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Voupassar LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO

Professor Marcos Girão


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I-) ASPECTOS CONTEXTUAIS DO TRÂNSITO BRASILEIRO:

A segurança no trânsito é um problema atual, sério e mundial, mas absolutamente urgente no


Brasil. A cada ano, mais de 33 mil pessoas são mortas e cerca de 400 mil tornam-se feridas ou inválidas em
ocorrências de trânsito. Nossos índices de fatalidade na circulação viária são bastante superiores às dos
países desenvolvidos e representam uma das principais causas de morte prematura da população
economicamente ativa . As ocorrências trágicas no trânsito, grande parte delas previsíveis e, portanto,
evitáveis, consideradas apenas as em áreas urbanas, causam uma perda da ordem de R$ 5,3 bilhões por
ano, valor esse que, certamente, inibe o desenvolvimento econômico e social do país. Estudos demonstram
que os acidentes de trânsito têm um impacto desproporcional nos setores mais pobres e vulneráveis da
população. Estatísticas brasileiras indicam que cerca de 30% dos acidentes de trânsito são atropelamentos,
e causam 51% dos óbitos.

A educação para o trânsito deve ser promovida desde a pré-escola ao ensino superior, por meio de
planejamento e ações integradas entre os diversos órgãos do Sistema Nacional de Trânsito e do Sistema
Nacional de Educação. A educação para o trânsito ultrapassa a mera transmissão de informações. Tem
como foco o ser humano, e trabalha a possibilidade de mudança de valores, comportamentos e atitudes.
Não se limita a eventos esporádicos e não permite ações descoordenadas. Pressupõe um processo de
aprendizagem continuada e deve utilizar metodologias diversas para atingir diferentes faixas etárias e
clientela diferenciada.A educação inclui a percepção da realidade e a adaptação, assimilação e
incorporação de novos hábitos e atitudes frente ao trânsito — enfatizando a co-responsabilidade governo e
sociedade, em busca da segurança e bem-estar.

A mobilidade do cidadão no espaço social, centrada nas pessoas que transitam e não na maneira
como transitam, é ponto principal a ser considerado, quando se abordam as questões do trânsito, de forma
a considerar a liberdade de ir e vir, de atingir o destino que se deseja, de satisfazer as necessidades de
trabalho, de lazer, de saúde, de educação e outras.

Sob o ponto de vista do cidadão que busca melhor qualidade de vida e o seu bem estar social, o
trânsito toma nova dimensão. Deixa de estar associado, de forma preponderante, à idéia de fluidez, de ser
relacionado apenas aos condutores de veículos automotores e de ser considerado como um fenômeno
exclusivo dos grandes centros urbanos, para incorporar as demandas de mobilidade peculiares aos
usuários mais frágeis do sistema, como as crianças, os portadores de necessidades especiais e os idosos.

O verdadeiro papel do estado é assumir a liderança de um grande e organizado esforço nacional


em favor de um trânsito seguro, mobilizando, coordenando e catalisando as forças de toda a sociedade.

Desde a promulgação do Código de Trânsito Brasileiro — CTB em 1997, houve um despertar de


consciência para a gravidade do problema. No entanto, o estágio dessa conscientização e sua tradução em
ações efetivas ainda são extremamente discretos e insuficientes para representar um verdadeiro
enfrentamento da questão.

II-) BREVE HISTÓRICO DA LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO BRASILEIRA

No decorrer de nossa história temos trânsito brasileiro regulamentado pelas seguintes normas:

1) Decreto-lei nº 3.651, de 25 de Setembro de 1941;

2) Lei nº 5.108, de 21 de Setembro de 1966 – C.N.T ( primeiro código de trãnsito do Brasil) ;

3) Decreto nº 62.127, de 16 de Janeiro de 1968 – R.C.N.T e;

4) Desde de 22 de Janeiro de 1988, por força da Lei Federal nº 9.503, de 23 de Setembro de 1997,
encontra-se em vigor o atual CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO - CTB.

O C.T.B. tem por objetivo regulamentar o trânsito nas vias terrestres do territótio nacional, e sua
legislação complementar ( Leis complementares, Decretos, Resoluções, Portarias, Acordos, tratadose

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Convenções Internacionais) se destina a disciplinar, coordenar e controlar o trânsito nas vias públicas do
terrritório nacional.

III-) ASPECTOS DA CF/88 RELATIVOS AO TRÂNSITO

A Constituição Federal de 1988, em seus artigos 22 e 23, fixa as competências dos entes federados no que
tange ao trânsito e transporte, de forma a manter uma unidade de ação e normatização do universo que
envolve o trânsito.

CF/88 – Art. 22. Compete PRIVATIVAMENTE à UNIÃO legislar sobre:

(...)

IX – diretrizes da política nacional de transportes;

XI – TRÂNSITO E TRANSPORTE;

(...)

Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:

(...)

XII – estabelecer e implantar POLÍTICA DE EDUCAÇÃO NO TRÂNSITO;

(...)

IV-) CONCEITO DE TRÂNSITO E VIAS TERRESTRES:

Confome abordamos anteriormente temos no ARTIGO 1º, § 1º do C.T.B. o conceito por ele
determinado de trânsito:

Art. 1º O trânsito de qualquer natureza nas vias terrestres do território nacional, abertas à
circulação, rege-se por este Código.
§ 1º Considera-se trânsito a utilização das vias por PESSOAS, VEÍCULOS e ANIMAIS,
ISOLADOS ou EM GRUPOS, CONDUZIDOS ou NÃO, para fins de circulação, PARADA,
ESTACIONAMENTO e OPERAÇÃO DE CARGA ou DESCARGA.

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A fim de entendermos melhor o conceito de trânsito, faz-se necessário também entendermos o


conceito de VIA TERRESTRE URBANA E RURAL. O gráfico abaixo traz de forma prática o conceito dado
pelo artigo 2º do C.T.B.:

V-) SISTEMA NACIONAL DE TRÂNSITO

6.1. CONCEITO E PRIORIDADES DOS ORGÃOS DO S.N.T:

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6.2. DEVERES DOS ORGÃOS E ENTIDADES DO SNT :


Art. 1º.
§ 2º O TRÂNSITO, EM CONDIÇÕES SEGURAS, é um direito de todos e dever dos órgãos
e entidades componentes do Sistema Nacional de Trânsito, a estes cabendo, no âmbito das
respectivas competências, ADOTAR AS MEDIDAS DESTINADAS A ASSEGURAR ESSE
DIREITO.

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6.3. PRIORIDADES E OBJETIVOS DOS ORGÃOS DO S.N.T.:

6.4. RESPONSABILIDADES DO SNT:

Art. 1º.
§ 3º Os órgãos e entidades componentes do Sistema Nacional de Trânsito respondem,
no âmbito das respectivas competências, OBJETIVAMENTE, por danos causados aos
cidadãos EM VIRTUDE DE AÇÃO, OMISSÃO OU ERRO na execução e manutenção de
programas, projetos e serviços que garantam o exercício do direito do trânsito seguro.

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6.5. ORGANOGRAMA REPRESENTATIVO DO SISTEMA NACIONAL DE TRÂNSITO

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VI-) OBSERVAÇÕES IMPORTANTES:

VII-) COMPETÊNCIAS IMPORTANTES DOS ORGÕAS E ENT. DO SNT:

O Capítulo II do C.T.B. elenca todas as competências dos orgãos e entidades dos SNT e apresentamos a
seguir uma tabela com as competências mais visadas em questões e provas de concursos:

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COMPETÊNCIAS – DESTAQUE DOS ORGÃOS E ENTIDADES DO SNT

ORGÃOS E ENTIDADES COMPETÊNCIAS

I - estabelecer as normas regulamentares referidas neste Código e as


diretrizes da Política Nacional de Trânsito;

II - coordenar os órgãos do Sistema Nacional de Trânsito, objetivando a


integração de suas atividades;

CONTRAN IV - criar Câmaras Temáticas;

( Art. 12 ) VI - estabelecer as diretrizes do regimento das JARI;

VII - zelar pela uniformidade e cumprimento das normas contidas neste


Código e nas resoluções complementares;

VIII - estabelecer e normatizar os procedimentos para a imposição, a


arrecadação e a compensação das multas por infrações cometidas em
unidade da Federação diferente da do licenciamento do veículo;

XIV - dirimir conflitos sobre circunscrição e competência de trânsito no


âmbito da União, dos Estados e do Distrito Federal

II - elaborar normas no âmbito das respectivas competências;

III - responder a consultas relativas à aplicação da legislação e dos


procedimentos normativos de trânsito;

IV - estimular e orientar a execução de campanhas educativas de trânsito;

V - julgar os recursos interpostos contra decisões:


CETRAN’S
a) das JARI;
E b) dos órgãos e entidades executivos estaduais, nos casos de
inaptidão permanente constatados nos exames de aptidão física, mental
COTRANDIFE ou psicológica;

( Art. 14 ) VI - indicar um representante para compor a comissão examinadora de


candidatos portadores de deficiência física à habilitação para conduzir
veículos automotores;

VIII - acompanhar e coordenar as atividades de administração, educação,


engenharia, fiscalização, policiamento ostensivo de trânsito, formação de
condutores, registro e licenciamento de veículos, articulando os órgãos do
Sistema no Estado, reportando-se ao CONTRAN;

IX - dirimir conflitos sobre circunscrição e competência de trânsito no


âmbito dos Municípios;

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JARI’S I - julgar os recursos interpostos pelos infratores;

( Art. 17 ) III - encaminhar aos órgãos e entidades executivos de trânsito e executivos


rodoviários informações sobre problemas observados nas autuações e
apontados em recursos, e que se repitam sistematicamente.

II - proceder à supervisão, à coordenação, à correição dos órgãos


delegados, ao controle e à fiscalização da execução da Política Nacional
de Trânsito e do Programa Nacional de Trânsito
III - articular-se com os órgãos dos Sistemas Nacionais de Trânsito, de
Transporte e de Segurança Pública, objetivando o combate à violência no
trânsito, promovendo, coordenando e executando o controle de ações
para a preservação do ordenamento e da segurança do trânsito;
IV - apurar, prevenir e reprimir a prática de atos de improbidade contra a
fé pública, o patrimônio, ou a administração pública ou privada,
referentes à segurança do trânsito;
VI - estabelecer procedimentos sobre a aprendizagem e habilitação de
condutores de veículos, a expedição de documentos de condutores, de
registro e licenciamento de veículos;
VII - expedir a Permissão para Dirigir, a Carteira Nacional de Habilitação,
os Certificados de Registro e o de Licenciamento Anual mediante
delegação aos órgãos executivos dos Estados e do Distrito Federal;
DENATRAN VIII - organizar e manter o Registro Nacional de Carteiras de Habilitação -
RENACH;
( Art. 19 ) IX - organizar e manter o Registro Nacional de Veículos Automotores -
RENAVAM;
X - organizar a estatística geral de trânsito no território nacional,
definindo os dados a serem fornecidos pelos demais órgãos e promover
sua divulgação;
XI - estabelecer modelo padrão de coleta de informações sobre as
ocorrências de acidentes de trânsito e as estatísticas do trânsito;
XX - expedir a permissão internacional para conduzir veículo e o certificado
de passagem nas alfândegas, mediante delegação aos órgãos executivos
dos Estados e do Distrito Federal;

XXIII - elaborar projetos e programas de formação, treinamento e


especialização do pessoal encarregado da execução das atividades de
engenharia, educação, policiamento ostensivo, fiscalização, operação e
administração de trânsito, propondo medidas que estimulem a pesquisa
científica e o ensino técnico-profissional de interesse do trânsito, e
promovendo a sua realização;
XXIX - prestar suporte técnico, jurídico, administrativo e financeiro ao
CONTRAN.

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I - cumprir e fazer cumprir a legislação e as normas de trânsito, no âmbito
de suas atribuições;

II - realizar o patrulhamento ostensivo, executando operações relacionadas


com a segurança pública, com o objetivo de preservar a ordem,
incolumidade das pessoas, o patrimônio da União e o de terceiros;

III - aplicar e arrecadar as multas impostas por infrações de trânsito, as


medidas administrativas decorrentes e os valores provenientes de estada e
remoção de veículos, objetos, animais e escolta de veículos de cargas
super dimensionadas ou perigosas;

IV - efetuar levantamento dos locais de acidentes de trânsito e dos serviços


de atendimento, socorro e salvamento de vítimas;

V - credenciar os serviços de escolta, fiscalizar e adotar medidas de


POLÍCIA RODOVIÁRIA segurança relativas aos serviços de remoção de veículos, escolta e
FEDERAL transporte de carga indivisível;

( Art. 20 ) VI - assegurar a livre circulação nas rodovias federais, podendo solicitar ao


órgão rodoviário a adoção de medidas emergenciais, e zelar pelo
cumprimento das normas legais relativas ao direito de vizinhança,
promovendo a interdição de construções e instalações não autorizadas;

VII - coletar dados estatísticos e elaborar estudos sobre acidentes de


trânsito e suas causas, adotando ou indicando medidas operacionais
preventivas e encaminhando-os ao órgão rodoviário federal;

VIII - implementar as medidas da Política Nacional de Segurança e


Educação de Trânsito;

IX - promover e participar de projetos e programas de educação e


segurança, de acordo com as diretrizes estabelecidas pelo CONTRAN;

X - integrar-se a outros órgãos e entidades do Sistema Nacional de Trânsito


para fi ns de arrecadação e compensação de multas impostas na área de
sua competência, com vistas à unificação do licenciamento, à simplificação
e à celeridade das transferências de veículos e de prontuários de
condutores de uma para outra unidade da Federação;

XI - fiscalizar o nível de emissão de poluentes e ruído produzidos pelos


veículos automotores ou pela sua carga, de acordo com o estabelecido.

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II - planejar, projetar, regulamentar e operar o trânsito de veículos, de
pedestres e de animais, e promover o desenvolvimento da circulação e da
segurança de ciclistas;

III - implantar, manter e operar o sistema de sinalização, os dispositivos e


os equipamentos de controle viário;
ORGÃOS EXECUTIVOS
RODOVIÁRIOS DE
TRÂNSITO DA UNIÃO, V - estabelecer, em conjunto com os órgãos de policiamento ostensivo de
ESTADOS, DF E trânsito, as respectivas diretrizes para o policiamento ostensivo de
MUNICÍPIOS trânsito;

VI - executar a fiscalização de trânsito, autuar, aplicar as penalidades de


( Art. 21 ) advertência, por escrito, e ainda as multas e medidas administrativas
cabíveis, notificando os infratores e arrecadando as multas que aplicar;

XIV - vistoriar veículos que necessitem de autorização especial para


transitar e estabelecer os requisitos técnicos a serem observados para a
circulação desses veículos.

II - realizar, fiscalizar e controlar o processo de formação, aperfeiçoamento,


reciclagem e suspensão de condutores, expedir e cassar Licença de
Aprendizagem, Permissão para Dirigir e Carteira Nacional de Habilitação,
mediante delegação do órgão federal competente;

III - vistoriar, inspecionar quanto às condições de segurança veicular,


registrar, emplacar, selar a placa, e licenciar veículos, expedindo o
Certificado de Registro e o Licenciamento Anual, mediante delegação do
órgão federal competente;

ORGÃOS EXECUTIVOS DE IV - estabelecer, em conjunto com as Polícias Militares, as diretrizes para o


TRÂNSITO DOS ESTADOS policiamento ostensivo de trânsito;
E DF
V - executar a fiscalização de trânsito, autuar e aplicar as medidas
( Art. 22 ) administrativas cabíveis pelas infrações previstas neste Código,
excetuadas aquelas relacionadas nos incisos VI e VIII do art. 24, no
exercício regular do Poder de Polícia de Trânsito;

VI - aplicar as penalidades por infrações previstas neste Código, com


exceção daquelas relacionadas nos incisos VII e VIII do art. 24, notificando
os infratores e arrecadando as multas que aplicar;

VIII - comunicar ao órgão executivo de trânsito da União a suspensão e a


cassação do direito de dirigir e o recolhimento da Carteira Nacional de
Habilitação;

XIV - fornecer, aos órgãos e entidades executivos de trânsito e executivos


rodoviários municipais, os dados cadastrais dos veículos registrados e dos
condutores habilitados, para fi ns de imposição e notificação de
penalidades e de arrecadação de multas nas áreas de suas competências;

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II - planejar, projetar, regulamentar e operar o trânsito de veículos, de
pedestres e de animais, e promover o desenvolvimento da circulação e da
segurança de ciclistas;

III - implantar, manter e operar o sistema de sinalização, os dispositivos e


os equipamentos de controle viário;

V - estabelecer, em conjunto com os órgãos de polícia ostensiva de


trânsito, as diretrizes para o policiamento ostensivo de trânsito;

VI - executar a fiscalização de trânsito, autuar e aplicar as medidas


administrativas cabíveis, por infrações de circulação, estacionamento e
parada previstas neste Código, no exercício regular do Poder de Polícia de
Trânsito;

VII - aplicar as penalidades de advertência por escrito e multa, por


ORGÃOS E ENTIDADES infrações de circulação, estacionamento e parada previstas neste Código,
EXECUTIVOS DE notificando os infratores e arrecadando as multas que aplicar;
TRÂNSITO DOS
MUNICÍPIOS VIII - fiscalizar, autuar e aplicar as penalidades e medidas administrativas
cabíveis relativas a infrações por excesso de peso, dimensões e lotação
( Art. 24 )
dos veículos, bem como notificar e arrecadar as multas que aplicar;

IX - fiscalizar o cumprimento da norma contida no art. 95, aplicando as


penalidades e arrecadando as multas nele previstas;

X - implantar, manter e operar sistema de estacionamento rotativo pago


nas vias;

XVI - planejar e implantar medidas para redução da circulação de veículos e


reorientação do tráfego, com o objetivo de diminuir a emissão global de
poluentes;

XVII - registrar e licenciar, na forma da legislação, ciclomotores, veículos


de tração e propulsão humana e de tração animal, fiscalizando, autuando,
aplicando penalidades e arrecadando multas decorrentes de infrações;

XVIII - conceder autorização para conduzir veículos de propulsão humana e


de tração animal;

POLÍCIAS MILITARES DOS III - executar a fiscalização de trânsito, quando e conforme convênio
ESTADOS E DF firmado, como agente do órgão ou entidade executivos de trânsito ou
executivos rodoviários, concomitantemente com os demais agentes
( Art. 23 ) credenciados;

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EXERCÍCIOS

I-) Acerca do C.T.B julgue os itens a seguir:

1. ( ) Estabelecer as normas regulamentares referidas neste Código e as diretrizes da Política Nacional


de Trânsito, compete ao CETRAN.

2. ( ) Compete às JARI solicitar aos órgãos e entidades executivos de trânsito e executivos rodoviários
informações complementares relativas aos recursos, objetivando uma melhor análise da situação recorrida.

3. ( ) É objetivo básico do Sistema Nacional de Trânsito estabelecer diretrizes da Política Nacional de


Trânsito, com vistas à segurança, à fluidez, ao conforto, à defesa ambiental e à educação para o trânsito, e
fiscalizar seu cumprimento.

4. ( ) O Sistema Nacional de Trânsito é o conjunto de órgãos e entidades da União, dos Estados, do


Distrito Federal e dos Municípios que tem por finalidade o exercício das atividades de planejamento,
administração, normatização, pesquisa, registro e licenciamento de veículos, formação, habilitação e
reciclagem de condutores, educação, engenharia, operação do sistema viário, policiamento, fiscalização,
julgamento de infrações e de recursos e aplicação de penalidades.

5. ( ) Considera-se trânsito a utilização das vias por pessoas, veículos e animais, isolados ou em
grupos, conduzidos ou não, para fins de circulação, parada, estacionamento e operação de carga ou
descarga.

6. ( ) O Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN, com sede no Distrito Federal e presidido pelo
dirigente do órgão máximo executivo de trânsito da União, compõem-se de um representante do Ministério
da Ciência e Tecnologia um representante do Ministério da Educação, um representante do Ministério do
Exército, um representante do Ministério do Meio Ambiente e da Amazônia Legal, um representante do
Ministério das Cidades e um representante do Ministério da Saúde.

7. ( ) Entenda-se por condomínios constituídos por unidades autônomas aqueles edificados


horizontalmente, fechados e que mesmo possuindo controle de acesso possuem vias de circulação interna.
No entanto, deve ficar claro que a circulação em Shoppings, canteiros de obras, propriedades privadas
(particulares), não são regidas pelo C.T.B.

8. ( ) Normas são instituídas pelo CONTRAN, e procedimentos são estabelecidos pelo DENATRAN.

9. ( ) A responsabilidade a que se submetem os órgãos e entidades componentes do Sistema Nacional


de Trânsito quando causarem dano ao cidadão é a responsabilidade SUBJETIVA INTEGRAL.

10. ( ) A Polícia Rodoviária Federal está subordinada ao Ministério dos Transportes.

11. O Sistema Nacional de Trânsito é composto pelos seguintes órgãos e entidades:

a) CONTRAN, CETRAN, COTRANDIFE


b) Órgãos e entidades executivos de trânsito da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios.
c) Órgãos e entidades executivos rodoviários de trânsito da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos
Municípios.
d) Polícia Rodoviária Federal, Polícias Militares dos Estados e do Distrito Federal, Juntas Administrativas de
Recursos e Infrações.
e) As alternativas se completam

12. Estabelecer diretrizes da Política Nacional de Trânsito é um dos objetivos básicos do:

a) CONTRAN
b) DENATRAN
c) DENATRAN
d) SISTEMA NACIONAL DO TRÂNSITO
e) CETRAN

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13. Arrecadar os valores provenientes de estada e remoção de veículos, objetos e animais no âmbito
das estradas e rodovias federais, é competência:

a) Dos Municípios e dos Estados


b) Dos Estados e do Distrito Federal
c) Do DENATRAN
d) Da Polícia Rodoviária Federal
e) Do Distrito Federal

14. Além de um representante do ministério ou órgão coordenador máximo do Sistema Nacional de


Trânsito, o CONTRAN apresenta em sua composição um representante de cada um dos ministérios:

a) Da Ciência e Tecnologia
b) Da Defesa
c) Do Meio Ambiente
d) Do Transportes e da Saúde.
e) As alternativas se completam

15. Das alternativas abaixo qual não incide as regras da Lei 9.503/97:

a) Praias não abertas ao público


b) Caminhões
c) Vias de trânsito rápido
d) Vias internas dos condomínios

GABARITO:

1. E 6. E 11. E

2. C 7. C 12. E

3. C 8. C 13. D

4. E 9. E 14. E

5. C 10. E 15. A

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I-) CLASSIFICAÇÃO DAS VIAS TERRESTRES NO CTB:

Revisando o conceito de vias, segundo o CTB, estudado na aula anterior temos:

Art. 2º São vias terrestres urbanas e rurais as ruas, as avenidas, os logradouros, os caminhos, as
passagens, as estradas e as rodovias, que terão seu uso regulamentado pelo órgão ou entidade com
circunscrição sobre elas, de acordo com as peculiaridades locais e as circunstâncias especiais.

Parágrafo único. Para os efeitos deste Código, são consideradas vias terrestres as praias abertas à
circulação pública e as vias internas pertencentes aos condomínios constituídos por unidades
autônomas.

Podemos neste primeiro momento dividir AS VIAS TERRESTRES ABERTAS À CIRCULAÇÃO em vias
MANTIDAS PELO PODER PÚBLICO e VIAS MANTIDAS POR PARTICULARES:

2-) VIAS MANTIDAS PELO PODER PÚBLICO:

Neste estudo vamos destacar as classificações e subclassificações que têm sido objeto de concursos
público.

1.2.1-)VIAS TERRESTRES RURAIS ( Anexo I – CTB )

As vias classificam-se em:


a) RODOVIAS: são vias rurais pavimentadas

b) ESTRADAS: são vias rurais não pavimentadas

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Tipos de Vias Rurais Existe pavimento ?

RODOVIA SIM

ESTRADA NÃO

Perceba que o elemento caracterizador dessas vias é o PAVIMENTO, que deve ser entendido como
qualquer beneficiamento feito à via, como, ASFALTO, CONCRETO, etc

1.2.1-)VIAS TERRESTRES URBANAS ( Anexo I – CTB )

AS vias urbanas classificam-se em:

a) VIA DE TRÂNSITO RÁPIDO - aquela caracterizada por acessos especiais com trânsito livre, sem
interseções em nível, sem acessibilidade direta aos lotes lindeiros e sem travessia de pedestres em nível.

b) VIA ARTERIAL - aquela caracterizada por interseções em nível, geralmente controlada por semáforo,
com acessibilidade aos lotes lindeiros e
às vias secundárias e locais, possibilitando o trânsito entre as regiões da cidade.

c) VIA COLETORA - aquela destinada a coletar e distribuir o trânsito que tenha necessidade de entrar ou
sair das vias de trânsito rápido ou arteriais, possibilitando o trânsito dentro das regiões da cidade.

d) VIA LOCAL - aquela caracterizada por interseções em nível não semaforizadas, destinada apenas ao
acesso local ou a áreas restritas.

Quanto à classificação das vias urbanas, percebe-se que os elementos caracterizadores são
o semáforo e o cruzamento (interseção em nível), que têm o condão de retardar o trânsito em determinado
sentido.

Tipos de Vias Urbanas Há semáforo? Há cruzamento? Característica adicional

Via de Trânsito Rápido NÃO NÃO

Via Arterial SIM SIM Liga bairros (região)

Via Coletora SIM SIM Está dentro de um bairro (região)

Via Local NÃO SIM

1.2-) VIAS MANTIDAS POR PARTICULARES:

As vias particulares que têm aplicação do CTB são apenas os condomínios constituídos por unidades

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autônomas, que estão regulamentados em apenas dois dispositivos do CTB, mais especificamente em
seus artigos 20, parágrafo único e 51 abaixo citado:

Art. 51. Nas vias internas pertencentes a condomínios constituídos por unidades autônomas, a
sinalização de regulamentação da via será implantada e mantida às expensas do condomínio, após
aprovação dos projetos pelo órgão ou entidade com circunscrição sobre a via.

Perceba que o tema foge à regra, uma vez que o CTB, por ser uma lei administrativa e,
consequentemente, regular à.atividade da administração pú blica, não deveria estar fazendo menção à
propriedade particular; com isso, como os dispositivos são normas de exceção, devemos interpretá-
los de maneira restritiva, pois, caso contrário, daremos uma abrangência à norma de forma distinta
daquela desejada pelos representantes do Povo.
Por outro lado, enquadrando-se os condomínios dentro da definição de via, temos aqui unia área
que, embora de propriedade particular, não têm os condôminos ingerência sobre ela, como para fechá-la,
por exemplo, uma vez que o interesse público se sobrepõe aos interesses dos particulares
proprietários, restando-nos concluir que tais áreas devem sofrer limitações administrativas, para que
seus proprietários não possam dispor delas. Acredito que tais regulamentações levam existir em locais que
ocupem uma posição estratégica dentro de uma municipalidade.
Sendo assim, fica fácil notar que não há aplicação do CTB em pátios de postos de gasolina,
estacionamentos de Shopping Centers, embora se tenha a sensação de que se referem a vias terrestres
abertas à circulação. Vamos dar duas razões pra confirmar o que foi exposto acima: em primeiro lugar,
quando falamos em vias terrestres abertas à circulação, estamos nos referindo a vias terrestres abertas de
forma incondicional, o que não acontece com os shoppings, que têm seus portões fechados às 22 horas, a
critério de seu proprietário; em segundo lugar, o CTB faz apenas fez menção a uma propriedade particular
com aplicação do CTB, que são os condomínios, não se admitindo interpretação extensiva.

II-) LIMITES DE VELOCIDADE NAS VIAS TERRESTRES NO CTB:

Em primeiro lugar, analisemos o Art. 61 e seus parágrafos 1º e 2º a fim de pensarmos na questão das
normas de sinalização de velocidade máxima e mínima nas vias terrestres urbanas e rurais:

Art. 61. A velocidade máxima permitida para a via será indicada por meio de sinalização, obedecidas
suas características técnicas e as condições de trânsito.

A responsabilidade na regulamentação da velocidade máxima para cada tipo de via é da


autoridade de trânsito executiva ou rodoviária, com circunscrição sobre o local.

Segundo o que regula o Art.61 em seu parágrafo 1º :

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Ao analisar o esquema acima, e seu referente artigo, concluímos que quando estivermos
transitando em vias urbanas, independentemente do veículo que estivermos conduzindo, o limite de
velocidade será o mesmo. De forma diferente, quando estivermos trafegando em vias rurais
classificadas como rodovias, como se verá abaixo, a velocidade máxima dependerá do tipo de veículo que
estivermos conduzindo. Já quando a via rural for classificada como estrada, o limite de velocidade
será o mesmo, para todos os tipos de veículos.
No Brasil não há limite máximo de velocidade, pois o parágrafo primeiro regula o limite quando não
houver sinalização regulamentar e o parágrafo segundo – reproduzido abaixo - deixa a cargo do órgão ou
entidade de trânsito ou rodoviário com circunscrição sobre a via, a regulamentação de velocidade, a qual
poderá ser superior ou inferior às estabelecidas no § 1°.

