CESPU - Angola
Conteúdos:
Infecção
• da susceptibilidade às Infecções Fetal
• da imunidade Celular • Via transplacentária
• Via Amniótica
• Parto
Infecção
materna
Doenças infecciosas e gravidez
Efeitos Fetais
Dependem de:
– Agente Infeccioso
– Idade gestacional
• Aborto espontâneo
• Malformações
• RCIU
• Prematuridade
• Baixo peso ao nascer
Doenças infecciosas e gravidez
Aspectos gerais
Etiologia, vias de transmissão e formas de prevenção
• Sífilis
• Parvovírus humano
Toxoplasmose
Toxoplasmose
• Vias de transmissão:
• Assintomática
OU
• Fadiga
• Dores musculares
• Linfadenopatia local (cervical) ou generalizada
Sintomatologia
• Febre
• Rush cutâneo
a doença no recém-nascido é
mais grave.
• TOXOPLASMOSE:
– Aborto espontâneo;
– Corioretinite;
– Hidrocefalia;
– RCIU;
– Microcefalia.
Toxoplasmose Congénita
• Atraso mental
• Cegueira,
•
Efeitos Fetais
Surdez
• Convulsões
• Hidrocefalia
• Microcefalia
• Coagulopatias.
Toxoplasmose
• Via de Transmissão
• Secreções nasofaríngeas
• Passagem Transplacentária
• Período incubação
Vírus da Rubéola - família dos Togavírus
• 14-21 dias (o período de maior
contágio no espaço entre uma
semana antes e uma semana
depois do aparecimento do Rush)
Rubéola
Na grávida
Evolução benigna,
assintomática (30-50%)
• Febre
SINTOMATOLOGIA
• Exantema
• Adenopatias
Serologia
o O primeiro teste deve ser realizado antes da concepção,
mesmo que a mulher seja vacinada, para se determinar se
DIAGNÓSTICO
No feto
• Aborto espontâneo;
• Nado-morto;
Efeitos Fetais
No feto
• Prevenção = Vacinação
Caso haja confirmação de
uma infecção materna por
rubéola, a Lei portuguesa
permite que se recorra à
interrupção terapêutica da
gravidez
Rubéola
VIAS DE TRANSMISSÃO
Gotículas de saliva
Secreções genitais
Sémen
Sangue
Transmissão vertical (materno-fetal)
Pós-natal (pelo leite materno)
PERÍODO DE INCUBAÇÃO:
• Sinais e Sintomas:
– Assintomática
OU
– Febre
SINTOMATOLOGIA
– Faringite
– Poliartrite
Citomegalovírus
• Assintomático
• Laboratorial detecção antigénica ou do DNA viral no sangue, urina, ou
DIAGNÓSTICO
secreções genitais
• Pesquisa no sangue de IgG e IgM – CMV
Efeitos Maternos
• Doenças assintomáticas
• Síndrome semelhante à mononucleose
• Febre prolongada
• Fadiga
Efeitos Maternos
• Astenia
• Mialgia
• Cefaleias
• Esplenomegália
• Linfocitose
• Alteração da função hepática
• Aborto
Citomegalovírus
Efeitos Fetais:
• Morte fetal
• Doença generalizada grave
• Anemia hemolítica
Efeitos Fetais
• Icterícia
• Hidrocefalia Não é em si teratogénico.
• Microcefalia As lesões resultam das sequelas
inflamatórias ao nível do SNC (mais
• Pneumonite grave aquando de primo-infecção é no
• Hepatoesplenomegália 1º trimestre)
• Surdez As anomalias são detectáveis pela
ecografia
Citomegalovírus
Cuidados a ter:
• Esclarecer a mãe que embora não exista tratamento para esta doença, o
médico pode prescrever imunoterapia ou antiviróticos.
Citomegalovírus
Prevenção:
• Primária – Preservativo
• Grávida evitar contacto com parceiro infectado
• Evitar exposição ocupacional com crianças
Herpes Simplex
Herpes Simplex
Agente
Vírus Herpes Simplex
(tipo I e II) prevalente entre adolescentes e adultos sexualmente activos.
Classificação
• herpes primário
• herpes inicial não primário
• herpes recorrente
Herpes Simplex
• VIAS DE TRANSMISSÃO
dolorosas
• Disúria
• Febre
• Mal estar
• Cefaleias
Herpes Simplex
Cultura celular
DIAGNÓSTICO
TRATAMENTO
• Mulheres com infecção primária durante a gravidez ou com infecção
recorrente grave devem ser tratadas com aciclovir.
