TEMA: Rumo à Terra Prometida — A peregrinação do povo de Deus no deserto no livro de Números
-LIÇÃO 3-
20 de Janeiro de 2019
TEXTO DO DIA
“E não profanareis o meu santo nome, para que eu seja santificado no meio dos filhos de
Israel. Eu sou o SENHOR que vos santifico.” (Lv 22.32)
SÍNTESE
TEXTO BÍBLICO
Números 7.1-7
2 No lugar onde degolam o holocausto, degolarão a oferta pela expiação da culpa, e o seu
sangue se espargirá sobre o altar em redor.
3 E dela se oferecerá toda a sua gordura, a cauda e a gordura que cobre a fressura;
4 também ambos os rins e a gordura que neles há, que está sobre as tripas; e o redenho
sobre o fígado, com os rins, se tirará.
6 Todo varão entre os sacerdotes a comerá; no lugar santo se comerá; coisa santíssima é.
7 Como a oferta pela expiação do pecado, assim será a oferta pela expiação da culpa; uma
mesma lei haverá para elas: será do sacerdote que houver feito propiciação com ela.
COMENTÁRIO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
“Paulo disse que não se aborrecia em fazer as mesmas advertências, porque era
segurança para os crentes (Fp 3.1). O Senhor, igualmente, no deserto do Sinai, depois de
algumas providências administrativas, também repetiu várias leis (Nm 1 e 2). Deus
estava advertindo os filhos de Israel que, para chegarem à Canaã, era preciso
obedecerem à sua Palavra, o que propiciaria àquele povo o padrão de plenitude moral
exigido pelo Senhor, conduzindo-os a um estado doutrinário e cultural marcado pela
pureza — viveriam em santidade. Deus, naquele momento, estava apontando fortemente
para a santidade dos hebreus, virtude sobre a qual não havia nenhum referencial no
Egito; porém, agora, o Senhor expedira muitas determinações comportamentais. Os
filhos de Israel, assim, tinham um grande desafio pela frente — o maior — serem santos.
Se eles vencessem esta guerra interior contra o pecado, a Terra Prometida seria
conquistada gloriosamente.” [Lições Bíblicas CPAD, Revista Jovens, 1º Trimestre 2019. Lição 3, 20 Jan,
2019]
- O livro de Números certamente não goza de popularidade; esse fato óbvio não
diminui sua importância. A maioria das pessoas não está interessada em coisas porque
elas são importantes, mas porque as agradam. Embora Números nos dê um relato do
povo escolhido que deixa claro que não havia neles nada de bom, a ênfase não é sobre o
pecado e a tolice de Israel, mas sobre a santidade de Deus. Esse livro continua a ênfase
de Levítico, de que Deus é santo, e, portanto, seu povo deve ser santo. Números descreve
com clareza aguda a estupidez e malignidade da obstinação do homem, e a paciência e
santidade de Deus. Desde a criação, Deus quis um povo santo. Ele desejou uma
comunhão especial com os homens que fossem capazes de andar com ele e falar com ele
numa união especial. Mas a própria natureza de Deus estabelece limites para tal
associação. Seu caráter santo não pode permitir ser contaminado pelo pecado e pela
corrupção. Os homens só podem estar na sua presença se forem puros. – That said, let's
think maturely the Christian faith!
I - A REPETIÇÃO DE ADVERTÊNCIAS
- ―Não confundir nazareno (aquele que nasceu em Nazaré; Mt 2.23) com nazireu (o
indivíduo que fazia um voto especial a Deus por um período de devoção extraordinária a
Ele). Comumente, este voto público dava-se por um determinado tempo (v. 13). Havia três
restrições: (1) abstinência total a tudo relacionado com o vinho e as uvas; (2) a proibição
de cortar seu cabelo; e (3) a vedação à aproximação de um cadáver. Ao fazer tudo isso, o
nazireu separava-se e consagrava-se ao Senhor. Depois do voto cumprido, o nazireu
poderia voltar a viver sua vida normal (v. 20). Um voto tão sério quanto o voto de
nazireado exigia que se fizesse não só um processo por sua iniciação, mas também um
ritual solene para seu término. O foco era no cabelo, o símbolo visível do voto temporário.