“ § 2º O órgão ou entidade de trânsito ou rodoviário com circunscrição sobre a via poderá


regulamentar, por meio de sinalização, velocidades superiores ou inferiores àquelas estabelecidas
no parágrafo anterior.”

A velocidade máxima estabelecida na norma apenas será a referência nas vias não sinalizadas, uma
vez que se houver a sinalização, esta terá prevalência sobre as velocidades da norma. Desse modo,
dois comentários são relevantes diante do exposto: primeiro, quando as autoridades
competentes forem sinalizar uma via, com os limites regulamentares de v elocidade, dev em ter
como ref erência os do esquema acima , podendo como já vimos, variar em torno desses valores,
para mais ou para menos, de acordo com as condições operacionais da via; e como segundo
comentário temos o fato que, em provas, as bancas examinadoras exploram o conheci mento
deste tópico para saber se o candidato saberia tipificar na infração de excesso de velocidade
prevista no artigo 218 do CTB.

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Por fim, no que tange ainda sobre limites de velocidade temos ainda o ART. 62 DO CTB que normatiza a
respeito da VELOCIDADE MÍNIMA a ser praticada nas vias:

Art. 62. A velocidade mínima não poderá ser inferior à metade da velocidade máxima estabelecida,
respeitadas as condições operacionais de trânsito e da via.

III-) OS PEDESTRES E O C.T.B. (CAP. IV)


Antes de começarmos uma análise da atenção dada aos PEDESTRES pelo C.T.B. vejamos
primeiramente alguns conceitos de passeios, passarelas, obras de arte e pista de rolamento segundo
seu ANEXO I :

a) PASSEIO - parte da calçada ou da pista de rolamento, neste último caso, separada por pintura ou
elemento físico separador, livre de interferências,destinada à circulação exclusiva de pedestres e,
excepcionalmente, de ciclistas.
b) PASSARELA - obra de arte destinada à transposição de vias, em desnível aéreo, e ao uso de pedestres.

c) PISTA - parte da via normalmente utilizada para a circulação de veículos, identificada por elementos
separadores ou por diferença de nível em relação às calçadas, ilhas ou aos canteiros centrais.

Ao estudar o C.T.B., podemos claramente perceber a preocupação do legislador or iginário com


os pedestres tendo como amparo legal sempre o que diz a regra do seu Art. 29, § 2º :

Art. 29
§ 2º Respeitadas as normas de circulação e conduta estabelecidas neste artigo, em ordem
decrescente, OS VEÍCULOS DE MAIOR PORTE SERÃO SEMPRE RESPONSÁVEIS PELA
SEGURANÇA DOS MENORES, OS MOTORIZADOS PELOS NÃO MOTORIZADOS E, JUNTOS, PELA
INCOLUMIDADE DOS PEDESTRES.

Em seu Art. 68, do Capítulo IV que trata especialmente de normas de circulação do pedestre temos:

Art. 68. É assegurada ao PEDESTRE a utilização dos PASSEIOS ou PASSAGENS


APROPRIADAS das vias urbanas e dos acostamentos das vias rurais para circulação, podendo a
autoridade competente permitir a utilização de parte da calçada para outros fins, desde que não seja
prejudicial ao fluxo de PEDESTRES.

Na seção seguinte, temos um detalhamento dos outros artigos deste capítulo, de forma
esquematizada.

3.1 - ) SENTIDO DE CIRCULAÇÃO DOS PEDESTRES

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Art. 68 caput :

EM VIAS URBANAS DEVEM TRANSITAR POR PASSEIOS (CALÇADAS) E


PASSAGENS APROPRIADAS (PASSARELAS)

EM VIAS RURAIS DEVEM TRANSITAR PELO ACOSTAMENTO

Art. 68. § 2º :

EM VIAS URBANAS NÃO HAVENDO EM VIAS RURAIS NÃO HAVENDO ACOSTAMENTO


PASSEIOS OU PASSAGENS

CIRCULAÇÃO PELA DE ROLAMENTO (PRIORIDADE


CIRCULAÇÃO PELA PISTA DE ROLAMENTO SOBRE OS VEÍCULOS)
(PRIORIDADE SOBRE OS VEÍCULOS)

BORDOS DA PISTA
BORDOS DA PISTA

EM FILA ÚNICA

EM FILA ÚNICA

(EXCETO EM LUGARES PROIBIDOS PELA


SINALIZAÇÃO) EM SENTIDO CONTRÁRIO AO DESLOCAMENTO DE
VEÍCULOS

(EXCETO EM LUGARES PROIBIDOS PELA


SINALIZAÇÃO)

3.1- ) OBSERVAÇÕES IMPORTANTES:

Importante observarmos o que informa e regula os § 5º E 6º do Art. 69:

§ 5º Nos trechos urbanos de vias rurais e nas obras de arte a serem construídas, deverá ser previsto
passeio destinado à circulação dos pedestres, que não deverão, nessas condições, usar o
acostamento.

Obras de arte são os viadutos, pontes e túneis. As vias rurais (rodovias e estradas, poderão ter
trechos urbanos (delimitados pelo Plano Diretor do Município). Todavia, permanecerão sendo vias
rurais, para todos os fins. Neste parágrafo há determinação relativa à segurança para os pedestres, nas
obras de arte a serem construídas em rodovias, nos trechos urbanos.

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§ 6º Onde houver obstrução da calçada ou da passagem para pedestres, o órgão ou entidade com
circunscrição sobre a via deverá assegurar a devida sinalização e proteção para circulação de
pedestres.

Quando vai se construir ou reformar uma calçada ou passarela, deverá ser reservado e si nalizado
tini lugar adequado para a circulação segura dos pedestres. Esta obrigação é do órgão com circunscrição
sobre a via.

3.1- ) NORMAS DE CIRCULAÇÃO PARA OS PEDESTRES :

A preocupação do legislador sempre foi priorizar a segurança do pedestre. Contudo a ele,


também cumpre zelar pela sua segurança e cumprir algumas normas. Aliás, o legislador também fez
previsão de infrações de trânsito para os pedestres que descumprirem suas obrigações, conforme veremos
na aula sobre infrações de trânsito. Segue, portanto, logo abaixo ilustrações que remetem aos Art. 69 e 70
do C.T.B.

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III-) O CIDADÃO E O C.T.B. (CAP. V)

Art. 72. Todo cidadão ou entidade civil tem o direito de solicitar, por escrito, aos órgãos ou entidades
do Sistema Nacional de Trânsito, sinalização, fiscalização e implantação de equipamentos de
segurança, bem como sugerir alterações em normas, legislação e outros assuntos pertinentes a este
Código.

Todo cidadão, individualmente ou através de uma entidade civil representativa, tem o direito de
solicitar sinalização, fiscalização e implantação de equipamentos de segurança, bem como sugerir
alterações em normas deste Código. Tal solicitação deverá ser por escrito e protocolada, para, se for
o caso, cobrar respostas. O artigo seguinte diz que os órgãos do Sistema Nacional de Trânsito têm o
dever de analisar as solicitações e responder, também por escrito, dentro de prazos estabelecidos, se
atenderá ao pleito ou não, e o porquê.

Art. 73. Os órgãos ou entidades pertencentes ao Sistema Nacional de Trânsito têm o dever de
analisar as solicitações e responder, por escrito, dentro de prazos mínimos, sobre a possibilidade ou
não de atendimento, esclarecendo ou justificando a análise efetuada, e, se pertinente, informando ao
solicitante quando tal evento ocorrerá.

Parágrafo único. As campanhas de trânsito devem esclarecer quais as atribuições dos órgãos e
entidades pertencentes ao Sistema Nacional de Trânsito e como proceder a tais solicitações.

Este parágrafo determina aos órgãos do Sistema Nacional de Trânsito que esclareçam à
comunidade quais as atribuições de cada órgão, principalmente nas campanhas educativas de
trânsito. Esta providência deve-se ao fato de que poucas pessoas sabem quais são os órgãos que
Lidem o Sistema Nacional de Trânsito e quais as atribuições de cada um deles, tendo dúvidas a
reseito de a quem se dirigir para solicitar determinadas providências.

IV-) A EDUCAÇÃO PARA O TRÂNSITO (CAP. VI)


Um diferencial significativo deste Código, em relação ao antigo Código Nacional de Trânsito, diz
respeito à inclusão de um capítulo específico para tratar de Educação para o Trânsito. Os legisladores já
fizeram sua parte. O CONTRAN já editou a Res. 30/98, que dispõe sobre campanhas permanentes de
segurança no trânsito, onde devem ser desenvolvidos temas específicos relacionados com os fatores de
risco e coma produção dos acidentes de trânsito, tais como: acidentes com pedestres, ingestão de
álcool, excesso de velocidade, segurança veicular, equipamentos obrigatórios e seu uso correto. Agora,
resta aos demais órgãos e entidades integrantes do Sistema Nacional cumprirem seu papel.
Embora muito caminho ainda se tenha de percorrer para a efetivação do tema tratado neste capitulo,
paulatinamente vê-se que a Educação para o Trânsito começa a tomar corpo e efetivamente o caminho a
ser seguido. A Lei está aí, basta cumpri-la. Não há dúvida que já está auxiliando, e muito fará pela
segurança viária, principalmente em relação a crianças e idosos, por exemplo.

Art. 74. A educação para o trânsito é direito de todos e constitui dever prioritário para os
componentes do Sistema Nacional de Trânsito.

Assim como a Segurança Pública é um direito de todos, o é a Educação para o Trânsito. E mais, a
Educação para o Trânsito constitui um dever prioritário para os sete órgãos que compõem o Sistema
Nacional de Trânsito, como visto no art. 7º. Cada representante de órgão de trânsito que, tenha a
possibilidade de ter contato com as pessoas em seu ofício deverá atuar no sentido da educação

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para o trânsito.

§ 1º É obrigatória a existência de coordenação educacional em cada órgão ou entidade componente


do Sistema Nacional de Trânsito.

§ 2º Os órgãos ou entidades executivos de trânsito deverão promover, dentro de sua estrutura


organizacional ou mediante convênio, o funcionamento de Escolas Públicas de Trânsito, nos moldes
e padrões estabelecidos pelo CONTRAN.

Assim como a Segurança Pública é um direito de todos, o é a Educação para o Trânsito. E mais, a
Educação para o Trânsito constitui um dever prioritário para os sete órgãos que compõem o Sistema
Nacional de Trânsito, como visto no art. 74. Cada representante de órgão de trânsito que, tenha a
possibilidade de ter contato com as pessoas em seu ofício deverá atuar no sentido da educação
para o trânsito.
Após quase sete anos de vigência desta Lei, o CONTRAN regulamentou o artigo, através da Res.
207/06, a qual estabelece critérios de padronização das Escolas Públicas de Trânsito, as quais destinam-
se prioritariamente à execução de cursos, ações e projetos educativos, voltados para o exercício da
cidadania no trânsito.
Dentre as competências da Escola Pública de Trânsito, previstas no art. 6° da citada resolu ção,
está a de indicar educadores de trânsito para constituir seu quadro técnico; incenti var e promover a
produção de conhecimento e de ações locais e inclusive organizar e manter biblioteca especializada.
Cumpre destacar ainda a Res. 265/07, a qual, considerando o disposto na Política Nacional de
Trânsito (Res. 166/04) e sua diretriz que visa aumentar a segurança e promover a educação para o
trânsito junto às instituições de ensino, instituiu a formação teórico-técnica do processo de habilitação de
condutores, como atividade extracurricular em escolas de ensino médio, de acordo com os conteúdos
estabelecidos na Res. 168/04.

Art. 75. O CONTRAN estabelecerá, anualmente, os temas e os cronogramas das campanhas de


âmbito nacional que deverão ser promovidas por todos os órgãos ou entidades do Sistema Nacional
de Trânsito, em especial nos períodos referentes às férias escolares, feriados prolongados e à
Semana Nacional de Trânsito.

No ano de 2007, embora já tardiamente, o CONTRAN estipulou os temas e cronograma de execução


das campanhas de educação para o trânsito de âmbito nacional, através da Res. 240/07.

§ 1º Os órgãos ou entidades do Sistema Nacional de Trânsito deverão promover outras campanhas


no âmbito de sua circunscrição e de acordo com as peculiaridades locais.

§ 2º As campanhas de que trata este artigo são de caráter permanente, e os serviços de rádio e
difusão sonora de sons e imagens explorados pelo poder público são obrigados a difundi-las
gratuitamente, com a freqüência recomendada pelos órgãos competentes do Sistema Nacional de
Trânsito.

O art. 326 diz o seguinte:

"A SEMANA NACIONAL DE TRÂNSITO SERÁ COMEMORADA ANUALMENTE NO PERÍODO


COMPREENDIDO ENTRE 18 E 25 DE SETEMBRO".

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Art. 76. A educação para o trânsito será promovida na pré-escola e nas escolas de 1º, 2º e 3º graus,
por meio de planejamento e ações coordenadas entre os órgãos e entidades do Sistema Nacional de
Trânsito e de Educação, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, nas
respectivas áreas de atuação.

Parágrafo único. Para a finalidade prevista neste artigo, o Ministério da Educação e do Desporto,
mediante proposta do CONTRAN e do Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras,
diretamente ou mediante convênio, promoverá:

I - a adoção, em todos os níveis de ensino, de um currículo interdisciplinar com conteúdo


programático sobre segurança de trânsito;
II - a adoção de conteúdos relativos à educação para o trânsito nas escolas de formação para o
magistério e o treinamento de professores e multiplicadores;
III - a criação de corpos técnicos interprofissionais para levantamento e análise de dados estatísticos
relativos ao trânsito;
IV - a elaboração de planos de redução de acidentes de trânsito junto aos núcleos interdisciplinares
universitários de trânsito, com vistas à integração universidades-sociedade na área de trânsito.

Observe o destaque do tema "Educação para o Trânsito", tanto que o legislador estabele ceu
que será promovido desde a pré-escola, até o nível superior de educação, envolvendo ações
coordenadas entre os órgãos do Sistema Nacional de Trânsito e de educação, da União, dos E stados,
do Distrito Federal e dos Municípios.

Art. 77. No âmbito da educação para o trânsito caberá ao Ministério da Saúde, mediante proposta do
CONTRAN, estabelecer campanha nacional esclarecendo condutas a serem seguidas nos primeiros
socorros em caso de acidente de trânsito.

Parágrafo único. As campanhas terão caráter permanente por intermédio do Sistema Único de Saúde
- SUS, sendo intensificadas nos períodos e na forma estabelecidos no art. 76.

Art. 78. Os Ministérios da Saúde, da Educação e do Desporto, do Trabalho, dos Transportes e da


Justiça, por intermédio do CONTRAN, desenvolverão e implementarão programas destinados à
prevenção de acidentes.

Parágrafo único. O percentual de dez por cento do total dos valores arrecadados destinados à
Previdência Social, do Prêmio do Seguro Obrigatório de Danos Pessoais causados por Veículos
Automotores de Via Terrestre - DPVAT, de que trata a Lei nº 6.194, de 19 de dezembro de 1974, serão
repassados mensalmente ao Coordenador do Sistema Nacional de Trânsito para aplicação exclusiva
em programas de que trata este artigo.

Os valores serão repassados ao Coordenador do Sistema Nacional de Trânsito, o CONTRAN , a


quem cabe a definição das linhas prioritárias dos Programas e Projetos a serem des envolvidos pelos
Ministérios envolvidos, conforme o caput deste artigo. Já ao DENATRAN, caberá a
compatibilização e a consolidação dos projetos desenvolvidos e apresentados pelos referidos
Ministérios, a fim de que seja elaborado o programa de ação do Estado para o cum primento de sua
missão institucional de redução e prevenção de acidentes de trânsito, Nos termos da Res. 143/03.

Art. 79. Os órgãos e entidades executivos de trânsito poderão firmar convênio com os órgãos de
educação da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, objetivando o cumprimento
das obrigações estabelecidas neste capítulo.

O que se tem visto são iniciativas excepcionais, mas isoladas, na forma de auxílio e
contribuição dos agentes de trânsito dos municípios, os Policiais Militares e os Policiais Rodo

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viários Federais, com seus próprios esforços, buscando implantar projetos de educação,
realizando palestras em escolas e comunidades lindeiras às rodovias, na busca incessante de
diminuir os acidentes de trânsito.
No entanto, cumpre ressaltar que a Res. 265/07, considerando o disposto na Política Nacional
de Trânsito (Res. 166/04) e sua diretriz que visa aumentar a segurança e promover a educação para o
trânsito junto às instituições de ensino, instituiu a formação teórico-técnica do processo de habilitação
de condutores, como atividade extracurricular em escolas de ensino médio, de acordo com os
conteúdos estabelecidos na Res. 168/04.
Assim, a escola autorizada expedirá certificado de participação na atividade extracurricular, conforme
anexo IV da Res. 265/07, aos alunos com freqüência igual ou superior a 75% (setenta e cinco por
cento). Tal certificado será encaminhado pela escola para autenticação pelo órgão executivo de trânsito
(DETRAN) que a autorizou. De posse do certificado autenticado, o interessado que quiser obter a
Permissão para Dirigir Veículo Automotor, desde que preenchidos os requisitos do Art. 140 desta Lei,
poderá encaminhar-se ao órgão executivo de trânsito responsável e dar início formal ao processo de
habilitação.

Quando nosso País conseguir implantar, na plenitude, o trânsito será humanizado, pois os futuros
condutores de veículos estarão conscientes da importância da educação e da gentileza no trânsito, desde o
período pré-escolar.

EXERCÍCIOS AULA 02

I-) Acerca do C.T.B julgue os itens a seguir:

1. ( ) Durante uma viagem um condutor pára seu veículo próximo a um posto da PRF e solicita
orientação do agente a respeito da velocidade máxima que deverá atingir na via em virtude da mesma
ser uma via rural sem pavimentação. O agente informa que mesmo que, independente do veículo, a
velocidade máxima a ser atingida é de 60km/h, conforme estabelece o C.T.B.

2. ( ) Ao dirigir uma camioneta em via rural pavimentada, que não possua a sinalização vertical de
velocidade máxima o condutor poderá atingir no máximo 110km/h.

3. ( ) Ao dirigir uma caminhonete em uma via rural não pavimentada e sem sinalização vertical
regulamentadora de velocidade máxima, o condutor não poderá exceder 70 km/h.

I I -) A rel ação fí si ca e ntre mo to ri stas e p ed estres é extremamen te d esfavo rável a


estes. Po r i sso, o CT B vi g en te contempla dispositivos que amenizam essa disparidade.
Nesse sentido, julgue os seguintes itens:

4. ( ) Como forma de atenuar a disparidade física entre pedestres e co ndutores, nas


infrações em que cometerem, apenas estes serão apenados com multa, enquanto aqueles serão
advertidos.

5. ( ) Os pedestres que estiv erem atrav essando uma v ia sobre f aixa para esse f im
que não di sponha de si nalização semafórica terão prioridade de passagem. Nesse aspecto,
o ciclista equipara-se ao pedestre, em direitos e deveres, esteja ele, ou não, desmontado e
empurrando a bicicleta.

6. Circulando em uma via urbana classificada como de trânsito rápido, você s e depara com uma
sinalização verti cal d e r eg u l a men t aç ão d e v el o ci d ad e má xi m a q u e est ab el ec e o l i mi te
d e 6 0 K m/ h p a ra o t r ech o s eg u i n te. A velocidade máxima que você pode imprimir ao seu
veículo para este trecho é:

a) 80Km/h, que é a velocidade máxima estabelecida pelo Código para vias de trânsito rápido.
b) 96Km/h, que é a velocidade máxima estabelecida pelo Código para vias de trânsito rápido
mais a tolerância de até 20%.

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c) 70Km/h, que só poderia ser a regulamentação de trecho posterior a trecho com a
velocidade máxima estabelecida pelo Código.
d) 60Km/h, que é a velocidade regulamentada.
e) 72Km/h, que é a velocidade regulamentada mais a tolerância de até 20%.

III-) Com referência a velocidade, julgue os itens subseqüentes:

7. ( ) Considere a seguinte situação hipotética: Paul o, em uma via urbana art eri al desprov ida
de si nalização regul amentadora de v elocidade, conduzi a seu automóvel a 60 km/h, velocidade
indicada em radar eletrônico instalado adequadamente no local onde se realizava uma blitz. Nessa
situação, por estar trafegando a uma velocidade 50% superior á máxima permitida na via,
Paulo cometeu uma infração de natureza gravíssima.

8. ( ) O CTB def ine 4 tipos de vias urbanas e limites de v elocidade dif erent es para
cada uma delas. As rodovias e estradas são consideradas vias rurais.

9. ( ) O excesso de velocidade é causa de aumento de pena nos delitos de trânsito. A v elocidade


máxima permitida para cada tipo de via, quando indicada por sinalização, poderá
determinar velocidades superiores ou inferiores aos limites estabelecidos, de acordo com as
suas características técnicas e as condições de trânsito.

10. ( ) Considere a seguinte situação hipotética:


Joana conduzia sua camioneta em uma rodovia com condições normais de circulação, em
um trecho que não apresentava regulamentação de velocidade. Cuidadosa com a carga frágil
que transportava - louças de porcelana - desenvolvia uma velocidade de 50 km/h. Nessa situação,
Joana transgrediu o estabelecido no CTB.

I V-) T en d o - s e em vi s ta a c l a s si f i c a ç ão d as v i as a b e r ta s á ci r cu l aç ão e o s n o m e s
d a s m e sm a s ab ai xo , re sp o n d a à s questões abaixo:

I. VIA ARTERIAL

II. RODOVIAS

III. ESTRADAS

IV. VIAS COLETORAS

11. Dos quatro itens acima, são consideradas vias urbanas:

a) I e IV c) II e III
b) I e II d) II e IV

12. Dos quatro itens acima, são consideradas vias rurais:

a) I e IV c) II e III
b) I e II d) II e IV

13. Não havendo sinalização regulamentadora de velocidade, em uma via arterial a velocidade
máxima será de:

a) 80 km/h c) 100 km/h


b) 60 km/h d) 40 km/h

14. Já nas vias de trânsito rápido, não havendo sinalização regulamentadora de velocidade, o

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máximo será de:

a)80 km/h c) 100 km/h


b) 60 km/h d) 110 km/h

15. Em u ma ro do vi a d e pi sta d up l a e d u as fai xas em cad a sen tido , on d e n ão exi ste


p l aca l i mi tand o a velo cid ad e, constitui infração, para um automóvel, transitar à velocidade
de:

a) 40 km/h; d) 90 km/h;
b) 60 km/h; e) 110km/h.
c) 80 km/h;

16. [ Agente de Fiscal. Trans. e Transp. 2008) A velocidade máxima permitida será indicada por meio
de sinalização, obedecidas às características técnicas da via e as condições de trânsito. Onde não
existir sinalização regulamentadora, a velocidade máxima, nas vias urbanas, será a seguinte:

a) Trinta quilômetros por hora, nas vias locais.


b) Quarenta quilômetros por hora, nas vias arteriais.
c) Sessenta quilômetros por hora, nas vias coletoras.
d) Noventa quilômetros por hora, nas vias de trânsito rápido.

17. [ Agente de Fiscal. Trans. e Transp. 2008) A velocidade máxima permitida será indicada por meio
de sinalização, obedecidas às características técnicas da via e as condições de trânsito. Onde não
existir sinalização regulamentadora, a velocidade máxima, nas vias rurais, será a seguinte:

a) Nas estradas, oitenta quilômetros por hora.


b) Nas rodovias, oitenta quilômetros por hora para ônibus e demais veículos de transporte coletivo.
c) Nas rodovias, cento e dez quilômetros por hora para quaisquer veículos tracionados.
d) Nas rodovias, cento e dez quilômetros por hora para automóveis, camionetas e motocicletas.

GABARITO:

1. C 6. A 11. A

2. C 7. E 12. C

3. E 8. C 13. B

4. E 9. C 14. A

5. C 10. C 15. A

16. A 17. D

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I-) SINALIZAÇÃO DE TRÂNSITO

1.1-) INTRODUÇÃO:

Antes de se começar um estudo mais aprofundado da sinalização de trânsito, faz-se necessário


analisar o Art. 89 do C.T.B.

Art. 89. A sinalização terá a seguinte ORDEM DE PREVALÊNCIA:

I - AS ORDENS DO AGENTE DE TRÂNSITO SOBRE AS NORMAS DE CIRCULAÇÃO E OUTROS


SINAIS;

II - AS INDICAÇÕES DO SEMÁFORO SOBRE OS DEMAIS SINAIS;

III - AS INDICAÇÕES DOS SINAIS SOBRE AS DEMAIS NORMAS DE TRÂNSITO.

Importantíssimo que tenhamos substancialmente em mente esta ordem de


preferência. Acima de tudo, não podemos esquecer que, onde o trânsito for controlado
por agentes, suas determinações se sobrepõem sobre quaisquer outros sinais ou normas.
A obrigação de sinalizar e manter em boas condições de visibilidade e legibilidade, durante o dia
e a noite, é do ÓRGÃO EXECUTIVO DE TRÂNSITO OU RODOVIÁRIO com circunscrição sobre a via.
Tal responsabilidade será da concessionária de rodovias, quando esta for pedagiada.
A sinalização destina-se aos condutores de todos os tipos de veículos e também aos pedestres e
sua colocação correta e manutenção adequada são fundamentais para a segurança no trânsito.

Art. 80. Sempre que necessário, será colocada ao longo da via, sinalização prevista neste
Código e em legislação complementar, destinada a condutores e pedestres, vedada a
utilização de qualquer outra.

§ 1º A sinalização será colocada em posição e condições que a tornem perfeitamente visível e


legível durante o dia e a noite, em distância compatível com a segurança do trânsito, conforme
normas e especificações do CONTRAN

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1.2-) PRESERVAÇÃO DA VISIBILIDADE DA SINALIZAÇÃO:

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1.3-) CLASSIFICAÇÃO DOS SINAIS DE TRÂNSITO

Estudaremos agora, de forma bastante detalhada a classificação dos sinais de trânsito. Temos
primeiramente a classificação dos sinais dada pelo Art. 86 do C.T.B. e logo em seguida mostraremos
em detalhes seus tipos e espécies de acordo com a RESOLUÇÃO 160/04 que substituiu o texto do
ANEXO II do C.T.B.

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1.4-) RESPONSABILIDADE PELA SINALIZAÇÃO INSUFICIENTE OU CORRETA

Art. 90. Não serão aplicadas as sanções previstas neste Código por inobservância à
sinalização quando esta for insuficiente ou incorreta.

Aos órgãos responsáveis pela implementação e manutenção da sinalização verti cal e


horizontal, cabe mantê-la em plenas condições de visibilidade, bem como a colocação de forma
correta. Já aos agentes de trânsito, ao observarem que o órgão não cumpriu com es ta
obrigação, cabe comunicar de forma oficial, solicitando a adoção de providências,
principalmente em se tratando de local com alto índice de acidentes ou cometimento de infrações
de trânsito. Da mesma forma, ao agente de trânsito, não cabe fazer autuaçõ es no local, por
motivo de desrespeito a sinalização, quando esta estiver incorreta ou for insuficiente, em
cumprimento ao dispositivo legal do caput deste artigo.

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§ 1º O órgão ou entidade de trânsito com circunscrição sobre a via é responsável pela
implantação da sinalização, respondendo pela sua falta, insuficiência ou incorreta colocação.

§ 2º O CONTRAN editará normas complementares no que se refere à interpretação, colocação


e uso da sinalização.

Aos engenheiros de tráfego, cabe cumprir tais nor mas. Por óbvio, todos somos
sabedores da realidade das nossas rodovias e estradas, bem corno da dificuldade
financeira para recuperá-las e mantê-las. Todavia, ao Estado cabe a responsabilidade
objetiva pelos danos causados pela sinalização incorreta, insuficiente ou inexistente.

II-) C.T.B – CAPÍTULO VIII – ASPECTOS RELEVANTES

Art. 93. Nenhum projeto de edificação que possa transformar-se em pólo atrativo de trânsito
poderá ser aprovado sem prévia anuência do órgão ou entidade com circunscrição sobre a via
e sem que do projeto conste área para estacionamento e indicação das vias de acesso
adequadas.

Esta determinação obriga ao empreendedor que inclua no seu projeto de


edificação com vidas a tornar-se pólo atrativo de trânsito, a exemplo de um shopping
center ou um supermercado, uma área específica e adequada ao estacionamento de
veículos, bem como a indicação das vias de acesso. O projeto deverá ser aprovado pelo
órgão com circunscrição sobre a via.

