolador no regado no shift register, o microcontrolador
que pode ser reprogramada 10.000 vezes. mercado atual. deve ler o sinal Dout e gerar um pulso no CLK
Assim, um CPLD substitui chips e circuito para receber cada um dos 15 bits. Note que
impresso operando da forma que se desejar, Como Funciona logo após a carga do shift register, o sinal Dout
podendo ser alterado sem precisar mexer Além de prático, um projeto deve ser já apresenta o estado do bit 14. Portanto, o
na placa ou tocar no ferro de solda. econômico. Neste caso, a economia ficou programa deve ler este bit antes de subir
O XC9536XL possui 36 flip-flops. No no uso de um único registrador de desloca- o CLK novamente. Um melhor aproveita-
encapsulamento PLCC44, que é o tipo SMD mento (shift register) que efetua a leitura das mento do tempo do microcontrolador seria
mais fácil para se usar um soquete de baixo entradas e recebe os bits das saídas. entrar com os novos dados para as saídas,
custo, este CPLD possui 34 pinos de E/S. O microcontrolador deve começar man- enquanto ele vai lendo os dados das entradas
Como pode ser visto no diagrama de blocos tendo o sinal LOAD em nível zero. Neste carregados previamente.
da figura 1, este expansor de portas emprega nível, o shift register não reconhecerá os dados
4 sinais para fazer a comunicação com o mi- paralelos vindos das entradas e irá operar O Projeto em VHDL
crocontrolador, sobrando 30 pinos de E/S para normalmente deslocando o sinal Din a cada Na figura 2 pode-se ver a imagem da
obter 15 entradas e 15 saídas digitais. subida do sinal CLK, em direção à saída Dout interface de usuário do WebPACK. Pode ser
Naturalmente, sendo o CPLD progra- que fica no bit 14 do registrador. que a sua tela seja um pouco diferente dessa
mável conforme as necessidades do usuário, O programa do microcontrolador deve devido a diferenças na versão do WebPA-
este poderia escolher uma combinação dife- mudar o sinal Din antes de fazer um pulso CK utilizado. Contudo, todas as opções e
rente do número de entradas e saídas, fican- do sinal CLK. comandos estão igualmente presentes.
F3. Definindo entradas e saídas. F4. Atribuindo os sinais aos pinos do CPLD.
Para melhor visualização, o programa facilitar a vida do projetista, gerando um O XST, ferramenta de síntese VHDL da
em VHDL foi reproduzido no box 1. arquivo texto de VHDL com toda a estru- Xilinx, analisará seu projeto e montará um
O leitor pode gerar o projeto através de tura básica necessária. Na próxima janela, arquivo tipo Netlist. Caso ocorra algum
alguns passos muito simples. Primeiramente, pressione FINISH e, logo após, o arquivo erro, este vai aparecer na janela inferior
após iniciar o WebPACK, escolha a opção VHDL do projeto estará presente na tela (console). Nesta fase, geralmente ocorrem
New Project no menu File. Digite um nome principal do WebPACK. erros de sintaxe ou de esquecimento na
para o projeto, escolhendo a pasta no disco Copie o texto do projeto da listagem digitação. Por exemplo, todas as linhas
onde quer guardar os arquivos. Escolha 1 dada adiante. O VHDL não é sensível à VHDL que representam uma operação
também a família XC9500XL (ou XC9500 caso diferença entre maiúsculas e minúsculas. lógica devem ser teminadas com o ponto
queira usar apenas 5 V). Finalmente, escolha As diferenças que se pode notar entre as e vírgula (;). Erros complexos podem ser
ao dispositivo XC9536XL PC44. A ferramenta imagens e o texto, ocorrem porque as ima- resolvidos clicando com o botão direito do
de síntese deve ser a XST VHDL. gens foram feitas depois do projeto deste mouse sobre o ícone vermelho na janela de
Agora, na tela principal do WebPACK artigo ter sido desenvolvido e testado. Essas Console. Escolha a opção Go To Solution
(project Navigator) , deve aparecer o chip diferenças não são importantes e servem Record. Você precisa estar conectado na
escolhido na janela Sources in Project. para mostrar que não existe rigidez na apa- internet porque o WebPACK irá contatar
Selecione esta indicação com o mouse e rência dos projetos em VHDL. Lembre-se o site da Xilinx e procurar alguma mensa-
pressione o botão direito. Escolha a opção que a melhor visualização representa um gem técnica que possa ajudá-lo a resolver
New Source. Na janela que aparece, indique projeto melhor documentado e isso ajuda o problema.
VHDL Module e dirige um nome para o muito em revisões futuras e na reutilização Se a síntese funcionou sem erros,
arquivo VHDL que irá criar. Para ficar igual de know-how. então, está na hora de definir quais pinos
ao projeto deste artigo, o leitor pode digitar Note que a janela de texto do WebPACK do CPLD vão ser ligados em cada sinal
Principal, mas qualquer nome poderá ser mostra as palavras-chave em cores diferen- do projeto. Ainda na janela Processes for
usado e irá funcionar identicamente. A tes, salientando seus significados. Current Source, o leitor verá uma caixa de
escolha do nome certo ajuda na documen- Agora, depois da entrada do texto em ferramentas.
tação do projeto. VHDL, o passo seguinte é sintetizar e Clique no sinal + que aprece ao lado
Ao avançar para a próxima janela, o implementar o projeto. A figura 4 ilustra para abrir a caixa. Abra a caixa seguinte
leitor poderá indicar os sinais que estão o projeto já implementado completamente. (User Constraints) e escolha a opção As-
ligados a cada pino do seu projeto. Veja a O primeiro passo é marcar com o mouse o sign Pins (ChipViewer). Caso você esteja
figura 3 para ter uma ideia e saber como arquivo VHDL do projeto ( caso já não esteja retrabalhando um projeto anterior ou deseje
estes dados são inseridos. Mesmo que você marcado, na janela Sources in Project). maior controle sobre o que quer fazer nos
esqueça alguma coisa, poderá corrigir mais Depois, teclar com o mouse duas vezes no pinos do CPLD, poderá optar pelo comando
tarde diretamente no arquivo VHDL. Esta comando Synthesize que fica na janela Constraints Editor ou por editar o arquivo
janela de novo projeto serve apenas para Processes for Current Source. de constraints manualmente.