Assim, além da apresentação do sacrifício exigido (v. 14-17), o homem ou a mulher que
completavam o voto deveríam rapar a cabeça e queimar o cabelo junto com a oferta de
paz (v. 18)‖. (Extraído de:https://bibliotecabiblica.blogspot.com/2016/10/significado-de-numeros-6.html. Acesso em: 15 Jan, 2019)
II – O CAMINHO DA CONSAGRAÇÃO
- Foi no deserto, que o povo de Deus viu a maioria dos sinais realizados pelo
Senhor. Foi também ali, que a glória de Deus era manifesta a eles. É em meio as lutas e
dificuldades que veremos o sobrenatural de Deus agindo em nossas vidas. Davi não olhou
para o tamanho o gigante, mas ele olhou para o Deus que ele servia, o ―Senhor dos
Exércitos‖, e ali ele viu Deus operar os seus sinais, concedendo-lhe a vitória. Nas
dificuldades, nas lutas, nas provações e desertos, saiba que é ali que Deus opera os seus
sinais e manifesta a sua glória ao seu povo. No deserto, Deus quer manifestar a sua glória
e os seus sinais, concedendo graça, pois a maravilhosa graça de Deus é constante ao seu
povo. Sobre Números 6.24-26, o teólogo metodista e erudito bíblico britânico Adam Clarke
(1760-1832), comenta: ―O Senhor te abençoe - Existem três formas de bênção aqui,
qualquer um ou todos os quais os sacerdotes podem usar em qualquer ocasião. A
seguinte é uma tradução verbal:
● Que Jeová faça com que os seus rostos brilhem sobre ti e tenha misericórdia de ti!
Que Jeová levante os seus rostos sobre ti, e possa ser posto prosperidade para ti! Esta é
uma oração muito abrangente e excelente, e pode ser parafraseada assim:
● Que ele te preserve na posse de todo o bem que tens e de todo o mal com o qual
tu estás ameaçado!
● Sua vida é uma vida de abnegação; ele mortifica e mantém a carne em obediência
ao Espírito.
● Tudo isso entra no espírito de seu voto batismal; porque promete renunciar ao
diabo e a todas as suas obras, às covinhas e vaidades deste mundo iníquo e a todas as
concupiscências da carne - guardar as palavras e mandamentos santos de Deus e andar
no mesmo todos os dias de sua vida.
● A pessoa que é fiel tem a bênção de Deus envolvida sobre ele. Assim abençoareis
os filhos de Israel, etc., etc. Veja as notas em Números 6: 5-7‖.
Conforme Números 5.3, Deus habita no meio do seu povo – e essa presença do
SENHOR exige que Israel seja um povo santo assim como Deus é santo. Para tanto, o
próprio SENHOR dá as diretrizes para a organização no acampamento e sobre o serviço
sagrado dos sacerdotes. É neste contexto da presença santa de Deus no meio do seu
povo que lemos sobre um importante serviço sagrado dos sacerdotes: abençoar o povo de
Deus no acampamento e durante a marcha para a Terra Prometida. É perfeitamente
compreensível que aqui no final do capítulo 6 está a benção sacerdotal: Antes de o povo
marchar, o SENHOR deixa bem claro que Ele quer abençoar os israelitas, porque esta é a
consequência mais bela da sua presença no meio do seu povo. Sua presença é na
verdade a grande benção!
- Cada príncipe em Israel ofereceu ao Senhor a dádiva de cada um, que é relatada
separadamente, numa demonstração de que cada um deve prestar culto individualmente,
e não depender só de adoração coletiva de Deus. Observa-se também a ordem e o
cuidado em cumprir os mandamentos do Senhor, neste capítulo que é um dos mais longos
da Bíblia. O sétimo capítulo nos ensina:
● Deus reconhece cada dádiva, mesmo que sejam idênticas (Veja Mc 12.41-44);
● Os pormenores exatos nos ensinam que Deus não despreza sacrifício algum, se
vem do coração (SI 51.17; 3). Deus tem prazer em cada dádiva útil para o progresso da
Sua Igreja; estas eram mormente para facilitar o transporte do Tabernáculo;
● Deus coroa nossa vida com a comunhão com a Sua própria pessoa, feita através
da Sua revelação e da nossa oração, v. 89.