Art. 94. Qualquer obstáculo à livre circulação e à segurança de veículos e pedestres, tanto na
via quanto na calçada, caso não possa ser retirado, deve ser devida e imediatamente
sinalizado.

O anexo II da Res. 248/07 estabelece a inf ração ao servidor público do órgão


com circunscri ção sobre a v ia, que con st atou a exi st ência do obstácul o e não o
si nalizou. A mult a diária terá o valor de 50% do dia de vencimento ou remuneração
devida enquanto permanecer a irre gularidade.

Parágrafo único. É proibida a utilização das ondulações transversais e de sonorizadores como


redutores de velocidade, salvo em casos especiais definidos pelo órgão ou entidade
competente, nos padrões e critérios estabelecidos pelo CONTRAN.

O objetivo principal e inicial da determinação deste parágrafo é de proibição de


colocação de ondulações transversais e sonorizadores nas vias públicas, com o objetivo
de fazer com que os Condutores de veículos reduzam a velocidade. Outra solução de engenharia
mais adequada deveria ser utilizada, assim como as atividades de fiscalização de
velocidade por agentes de trânsito. Porém, previu exceções, dentro de critérios estabelecidos
pelo CONTRAN.

Art. 95. Nenhuma obra ou evento que possa perturbar ou interromper a livre circulação de
veículos e pedestres, ou colocar em risco sua segurança, será iniciada sem permissão prévia
do órgão ou entidade de trânsito com circunscrição sobre a via.

Tal determinação deve ser observada, em especial pelos órgãos responsáveis pelo
saneamento e telefonia, que dependem de obras na pista de rolamento e deverão ter

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prévia permissão do órgão de trânsito com circunscrição sobre a via, bem como deverão
ter sinalizado adequadamente o local.

§ 1º A obrigação de sinalizar é do responsável pela execução ou manutenção da obra ou do


evento.

§ 2º Salvo em casos de emergência, a autoridade de trânsito com circunscrição sobre a via


avisará a comunidade, por intermédio dos meios de comunicação social, com quarenta e oito
horas de antecedência, de qualquer interdição da via, indicando-se os caminhos alternativos a
serem utilizados.

§ 3º A inobservância do disposto neste artigo será punida com multa que varia entre cinqüenta
e trezentas UFIR, independentemente das cominações cíveis e penais cabíveis.

§ 4º Ao servidor público responsável pela inobservância de qualquer das normas previstas


neste e nos arts. 93 e 94, a autoridade de trânsito aplicará multa diária na base de cinqüenta
por cento do dia de vencimento ou remuneração devida enquanto permanecer a irregularidade.

Obras previsíveis, com interrupção total da via, devem s er comunicadas à autoridade


de trânsito com circunscrição sobre a via, pelo seu responsável, com antecedência, a
fim de que se avise, através de programas de televisão, rádio e jornal, com quarenta e
oito horas de antecedência, a realização da obra e interdição da via, indicando os
caminhos alternativos a serem utilizados. Providência oportuna a ser tomada pela
autoridade de trânsito, diz respeito ao contato prévio com as demais autoridades ou
agentes de trânsito com circunscrição sobre as vias por onde o trânsito será desviado,
para que estejam programados a auxiliar no desvio e com os itinerários bem sinali zados.
Não raras vezes, o trânsito de unia rodovia precisa ser desviado pelas vias urbanas de
uma cidade e, se os agentes de trânsito que ali atuam nã o souberem com antecedência,
poderão não ter condições de prestarem auxílio adequado.
O anexo II da Res. 248/07, estabelece a infração ao servidor público do órgão
com circunscrição sobre a via, responsável por aviso sem a antecedência estabelecida
ou pela sua inexistência. A multa diária terá o valor de 50% do dia de vencimento ou
remuneração devida enquanto permanecer a irregularidade.

EXERCÍCIOS

I - Julgue os itens abaixo conforme estabelecido no Anexo II do CTB – Resolução n° 160/2004 –


CONTRAN

1.( ) As marcas separadoras de faixa de trânsito em vias de duplo sentido de


circulação, quando proibido a um condutor a ultrapassagem, deverão ser respectivamente de cor
amarela e contínua.

2.( ) A sinalização vertical é um subsistema da sinalização viári a que se utiliza de


linhas, marcações, símbolos e legendas pintados ou apostas sobre o pavimento das vias.

3.( ) Os dispositivos auxiliares têm como f unção básica incrementar a visibilidade da


sinalização ou de obstáculos à circulação, ou que requeiram maior atenção de forma a tornar
mais.eficiente e segura a operação da via.

4.( ) As marcas de canalização separam e ordenam as correntes de tráfego, definindo a parte da


pista destinada ao rolamento, a sua divisão em faixas a divisão de fluxos opostos, as faixas de uso
exclusivo de um tipo de veículo, as reversíveis, além de estabelecer as regras de ultrapassagem.

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5. ( ) Sinais luminosos móveis, posicionados verticalmente ao lado da pista, como indicação
de saídas, obras, desvios e velocidade permitida, podem ser regularmente utilizadas nas rodovias
brasileiras e a legislação de trânsito identifica esse tipo de sinalização como painel eletrônico.

6. ( ) As linhas de divisão de fluxos opostos, contínuas ou secionadas, são sempre


brancas. As linhas de bordo podem, excepcionalmente, ser apostas nas cores amarela.

7. ( ) As placas se sinalização vertical, de acordo com suas funções, são classificadas,


podendo ser de Regulamentação de Advertência e Indicação.

8. ( ) De acordo com o Anexo II, do C.T.B., a Sinalização Horizontal tem como padrão,
traçado contínuo, tracejado, seccionado e as inscrições de símbolos e legendas.

9. ( ) Os sinais de trânsito classificam-se somente em verticais, horizontais.

10.( ) A sinalização terá a seguinte ordem de prevalência, as ordens do agente de


trânsito sobre as normas de circulação e outros sinais; as indicações do semáforo sobre
os demais sinais; e as indicações dos sinais sobre as demais normas de trânsito.

11. As placas de sinalização vertical de advertência têm fundo:

a) Azul e símbolos e legendas brancos.


b) Branco e símbolos e legendas pretos.
c) Vermelho e símbolos e legendas prelos.
d) Verde e símbolos e legendas brancos.
e) Amarelo e símbolos e legendas pretos.
i
12. Em uma rodovia de pista única e mão dupla de c rculação a proibição da ultrapassagem
de veículos nos dois sentidos é sinalizada pela linha:

a) Simples seccionada na cor branca.


b) Simples seccionada na cor amarela.
c) Dupla contínua na cor amarela.
d) Dupla, sendo a contínua na cor amarela e a seccionada na cor branca.
e) Dupla, sendo a contínua na cor branca e a seccionada na cor amarela.

II - Em relação a sinalização vertical, julgue os itens a seguir:

13. ( ) É considerado infração o desrespeito às placas de Regulamentação;

14. ( ) A velocidade máxima permitida para a via, é indicada por meio de Placas de Indicação;

15. ( ) "Na dúvida não ultrapasse" é uma mensagem da placa: Educativa;

16. ( ) A frase "Use cinto de segurança" é uma mensagem das placas: Educativas; A placa
"Ônibus, caminhões, veículos de grande porte mantenha à direita" é de: Regulamentação.

III - Em relação a sinalização emitida pelo apito do agente da Autoridade de


Trânsito:

17. ( ) Três silvos breves significa que o condutor deve parar o veículo para ser fiscalizado;
18. ( ) Um silvo longo e um breve significa que o condutor deve parar o veículo;

19. ( ) Um silvo longo significa que o condutor deve diminuir a marcha do veículo;

20. ( ) Dois silvos breves significa que o condutor deve ascender as lanternas do veículo;

21. ( ) Um silvo breve significa que o condutor deve seguir em frente com atenção.

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22. As p l ac as q u ad r ad as, co m u ma d as d i ag o n ai s em p o si ção ve rti cal , co m
sí mb o l o s e l eg en d a s p r eto s e fu n d o amarelo têm a seguinte classificação e objetivo:

a) de advertência - alertam para as condições potencialmente perigosas;


b) de regulamentação - indicam proibições e obrigações;
c) indicativas - informam direções e distâncias;
d) especiais - apontam a ocorrência de situação de emergência;
e) educativas - educam condutores e pedestres quanto ao seu comportamento no trânsito.

23. Sobre os sinais luminosos podemos afirmar que terão como finalidade:

I. controlar o fluxo de veiculas.


lI. controlar o fluxo de pedestres.
III .promover advertência.

Estão corretas:
a) apenas I e III c) apenas II e III;
b) apenas I e II; d) I, I e III.

GABARITO:

1. C 6. E 11. E
2. E 7. C 12. C
3. C 8. C 13. C
4. E 9. E 14. E
5. C 10. C 15. C
16. C 17. E 18. E
19. C 20. E 21. C
22. A 23. D

I-) VEÍCULOS

Esta aula é importante para que o candidato possa conhecer adequadamente a


legislação de trânsito, pois em diversos momentos o CTB refere-se a tipos de veículos sem,
contudo, defini-los. Nesta aula, vamos detalhá-los ao máximo analisando como o legislador e o
CONTRAN trabalharam as possíveis classificações de veículos.

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1.1-) CLASSIFICAÇÃO DOS VEÍCULOS

De acordo com o Art. 96 do C.T.B., Os veículos classificam-se em:

1.1.1. QUANTO À TRAÇÃO


Tração de um veículo é tudo aquilo capaz de fazer o veículo se mover. Neste tópico, vamos
observar que no CTB foram agrupados os veículos que se deslocam por seus próprios meios; os
que são fracionados por animais; os que têm propulsão humana, e aqueles que não se deslocam
por seus próprios meios. As subclassificações deste item são: automotores, elétricos, reboque e semi-
reboque, tração animal e propulsão humana.

Vejamos abaixo cada uma dessas subclassificações:

1.1.1.1. VEÍCULO AUTOMOTOR

Todo veículo a motor de propulsão (gasolina, GNV, diesel, álcool, elétrico, qualquer
que seja o combustível) que circule por seus próprios meios e que serve, normalmente,
para o transporte viário de pessoas e coisas ou para a tração viária de veículos
utilizados para o transporte de pessoas e coisas. O termo compreende os veículos
conectados a uma linha elétrica e que não circulam sobre trilhos (ônibus elétrico).
Perceba que existem veículos elétricos que são automotores e existem veículos
elétricos que não são automotores, a depender se transitam ou não sobre trilhos.

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1.1.1.2. VEICULO ELÉTRICO
Embora não haja no CTB uma definição expressa desses veículos, podemos
extrair do código algumas informações que são suficientes para isso. Sendo assim, aqui
temos os veículos que se deslocam por seus próprios meios e que transitam sobre
trilhos. Como exemplo, encontramos no Anexo I o bonde (veículo de propulsão
elétrica que se move sobre trilhos). Ainda quanto ao bonde, temos no artigo 96, II, a, 10
que somente existe na espécie passageiro.
De acordo com aos artigos 120, 130 e 140 do CTB, é possível extrairmos a
informação de que é possível que sejam exigidos registro e licenciamento de veículos
elétricos, assim como habilitação de seus condutores. Não deve o leitor se perder
nessas informações achando que todos os veículos que transitam sobre trilhos estão
sujeitos à tal disciplina, mas somente aqueles que porventura transitarem em vias
abertas à circulação. Veremos nas próxima aula que tanto o licenciamento quanto a
habilitação são documentos exigíveis nas vias, onde há a aplicação do CTB.
Por fim, aqueles veículos que comumente chamamos de trem não são men-
cionados no CTB; sendo assim poderíamos defini-los de três formas:

* veículos que transitam sobre trilhos, de propulsão elétrica e da espécie carga;


* veículos que transitam sobre trilho, de propulsão que não seja elétrica;
* veículos de propulsão elétrica que se movem sobre trilhos, da espécie
passageiro, porém que não transitam em vias terrestres abertas à circulação.

1.1.1.3. REBOQUE:
Veículo que não se desloca por seus próprios meios, necessitando sempre de um veículo
automotor para tracioná-lo. É destinado a ser engatado atrás de um veículo automotor. É muito
comum as pessoas chamarem erroneamente o acessório "engate" de "reboque", assim como o
"caminhão guincho (veículo destinado ao socorro mecânico de emergência nas vias abertas à
circulação pública) de "reboque". Por fim, perceba que reboque é veículo, sempre tracionado,
que, assim como os automotores e elétricos, está sujeito a registro e licenciamento.

1.1.1.4. SEMI-REBOQUE

Veículo que não se desloca por seus próprios meios, necessitando sempre de um veículo
automotor para tracioná-lo. Apóia-se na sua unidade tratora ou é a ela ligado por meio
de articulação. Note que aqui temos um reboque pela metade, ou seja, somente com
rodas traseiras e, sendo assim, para que esta unidade possa ser tracionada, ela
necessariamente deve se apoiar na unidade tratora, que é, em regra, um
caminhão trator. Perceba que tal qual o reboque o semi-reboque é veículo, sempre
tracionado, e que assim como os automotores e elétricos está sujeito a registro e
licenciamento.

1.1.1.5. TRAÇÃO ANIMAL


Veículo que para se deslocar tem sempre animais à sua frente, que, em regra, são
cavalos, conforme nossas tradições; porém o CTB referiu-se a animais de uma forma
genérica, não definindo quais seriam. Cabe aqui ressaltar que existe a previsão neste
Código que se regulamente o registro, o licenciamento e a autorização para conduzir
esse veículo a ser feita pelo órgão executivo de trânsito do município, após a
elaboração de uma legislação municipal, conforme os artigos 24, XVII e XVIII e 129,
ambos do CTB. Há duas referencias a esse tipo de veículo na legislação, a saber:

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CARROÇA: veículo de tração animal destinado ao transporte de carga;


CHARRETE: veículo de tração animal destinado ao transporte de pessoas.

1.1.1.6. PROPULSÃO HUMANA:

Veículo que, para se deslocar, tem, na sua traseira ou sobre eles, sempre pessoas. Cabe aqui
ressaltar que existe a previsão neste Código que se regula mente o registro, o licenciamento e a
autorização para conduzir esse tipo de veiculo, a ser feita pelo órgão executivo de trânsito do
município, após a elaboração de uma legislação municipal, conforme os artigos 24, XVII e XVIII e
129, ambos do CTB. Ainda quanto aos veículos de propulsão humana, no ANEXO I, temos as
seguintes definições:

BICICLETA - veículo de propulsão humana, dotado de duas rodas, não sendo, para efeito do
CTB, similar à motocicleta, motoneta e ao ciclomotor;
CARRO DE MÃO - veículo de propulsão humana utilizado no transporte de pequenas cargas;
CICLO - veículo de pelo menos duas rodas à propulsão humana.

1.1.2 QUANTO À ESPÉCIE


Como espécie de veículos devemos entender como a carroçaria colocada no veículo. Conto
exemplo, poderíamos imaginar um chassi (parte rígida sobre a qual vai a carroçaria), com tinia
carroçaria para transporte de passageiro (espécie passageiro); se a carroçaria for para o transporte
de carga (espécie carga), se a carroçaria for de funeral (espécie especial). Vejamos então cada uma
de suas espécies delas:

1.1.2.1 VEÍCULOS DE PASSAGEIRO


São os destinados ao transporte de pessoas e suas bagagens. Perceba que bagagem é algo
diferente de carga, uma vez que veículos destinados a transportar pessoas e carga são os mistos.
Embora não tenhamos na legislação de trânsito uma definição do que seria bagagem, poderíamos,
num primeiro momento, defini-la como os pertences pessoais do condutor e passageiro.
Veja abaixo alguns tipos de veículos de passageiros encontrados no ANEXO I do CTB:

AUTOMÓVEL: veiculo automotor destinado ao transporte de passageiros com capacidade para


até oito pessoas, exclusive o condutor, de outra forma, pode transportar até nove pessoas;
MICRO-ÔNIBUS: veículo automotor de transporte coletivo, com capacidade para até vinte
passageiros. Portanto, micro-ônibus é aquele veículo que transporta no mínimo nove passageiros e
no máximo vinte;
ÔNIBUS: veículo automotor de transporte coletivo, com capacidade para mais de vinte passageiros,
ainda que, em virtude de adaptações visando à maior comodidade destes, transporte número menor.

1.1.2.2 VEÍCULOS DE CARGA

É o destinado ao transporte de carga, podendo transportar dois passageiros, exclusive o


condutor.

Veja abaixo alguns tipos de veículos de carga encontrados no ANEXO I do CTB:


CAMINHONETE: veículo destinado ao transporte de carga com peso bruto total de até três mil e
quinhentos quilogramas;

CAMINHÃO: não temos uma definição expressa de caminhão no CTB, porém a resolução 291/08 do

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CONTRAN nos dá a seguinte definição: "veículo automotor destinado ao transporte de carga, com
PBT acima de 3.500 quilos, mas, podendo fracionar ou arrastar outro veículo, desde que tenha
capacidade máxima de tração compatível"

Ainda quanto a, veículos de carga e passageiro, conforme mencionado acima, faz-se


necessário sabermos a diferença entre motocicleta, motoneta e ciclomotor, uma vez que são
alvos de constantes questionamentos.

CARACTERÍSTICAS MOTOCICLETA MOTONETA CICLOMOTOR

NÚMERO DE RODAS 02 02 02/03

VELOCIDADE MONTADO SENTADO QUALQUER


POSIÇÃO

CILINDRADA SEM LIMITE SEM LIMITE NÃO PASSA DE


50 KM/h

HABILITAÇÃO “A“ “A“ “ A ou ACC “

ESPÉCIE PASSAGEIRO PASSAGEIRO PASSAGEIRO

CARGA CARGA

OBRIG. DO USO DO SIM SIM SIM


CAPACETE

Por fim, vamos encerrar este tópico mencionando a definição de quadriciclo,


expresso na resolução 700/88 do CONTRAN, que nos informa que quadriciclo é um veículo de
estrutura mecânica igual à da motocicleta, possuindo eixos dianteiros e traseiro, dotado de
quatro rodas, classificado na espécie passageiro e com cilindrada até 200 cc, devendo possuir
placas dianteira e traseira, no mesmo padrão das da motocicleta. Com a entrada em vigor do
CTB, hoje, existe a possibilidade de termos quadriciclo na espécie carga.

Sendo assim, qualquer outro veículo, parecido com este, mas que fuja às especificações
acima, não poderá transitar na via pública, devendo ser considerado como "brinquedo".

1.1.2.3 VEÍCULO MISTO

Veículo misto é veículo automotor destinado ao transporte simultâneo de carga e passageiro. É


relevante ressaltar que ele transporta três passageiros no mínimo, mais o condutor; caso contrário, se
enquadraria na espécie carga.

Veja abaixo alguns tipos de veículos misto encontrados no ANEXO I do CTB:

CAMIONETA: veículo misto destinado ao transporte de passageiros e carga no mesmo


compartimento, conforme o Anexo I do CTB. Esta definição, embora precisa, é alvo de muitos
questionamentos, uma vez que se pode ter a falsa impressão de que não se transporta simultaneamente
passageiro e carga, o que vem da própria definição de veículo misto. De outra forma, poderí amos
enc errar as c ontrovérs ias vendo a redaç ão da Res oluç ão n° 822 do CONTRAN, de 22/10/1996, que
define a camioneta de uso misto, para efeito de reg istro e licenciamento, como "o veiculo da espécie
misto, não derivado de automóvel, utilizado no transporte simultâneo ou alternativo de carga e
passageiro, num mesmo compartimento, sem alteraç ão das características originais de fabric aç ão,
a não s er a retirada ou rebatimento dos ass entos, prevista pelo fabricante".Cabe ainda ressaltar que na
Resolução n° 291/08 do CONTRAN, que dispõe sobre a concessão de código de marca/modelo/versão para
veículos, em seu Anexo III, há um comentário interessante: ao alterar a lotação de uma camioneta, esta
continua como camioneta até a lotação de nove pessoas (espécie misto). Se transportar dez ou mais de dez
pessoas, sua classificação muda para o tipo micro-ônibus e espécie passageiro.

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UTILITÁRIO: veículo misto caracterizado pela versatilidade do seu uso, inclusive fora de
estrada.

1.1.2.4 VEÍCULO DE COLEÇÃO


É aquele que, mesmo tendo sido fabricado há mais de trinta anos, conserva suas características originais de
fabricação e possui valor histórico próprio. Perceba que um veículo não sai de fábrica na espécie coleção, uma
vez que é uma deliberação do proprietário do veículo registrá-lo nessa espécie, devendo ele, no entanto,
atender a certos requisitos estabelecidos pelo CONTRAN em sua resolução de número 56/98 (alterada pela
Resolução 127/01).
O primeiro passo a ser dado pelo proprietário é providenciar a expedi ção de um certificado de originalidade,
atestando que o veículo cumpre todos os requisitos para ser registrado na nova espécie; este certificado de
originalidade d e v er á s er em i t i d o p or u m a p es s o a j u rí d ic a c r ed en c i ad a p el o DENATRAN. Sendo
assim, as condições necessárias para registrar um veículo como de coleção são:

a) ter sido fabricado há mais de 30 anos;


b) conservar suas características originais de fabricação;
c) integrar uma coleção;
d) apresentar certificado de originalidade.

O Certificado de Originalidade de que trata a letra "d" acima atestará as condições estabelecidas nas letras "a", "b"
e "c", e será expedida por entidade, credenciada e reconhecida pelo DENATRAN, de acordo com o modelo
estabelecido no anexo da referido resolução, sendo o documento necessário para o registro.
A entidade apta a emitir o certificado de originalidade será pessoa jurídica, sem fins lucrativos, e instituída para a
promoção da conservação de automóveis antigos e para a divulgação dessa atividade cultural, de
comprovada atuação nesse setor, respondendo pela legitimidade do certificado que expedir.

1.1.2.5 VEÍCULO DE COMPETIÇÃO (Art. 110)

Para que tenhamos um veículo registrado na espécie competição, é necessária uma


manifestação de seu proprietário no sentido de solicitar ao DETRAN de registro do veículo uma
autorização prévia. O CONTRAN, no anexo da sua resolução 292/08, se posicionou no sentido de que
veículos automotores, inclusive motocicleta, motonetas e ciclomotores poderão ser registrados na
espécie competição. Já na resolução 291/08 temos o seguinte comentário: "as espécies 'competi-
ção’ ou 'coleção’ devem ser registradas com o 'tipo' e 'carroçaria originais do veículo". Enfim,
com o exposto, podemos concluir que dois passos são necessários a fim de registrar um veículo na
espécie competição: o primeiro passo seria a vontade do proprietário, e o segundo seria este se
posicionar no sentido de solicitar uma autorização prévia ao DETRAN de registro do veiculo para que
seja providenciado o registro na nova espécie.

Ainda quanto aos veículos de competição, existem dois modelos que, devido à transformação
sofrida, não poderão transitar na via, a saber: aqueles que sofreram alterações para ficarem mais
potentes, e aqueles que foram construídos exclusivamente para competição (protótipos) e que
também foram citados na legislação de trânsito.
No primeiro caso, ou seja, o veículo que tiver alterada qualquer de suas características para
competição ou finalidade análoga, só poderá circular nas vias públicas com licença especial da
autoridade de trânsito, em itinerário e horário fixados, conforme o art. 110 do CTB. No segundo
caso, estão expressos os veículos protótipos de competição, aqueles que foram fabricados
exclusivamente para esta finalidade e que não necessitam ser diferenciados dos demais po r
quem o fabrica, ou seja, não possuem os elementos de identificação veicular, VIN e VIS, conforme a
resolução n° 24/98 do CONTRAN.

1.1.2.6 TRAÇÃO

Quanto aos tipos de veículos da espécie tração, o CTB se refere ao caminhão-trator, trator de
rodas, trator de esteira e trator misto. Podemos defini-los da seguinte forma:

CAMINHÃO-TRATOR : veículo automotor destinado a tracionar ou arrastar outro veículo,


conforme ANEXO I do CTB. Ainda quanto a caminhões-tratores, estes são citados na resolução
152/03 do CONTRAN, que estabelece os requisitos técnicos de fabricação e instalação de pára-

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choque traseiro para veículos de carga, como exceção, ou seja, os caminhões tratores não
precisam ter seus pára-choques com, faixas reflexivas e rebaixados como os demais veículos
citados nesta resolução.
TRATOR: veículo automotor construído para realizar trabalho agríco la, de construção e
pavimentação e tracionar outros veículos e equipamentos. Quanto aos tipos possíveis, cabem
alguns comentários, a fim de melhorar a sua compreensão, pois a legislação se refere ao
trator de rodas como aquele que possui roda (pneumáticos); ao trator de esteira, aquele que
nos lembra os tanques de guerra, e ao trator misto como aquele que possui esteira e pneus.
Esses veículos, via de regra, não transitam em via pública, não estão sujeitos à identificação
colocada pelo fabricante para diferenciá-los (VIN e VIS); porém, para transitarem na via, devem
estar registrados, licenciados e possuir numeração especial.

1.1.2.7 VEÍCULO ESPECIAL

Veículo da espécie "especial" é aquele que não pertence à espécie passageiro, carga, misto,
competição, tração ou coleção, ou seja, por falta de uma definição expressa, a melhor definição seria
esta. Na verdade, a técnica adotada pelo legislador foi no sentida de não existir veículo sem
classificação quanto à espécie. Sendo assim, o veículo que não se enquadra em nenhuma espécie
(passageiro, carga, misto, competição, tração ou coleção) será classificado na espécie especial.
Na Resolução nº 291/08 do CONTRAN, que dispõe sobre a concessão de código de
marca/modelo/versão para veículos, observamos que o que torna um veículo especial é a sua
carroçaria. Podemos exemplificar da seguinte forma: se sobre um caminhão (plataforma) for montado
um trio elétrico, teremos um veículo TIPO: caminhão, ESPÉCIE: especial, CARROÇARIA: trio elétrico.
Outro exemplo seria o automóvel que se transformou em ambulância ou veículo de funeral; aí
teríamos: veículo TIPO: automóvel, ESPÉCIE: especial e CARROÇARIA: ambulância ou funeral.

o
Há, no Anexo I do CTB, dois veículos que são da espécie especial, conforme o Anexo I da Resolução n 291/08.
Vejamos suas definições:

TRAILER: reboque ou semi-reboque tipo casa, com duas, quatro, ou seis rodas, acoplado ou adaptado à traseira
de automóvel ou camionete, utilizado em geral em atividades turísticas como, alojamento ou para atividades
comerciais. Quando acoplado ao veículo automotor, o condutor, para conduzi-lo, deve possuir habilitação na
categoria "E".
MOTOR-CASA (MOTOR-HOME): veículo automotor, cuja carroçaria é fechada e destinada a alojamento,
escritório, comércio ou finalidades análogas. Para conduzi-lo, o condutor deve possuir habilitação na categoria
"C", conforme Resolução n° 168/04 do CONTRAN.

1.1.3. QUANTO À CATEGORIA

Classificar um veículo quanto à categoria seria mostrar a que se destina determinado veículo ou a que finalidade se
presta. Poderíamos também definir a categoria como a destinação dada ao veículo em caráter de permanência, uma vez que
vem consignada num documento definitivo chamado CRV (certificado de registro de veículo). Como aplicação do exposto
poderíamos exemplificar usando o artigo 154 do CTB, que faz menção aos veículos destinados à aprendizagem, um em caráter
permanente e outro de caráter provisório. Sem maiores explicações poderíamos concluir que somente aquele utilizado em
caráter permanente será da categoria aprendizagem; agora, a eventualidade da aprendizagem (caráter provisório) não tem o
condão de mudar a categoria anterior do veículo. As categorias de veículos previstas no CTB são: oficial; de representação
diplomática, de repartições consulares de carreira ou organismos internacionais acreditados junto ao
governo brasileiro; particular; de aluguel; de aprendizagem.
Cada categoria de veículo apresenta plac a de uma cor; no entanto, lembre-se de que ao mudar de
categoria, um veículo somente muda a cor da placa, permanecendo os mesmos caracteres até sua baixa.
Este tema será mais detalhado mais adiante, que trata da identificação de veículos.

1.1.4. VEÍCULOS DE EMERGÊNCIA E VEÍCULOS PRESTADORES DE SERVIÇOS DE


UTILIDADE PÚBLICA

1. 1. 4. 1. VEÍ CULO S DE EMERG ÊNCI A


Temos duas menções na legislação de trânsito de quais os veículos que seriam veículos de emergência: unia no
artigo 29, V11, do CTB, e outra na resolução 268/08 do CONTRAN. Então, vamos enumerar quais são os veículos de
emergência previstos e, em seguida, quais são suas prerrogativas legais para transitar.

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São veículos de emergência previstos:
a) os destinados a socorro de incêndio e salvamento;
b) os de polícia;
c) os de fiscalização e operação de trânsito.
d) as ambulâncias;
e) e também os de salvamento difuso "destinados a serviços de emergência
decorrentes de acidentes ambientais'.

