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Athayde, E.S, Gil, C.R.

POSSIBILIDADES DO USO DO GENOGRAMA NO TRABALHO COTIDIANO DOS


MÉDICOS DAS EQUIPES DE SAÚDE DA FAMÍLIA DE LONDRINA*

POSSIBILITES OF USE OF THE GENOGRAM IN THE EVERYDAY WORK OF THE LONDRINA


FAMILY HEALTH TEAMS DOCTORS

Elisabete Soares de Athayde1 e Célia Regina Rodrigues Gil2


1
Especialista em Saúde Coletiva pela Universidade Estadual de Londrina; Unidade Básica de Saúde Avelino Antonio Vieira da
Secretaria Municipal de Saúde de Londrina. Endereço para correspondência: Rua Abaeté, nº 339, CEP86036-450, Londrina –
Paraná. Telefone: (43) 3334-1957. E-mail: elisabeteathayde@hotmail.com
2
Doutoranda em Saúde Pública pela Escola Nacional de Saúde Pública/FIOCRUZ, Depto de Saúde Coletiva,
CCS/Universidade Estadual de Londrina. E-mail: reginagil@uol.com.br
*Baseado na monografia apresentada ao Curso de Especialização em Saúde Coletiva da Universidade Estadual de Londrina,
2005.

Resumo
O genograma tem sido apontado por profissionais que atuam em Saúde da Família como um
instrumento de abordagem eficaz para a compreensão da dinâmica familiar. A abordagem familiar
apresenta-se como uma atividade importante para a apreensão do contexto nuclear nos quais os
processos saúde/doença ocorrem. Para conhecer a opinião dos médicos que atuam nas equipes de
Saúde de Família da Secretaria Municipal de Saúde de Londrina quanto ao uso do genograma e a
possibilidade da aplicação deste instrumento no cotidiano de trabalho dos mesmos realizou-se o
presente estudo no qual foram entrevistados 10 dos 38 médicos que atuam na área urbana do
município e que fizeram o curso de Especialização em Habilidades Clinicas em Medicina de Família,
mediante roteiro pré-definido sobre o tema. Houve uma boa participação dos médicos e, pelos
depoimentos, pode-se constatar que o genograma, apesar de ser reconhecido como um bom
instrumento ele não está sendo utilizado pela maioria dos médicos que, mesmo tendo sido
capacitados pelo referido curso para seu uso, encontram grandes dificuldades para sua aplicabilidade
em função da atual organização do processo de trabalho. O número excessivo de consultas, a
ausência de prontuários-família e a necessidades de outros profissionais da equipe capacitados para
o uso do genograma foram apontados como os principais entraves. Conclui-se que as ações de
capacitação dos profissionais, se isoladas de mecanismos estratégicos de gestão, são insuficientes
para produzir a reorientação das práticas profissionais.
Palavras-chave: Saúde da Família; Cuidados Primários em Saúde; Atenção Integral à Saúde;
Avaliação de Risco.

Abstract
Genogram has been considered by professionals working in the Family Health as an effective
approach instrument for the understanding of the family dynamics. The family approach presents itself
as an important activity for the aprehension of the nuclear context in which the health/sickness
processes occur. In order to know the opinion of the doctors who work in the Family Health team of
the Londrina Municipal Health Office about the use of the genogram as well as the possibility of
application of this instrument into their everyday work, the current study was carried out in which ten
out of thirty-eight doctors who work in the municipal urban area and took the Specialization in Clinical
Skills in Family Medicine course were interviewed through a predefined questionnaire about the
matter. The participation of the doctors was good and through their testimonies, it can be verified that
the genogram, in spite of being acknowledged as a good instrument, is not being used by them
because, even though being skilled through the above-mentioned course in order to use it, they are in
difficulties in relation to its applicability, due to the current organization of the work process. The
excessive number of consultations, the lack of family medical records and the necessity of other team
professionals skilled at the use of the genogram were considered as the main obstacles. It is
concluded that the professionals skill actions, if isolated from the management strategic mechanisms,
are not enough to produce the professional practices reorientation.
Keywords: Family Health, Primary Health Care, Comprehensive Health Care, Risk Assessment.

