Anda di halaman 1dari 13

UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA RELIGIÃO

MARCOS JOSÉ MARTINS ARAUJO

Estudos sobre Durkheim e a Religião

100 anos de ʺAs Formas Elementares da Vida Religiosaʺ

Resenha de Obra

SÃO PAULO

2014
Estudos sobre Durkheim e a Religião

Resenha

BITUN, Ricardo e SOUSA, Rodrigo (orgs.) Estudos sobre Durkheim e a Religião 100

anos de As Formas Elementares da Vida Religiosa. São Paulo: Academia Cristã,

2014.

O
bra que congrega estudos de diversos autores sobre As Formas

Elementares da Vida Religiosa de Émile Durkheim no contexto religioso

e social contemporâneo. O livro acumula mais de 150 paginas de

elevado conteúdo redigido por 08 dos maiores nomes das Ciências da Religião no

Brasil. Em linhas gerais, os artigos buscam nortear o leitor no entendimento da

aplicabilidade das teorias e pensamentos de Durkheim na atualidade e discutir se seus

métodos nesta sociedade moderna em que vivemos ainda encontram campo analítico.

Evidentemente, que se o caro leitor quiser meandra-se na abordagem de cada autor

em seus respectivos artigos, torna-se necessária a leitura da bibliografia por eles

sugerida, bastante diversificada e volumosa.

No primeiro artigo do livro, Émile Durkheim e a Etinografia: Considerações sobre as

formas elementares da vida religiosa: o sistema totêmico da Austrália, o autor Dr. João

Baptista Borges Pereira, contextualiza os leitores ao grande sociólogo Durkheim e

suas conjecturas em relação ao que ele entende de sociedade que não deve ser

confundida com o espaço físico geográfico, tão poucos com os aspectos biológicos e

individuais do homem. Na realidade, Pereira capta a verdadeira preocupação de

Durkheim em sistematizar e enunciar a ciência social, bem como os meios pelos quais

1
ele elege para dar substanciais elementos às suas pesquisas. Pereira destaca que

Durkheim usa como método de estudos a história e a geografia humana como suas

aliadas, principalmente a etnografia ao invés da Psicologia Social que basicamente

vivia uma disputa com o biologismo ligado profundamente ao evolucionismo biológico

linear de Darwin. É importante frisar que ao falar da etnografia, Durkheim trabalha com

os conceitos consagrados na época na França e, outro ponto fundamental para

entendimento de seu trabalho é que ele não era um pesquisador de campo, mas que

se valia das pesquisas realizadas por etnógrafos da época com os aborígenes

australianos.

Pereira nos explica em seu texto o porquê do grande interesse de antropólogos e

etnógrafos em estudar os aborígenes australianos, na tentativa de explicar a

complexidade do mundo contemporâneo e a oposição de Durkheim ao pensamento de

Tylor. Outro ponto importante frisado por Pereira é que apesar da linha teórica

desenvolvida por Schmidt da famosa Escola dos círculos culturais de Viena, que nos

deu elementos com os quais foi possível compor a etno-história que nos auxilia no

entendimento da mitologização e a historização de povos. Pereira descreve o

interesse de Durkheim em se distanciar das teorias de Schmidt e Tylor (apesar de ter

bebido doses generosas destas mesmas fontes) a fim de criar uma nova ciência do

social, autônoma, sem amarras com códigos de fé e religião. Por fim, Pereira explica

como os elementos teóricos de Durkheim, Tylor e Schmidt permeiam os estudos

antropologia no Brasil.

O artigo de Paulo Barrera Rivera A Construção Coletiva de um Clássico, A propósito a

système Totémique em Australie trata do trabalho coletivo de Durkheim no objetivo