Desenvolvimento
Comparação de desempenho
das pontas de prova de banda larga
O
Em um artigo publicado ante- que define exatamente o que Para possibilitar uma medida precisa
está sendo medido é o procedi- de Vin, esta adaptação precisa ter um míni-
riormente, baseados em material mento usado para uma medida. mo de perdas e reflexões entre o ponto que
da Agilent Technologies, mos- De nada valem as informações está sendo analisado e a conexão do lado
tramos que as pontas de prova técnicas sobre a curva de resposta de uma direito. Tanto o lado direito da adaptação
ponta de prova-se o modo como as medi- quanto a saída da ponta de prova devem
de osciloscópios para uso em das devem ser feitas não é fornecido. Para ser conectados a sistemas terminados em
banda larga podem apresentar isso, é preciso fazer um ajuste da ponta de 50 ohms, tais como as entradas de um
problemas que afetam o sinal, prova antes da medida. osciloscópio de microondas, medidores
Independentemente de como seja de potência ou portas calibradas de um
levando a falsas interpretações a resposta no domínio do tempo ou da analisador vetorial de redes (VNA).
de resultados. frequência, os sinais antes e depois da A impedância de saída de uma ponta
Neste artigo, que é uma com- ponta de prova precisam ser medidos. de prova não é um item significativo nestas
Na figura 1 mostramos como o “setup” de medidas na maioria dos casos. No entanto,
plementação do assunto, orien- uma ponta de prova deve ser feito. quando uma ponta de prova é utilizada
tamos como utilizar as pontas de Uma adaptação que consiste de uma na entrada de um instrumento que tenha
prova em trabalhos que envolvam linha de transmissão exposta de 50 ohms uma terminação de 50 ohms pobre, podem
pode ser usada para permitir que a ponta ocorrer reflexões que se propagam de volta
sinais de altas frequências ocu- de prova seja conectada à fonte e também para a ponta. Isso causa perturbações na
pando bandas altas, tais como os que o sinal seja medido. resposta de passo da ponta de prova.
encontrados em equipamentos
de telecomunicações modernos.
Newton C. Braga
Por que os usuários de uma ponta de Os fabricantes, normalmente, não derivação de 50 ohms no trajeto do sinal
prova devem medir essas grandezas quan- fornecem informações sobre a resposta são ideais para se verificar a qualidade de
do ela é fornecida pelos fabricantes? de frequência da ponta quando diversos uma ponta de prova e de seus acessórios
O que acontece que é sempre bom acessórios são empregados. Para esse de conexão.
conferir se a ponta de prova está em bom teste utilizam sinais que tenham taxas Se a impedância de entrada de 50
estado antes de usá-la em medidas im- de crescimento rápidas, comparando-se ohms do osciloscópio não for boa com
portantes. Por exemplo, se vamos medir o sinal na entrada e na saída da ponta sinais de altas frequências, um atenuador
resistências com o multímetro, sempre de prova. A figura 1 ilustrou como de alta qualidade de 50 ohms deverá ser
o zeramos antes, para garantir que os isso pode ser realizado. Veja que não é usado. Ele vai reduzir os erros entre os
resultados obtidos depois disso estejam preciso ter um sinal perfeito para estes sinais na entrada do osciloscópio e na
corretos. testes. Basta verificar se as imperfeições entrada da ponta de prova. Esse erro é
Outro ponto relevante vem do fato de que existem na entrada devem estar causado, geralmente, por reflexões do
que a impedância de entrada e a resposta presentes na saída. sinal na ponta com problemas.
de frequência de uma ponta de prova Muitos osciloscópios dispõem de
são muito dependentes dos acessórios sinais de calibração com tempos de Acessórios amortecidos e
de conexão. É uma boa ideia fazer as crescimento muito curtos e que podem sem amorteceimento
medidas usando apenas um acessório de ser usados para excitar uma entrada de Nas figuras 2(a), (b) e (c) temos as
cada vez. 50 ohms. Esse sinal de calibração e uma comparações de medidas feitas para um
revelam alguns pontos importantes. exatamente a mesma que a entrada em há nenhum pico em qualquer frequência.
Observando a Vin medida, a conexão não toda a faixa de frequências. Mesmo quando se utiliza uma ponta ter-
amortecida carrega a fonte de 25 ohms A saída da ponta de prova do lado minal de 2 polegadas, a ponta apropria-
em 750 MHz, reduzindo Vsrc em 9 dB esquerdo da figura 2 (a) indica que o sinal damente amortecida tem menos de 3 dB
aproximadamente. medido em 750 MHz é 14 dB, ou tem um de erro até 1,5 GHz.
Lembrando que 6 dB é um fator equi- fator de 5 sobre o nível de baixa frequên- Diversas medidas no domínio de
valente a 2 em tensão, se a impedância cia. Na realidade, o sinal medido é 9 dB tempo foram feitas com duas pontas
de entrada da ponta de prova é a mesma ou tem um fator 2,8 abaixo do nível de conforme as sugeridas, num sistema de
da impedância da fonte, Vsrc pode ser baixa frequência. Isso significa que a saída 25 ohms. De acordo com a figura 2(b),
reduzida em 6 dB. Isso torna intuitivo que está 23 dB acima da entrada, ou existe um quando medindo-se baixas frequências
uma impedância de entrada de 15 ohms erro de 23 dB em 750 MHz. O gráfico de - um sinal retangular de 66 MHz com
carrega a fonte de 25 ohms em mais de 6 resposta de Vout/Vin exibe esse erro. tempos de subida relativamente peque-
dB em 750 MHz. Em contraste, a resposta de frequência nos (2 ns), as saídas das duas pontas
Se a resposta de frequência de uma para um amortecimento apropriado da de prova apresentam sinais com boa
ponta de prova for perfeita, a saída será ponta de prova está à direita, onde não precisão.
Curso sobre o
Osciloscópio Parte
1
Na história das medidas elétricas e eletrônicas nenhum instrumento
provocou tanto impacto como o osciloscópio, sendo um dos aparelhos
de medida de maior utilidade em quase todos os laboratórios. Neste
artigo vamos aprender um pouco mais sobre sua função principal e
suas demais aplicações
O
osciloscópio tem como finalida- Tubo de raios catódicos
de reproduzir graficamente na É graças ao tubo de raios catódicos
tela do tubo de raios catódicos que é possível visualizar o sinal que se
o evoluir de uma tensão elétrica deseja analisar. Na figura 2, a ilustração
ao longo do tempo. de um T.R.C.