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Possibilidades do uso do genograma no trabalho

INTRODUÇÃO potencializado a busca pela integralidade da


assistência, o estabelecimento de vínculos e a
O Brasil vem caminhando, nas últimas criação de laços de compromisso e de co-
décadas, em direção a grandes mudanças no responsabilidade entre os profissionais de
setor saúde. Desde a criação do Sistema saúde e a população, propondo como
Único de Saúde (SUS) regulamentado pela perspectiva a abordagem familiar2. Nessa
Constituição de 1988 e pelas Leis estratégia, a família passa a ser objeto de
Complementares que regem o setor, várias atenção e deve ser compreendida a partir do
medidas têm sido adotadas com a finalidade território onde vive uma vez que é neste
de dar direcionalidade à estruturação, contexto que constrói suas relações sociais,
organização e funcionamento do sistema em intra e extra familiar e também desenvolve sua
âmbito nacional. Ocorreram avanços nos luta cotidiana em busca da melhoria de suas
campos jurídico, legal, financeiro e condições de vida.
organizacional, porém, em relação ao modelo
de atenção à saúde e às práticas profissionais, A família aparece, então, como
há importantes desafios a serem superados. unidade de ação programática e, portanto,
deve ser tomada como unidade de análise3.
O modelo que predomina no setor Da mesma forma, a noção de família passa a
saúde ainda é o caracterizado pelas práticas ser compreendida como um sujeito - um
fragmentadas e especializadas do cuidado, sujeito que é distinto dos indivíduos que a
centradas na assistência médica individual e compõem e da comunidade com a qual ela se
medicalizante, tendo o hospital como lócus do inter-relaciona. As transformações
cuidado. A inversão deste modelo com contemporâneas vêm provocando diferentes
reorganização dos serviços e reorientação das concepções sobre família, fato decorrente da
práticas profissionais na perspectiva da grande diversidade e complexidade que as
promoção da saúde e da qualidade de vida relações humanas duradouras, de interesses
tem sido uma das prioridades das agendas recíprocos e distintas do vínculo de
política e social de diferentes atores e gestores consanguinidade vêm tomando4. Por sua vez,
do Sistema Único de Saúde (SUS). o trabalho com famílias permite potencializar
os recursos existentes nas próprias famílias,
Nesta perspectiva, o Ministério da entre elas e no âmbito das comunidades,
Saúde (MS) vem criando alternativas para identificando aliados em seus diferentes
fortalecer as práticas de atenção integral agrupamentos, desenvolvendo estratégias de
prestada à população a partir da organização redes de apoio e de trabalho integradas com
dos serviços de atenção básica do SUS. A os demais atores sociais5,6.
criação do Programa de Agentes Comunitários
de Saúde (PACS) implantado em 1991, do Estas reflexões demonstram as
Programa Saúde da Família (PSF) em 1994 e dificuldades enfrentadas pela estratégia Saúde
do Piso da Atenção Básica (PAB), em 1998, da Família no sentido de assegurar a “família”
foram passos importantes para este avanço. A como foco central do processo saúde-doença.
criação do PAB foi uma medida decisiva para Nesse sentido, é importante ressaltar que
a descentralização financeira do sistema de tanto o modelo de atenção quanto o modelo
saúde no Brasil, incentivando os municípios a de formação, ambos predominante biomédico
assumirem, progressivamente, a gestão da em nosso país, não têm oportunizado aos
rede básica de serviços de saúde1. Um dos profissionais de saúde uma reflexão mais
resultados do PAB foi uma grande e rápida aprofundada e atual sobre estas questões e
expansão do PSF em todo o território nacional. não têm fornecido instrumentos
Entretanto, na medida que fortaleceu e suficientemente adequados para o trabalho na
transformou o PSF em uma estratégia de perspectiva familiar. Os profissionais que
organização dos serviços no âmbito dos estão e os estarão atuando nas equipes de
municípios, também tornou mais evidente os Saúde da Família num futuro próximo,
problemas e desafios no campo das práticas necessitam desenvolver um perfil bastante
profissionais em saúde a serem enfrentadas diferenciado da maioria dos que hoje
no contexto brasileiro. trabalham na atenção básica. Entretanto, o
que ainda se constata, é que as Instituição de
Por propor uma nova dinâmica na Ensino Superior (IES), via de regra, não
estruturação dos serviços básicos de saúde, formam os futuros profissionais da área da
bem como na sua relação com a comunidade saúde para o trabalho no SUS e, muito menos,