Elemento de identificação
Somente os veículos mencionados no inciso VII do art. 29 do Código de Trânsito Brasileiro (alíneas a, b, c, d acima)
poderão utilizar luz vermelha intermitente e dispositivo de alarme sonoro. Embora os tipos de veículos de emergência sejam
o
os enumerados acima, o artigo 1 da resolução 265/08 do CONTRAN exclui da possibilidade de utilizar luz vermelha
intermitente os veículos destinados a serviços de emergência decorrentes de acidentes ambientais, uma vez que não estão
presentes no artigo 29, VII, do CTB.

Prerrogativas na condução
Os veículos de emergência somente poderão acionar o sistema de iluminação vermelha intermitente e
alarme sonoro quando em efetiva prestação de serviço de urgência. Entende-se por prestação de serviço de
urgência os deslocamentos realizados pelos veículos de emergência, em circunstâncias que necessitem de
brevidade para o atendimento, sem a qual haverá grande prejuízo à incolumidade pública. A
condução dos veículos de emergência se dará sob circunstâncias que permitam o uso das
prerrogativas de prioridade de trânsito e de' livre circulação, estaciona- mento e parada, para que tenha
êxito na brevidade do atendimento.

1.1.4.2. OS VEÍCULOS PRESTADORES DE SERVIÇOS DE UTILIDADE PÚBLICA

Devemos entender serviços de utilidade pública como aqueles destinados a atender a


interesses de sujeitos indeterminados, prestando serviços públicos ou, de interesse coletivo ou
geral. Esses serviços foram enumerados pelo CONTRAN, conforme os itens abaixo:
a)os destinados à manutenção e reparo de redes de energia elétrica, de água e esgotos, de
gás combustível canalizado e de comunicações;
a) os que se destinam à conservação, manutenção e sinalização viária, quan do a serviço
de órgão executivo de trânsito ou executivo rodoviário;
b) os destinados ao socorro mecânico de emergência nas vias abertas à circulação
pública;
c) os veículos especiais destinados ao transporte de valores;
d) os veículos destinados ao serviço de escolta, quando registrados em órgão
rodoviário para tal finalidade;
e) os veículos especiais destinados ao recolhimento de lixo a serviço da Administração
Pública.

Elemento de identificação
Identificam-se pela instalação de dispositivo, não removível, de iluminação intermitente ou
rotativa, e somente com luz amarelo-âmbar.

Prerrogativas no trânsito
Os veículos prestadores de serviço de utilidade pública gozarão de livre parada e
estacionamento, independentemente de proibições ou restrições estabelecidas na legislação de
trânsito ou por meio de sinalização regulamentar, quando se encontrarem:

I - em efetiva operação no local de prestação dos serviços a que se destinarem;


II - devidamente identificados pela energização ou acionamento do dispositivo luminoso e
utilizando dispositivo de sinalização auxiliar que permita aos outros usuários da via enxergarem
em tempo hábil o veículo prestador de serviço de utilidade pública.

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Cabe observar que é proibido o acionamento ou energização do dispositivo luminoso
durante o deslocamento do veículo, exceto nos casos previstos nas alíneas "c", "e" e "f" do item
4.2.1, acima.

Autorização prévia
Perceba que os veículos prestadores do serviço de utilidade pública podem
pertencera particulares, credenciados pelo Poder Público para facção dos serviços. Em
virtude disso, o CONTRAN exigiu um controle dos DETRANs de registro desses veículos
sobre a possibilidade de se tornarem ou não veículos prestadores de serviços de utilidade
pública. De outra forma, a instalação de dispositivo, não removível, de iluminação intermitente
ou rotativa, dependerá de prévia autorização do órgão executivo de trânsito do Estado ou
do Distrito Federal, onde o veículo estiver registrado, que fará constar do Certificado de
Licenciamento Anual, no campo "observações", código abreviado na forma estabelecida pelo
órgão máximo executivo de trânsito da União.
1.3-) VEÍCULOS EXCEPCIONAIS
Analisemos as implicações dos artigos abaixo:

Art. 99. Somente poderá transitar pelas vias terrestres o veículo cujo peso e dimensões
atenderem aos limites estabelecidos pelo CONTRAN.
§ 1º O excesso de peso será aferido por equipamento de pesagem ou pela verificação de
documento fiscal, na forma estabelecida pelo CONTRAN.
§ 2º Será tolerado um percentual sobre os limites de peso bruto total e peso bruto transmitido
por eixo de veículos à superfície das vias, quando aferido por equipamento, na forma
estabelecida pelo CONTRAN.

Existem na legislação de trânsito alguns limites impostos para que veículos transitem
na via, como, por exemplo, de peso e dimensões estabeleci dos pelo CONTRAN, de peso
estabelecido pelo fabricante, assim como estar dentro dos limites de poluentes e ruídos
estabelecidos pelo CONAMA.

Art. 101. Ao veículo ou combinação de veículos utilizado no transporte de carga indivisível,


que não se enquadre nos limites de peso e dimensões estabelecidos pelo CONTRAN, poderá
ser concedida, pela autoridade com circunscrição sobre a via, autorização especial de trânsito,
com prazo certo, válida para cada viagem, atendidas as medidas de segurança consideradas
necessárias.
§ 1º A autorização será concedida mediante requerimento que especificará as características
do veículo ou combinação de veículos e de carga, o percurso, a data e o horário do
deslocamento inicial.

Sendo assim, vamos neste tópico estudar os veículos que, de maneira excepcional,
poderão transitar na via, ainda que excedam aos limites impostos pela legislação. O trânsito
desses veículos se dará, de forma legal, se forem possuidores de uma AET (Autorização
Especial de Trânsito) a ser fornecida pelo órgão com circunscrição sobre a via.
Vejamos, na legislação, quais os veículos que devem possuir AET pra transitar de forma
regular:

1.3.1. CARGA INDIVISÍVEL

Ao veículo ou combinação de veículos utilizados no transporte de carga indivisível, que não se


enquadrem nos limites de peso e dimensões estabelecidos a resolução 210/06 CONTRAN, poderá
ser concedida, pela autoridade com circunscrição sobre a via, Autorização Especial de Trânsito
(AET), com prazo certo, valida para cada viagem, atendidas as medidas de segurança
consideradas necessárias. É importante perceber que esta AET é válida por viagem, em função de

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ser fornecida pela peculiaridade da carga e não em virtude di veículo, conforme o art. 101 do CTB.

1.3.2. GUINDASTES AUTOPROPELIDOS


Quanto às cargas indivisíveis, temos os guindastes autopropelidos ou sobre caminhões,
que se misturam com o próprio veículo. A esses veículos poderá ser concedida, pela autoridade
com circunscrição sobre a via, Autorização Especial de Trânsito (AET), com prazo de seis meses,
atendidas as medidas de segurança consideradas necessárias, conforme o art. 101 do CTB.

1.3.3. TRANSPORTE DE PASSAGEIRO EM VEICULO DE CARGA – “PAU-DE-ARARA”

Art. 108. Onde não houver linha regular de ônibus, a autoridade com circunscrição sobre a via
poderá autorizar, a título precário, o transporte de passageiros em veículo de carga ou misto,
desde que obedecidas as condições de segurança estabelecidas neste Código e pelo
CONTRAN.
Parágrafo único. A autorização citada no caput não poderá exceder a doze meses, prazo a
partir do qual a autoridade pública responsável deverá implantar o serviço regular de
transporte coletivo de passageiros, em conformidade com a legislação pertinente e com os
dispositivos deste Código. (Parágrafo acrescentado pela Lei nº 9.602, de 21.1.1998)

O transporte de passageiros em veículos de carga, remunerado ou não, poderá ser


autorizado eventualmente e a título precário, desde que entre localidades de origem e destino que
estiverem situadas em um mesmo município, municípios limítrofes, municípios de um mesmo Estado,
quando não houver linha regular de ônibus ou as linhas existentes não forem suficientes para suprir
as necessidades daquelas comunidades. Essa autorização de transporte será concedida para uma
ou mais viagens, desde que não ultrapasse a validade do Certificado de Registro e Licenciamento
do Veículo-CRLV, conforme Resolução 82/98 do CONTRAN.

1.3.4. CTV - COMBINAÇÃO DE TRANSPORTE DE VEÍCULOS – “CEGONHA”

Entende-se por "combinação para o transporte de veículos" o veiculo, ou combinação de


veículos, construído ou adaptado especialmente para o transporte de automóveis, vans, ônibus,
caminhões e similares.
As Combinações para Transporte de Veículos - CTV, construídas e destinadas
exclusivamente ao transporte de outros veículos, cujas dimensões exce dam aos limites
previstos na Resolução n° 210/2006 - CONTRAN, só poderão circular nas vias portando
Autorização Especial de Trânsito - AET. Essa é a regra, mas existem exceções dispostas na
Resolução 274/08 do CONTRAN.

1.3.5. CVC – COMBINAÇÕES DE VEÍCULOS DE CARGA


. Há, também em nossa legislação, as Combinações de Veículos de Carga CVC, em que a
unidade tratora est á ligada no mínimo a duas unidades fracionadas. As Autorizações
Especiais de Trânsito, nesses veículos, são dadas em razão do comprimento, quando este
ultrapassar a 19,80m, ou em razão do peso, quando este ultrapassar a 57 toneladas, conforme
Resolução n° 211/06.

1.3.6. VEÍCULOS TRANSPORTADORES DE CONTÊINERES

A estes veículos somente é possível fornecer a AET em função da altura, ou seja, esta pode
ultrapassar o limite de 4,40 m, estabelecido para todos os veículos, desde que não ultrapassem
4,60 m. Cabe observar que o CONTRAN não se referiu a outras dimensões, somente à altura. A
AET é somente para a unidade fracionada e com validade máxima de um ano. Enfim, devido ao
tamanho excessivo de alguns contéineres, é que surgiu a norma, não havendo razão para

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estende-Ia aos caminhões- tratores.

1.2-) SEGURANÇA DOS VEÍCULOS

Art. 103. O veículo só poderá transitar pela via quando atendidos os requisitos e condições de
segurança estabelecidos neste Código e em normas do CONTRAN.

Esse artigo nada mais determina, senão que os veículos, para circularem em via pública,
deverão estar em boas condições de trafegabilidade, para segurança dos que estão se deslocando
em seu interior e para as demais pessoas e veículos. Nesta parte de nossa aula estudaremos os
aspectos mais relevantes no que tange a respeito da segurança dos veículos. Começaremos com a
descrição dos equipamentos obrigatórios para os veículos segundo o artigo 105 do CTB. Cabe
ressaltar que esse número de equipamentos é insignificante frente ao que já está regulamentado na
Resolução nº 14/98
.

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1.2-) IDENTIFICAÇÃO DOS VEÍCULOS

1.2.1. IDENTIFICAÇÃO INTERNA:

A identificação de veículo abordada no Código de Trânsito é um dos títulos mais ricos


em regulamentações, devido à sua importância, uma vez que o veículo necessita ser
individualizado quando for objeto de crime ou de infrações de trânsito.

Art. 114. O veículo será identificado obrigatoriamente por caracteres gravados no chassi ou no
monobloco, reproduzidos em outras partes, conforme dispuser o CONTRAN.
§ 1º A gravação será realizada pelo fabricante ou montador, de modo a identificar o veículo,
seu fabricante e as suas características, além do ano de fabricação, que não poderá ser
alterado.

O fabricante do veículo tem a obrigação de individualizá-lo por meio de unia numeração que deve
ser colocada no chassi (parte rígida do veículo sobre a qual deve ser colocada a carroçaria) e ou
no monobloco (veículo inteiriço), em, pelo menos, um lugar, em se tratando de veículos
automotores, e em dois lugares, em se tratando de reboque ou semi-reboque.
A Res. 24/98 do CONTRAN regulamenta que os veículos produzidos ou importados a
partir de 1° de janeiro de 1999, para obterem registro e licenciamento, deverão estar
identificados na forma descrita acima. Excetuam-se os tratores, os veículos protótipos utilizados
exclusivamente para competições esportivas e as viaturas militares operacionais das Forças
Armadas que, em regra, não transitam na via.

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Além da gravação no chassi ou monobloco, os veículos serão identificados, no mínimo, com os
o
caracteres VIS (número seqüencial de produção) previstos na NBR 3 n 6066, podendo ser, a critério
do fabricante, por gravação, na profundidade mínima de 0,2 mm, quando em chapas ou plaqueta
colada, soldada ou rebitada, destrutível quando de sua remoção ou ainda por etiqueta autocolante e
também destrutível no caso de tentativa de sua remoção, nos seguintes compartimentos e
componentes:
I - na coluna da porta dianteira lateral direita;
II - no compartimento do motor;
III - em uni dos pára-brisas e em um dos vidros traseiros, quando existentes;
IV - em pelo menos dois vidros de cada lado do veículo, quando existentes, excetuados os
quebra-ventos.
Sobre a identificação do ano de fabricação, o art. 3° desta resolução determina que seja
atendida através de uma gravação no chassi ou monobloco, nas imediações do número de
identificação do veículo (VIN), em 4 algarismos, na profundidade mínima de 0,2 mm e altura
mínima dos caracteres de 7 mm, ou através de uma plaqueta destrutível quando de sua
remoção. Para as motocicletas, motonetas, triciclos, quadriciclos e ciclomotores, deverá ser
feita, no mínimo, em um ponto de localização, na coluna de suporte de direção ou no
chassi/monobloco.
Outro aspecto importante é quanto às regravações no VIN:

§ 2º As regravações, quando necessárias, dependerão de prévia autorização da autoridade


executiva de trânsito e somente serão processadas por estabelecimento por ela credenciado,
mediante a comprovação de propriedade do veículo, mantida a mesma identificação anterior,
inclusive o ano de fabricação.
§ 3º Nenhum proprietário poderá, sem prévia permissão da autoridade executiva de trânsito,
fazer, ou ordenar que se faça, modificações da identificação de seu veículo.

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1.2.2. IDENTIFICAÇÃO EXTERNA:

Art. 115. O veículo será identificado externamente por meio de placas dianteira e traseira,
sendo esta lacrada em sua estrutura, obedecidas as especificações e modelos estabelecidos
pelo CONTRAN.

§ 1º Os caracteres das placas serão individualizados para cada veículo e o acompanharão até a baixa do registro,
sendo vedado seu reaproveitamento.

Como vimos no artigo anterior, a identificação obrigatória do veículo dar -se-á através dos
caracteres gravados no chassi ou no monobloco. Agora veremos a identificação externa do
veículo, a qual dar-se-á através de placas dianteira e traseira, sendo esta lacrada em sua
estrutura e obedecidas as especificações e modelos estabelecidos na Res. 231/07, que teve
sua redação alterada pelas Res. 241/07 e 288/08.
É através das placas que os agentes de trânsito e os equipamentos utilizados na fiscalização
fazem o primeiro reconhecimento do veículo, para fins de conferência com os dados cadastrais.
Portanto, é indispensável que elas existam e estejam em perfeitas condições de visibilidade
e legibilidade, tanto durante o dia quanto durante a noite.
As placas serão confeccionadas por fabricantes credenciados pelo DETRAN de cada esta do e
Distrito Federal, obedecendo às formalidades legais vigentes. Atente que é obrigatória a
gravação do registro do fabricante em superfície plana da placa e da tarjeta, de modo a não
ser obstruída sua visão quando afixadas nos veículos e de modo que se possa localizar e
responsabilizar aquele que cometer fraude.
Após o registro no órgão de trânsito, cada veículo será identificado por placas dianteira e traseira, afixadas em primeiro
plano e integrante do mesmo, contendo 7 (sete) caracteres alfanuméricos individualizados, sendo o primeiro grupo composto
por 3 (três), resultante do arranjo, com repetição de 26 (vinte e seis) letras, tomadas três a três, e o segundo grupo composto
por 4 (quatro), resultante do arranjo, com repetição de 10 (dez) algarismos, tornados quatro a quatro.
Além desses caracteres, as placas dianteira e traseira deverão conter, gravados em tarjetas removíveis a elas afixadas, a
sigla identificadora da Unidade da Federação e o nome do Município de registro do veículo. Exceção é feita às placas dos veículos
oficiais, de representação, aos pertencentes às missões diplomáticas, às repartições consulares, aos organismos
internacionais, aos funcionários estrangeiros administrativos de carreira e aos peritos estrangeiros de cooperação
internacional. Vejamos abaixo algumas das exceções citadas:

1.2.2.1. VEÍCULOS OFICIAIS

As placas de veículos oficiais deverão conter, gravados nas tarjetas ou, em espaço
correspondente na própria placa, os seguintes caracteres:
a) veículos oficiais da União: B R A S I L;
b) veículos oficiais das Unidades da Federação: nome da Unidade da Federação;
c) veículos oficiais dos Municípios: sigla da Unidade da Federação e nome do Município.

1.2.2.2. VEÍCULOS PERTENCENTES A MISSÕES DIPLOMÁTICAS


As placas pertencentes às missões diplomáticas, às repartições consulares, aos organismos internacionais, aos
funcionários estrangeiros administrativo de carreira e aos peritos estrangeiros de cooperação internacional, deverão conter,
gravados nas tarjetas ou em espaço correspondente na própria placa, os seguintes caracteres:

a) CMD para os veículos de uso dos Chefes de Missão Diplomática;


b) CD para os veículos pertencentes ao Corpo Diplomático;
c) CC para os veículos pertencentes ao Corpo Consular;
d) OI para os veículos pertencentes aos Organismos Internacionais;
e) ADM para os veículos pertencentes a funcionários estrangeiros administrativos de carreira de missões diplomáticas,
repartições consulares e representações de organismos internacionais;
f) CI para os veículos pertencentes a peritos estrangeiros sem residência permanente que
venham ao Brasil no âmbito de Acordo de Cooperação Internacional.

1.3. CORES DAS PLACAS


Quanto às possíveis cores de placas, temos:

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1.3.1. VEÍCULOS OFICIAIS DE REPRESENTAÇÃO PESSOAL
Muitas vezes esses veículos aparecem na legislação de trânsito como exceção, quando o tema
abordado é identificação de veiculo. Vamos detalhar abaixo as cores diferenciadas que eles
possuem, dependendo da autoridade a que estiver vinculado:

*** VERDE E AMARELA

Do Presidente e do Vice-Presidente da República, dos Presidentes do Senado Federal e da


Câmara dos Deputados, do Presidente e dos Ministros do Supre mo Tribunal Federal, dos
Ministros de Estado, do Advogado-Geral da União e do Procurador-Geral da República.

*** FUNDO PRETO E CARACTERES CINZA METÁLICO:


Dos Presidentes dos Tribunais Federais, dos Governadores, Prefeitos, Secretários Estaduais e
Municipais, dos Presidentes das Assembléias Legislativas, das Câmaras Municipais, dos
Presidentes dos Tribunais Estaduais e do Distrito Federal e do respectivo chefe do Ministério
Público.
No art. 2° da Resolução 32/98, temos a seguinte previsão: "poderão ser utilizados os mesmos
modelos de placas para os veículos oficiais dos Vice-Governadores e dos Vice-Prefeitos, assim como
para os Ministros dos Tribunais Federais, Senadores e Deputados, mediante solicitação dos
Presidentes de suas respectivas instituições"

*** FUNDO PRETO E CARACTERES DOURADOS:


Dos secretários de Estado do Governo Federal, conforme a Resolução n° 88/99 do CONTRAN, dos
comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica e oficias generais das Forças Armadas,
conforme a Resolução n° 275/03 do CONTRAN.
Quanto aos demais veículos oficiais, as placas são, em regra, de fundo branco e caracteres
pretos. Ainda quanto aos veículos oficiais, cabe ressaltar que, como norma de exceção, há um
veículo oficial que poderá utilizar piaras particulares, somente quando estritamente usados em
serviço reservado de caráter policial:

Art. 116. Os veículos de propriedade da União, dos Estados e do Distrito Federal, devidamente
registrados e licenciados, somente quando estritamente usados em serviço reservado de
caráter policial, poderão usar placas particulares, obedecidos os critérios e limites
estabelecidos pela legislação que regulamenta o uso de veículo oficial.

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***TABELA COM AS CORES DAS PLACAS

CATEGORIA DO VEICULO COR

FUNDO CARACTERES

Particular Cinza Preto

Aluguel Vermelho Branco

Experiencia/Fabricante Verde Branco

Apresentação Branco Vermelho

Coleção Preto Cinza

Oficial Branco Preto

Missão Diplomática Azul Branco

Co r p o c o n s u l a r Azul Branco

Organismo Internacional Azul Branco

Corpo Diplomático Azul Branco

O r g a n i s m o Consular /
Azul Branco
Internacional
Acordo Cooperação
Azul Branco
Internacional

Representação ** Preto Dourado

1.3. VEÍCULOS QUE NECESSITAM DE IDENTIFICAÇÃO DE C APACIDADE

Existem veículos que, pelo risco que pode causar aos demais, que pelo dano que pode
causar à via e pela importância dada à sua carga, devem, além das identificações especificadas
acima referentes à numeração VIN/VIS e placas, possuir uma plaqueta de identificação da sua
capacidade.

No CTB, temos a seguinte previsão:

Art. 117. Os veículos de transporte de carga e os coletivos de passageiros deverão conter, em


local facilmente visível, a inscrição indicativa de sua tara, do peso bruto total (PBT), do peso
bruto total combinado (PBTC) ou capacidade máxima de tração (CMT) e de sua lotação,
vedado o uso em desacordo com sua classificação.

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O CONTRAN acrescentou a o obrigatoriedade aos veículos de tração, sendo exigido,
portanto, dos veículos de tração, de carga e dos de transporte coletivo de passageiros.
Por fim, para um completo entendimento do significado de cada um desses indicativos de
capacidade, vamos consultar o anexo da Resolução. 290/08 do CONTRAN:

a) TARA - peso próprio do veículo, acrescido dos pesos da carroçaria e equipamento, do


combustível - pelo menos 90% da capacidade do(s) tanques(s), das ferramentas e dos acessórios, da roda
sobressalente, do extintor de incêndio e do fluido de arrefecimento, expresso em quilogramas.
b) LOTAÇÃO - carga útil máxima, expressa em quilogramas, incluindo o condutor e os
passageiros que o veículo pode transportar, para. os veículos de carga'e tração ou número de
pessoas para os veículos de transporte coletivo de passageiros.
c) PESO BRUTO TOTAL (PBT) - o peso máximo (autorizado) que o veículo pode transmitir
ao pavimento, constituído da soma da tara mais a lotação.
d) PESO BRUTO TOTAL COMBINADO (PBTC) - peso máximo que pode ser transmitido ao
pavimento pela combinação de um veículo de tração ou de carga, mais seu(s) sem!-reboque(s),
reboque(s), respeitada a relação potência/ peso, estabelecida pelo INMETRO - Instituto de
Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial, a Capacidade Máxima de Tração da unidade de
tração, e o Emite máximo estabelecido na Resolução CONTRAN no 211/06, e suas sucedâneas.
e) CAPACIDADE MÁXIMA DE TRAÇÃO (CMT) - máximo peso que a unidade de tração
é capaz de fracionar, incluído o PBT da unidade de tração, limitado pelas suas condições de
geração e multiplicação do momento de força, resistência dos elementos que compõem a
transmissão.

A indicação de carga nos veículos automotores de tração será inscrita ou afixada em


um dos seguintes locais, assegurada a facilidade de visualização:

a) na coluna de qualquer porta, junto às dobradiças, ou no lado da fechadura;


b) na borda de qualquer porta;
c) na parte inferior do assento, voltada para a porta;
d) na superfície interna de qualquer porta;
e) no painel de instrumentos.

Nos veículos destinados ao transporte coletivo de pas sageiras, a identificação


deverá ser afixada na parte frontal interna acima do para -brisa ou na parte superior da
divisória da cabina de comando do lado do condutor. Na impossibilidade técnica ou
ausência de local para fixação, poderão ser utilizados os mesmos locais previstos para os
veículos de carga e tração.

Nos reboques e semi-reboques, a indicação deverá ser afixada na parte externa da


carroçaria na lateral dianteira. Nos implementos montados sobre chassi de veículo de carga,
a indicação deverá ser afixada na parte externa do me smo, em sua lateral dianteira.

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EXERCÍCIOS AULA 04
I. Com base no C.T.B. e legislação complementar, julgue os item abaixo.

01. As caracterí sticas dos v eículos, suas especif icações básicas, conf iguração e
condições essenciai s para regi stro, licenciamento e circulação serão estabelecidas pelo
CONTRANDIFE. ( )

02. O artigo 96 do Código de Trânsito Brasileiro dispõe sobre a classificação de


veículos. Acerca desse tema, relacione a segunda coluna à primeira;

Primeira Coluna

1. Classificação quanto à tração


2. Classificação quanto à espécie
3. Classificação quanto á categoria

Segunda Coluna

( ) Oficial, particular, de aluguel, de aprendizagem


( ) Automotor, elétrico, reboque ou tração animal
( ) De passageiros, de carga, de competição, de tração

a) 1, 2 e 3
b) 3, 1 e 2
c) 3, 2 e 1
d) 1, 3 e 2

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e) 2, 3 e 1

I I . Co n si d erando a termi n ol og i a e a ti pi ficação d e veí cu lo s au to mo to res, b em


co mo o s requ i sito s p ara q u e estes circulem em vias públicas, julgue os itens
subseqüentes:

03. O CTB classifica os veículos em: automotores, elétricos, de propulsão humana, de


tração animal, reboques e semi-reboques. ( )

04. Os veículos elétricos não são automotores e, portanto, o seu condutor, ao


atropelar um pedestre, não comete crime de trânsito, sendo julgado apenas
conforme o Código Penal. ( )

05. Caract erí st i cas, e sp eci f i cações bá si ca s, conf i guração d o s v eí cul os e c ondi çõe s
essenci ai s p ara re gi st ro, l i c e n ci am e n t o e c i r c ul a çã o se r ã o e st a b e l e ci d a s p e l o
S i st em a N a ci o n al d e T r â n si t o p or i nt e rm é di o d o CONTRANDIFE. ( )

06. Um v eí cul o só poderá t ransit ar pel a v ia públ ica quando at ender aos
requi si t os e condi ções de segurança estabelecidos no CTB e em normas do
DETRAN.
( )

07. O CONTRAN reconhece como acessórios os sistemas de segurança para v eículos


automotores que, pelo uso de bloqueio elétrico ou mecânico ou por meio de dispositivo
sonoro, visem dificultar o seu roubo ou furto. O dispositivo sonoro do sistema poderá emitir
sons contínuos ou intermitentes de advertência por período superior a 1 minuto, desde que
não ultrapasse a 3 minutos. ( )

08. As características dos veículos, suas especificações básicas, configuração e condições


essenciais para registro, licenciamento e circulação serão estabelecidas:

a) Pelo Sistema Nacional de T rânsito.


b) Pelo CONTRAN
c) Pelo CONTRANDIFE
d) Por uma Política Nacional de Trânsito.

09. Os veículos de propriedade da União, dos Estados e do Distrito Federal, somente


poderão usar placas particulares:

a) Quanto se dirigirem ao exterior.


b) Quando em serviço reservado de caráter policial.
c) Em caso de guerras.
d) Nenhuma das anteriores.

10. Todo veículo automotor, elétrico, articulado, reboque ou semi-reboque, deve ser registrado
perante:

a) CETRAN.
b) Órgão Executivo de Trânsito do Estado ou do Distrito Federal
c) CONTRAN..
d) O RENAVAM

11. O registro e o licenciamento dos veículos de propulsão humana, dos ciclomotores e dos
veículos de tração animal obedecerão à regulamentação definida:

a) pelo CETRAN.
b) lei orgânica .
c) pelo CONTRAN.
d) pelo RENAVAM

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12. De . aco rd o co m a cl as si fi cação d o s v eí cu l o s (Art. 96 CT B), a cami o n eta e o
veí cu l o u ti li tári o caracte ri zam -s e como:

a) Quanto à tração
b) Quanto à categoria;
c) Quanto à espécie
d) Trata-se de veículos exclusivamente de cargas.
e) Veículo misto;

13. Com relação à identificação do veiculo, marque a alternativa correta:

a) O v eiculo será identif icado externament e por meio de placas diant eira e traseira
sendo esta lacrada em sua estrutura, obedecidas as especificações e modelos estabelecidos
pelo CONTRAN;
b) Os caracteres das placas serão individualizados para cada veículo e o acompanharão
até a baixa do registro, sendo permitido seu reaproveitamento para outro veiculo;
c) Os aparelhos automotores destinados a puxar ou arrastar maquinaria de q ualquer
natureza ou a executar trabalhos agrícolas e de construção ou de pavimentação não
necessitam de registro e licenciamento da repartição competente para transitar nas vias
públicas;
d) Os veículos de duas ou três rodas não são dispensados de placa dianteira.