Com os osciloscópios é possível visua- O T.R.C. é um tubo de vácuo em cujo
lizarmos sinais de elevada frequência, o catodo se obtém um feixe de elétrons que
que não acontece com muitos aparelhos de convenientemente acelerado, focado e
medida correntes, que se tornam inoperan- orientado, se faz incidir numa tela fosfo-
tes nessas circunstâncias. Na figura 1, o rescente.
aspecto de um osciloscópio comum. O tubo de raios catódicos é constituído
As aplicações do osciloscópio são por um canhão eletrônico, pelo sistema
inumeráveis como: medição de frequên- defletor e a tela (figura 3).
cias, medição de desfasagens, medição de Eletrodos constituintes do canhão
tensões e correntes alternadas, medição de eletrônico (figura 4):
tensões e correntes contínuas, bem como a • Filamento (F);
Referências: análise, verificação, ajuste e reparação de • Catodo (K);
equipamento eletrônico. • Grelha de controle (G1);
Apontamentos de sistemas O osciloscópio é um instrumento muito • Primeiro eletrado acelerador (G2);
digitais, Eng. Filipe Pereira sensível à tensão, ou seja, é um voltímetro • Eletrado de focagem (G3).
de alta impedância, logo, pode analisar O filamento (F) de um canhão eletrônico
Apontamentos, Lucínio Preza de
com elevada precisão qualquer fenômeno é o elemento que aquece o catodo (K), isto é,
Araújo
que possa transformar-se em tensão. o que proporciona a energia calorífica neces-
Constituição do Osciloscópio
Um osciloscópio analógico básico é cons-
tituído, para além do tubo de raios catódicos,
pelos seguintes circuitos (figura 12):
• Atenuador.;
• Pré - amplificador vertical;
• Amplificador vertical;
• Circuito de disparo; F13. Tensão “dente de serra” do gerador de rampa.
• Base de tempo;
• Gerador de rampa;
• Amplificador horizontal.
Vejamos, que funções cumprem no
circuito cada uma das etapas indicadas no
diagrama de blocos anterior, dividindo-as
em dois grupos, as que correspondem à
deflexão vertical e as que correspondem à
deflexão horizontal.
As etapas correspondentes à deflexão
vertical são três:
• Atenuador;
• Pré - amplificador vertical;
• Amplificador vertical.
O atenuador é a primeira etapa de qual-
quer osciloscópio, e portanto é o circuito que
recebe o sinal que se deseja visualizar.
Tem por finalidade igualar a elevada
impedância das pontas de prova do osci-
loscópio, que possuem valores típicos de F14. Posição do spot na tela.
1 MΩ ou 10 MΩ, à baixa impedância dos Na figura 14 representou-se grafica- Em (c) baixamos um pouco a tensão
pré - amplificadores verticais. Outra função mente a posição do spot sobre a tela do aplicada às placas de deflexão vertical (75
que o atenuador cumpre é a de diminuir a tubo de raios catódicos, ao ser aplicada V), com o positivo na placa superior.
amplitude do sinal de entrada quando esta uma tensão em dente de serra às placas de Em (d) mudamos a polaridade aplicada
tem um valor excessivo que ponha em risco deflexão horizontal. às placas de deflexão vertical.
a fidelidade do sinal, isto é, quando pode Como se pode observar, o tempo de Se, durante o tempo que o spot demora
produzir-se distorção. exploração é maior que o tempo de restitui- em percorrer a distância “lado esquerdo
A etapa seguinte é um amplificador ção, já que o que interessa é reproduzir da - centro” da tela, aplicarmos uma tensão
vertical. Este circuito é constituído por esquerda para a direita a trajetória do spot e positiva à placa de deflexão vertical su-
um pré-amplificador de tensão, um cir- fazer regressar o referido ponto à sua origem perior, e, durante a outra metade (tempo
cuito compensador (são filtros ou etapas no menor lapso de tempo possível. de deslocamento do spot do “centro - lado
corretoras de compensação de baixas ou Dado que a frequência da tensão em direito” da tela) aplicarmos um potencial
altas frequências) e um amplificador final dente de serra do gerador de rampa é re- positivo à placa de deflexão vertical inferior,
que amplifique para um valor adequado o lativamente elevada, o spot deslocar-se-á o traço deslocar-se-á durante metade do
sinal que se pretende analisar. horizontalmente pela tela com grande tempo de varredura horizontal na parte
As etapas correspondentes à deflexão rapidez, pelo que o efeito óptico será igual superior da tela e durante a outra metade na
horizontal são quatro: à presença de uma linha reta e não de um parte inferior do ecrã (ver figura e). Vemos,
• Base de tempo; ponto, isto é, na tela do tubo veremos uma portanto, que dela se reproduz exatamente
• Gerador de rampa; linha horizontal, a qual coincidirá com o a forma de onda que se aplicou às placas de
• Amplificador horizontal; eixo de simetria horizontal quando não se deflexão vertical.
• Circuito de disparo. aplica uma tensão entre as placas de deflexão Em f) aplicamos às placas de deflexão
Os circuitos de base de tempo e gerador de vertical (ver (figura 15 a). vertical uma tensão alternada senoidal,
rampa de um osciloscópio têm por finalidade Em (b) aplicamos uma tensão de 100 V às cuja frequência é o dobro da frequência de
conseguir que a tensão aplicada às placas de placas de deflexão vertical com o positivo na varredura da base de tempo, o que permitirá
deflexão vertical do tubo de raios catódicos placa superior e o negativo na inferior. ver na tela dois ciclos do sinal alternado.
apareçam na tela como função do tempo.
Dado que em todo o sistema de coor-
denadas se representa o tempo sobre a
coordenada horizontal X, o circuito de base
de tempo e gerador de rampa deve intervir
sobre as placas de deflexão horizontal, que
são as que controlam o feixe de elétrons so-
bre o eixo de simetria horizontal da tela.
O circuito de base de tempo e gerador
de rampa deve fazer deslocar o spot perio-
dicamente e com velocidade constante na
direção horizontal sobre a tela, da esquerda
para a direita, e voltar o mais rapidamente
possível à sua posição original, e assim
sucessivamente.
Para efetuar este varredura, o circuito
gerador de rampa fornece às placas de
deflexão horizontal uma tensão em dente
de serra. O tempo decorrido desde que se
inicia a subida da tensão até que se atinja o
seu valor máximo tem o nome de tempo de
exploração, e é o tempo necessário para que o
spot, situado à esquerda da tela, passe para
a direita, varrendo no sentido horizontal o
eixo de simetria dela. O tempo que decorre
desde o momento em que se atinge o valor
máximo até a descida da tensão até zero, tem
o nome de tempo de restituição, e é o tempo
necessário para que o spot, situado à direita
da tela regresse ao seu ponto de origem
situado à esquerda dela (figura 13). F15. Efeito óptico do deslocamento do spot na tela.
Circuito de disparo
Se a frequência do sinal que se analisa
não for um múltiplo inteiro da frequência
de varredura horizontal, em cada início de
varrimento o sinal analisado iniciar-se-á
num ponto distinto da tela, e isso produzirá
um efeito parecido com o apresentado na
figura 16. F16. Efeito observado na tela quando a fre-
Para evitar esta situação recorre-se ao quêcia do sinal não é um múltiplo inteiro
circuito de disparo. Este circuito tem por da frequência varredura horizontal.
F17.Sistema de pós-aceleração
com tensão muito elevada. F18.Sistema de pós-aceleração
com tensão muito elevada.