e entre os demais níveis de complexidade do para atuarem na atenção básica,
sistema, a estratégia Saúde da Família tem especialmente na Saúde da Família fazendo
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com que os gestores do SUS tenham que as mudanças decorrentes da adoção deste
desenvolver, continuamente, propostas e instrumento que podem ter avançado na
processos específicos de capacitação e perspectiva da abordagem familiar e,
formação para os profissionais inseridos nos consequentemente, dos pressupostos que
serviços7. orientam a Saúde da Família. Como resultado
final, pretende-se sensibilizar as equipes para
Entre as iniciativas que vêm ocorrendo o uso do genograma como um dos
no âmbito da Saúde da Família visando o instrumentos capazes de melhorar a qualidade
desenvolvimento desta abordagem nas da atenção à Saúde da Família e,
práticas cotidianas de trabalho dos consequentemente, da atenção básica no
profissionais das equipes de Saúde da município de Londrina.
Família, destaca-se a do genograma que
apresenta-se como um instrumento de
abordagem familiar, capaz de identificar e de CAMINHO METODOLÓGICO
retratar a estrutura familiar com seus padrões
de relacionamentos e conflitos, permitindo Este trabalho caracteriza-se como um
uma maior compreensão e uma visualização estudo de caso descritivo, desenvolvido a
mais facilitada do processo de um indivíduo partir de entrevistas com aplicação de um
adoecer a partir desuas relações questionário indutivo, contendo algumas
intrafamiliares8,9. perguntas abertas e dirigido aos profissionais
médicos das equipes de Saúde da Família que
O genograma consiste em um concluíram o curso de especialização em
diagrama que detalha a estrutura e o histórico Habilidades Clínicas em Medicina de Família -
familiar, fornece informações sobre os vários PROFAM. Os questionários foram aplicados
papéis de seus membros e das diferentes pessoalmente em visitas às Unidades de
gerações que compõem a família. É um mapa Saúde, mediante horário previamente
esquemático, porém, para ser elaborado, agendado. Os profissionais, após terem
necessita uma entrevista clínica extensiva e ciência do presente estudo, assinaram o termo
contínua para a coleta e atualização dos de consentimento referido, tiraram dúvidas,
dados e informações acerca da família em fizeram comentários e responderam os
seus diferentes ciclos de vida10. Portanto, para questionários.
ser adotada em sua potencialidade, há
necessidade de formação de algum grau de Foi realizado junto à coordenação do
vínculo entre profissionais e famílias. Assim PSF da Secretaria Municipal de Saúde de
sendo, o uso do genograma estaria Londrina, um levantamento quantitativo
contribuindo, indiretamente, também com a referente aos médicos das equipes de Saúde
formação de vínculos conforme propõe a da Família inscritos no curso do PROFAM.
estratégia Saúde da Família. Dos 83 médicos que se inscreveram no
referido curso, 74 o concluíram. Destes, 45
Em Londrina, o município conta, estavam atuando diretamente no PSF, 23
atualmente, com 101 equipes de Saúde da atuavam indiretamente (coordenação, apoio,
Família perfazendo uma cobertura de 74% da outros setores de apoio) e 6 não estavam mais
população. Como uma das iniciativas de na instituição. Dos 45 médicos que estavam
capacitação dos médicos das equipes, a atuando no PSF, 7 deles trabalhavam na área
Secretaria Municipal de Saúde, no decorrer de rural e 38 na área urbana do município.
2002-2004, o decorrer de 2002-2004
oportunizou uma especialização aos mesmos Para esta pesquisa, definiu-se como
por meio de um curso em Habilidades Clínicas população alvo os médicos que fizeram o
em Medicina de Família, no método do PROFAM e que estavam atuando no PSF, na
Programa de Educação à Distância de área urbana do município. Esta população era
Medicina Ambulatorial e Familiar (PROFAM)11. de 38 médicos (100%). Deste total, foram
O genograma foi apresentado a estes entrevistados 10 médicos, representando uma
profissionais durante o referido curso de amostra de 26% dos médicos capacitados e
especialização como um instrumento voltado à que atuavam no PSF, na área urbana. No
abordagem familiar. período em que foi realizado o estudo muitos
médicos estavam de férias.
Neste contexto, o presente estudo foi
desenvolvido com o objetivo de verificar se o Os dados foram analisados a partir de
genograma foi incorporado às práticas algumas variáveis previamente definidas.
profissionais dos médicos capacitados e quais
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ƒ percepção do profissional quanto ao compreensão da situação da família; permite