2
permear sua produção acadêmica e difundi-la como a fundação e a consolidação da

própria sociologia. Para sustentar seu pensamento, Rivera faz um breve levantamento

de publicações onde compara o volume de edições de impacto e reconhecimento do

pensamento deste autor, Émile Durkheim o qual rotula como clássico, e frisa que

somente mais recentemente se dedica a devida atenção a ele. Rivera considera que

no centenário de As Formas Elementares sobre a vida religiosa provocou uma

importante movimentação na consciência coletiva de intelectuais das ciências

humanas dentro e fora do Brasil. O autor deste artigo leva em conta que tratar de um

livro centenário e clássico como este, coloca autores críticos e leitores perante os

resultados naturais e inevitáveis do distanciamento que há entre a origem dos escritos

de Durkheim e os contemporâneos. Mas assegura que o pensamento durkheiminiano

tornou-se imprescindível para entender o direito, a educação, as religiões nas

sociedades modernas, como um grande fornecedor de subsídios para a linguística e a

sociologia do conhecimento. Para engendrar nos leitores o contexto dos escritos de

Durkheim, Rivera perpassa por um breve relato histórico e acadêmico de Émile, seus

livros mais importantes e afirma se tratar de um dos sociólogos fundadores da

sociologia universitária francesa, pensamento no qual Rivera considera superior ao de

Augusto Comte, tradicionalmente considerado pai da sociologia. Porém, Rivera

considera que as Formas Elementares confere ao autor frequentemente o engano de

que a religião foi o centro dos interesses de pesquisas de Durkheim. Rivera,

argumenta que na realidade Durkheim procurou encontrar a origem social da religião

estudando as sociedades mais antigas mas com o objetivo claro de conhecer a origem

social e religiosa, as categorias do pensamento humano e suas fundamentações, ou

seja, a relação que há entre religião e a relação social é que a religião é a primeira

3
forma que permitiu uma vida em comunidade, segundo afirma Rivera em seu artigo. O

autor descreve também os conceitos de ʺsagradoʺ e de ʺrevelaçãoʺ que originalmente

nada tem relação com algo espiritual ou religioso.

No que Rivera chamou de trabalho coletivo de Durkheim, há uma descrição dos

objetivos que Durkheim tinha com a vinculação da revista L´Anné Sociologique: projeto

estratégico para difusão da produção sociológica da época; fundação e consolidação

da própria sociologia que estava em vias de plena constituição; avaliar pesquisas

feitas nas chamadas ʺciências especiaisʺ e verificar o que poderia ser considerado de

útil para a sociologia e por fim aspirações de legitimação intelectual para legislar sobre

os mais diversos aspectos da vida do homem em sociedade. Outro ponto que Rivera

valoriza em seu texto é que a revista L´Anné Sociologique teve grande destaque em

seu início pelo seu grande cosmopolitismo em comparação com outras revistas da

mesma época: três quartos de seus recenseamentos eram dedicados a textos

estrangeiros com o objetivo de se garantir no cenário universitário a legitimidade da

nova disciplina. Rivera aponta para as Formas elementares da vida religiosa como o

resultado do trabalho coletivo de pesquisa e como dissertou sobre a organização e

classificação do mundo por parte dos homens antigos e a considerou sua última

grande obra. O que na realidade veio a ser o livro As Formas iniciou no curso que

Durkheim ministrava na universidade de Sorbonne. Neste curso, Durkheim discute os

fundamentos da sociologia do conhecimento, a saber: os homens se organizam

primeiramente em clãs e posteriormente produzem uma classificação do mundo em

gêneros e espécies. Rivera afirma que a capacidade humana de classificar, associar e

hierarquizar, tudo que está em torno dele é uma evidencia de que o conhecimento é

um produto social, e portanto, o primeiro sistema de representações simbólicas teria

4
sido o religioso. De acordo com Rivera, Durkheim parecia estar convencido da

importância das crenças coletivas para a vida social, e considerou a religião como um

fenômeno universal.