GABARITO:

1. E 5. E 09. B
2. C 6. E 10. B
3. C 7. E 11. A
4. E 8. B 12. E
13. A

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I-) REGISTRO E LICENCIAMENTO DE VEÍCULOS

1. CONCEITO

Iniciaremos esse estudo analisando os conceitos de REGISTRO E LICENCIAMENTO presentes


respectivamente nos Arts. 120 e 130 do CTB:

Art. 120. Todo veículo automotor, elétrico, articulado, reboque ou semi-reboque, deve ser
REGISTRADO perante o órgão executivo de trânsito do Estado ou do Distrito Federal, no
Município de domicílio ou residência de seu proprietário, na forma da lei.

Art. 130. Todo veículo automotor, elétrico, articulado, reboque ou semi-reboque, para transitar
na via, deverá ser LICENCIADO anualmente pelo órgão executivo de trânsito do Estado, ou do
Distrito Federal, onde estiver registrado o veículo.

Podemos perceber lendo os capítulos XI e XII do CTB que o legislador não nos deu uma
definição expressa do que seriam registro e licenciamento de veículos. Sendo assim, vamos fazê-lo:

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O REGISTRO e o LICENCIAMENTO se complementam em algumas características:

Art. 131. O Certificado de Licenciamento Anual será expedido ao veículo licenciado, vinculado
ao Certificado de Registro, no modelo e especificações estabelecidos pelo CONTRAN.
§ 1º O primeiro licenciamento será feito simultaneamente ao registro.

Art. 133. É obrigatório o porte do Certificado de Licenciamento Anual.

a) SIMULTANEIDADE: conforme o art. 131 § 1°, o primeiro licenciamento é feito simultaneamente


ao primeiro registro. Veja a lógica do dispositivo: o que permite que um veículo transite na via é o
seu licenciamento; por outro lado, o veículo para transitar na via deve estar emplacado. Sendo
assim, não teria o menor sentido levar o carro zero para registrar e, ao sair do posto de vistoria,
não poder transitar com ele na via pública, pois é o licenciamento que autoriza a transitar na via,
daí a necessidade da simultaneidade.

b) DADOS EM COMUM: a Resolução n° 61/98 diz que o certificado de licenciamento anual (que vem
expresso nos artigos 131 e 133 do CTB) é o certificado de registro e licenciamento anual (CRLV). Na
verdade, não poderia ser de outra forma, pois os dados do registro devem ser repetidos no
Certificado de Licenciamento Anual, para que os agentes de trânsito possam fazer uma autuação,
por exemplo, qualificando o proprietário do veículo, ainda que este esteja ausente.

Perceba que a lógica encontrada pelo CONTRAN é pertinente, uma vez que este Conselho
deixou claro que o CRV não é documento de porte obrigatório, e a dispensa de portar esse
documento obriga que o certificado. de licenciamento possua os dados do certificado de registro.
c) MESMO DETRAN : no art. 130 do CTB, vem expresso que o veículo deve ser licenciado onde
estiver registrado, ou seja, o DETRAN que o registrou será o órgão competente para licenciá-lo.

2. TRANSITO DE VEÍCULOS NOVOS ANTES DO PRIMEIRO REGISTRO

Art. 132. Os veículos novos não estão sujeitos ao licenciamento e terão sua circulação
regulada pelo CONTRAN durante o trajeto entre a fábrica e o Município de destino.
Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se, igualmente, aos veículos importados,
durante o trajeto entre a alfândega ou entreposto alfandegário e o Município de destino.

Segundo o C.T.B. conforme vimos, regra geral é que o temos veículos registrados transitando porém há
algumas exceções as quais estão devidamente discriminadas e regulamentadas pela Resolução 04/98
(alterada pela 269/08) do CONTRAN. Vejamos então quais são essas situações: (SLIDE)

2.1. TRANSPORTE CARREGADO

a) TRANSPORTE DE CARGA E PESSOAS – É permitido o transporte de cargas e pessoas em


veículos novos, antes do registro e licenciamento, adquiridos por pessoas físicas e jurídicas, por
entidades públicas e privadas e os destinados aos concessionários para comercialização, desde
que portem a "AUTORIZAÇÃO ESPECIAL". Essa ―autorização especial" é válida apenas para o
deslocamento para o município de destino. Será expedida para o veículo que portar os
Equipamentos Obrigatórios previstos pelo CONTRAN (adequado ao tipo de veículo), com base na
Nota Fiscal de Compra e Venda; com validade de (15) quinze dias transcorridos da data da
emissão, prorrogável por igual período por motivo de força maior; e mais: será impressa em três
vias, das quais, a primeira e a segunda serão coladas, respectivamente, no vidro dianteiro (para-
brisa), e no vidro traseiro, e a terceira, arquivada na repartição de trânsito expedidora.
Saiba que a permissão estende-se aos veículos inacabados (chassis), do pátio do fabricante ou do
concessionário até o local da indústria encarroçadora

b) TRANSPORTE DE CARGA E PESSOAS REMUNERADO – Os veículos adquiridos por


autônomos e por empresas que prestam transportes de cargas e de passageiros poderão efetuar

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serviços remunerados para os quais estão autorizados, atendidas a legislação específica, as
exigências dos PODERES CONCEDENTES e das autoridades com jurisdição sobre as vias
públicas. Enfim, os veículos deverão ser enquadrados no item "a‖ acima, e na legislação referente à
concessão de sua atividade.

c) TRANSPORTE DE CARGA E PESSOAS "NÃO" REMUNERADO – Complementando o estudo


acima, para que se transportem cargas e pessoas, sem remuneração, basta atender à legislação de
trânsito. Porém o CONTRAN exigiu que fosse carga própria ou pessoas com vinculo, a fim de que
não restasse dúvida sobre uma possível atividade remunerada. Por fim, os veículos consignados
aos concessionários, para comercialização, e os veículos adquiridos por pessoas físicas, entidades
privadas e públicas, a serem licenciados nas categorias "PARTICULAR e OFICIAL‖: somente poderão
transportar cargas e pessoas que tenham vínculo empregatício com os mesmos.
2.2. TRANSPORTE DESCARREGADO

- VEÍCULOS DESCARREGADOS - O CONTRAN, no artigo 4° da Resolução 04/98, apenas se refere


a veículos descarregados, uma vez que todas as circunstâncias de transporte carregado foram
abordadas acima. Sendo assim, nessa circunstância, antes do registro e licenciamento, o veículo
novo, nacional ou importado que portar a nota fiscal de compra e venda ou documento
alfandegário, poderá transitar:

I - do pátio da fábrica, da indústria encarroçadora ou concessionária e do Posto


Alfandegário ao órgão de trânsito do município de destino, nos quinze dias consecutivos à
data do carimbo de saída do veículo, constante da nota fiscal ou documento alfandegário
correspondente.
II - do pátio da fábrica, da indústria encarroçadora ou concessionária ao local onde vai ser
embarcado como carga, por qualquer meio de transporte;
III - do local de descarga às concessionárias ou indústrias encarroçadoras;
IV - de um a outro estabelecimento da mesma montadora, encarroçadora ou concessionária ou
pessoa jurídica interligada.

3. SITUAÇÕES QUE EXIGEM EXPEDIÇÃO DE NOVO REGISTRO

O quadro abaixo nos mostra o que acontece com o registro e licenciamento no que
se refere a mudança ou não de DOMICÍLIO :

Mudança de O que acontece como o registro? O que acontece com o licenciamento?


Endereço
No mesmo O proprietário deve informar o novo Continua válido, apresentado sempre o
município endereço no prazo de 30 dias calendário do Estado do novo endereço.

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apenas.
Entre É caso de novo registro (CRV). Continua válido, observando sempre o
Municípios calendário do Estado do novo endereço.
Entre Estados É caso de novo registro (CRV). Continua válido, observando sempre o
calendário do Estado do novo endereço.

Em se tratando de TRANSFERÊNCIA DE PROPRIEDADE, como já foi comentado, deve


ser expedido um novo registro. O detalhe da transferência de propriedade é que o legislador
exigiu providencias tanto de quem vende (ex-proprietário) como de quem compra o veículo (novo
proprietário).

Art. 134. No caso de transferência de propriedade, o proprietário antigo deverá encaminhar ao


órgão executivo de trânsito do Estado dentro de um prazo de trinta dias, cópia autenticada do
comprovante de transferência de propriedade, devidamente assinado e datado, sob pena de
ter que se responsabilizar solidariamente pelas penalidades impostas e suas reincidências até
a data da comunicação.

Vejamos, então, como ficaram essas responsabilidades:

4. DOCUMENTOS EXIGIDOS PARA REGISTRAR UM VEÍCULO


O CTB em seu art. 122 faz referência aos documentos para expedição do registro, referindo-se ao primeiro registro;
já no art. 124 faz menção aos documentos exigidos para expedição de novo registro. Vejamos, então, cada uma das
situações:

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5. CASOS DE REGISTROS E LICENCIAMENTO DE VEÍCULOS PREVISTOS NA


LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO

Há diversos casos de registro e licenciamento na legislação de trânsito que fogem à regra geral e que nos chamam
a atenção por terem sido colocados pelo legislador de forma esparsa na legislação, dificultando o aprendizado. Vejamos
cada um desses casos:

*** VEÍCULO OFICIAL ***

Art. 120.
§ 1º Os órgãos executivos de trânsito dos Estados e do Distrito Federal somente registrarão
veículos ofi ciais de propriedade da administração direta, da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, de qualquer um dos poderes, com indicação expressa, por pintura
nas portas, do nome, sigla ou logotipo do órgão ou entidade em cujo nome o veículo será
registrado, excetuando-se os veículos de representação e os previstos no art. 116.

Essa obrigação é, na verdade, mais um meio de que os cidadãos dispõem para controlar
se os veículos oficiais são cumpridores das normas de trânsito e se estão sendo utilizados
devidamente pelos agentes públicos, uma vez que o logotipo na porta, além de chamar a atenção,
é capaz de identificar a entidade política que é proprietária. Perceba que o uso do veículo oficial,
assim como toda a atividade da Administração pública, está voltado para atender ao interesse
público.

*** VEÍCULOS DE TRAÇÃO ***

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Art. 115
§ 4º Os aparelhos automotores destinados a puxar ou arrastar maquinaria de qualquer
natureza ou a executar trabalhos agrícolas e de construção ou de pavimentação são sujeitos,
desde que lhes seja facultado transitar nas vias, ao registro e licenciamento da repartição
competente, devendo receber numeração especial.

O trator de roda, o trator de esteira, o trator misto ou o equipamento automotor destinado à


movimentação de cargas ou execução de trabalho agrícola, de terraplenagem, de construção ou de
pavimentação, só podem ser conduzidos na via pública conforme descrito acima. Quando esses
veículos forem utilizados exclusivamente em áreas particulares, não estarão sujeitos a
registro e licenciamento, assim como não há de se falar em habilitação para seus condutores

*** VEÍCULOS DE ALUGUEL ***

Art. 135. Os veículos de aluguel, destinados ao transporte individual ou coletivo de


passageiros de linhas regulares ou empregados em qualquer serviço remunerado, para
registro, licenciamento e respectivo emplacamento de característica comercial, deverão estar
devidamente autorizados pelo poder público concedente.

Os proprietários de tais veículos sempre deverão estar PREVIAMENTE AUTORIZADOS


PELO PODER PÚBLICO CONCEDENTE a registrá-los e licenciá-los desta forma, pois, se não
houver a concessão, não poderá ser registrado pelo DETRAN e não poderão prestar os serviços
desejados.
Os condutores destes veículos, por serem de aluguel e destinados ao transporte
remunerado de pessoas, para que possam exercer suas atividades, deverão apresentar,
previamente, certidão negativa do registro de distribuição criminal relativamente aos
crimes de homicídio, roubo, estupro e corrupção de menores, renovável a cada cinco
anos, junto ao órgão responsável pela respectiva concessão ou renovação.
Os condutores de veículos de transporte coletivos de passageiros devem atentar ainda ao
determinado na Res. 168/04, no que diz respeito ao Curso para Condutores de Veículos de
Transporte Coletivo de Passageiros, com duração de 50 (cinqüenta) horas-aula, sendo que a
conclusão com aproveitamento no curso deverá constar no campo das observações de sua
Carteira Nacional de Habilitação – CNH. Este curso inclui o conteúdo de Direção Defensiva, muito
importante para a segurança viária.

Se o veículo não for de categoria aluguel, NÃO PODERÁ O CONDUTOR efetuar


transporte remunerado de pessoas ou bens.

Com relação ao transporte remunerado de cargas por motocicleta e motoneta o


CONTRAN expediu a Res. 219/07, a qual estabelece requisitos de segurança para os mesmos.
Determina a regulamentação, em seu art. 1° que as motocicletas e motonetas, quando
utilizadas para o transporte remunerado de cargas, DEVERÃO SER REGISTRADAS JUNTO
AO DETRAN, NA CATEGORIA ALUGUEL, TENDO SUA PLACA NA COR VERMELHA.

*** VEÍCULOS DE TRAÇÃO ANIMAL E PROPULSÃO HUMANA ***

Art. 129. O registro e o licenciamento dos veículos de propulsão humana, dos ciclomotores e
dos veículos de tração animal obedecerão à regulamentação estabelecida em legislação
municipal do domicílio ou residência de seus proprietários.

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Na verdade, o registro e o licenciamento dos veículos de propul são humana e dos veículos de
tração animal, obedecerão à regulamentação estabelecida em legislação municipal, quando esta
existir. A regra é de que não exista tal regulamentação.
No tocante aos ciclomotores, parece-me ter ocorrido um erro em sua colocação neste artigo,
pois, na prática, não obedece à regulamentação municipal e sim, ao estabelecido no C.T.B., eis
que são veículos registrados perante o DETRAN de cada Estado ou Distrito Federal com
identificação externa nos termos da Res. 231/07.

*** VEÍCULOS DE COLEÇÃO ***


Os veículos de coleção são aqueles que, mesmo tendo sido fabricado há mais de trinta anos,
conservam suas características originais de fabricação e possuem valor histórico próprio;
poderão ser registrados na espécie coleção, conforme ANEXO I do CTB.

6. TABELA NACIONAL DE LICENCIAMENTO

A Res. 110/00, estabelece o calendário de Licenciamento Anual de Veículos. Seu art. 1º


fixa os prazos limites para o licenciamento dos veículos pelo DETRAN de cada Estado. O prazo
é dilatado e cada Estado pode fazer o seu, de acordo com as suas peculiaridades e com o
recolhimento do Imposto sobre Propriedade de Veículo Automotor – IPVA.
O art. 2° determina aos agentes fiscalizadores que, quando o veículo estiver em Unidade da
Federação que não a que estiver registrado e licenciado, independentemente de qual o
seu respectivo calendário, para fins de fiscalização, valerá o estabelecido no art. 1°. Abaixo, a
descrição dos arts. 1° e 2º da Res. 110/00

Art. 1°. Os órgãos executivos de trânsito dos Estados e do Distrito Federal


estabelecerão prazos para renovação do Licenciamento Anual dos Veículos
registrados sob sua circunscrição, de acordo como algarismo final da placa de
identificação, respeitados os limites lixados na tabela a seguir:

Prazo final para


Algarismo final da placa
renovação
1e2 Até setembro
3, 4 e 5 Até outubro
6, 7 e 8 Até novembro
9e0 Até dezembro

Art. 20. As autoridades, órgãos, instituições e agentes de fiscalização de trânsito e


rodoviário em todo o território nacional, para efeito de autuação e aplicação de
penalidades, quando o veículo se encontrar fora da unidade da federação em que
estiver registrado, deverão adotar os prazos estabelecidos nesta Resolução.

É importante que o candidato saiba que o PRF ora utiliza a tabela do CONTRAN, ora utiliza
a tabela do DETRAN de registro do veículo, a depender se abordou um veículo registrado fora
ou dentro do estado em que está lotado, incidindo sobre o PRF a regra como para os demais
agentes de transito.
II-) DA CONDUÇÃO DE ESCOLARES – ( CAP. XIII )

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Art. 136. Os veículos especialmente destinados à condução coletiva de escolares somente
poderão circular nas vias com autorização emitida pelo órgão ou entidade executivos de
trânsito dos Estados e do Distrito Federal, exigindo-se, para tanto:

ESTES VEÍCULOS DEVERÃO ESTAR PREVIAMENTE AUTORIZADOS PELO DETRAN, para


circularem nas vias públicas, bem COMO PORTANDO A AUTORIZAÇÃO PARA CONDUÇÃO
DE ESCOLARES. Também são veículos de categoria aluguel, mas em razão das suas
peculiaridades, no que tange ao transporte de crianças e adolescentes, o legislador tomou maiores
precauções.
Os condutores destes veículos, por serem de aluguel e destinados ao transporte
remunerado de pessoas, para que possam exercer suas atividades, deverão apresentar,
previamente, certidão negativa do registro de distribuição criminal relativamente aos
crimes de homicídio, roubo, estupro e corrupção de menores, renovável a cada cinco
anos, junto ao órgão responsável pela respectiva concessão ou renovação.

Os condutores de veículos de transporte escolar devem atentar ainda ao determinado na


Res. 168/04, no que diz respeito ao Curso para Condutores de Veículos de Transporte Coletivo
de Passageiros, com duração de 50 (cinqüenta) horas-aula, sendo que a conclusão com
aproveitamento no curso deverá constar no campo das observações de sua Carteira Nacional de
Habilitação – CNH.

III-) HABILITAÇÃO DE CONDUTORES

Art. 141. O processo de habilitação, as normas relativas à aprendizagem para conduzir


veículos automotores e elétricos e à autorização para conduzir ciclomotores serão
regulamentados pelo CONTRAN.

Como o objeto do nosso trabalho é a preparação do candidato para os concursos públicos, não
cabe aqui nos estendermos em temas que não são pacificou, como, por exemplo, se a
denominação "permissão para dirigir" cabe ou não; com isso vamos procurar ser o mais objetivo
possível.

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Neste item, vamos estudar todo o processo de habilitação, conforme as disposições do CTB e
da Resolução n° 168/04 do CONTRAN com suas atualizações. Sobre habilitação devemos saber
que em todas as suas formas (autorização, permissão, Carteira Nacional de Habilitação) TEM
NATUREZA JURÍDICA DE LICENÇA, UMA VEZ QUE LICENÇA É UM ATO ADMINISTRATIVO
VINCULADO E DEFINITIVO, pelo qual o Poder Público, ao verificar que o candidato à habilitação
preencheu todos os pressupostos legais, não poderá negá-la.

3.1. CATEGORIAS PARA HABILITAÇÃO


Art. 143. Os candidatos poderão habilitar-se nas categorias de A a E, obedecida a seguinte
gradação:

I - CATEGORIA A  condutor de veículo motorizado de duas ou três rodas, com ou sem


carro lateral;

II - CATEGORIA B  condutor de veículo motorizado, não abrangido pela categoria A, cujo


peso bruto total não exceda a três mil e quinhentos quilogramas e cuja lotação não exceda a
oito lugares, excluído o do motorista;

III - CATEGORIA C  condutor de veículo motorizado utilizado em transporte de carga, cujo


peso bruto total exceda a três mil e quinhentos quilogramas;

IV - CATEGORIA D  condutor de veículo motorizado utilizado no transporte de passageiros,


cuja lotação exceda a oito lugares, excluído o do motorista;

V - CATEGORIA E  condutor de combinação de veículos em que a unidade tratora se


enquadre nas Categorias B, C ou D e cuja unidade acoplada, reboque, semi-reboque ou
articulada, tenha seis mil quilogramas ou mais de peso bruto total, ou cuja lotação exceda a
oito lugares, ou, ainda, seja enquadrado na categoria trailer.

3.2. REQUISITOS

Os candidatos à habilitação para conduzir veículos automotores e elétricos, assim como


para conduzir ciclomotores, deverão preencher alguns pressupostos para que possam
efetivamente entrar no rol daqueles que são passíveis de obter o documento de habilitação.

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Sendo assim, após preencher os requisitos impostos, pode o candidato dirigir-se a um


Centro de Formação de Condutores (AUTOESCOLA) ou diretamente no DETRAN e solicitar que lhe
seja aberto um prontuário chamado de RENACH (Registro Nacional de Condutores Habilitados),
onde ficará consignada toda a sua vida como aprendiz e condutor, e somente após a abertura
desse prontuário é que poderá iniciar os exames. Saiba que esse prontuário ficará ativo por um
período de 12 meses, prazo que o candidato tem para terminar seus exames de habilitação.
Ao preencher todos os requisitos acima e após o devido cadastramento dos seus dados
informativos no Registro Nacional de Condutores Habilitados - RENACH, o candidato deverá
realizar Avaliação Psicológica, Exame de Aptidão Física e Mental, Curso Teórico- técnico, Exame
Teórico-técnico, Curso de Prática de Direção Veicular e Exame de Prática de Direção Veicular, nesta
ordem.
O processo do candidato à habilitação ficará ativo no órgão ou entidade executivo de trânsito
do Estado ou do Distrito Federal, pelo prazo de 12 (doze) meses, contados da data do requerimento
do candidato e, se não concluído nesse período, o processo será cancelado, não se aproveitando
o número do prontuário RENACH.

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3.3. EXAMES EXIGIDOS PARA HABILITAÇÃO

Esses exames poderão ser aplicados por entidades públicas ou privadas credenciadas pelo
órgão executivo de trânsito dos Estados e do Distrito Federal, de acordo com as normas
estabelecidas pelo CONTRAN, exceto os de direção veicular, que só podem ser aplicados por
entidade pública.
Enfim, embora complexo o processo de habilitação, é pacífico que a sua fase mais importante,
que realmente atesta que o condutor está apto a dirigir veículo automotor, é o exame de direção
veicular, razão pela qual o legislador exigiu que os órgãos de trânsito não os delegassem ao
particular, pois é, na verdade, um controle que os DETRANS exercem no processo de habilitação,
verificando se o candidato está realmente apto a dirigir veículo automotor e elétrico.
Portanto, o exame de direção veicular é a única fase do processo em que é obrigatória a
presença do DETRAN. Cabe observar que o DETRAN se faz presente nessa fase por
intermédio de seus examinadores, que são designados pela autoridade de trânsito.
Vejamos, então, os aspectos principais de cada um desses exames:

1º) *** AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA ***


A avaliação psicológica é um exame independente do exame de aptidão física e mental,
embora tenha um caráter complementar a este, uma vez que é preliminar e realizado por
psicólogo perito examinador. Esse exame será exigido quando:

a) da obtenção da ACC e da CNH;


b) renovação em caso de o condutor exercer serviço remunerado de transporte de
pessoas ou bens;
c) substituição do documento de habilitação obtido em país estrangeiro e por
solicitação do perito examinador.
Na avaliação psicológica o candidato será considerado pelo psicólogo perito examinador
de trânsito como:
apto - quando apresentar desempenho condizente para a condução de veículo automotor;
inapto temporário - quando não apresentar desempenho condizente para a condução
de veículo automotor, porém passível de adequação;
inapto - quando não apresentar desempenho condizente para a condu ção de veículo
automotor.
O resultado inapto temporário constará na planilha RENACH e consignará prazo de
inaptidão; findo o qual, deverá o candidato ser submetido a uma nova avaliação psicológica.

Por fim, cabe observar que o candidato considerado inapto ou inapto temporário na

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avaliação psicológica poderá requerer, no prazo de trinta dias, contados a partir do
conhecimento do resultado do exame, a instauração de Junta Psicológica aos órgãos ou
entidades executivos de trânsito dos Estados e do Distrito Federal, para reavaliação do
resultado.

2º) *** AVALIAÇÃO DE APTIDÃO FÍSICA E MENTAL ***

O exame de aptidão física e mental é exigido para:

a) a obtenção da ACC e da CNH, para a renovação da ACC e das categorias da CNH;


b) para a adição e mudança de categoria e
c) para a substituição do documento de habilitação obtido em país estrangeiro.

Por meio de um único exame de aptidão física e mental e de avaliação psicológica, pode o
candidato requerer simultaneamente a ACC e habilitação na categoria "B", bem como requerer
habilitação em "AB", se considerado apto para ambas, uma vez que os critérios de aprovação nos
exames não são os mesmos, conforme a Resolução n° 267/08 do CONTRAN.
No exame de aptidão física e mental o candidato será considerado pelo médico perito
examinador de trânsito como:
apto – quando não houver contra-indicação para a condução de veículo automotor na
categoria pretendida;

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apto com restrições – quando houver necessidade de registro na CNH de qualquer
restrição referente ao condutor ou à adaptação veicular;
inapto temporário - quando o motivo da reprovação para a condução de veículo
automotor na categoria pretendida for passível de tratamento ou correção;
inapto – quando o motivo da reprovação para a condução de veículo automotor na
categoria pretendida for irreversível, não havendo possibilidade de tratamento ou correção.

Vale ressaltar que o candidato considerado inapto, inapto temporário ou apto com restrições
no exame de aptidão física e mental poderá requerer, no prazo de trinta dias, contados a partir
do conhecimento do resultado do exame, a instauração de Junta Médica aos órgãos ou
entidades executivos de trânsito dos Estados e do Distrito Federal, para reavaliação do
resultado.

Finalmente, ainda quanto ao exame de aptidão física e mental, cabe destacar que é ele que
determina qual será a validade da CNH, como veremos adiante, inclusive para os tripulantes de
aeronaves, em que o cartão de saúde, devidamente atualizado, expedido pelas Forças Armadas ou
pelo Departamento de Aviação Civil — DAC, substitui o exame de aptidão física e mental necessário à
obtenção ou à renovação periódica da habilitação para conduzir veículo automotor.

3º) *** EXAME ESCRITO, SOBRE LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO ***

O candidato à obtenção da ACC ou da CNH, após a conclusão do curso. de formação será submetido
a exame teórico-técnico, constituído de prova convencional ou eletrônica de, no mínimo, 30
questões, incluindo todo o conteúdo programático, proporcional à carga horária de cada

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disciplina, organizado de forma individual, única e sigilosa, devendo obter aproveitamento de, no
mínimo, 70% de acertos para aprovação.
O Curso de formação, a ser ministrado em um CFC ou por instrutor não vinculado, tem um total
de 45 horas-aula.

Finalmente, no caso de reprovação no exame escrito, o candidato só poderá repetir o exame


DEPOIS DE DECORRIDOS QUINZE DIAS DA DIVULGAÇÃO DO RESULTADO.

4º) *** EXAME E DIREÇÃO VEICULAR ***

O exame de direção veicular será exigido ao candidato:

a) para obtenção da ACC e da CNH;


b) para a adição ou mudança de categoria, devendo o candidato à habilitação

Para o que se refere o item ―a‖ o candidato deve prestar o exame de prática de direção
veicular somente depois de cumprida a carga horária de 20 horas-aula no curso de direção
veicular.
o
Para o referido no item ―b‖, a Resolução ri 285/03 do CONTRAN, que trata do tema, nos informa
que, em caso de mudança e adição de categoria, a carga horária a ser cumprida no curso é de
15 horas/aula.

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Art. 152. O exame de direção veicular será realizado perante uma comissão integrada por três
membros designados pelo dirigente do órgão executivo local de trânsito, para o período de um
ano, permitida a recondução por mais um período de igual duração.

§ 1º Na comissão de exame de direção veicular, pelo menos um membro deverá ser habilitado
na categoria igual ou superior à pretendida pelo candidato.

A aplicação do exame é de responsabilidade exclusiva dos examinadores, que deverão formar


uma comissão de três membros designados pelo dirigente do órgão ou entidade executivo de
trânsito do Estado ou do Distrito Federal, podendo a comissão examinadora ser volante para atender
às especificidades de cada Estado ou do Distrito Federal, a critério do respectivo órgão ou entidade
executivo de trânsito.

O candidato deverá estar acompanhado, durante toda a prova, por, no mínimo, dois
membros da comissão, sendo pelo menos um deles habilitado na categoria igual ou superior a
pretendida pelo candidato, exceto para os candidatos à "ACC" e à categoria A, para as quais o
exame deverá ser realizado em área especialmente destinada a este fim, apresentando os
obstáculos e as dificuldades da via pública, de forma que o examinador possa ser observado pelos
examinadores durante todas as etapas do exame, sendo que pelo menos um dos membros deverá
estar habilitado na categoria "A".
Na instrução e no exame de direção veicular paia candidatos às categorias ―A‖, "B", C", "D" e
"E", deverão ser atendidos os seguintes requisitos:

Categoria “A” — veículo de duas rodas com cilindrada acima de 120 centímetros cúbicos;
Categoria "B" — veículo motorizado de quatro rodas, excetuando-se o quadriciclo;
Categoria "C" — veículo motorizado utilizado no transporte de carga,
registrado com Peso Bruto Total (PBT) de, no mínimo, 6.000 kg;
Categoria “D” — veículo motorizado utilizado no transporte de passage iros, registrado com
capacidade mínima de vinte lugares;
Categoria "E" — combinação de veículos, cujo caminhão-trator deverá ser acoplado a um
reboque ou semi-reboque, registrado com Peso Bruto Total (PBT) de, no mínimo, 6.000 kg, ou veículo
articulado, cuja lotação exceda a vinte lugares.