genograma como instrumento de uma visualização mais clara do contexto
abordagem familiar; familiar; é útil para a abordagem familiar; é
ƒ possibilidade de aplicação do genograma importante na anamnese porque refere datas e
no cotidiano de trabalho; patologias hereditárias, entre outras
ƒ vantagens da adoção do genograma e informações; é importante principalmente para
dificuldades percebidas/sentidas para a pacientes com patologias múltiplas e permite
incorporação do genograma no cotidiano de melhor identificação e compreensão aceca da
trabalho estrutura familiar. Por outro lado, mesmo
considerando-o um bom instrumento, alguns
Para o desenvolvimento deste estudo avaliaram que para ser adotado
solicitou-se a autorização da chefia da Oficina rotineiramente, seria preciso que o genograma
de Saúde Pública por meio de Termo de fosse usado e incorporado por todos os
Responsabilidade Ética, com apresentação do profissionais da equipe. Neste caso, segundo
resumo da pesquisa. Da mesma forma, foi eles, seria necessário que houvesse uma
solicitado o apoio da Coordenação do PSF da readequação no PSF em termos maiores
Secretaria Municipal de Saúde de Londrina. investimentos em recursos materiais e
Aos entrevistados, apresentou-se a finalidade humanos. Um dos médicos entrevistados
do estudo junto com o Termo de apontou que, apesar das dificuldades, sua
Consentimento que, após lido e aprovado, foi implantação é importante.
devidamente assinado pelos profissionais.
Dos dez entrevistados, apenas dois
incorporaram com mais intensidade o
RESULTADOS genograma em suas práticas cotidianas de
trabalho sendo que um deles referiu estar em
Participaram do estudo dez médicos processo inicial de implantação. O que está
conforme o previsto na amostra. Não houve utilizando o genograma há mais tempo relatou,
nenhuma recusa dos médicos em participar da como vantagens, que tem observado melhora
pesquisa, ao contrário, houve uma boa no relacionamento médico-paciente, que o
receptividade e todos cumpriram a agenda de genograma propiciou ações preventivas e que
entrevista previamente combinada. ela pode obter, por meio dele, mais
informações quanto às referências familiares
Os entrevistados foram unânimes em de seus pacientes.
afirmar que tiveram conhecimento do
genograma durante o curso de especialização Um terceiro médico referiu ter iniciado
em Habilidades Clínicas para a Medicina da o uso do genograma mas desistiu em função
Família do PROFAM. Para oito dos dez das más condições da Unidade Básica de
médicos, o genograma foi percebido como um Saúde (UBS) que, após ter sido atingida por
instrumento que permite uma melhor uma forte chuva, sofreu perda de vários
abordagem da família e, conseqüentemente, documentos, entre eles, de todo o material que
do diagnóstico familiar. estava sendo atualizado com o genograma.
Em relação à possibilidade de Depois deste fato, o médico desistiu de
utilização do genograma em suas respectivas implantá-lo e não retomou o processo.
rotinas de trabalho, eles avaliaram como
sendo possível desde que houvesse Quanto às dificuldades apresentadas
condições mais favoráveis para isso. Para dois para a implantação do genograma em suas
deles, no entanto, o genograma foi práticas cotidianas de trabalho eles apontaram
considerado uma “perda de tempo” uma vez as seguintes:
que, além da história clínica, eles ainda teriam ƒ falta de tempo destinado às
que construir o diagrama e isso acrescentaria consultas foi a mais referida (50%
muito pouco às condutas a serem tomadas. deles fizeram esta observação);
Estes médicos reiteraram que a implantação ƒ elevado número de consultas
do genograma em sua rotina de trabalho seria médicas prejudicando o tempo de
desnecessária além de ser um fator conversa com o paciente;
complicador para o restante da equipe que ƒ condições inadequadas de trabalho
não foi capacitada para isso. na UBS, como falta de estrutura física
(consultórios não permitem sigilo ao
Dos oito médicos que acharam paciente);
possível a utilização do genograma, ƒ dificuldades burocráticas;
identificou-se que, se por um lado, que para ƒ falta de informatização no serviço;
alguns, o genograma melhora ou ajuda na
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ƒ ausência de prontuário familiar nas consistente no campo extra-hospitalar, torna-