Rivera conclui seu arquivo falando da contribuição de Hubert e Mauss ao trabalho de

Durkheim. Segundo ele, o artigo que ambos escreveram sobre a função social do

sacrifício, a natureza ambígua do termo ʺsagradoʺ, a problemática em que está

inserida tal questão e a remissão do profano através do sacrifício foi uma das fontes

que Durkheim utilizou para escrever As Formas. Rivera afirma que com esta

contribuição Durkheim elevou o nível de seus instrumentais para discutir a relação

entre a religião e a relação social sem ficar atado aos limites empregados pelo termo

ʺsagradoʺ. Termina Rivera: ʺ(...) se a religião foi a forma primeira e mais elementar

que permitia o vinculo social, a relação entre os seres humanos, então qual é a

natureza do vínculo social numa sociedade onde a religião perdeu a força? Essa é

questão fundamental para entender o trabalho dedicado e criativo de Durkheim,

visando colocar os fundamentos teóricos e conceituais da nova disciplina, a

sociologia.ʺ

No artigo intitulado A Recepção de ʺAs Formas Elementares da Vida Religiosaʺ na

Sociologia da Religião da França Contemporânea: alguns indicadores, Marcelo Ayres

Camurça inicia afirmando que a obra de Durkheim é ainda bastante atual não somente

na França como na Alemanha, Itália e até na China, dados novos acontecimentos

sociais do comportamento religiosos nestes países.

5
O autor afirma também que as obras de Durkheim despertam a dupla percepção entre

as controvérsias produzidas em torno de suas teorias e o possível salvaguardar das

mesmas para a posteridade. Camurça argumenta que isso se deve ao fato de que na

França hoje sua sociologia seja alvo de severas críticas porque, primeiramente, sua

obra é qualificada como holista, por alguns fatos sociais e representações coletivas e

segundo, em função da contestação de sua ideia de religião como dimensão universal

e com a ideia do sagrado no centro pelos que estudam as sociedades secularizadas e

dessacralizadas. Camurça expõe críticas em relação as teorias de Durkheim por parte

de Willaime, Rivière, o primeiro porque considera que a teoria durkheiminiana foca a

função do religioso como apenas integração e atestação da ordem social, não levando

em conta aspectos contrários do mesmo, e o segundo, considera que falta à teoria de

Durkheim mostrar que quando se dão mudanças na estrutura social deveriam seguir-

se de mudanças na estrutura religioso. Camurça aponta que apesar dessas críticas

não se pode negar, em diversas sociedades empíricas e ao longo da história, que

essas sociedades têm a tendência de colocarem no ambiente social sagrado o

simbólico, ou que ainda que não sejam mais válidos todos os desenvolvimentos de As

Formas Elementares da Vida Religiosa, as questões de ʺfundoʺ ainda permanecem

muito pertinentes. Camurça declara que Durkheim propõe uma teoria que explique a

sociologia da religião, de onde se deriva uma sociologia do conhecimento.

Em relação ao sagrado, Camurça defende que ele se articula em Durkheim e que se

isso se pode notar claramente em escritos anteriores aos de As Formas Elementares

que considera este como a transcendentalização do sentimento coletivo, pois a

religião manifesta-se como o sentimento coletivo hipnotizado. Também assegura que

na teoria de Durkheim, o peso da objetividade do sagrado tem sua estrutura em algo

6
exterior ao individuo. O autor deste artigo também considera que ninguém antes de

Durkheim tinha colocado o sagrado como fato objetivo e coletivo no centro da religião,

como considera Camille Tarot.

Camurça, ao abordar o ʺsimbólicoʺ de acordo com Durkheim, aponta para as

mudanças de pensamento em relação ao tema: ʺSe nas primeiras análises de

Durkheim se pode considerar o símbolo como uma alegoria e a religião como uma

alegoria da sociedade, uma outra concepção de símbolo mais refinada pode ser

apreendida na obra que culmina sua trajetória (...)ʺ A partir de As Formas Elementares

da Vida Religiosa, o símbolo é tratado como cristalização de sentimentos sociais.

Camurça afirma que se numa concepção mais antiga deste sociólogo o símbolo

funcionava como acessório à sociedade, após As Formas Elementares da Vida

Religiosa ele se torna parte integral dela, porque ʺpara Durkheim a objetividade do

símbolo, ídolo ou emblema, na sua exterioridade, ao homem que os venera, traduz

uma outra exterioridade, àquela da sociedade que se impõe e empodera esse mesmo

homem.ʺ Camurça conclui seu arquivo destacando o momento atual de novas

experimentações teóricas e empíricas de revalorização do fenômeno religioso e que

compreender como o símbolo é parte do fato social é um novo ponto de partida.