• ≥ 36 semanas de IG - terapêutica supressiva com antivíricos (aciclovir)
em mulheres que tiveram lesões herpéticas durante a gravidez.
• Tratamento sintomático
Prevenção
• Informar a puérpera que pode amamentar o seu bebé, pois o vírus não é
eliminado através do leite.
• Informar a utente que não deve ter relações sexuais quando estiver com
lesões
Varicela e Herpes Zoster
Varicela e Herpes Zoster
• Via de Transmissão
• Secreções respiratórias
• Vesículas cutâneas
• Período incubação
Vírus Varicela Zoster • 13-17 dias (período de transmissão
(Grupo dos Herpes vírus)
começa dois dias antes do
aparecimento das lesões cutâneas,
termina com o aparecimento das
crostas)
A
• Febre varicela
Na grávida
• Mialgias materna
Evolução benigna apenas
•
SINTOMATOLOGIA
Mal-estar
requer
• Exantema internamento
hospitalar
nas
• Pneumonia formas
Mais
Doença sistémica grave • Encefalite graves!!!
(ocorre em 35% dos adultos) • Glomerulonefrite
•M iocardite
•T rombocitopenia
Varicela
No feto
• Atrofias músculo-esqueléticas
• < 20 semanas IG (8,4%)
• Deformações extremidades
Morte fetal
• Lesões cutâneas cicatriciais
SINTOMATOLOGIA
No feto
Perinatal (25-50%)
SINTOMATOLOGIA
Se não imunizada
Imunoglobulina específica VZ (1ªs. 48/96 h)
REFERENCIAR GRÁVIDA!
Varicela
< 20 semanas
Ecografia
Amniocentese
Diagnóstico
> 20 semanas
Imunoglobulina específica VZ (1ªs. 48/96 h)
REFERENCIAR GRÁVIDA!
Varicela
Sífilis Precoce
pallidum
• Sífilis secundária - 6 semanas após o desaparecimento
da úlcera aparece exantema generalizado, que dura
2-6 semanas. Segue-se um período de latência de
• Período semanas ou anos até à fase terciária da sífilis
incubação
– Em média 3
semanas • Sífilis Tardia - com mais de um ano de evolução, não se
observam sinais e sintomas clínicos o seu diagnóstico é
– Pode oscilar
feito através de testes sorológicos. O seu curso poderá
entre os 10 e
ser interrompido com sinais e sintomas da forma
90 dias
secundária ou terciária.
Sífilis
• Transmissão
– Relações sexuais
– Contacto directo com uma lesão infectada
– Inoculação acidental
Vias de Transmissão
Lesão
Sífilis
• Transmissão fetal
– Via transplacentária
Vias de Transmissão
Sífilis primária
Úlcera limpa (designada de cancro)
Gânglio linfático aumentado, único e indolor
Febre baixa
Perda de peso
Sintomatologia na grávida
Mal estar
Alopécia transitória
Sífilis secundária:
Exantema simétrico no corpo
Condilomas nas superfícies húmidas
Mal-estar, cefaleias, anorexia, náuseas, mialgia e fadiga
Sífilis terciária:
Lesões cutâneas localizadas ou difusas
Periostite ou osteíte
Sifílis cardiovascular
Neurossífilis
Sífilis
• Diagnóstico:
• identificação visual (microscopia campo escuro) e
identificação antigénica
• Serologia
Diagnóstico
VDRL +
TPHA - TPHA +
tratamento imediato
Se titulação 4 x
Sífilis
Ostecondrite
Malformações dentárias
Queratite intersticial
Surdez
Sífilis congénita tardia Nariz em sela de montar
Osteíte dos ossos longos
Lesões cardiovasculares
Défice neuropsicológico crónico
Sífilis
Consequências:
Efeitos fetais
Aborto espontâneo
Morte fetal
40% mortalidade fetal/neonatal
Sífilis Congénita
Manifestações teratogénicas:
SÍFILIS:O treponema pallidum pode ser transmitido ao feto por via transplacentária
desde fases muito precoces da gravidez. O risco fetal existe durante quase toda a
gestação.