equipes do PSF e na UBS; se necessário ampliar o campo de percepção
ƒ a organização dos serviços não está clínica, de modo a buscar em outras áreas do
voltada para esta lógica; conhecimento humano e científico as análises
ƒ falta de interesse da instituição em e respostas mais adequadas às queixas e
adotar instrumentos voltados ao PSF, sintomas.
ƒ falta de dados e informações dos
próprios pacientes que não Neste contexto, os dados encontrados
conseguem lembrar ou não sabem nas respostas dos médicos quanto à
referir a sua situação familiar. pertinência do genograma como instrumento
de abordagem familiar não foram diferentes do
encontrado nas referências que apontaram
DISCUSSÃO positivamente a indicação e importância deste
instrumento, podendo-se inferir, com isso, que
O conhecimento e a aplicabilidade do a maioria dos médicos entrevistados demostra
genograma no cotidiano de trabalho das uma potencial aceitação do instrumento.
equipes do PSF é importante para
compreender melhor o processo de A nosso ver, em sendo efetivamente
adoecimento nas famílias, conhecer a situação incorporado às práticas de trabalho dos
dos seus membros e suas relações não médicos, este instrumento poderia contribuir
apenas dentro da família, mas também com as com estas duas questões postas: em relação à
demais famílias com quem convivem e longitudinalidade da atenção, ele serviria como
estabelecem suas redes de apoio. Por ser um um importante exercício de aprendizagem
instrumento voltado à abordagem familiar individual e institucional na medida que
permite à equipe de saúde acompanhar permitiria práticas de atenção continuada ao
longitudinalmente a família e seus membros invés de continuar privilegiando as práticas
ao longo de suas vidas, propiciando a pontuais e fragmentadas. Sobre a ampliação
definição de ações preventivas capazes de das práticas clínicas na perspectiva da clínica
promover a saúde. ampliada, a própria longitudinalidade da
atenção estaria contribuindo para o
Para Starfield12, longitudinalidade é a enfrentamento e deslindamento de alguns dos
atenção continuada ao indivíduo ao longo de nós críticos que dificultam as práticas médicas
períodos substanciais da vida. Este na Atenção Primária à Saúde. A adoção do
acompanhamento contínuo permite identificar instrumento permitiria que os médicos
e agir no processo saúde-doença de forma a tivessem mais uma aproximação com as
evitar sofrimentos desnecessários às pessoas famílias, fossem apropriando-se
e famílias. Permite, ainda, a formação de gradativamente das novas abordagens e
vínculos entre médico e paciente. interpretações acerca dos determinantes do
processo saúde-doença. Por sua vez, tais
A discussão em torno da formação de práticas estariam, por si só, fortalecendo a
vínculos situa-se no campo das relações formação de vínculo médico-paciente.
médico-paciente13 que, por sua vez, apresenta
especificidades nas práticas médicas O genograma por sua singeleza e
hospitalares e extra-hospitalares ou de praticidade, permite uma visão objetiva e
Atenção Primária à Saúde. Em se tratando lógica dos padrões de repetição de hábitos de
destas últimas, o médico se confronta vida, relações intrafamiliares e patologias,
diretamente não apenas com as queixas sendo de muita utilidade em situações de
clínicas como também com toda uma gama de doenças de traço familiar ou hereditário14.
situações que levam os pacientes a uma Além disso, possibilita à equipe e à família
situação de sofrimento determinada por suas uma visão mais nítida dos padrões e relações
próprias condições de vida. familiares que se repetem de geração em
geração e que interferem no processo saúde-
Para Fernandes13, não é à toa que a doença, permitindo uma avaliação de risco
prática extra-hospitalar goza de tão má familiar que deve, inclusive, ser avaliada junto
reputação entre os médicos, na medida em com os membros da família e profissional de
que, na verdade, estes se vêem saúde. Perceber a família em sua totalidade e
desguarnecidos de instrumentos teóricos complexidade, a nosso ver, leva os
capazes de ajudá-los a dar conta de boa parte profissionais de saúde a buscarem alternativas
da demanda que têm a atender...Para realizar diferentes das habituais para a realização do
um atendimento médico tecnicamente trabalho cotidiano, podendo remetê-los a rever
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Possibilidades do uso do genograma no trabalho