● Ser o encarregado da luz é uma forma de serviço muito especial (vv. 1-4; Mt 5.14-
16.2);
Os levitas não tinham autorização para oferecer sacrifícios, este trabalho era
exclusivo dos sacerdotes.
III – COMUNHÃO NO DESERTO
● A orientação de Deus deve ser seguida a cada passo, seja no viajar, seja no
esperar. O grande principio é: ―Segundo o mandado do Senhor‖ (vv. 18, 19, 20, 23; cf. Jo
2.5; 4);
● A vontade divina para nós inclui o ―onde‖ e o ―quando‖, duas coisas que se
revelam claramente aos fiéis que obedecem a Deus.
“2. Exigência divina. Em Números 9.6-13, vemos que Deus ordenou a celebração da
Páscoa, porém alguns homens reconheceram que não estavam preparados para tal
celebração. O que fazer? Deus respondeu que não dispensaria a adoração deles,
providenciando, por isso, um dia alternativo para a comunhão, pois todos são
importantes diante do Pai. Impressionante como, por vezes, alguns cristãos deixam de
participar da Ceia do Senhor por qualquer outro compromisso. Deus levava a festa da
Páscoa (que Jesus celebrou como a ordenança da Ceia) tão a sério que, caso alguém
faltasse sem justificativa plausível, deveria ser eliminado do povo..”. [Lições Bíblicas CPAD,
Revista Jovens, 1º Trimestre 2019. Lição 3, 20 Jan, 2019]
- Este trecho revela a presença de Deus, e Sua preocupação para com o Seu povo a
quem deseja guiar em segurança pelo deserto. Este trecho nos dá os seguintes
ensinamentos sobre nosso Deus:
“3. Igualdade dos adoradores. Quando os hebreus saíram do Egito veio também uma
multidão de pessoas gentias com eles. Deus, nesse momento de comunhão no deserto,
lembrou-se delas: “E, quando um estrangeiro peregrinar entre vós e também celebrar a
Páscoa ao Senhor, segundo o estatuto da Páscoa e segundo o seu rito, assim a celebrará;
um mesmo estatuto haverá para vós, para o estrangeiro como para o natural da terra”
(Nm 9.14). Há igualdade entre os adoradores, pois Deus não têm filhos prediletos.
Aqueles que se achegam a Ele, independente de suas etnias, são recebidos alegremente
pelo Pai amoroso.”. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Jovens, 1º Trimestre 2019. Lição 3, 20 Jan, 2019]
- Devemos ter cuidado ao explicar o que o comentarista afirma aqui, pois, não era
todo estrangeiro que poderia participar da festa, assim como em nosso culto de Ceia, não
são todos que participam, mas apenas os membros. Como um rito da aliança com Deus, a
Páscoa devia ser celebrada somente pelos membros da comunidade da aliança; os
estrangeiros, e somente os do sexo masculino, que desejassem participar, deveriam
aceitar os termos da aliança, deixando-se circuncidar (Êx 12.48).
CONCLUSÃO
“Deus criou mecanismos para que os hebreus entrassem pelo caminho da perfeição moral
e da pureza, mas eles, ao contrário, amaram os deleites do Egito. Se a busca pela
santidade tivesse se tornado a coisa mais importante para eles, o fim da história dos que
atravessaram o mar Vermelho seria diferente. Com isso, é pertinente inquirir: “O que é
mais vantajoso: viver em santidade ou em constante anelo pelos desejos carnais?”” [Lições
Bíblicas CPAD, Revista Jovens, 1º Trimestre 2019. Lição 3, 20 Jan, 2019]
Francisco Barbosa
Campina Grande-PB
Janeiro de 2019
HORA DA REVISÃO
2. Segundo a lição, quais os três tipos de pureza que Deus exigia com urgência do povo?
Números 23.23.
A Páscoa.
5. Qual o castigo para quem faltasse à celebração da Páscoa sem existir uma justa causa?
Seria eliminado do povo. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Jovens, 1º Trimestre 2019. Lição 3, 20 Jan, 2019].
Fonte: http://auxilioebd.blogspot.com/2019/01/jovens-licao-3-santidade-requisito-
para.html Acesso em 18 jan. 2019