Pontas de prova
Se utilizássemos pontas de prova como
as que se empregam nos multímetros, para
introduzir os sinais nas entradas verticais F20.Sistema de pós-aceleração
de um osciloscópio, estas produziriam si- com tensão muito elevada.
nais parasitas que interfeririam na medida.
Para evitar que isto aconteça recorre-se ao F19.Sistema de pós-aceleração
emprego de pontas de prova específicas com tensão muito elevada.
para os osciloscópios (figura 17).
As pontas de prova mais usuais são as
seguintes: • Detectoras: Projetadas para detectar
• Passivas, sensores de tensão, x1: Não frequências muito elevadas.
reduzem o nível do sinal, pelo que As pontas de prova são constituídas
a sensibilidade da ponta é máxima. por um trimmer (capacitor de capacidade
Elevada capacidade (32 a 112 pF) e ajustável) ou grupo de capacitores (um deles
largura de banda muito limitada trimmer) em paralelo com uma resistência,
(3 a 35 MHz). Suportam tensões ou mais, se possuir vários níveis de atenu-
até 500 V; ação (figura 18). F21.Sistema de pós-aceleração
• Passivas, sensores de tensão, atenua- Ao ligar o conjunto osciloscópio - com tensão muito elevada.
doras x10, x100, x1000: Atenuam ponta de prova ao circuito em ensaio, a
a amplitude do sinal em 10, 100 ou sua impedância é maior que a do oscilos-
1000 vezes. Capacidade ajustável. cópio sozinho, pelo que afetará menos o que está excessivamente compensada
Podem trabalhar com grandes lar- circuito em ensaio e a medida será mais (sobram altas frequências), caso indicado
guras de banda (até 300 MHz); confiável. na figura 21.
• Ativas, sensores de tensão: São Como norma geral, e para aproveitar Tanto num como noutro caso deverá
constituídas por transistores de ao máximo a largura de banda do osci- ajustar-se o trimmer da ponta de prova
efeito de campo (FET). A atenuação loscópio, a ponta de prova deverá ter uma com a ajuda de uma pequena chave de
é selecionável. Capacidade muito largura de banda superior à do osciloscópio fenda em plástico - nunca metálica para
baixa (1,5 pF). Largura de banda até (figura 19). evitar capacidades parasitas, rodando à
900 MHz. Têm um elevado custo; esquerda ou à direita, como convenha, até
• Sensores de corrente: Utilizadas Ajuste das pontas de prova que na tela se obtenha uma forma de onda
para medir correntes até 1000 - 1500 Ao proceder ao ajuste da ponta de perfeitamente quadrada.
A. Largura de banda de 50 MHz e prova pode acontecer que esta esteja pouco Uma vez ajustada a ponta de prova do
carga mínima para o circuito; compensada (faltam altas frequências), canal 1 convém marcá-la para que a utili-
• Alta tensão: Utilizadas para a me- em cuja situação a forma de onda obtida zemos sempre nessa entrada vertical, e em
dição de tensões muito elevadas, na tela do osciloscópio terá uma forma seguida procederemos da mesma forma para
até 40 kV; semelhante à indicada na figura 20, ou o ajuste da ponta de prova do canal 2. E
Minicurso LabVIEW
Aprenda Fazendo
Seguimos com o nosso curso, continuando sempre na direção da
realização prática da proposta. Agora, vamos utilizar as ferramentas
Parte
VISA e interagir com o instrumento de modo cada vez mais prático e
interessante, testando fisicamente o projeto feito na teoria ! 6
Luis Fernando Bernabe
R
esumindo bastante a edição an- c) Instale o Agilent I/O Libraries Suite.
terior, vimos as instruções SCPI Atualmente na versão 16.1.14931;
e as VIs (Virtual Instruments) d) Siga a sequência de instruções que
com um diagrama de blocos bási- apresentamos na edição passada (e
co. Comentamos também os Instrument apresentada em vídeo no endereço
Drivers do nosso “multímetro multicanal indicado no Box no fim do artigo);
com varredura”. Enviamos e recebemos e) Com o instrumento ainda desliga-
instruções simples inicialmente com o do, conecte a interface GPIB/USB
Agilent Connection Expert e depois com o no conector GPIB, localizado na
Measurement and Automation Explorer e parte posterior. Caso você conecte a
o LabVIEW, os programas da National. interface com o equipamento ligado,
Agora partiremos para alguns algorit- há uma grande possibilidade de
mos mais práticos e funcionais utilizando danos ás portas da interface e do
as VIs VISA e os Instrument Drivers. seu instrumento, cuidado!;
Passo a passo siga as instruções básicas f) Conecte a porta USB da interface no
para a conexão de qualquer instrumento micro ligado anteriormente; aqui não
em GPIB a um computador, utilizando o há problema algum. A interface pode
National LabVIEW e interfaces e equipa- ser conectada normalmente com o
mentos da Agilent: PC ligado. Faço uma ressalva: se a
a) Com o instrumento e a interface sua interface USB/GPIB for da Natio-
desconectados e desligados, instale nal, tudo funciona diretamente sem
o LabVIEW e o pacote de softwares alterações, a interface é reconhecida
que contém a última versão do VISA automaticamente ao ser conectada.
e do MAX, Measurement and Au- Caso opte por uma interface de fa-
tomation Explorer; bricante diferente, verifique antes a
b) Siga todos os passos da instalação; compatibilidade com o LabVIEW, C
Realimentação de
posição para controle
de motores usando
sensores magnéticos
Este breve artigo nos mostra a aplicação de sensores magnéticos
que podem ser utilizados para se conseguir uma resposta direta para
o controle de um motor de maneira eficiente a barata.
César Manieri
A
bordaremos a realimentação para Por fim, este artigo mostrará ao leitor as
motores sem escovas de corrente vantagens destes sensores para aplicações
direta (BLDC) com comutação de controle do motor sob o ponto de vista
conjunta utilizando-se sensores técnico e quais as vantagens de custo e
“Hall”, bem como a realimentação usando qualidade tão importantes em qualquer
um encoder de alta resolução para as mais exi- sistema aos quais eles serão aplicados.
gentes aplicações em servoacionamentos.
O princípio de funcionamento e as Brushless DC Motors
diferentes formas de trabalho dos motores Este item aborda o princípio de fun-
BLDC serão apresentados. Explicaremos cionamento e as vantagens de tipos de
também as tecnologias de realimentação e motor DC sem escovas, e depois explica
as várias áreas de aplicação deste tipo de em mais detalhes a estrutura de realimen-
motor e sensores. Na sequência, os sensores tação e as aplicações de motores BLDC.
de efeito Hall para detecção de posição de Considere também consultar artigos que
rotor BLDC e seu princípio de funciona- mostram a aplicação da eletrônica para o
mento, tipo de comutação e características controle do motor baseados em sensores
de desempenho principais. e sensorless.