seus hábitos e atitudes em relação à forma atos [...] o usuário tem que passar por uma
como prestam os cuidados em saúde. quantidade enorme de atos de diagnóstico e
Neste sentido, em que pese ter sido de terapia para ter seu problema resolvido15.
único, o depoimento de um dos médicos que Desta forma, repensar, no caso dos
está utilizando rotineiramente o genograma em médicos, a quantidade de consultas na UBS e
seu cotidiano de trabalho, atesta o fato de que nos domicílios, a dedicação de maior tempo
este instrumento tem-lhe permitido uma para a obtenção da história de vida das
aproapriação maior da história de situação pessoas e suas famílias, a introdução de
familiar de seus pacientes e tem possibilitado novos instrumentos de abordagem familiar e
organizar, mais adequadamente, as ações de social, implica em discutir, propor e enfrentar
prevenção e atenção à saúde voltada a eles. as questões que são próprias do processo de
trabalho em saúde e que incidem diretamente
Os entrevistados relataram como uma sobre os demais componentes da equipe e,
das principais dificuldades para a implantação principalmente, sobre os usuários. Estes
do genograma a falta de tempo, apontamentos feitos por Nogueira, por sua
principalmente em função do volume vez, nos remetem a outro tipo de dificuldade
crescente de consultas médicas nas UBS. apontada pelos médicos e que estão afetas ao
Segundo eles, como precisam produzir um desenvolvimento do trabalho em equipe.
número de consultas já programadas como
meta institucional, muitas vezes não O fato do médico ter sido capacitado
encontram tempo para a implantação de novas de forma isolada dos demais componentes da
práticas, como é o caso do genograma. equipe, segundo eles, não é suficiente para
promover mudanças no PSF. Eles fazem
Esta situação relatada por eles traduz, referência quanto à necessidade dos demais
em parte, o paradoxo vivido pelos médicos das membros da equipe também serem
equipes: por um lado, precisam atender os capacitados para o uso de genograma pois,
problemas de saúde já instalados e, por outro, sozinhos, avaliam como sendo mais difícil
são chamados a dedicar mais tempo em implantá-lo. A nosso ver, esta percepção está
ações de prevenção e promoção em saúde, em consonância com a discussão anterior uma
para atuar mais eficazmente sobre os vez que o trabalho em saúde é um trabalho
determinantes do processo saúde-doença. coletivo, compartilhado. Neste sentido,
Este quadro demonstra a necessidade de entendemos que o trabalho em equipe é uma
aprofundar a reflexão sobre de que forma os prática que pode contribuir para a prestação
serviços estão atualmente organizados, de um cuidado mais integral à população e
analisando, com as equipes, a lógica deve ser implementado no interior dos
predominante que está norteando esta serviços. Entretanto, concordamos com as
organização e definindo a que se quer análises de Pedrosa e Teles16 de que ainda é
efetivamente imprimir com a estratégia Saúde preciso se investir muito nesta forma de
da Família. A partir destas reflexões, o desafio trabalho e atuação dos profissionais dada a
constituirá na implantação de medidas para complexidade das questões que lhe são afetas
sua readequação de modo a produzir as e que implicam, sobremaneira, numa
mudanças desejadas. articulação de espaços e saberes
profissionais. É importante ressaltar que o
Tal questão, no entanto, guarda a trabalho em equipe requer uma redefinição
complexidade inerente ao processo de dos campos de atuação de cada profissional
trabalho em saúde. Para Nogueira15, um dos definindo e avaliando as competências de
aspectos que caracteriza o processo de cada elemento da equipe para possibilitar a
trabalho em saúde é o fato de que ele é um organização de novas práticas sanitárias.
serviço, e esse serviço não se realiza sobre
coisas ou objetos materiais, mas sim, ele se Embora muito se fale sobre a
dá sobre pessoas, inclusive sobre pessoas importância do trabalho em equipe, esta
que interagem com quem presta os serviços. prática encontra vários desafios a serem
Portanto, é um serviço que se funda numa superados. Um deles é o reconhecimento da
inter-relação pessoal muito intensa. Há muitas diversidade de conhecimentos e habilidades
outras formas de serviços que dependem de entre os membros da equipe que devem se
um laço interpessoal, mas no caso da saúde complementar para enriquecer o trabalho
ele é particularmente forte e decisivo para a como um todo17. Para que isso aconteça é
própria eficácia do ato. Outra caracetrísitca necessário que haja o estabelecimento de
que também é muito particular do processo de objetivos e metas pactuadas entre seus
trabalho em saúde é a fragmentariedade dos componentes. Por sua vez, isso pressupõe
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espaços institucionais que permitam a criação qualidade da atenção e no trabalho em