No caso de reprovação no exame de direção veicular o candidato só poderá repetir o exame


depois de decorridos quinze dias da divulgação do resultado.

3.4 LADV - LICENÇA DE APRENDIZAGEM DE DIREÇÃO VEICULAR

Art. 155. A formação de condutor de veículo automotor e elétrico será realizada por instrutor
autorizado pelo órgão executivo de trânsito dos Estados ou do Distrito Federal, pertencente ou
não à entidade credenciada.
Parágrafo único. Ao aprendiz será expedida autorização para aprendizagem, de acordo com a
regulamentação do CONTRAN, após aprovação nos exames de aptidão física, mental, de
primeiros socorros e sobre legislação de trânsito. (Parágrafo acrescentado pela Lei nº 9.602,
de 21.1.1998)

O artigo acima se refere à LADV (Licença para Aprendizagem Veicular) que deve ser entendida
como o documento que o aprendiz deve portar durante a aprendizagem para que um agente de trânsito
possa dif erenciá-lo de um condutor inabilitado.

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De maneira muito prudente, o legislador exigiu que os DETRANS somente pudessem expedir a LADV depois de o
candidato mostrar conhecimento teórico e aptidão física, mental e psicológica, uma vez que o curso de direção veicular se
dá na via pública. Saiba que essa exigência abrange também os condutores habilitados que desejam adicionar ou mudar
de categoria de habilitação, uma vez que, antes do curso de direção veicular, devem fazer o exame de aptidão física e
mental necessário à mudança ou adição de categoria.
A solicitação da LADV se dará pelo aprendiz diretamente no DETRAN, pelo CFC (Auto-Escola) ou por seu
instrutor particular. Esse documento será expedido em nome do candidato com a identificação do CFC responsável e/ou
do instrutor, depois de aprovado nos exames previstos na legislação, com prazo de validade que permita que o
processo esteja concluído dentro do prazo de validade do prontuário RENACH.

Art. 158. A aprendizagem só poderá realizar-se:

I - nos termos, horários e locais estabelecidos pelo órgão executivo de trânsito;


II - acompanhado o aprendiz por instrutor autorizado.

Parágrafo único. Além do aprendiz e do instrutor, o veículo utilizado na aprendizagem poderá


conduzir apenas mais um acompanhante.

É importante saber que a preparação dos candidatos à obtenção da permiss ão para dirigir poderá ser
feita por ins trutores de direção veicular, vinculados ou não vinculados a um Centro de Formação de
Condutores (CFC).
O instrutor de direção veicular não-vinculado é aquele que, habilitado pelo DETRAN ou entidade
credenciada, não mantém vínculo com nenhum curso e não faz da instrução para aprendizagem uma atividade ou
profissão, exercendo-a em caráter gratuito, voluntário e excepcional. Deve, no entanto, ser autorizado, pelo DETRAN,
a instruir candidato à habilitação, podendo instruir dois candidatos em cada período de 12 meses. Porém, quando não
existir Centro de Formação de Condutores no município, o instrutor de direção veicular não -vinculado poderá
exercer as funções teóricas e práticas, em caráter não voluntário e com, o limite do número de alunos por ano a ser
definido pelo órgão executivo estadual de trânsito com jurisdição sobre a área que o autorizar, desde que esteja
devidamente qualificado tecnicamente.

O instrutor vinculado é aquele que exerce a atividade em caráter profissional e vinculado a


um CFC.
A LADV, expedida pelo órgão ou entidade executivo de trânsito do Estado ou do Distrito Federal, somente
produzirá seus efeitos legais na Unidade da Federação em que tenha sido expedida e, como vimos acima, nos
termos, horários e locais estabelecidos.
Por fim, o candidato à habilitação que for encontrado conduzindo em desacordo-como
disposto terá a LADV suspensa pelo prazo de seis meses.

3.5. PPD - PERMISSÃO PARA DIRIGIR

Art. 148.
§ 2º Ao candidato aprovado será conferida Permissão para Dirigir, com validade de um ano.
§ 3º A Carteira Nacional de Habilitação será conferida ao condutor no término de um ano,
desde que o mesmo não tenha cometido nenhuma infração de natureza grave ou gravíssima
ou seja reincidente em infração média.

A PPD - Permissão para Dirigir é, na verdade, um período de prova que precede a obtenção da CNH, que é o
documento definitivo. Saiba que a permissão tem validade em todas as vias terrestres abertas à circulação do
território nacional e não somente no estado que a expediu, como acontece com a LADV, por exemplo.
A validade da permissão é de 1 (um) ano, podendo o condutor dirigir 30 dias além do prazo de
vencimento, sendo que, após o vencimento, o condutor pode requerer a CNH, que é uma licença definitiva, caso não
tenha cometido nenhuma infração de natureza gravíssima, grave ou reincidência em infrações médias durante
a vigência da permissão, conforme visto acima.

3.6. ACC – AUTORIZAÇÃO PARA CONDUZIR CICLOMOTOR


Ciclomotor é o veículo de duas ou três rodas, provido de um motor de combustão interna, cuja cilindrada não
exceda a cinquenta centímetros cúbicos (3,05 polegadas cúbicas) e cuja velocidade máxima de fabricação não exceda a
cinquenta quilômetros por hora.

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A Autorização para Conduzir Ciclomotores - ACC, não é uma categoria de habilitação e
sim uma autorização, restrita àqueles veículos, mas exige que o candidato atenda aos requi-
sitos do art. 140 do CTB e à Res. 168/04, que normatiza sua expedição, que diz, por exemplo, em
seu art. 25, que o exame de direção veicular será feito num ciclomotor que possua duas rodas.
Ao candidato considerado apto para conduzir ciclomotores, será conferida ACC provisória com validade de 1 (um)
ano, e, ao término desta, o condutor poderá solicitar a autorização definitiva, que lhe será concedida desde que o ele
não tenha cometido nenhuma infração de natureza grave ou gravíssima ou seja reincidente em infração média
0
durante a vigência da ACC provisória, conforme o art. 34, § 2 , da Resolução n°.168/04, na redação da Resolução n° 169/04
do CONTRAN.
Quando o condutor possuir CNH, a ACC será inserida em um campo específico daquela, utilizando-se para
ambas um único registro conforme dispõe o § 7* do art. 159 do CTB, que nos informa que a cada condutor corresponderá
um único registro no RENACH, agregando-se neste todas as inforImações.

3.7. VEÍCULOS RELACIONADOS À APRENDIZAGEM


Vejam os c om o fic aram regulam entad os os veíc ulos utilizados na aprendizagem, como também aqueles
utilizados nos exames.
Existem duas formas de se fazer o curso de prática de direção veicular: ou o candidato, após a aprovação nos
outros exames, se dirige a um CFC, ou faz o treinamento com um instrutor particular (não-vinculado).

Art. 154. Os veículos destinados à formação de condutores serão identificados por uma faixa
amarela, de vinte centímetros de largura, pintada ao longo da carroçaria, à meia altura, com a
inscrição AUTO-ESCOLA na cor preta.
Parágrafo único. No veículo eventualmente utilizado para aprendizagem, quando autorizado
para servir a esse fim, deverá ser afi xada ao longo de sua carroçaria, à meia altura, faixa
branca removível, de vinte centímetros de largura, com a inscrição AUTO-ESCOLA na cor
preta.

Perceba, então, que estamos falando de duas categorias de veículos utilizados na


aprendizagem, pois os veículos pertencentes ao CFC, especialmente destinados, são da categoria
"aprendizagem", e aqueles eventualmente utilizados são da categoria "particular".
É possível encontrarmos veículos de aprendizagem em caráter provisório: são os casos de
veículos adaptados para deficientes, uma vez que não é exigível que o CFC tenha um veículo para
cada deficiência.
Com relação ao veículo de duas rodas, empregado na instrução de prática de direção, ele
deverá ser identificado por uma placa amarela com as dimensões de 30 centímetros de largura e
15 centímetros de altura, fixada na parte traseira do veículo, em local visível, contendo a
inscrição "MOTO ESCOLA" em caracteres pretos, devendo estar equipado com luz nas laterais,
de cor amarela ou âmbar, indicadora de direção e espelhos retrovisores nas laterais, conforme
a Resolução, 74/98 do CONTRAN.

3.8. A CNH – CARTEIRA NACIONAL DE HABILITAÇÃO

Art. 159. A Carteira Nacional de Habilitação, expedida em modelo único e de acordo com as
especificações do CONTRAN, atendidos os pré-requisitos estabelecidos neste Código, conterá
fotografia, identificação e CPF do condutor, terá fé pública e equivalerá a documento de
identidade em todo o território nacional.
§ 1º É obrigatório o porte da Permissão para Dirigir ou da Carteira Nacional de Habilitação
quando o condutor estiver à direção do veículo.
§ 3º A emissão de nova via da Carteira Nacional de Habilitação será regulamentada pelo
CONTRAN.

Ao apresentar a Carteira Nacional de Habilitação no modelo atual, que contenha os dados


do caput deste artigo, nenhum outro documento de identidade pessoal, precisará o condutor
apresentar ao agente de trânsito fiscalizador.

A Res. 192/06, em seu art. 8°, disciplina a expedição obrigatória de nova via da Carteira

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Nacional de Habilitação, no modelo único, a qual dar-se-á, nas situações previstas nos incs. I a
VIII, conforme abaixo transcritos:

I – da obtenção da Permissão para Dirigir na "ACC" e nas categorias "A", "B" ou "A' "B",
pelo período de 1 (um) ano;
II – da troca da Permissão para Dirigir pela CNH definitiva, na "ACC" ou nas Categorias "A",
"B", ou "A" e "B", ao término de um ano da permissão, desde que atendido ao disposto no § 3° do
art. 148 do CTB;
III – da adição e da mudança de categoria;

IV – da perda, dano ou extravio;


V – da renovação dos exames para a CNH;

VI – houver a reabilitação do condutor;

VII – ocorrer alteração de dados do condutor;

VIII – da substituição do documento de habilitação estrangeira".

§ 5º A Carteira Nacional de Habilitação e a Permissão para Dirigir somente terão validade para
a condução de veículo quando apresentada em original.

Não há documento que a substitua, quando tratar -se de brasileiro, conduzindo veículo
automotor em vias públicas no País. Jamais poderá ser apresentada como cópia
autenticada, pois não terá validade. Ao perdê-la, deteriorá-la ou tratando-se de furto ou
roubo, deverá o interessado imediatamente procurar o DETRAN de seu Estado, a fim de
solicitar uma segunda via Neste ínterim de tempo, não poderá conduzir veículo
automotor, sob pena de estar cometendo a infração de trânsito por não portar os
documentos de porte obrigatório.

*** VALIDADE DOS EXAMES E DA HABILITAÇÃO ***

Art. 147.
§ 2º O exame de aptidão física e mental será preliminar e renovável a cada cinco anos, ou a
cada três anos para condutores com mais de sessenta e cinco anos de idade, no local de
residência ou domicílio do examinado. (Parágrafo acrescentado pela Lei nº 9.602, de 21.1.1998)

Art. 159.
§ 10. A validade da Carteira Nacional de Habilitação está condicionada ao prazo de vigência do
exame de aptidão física e mental. (Parágrafo acrescentado pela Lei nº 9.602, de 21.1.1998)

Concluímos, portanto, que o condutor que tiver até 65 anos de idade terá 05 anos de validade
no seu exame de saúde.
Quando houver indícios de deficiência física, mental ou de progressividade de doença que
possa diminuir a capacidade para conduzir veículo, o prazo de validade do exame poderá ser
diminuído a critério do médico e/ou psicólogo perito examinador. Enfim, nesse caso, a
validade dos exames será de até cinco anos para pessoas com até 65 anos de idade ou de até três
anos para pessoas acima de 65 anos de idade.

Art. 147.

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§ 3º O exame previsto no § 2º deste artigo incluirá avaliação psicológica preliminar e
complementar sempre que a ele se submeter o condutor que exerce atividade remunerada ao
veículo, incluindo-se esta avaliação para os demais candidatos apenas no exame referente à
primeira habilitação. (Redação dada pela Lei nº 10.350, de 21.12.2001)
§ 5º O condutor que exerce atividade remunerada ao veículo terá essa informação incluída na
sua Carteira Nacional de Habilitação, conforme especificações do Conselho Nacional de
Trânsito – Contran. (Parágrafo acrescentado pela Lei nº 10.350, de 21.12.2001)

Entende-se por condutores que exercem atividades remunerado ao veículos os


seguintes:
a) transporte coletivo de passageiros;"
b) transporte de escolares;
c) transporte de produtos perigosos;
d) emergência;
e) transporte de carga índivisivel e outras, objeto de regulamentação específica. pelo
CONTRAN
.
Além de habilitado, o condutor deverá cumprir outros requisitos, tais como: ser maior de
21 anos; não ter cometido nenhuma infração grave ou gravíssima, ou não ser reincidente em
infrações médias durante os últimos 12 meses, e também que não estar cumprindo pena de
suspensão ou cassação do direito de dirigir.
É importante termos em mente a data de 19.02.2002, pois é o marco divisório de
exigência ou não de que conste na habilitação a realização desta avaliação psicológica, aos
condutores que exerçam atividade remunerada ao volante. A realização desta atividade estará
escrita no campo das observações da habilitação, quando o candidato tiver sido submetido à
avaliação psicológica, com êxito no resultado, conforme previsto no § 5° acima.
A respeito ainda dos condutores que exerçam atividade remunerada ao veículo falaremos
também de outra exigência a eles impetrada: CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO.

Quanto ao local, os cursos especializados poderão ser ministrados tanto pelo órgão ou
entidade executivo de trânsito dos Estados e do Distrito Federal quanto por instituições vinculadas
ao Sistema Nacional de Formação de Mão-de-obra.

Quanto ao regime de funcionamento, devemos saber que cada curso especializado será
constituído de 50 horas aula, podendo ser desenvolvido na modalidade de ensino a distância, por
apostilas atualizadas e outros recursos tecnológicos, não podendo exceder a 20% do total da
carga horária prevista para cada curso.

Quanto à validade, será de no máximo 5 anos, quando os condutores deverão realizara


atualização dos respectivos cursos, devendo coincidir com a validade do exame de sanidade
física e mental do condutor.

Por fim, quando da renovação, existe a necessidade de que se faça um outro curso chamado
de curso de atualização da especialização, que terá uma carga horária mínima de 16 horas-aula
nas disciplinas dos cursos especializados, abordando, preferencialmente, as atualizações na
legislação, a evolução tecnológica e estudos de casos dos módulos específicos de cada curso.

*** MUDANÇA E ADIÇÃO DE CATEGORIA ***

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Art. 146. Para conduzir veículos de outra categoria o condutor deverá realizar exames
complementares exigidos para habilitação na categoria pretendida.

Para conduzir veículos de outra categoria, tanto adição quanto mudança, condutor deverá
realizar exames complementares exigidos para habilitação na categoria pretendida, que são exames
de direção veicular e aptidão física e mental.
O esquema abaixo mostra com clareza todas as possibilidades possíveis segundo o CTB e
legislação complementar:

a) ACC para A  MUDANÇA.

Não há requisito de tempo. Saiba que está mudança é, na verdade, considerada uma
evolução e não mudança, uma vez que ACC não aparece na legislação como categoria de
habilitação.
b) B, C, D ou E, ADICIONANDO A; ou A ADICIONADO B  ADIÇÃO

Não há requisito de tempo.


c) B para C  MUDANÇA.
Para habilitar-se na categoria C, o condutor deverá estar habilitado no mínimo há 01 ano
na categoria B e não ter cometido nenhuma infração grave ou gravíssima, ou não ser
reincidente em infrações médias, durante os últimos doze meses.
d) B para D  MUDANÇA.
Ser maior de vinte e um anos; estar habilitado no mínimo há 02 anos na categoria B; não
ter cometido nenhuma infração grave ou gravíssima, ou não ser reincidente em infrações
médias durante os últimos doze meses.

e) B para E  MUDANÇA.

Ser maior de 21 anos. Não é permitida esta mudança.


f) C para D  MUDANÇA.
Ser maior de 21 anos; estar habilitado no mínimo há 01 ano na categoria. C; não ter
cometido nenhuma infração grave ou gravíssima, ou não ser reincidente em infrações
médias durante os últimos doze meses.

g) C para E  MUDANÇA.

Ser maior de 21 anos ; estar habilitado no mínimo há 01 ano na categoria C; não ter
cometido nenhuma infração grave ou gravíssima, ou não ser reincidente em infrações
médias durante os últimos doze meses
h) D para E  MUDANÇA.
Ser maior de 21 anos; não há requisito de tempo; não ter cometido nenhuma infração
grave ou gravíssima, ou não ser reincidente em infrações médias durante os últimos doze
meses.

3.9 O CANDIDATO OU CONDUTOR ESTRANGEIRO

Art. 142. O reconhecimento de habilitação obtida em outro país está subordinado às condições
estabelecidas em convenções e acordos internacionais e às normas do CONTRAN.

A Resolução 193/06 do CONTRAN, que veio regulamentar o tema, revogando os artigos 29,

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30, 31 e 32 da Resolução 168/04 do CONTRAN, tratou de quatro situações possíveis, no que se
refere à habilitação de pessoas oriundas de outros países, a saber:

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Ressalta-se também, em virtude do exposto, que a Resolução 193/06 não terá caráter de
obrigatoriedade aos diplomatas ou cônsules de carreira e àqueles a eles equiparados, ou seja,
estes poderão continuar dirigindo como documento de habilitação de seus países de origem por
tempo indeterminado.

EXERCÍCIOS

I-) Acerca do que diz o C.T.B. julgue os itens a seguir

1. ( ) Para conduzir veículo com mais de uma unidade tracionada, independentemente da


capacidade de tração ou do peso bruto total, o condutor deverá estar habilitado na categoria E.

2. ( ) Trator de roda, trator de esteira, trator misto ou outro tipo de equipamento automotor
destinado à movimentação de cargas ou execução de trabalho agrícola, de terraplanagem,
de construção ou de pavimentação, só podem ser conduzidos na via Pública por condutor
habilitado nas categorias B, C, D ou E.

3. ( ) Para habilitar-se nas categorias D ou E, o condutor deverá ser maior de vinte e um anos,
estar habilitado no mínimo há dois anos na categoria B, ou no mínimo há um na categoria C,
quando pretender habilitar-se na categoria D; e no mínimo há um ano na categoria C, quando
pretender habilitar-se na categoria E.

4. ( ) Estar habilitado no mínimo há dois anos na categoria B, ser maior de 21 (vinte e um) anos
e não ter cometido nos últimos 12 (doze) meses infração grave ou gravíssima ou ser reincidente em
infrações médias são requisitos para habitar-se na categoria D.

5. ( ) Estar habilitado no mínimo há um ano na categoria C, ser menor de 21 (vinte e um) anos
e não ter cometido nos últimos 12 (doze) meses infração grave ou gravíssima ou ser reincidente em
infrações médias são requisitos para habilitar-se na categoria D.

6. ( ) No caso de transferência de propriedade, o proprietário antigo deverá


encaminhar ao órgão executivo de trânsito dentro do prazo de trinta dias cópia
autenticada do comprovante de transferência de propriedade, devidamente assi nad o e
dat ado, sob pe na de t er q ue se r e spo n sabi l i zar sol i dari am ent e pel a s pen al i dade s
im post a s e su a s reincidências, até a data de comunicação.

7. ( )Registrado o veículo expedir-se-á o Certificado de Registro de Veículo - CRV.

8. ( ) Será obrigatória a expedição de novo Certificado de Registro de Veículo quando


for transferida a propriedade ou o proprietário mudar o Município de domicílio ou
residência, for alterada qualquer caracterí stica do veículo ou houver mudança de categoria.

9. ( ) Todo veículo automotor, elétrico, articulado, reboque ou semi -reboque, para


transitar na via, deverá ser licenciado anualmente pelo órgão executivo de trânsito do
Estado, ou do Distrito Federal, onde estiver registrado o veículo. O porte do Certificado de
Licenciamento Anual é obrigatório.

10. ( ) No caso de transferência de propriedade, o proprietário antigo deverá encaminhar


ao órgão executivo de trânsito do Estado cópia autenticada do comprovante de transferência de
propriedade, devidamente assinado e datado, dentro de um prazo de vinte dias, sob pena de
ter que se responsabilizar solidariamente pelas penalidades impostas e suas
reincidências até a data da comunicação.

11. ( ) A habilitação para conduzir veículo automotor e elétrico será apurada por meio de
exames que deverão ser realizados junto ao órgão ou entidade executivos do Estado ou do
Distrito Federal, do domicílio ou residência do candidato, ou na sede estadual ou distrital do
próprio órgão, devendo o condutor preencher os seguintes requisitos: ser penalmente
imputável, saber ler e escrever e possuir Carteira de Identidade ou equivalente.

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12. ( ) No caso de reprovação no exame escrito sobre legislação de trânsito ou de direção
veicular, o candidato só poderá repetir o exame depois de decorridos 10 dias da divulgação do
resultado.

13. ( ) A Carteira Nacional de Habilitação, expedida em modelo único e de acordo com as


especificações do CONTRAN, atendidos os pré-requisitos estabelecidos no CTB, conterá
fotografia, identificação e CPF do condutor, terá fé pública e equivalerá a documento de
identidade em todo território nacional.

14. Para co n d u zi r veí cu l o mo to ri zad o u ti l izad o n o tran sp o rte d e p assag ei ro s,


cu j a l o tação exced a a o i to l u g ares, excluído o do motorista, o condutor deverá
habilitar-se na categoria:

a) "A"; d.) "D";


b) "B"; e) "E‖
c) "C";

II-) É obrigatória a expedição de novo Certificado de Registro de Veículo (CRV) nos


casos:

15. ( ) Transferência de propriedade: a transferência tem que ser imediata;

16. ( ) Transferência de endereço no mesmo município;

17.( ) Alteração de característica do veiculo: transferência imediata; Mudança de categoria:


transferência imediata;

18.( ) Em caso de transf erência de propriedade, o p roprietário anterior tem 30 dias


para comunicar ao DETRAN a venda do veículo.

III-) Julgue os itens a seguir::

19. ( ) O licenciamento é feito anualmente pelo DETRAN, quando quitado todos os débitos do
veículo (tributos e multas);

20. ( ) No caso de transferência de residência ou domicílio, é válido durante o exercício, o


licenciamento de origem.

21. ( ) Veículo zero, em seu primeiro licenciamento, não precisa vistoria.

22.( ) Uma das exigências para condução de escolares é a inspeção anual para
verificação dos equipamentos obrigatórios e de segurança;

23. ( ) Os veículos escolares devem ter o equipamento registrador instantâneo


inalterável de velocidade e tempo;

24. ( ) São exigências para conduzir veículo escolar: ser maior de 18 anos e ter categoria D;

25. ( ) Para habilitar-se nas categorias D ou E, o candidato não poderá ter cometido
nenhuma infração gravíssima, grave ou média durante os últimos doze meses;

26. ( ) Para dirigir veiculo de produtos perigosos deverá habilitar-se pelo menos na categoria C.

27. ( ) O candidato . dev erá estar no mínimo há dois anos na categoria B, ou no


mínimo há um ano na categoria C, quando pretender habilitar-se na categoria D.

28. ( ) O candidato deverá estar no mínimo há três anos na categoria B, quando pretender habilitar
na categoria E;

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29. ( ) O candidato aprovado no exame de habilitação para a categoria C deve receber a Carteira
Nacional de Habilitação, com validade de um ano;

30. ( ) Um condutor de um guincho carregando um ônibus enguiçado deverá ser habilitado


na categoria E;

31. ( )A validade da CNH está condicionada ao prazo de vigência do exame de vista.

I V -) No to c an t e à C a rt e i r a N a ci o n a l d e Ha b i l i t a ç ão ( CN H ), s e g u n d o o Có d i g o
d e T r ân si to B r a s i l ei r o ( CT B) e respectivas resoluções, julgue os itens subseqüentes.

32. ( ) O condutor com mais de 65 anos de idade deve renovar seus exames de aptidão física e
mental a cada 04 anos.

33. ( ) O CTB oportuniza o prazo de 30 dias, contados da data do vencimento da CNH,


para a renovação da habilitação. A infração de trânsito estará caracterizada quando o
condutor estiver dirigindo com a CNH vencida além do prazo exigível para a renovação.

34. ( ) São requisitos para o condutor obter a CNH: idade mínima de 18 anos,
conclusão do primeiro ciclo do ensino fundamental e carteira de identidade ou equivalente.

35. ( ) Para habilitar-se à condução de veículo automotor, o interessado tem de


submeter-se aos seguintes exames: de aptidão física e mental, de legislação de
trânsito (escrito), de noções de primeiros socorros e de direção veicular, sendo utilizado
neste último um veículo da categoria para a qual o condutor quer se habilitar.

36. ( ) Cópias autenticadas da CNH e da Permissão para Dirigir são consideradas


documentos válidos quando se está conduzindo um veículo automotor.

37. ( ) Após os exames de habilitação, o candidato aprovado recebe uma permissão


para conduzir veículos por dois anos. Ao final desse período, a CNH será expedida se o
condutor não houver cometido nenhuma inf ração de natureza grave ou gravíssima, ou se
não for reincidente em infração de natureza média.

38. Os veículos novos terão circulação, durante o trajeto entre a fábrica e o Município de
destino, regulados pelo:

a) CETRAN. c) CONTRAN.
b) órgão Executivo de Trânsito com circunscrição d) RENAVAM. sobre a via.

39. Os veículos especialmente destinados à condução coletiva de escolares poderão


circular nas vias com autorização emitida:

a) Pelo CONTRAN.
b) Pelo órgão ou entidade Executivo de Trânsito dos Estados e do Distrito Federal.
c) Pelo CETRAN.
d) Pela Administração Pública.

40. O condutor de veículos escolares deve satisfazer uma série de requisitos, dentre os quais
não se inclui.
a) Ter idade superior a 21 anos.
b) Ser habilitado na categoria "E".
c) Não ter cometido nenhuma infração grave ou gravíssima, ou ser reincidente em
infrações médias durante os doze últimos meses.
d) Ser aprovado em curso especializado, nos termos da regulamentação do CONTRAN.

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41. A exp ed i ção d e au to ri zação p ara co n du zi r veí cu l o s d e p ro pu l são
h u m a n a e d e t r a ç ã o a n i m a l é d e responsabilidade:

a) dos Estados.
b) dos Municípios.
c) dos CETRAN.
d) do Órgão ou entidade Executivo de Trãnsito do Estado de domicilio do condutor.

4 2 . Co n s ti tu i ( em ) d o cu m en to ( s) d e h ab i l i t a ç ão d e aco rd o co m o Có d i g o d e
T r ân s i to B ra si l ei ro e l eg i s l a ç ão complementar:

a) A Permissão Dirigir e Certificado de Licenciamento de Veículo;


b)A Carteira Nacional de Habilitação, Permissão para Dirigir e a ACC – Autorização para Conduzir
Ciclomotores;
c) Somente a Carteira Nacional de Habilitação visto que a P ermissão para Dirigir nada
mais é que uma Permissão para dirigir somente no Estado em que o candidato foi habilitado;
d) O Certificado Licenciamento do Veículo.

43. Q u al d a s c at eg o ri a s ab ai xo é n e ce ss ári a p a ra co n d u zi r tr an sp o rt e
co l eti vo d e p a ss ag ei ro s, d e em erg ên ci a, escolares ou produtos perigosos?

a) A, B, D, E d) C, D, E
b) A, C e) D, E
c) A, B

GABARITO:

01. E 23. C
02. E 24. E
03. C 25. E
04. C 26. E
05. E 27. C
06. C 28. E
07. C 29. E
08. C 30. C
09. C 31. E
10. E 32. E
11. E 33. C
12. E 34. E
13. C 35. E
14. D 36. E
15. C 37. E
16. C 38. C
17. C 39. B
18. C 40. B
19. C 41. B
20. C 42. B
21. E 43. E
22. E

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I – PENALIDADES

Art. 256. A AUTORIDADE DE TRÂNSITO, na esfera das competências estabelecidas neste


Código e dentro de sua circunscrição, deverá aplicar, às infrações nele previstas as seguintes
PENALIDADES:

I - advertência por escrito;


II - multa;
III - suspensão do direito de dirigir;
IV - apreensão do veículo;
V - cassação da Carteira Nacional de Habilitação;
VI - cassação da Permissão para Dirigir;
VII - freqüência obrigatória em curso de reciclagem.