Em aplicações que requerem uma rea-
limentação com uma maior precisão, tais Princípio de Funcionamento
como motores síncronos de ímã permanente A figura 1 mostra um motor BLDC
(PMSM) usados em sistemas de servo, os típico. Os motores com escovas, como o
encoders são amplamente empregados. Mas próprio nome diz, usam as mesmas escovas
uma boa escolha para este tipo de aplicação como um comutador mecânico e, portanto,
é o sensor integrado de alta velocidade base- oferece um contato mecânico, a fim de
ado no princípio magneto-resistivo gigante direcionar o fluxo de corrente através dos
(IGMR). Explicaremos e detalharemos como enrolamentos do rotor. Já no caso dos mo-
é seu princípio de funcionamento, bem como tores BLDC não existe esse contato elétrico
suas vantagens sob os encoders ópticos. entre estator e rotor.
De fato, enquanto que para a maioria dos ser usados diretamente para a comutação
motores DC com escovas os enrolamentos do bloco do motor BLDC. Mais a frente,
da bobina são fixados na parte do rotor e explicaremos este tipo de comutação com
os ímãs permanentes no estator, no BLDC mais detalhes.
este processo é invertido. O mesmo tem um
rotor formado por ímãs permanentes leves D - Força Contraeletromotriz
e os enrolamentos estão fixos no estator. Um outro tipo de motor, o BLDC, é
O motor de ímã permanente possui uma conhecido como sensorless e usa a força
característica interessante que é a menor contraeletromotriz (back EMF) induzida
inérica do rotor e, consequentemente, maior nas bobinas desenergizadas a fim de obter
eficiência em comparação com os seus informações sobre a posição do rotor. Este
homólogos com escovas. tipo de atuação tem a óbvia vantagem de
A maior desvantagem dos motores com F1. Rotor do motor BLDC com
não precisar de qualquer sensor adicional
escovas decorre da natureza mecânica do 3 fases e 1 par do polo magnético. e, portanto, contribui para um conjunto de
chaveamento da comutação. Uma vez que S1 , S2 e S3 são os sensores Hall. motor de baixo custo.
uma corrente considerável está sendo con- Por outro lado, a precisão do posiciona-
duzida através das escovas, faíscas podem se mento resultante não coincide com a preci-
formar e conduzir alta frequência e emissões por exemplo, motores para sistemas de são do sensor que é baseado nos princípios
eletromagnéticas, afetando negativamente ventilação de ar condicionado. As bicicletas da realimentação e algumas dificuldades
outros equipamentos eletrônicos. elétricas são, ainda, outra aplicação onde adicionais surgem no start-up uma vez que
Outro fator é a sobrecarga que pode motores brushless são encontrados. o EMF não é, induzido à velocidade zero
deteriorar precocemente essas escovas. As Eficiência, segurança e confiabilidade O circuitos empregados para o funciona-
escovas de contato podem desgastar-se, servem como forças motrizes e reforçam a mento precisam levar isso em conta, o que
elevando as taxas de insucesso e tornando aplicação de motores sem escovas, os quais pode ser feito com algoritmos de controle
o custo de manutenção mais elevado. Este também se beneficiam de reduções de custo dirigidos e executados em microcontrola-
fenômeno é totalmente nulo em motores devido ao contínuo desenvolvimento da dores dedicados a estes propósitos.
BLDC, evitando contatos elétricos entre o eletrônica de controle. O leitor interessado pode acessar o link
estator e o rotor. Notem que a comutação dos motores abaixo para mais detalhes: www.infineon.
As vantagens dos motores BLDC tam- mais sofisticados como os usados em sis- com/dgdl/AP0805910_Sensorless_FOC.
bém têm um preço, que é principalmente temas de direção elétrica veicular (EPS) e pdf?folderId=db3a3043134aa0ee01134dc
o de maior complexidade e um maior custo sistemas industriais de automação comu- f16670067&fileId=db3a3043134dde6001
na eletrônica e a necessidade de sensores mente empregam os sofisticados sistemas 134e2c3cff002f
de realimentação. de comutação senoidal.
O motor na figura 1 usa três fases e um Nesses casos, estamos nos referindo Realimentação usando
ímã de rotor com apenas um polo, que é a aos motores síncronos de ímã permanente sensor Hall
forma mais simples possível de um trifásico (PMSM), abordaremos a realimentação deste Agora veremos um sistema de realimen-
BLDC. Aumentar a quantidade de polos tipo de motor em detalhes no item 4. tação dominante com base em interruptores
magnéticos ajuda a melhorar a suavidade de efeito Hall, o princípio de funcionamento
do motor, que é uma caracteristica especial- B - Princípios de geral e os requisitos do sensor e apresenta-
mente encontrada em motores deste tipo. realimentação do BLDC remos os interruptores de efeito Hall para
Basicamente, qualquer princípio de aplicações em motores BLDC.
A - Aplicações e Tendências detecção que forneça informações sobre a A figura 1 mostra o tipo mais fácil de
Devido à sua alta eficiência e confiabili- posição do rotor pode ser empregada para, implementação de um interruptor de efeito
dade, motores BLDC podem ser encontrados eletronicamente, controlar a alimentação das Hall. Os três sensores Hall são separados
em uma variedade de aplicações em todos bobinas do atuador. Os princípios essenciais por 120° e ângulos de fase gatilhados pelo
os tipos de segmentos de produtos e classes são: três fases de comutação de efeito Hall, ímã do rotor. Eles produzem um padrão de
de desempenho. força contra-eletromotriz e encoders. comutação, descrito na figura 2, com um
Motores de baixa potência podem ser novo estado digital a cada 60°.
encontrados em dispositivos de consumo C - Efeito Hall Trifásico Portanto, é possível saber a posição do
como, por exemplo, câmeras ou computado- O sistema de realimentação mais rotor com uma resolução de 60°, e se os sen-
res, ventiladores de fontes de alimentação, amplamente utilizado para a comutação sores Hall são colocados na posição correta,
unidades de disco rígido ou DVD players. BLDC são os sensores de efeito Hall como as transições do sinal podem corresponder
Em aplicações automotivas, a melhoria exemplificada na figura 1. O padrão de sinal exatamente aos pontos ideais de comutação
da eficiência energética e robustez dos mo- típico obtido a partir dos interruptores Hall da energização da bobina.
tores brushless tornam a escolha ideal para S1 a S3 em uma revolução do rotor pode Dentro deste modelo,sinais de aciona-
um número crescente de aplicações como, ser visto na figura 2. Os sensores podem mento, sejam eles constantes ou modulados
a - Tipos de Sensores
O interruptores de efeito Hall alternam
entre dois estados lógicos e exibem alguma
histerese de comutação entre estes dois pon-
tos. De um modo geral, distingue-se entre
dois principais tipos de dispositivos: inter-
ruptores unipolares e travas bipolares.