destas novas relações18,19, pois, é através de equipe.
reuniões envolvendo os profissionais que elas
são estabelecidas. Neste caso específico, cabe repensar
Outros elementos são de igual o processo de formação e capacitação dos
importância para o trabalho em equipe: a médicos e demais componentes das equipes
democratização da informação e do de Saúde da Família. Desde a implantação do
conhecimento, a definição e pactuação das PSF em meados dos anos 1990, o próprio
atribuições dos profissionais, a identificação e Ministério da Saúde vem estimulando, por
busca de soluções dos problemas do cotidiano meio de diferentes iniciativas, o
das equipes bem como a adoção de práticas desenvolvimento de políticas de recursos
de planejamento descentralizado e humanos mais consistentes e adequadas para
participativo. Isso porque, o trabalho em o trabalho na atenção básica. Entre estas,
equipe na Saúde da Família requer, por um destaca-se a criação dos Pólos de
lado, uma interferência sobre o perfil de seus Capacitação, Formação e Educação
diferentes atores e, por outro, de mecanismos Permanente para a Saúde da Família, em
de motivação e delineamento de novos 1998.
esquemas de organização do trabalho.
O objetivo estabelecido para os Pólos,
Retomando as reflexões de Nogueira14 naquele momento, era atender as
sobre o processo de trabalho em saúde, ele necessidades de formação e desenvolvimento
nos aponta que há que se dizer, em primeiro de recursos humanos para apoiar a estratégia
lugar, que esse processo (de trabalho em de Saúde da Família, valorizando a articulação
saúde) é marcado por uma tecnicidade ou ensino-serviço7. Os Polos, entendidos
direcionalidade técnica que é inerente a enquanto estratégia operacional para o
qualquer processo de trabalho humano. desenvolvimento de habilidades dos
Pressupõe, assim, um antevisão dos profissionais das equipes de Saúde da Família
resultados almejados e uma ação inteligente numa perspectiva de abordagem da atenção
como ardil da razão em sentido hegeliano: integral, foram concebidos de forma a
fazer com que os instrumentos físicos, promover ações que contemplassem três
químicos, bioquímicos, etc, atuem sobre o vertentes: a capacitação, a formação e a
objeto produzindo um efeito útil. O ardil da educaçãp permanente. Neste sentido,
razão tem por fundamento certos propunha que ações fossem desenvolvidas e
conhecimentos ciebtíficos, mas requer uma direcionadas aos profissionais das equipes de
adaptação constante às características Saúde da Família, impulsionadas pelo
particulares: este indivíduo aqui com sua processo de educação permanente,
história e necessidades. contribuindo para a sustentabilidade da
estratégia7.
Isso posto, verificamos que processo
de trabalho em saúde, trabalho em equipe e Em 2003, houve uma reformulação e
produção de novas práticas em saúde são implementação do papel dos Polos que
questões interdependentes e que se enredam passaram a constituir-se em Polos de
numa trama na qual fica difícil definir o que é Educação Permanente em Saúde. Importantes
causa ou consequência. O que há de comum reflexões têm sido realizadas sobre a
é apenas a complexidade das questões que as educação permanente como um caminho
envolvem e que, no entanto, não devem ser estratégico para o fortalecimento das
vistas como obstáculos insuperáveis para as mudanças no processo de formação e
novas práticas profissionais. capacitação de recursos humanos. O
Ministério da Saúde20 define que a educação
Alguns médicos manifestaram sua permanente parte do pressuposto da
insatisfação em não ter conseguido incorporar aprendizagem significativa (que promove e
em suas práticas de trabalho os produz sentidos) e propõe que a
conhecimentos adquiridos no curso, entre eles transformação das práticas profissionais deva
o genograma. Um dos depoimentos foi mais estar baseada na reflexão crítica sobre as
contundente ao se referir à insatisfação em práticas reais de profissionais reais em ação
“não conseguir fazer nada de novo”, “não na rede de serviços. Propõe-se, portanto, que
conseguir implantar nada do que aprendeu” . A os processos de capacitação do pessoal da
nosso ver, esta situação pode contribuir para saúde sejam estruturados a partir da
levá-los à uma desmotivação, com reflexos na problematização do seu processo de trabalho
e que tenham como objeto a transformação
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Possibilidades do uso do genograma no trabalho