As penalidades administrativas, também chamadas sanções de polícia, como previstas no


artigo acima, e são aplicáveis apenas pela autoridade de trânsito. Essas penalidades, por
interferirem na órbita de direito do administrado, em regra, somente são impostas após o devido
processo legal.
Antes de iniciarmos o estudo das penalidades e medidas administrativas, devemos estudar a
quem se aplica a legislação de trânsito:

1.2. PESSOAS A QUE SE APLICA O CTB

A lógica adotada pelo legislador, quanto à responsabilidade nas infrações de trânsito, é bem
simples, uma vez que só responde administrativamente pelo CTB aquele que quis efetivamente
cometer a infração, ou seja, poderia se comportar de outra forma e optou por cometer a infração.

Veja as pessoas que podem ser responsabilizadas com base no art. 257, caput, do CTB:
 Proprietário
 Condutor
 Embarcador
 Transportador
 Demais Pessoas

1.3. RESPONSABILIDADE DOS PROPRIETÁRIOS E CONDUTORES


Quanto à divisão de responsabilidade entre proprietário e condutor, deve- mos imaginar um
veículo que seja pertencente a uma pessoa e que esteja sendo conduzido por outra. Dessa forma,
fica fácil perceber que a responsabilidade do proprietário fica restrita à regularização do veículo,
e a do condutor fica limitada aos atos tomados na direção do veículo. Com isso, vejamos como
o legislador tratou do tema:

Art. 257.
§ 2º Ao PROPRIETÁRIO caberá sempre a responsabilidade pela infração referente à prévia
regularização e preenchimento das formalidades e condições exigidas para o trânsito do
veículo na via terrestre, conservação e inalterabilidade de suas características, componentes,
agregados, habilitação legal e compatível de seus condutores, quando esta for exigida, e
outras disposições que deva observar.

§ 3º Ao CONDUTOR caberá a responsabilidade pelas infrações decorrentes de atos praticados


na direção do veículo.

O condutor do veículo é o responsável em cumprir com as regras de circulação e por todos os


atos decorrentes do seu comportamento no trânsito.
Por fim, perceba que o legislador deixou nítida a divisão de responsabilidade entre condutor e

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proprietário. Porém cabe consignar que a aplicação da penalidade multa teve um tratamento
diferenciado na legislação, conforme o artigo 282, § 3º, do CTB, pois ainda que a infração seja de
responsabilidade do condutor, o PROPRIETÁRIO será sempre o responsável pelo seu
pagamento.

Art. 257.
7º Não sendo imediata a identificação do infrator, o proprietário do veículo terá quinze dias de
prazo, após a notificação da autuação, para apresentá-lo, na forma em que dispuser o
CONTRAN, ao fim do qual, não o fazendo, será considerado responsável pela infração.

Enfim, note que o proprietário somente transfere ao condutor os pontos referentes à infração
cometida ou à possibilidade de ser suspenso ou cassado, quando previsto, sendo a multa sempre
de sua responsabilidade.

1.4. RESPONSABILIDADE DO EMBARCADOR E DO TRANSPORTADOR NAS INFRAÇÕES


POR EXCESSO DE PESO

 EMBARCADOR: é o dono da mercadoria, ou seja, o expedidor da nota fiscal.

 TRANSPORTADOR: é o dono do veículo ou da empresa contratada para fazer o transporte


da carga.

Neste item vamos estudar a responsabilidade em uma infração específica, que é a infração
de excesso de peso, apurada em balança rodoviária, levando em consideração o documento fiscal,
para que identifiquemos quem teve a intenção de transportar mercadoria com excesso de peso – se
foi o embarcador ou o transportador.

Vejamos as situações vislumbradas pelo legislador:

Art. 257.
§ 4º O EMBARCADOR é responsável pela infração relativa ao transporte de carga com excesso
de peso nos eixos ou no peso bruto total, quando simultaneamente for o único remetente da
carga e o peso declarado na nota fiscal, fatura ou manifesto for inferior àquele aferido.

Assim, para apurar tal responsabilidade, deve proceder o agente da seguinte forma: primeiro,
pesa-se o veículo e, em seguida, verifica-se o peso apurado na balança com o declarado na nota
fiscal. Se for constatado que o embarcador declarou um peso abaixo do real, apenas este deve
responder, urna vez que o transportador certamente fora enganado. Sendo assim, responde
aquele que efetivamente teve a intenção de transportar mercadoria com excesso de peso.

Art. 257.
§ 5º O TRANSPORTADOR é o responsável pela infração relativa ao transporte de carga com
excesso de peso nos eixos ou quando a carga proveniente de mais de um embarcador
ultrapassar o peso bruto total.

Aqui a situação é bem diferente, uma vez que cada embarcador contratou um veículo que
suportasse a sua carga, e o transportador fechou mais contratos que seu veículo pudesse
transportar, no que se refere ao peso da mercadoria. Dessa maneira, apenas o transportador
quis cometer a infração, sendo este, no caso descrito, o responsável pelo cometimento da infração.

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Art. 257.
§ 6º O TRANSPORTADOR e o EMBARCADOR são solidariamente responsáveis pela infração
relativa ao excesso de peso bruto total, se o peso declarado na nota fiscal, fatura ou manifesto
for superior ao limite legal.

Nesta infração fica claro que ambos, embarcador e transportador, concorreram para o
cometimento da infração, uma vez que o embarcador, com aceite do transportador, contratou um
veículo que não suportava o total de peso da carga. Sendo assim, apenas um será autuado,
com o direito de exigir do outro a metade da multa imposta, haja vista a responsabilidade ser
solidária.

1.4. AS DEMAIS PESSOAS

As demais pessoas que podem responder pelo CTB estão espalhadas pelo Código, ou seja,
não foram agrupadas em um capítulo específico. São infrações cometidas sem a utilização de
veículos, ora por pessoa física, ora por pessoa jurídica. Na última página dessa aula
apresentaremos uma tabela que trará detalhadamente os aspectos de cada uma delas, previsto
no CTB,.

1.4. CTB – ARTS. 258 E 259 – VALORES DAS MULTAS, NATUREZA DA INFRAÇÃO E
PONTUAÇÃO

Apresentamos abaixo uma tabela que nos ajuda a melhor memorizar a correlação entre os
artigos acima citados

Natureza da Infração Valor da Multa (R$) Pontuação Correspondente

Leve 53,20 3

Média 85,13 4

Grave 127,69 5

Gravíssima 191,54 7

Art. 257.§ 2º Quando se tratar de multa agravada, o fator multiplicador ou índice adicional
específico é o previsto neste Código.

1.5. A PENALIDADE DE MULTA

Art. 260. As multas serão impostas e arrecadadas pelo órgão ou entidade de trânsito com
circunscrição sobre a via onde haja ocorrido a infração,de acordo com a competência
estabelecida neste Código.

As penalidades de multa aplicadas, de acordo com as competências já comentadas quando do


estudo do cap. II, que dispõe a respeito do Sistema Nacional de Trânsito e no comentário do artigo
acima, serão impostas e arrecadas pelo órgão que a aplicou. Saiba que a cobrança de multa
observa algumas peculiaridades, uma vez que o CTB vincula o licenciamento de veículos e a

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transferência de propriedade ao pagamento da multa.

Vamos ver alguns casos específicos sobre a penalidade multa:

*** INFRAÇÕES OCORRIDAS EM OUTRAS UNIDADES DA FEDERAÇÃO ***

Art. 260.
1º As multas decorrentes de infração cometida em unidade da Federação diversa da do
licenciamento do veículo serão arrecadadas e compensadas na forma estabelecida pelo
CONTRAN.
§ 2º As multas decorrentes de infração cometida em unidade da Federação diversa daquela do
licenciamento do veículo poderão ser comunicadas ao órgão ou entidade responsável pelo
seu licenciamento, que providenciará a notificação.

O CONTRAN regulamentou o tema na Resolução 155/04, que também foi


operacionalizada pela Portaria 03/04 do DENATRAN. Atualmente, todas as infrações ocorridas
em uma Unidade da Federação, diversa dado registro do veículo, são armazenadas em um
banco de dados nacional, administrado pelo DENATRAN. O nome do sistema criado é
RENAINF, que é o Registro Nacional de Infrações de Trânsito. Para que possamos entender
esse sistema, devemos fazer as seguintes considerações:

a) A condição para que haja restrição nos sistemas RENAVAM e RENACH é que o órgão autuador
registre suas autuações a veículos de outros estados nessa base nacional.
b) Os órgãos e entidades executivos de trânsito responsáveis pelo registro de veículos deverão
considerar a restrição por infração de trânsito, inclusive para fins de licenciamento ou transferência, a
partir da notificação da penalidade.

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c) Do valor da multa, arrecadado pelo órgão ou entidade executivo de trânsito do Estado ou
do Distrito Federal, aplicada pelos demais órgãos ou entidades componentes do Sistema Nacional de
Trânsito, serão deduzidos os custos operacionais dos participantes do processo, na forma
estabelecida pelas instruções complementares emitidas pelo DENATRAN. De outra forma, o DETRAN
de registro arrecada e repassa ao DENATRAN e ao órgão autuador as suas participações.
d) As notificações de autuação e penalidade, assim como o processo administrativo, continuam
sob responsabilidade do órgão autuador, ao contrário do que pensou o legislador no § 2° do artigo
260 do CTB.

*** MULTAS DE VEÍCULOS ESTRANGEIROS ***

Art. 260.
§ 4º Quando a infração for cometida com veículo licenciado no exterior, em trânsito no
território nacional, a multa respectiva deverá ser paga antes de sua saída do País, respeitado o
princípio de reciprocidade.

Observe que a multa não é condição para prosseguir viagem, e sim para retirada do
veículo do país, podendo o estrangeiro sair livremente. Devemos considerar a possibilidade de o
veículo sair corri todos os seus débitos de forma regular, bastando que seja dado o mesmo
tratamento ao veículo brasileiro quando no exterior.
Apenas para ilustração, já que não é possível extrair esta informação do CTB, o órgão que
deverá implementar esse dispositivo é a Polícia Rodoviária Federal, uma vez que é o órgão de trânsito
que atua nas fronteiras do país, e mais, para que os demais órgãos tenham suas multas cobradas pela
PRF, deverão celebrar convênio com ela.
É evidente que deverá ser regulamentado o processo administrativo para cobrança dos débitos
do veículo estrangeiro que for autuado no território nacional.

*** MULTAS À PESSOA JURÍDICA ***

Art. 257.
§ 7º Não sendo imediata a identificação do infrator, o proprietário do veículo terá quinze dias
de prazo, após a notificação da autuação, para apresentá-lo, na forma em que dispuser o
CONTRAN, ao f m do qual, não o fazendo, será considerado responsável pela infração.
§ 8º Após o prazo previsto no parágrafo anterior, não havendo identificação do infrator e
SENDO O VEÍCULO DE PROPRIEDADE DE PESSOA JURÍDICA, será lavrada nova multa ao
proprietário do veículo, MANTIDA A ORIGINADA PELA INFRAÇÃO, cujo valor é o da multa
multiplicada pelo número de infrações iguais cometidas no período de doze meses.

Ao analisar a multa prevista no § 8º descrito acima e o que regulamenta a Resolução n o 151/03 do


CONTRAN, percebemos que a referida multa é uma infração imprópria de trânsito, pois não é constatada
na via, na direção de veículo automotor, e sim no sistema, no balcão, no computador. Essa infração cometida
pela pessoa jurídica tem como fato gerador, ou seja, se caracteriza com a não-apresentação do real
infrator em até 15 dias da notificação da autuação, sendo gerada automaticamente pelo sistema depois
desse prazo.

*** DESTINAÇÃO DA MULTA ***

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A receita arrecadada com a cobrança de multas de trânsito tem destinação específica, ou seja,
apenas poderá ser aplicada em sinalização, engenharia de tráfego, de campo, policiamento,
fiscalização e educação de trânsito, e nada mais.
Cinco por cento do valor das multas de trânsito arrecadadas será depositado, mensalmente, na
conta de fundo de âmbito nacional destinado à segurança e educação de trânsito, que será
administrado pelo DENATRAN. Note que esse fundo é nacional; dessa forma, cinco por cento do
total das multas arrecadadas no país deverão ir para esse fundo.
.Por fim, a receita de multa 'arrecadada pelo órgão autuador será aplicada da forma acima
descrita, ou seja, com destinação específica, que representa 95% do valor total das multas impostas,
e os outros 5% vão para o FUNSET.

1.6. A PENALIDADE DE ADVERTÊNCIA POR ESCRITO

Art. 267. Poderá ser imposta a penalidade de ADVERTÊNCIA POR ESCRITO à infração de
natureza leve ou média, passível de ser punida com multa, não sendo reincidente o infrator, na
mesma infração, nos últimos doze meses, quando a autoridade, considerando o prontuário do
infrator, entender esta providência como mais educativa.
1º A aplicação da advertência por escrito não elide o acréscimo do valor da multa prevista no §
3º do art. 258, imposta por infração posteriormente cometida.

A Advertência por escrito é uma penalidade. Portanto, somente poderá ser aplicada pela
Autoridade de Trânsito competente e jamais, por Agente da Autoridade. A Legislação de trânsito em
momento algum descreve a possibilidade de o Agente de Trânsito aplicar uma Advertência por Escrito
Cabe ressaltar que a conversão da penalidade multa em penalidade de advertência por escrito
não retira a pontuação decorrente da natureza da infração cometida, uma vez. que a
pontuação não está relacionada com a aplicação da multa, e sim ao cometimento da infração.

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Art. 267
§ 2º O disposto neste artigo aplica-se igualmente aos pedestres, podendo a multa ser
transformada na participação do infrator em cursos de segurança viária, a critério da
autoridade de trânsito.

Ainda quanto à advertência por escrito, saiba que sua aplicação faz com que o condutor
esteja sujeito à suspensão do direito de dirigir por causa da pontuação imposta; e mais, quando
aplicada a advertência por escrito, o condutor sofre também uma restrição de direitos por
doze meses, uma vez que, ao cometer a mesma infração nesse período, terá necessariamente
de pagar a multa.
Assim sendo, faz-se necessário observar que, antes da aplicação da referida penalidade, o
infrator terá direito a um devido processo legal, nos mesmos moldes do processo administrativo de
multa transcrito acima.

1.7. A PENALIDADE DE APREENSÃO DO VEÍCULO

Art. 262. O veículo APREENDIDO em decorrência de penalidade aplicada será recolhido ao


depósito e nele permanecerá sob custódia e responsabilidade do órgão ou entidade
apreendedora, com ônus para o seu proprietário, pelo prazo de até trinta dias, conforme
critério a ser estabelecido pelo CONTRAN.
§ 1º No caso de infração em que seja aplicável a penalidade de apreensão do veículo, o agente
de trânsito deverá, desde logo, adotar a medida administrativa de recolhimento do Certificado
de Licenciamento Anual.

Como em todas as outras penalidades, existe aqui uma sanção imposta pela autoridade
de trânsito; nesse caso, trata-se de uma penalidade que impõe ao infrator de trânsito uma
restrição no uso de seu bem por um período determinado. Na verdade, a apreensão do veículo
é uma restrição no licenciamento do veículo, pois é este que permite que o veículo transite na via
pública. Sendo assim, como o licenciar veículos é competência exclusiva do DETRAN; a aplicação
de restrição na licença também o será. Por fim, somente a autoridade de trânsito dos órgãos
executivos de trânsito poderá aplicar a penalidade de apreensão do veículo.
Por fim, perceba que, diferentemente da remoção do veículo (medida administrativa), o pagamento
das multas e encargos devidos não dá ao proprietário o direito de retirar o veículo do depósito
público, uma vez que na apreensão do veículo existe um prazo de custódia a ser cumprido.

*** QUADRO-RESUMO DA PENALIDADE DE APREENSÃO DO VEÍCULO ***

CIRCUSTÂNCIA EM QUE UM APENAS QUANDO PREVISTA NA INFRAÇÃO, A


VEÍCULO PODE SER APREENSÃO,ASSIM COMO AS DEMAIS PENALIDADES,
APREENDIDO. ESTÁ SUJEITA À RESERVA LEGAL.

QUEM PODE APLICAR A


APENAS A AUTORIDADE DE TRÂNSITO
APREENSÃO

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PRAZO MÁXIMO DA
30 DIAS.
APREENSÃO

MEDIDA ADMINISTRATIVA RECOLHIMENTO DO CERTIFIACDO DE LICENCIAMENTO


DECORRENTE DO VEÍCULO (CRLV)

1.8. APREENSÃO DO VEÍCULO x REMOÇÃO DO VEÍCULO x RECOLHIMENTO DO


VEÍCULO

APREENSÃO DO VEÍCULO É um ato administrativo, com natureza de sanção


administrativa (penalidade), que é formalizada num
documento chamado TERMO DE APREENSÃO.

REMOÇÃO DO VEÍCULO É um ato administrativo, com natureza de constrangimento de


polícia (medida administrativa), que é formalizada num
documento chamado TERMO DE REMOÇÃO.

RECOLHIMENTO DO É um ato material de implementação dos atos administrativos


VEÍCULO de apreensão e remoção. De outra forma, depois de
preenchidos os TERMOS DE APREENSÃO E REMOÇÃO (atos
formais), o veículo deve ser levado para o depósito público
(ato material). Enfim, recolhimento do veículo é o ato de
colocar o veículo sobre o caminhão- guincho e levá-lo ao
depósito.

*** TERMOS DE APREENSÃO ***

O Termo de Apreensão de Veículo será preenchido em TRÊS VIAS, sendo a primeira


destinada ao proprietário ou condutor do veículo apreendido; a segunda, ao órgão ou
entidade responsável pela custódia do veículo; e a terceira, ao agente de trânsito responsável
pela apreensão. Perceba que cada uma das possíveis partes numa ação de indenização por danos
provocados no veículo fica como uma via do termo de apreensão. Como dito antes, o Estado
responde objetivamente pelos danos causados ao veículo, podendo mover uma ação
regressiva contra o agente, se este incorreu em dolo ou culpa, no que se refere ao dever de
cuidado com o veiculo.

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Se o proprietário ou o condutor estiverem presentes no momento da apreensão, o Termo de
Apreensão de Veículo será apresentado para sua assinatura, sendo-lhe entregue a primeira via;
havendo recusa na assinatura, o agente fará constar tal circunstância no Termo, antes de sua
entrega.
O agente de trânsito recolherá o Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo
(CRLV) com a entrega de recibo ao proprietário ou condutor; ou informará, no Termo de
Apreensão, o motivo pelo qual não foi recolhido.

*** APREENSÃO - PRAZOS ***

O órgão ou entidade responsável pela apreensão do veiculo fixará o prazo de custódia, tendo
em vista as circunstâncias da infração e obedecidos os critérios abaixo:
I - de 01 (um) a 10 (dez) dias, para penalidade aplicada em razão de infração para a
qual não seja prevista multa agravada;
II - de 11 (onze) a 20 (vinte) dias, para penalidade aplicada em razão de infração para a qual
seja prevista multa agravada com fator multiplicador de três vezes;
III - de 21 (vinte e um) a 30 (trinta) dias, para penalidade aplicada em razão de infração
para a qual seja prevista multa agravada com fator multiplicador de cinco vezes.

1.9. AS PENALIDADES DE SUSPENSÃO DO DIREITO DE DIRIGIR, CASSAÇÃO DO


DOCUMENTO DE HABILITAÇÃO E FREQUÊNCIA OBRIGATÓRIA EM CURSO DE
RECICLAGEM

A melhor forma de estudar essas três penalidades é agrupá-las pois estão intimamente
correlacionadas. De uma maneira geral, é possível vermos a cassação como um agravamento da
suspensão, uma vez que aquele que for flagrado dirigindo suspenso será cassado; e quanto ao
curso de reciclagem, devemos entendê-lo como uma penalidade acessória das outras
duas, uma vez que ele é imposto como condição para o suspenso e o cassado voltarem a
dirigir.

O quadro comparativo baixo resume de forma comparativa e objetiva as três penalidades


acima descritas:

SUSPENSÃO CASSAÇÃO CURSO DE


RECICLGEM

É uma retirada È a perda do direito de Embora esteja


temporária do dirigir, sempre após o no rol das
CONCEITO direito de dirigir, devido processo legal. penalidades,
sempre após o devemos vê-lo
devido processo como uma
legal. penalidade
acessória, em
que a principal
ora é a
suspesão, ora é
a cassação.

A suspensão - quando suspenso o - quando sendo


será aplicada direito de dirigir, o contumaz, for
quando: o infrator conduzir necessário à sua

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infrator acumular qualquer veículo; reeducação;
20 pontos no
período de 12 - no caso de - quando
meses ou reincidência, no prazo suspenso o
quando na de 12 meses, das direito de dirigir;
infração venha infrações previstas no
prevista essa inciso III do art. 162, e - quando se
penalidade. nos arts. envolver em
163,164,165,173,174 e acidente grave
175; para o qual haja
contribuído,
CIRCUNSTÂNCIAS - quando julgado independente de
judicialmente por processo
delito de trânsito, judicial;
observado o disposto
no art 160. - quando
condenado
judicialmente
por delito de
trânsito;

- a qualquer
tempo, se for
constatado que
o condutor está
colocando em
risco a
segurança do
trânsito.

APLICAÇÃO Autoridade de Autoridade de trânsito Autoridade de


trânsito do do DETRAN trânsito do
DETRAN DETRAN

1ª suspensão: 02 ANOS

1 mês a 12
meses.

2ª suspensão:
PRAZO
6 meses a 24
meses.

Em caso de
embriaguez:
prazo fixo de 12
meses.

CONDIÇÃO PARA Cumprir a Cumprir o prazo,


VOLTAR A DIRIGIR penalidade e refazer os exames da
fazer o curso de habilitação e faze um
reciclagem. curso de reciclagem.

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MEDIDA Recolhimento da Recolhimento da CNH
ADMINISTRATIVA CNH
DECORRENTE

AMPARO LEGAL Artigo 261 e Artigo 263 e Artigo 268 e


Resolução Resolução 182/05 Resolução
182/05 285/08

Na infração em CARGA
que venha HORÁRIA
prevista a TOTAL:30
penalidade de (trinta) horas-
suspensão não aula.
COMENTÁRIOS
há em que se
falar em Estrutura
potuação no curricular:
prontuário do
condutor.
-Legislação de
Trânsito:12
(doze) horas-
aula

-Direção
Defensiva: 08
(oito) horas-aula

- Noções de
primeiros
Socorros: 10
(dez) horas-aula

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1.9. CASSAÇÃO DA PPD – PERMISSÃO PARA DIRIGIR

Art. 148
§ 3º A Carteira Nacional de Habilitação será conferida ao condutor no término de um ano,
DESDE QUE O MESMO NÃO TENHA COMETIDO NENHUMA INFRAÇÃO DE NATUREZA GRAVE
OU GRAVÍSSIMA OU SEJA REINCIDENTE EM INFRAÇÃO MÉDIA.

Saiba que aquele que, durante a permissão para dirigir cometer infração de natureza
gravíssima, grave ou reincidência em média, deverá reiniciar todo o processo. Dessa forma, é
incongruente falarmos em suspensão da permissão ou sua cassação, uma vez que durante o prazo
de validade da Permissão para Dirigir o rigor é muito maior, podendo o detentor desta perdê -la
sem contestação, uma vez que a permissão não é documento definitivo. O possuidor da permissão,
após seu vencimento, faz um requerimento ao DETRAN, onde serão avaliadas as infrações
cometidas, e caso seja deferido esse requerimento, o condutor receberá um documento definitivo
chamado CNH.

1.10. CUMULAÇÃO DE PENALIDADES

Art. 266. Quando o infrator cometer, simultaneamente, duas ou mais infrações, ser-lhe-ão
aplicadas, CUMULATIVAMENTE, as respectivas penalidades.

O tema é bastante simples, e na maioria das vezes aparece em prova o seguinte


questionamento: se um condutor cometer duas infrações, responde pelas duas ou apenas pela
mais grave? Como resposta, devemos dizer que as infrações se acumulam, pois esta é a regra.
É evidente que surgirá situações em que as infrações não se acumularão. Bem, o que o
candidato deve saber é que o condutor somente será autuado pelas infrações que tem a opção
de NÃO cometer.

II – MEDIDAS ADMINISTRATIVAS

Art. 269. A autoridade de trânsito ou seus agentes, na esfera das competências estabelecidas
neste Código e dentro de sua circunscrição, deverá adotar as seguintes medidas
administrativas:

I - retenção do veículo;
II - remoção do veículo;

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III - recolhimento da Carteira Nacional de Habilitação;
IV - recolhimento da Permissão para Dirigir;
V - recolhimento do Certificado de Registro;
VI - recolhimento do Certificado de Licenciamento Anual;
VII - (VETADO)
VIII - transbordo do excesso de carga;
IX - realização de teste de dosagem de alcoolemia ou perícia de substância entorpecente ou
que determine dependência física ou psíquica;
X - recolhimento de animais que se encontrem soltos nas vias e na faixa de domínio das vias
de circulação, restituindo-os aos seus proprietários, após o pagamento de multas e encargos
devidos.
XI - realização de exames de aptidão física, mental, de legislação, de prática de primeiros
socorros e de direção veicular. (Inciso acrescentado pela Lei nº 9.602, de 21.1.1998)

Via de regra, as medidas administrativas estão na órbita de atribuições dos AGENTES


DE TRÂNSITO; portanto, passíveis de ser aplicadas no momento da ocorrência da infração,
em um ato de fiscalização. Sendo assim, saiba que não constituem sanção, e sim
constrangimento de polícia, posicionando ao lado da sanção, complementando-a, como
deixa certo o artigo acima citado.
Na aplicação da medida administrativa não há que se falar em lesão à esfera de direito
do administrado; este, sim, usou indevidamente o direito que possuía. Em virtude do
exposto, as medidas administrativas são aplicadas sem a necessidade de prévio processo
administrativo, o que não ocorre na aplicação das penalidades, como o estudado
anteriormente.
Quando o tema é cobrado em provas de concurso público, saiba que quando um condutor
comete uma infração, que está sujeita à aplicação de medidas administrativas, estas
sempre são aplicadas.
Por fim, apenas é possível aplicar às medidas administrativas que efetivamente estão
prevista na infração, uma vez que estão sujeitas ao princípio da reserva legal.

Art. 269.
§ 1º A ordem, o consentimento, a fiscalização, as medidas administrativas e coercitivas
adotadas pelas autoridades de trânsito e seus agentes terão POR OBJETIVO PRIORITÁRIO A
PROTEÇÃO À VIDA E À INCOLUMIDADE FÍSICA DA PESSOA.
As medidas administrativas de trânsito são aplicáveis em tudo aquilo que é objeto de
fiscalização de trânsito, pois foi dessa forma que o legislador armou nossos agentes
de trânsito para darem consecução ao objetivo prioritário do Sistema Nacional de
Trânsito: A DEFESA DA VIDA. Com isso, temos medidas administrativas aplicáveis:
NO VEÍCULO: retenção ou remoção dele, inciso I e II, art.
NOS DOCUMENTOS: de habilitação.(recolhimentos deles,-Incisos III e IV, art. 269), de
registro de propriedade veicular (recolhimento do Certificado, inciso V, art. 269) e de
licenciamento para circulação (recolhimento do respectivo Certificado, inciso VI, art. 269);
SOBRE A CARGA: transportada (transbordo, inciso VIII, art. 269); sobre seus animais
(recolhimento, inciso X, art. 269);
NO CONDUTOR: sobre suas condições físicas e psíquicas para dirigir veículo (teste de
dosagem de alcoolemia ou perícia de substância entorpecente, inciso XI, art. 269), e suas
aptidões físicas e mentais, seus conhecimentos de legislação, de prática de primeiros
socorros e direção veicular (inciso XI, do art. 269). 1
Perceba que as medidas administrativas, diferentemente das penalidades, se

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iniciam com as letras RET, consistindo em um interessante método de
memorização. Vejamos cada uma das medidas administrativas expressas na Iegislação de
trânsito:

2.1. MEDIDA DE RETENÇÃO DO VEÍCULO

É a retirada momentânea de um veículo irregular de circulação para que uma


irregularidade seja imediatamente sanada. Ainda quanto à retenção, tem algumas
peculiaridades que devemos levar em.consideraçao:

2.1.1. IRREGULARIDADE PODE SER SANADA NO LOCAL – autua e libera o


veículo;

2.1.2. IRREGULARIDADE NÃO PODE SER SANADA NO LOCAL – autua,


recolhe o CRLV e libera o veículo; ou autua e recolhe o veículo para o depósito, a depender
da segurança do trânsito. Lembre-se de que as medidas administrativas devem priorizar
a defesa da vida.
2.1.3. IRREGULARIDADE NÃO PODE SER SANADA NO LOCAL, PORÉM É MAIS
SEGURO LIBERAR O VEÍCULO – quando se tratar de veículo de transporte coletiv o
transportando passageiros ou v eículo transpor tando produto perigoso ou perecível, desde que
ofereça condições de segurança para circulação em via pública, a critério do agente, não se
dará a retenção imediata.