Os interruptores Omnipolar e os
interruptores bipolares não estão sendo
considerados aqui.
Caso o leitor queira mais informações,
F2. Padrão de comutação dos sensores
acesse: www.infineon.com/cms/en/
Hall S1 a S3 em uma volta do rotor. product/sensors-and-wireless-control/
magnetic-sensors/magnetic-position-sen-
sors/hall-switches/channel.html?channel
=db3a304332ae7b090132b00592bb015a
b - Interruptores
unipolar (Switches)
A figura 4 exibe o princípio de funcio-
namento dos interruptores unipolares. O
dispositivo de saída liga quando o campo
magnético aplicado passa para o ponto de
operação Bop. Se o campo magnético for
F3. BLDC: motor com ímã externo interruptor Hall.
desligado, o dispositivo mudará de volta
para a situação de desligado.
Isso ocorre mesmo antes do estado
do campo magnético chegar a zero na
faixa Brp. O efeito de histerese Bhys está
presente para evitar uma transição muito
rápida nos eventos de comutação entre os
dois estados.
Instalações Fieldbus:
Acoplamentos
Capacitivo e Indutivo
Estudo do efeito do acoplamento capacitivo e/ou indutivo em insta-
lações Fieldbus. Técnicas de blindagem. Uso de cabos tipo par trançado.
Técnicas de proteção contra interferência eletromagnética (EMI).
César Cassiolato
Diretor de Marketing, Qualidade,
Assistência Técnica e Instalações Industriais
da Smar Equipamentos Ind. Ltda.
A
convivência de equipamentos em e indutivo, o emprego da blindagem em
diversas tecnologias diferentes um ponto e em dois pontos, assim como o
mais a inadequação das instala- uso do cabo de par trançado e as técnicas
ções facilita a emissão de energia de proteção contra a EMI.
eletromagnética e, com isto, é comum que Inicialmente, veremos alguns detalhes
se tenha problemas de compatibilidade sobre aterramento na instrumentação e
eletromagnética. Isto é muito encontrado automação.
nas indústrias e fábricas, onde a EMI é
muito frequente em função do maior uso de A importância do
máquinas (máquinas de solda, por exemplo), Aterramento em
motores (CCMs), redes digitais e de compu- Instrumentação e
Referências: tadores próximos a essas áreas. Automação
A topologia e a distribuição do cabea- De uma forma simples e direta, o ater-
EMI – Interferência Eletromagnética, mento, os tipos de cabos e as técnicas de ramento tem os seguintes objetivos:
César Cassiolato proteções são fatores que devem ser consi- • Escoar cargas estáticas acumuladas
Aterramento, Blindagem, Ruídos e derados para a minimização dos efeitos de em estruturas, suportes e carcaças;
dicas de instalação, César,Cassiolato
EMI. Lembrar que em altas frequências, os • Facilitar o funcionamento dos
O uso de Canaletas Metálicas Mini-
mizando as Correntes de Foucault cabos se comportam como um sistema de dispositivos de proteção ( fusíveis,
em Instalações PROFIBUS, César transmissão com linhas cruzadas e confusas, disjuntores, etc. ) através da corrente
Cassiolato refletindo energia e espalhando-a de um cir- desviada para a terra;
Ruídos e Interferências em instala- cuito a outro. Mantenha em boas condições • Proteger as pessoas e animais contra
ções Profibus, César Cassiolato as conexões. Conectores inativos por muito contatos indiretos;
www.electrical-installation.org/wiki/Cou- tempo podem desenvolver resistência ou se • Criar pontos de referências adequa-
pling_mechanisms_and_counter-measures tornar detectores de RF. dos aos sinais e medições;
www.system302.com.br Veremos neste artigo alguns detalhes • Minimizar os efeitos de EMI (Emis-
sobre os efeitos de acoplamento capacitivo são Eletromagnética).
F3. Medidas para reduzir o efeito do F4. Interferência entre cabos: o acoplamento capacitivo entre
acoplamento capacitivo. cabos induz transiente (pickups eletrostáticos) de tensão.
Quando tratamos de equipamentos ele- fica automaticamente referenciado ao Os sinais podem variar basicamente
trônicos, como os que temos em instrumen- terra de distribuição de energia. devido a:
tação e automação, o sistema de aterramento Vários são os inconvenientes por um • Flutuação de tensão;
deve ser visto como um circuito de baixa sistema de aterramento inadequado, onde • Harmônicas de corrente;
indutância que favorece o fluxo de corrente podemos citar, dentre outros: • RF conduzidas e radiadas;
ao ponto de referência nula. Além disso, • Falhas de comunicação (intermi- • Transitórios (condução
deve ser projetado provendo os melhores tências, retries, frames corrompidos, ou radiação);
benefícios para proteção de EMI. travamentos, etc.); • Campos Eletrostáticos;
O sistema de aterramento deve aten- • Drifts (erros nas medições por deslo- • Campos Magnéticos;
der a: camento das referências offsets, cau- • Reflexões;
• Controle de interferência eletro- sando um aumento da variabilidade • Crosstalk;
magnética, tanto interno ao sistema dos processos, custos desnecessários • Atenuações;
eletrônico (acoplamento capaciti- com matéria-prima, etc.); • Jitter (ruído de fase).
vo, indutivo ou por impedância • Excesso de EMI; As principais fontes de interferências
comum) como externo ao sistema • Aquecimento anormal das etapas de são:
(ambiente); potência (inversores, conversores, • Acoplamento capacitivo;
• Segurança, sendo a carcaça dos etc...) e motores; • Acoplamento indutivo;
equipamentos ligada ao terra de pro- • Acionamentos indevidos em lógicas • Condução através de impedância
teção e, dessa forma, qualquer sinal de CLPs; comum (aterramento): Ocorre
aterrado ou referenciado à carcaça ou • Queimas de equipamentos, placas quando as correntes de dois cir-
ao gabinete, direta ou indiretamente, eletrônicas e sem razões aparentes; cuitos diferentes passam por uma
Conclusão
A blindagem contra campos magnéticos
não é tão eficiente quanto é contra campos
elétricos. A blindagem só é eficiente quando
estabelece um caminho de baixa impedância
para o terra e, além disso, uma blindagem
flutuante não protege contra interferências.
A malha de blindagem deve ser conectada
ao potencial de referência (terra) do cir-
cuito que está sendo blindado. Aterrar a
blindagem em mais de um ponto pode ser
F14. Profibus-DP e os loops de terra.
problemático.
