Quando o responsável pela obra não valoriza essa etapa na hora de construir um novo
empreendimento, coloca toda a estrutura e demais elementos à mercê de patologias como
manchas, oxidação, bolor e deterioração de peças em geral. Nesse sentido, a
impermeabilização deve ser tratada como uma etapa fundamental em toda obra, recebendo
um projeto específico para garantir o máximo de segurança e conforto aos usuários do espaço.
A vida útil de uma construção é diretamente influenciada pela presença dos sistemas de
impermeabilização, que protegem as estruturas contra a ação nociva da água. Eles cumprem a
função de formar uma barreira física que contém a propagação da umidade e evitam
infiltrações. Consequentemente, previnem também o aparecimento de manchas de bolor,
desplacamento de azulejos, surgimento de goteiras e corrosão de armaduras.
A impermeabilização é classificada em dois tipos que levam em conta a possibilidade (ou não)
das partes construtivas sofrerem algum tipo de fissuração:
Impermeabilização rígida
Impermeabilização flexível
Contém cimento, agregados, aditivos e polímeros que formam um revestimento. Indicada para
áreas frias e molhadas, poço de elevadores, piscinas, rodapés, reservatórios de água e
subsolos.
Calafetador
Emulsão acrílica
Tem base acrílica com elastômero, elementos que formam uma membrana líquida. É ideal para
superfícies expostas e sujeitas ao contato com as intempéries, como lajes, coberturas, paredes
e marquises.
Emulsão asfáltica
Um monocomponente, é aplicado a frio e requer proteção mecânica. Ideal para terraços, áreas
frias e lajes.
Hidrofugante
Material que repele a água e pode ser aplicado diretamente em superfícies minerais. Ideal para
fachadas de pedra, telha cerâmica, cerâmica porosa e, tijolo e concreto aparentes.
Hidrorrepelente
Também repele a água e não altera a aparência do substrato. Ideal para superfícies minerais,
como tijolo e concreto aparentes, fachadas de pedra, telha cerâmica e cerâmica porosa.
Manta asfáltica
Contém asfalto modificado com polímeros e é armada com estruturante. Ideal para lajes planas
ou inclinadas, piscinas, floreiras, reservatórios de água e áreas frias.
A manta é indicada para estruturas sujeitas a movimentação e fissuras, e com dimensões
superiores a 50 m2. "Tem gente que usa em espaços menores, mas quanto menor a área para
aplicar a manta, maior a possibilidade de falha de execução, devido à necessidade de recortes
e emendas", explica a engenheira Virgina Pezzolo, da Proassp Assessoria e Projetos.
A norma técnica NBR 9952 - Manta Asfáltica Para Impermeabilização classifica as mantas em
quatro categorias conforme as características de tração, alongamento, flexibilidade e
espessura, que vai de 3 mm a 4 mm. As mantas também têm acabamentos diferentes, que
variam segundo o tipo de aplicação (maçarico ou asfalto quente) e a exposição ao sol e à
chuva. Além disso, diferenciam-se com relação ao asfalto usado na fabricação, que pode ser
elastomérico ou plastomérico.
Os sistemas moldados in loco são indicados para espaços menores ou de acesso mais difícil,
como áreas molháveis e pequenas lajes, onde o uso de mantas asfálticas é contraindicado.
Sobretudo no caso das membranas líquidas aplicadas a frio, é preciso respeitar o consumo do
produto indicado na embalagem, assim como o número de demãos, já que a economia nesse
serviço pode resultar em uma impermeabilização deficiente.
Onde devemos impermeabilizar