De acordo com Resende e Matins (2014), no decorrer dos anos foram
desenvolvidos diversos estudos por inúmeros autores que apresentaram teorias que contribuem para os diferentes tipos de fundações profundas, com base nos solos existentes. Essas teorias conduziram o desenvolvimento das normas, que são de suma importância para o entendimento dos assuntos envolvendo a análise das fundações profundas, são elas: - ABNT NBR 6489, Prova de carga direta sobre o terreno de fundação – Procedimento. - ABNT NBR 7181, Solo – Analise Granulométrica. - ABNT NBR 6459, Solo – Sondagens de simples reconhecimento com SPT – Método de ensaio. - ABNT NBR 6122 – Projeto e execução de fundações. Segundo a NBR 6122/2010, fundação profunda é definida como elemento que transmite a carga da estrutura ao solo através da base (resistência de ponta), pela superfície lateral (resistência de fuste) ou a combinação das duas, conforme o esquema da Figura 1. A sua principal função é suportar elevadas cargas da estrutura.
Figura 1 – Fundação profunda segundo a NBR 6122/1996
FONTE: NBR 6122/1996
Esse tipo de fundação está apoiada em profundidade maior ou ao dobro da menor dimensão em planta, com profundidade mínima de três metros. Incluindo as estacas, tubulões e caixões. O que diferencia as estacas dos tubulões e caixões é a forma que são executadas, sendo apenas por equipamentos ou ferramentas, sem descida de operários ao seu interior em nenhum momento da execução, os materiais empregados podem ser: Aço, madeira, concreto pré-moldado, concreto moldado in situ ou mistos. A diferença entre caixões e tubulões está na geometria, sendo o primeiro prismático e o segundo cilíndrico (RESENDE E MARTINS, 2014). O principal objetivo deste trabalho é analisar as Estacas Tipo Franki e Microestacas injetadas e apresentar o método de execução, equipamento utilizado, mão de obra, vantagens e desvantagens, condições de empregabilidade do método e controle de qualidade. 2 MICRO-ESTACAS INJETADAS Microestacas injetadas têm pequeno diâmetro, entre 8 cm à 40 cm, as mais utilizadas são entre 10 e 20 cm, sua execução é feita in loco, são elementos com alto índice de esbeltez e extremamente resistentes (300 a 1300 kN), transmitem ao solo as solicitações da estrutura por atrito lateral e por ponta (MACHADO, 2011). A Micro-estaca é constituída por: Armadura principal, Armadura secundária e Calda de cimento, como é mostrado na Figura 2.