Em baixas frequências, os pares trança-
excesso de comprimento funciona desde 1,0 kHz a 30 kHz. Além disso, alguns dos absorvem a maior parte dos efeitos da
como uma bobina e pode facilitar a fabricantes de inversores comentam que interferência eletromagnética. Já em altas
susceptibilidade aos ruídos; atendem as normas CE, mas que em insta- frequências esses efeitos são absorvidos
• A melhor solução para blindagem lações envolvendo inversores deve-se: pela blindagem do cabo.
magnética é reduzir a área de loop. • Aterrar adequadamente e segundo Vale lembrar ainda que: se um material
Utiliza-se um par trançado ou o re- os seus manuais (shield aterrado nos não magnético envolve um condutor faz com
torno de corrente pela blindagem. dois extremos e as carcaças de mo- que a corrente deste condutor retorne por
• A efetividade da blindagem do cabo tores aterradas são recomendações um outro caminho de tal modo que a área
trançado aumenta com o número de de fabricantes); definida pelo trajeto desta corrente é menor
voltas por cm. • Potência de saída, fiação de controle do que quando o condutor não é envolvido,
Em relação a inversores, que normal- (E/S) e sinal devem ser de cabo blin- então esta proteção será mais efetiva.
mente serão geradores de ruídos, um ponto dado, trançado com cobertura igual Sempre que possível, conecte as ban-
importante é que a maioria dos inversores ou superior a 75%, conduíte metálico dejas de cabos ao sistema de linha equi-
possui frequência de comutação que pode ir ou atenuação equivalente; potencial. E
Uso de Ferrites na
Supressão de EMI
Saiba como eliminar, definitivamente,
as interferências eletromagnéticas
F
errites são materiais ferromagnéticos Propriedades
que podem ser magnetizados para As ferrites destinadas a aplicações de
produzir densidades de fluxo mag- eliminação de interferências eletromagnéti-
nético muito grandes. As aplicações cas acima de 30 MHz são misturas de ferro,
iniciais deste material se restringiam em níquel e óxido de zinco que se caracterizam
substituir os núcleos de ferro laminado ou por uma elevada resistividade, da ordem de
de ferro doce em locais onde a frequência 107 ohm-cm, e uma permeabilidade inicial
do sinal era superior a 100 kHz. Os núcleos moderada entre 100 e 1500.
laminados e de ferro apresentavam corren- Anéis de ferrite são usados normal-
tes de turbilhão muito intensas com estes mente em elementos de circuito de dois
sinais, apresentando perdas e gerando calor terminais, ou em grupos de elementos de
em uma quantidade não admitida pelos dois terminais.
projetos. Atualmente, os núcleos de ferrite A característica de supressão que eles
encontram aplicações em fontes chaveadas e apresentam deve-se ao seu circuito equiva-
em transformadores de pulsos, além de ou- lente, que é mostrado na figura 1.
tras tais como para a supressão de EMI. Em frequências baixas, inferiores a 10
Para entendermos como as ferrites MHz, um anel de ferrite apresenta uma
podem ser usadas na supressão de tran- impedância indutiva menor que 100 ohms.
sientes será interessante começarmos À medida que a frequência se eleva, a im-
analisando algumas de suas propriedades pedância aumenta para mais de 600 ohms,
fundamentais. tipicamente, e se torna essencialmente resis-
Eletrônica Aplicada
Energia
N
uma época não muito distante, Nesse aspecto não existe segmento fabril Para entendermos melhor a aplicação
falar em processos automati- que não esteja à mercê dessa tendência, dos relés programáveis, faremos um exem-
zados era coisa de ilusionistas. obrigando mesmo os equipamentos mais plo de aplicação desse recurso, porém,
Com a produção nos volumes simples a terem alta performance e, obvia- como a intenção é mostrar a aplicação de
e precisão atuais então, nem pensar. Em mente, por serem equipamentos simples, um relé programável, não avaliaremos se
nosso país, se imaginássemos há vinte a um custo baixo. tal aplicação é totalmente factível de ser
anos que só de montadoras de automóveis Assim surgem os relés programáveis, realizada exatamente como exposta.
teríamos mais de dez no início deste milê- que são basicamente uma simplificação A ideia é propor uma solução para um
nio seríamos motivo de gozação. dos CLPs. Em muitas aplicações simples sistema de envasamento semiautomático,
Porém, superando as expectativas, um CLP tem funções e recursos que o ou seja, ainda vamos contar com a eficiên-
mesmo as mais otimistas, vimos as mais tornam comparativamente caro, invia- cia do nosso operador, mas descartando as
diferentes formas de novas tecnologias e bilizando o seu uso. Já os relés progra- eventuais falhas, próprias do ser humano
equipamentos invadirem nosso chão de máveis têm todas as vantagens de um (veja figura 1). Nesta proposta de automa-
fábrica; só para se ter ideia, na década sistema microprocessado, porém com ção a ideia é garantir a repetibilidade do
de 80, o programa de tornos CNC, era uma quantidade mínima de recursos, mas sistema, de modo que todos os recipientes
passado para a máquina através de fita que satisfazem plenamente as aplicações produzidos tenham igual volume, além
perfurada. de pequeno porte. de nos preocuparmos com a segurança
Dentro desse conceito de evolução
alucinante, presenciamos os sistemas atin-
girem um nível de automação sem pre-
cedentes. Como toda nova tecnologia, as
máquinas automáticas eram inicialmente
caras. Além disso exigiam alta competên-
cia técnica dos profissionais envolvidos
e poucos eram os capacitados para tal.
Falar em programar um CLP (controlador
lógicoprogramável), ou mesmo mudar
um parâmetro, exigia agendar com o
profissional habilitado pelo fabricante, e
não raro com altos custos.
Atualmente, tem-se a expectativa de
que o próprio usuário desenvolva sua
aplicação para que, no futuro, este tenha
a maior tranquilidade para poder não só
efetuar as modificações necessárias, mas
também migrar para outros tipos de aplica-
ções com o mesmo equipamento. Hoje, no
chão de fábrica, automação é fator compe-
titivo, e invariavelmente é o caminho que
deve ser trilhado pelos que quiserem obter
êxito em ter seus produtos com qualidade,
quantidade e custo exigidos pelo mercado. F1. Sistema de envasamento
semiautomático.
