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Opiniões de membros do grupo Tradutores, Intérpretes e Curiosos sobre a

regulamentação da profissão de tradutor (não juramentado) no Brasil:

Jorge Rodrigues (12/01/2019):


Sobre a regulamentação da profissão, vamos lá: peço aos que são favoráveis que
respondam estas duas perguntas: 1) Como um "Conselho Federal de Tradução" ou
uma "Ordem dos Tradutores do Brasil" poderia impedir que um tradutor brasileiro
buscasse trabalho aqui e no exterior cobrando o que quisesse? 2) como esse órgão
poderia impedir que um tradutor residente no exterior buscasse clientes no Brasil e
cobrasse o que quisesse? Regulamentar a nossa profissão é impossível e insistir
nisso é discutir o sexo dos anjos.

Só existe uma regulamentação possível para nós: a da qualificação, da competência,


do profissionalismo e do aprimoramento constante. É isso que pode garantir o lugar
de cada um de nós no mercado.

Annie Mucelini (12/01/2019):


Gente que pede regulamentação não sabe o horror que é viver sob esse mal.

1) as anuidades caríssimas que você é obrigado a pagar só para "manter a


carteirinha", mesmo que não consiga trabalho nenhum durante o ano, sustentando os
burocratas cujo trabalho mais relevante é fazer lobby garantindo leis que obriguem as
pessoas a contratar um profissional devidamente licenciado conforme a
regulamentação. Ou seja, um sistema que se retroalimenta.

***É diferente de se filiar a uma associação por sua própria vontade: paga quem quer,
e só paga quem encontra benefícios nisso. Significa que a associação precisa se
mostrar útil aos associados. Um órgão de classe não precisa justificar a sua existência
porque ninguém tem a opção de se desfiliar ou parar de pagar as anuidades e
continuar trabalhando.

2) a criação de uma reserva de mercado pelo estabelecimento de regras esdrúxulas,


formadas por aqueles que ja se estabeleceram na profissão e comandam os órgãos
de regulamentação e controle.

3) a militância dos coitados dos jovens profissionais, que às vezes passam mais tempo
vigiando se o coleguinha tá seguindo as regras do que trabalhando, até pq não
consegue clientes... Nos encontros profissionais, o que menos se vê é cordialidade e
parceria... Sobra falsidade e hostilidade velada sob os panos da civilidade.

4) não deveria ser necessário dizer todas essas coisas, só o fato de que exista alguém
dizendo como, onde, que horas e por que um profissional
autônomo/independente/liberal deve trabalhar é ridículo e absurdo. É uma cassação
ilegítima da liberdade. Qualquer um que deseje se submeter a esse tipo de escravidão
não está certo do juízo.
Annie Mucelini (12/01/2019)
Com a profissão regulamentada, fica fácil criar barreiras para restringir o ingresso de
profissionais. Por exemplo, além da exigência de determinado diploma de nível
superior, pode-se requerer a aprovação em um teste de aptidão - com taxa de
inscrição, é claro - porque "nunca se sabe a qualidade desses cursos que estão
surgindo por aí..." Fatiar o mercado em diferentes habilitações, para que o profissional
precise comprovar a sua especialização, proibindo que um profissional que traduz
audiovisual possa um dia se aventurar com um texto literário, ou que um tradutor
especializado em finanças se meta com textos de marketing.

Existe um bilhão de maneiras de atrapalhar o serviço dos outros. 99% delas começa
com "regulamentar a profissão...”

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