Edin Sued Abumanssur escreveu o artigo intitulado A Coisa. Ele parte da máxima

durkheiminiana de que os fatos sociais devem ser tratados como coisas, assim como a

religião que deve estar submetida a este principio metodológico. Ainda assim,

analisando a religião sob o prisma da coisificação, Abumanssur afirma que a questão

básica que é encontrada em toda a obra de Durkheim é como se constitui uma

7
sociedade através um aglomerado de indivíduos. Em torno desta questão afirma o

autor deste artigo que Durkheim concentrou seus esforços.

Abumanssur declara que Durkheim considera a religião não em função das realidades

extra-humanas, mas sim das coisas que temos que nos entender diariamente: a

natureza, a sociedade e o próprio ser humano. Por outro lado, que a religião também

cumpre a função de amálgama da vida social e que todo sentimento religiosos está

fundado numa experiência real e concreta ainda que a realidade que fundamenta esse

sentimento não corresponda objetivamente a ideia que os crentes fazem dela. Por

isso, Durkheim ao responder o que é religião rejeita qualquer ideia que transcenda a

dinâmica da vida coletiva, e metodologicamente elimina as possibilidades que não são

o entendimento de religião, ou seja, segundo o autor ele parte da certeza do que de

fato não é a religião. Abumanssur explica que as duas características descartadas por

Durkheim no que se refere a definição do que é religião são: a ideia de sobrenatural e

a ideia de divindade, ou seja, o autor do artigo categoricamente afirma que ʺnem a

ideia de sobrenatural e nem a de deus ou deuses fazem parte da definição de religião,

segundo Émile Durkheim.ʺ Segundo Abumanssur a ideia de compreender a religião a

partir do entendimento de coisificação era apenas uma questão de método de

Durkheim. E que nesse sentido, se torna menos complexo entender as coisas nas

sociedades arcaicas que as mais complexas e modernas. As sociedades modernas

tem uma rica variação de elementos (coisas) que dificulta a distinção do que é

realmente essencial do secundário. Abumanssur tece seu raciocínio a respeito do

método de pesquisa de Durkheim nas sociedades arcaicas e modernas e apresenta

dados comparativos em relação à organização da estrutura de cada uma delas. Por

8
fim, Abumanssur compara as ideias sobre religião e sociologia do conhecimento de

Durkheim com outro grande estudioso do campo religioso: Pierre Bourdieu.

Rodrigo Franklin de Sousa assina o artigo Representações e Categorias em Durkheim:

A Religião entre a Epistemologia e a Sociologia do Conhecimento. Ele defende que

Durkheim não somente traz um tratado sobre a religião e suas relações com o social,

mas que acaba também produzindo um tratado epistemológico, e, tal epistemologia é

uma fusão do empirismo e do racionalismo que, portanto, não podem ser tomados

absolutamente como fonte de estudo. Segundo Sousa Durkheim postula uma solução

do empirismo contra o idealismo promovendo uma relação dinâmica entre as

representações coletivas e categorias mentais, ou seja, seu trabalho visa mostrar a

religião, enquanto elemento de representação do real que em alguns momentos

assume o papel de filosofia e ciência. Sousa afirma que a proposta de Durkheim é

mostrar por meio da observação a religião como tradutora de algo profundo e

constitutivo, de onde se poderia elencar elementos comuns a todas as manifestações

empíricas, por isso que ele se vale das formas elementares da vida religiosa na

constituição do ser humano enquanto partícipe de uma sociedade organizada. Sousa

também aponta em seu artigo algumas reações contrárias à proposta epistemológica

de Durkheim como a possibilidade de justificação para o conhecimento humano, o uso

do sistema totêmico para discutir a formação do pensamento e a proposta de uma

origem social para processos mentais. Sousa afirma que ʺO projeto epistemológico de

Durkheim é complexo, porque junto à afirmação da natureza social do conhecimento,

está a busca pela validade ontológica para esse conhecimentoʺ, embora não

considerasse Durkheim as representações sociais com passíveis de valor empírico,

não se absteve da tentativa de justificar o conhecimento obtido através das

9
representações sociais. Por fim, Sousa aponta a relação existente entre as

representações coletivas e as classificações de Durkheim que antecediam as

representações sociais no fato de serem os instrumentos fundamentais a partir da

construção do pensamento elementos para apreensão do mundo sensível por seu

caráter basilar indicar que elas representavam as condições mínimas para a

humanidade conviver harmonicamente, portanto, estavam sujeitas ao grau de

desenvolvimento de cada sociedade.