U
m circuito digital segue as regras Fórmula 1
da aritmética binária, na qual o Conversão de binário puro para de-
sistema de numeração utiliza a cimal:
base 2 em lugar da familiar base
10. Isso significa que apenas dois dígitos (0
e 1) são usados para representar qualquer
quantidade. Os circuitos que seguem esta Onde:
lógica são denominados circuitos digitais. As • Dn é o número decimal e b1 é o bit
fórmulas e informações que forneceremos menos significativo (LSB) do número
se aplicam a esses circuitos, possibilitando binário;
ao projetista prever o que acontece quando • b2 a bn-1 são os bits intermediários
determinada configuração for aplicada. do número binário;
• bn é o bit mais significativo (MSB)
Conversão de Binário do número binário;
para Decimal • 2° a 2 n são potências de 2 (veja
Circuitos digitais usam a base 2. Para tabela 1).
converter um número binário puro no Observe a figura 1.
equivalente decimal (base 10) é usada a
seguinte fórmula: Exemplo de Aplicação
Converter o número binário puro
1010100 em decimal.
Aplicando a fórmula: (LSB=0 e MSB=1)
T3. Potência
Negativas de 2.
Onde:
Dd é o dígito decimal
b1 a b4 são os dígitos BCD ou bits.
b1 é o MSB (most significant bit )
b4 é o LSB ( least significant bit)
Exemplo de Aplicação:
Converter para decimal o BCD 1001
0100.
a) Calculando o dígito das unidades:
T1. Potências
de 2.
T2. Inteiros Decimais Correspon- b) Calculando o dígito das dezenas:
Conversão de Byte dentes a Binários Puros.
para Decimal
O byte é um número binário de 8 bits. A
fórmula seguinte pode ser usada para fazer Conversão de BCD
sua conversão para decimal: para Decimal O número decimal é 94.
Decimal Codificado em Binário ou
Fórmula 2 BCD é uma forma de representação muito
Byte para decimal: usada em eletrônica digital. Nela, grupos
de 4 bits representam um dígito conforme
mostrado na figura 2.
Onde: Fórmula 3
• Dn é o número decimal; Conversão BCD para Decimal:
• b1 a b8 são os bits do byte;
• b1 é o MSB ( bit mais significativo);
• b2 é o LSB (bit menos significativo). F2. Conversão de
BCD para Decimal.
Onde:
• X é o nível lógico da saída;
• A e B são os níeis lógicos das en-
tradas.
Conversão de Decimal
para Binário Equação 2
Não existe uma fórmula para fazer esta Equação Booleana – Porta AND de 3
conversão. Para isso devemos usar um algo- entradas (3-input AND gate):
ritmo que consiste em divisões sucessivas
do número decimal pela base binária. T5. Potências
de 16.
Algoritmo Onde:
Convertendo decimal em binário: • X é o nível lógico da saída;
• A, B, e C são os níveis lógicos de
entrada.
Equação 3 Onde:
Equação Booleana – Porta NAND de 2 • X é o nível lógico de saída;
entradas (2-input NAND gate): • A e B são os níveis lógicos das
entradas.
Onde: Equação 6
• X é o nível lógico da saída; Equação Booleana – Porta OR de 3
• A e B são os níveis lógicos das entradas (3-input OR gate):
entradas.
Equação 4 Onde:
Equação Booleana – Porta NAND de 3 • X é o nível lógico da saída;
entradas (3-input NAND gate): • A, B e C são os níveis lógicos das
entradas.
F4. Porta Não E (NAND).
Onde: Porta Não - OU (NOR)
• X é o nível lógico de saída; A saída de uma porta Não-OU estará
• A, B e C são os níveis lógicos das no nível alto, quando os níveis lógicos
entradas. das entradas A e B (ambas as entradas)
estiverem no nível lógico alto. A figura 6
Porta OU (OR) mostra o símbolo e o circuito equivalente
A saída de uma porta OU (OR) estará a esta função.
no nível alto, se uma ou outra entrada (A
ou B) estiverem no nível alto. A figura 5 Equação 7
ilustra o símbolo e o circuito equivalente Equação Booleana – Porta Não-OU de
elétrico desta porta. 2 entradas (2-Input NOR gate):
Equação 5
T7. Tabela verdade para a Porta Equação Booleana – Porta OU de 2 Onde:
NAND de 3 entradas. entradas (2-input OR gate): • X é o nível lógico de saída;
• A e B são os níveis lógicos de en-
trada.
Onde:
• X é o nível lógico de saída;
• A, B, e C são os níveis lógicos das
entradas. Subtração Binária
São válidas as seguintes regras gerais
T11. Tabela Verdade – Porta OR OU Exclusivo (Exclusive-OR) para a subtração de binários:
de 3 entradas. Na saída de uma função OU Exclusivo,
o nível lógico de saída é alto quando uma
ou outra entrada (A ou B) estiverem no
nível alto, mas não ambas. O símbolo e o
circulo equivalente a esta função são dados
na figura 7. Multiplicação Binária
São válidas as seguintes regras para a
Equação 9 multiplicação de binários:
Equação Booleana – Ou Exclusivo (Ex-
clusive-OR gate):
Inversor
O nível lógico na saída de um inversor
é o oposto do nível lógico de entrada. O
símbolo e o circuito elétrico equivalentes
são apresentados na figura 8.
Equação 10
Inversor (Inverter):
Onde:
T13. Tabela verdade – Porta NOR • X é o nível lógico de saída; T14. Tabela Verdade – Função OU
de 3 entradas. • A é o nível lógico de entrada. Exclusivo.
Leis da Associação
Agrupamento não afeta a disjunção ou
conjunção. A figura 11 apresenta o diagrama
do circuito equivalente
Lei 3 - Associação:
Os Postulados da
Álgebra Booleana
Lei 4 - Distribuição:
Notação Lógica:
Notação Lógica:
Leis da Comutação
Conjunção e disjunção não são afetadas Leis da absorção
por mudança sequencial. A figura 10 ilustra A disjunção de um produto por um de
os diagramas equivalentes a esta lei. seus membros é equivalente a este membro.
A conjunção de uma soma por um de seus
Lei 2 - Comutação: membros é equivalente a este membro.
O circuito equivalente é desenhado na F11. Circuitos equivalen-
figura 13. te - Leis da Associação.
Lei 9 - Contraposição:
Notação lógica:
Notação matemática:
Lei 12 - Dualidade:
Leis da Dualidade
O complemento de uma soma com-
posta pelos elementos a e b é equivalente
à conjunção do complemento do elemento Notação matemática
a e o complemento do elemento b. O com-
plemento de um produto composto pelos
elementos a e b é equivalente à disjunção
do complemento do elemento a e o com- Notação lógica F20. Representação das Leis da
plemento do elemento b. A figura 20 traz Dualidade com blocos lógicos.
a representação destas leis.
Idempoint
Relação 1 - Adição:
Onde: 0 ≡ a
Relação 2 - Multiplicação:
Onde: 0 ≡ a
Comutativa
Relação 3 - Adição:
Relação 4 - Multiplicação:
Associativa
Relação 5 - Adição:
Distributiva
Relação 7 - Distributiva
Absorção
Relação 8 - Teorema de DeMorgan