das práticas profissiobnais e da própria de um novo agir que possa garantir a


organização do trabalho, tomando como incorporação do paradigma da promoção da
referência as necessidades de saúde das saúde, difundí-los e consolidá-los, é avançar
pessoas e das populações, da gestão setorial em direção às mudanças necessárias.
e do controle social em saúde. A atualização
técnico-científica é apenas um dos aspectos Foi interessante conhecer a opinião
da transformação das práticas e não seu foco dos médicos sobre o genograma e, mais
central. A formação e desenvolvimento ainda, sobre como eles vêem seu trabalho nas
englobam aspectos de produção de equipes de Saúde da Família. Produzir
subjetividade, de habilidades técnicas e de mudanças no âmago dos sistemas de saúde é
conhecimento do SUS. um desafio complexo mas também uma tarefa
inadiável para os gestores municipais. Isso
Estas iniciativas do Ministério da porque, em última instância, são os serviços
Saúde, a nosso ver, tem oportunizado aos de saúde organizados no âmbito municipal
gestores municipais a possibilidade de criar que constituem a própria face do SUS com a
alternativas que permitam promover mudanças qual se depara a grande maioria da
nas práticas profissionais dos profisisonais população.
inseridos na rede de serviços, em particular,
neste caso, nas equipes de Saúde da Família. Seria interessante para a
Uma ausculta mais atenta às equipes e UBS implenetação da Saúde da Família que
poderia culminar com o planejamento e houvesse uma priorização da abordagem
estruturação de um processo de educação familiar, por todos os motivos apresentados
permanente em saúde gerado a partir das anteriormente. O genograma apresenta-se
necessidades reais das equipes, de modo que como uma ferramenta disponível e de fácil
as discussões e instrumentos apresentados aceitação e manuseio e que pode contribuir
nos diversos cursos e capacitações pudessem para imprimir a abordagem familiar no
ser efetivamente incorporadas ao cotidiano de cotidiano de trabalho dos médicos. Não foram
trabalho dos profissionais, otimizando os observadas maiores resistências dos
recursos organizacionais disponíveis (tempo, profissionais entrevistados quanto ao uso e
conhecimento, aprendizagem institucional, importância do genograma. Em contrapartida,
etc), produzindo as mudanças desejadas no ficou evidente a necessidade de algumas
processo de trabalho em saúde e diminuindo reformulações no processo de trabalho das
as insatisfações e sentimentos de frustação equipes. Uma alternativa para o enfrentamento
como os manifestados pelos entrevistados. desta questão poderia ser o investimento em
algumas experiências-piloto que estimulassem
Por fim, os médicos deram algumas a criatividade das equipes na busca de
sugestões que, na opinião deles, poderiam soluções até mesmo para superar as
contribuir para a superação da não dificuldades apontadas pelos próprios
implantação do genograma que foram: a médicos. Estas experiências seriam
capacitação dos demais profissionais da desenvolvidas não no sentido de padronizar as
equipe; a adequação das condições de práticas e o ambiente de trabalho (UBS e
trabalho (disponibilizar mais computadores equipes) mas sim, no sentido de buscar as
para uso das equipes nas UBS; material de particularidades de cada equipe.
consumo) e rever o número de consultas. Isto
nos pareceu uma demonstração de Discussões com relatos de experiência
sensibilização dos mesmos para a de como as equipes se organizanizaram para
implantação do genograma e para um trabalho avançar em direção aos pressupostos da
compartilhado entre a equipe com vistas à Saúde da Família e disseminação e troca de
incorporação de um novo conhecimento, no experiências entre as equipes sobre o modo
caso, do genograma. como elas se estruturaram para trabalhar com
suas diferentes realidades seria um
movimento interessante que poderia resultar
CONSIDERAÇÕES FINAIS em um aprendizado institucional ímpar para
todos..
Reconhecer que existem obstáculos
concretos capazes de comprometer o A nosso ver, este exercício de
cumprimento dos objetivos da Saúde da criatividade poderia levar a uma maior
Família é reconhecer que existem desafios a mobilização dos profissionais e caminhar no
serem enfrentados. Mas há também sentido de proporcionar um trabalho mais
possibilidades. E identificar as possibilidades gratificante para as equipes. Considerando
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Athayde, E.S, Gil, C.R.R

que, em se tratando da Saúde da Família e de organizadores. Recursos Humanos


seu objeto – a família, as experiências em Saúde: Política, desenvolvimento e
brasileiras são ainda incipientes e precisam mercado de trabalho. Campinas:
ser construídas e reconstruídas no cotidiano Editora da Universidade de Campinas,
de trabalho, acredita-se que o diálogo entre p. 103-126.
diferentes equipes, equipes e dirigentes e
equipes e população poderia contribuir para o 8. Carter B, McGoldrick M. As mudanças
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Recebido em 26/04/2005
Aprovado em 11/05/2005

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