O penúltimo artigo deste livro é o intitulado A Teoria do Simbólico na Antropologia

Clássica de E. Durkheim e Claude Lévi-Strauss e seus Desdobramentos

Contemporâneos no Estudo das Religiões assinado por Paula Montero. A autora se

propõe a reconstruir um diálogo mais analítico entre Durkheim e Lévi-Strauss em

relação ao tema da forma do pensamento primitivo em suas culturas, como a totêmica,

mostrando como se iniciaram os trabalhos da antropologia do simbólico não

hermenêutico na escola de sociologia francesa. Montero explica claramente a

centralidade de um determinado conceito de representação na teoria do simbólico no

cognitivo de acordo com os fenômenos religiosos contemporâneos. O artigo de

Montero analisa o interesse de Durkheim pela etnologia segundo entende Lévi-Strauss

que em meados da década de 1950 experimentou métodos de análise das

representações míticas e as práticas religiosas antes de se transferir décadas depois

para o sistema de construção sistemática de seu modelo estrutural. Paula examina

como e se Lévi-Strauss reportou ao método durkheiminiano das religiões primitivas e

quais adições particulares foram somadas a essa sistema de estudo, demonstrando a

centralidade do conceito de representação na teoria do simbólico, de viés cognitivista,

10
culminando numa análise de sua aplicabilidade para o entendimento de fenômenos

religiosos da atualidade.

Uma Abordagem Durkheiminiana para Compreensão do Fenômeno Neopentecostal

no Brasil, artigo de Ricardo Bitun e João Clemente de Souza Neto o último dos textos

deste livro, busca relacionar o pensamento de Durkheim com a mudança do campo

religioso principalmente com o crescimento do neopentecostalismo no Brasil. Os

autores resgatam alguns conceitos gerais sobre a religião definida por Durkheim há

quase cem anos para analisar os novos rumos da religião e seus atuais fenômenos.

Após analisarem questões fundamentais para compreensão do fenômeno

neopentecostal na atualidade como se a prática religiosa neste campo da religião se

ajusta às noções apresentadas por Durkheim e se o neopentecostalismo hoje se

encaixa como o integrador social como o autor de As Formas Elementares da Vida

Religiosa sempre defendeu. Após analisarem ideias centrais importantes para

executarem a relação do pensamento durkheiminiano com o neopentecostalismo

como a Religião como um meio de coesão social, a religião como representação social

e as mudanças religiosas e crescimento do neopentecostalismo no Brasil, os autores

concluem que ainda hoje as hipótese de Durkheim conservam certa atualidade e

contribuem para a compreensão do fenômeno religioso neopentecostal.

Esta obra tem retorica independente por autor e, portanto, não promove a plena

interação entre os textos. Algumas similaridades podem ser encontradas entre os

artigos quando os autores tocam uma mesma perspectiva ou tema central. O livro

Estudos sobre Durkheim e a Religião 100 anos de As Formas Elementares da Vida

11
Religiosa é bastante rico e agregador e coloca as ideias de Durkheim sob o pesado

rigor do pensamento atual e moderno.

O livro editado por ocasião dos 100 anos de As Formas Elementares da Vida Religiosa

vem à tona num momento crucial da religiosidade brasileira que numa constante

dinâmica de mudanças, rupturas e novas agregações é ferramenta fundamental para

análise dos novos fenômenos oriundos deste momento social.

A diagramação, encadernação, tipo e tamanho de fonte, tornam ainda mais agradável

a leitura, bem como facilitam possíveis frisos e anotações do leitor. Recomendo a

leitura deste livro a todo público interessado no tema religiosidade e considero ser de

suma importância para os estudantes e cientistas da religião manter um exemplar

desta obra em suas respectivas bibliotecas.

12

Anda mungkin juga menyukai