AULA
Protochordata – Parte I –
Tunicata – Características gerais
objetivos
Pré-requisito
Aula 7 do Módulo 2.
Diversidade Biológica dos Deuterostomados | Protochordata – Parte I – Tunicata –
Características gerais
98 CEDERJ
MÓDULO 2
A notocorda é um bastão flexível de células, que se estende por,
8
AULA
praticamente, toda a região dorsal do corpo do animal, localizando-se
acima do sistema digestório e abaixo do sistema nervoso. Ela serve como
um ponto de apoio para os músculos. Nos protocordados, a notocorda,
essa estrutura de sustentação formada por tecido conjuntivo, não é
substituída por tecido ósseo; portanto, não forma uma coluna vertebral,
como ocorre com os vertebrados.
Cordão nervoso oco. A maioria dos filos estudados até agora
possui um sistema nervoso que se situa na região ventral e é formado
por um cordão duplo e maciço de células. Já entre os protocordados e
os cordados, esse é um cordão dorsal, simples e oco.
As fendas branquiais ou faríngeas, pares, se situam na região
da faringe e exercem função respiratória. Entretanto, nos vertebrados
terrestres, são substituídas por pulmões, durante o desenvolvimento
embrionário.
A cauda pós-anal, muscular, se situa na região posterior do ânus.
Agora que você já conhece, intimamente, as características básicas
dos protocordados e dos cordados, deve estar se questionando como
esses surgiram.
CEDERJ 99
Diversidade Biológica dos Deuterostomados | Protochordata – Parte I – Tunicata –
Características gerais
CLASSIFICAÇÃO
CARACTERÍSTICAS GERAIS
100 CEDERJ
MÓDULO 2
Existe uma faringe perfurada altamente
8
Sifão oral
AULA
desenvolvida; entretanto, no processo de
metamorfose, o tubo nervoso dorsal oco é Sifão atrial
Sifão oral
Tubérculo dorsal
Tentáculos orais
Endóstilo
Lâmina dorsal b
a
Abertura do esôfago
Figura 8.2: (a) Ascídia aberta pelo lado ventral, onde podemos observar a
faringe; (b) vista detalhada das pregas longitudinais dessa faringe.
CEDERJ 101
Diversidade Biológica dos Deuterostomados | Protochordata – Parte I – Tunicata –
Características gerais
Gânglio cerebral
Vesícula sensorial
Sifão atrial
Estatolito
Gânglio visceral
Ocelo
Cesto branquial Átrio
Endóstilo Sifão branquial
Epiderme Nadadeira
Túnica
Ampola Epiderme
a b
Figura 8.3: Morfologia de uma larva-girino de ascídia generalizada; (a) corte longitudinal,
em vista lateral esquerda do corpo; (b) vista da cauda, em corte transversal.
102 CEDERJ
MÓDULO 2
EVOLUÇÃO A PARTIR DE UROCORDADOS
8
AULA
Conhecendo agora as características dos protocordados, uma
pergunta começa a nos intrigar: Como ocorreu a evolução desses
seres para vertebrados? Um pesquisador chamado Garstang, também
intrigado com esse fato, propôs que os vertebrados se originaram de
larvas semelhantes às de tunicados, as quais não sofreram metamorfose
até a fase adulta (pedogênese), desenvolvendo gônadas funcionais e se
reproduzindo. Uma outra hipótese, formulada por um pesquisador
de nome Schaffer, postula que os vertebrados teriam se originado de
larvas semelhantes às de cefalocordados, as quais, como na teoria
de Garstang, não sofreram metamorfose até a fase adulta, desenvolvendo
gônadas funcionais e se reproduzindo. Dessa maneira teriam surgido
os primeiros vertebrados. Embora aceitas por diversos zoólogos, essas
hipóteses permanecem sem provas.
RESUMO
CEDERJ 103
Diversidade Biológica dos Deuterostomados | Protochordata – Parte I – Tunicata –
Características gerais
EXERCÍCIOS
AUTO-AVALIAÇÃO
104 CEDERJ