– ACIU severo
Tratamento
Objectivo:
A cura da infecção materna
Prevenção da sífilis congénita
Prevenção
Via de Transmissão
Secreções respiratórias
Saliva
Transplacentária
Professores
Profissionais de saúde
Doentes com anemias hemolíticas
Imunossupressão
Grávidas com filhos pequenos
Parvovírus B19
Criança
SINTOMATOLOGIA
Febre baixa
Eritema infeccioso
Adulto
Erupção menos intensa que na criança
Adenopatias, artrite e artralgias
Fadiga e depressão, após fase aguda
Parvovírus B19
Feto
Assintomático (90-95%)
Aborto, Morte fetal – por Anemia fetal
Hidrópsia não imune (com anemia)
Miocardiopatia fetal
Parvovírus B19
Resultados possíveis:
IgG+ e IgM - : Imune ao vírus
IgG- e IgM- : Não imune
(repetir o teste dentro de 2-4 semanas)
IgG+/- e IgM+ : Infecção recente
Parvovírus B19
Feto pode
ser
afectado
Observação
Conhecer ecográfica para
Acompanhamento
estado despiste de
imunológico Grávida com comprometimento
da gestante infecção recente fetal – Hidrópsia
Exposição
ao vírus
Parvovírus B19
• Lavar as mãos
• É difícil manter a paciente afastada das crianças suspeitas
durante toda a gestação
• Chamberlain (2004), refere que mesmo em situações de
Prevenção
RPM ??
APPT ??
Estreptococos do grupo B (EGB)
Infecção precoce
• Grávida com (77%)
EGB • Manifestação:
• Ocorre na 1ª Pneumonia –
meningite
semana de vida
Transmissão
vertical durante o
trabalho de parto RN Infectado
e o parto
Estreptococos do grupo B (EGB)
• Factores de risco:
– Cultura pré-natal positiva para EGB nesta gravidez
– Parto prematuro < 37 s gestação
– RPM > 18 horas
– Febre intra-parto > 38ºc
– História positiva de EGB neonatal de inicio precoce anterior
Estreptococos do grupo B (EGB)
Durante a Durante o
gravidez Pesquisa através de TP
esfregaços do terço
inferior da vagina EGB POSITIVO
e do intróito e do
recto
Terapêutica:
Se positivo fazer
Penicilina,
terapêutica e
Ampicilina,
registo no boletim
Eritromicina
da grávida
Via IV
Estreptococos do grupo B (EGB)
Nota:
O tratamento prévio à gravidez ou no seu decurso, de mulheres
assintomáticas colonizadas por EGB, não traz qualquer beneficio para os
RN;
A implementação correcta e completa da terapêutica não eliminará a
totalidade dos casos de infecção perinatal pelo EGB.
Pós-parto
Na mulher assintomática – não existe necessidade de continuar a
terapêutica profiláctica,
Na mulher sintomática com infecção intra-amniótica ou com sépsis
puerperal – antibioterapia de largo espectro.
Candidíase
Agente
Cândida Albicans
Responsável por cerca de 80/92% das candidíases
20% são assintomáticas
Candidíase
Factores predisponentes
Diabetes
Imunossupressão
Gravidez
Corticoterapia
Antibioterapia de largo espectro
Anticoncepção oral
Factores favorecedores
Uso de roupa interior apertada
Banho em piscinas com muito cloro
Uso frequente de pensos diários
Alergia local a perfumes e sabões
Candidíase
Sinais e sintomas
Diagnóstico
Sintomatologia
Observação directa do exsudado fresco
Cultura (identificação específica do fungo)
Candidíase
Grávida
Efeitos Maternos
Agravamento do desconforto causado por prurido e corrimento vaginal
Efeitos Neonatais
Monilíase (“sapinhos”)
Se os fungos presentes na vagina entrarem em contacto com a boca
do bebé
Candidíase
Ter sempre presente que o ideal é prevenir, pelo que se devem ensinar/
reforçar as medidas de auto-cuidado (higiene, vestuário, medicação a
evitar, …)
Agente
Protozoário - Plasmodium (Falsiparum,Vivax, Malariae, Ovale)
Mod.CPD.05
Malária
Vias de transmissão
A malária é transmitida ao homem
através da picada de um vector
infectado Mosquito Anopheles
fêmea
Pontualmente:
Transfusões sanguíneas
Picadas de agulhas infectadas
Transmissão mãe-feto
Malária
Diagnóstico
Suspeita clínica
Contexto epidemiológico
Identificação do agente no sangue
DIAGNÓSTICO
Malária
Nado-morto
6ºCPLEESMO–EnfermagemdaMulheredaFamília/SaúdeMaterna–1ºSem.–Prof.VeraTomás
Mod.CPD.05
Malária
Febre
Hepatomegália
Esplenomegalia
Anemia
Malária
Prevenção
– A profilaxia é um dos aspectos com maior peso no combate à doença.
Agente
Papiloma vírus
Período de incubação
Desconhecido.
verrugas genitais
papilomatose respiratória
HPV condilomatose
volumosos.
Despertar a grávida para estar atenta à possível recidiva das verrugas após o
tratamento.