2.2. MEDIDA DE REMOÇÃO DO VEÍCULO

Art. 271. O veículo será REMOVIDO, nos casos previstos neste Código, para o depósito fixado
pelo órgão ou entidade competente, com circunscrição sobre a via.
Parágrafo único. A restituição dos veículos REMOVIDOS só ocorrerá mediante o pagamento
das multas, taxas e despesas com remoção e estada, além de outros encargos previstos na
legislação específica.

É um ato administrativo, com natureza de constrangimento de polícia (medida administrativa).


É formalizada num documento chamado TERMO DE REMOÇÃO. O condutor do veículo, ao ser
fiscalizado e constatado uma infração de trânsito que diga respeito a si próprio ou ao estado
regular do veículo, em que haja a previsão legal de retenção do veículo, deverá envidar todos
os esforços a fim de solucionar o problema e evitar a remoção do seu veículo ao fiel depositário,
devidamente credenciado pelo órgão de transito competente, com circunscrição sobre aquela
via pública.
Se o problema não for solucionado ou ainda, se a previsão legal para a infração cometida
for de remoção do veículo, sua restitui ç ão ao condutor ou proprietário, conforme vimos acima,
estará sujeita à prévia quitacão das multas já existentes, taxas e despesas com remoção e
estada, além de outros encargos previstos na legislação específica.

2.2. MEDIDA DE RECOLHIMENTO DA CNH, ACC E PPD

Art. 272. O recolhimento da Carteira Nacional de Habilitação e da Permissão para Dirigir dar-
se-á mediante recibo, ALÉM DOS CASOS PREVISTOS neste Código, quando houver suspeita
de sua INAUTENTICIDADE OU ADULTERAÇÃO.

Um documento inautêntico, é um documento falso. Portanto, quando na fiscalização de


trânsito, a Autoridade de Trânsito ou seu Agente se deparar com um condutor que apresente
sua Carteira Nacional de Habilitação, Autorização pra Conduzir Ciclomotores ou sua Permissão

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para Dirigir e o documento apresentar características de que seja falso ou adulterado, deverá
recolher o documento apresentado, mediante recibo, além de proceder às autuações pelas
infrações de trânsito que tenha cometido. Como precaução em relação a sua suspeita e para que
possa adotar as medidas de trânsito e penais com plena convicção, convém consultar ao órgão de
trânsito a respeito das informações sobre aquela Carteira Nacional de Habilitação, Autorização
pra Conduzir Ciclomotores ou Permissão para Dirigir, bem como, a respeito da própria
pessoa que apresentou o documento.
Se comprovado que o condutor está fazendo uso de documento falso ou adulterado, estará
cometendo, como veremos nos estudos vindouros, o crime previsto no art. 304 do Código Penal,
que tipifica o delito e prevê a mesma pena de falsificar no todo ou em parte, documento público,
ou alterar documento público verdadeiro, que, é de reclusão de dois a seis anos e multa.
Assim, ao condutor deverá imediatamente ser dado a voz de prisão em flagrante e conduzi-lo
perante a Autoridade de Polícia Judiciária a quem caberá lavro o Autor de Prisão em Flagrante.

2.3. MEDIDA DE RECOLHIMENTO DO CRV

Art. 273. O recolhimento do Certificado de Registro dar-se-á mediante recibo, além dos casos
previstos neste Código, quando:

I - houver suspeita de inautenticidade ou adulteração;

II - se, alienado o veículo, não for transferida sua propriedade no prazo de trinta dias.

Perceba que embora o CRV não seja documento de porte obrigatório, o legislador previu o
recolhimento desse documento como uma medida administrativa. Na redação do CTB, o
documento de registro do veículo é um documento que não se confunde com o de licenciamento;
porém o CONTRAN, em sua Resolução n° 61/98, exigiu que no documento de licenciamento
devam constar os campos do documento de registro, razão pela qual este documento não
precisa ser de porte obrigatório. Quem define quais são os documentos de porte obrigatório é o
CONTRAN, hoje em vigor a Resolução n° 205/06.

Concluímos que dificilmente o Agente de Trânsito vai recolher o Certificado de Registro do


Veículo, eis que ele não é um documento de porte obrigatório. Porém, se o condutor for o
proprietário do veículo e o estiver portando e for visualizado pelo fiscalizador, nas situações
acima descritas, deverá ser recolhido mediante recibo.

2.3. MEDIDA DE RECOLHIMENTO DO CRLV

Art. 274. O recolhimento do Certificado de Licenciamento Anual dar-se-á mediante recibo, além
dos casos previstos neste Código, quando:

I - houver suspeita de inautenticidade ou adulteração;


II - se o prazo de licenciamento estiver vencido;
III - no caso de retenção do veículo, se a irregularidade não puder ser sanada no local.

Para o CTB, principalmente após a Resolução 61/98, CLA (Certificado de Licenciamento Anual) =
CRLV ( Certificado de Registro e Licenciamento de Veículos). Diante também do que vimos no
item anterior, podemos concluir que as condições para o recolhimento do CRLV são bastante
idênticas às condições para o recolhimento do CRV, ous seja, por suspeita de inautenticidade ou
adulteração, ou por motivo dos cinco casos previstos abaixo:

deixar o responsável de promovera baixa do registro de veículo irrecuperável ou definitivamente


desmontado, conforme o artigo 240 do CTB;

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deixar a empresa seguradora de comunicar ao órgão executivo de trânsito competente a
ocorrência de perda total do veículo e de lhe devolver as respectivas placas e documentos,
conforme o artigo 243 do CTB;
quando a irregularidade não puder ser sanada no local, conforme o arligo 270, § 2°, do
CTB;
quando o licenciamento estiver vencido, conforme artigo 274 do CTB;
quando o veículo for apreendido, será recolhido desde logo o CRLV, conforme o artigo 262, §
1°, do CTB.

2.4. MEDIDA DE TRANSBORDO DO EXCESSO DE CARGA

Art. 275. O transbordo da carga com peso excedente é condição para que o veículo possa
prosseguir viagem e será efetuado às expensas do proprietário do veículo, sem prejuízo da
multa aplicável.
Parágrafo único. Não sendo possível desde logo atender ao disposto neste artigo, o veículo
será recolhido ao depósito, sendo liberado após sanada a irregularidade e pagas as despesas
de remoção e estada.

A medida administrativa de transbordo está relacionada com a infração de trânsito relativa


a excesso de peso tanto no PBT como nos eixos.
O transbordo da carga com peso excedente é condição para que o veículo possa prosseguir
viagem e será efetuado a expensas do proprietário do veículo, sem prejuízo da multa aplicável.
Não sendo possível desde logo atender ao disposto, o veículo será recolhido ao depósito, sendo
liberado após sanada a irregularidade e pagas as despesas de remoção e estada.
A critério do agente, observadas as condições de segurança, poderá ser dispensado o
remanejamento ou transbordo de produtos perigosos, produtos perecíveis, cargas vivas e
passageiros, conforme art. 8° da Resolução n° 258 do CONTRAN.

2.4. MEDIDA DE REALIZAÇÃO DE TESTE DE DOSAGEM DE ALCOOLEMIA OU PERÍCIA DE


SUBSTÂNCIA ENTORPECENTE OU QUE DETERMINE DEPENDÊNCIA FÍSICA OU PSÍQUICA;

Começaremos o estudo dessa medida administrativa, precisamos adiantar um pouco nossos


estudos analisando o Art. 165 do CTB:

Art. 165. Dirigir sob a influência de álcool ou de qualquer outra substância psicoativa que
determine dependência: (REDAÇÃO DADA PELA LEI Nº 11.705, DE 19.06. 2008)

Infração - gravíssima;
Penalidade - multa (cinco vezes) e suspensão do direito de dirigir por 12 (doze) meses;
Medida administrativa - retenção do veículo até a apresentação de condutor habilitado e
recolhimento do documento de habilitação.

Parágrafo único. A EMBRIAGUEZ TAMBÉM PODERÁ SER APURADA NA FORMA DO ART. 277.

O parágrafo único do artigo acima reporta-se ao Art. 277, motivo de nosso estudo agora. É
interessante que analisaremos, também, primeiramente o Art. 276 discriminado abaixo:

Art. 276. Qualquer concentração de álcool por litro de sangue sujeita o condutor às
penalidades previstas no art. 165 deste Código.

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Parágrafo único. Órgão do Poder Executivo Federal disciplinará as margens de tolerância para
casos específicos. (REDAÇÃO DADA PELA LEI Nº 11.705, DE 19.06.2008)

Após a alteração do teor original deste artigo, decorrente da Lei 11.275/06, a redação ora
implantada certamente traduz um anseio daqueles que almejam um trânsito mais humano e
seguro e efetivamente valida o disposto no art. 165.
A partir da vigência da Lei, ou seja, o dia 20.06.2008, data em que foi publicada, não é admitido
mais a ingestão e influência de qualquer volume de bebida alcoólica quando se está na
direção de veículo automotor em via pública.
A nós, estudiosos e operadores na área de trânsito, resta a expectativa e a torcida de que o Estado
tenha recursos humanos e materiais suficientes para operacionalizar as mudanças decorrentes da
Lei 11.105/08, possibilitando a que todo o esforço legislativo realizado no intuito de frear o alto índice
de pessoas que morrem e ficam lesionadas no trânsito, realmente alcance o resultado esperado.
No que diz respeito às margens de tolerância para casos específicos, de que trata o parágrafo único
deste artigo, o Decreto 6.488, de 19.06.2008, em seu art. 1° e § 1° diz que serão definidas em
Resolução do CONTRAN, nos termos de proposta a ser formulada pelo Ministro de Estado da
Saúde. Já no § 2º diz que enquanto a resolução do CONTRAN não for editada, a margem de
tolerância será de duas decigramas por litro de sangue para todos os casos e no § 3°, que diz
respeito à aferição da quantidade de álcool no sangue por meio de teste em aparelho de ar alveolar
pulmonar (etilômetro), quando a margem de tolerância será de um décimo de miligrama por litro de
ar expelido dos pulmões.

Art. 277. Todo condutor de veículo automotor, envolvido em acidente de trânsito ou que for
alvo de fiscalização de trânsito, sob suspeita de dirigir sob a influência de álcool será
submetido a testes de alcoolemia, exames clínicos, perícia ou outro exame que, por meios
técnicos ou científicos, em aparelhos homologados pelo CONTRAN, permitam certificar seu
estado. (REDAÇÃO DADA PELA LEI Nº 11.275, DE 07.02.2006)

§ 1º Medida correspondente aplica-se no caso de suspeita de uso de substância entorpecente,


tóxica ou de efeitos análogos. (Renumerado do parágrafo único pela Lei nº 11.275, de 2006)

Este artigo determina ao Agente de Trânsito que, ao atender a qualquer tipo de acidente de
trânsito ou quando da atividade rotineira de fiscalização de trânsito, encontrando algum
condutor sob suspeita de estar sob influência de álcool, submeta o(s) condutor(es) à testes de
alcoolemia, visando certificar seu estado de embriaguez ou a não ingestão de álcool.
Não é o condutor que deve produzir prova contra si. A determinação da Lei é para que o
Agente, nas circunstâncias descritas, produza a prova contra o condutor do veículo.

§ 2o A infração prevista no art. 165 deste Código poderá ser caracterizada, pelo agente de
trânsito, mediante a obtenção de outras provas em direito admitidas, acerca dos notórios
sinais de embriaguez, excitação ou torpor, apresentados pelo condutor. (REDAÇÃO DADA
PELA LEI Nº 11.705, DE 19.06.2008)

A inclusão deste parágrafo pela Lei 11.275/06, e sua atual redação, fruto da Lei 11.705/08,
foram muito importantes para a segurança viária, pois incluiu-se a admissão de outras provas
em direito admitidas, para fins de comprovação da infração de trânsito prevista no art. 165, onde
inclui-se a possibilidade da prova produzida pelos próprios agentes, através da prova
testemunhal, amplamente utilizada em termos de processo penal.

Art. 277.
§ 3o Serão aplicadas as penalidades e medidas administrativas estabelecidas no art. 165 deste
Código ao condutor que se recusar a se submeter a qualquer dos procedimentos previstos no
caput deste artigo. (PARÁGRAFO ACRESCENTADO PELA LEI Nº 11.705, DE 19.06.2008)

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Sem dúvida, a inclusão deste parágrafo atende aos anseios dos operadores na área de
trânsito, especialmente os agentes fiscalizadores, os quais já tiveram unia maior facilidade em
provar a ingestão de álcool por parte de condutores de veículos, a partir das alterações produzidas
pela Lei 11.275/06. Contudo, a partir da redação deste parágrafo, ao condutor que se recusar a se
submeter a qualquer um dos procedimentos previstos no caput deste artigo, deverão ser aplicadas
as penalidades e medidas administrativas previstas na infração de trânsito do art. 165. Assim,
ao invés de produzir prova contra si, o condutor terá, na realização do exame de teor alcoólico, a
possibilidade de produzir prova a seu favor, no sentido de certificar que não se encontra sob a
influência de álcool, quando o agente fiscalizador assim estiver afirmando, em razão de tê-lo
surpreendido nas circunstâncias definidas no caput deste artigo.
Com isto, se espera que a costumeira dificuldade em submeter tais condutores aos exames,
especialmente ao teste como etilômetro, venha a ser plenamente superada.

EXERCÍCIOS AULA 06

I-) Com relação às Penalidades e Medidas Administrativas, segundo o CTB, julgue os itens a
seguir:

01. ( ) Ao reter um veículo, o agente da autoridade estará aplicando uma penalidade ao condutor
prevista no CTB.

02. ( ) Quando suspenso o direito de dirigir, o condutor será submetido a um curso de reciclagem.

03. ( ) A penalidade de suspensão do direito de dirigir será aplicada, pelo prazo mínimo de um
mês até o máximo de um ano e, no caso de reincidência no período de doze meses, pelo
prazo mínimo de seis meses até o máximo de dois anos, segundo critérios estabelecidos pelo
CONTRAN.

04. ( ) As penalidades de suspensão do direito de dirigir e da cassação do documento de


habilitação serão aplicadas por
decisão fundamentada da autoridade de trânsito competente, em processo civil-penal-administrativo,
com ampla defesa.

05. ( ) O Infrator será submetido a curso de reciclagem, na forma estabelecida pelo CONTRAN,
quando, sendo contumaz, for necessário a sua reeducação, quando suspenso do direito a dirigir.

06. ( ) O recolhimento da Carteira Nacional de Habilitação e da Permissão para Dirigir dar-se-á


mediante recibo quando houver suspeita de sua inautenticidade ou adulteração.

07. ( ) O recolhimento do certificado de licenciamento anual dar-se-á mediante recibo, além dos
casos previstos neste Código, quando houver suspeita de inautenticidade ou adulteração, se o
prazo de licenciamento estiver vencido, ou no caso de retenção do veículo, se irregularidade não
puder ser sanada no local.

08. ( ) Para comprovação de que o condutor se acha impedido de dirigir veículo


automotor será necessária a comprovação de concentração de seis decigramas de álcool por
litro de sangue.

09. ( ) Ocorrendo infração prevista na legislação de trânsito, lavrar-se-á Auto de


Infração, do qual contará tipificação, local, data, hora do cometimento da inf ração,
caracteres da placa de i dentif icação do v eículo, su a marca e espécie, e out ro s
elementos julgados necessários a sua identificação, o prontuário do condutor sempre que
possível, identificação do órgão ou entidade e da autoridade ou agente autuador ou
equipamento que comprovar a infração assinatura do infrat or, sempre que possível,
valendo esta como notificação do cometimento da infração.

10. Acerca das penalidades aplicadas aos responsáveis pelas infrações previstas no CTB,

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relacione as colunas:

I. Proprietário do Veiculo;
II. Condutor;
III. Embarcador;
lV. Transportador

______ Infrações decorrentes de atos praticados na direção do veículo.


______ Transporte de carga com excesso de peso nos eixos ou no peso bruto total, quando,
simultaneamente for o único remetente da carga e o peso declarado na nota fiscal for inferior aquele
aferido.
______ Prévia regularização e preenchimento das formalidades e condições exigidas para o trânsito
de veículo na via terrestre, conservação e inalterabilidade de suas características, componentes,
agregados, habilitação legal e compatível de seus condutores, quando esta for exigida.
______ Transporte de carga com excesso de peso nos eixos ou quando a carga proveniente de mais
de um embarcados ultrapassar o peso bruto total.

A numeração correta, na ordem de cima para baixo, é:


a) II – III – I - IV; d) II – IV – I - III;
b) I – III – II – IV; e) I – II – III – IV.
c) II – III – IV – I;

11. A infração comprovada por equipamento de detecção provido de registrador de imagem,


regulamentado pelo CONTRAN, deverá ter a sua análise referendada por agente da
autoridade de trânsito que será responsável:

a) Pela identificação do condutor infrator, quando for responsável pela infração;


b) Pela autuação e fará constar o seu número de identificação no auto de infração;
c) Pela advertência e aplicação de multa;
d) Por lavrar o Auto de Infração desde que o proprietário do veículo não seja o condutor;
e) Pela autuação e por colher a assinatura do condutor.

12. De acordo com a Resolução 182/05, na aplicação da penalidade de su sp en s ã o ao direito


de dirigir, a autoridade deverá considerar:

I. a gravidade da infração;
II. as características do representante legal do Inf rator;
III..as circunstâncias em que foi cometida a infração;
IV.os antecedentes do inf rator para estabelecer o período de suspensão.

Dos itens acima, estão corretos apenas:

a) I e II; d) I, II e III;
b) I e III; e) I, III e IV.
c) III e IV;

13. O co rrend o i n fração p revi sta n a l eg i sl ação d e trân si to , l avrar -se-á au to d e


i n fração, d o qu al con stará d en tro outros requisitos:

I. tipificação da infração; local, data e hora do cometimento da infração;


lI. caracteres da placa de identif icação do v eícul o, sua marca e espéci e, e out ros
element os j ulgados necessári os à sua identificação.
III.o prontuário do condutor, sempre que possível; identificação do órgão ou ent idade
e da autoridade ou agente autuador ou equipamento que comprovar a infração.

Estão corretas:

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a) I, II e III; c) apenas II e III;
b) apenas I e II; d) apenas I e III.

14. Assinale a penalidade a que está sujeito o condutor que desobedecer uma placa de
advertência.

a) Multa e remoção;
b) Apreensão do veículo e da CNH;
c) Não há penalidade pela inobservância das placas de advertência.
d) Advertência e remoção do veículo.

15. É o ato ad min i strati vo p rati cado p elo ag en te d a au to ri d ad e d e trân si to


co mp eten te, medi ante r eg i stro em d o cu m e n to p ró p ri o ( Au to d e I n f r a ç ão ),
o n d e s ão i n d i c a d o s o s e l em e n to s q u e c a r a c t e ri z a m a i n f r a ç ã o e s eu
enquadramento legal, identifiquem o veiculo e permitam completa defesa do interessado.

Trata-se do conceito de:

a) multa. d) infração.
b) autuação. e) notificação.
c) penalidade.

16. Co n fo r me o Arti g o 29 3 d o CT B, a p en al i d ad e d e su sp en são o u d e


p ro i b i ção d e se o b t er a p e rmi ss ão o u a habilitação para dirigir veículo automotor,
tem a duração de:

a) 6 (seis) meses a 1 (um) ano;


b) 2 (dois) anos a 4 (quatro) anos;
c) 2 (dois) meses a 5 (cinco) anos;
d) 1 (um) ano a 3 (três) anos.

GABARITO:

01. E
02. C
03. C
04. E
05. C
06. C
07. C
08. E
09. C
10. A
11. B
12. D
13. A
14. C

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15. B
16. C

I – NORMAS DE CIRCULAÇÃO E CONDUTA

Nesta aula, encontramos as normas, as regras necessárias ao convívio adequado entre


pessoas, animais e veículos, nas vias públicas. Quando não for em via pública, as regras
não são aplicadas.
No decorrer do estudo deste capítulo, verificaremos o comportamento que devemos adotar e
também os de que somos impedidos, em razão dos direitos dos demais. Na íntegra, tem o
mesmo sentido da direção segura, da direção perfeita, da direção defensiva, hoje, felizmente,
currículo obrigatório na formação de novos condutores de veículos, e aos que forem renovar a
Carteira Nacional de Habilitação, que ainda não passaram por tal curso, além das noções de
primeiros socorros.
Às pessoas que não conseguirem se adequar a estas normas de convívio social, o legisla-
dor previu, no Cap. XV, dos arts. 161 ao 255, medidas punitivas, a fim de restaurar a situação de
normalidade e a segurança viária.

Art. 26. Os usuários das vias terrestres devem:


I - abster-se de todo ato que possa constituir perigo ou obstáculo para o trânsito de
veículos, de pessoas ou de animais, ou ainda causar danos a propriedades públicas ou
privadas;
II - abster-se de obstruir o trânsito ou torná-lo perigoso, atirando, depositando ou
abandonando na via objetos ou substâncias, ou nela criando qualquer outro obstáculo.

O legislador priorizou a defesa da vida, mas não deixou de lado o meio ambiente.
Se as pessoas, em qualquer situação possível de ocuparem no trânsito, se abstivessem
de atitudes perigosas, adotando um comportamento adequado e educado, esta regra
inicial seria excelente para termos segurança no trânsito. Contudo, nem sempre é desta
forma que acontece.

Art. 27. ANTES de colocar o veículo em circulação nas vias públicas, o condutor deverá
verificar a existência e as boas condições de funcionamento dos equipamentos de uso
obrigatório, bem como assegurar-se da existência de combustível suficiente para chegar ao
local de destino.

Trata-se de situação desconfortável ao condutor do veículo e seus passageiros, o


término do combustível, principalmente quando em viagem. Podemos im aginar a situação
constrangedora e o transtorno. Da mesma forma, os equipamentos obrigatórios,
previstos na Res. 14/98 e suas devidas atualizações. Os equipamentos devem existir e
estarem em condições de serem utilizados. Imaginemos a situação de necessida de de
substituição de um pneu o estepe estar sem condições de uso. Todavia, na prática, muitas vezes
nos deparamos com tais situações.

Art. 28. O condutor deverá, a todo momento, TER DOMÍNIO DE SEU VEÍCULO, dirigindo-
o com atenção e cuidados indispensáveis à segurança do trânsito.

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Esta regra sim, se coaduna em plena conformidade com os conceitos e princípios da
direção defensiva. O condutor deve estar atento, observar os demais condutores,
pedestres e animais que possam estar nas vias públicas, n as f aixas de domínio e até
em lotes lindeiros, próximos à r odovia ou estrada, segurar o volante com as duas mãos,
sinalizar antecipadamente as suas manobra de maneira que os demais agentes do trânsito
possam ver e adequar o seu comportamento, e observ ar constantemente os espelhos
retrov isores. As regras de conduta estão postas. Basta cumpri -las para termos um
trânsito humano e seguro.

Art. 29. O trânsito de veículos nas vias terrestres abertas à circulação obedecerá às
seguintes normas:
I - a circulação far-se-á PELO LADO DIREITO DA VIA, admitindo-se as exceções
devidamente sinalizadas;
II - o condutor deverá GUARDAR DISTÂNCIA DE SEGURANÇA LATERAL E
FRONTAL entre o seu e os demais veículos, bem como em relação ao bordo da pista,
considerando-se, no momento, a velocidade e as condições do local, da circulação, do
veículo e as condições climáticas;

A distância de segurança lateral e f rontal do seu v eículo com os demais, a legi slação
não f ixa. Exceção aos casos das bicicletas, nas quais os condutores de veículos deverão
guardar uma distância lateral mínima de um metro e meio ao passar ou ultrapassar
bicicleta. Eis mais um motivo para termos na formação dos condutores, ou quando da renovação
da Carteira Nacional de Habilitação, o curso de direção defensiva.
A falta desta distância de segurança frontal é a causa de inúmeros acidentes e, muitos, com morte
de pessoas.

III - quando veículos, transitando por fluxos que se cruzem, se aproximarem de local
não sinalizado, terá preferência de passagem:
a) no caso de apenas um fluxo ser proveniente de RODOVIA, aquele que estiver
circulando por ela;
b) no caso de ROTATÓRIA, aquele que estiver circulando por ela;
c) nos DEMAIS CASOS, o que vier pela direita do condutor;

Questão freqüente de concursos e de dúvidas entre todos, diz respeito à preferência de


passagem. Se houver sinalização, ela valerá, a menos que tenhamos as situações dos
dois incisos anteriores do art. 89, que foram comentados anteriormente. Se não houver
sinalização eis as três regras de preferência, das quais não podemos esquecer jamais,
pois extremamente úteis e seguras.

IV - quando uma pista de rolamento comportar várias faixas de circulação no mesmo


sentido, são as da direita destinadas ao deslocamento dos veículos mais lentos e de maior
porte, quando não houver faixa especial a eles destinada, e as da esquerda, destinadas à
ultrapassagem e ao deslocamento dos veículos de maior velocidade;

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Mesmo que o veículo se desloque no limite máximo da velocidade regulamentada para
aquela via, deverá estar na faixa da direita, pois a da esquerda é destinada para
ultrapassagem. Poderá ser uma Viatura, uma Ambulância ou simplesmente alguém
com mais pressa, que não esteja observando o limite de velocidade.
Aproveito para distinguir pista de rolamento que é a parte da via normalmente utilizada
para a circulação de veículos, identificada por elementos separadores ou por diferença de
nível em relação às calçadas, ilhas ou aos canteiros centrais de faixa de trânsito que é
qualquer uma das áreas longitudinais em que pista pode ser subdividida, sinalizada ou
não por marcas viárias longitudinais, que tenham uma largura suficiente para permitir a
circulação de veículos automotores. Portanto, uma pista de rolamento p oderá ter uma
ou mais faixas no mesmo sentido. Poderemos ter também as pistas duplas, em que há, em
cada pista, faixas no mesmo sentido.

V - o trânsito de veículos sobre passeios, calçadas e nos acostamentos, só poderá


ocorrer para que se adentre ou se saia dos imóveis ou áreas especiais de estacionamento;

Os passeios, as calçadas e os acostamentos são reservados prioritariamente aos


pedestres. Os acostamentos poderão ser utilizados pelos veículos, para paradas e
estacionamentos emergenciais e ainda, por ciclomotores e bicicletas, devendo seus
deslocamentos ser no mesmo sentido dos veículos.
O CTB estabelece infrações para quem desobedece essa norma assim também para o caso
de, além de trafegar pelo acostamento, o condutor do veículo venha a ultrapassar outro, causando,
em ambas as situações risco de acidentes graves.

VI - os veículos precedidos de batedores terão prioridade de passagem, respeitadas as


demais normas de circulação;

Não encontraremos disposição em lei que determine trânsito livre para algum tipo de veículo.
Neste caso, os batedores terão de fazer o serviço, objetivando a livre circulação da autoridade.

VII - os veículos destinados a socorro de incêndio e salvamento, os de polícia, os de


fiscalização e operação de trânsito e as ambulâncias, além de prioridade de trânsito, gozam de
livre circulação, estacionamento e parada, QUANDO EM SERVIÇO DE URGÊNCIA E
DEVIDAMENTE IDENTIFICADOS POR DISPOSITIVOS REGULAMENTARES DE ALARME
SONORO E ILUMINAÇÃO VERMELHA INTERMITENTE, observadas as seguintes disposições:
a) quando os dispositivos estiverem acionados, indicando a proximidade dos veículos,
todos os condutores deverão deixar livre a passagem pela faixa da esquerda, indo para a
direita da via e parando, se necessário;
b) os pedestres, ao ouvir o alarme sonoro, deverão aguardar no passeio, só atravessando
a via quando o veículo já tiver passado pelo local;
c) o uso de dispositivos de alarme sonoro e de iluminação vermelha intermitente só
poderá ocorrer quando da efetiva prestação de serviço de urgência;
d) a prioridade de passagem na via e no cruzamento deverá se dar com velocidade
reduzida e com os devidos cuidados de segurança, obedecidas as demais normas deste
Código;

Diferentemente do visto no inciso anterior, estes veículos gozam, além de prioridade de


trânsito, de livre circulação, estacionamento e parada, nas situações de urgência e
devidamente identificados, com sirene e giro-flash, observadas ainda as disposições, tratadas
nas alíneas acima. Portanto, em situação de urgência, poderá exceder a velocidade,
trafegar em contra-mão de direção, trafegar pelo acostamento, ultrapassar em local
proibido, passar com o semáforo no vermelho, desde que observadas as quatro

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disposições acima, com especial atenção à alínea "d", que trata da velocidade reduzida e
com os devidos cuidados de segurança. Esta última alínea visa a preservar a vida de quem
estiver na viatura ou ambulância e também a dos demais usuários da via. Assim, o motorista
da viatura passará com o sinal vermelho do semáforo após ter se certif icado que os demais
condutores e pedestres o viram e lhe deram a pref erência .

VIII - os veículos prestadores de serviços de utilidade pública, quando em atendimento na via,


gozam de livre parada e estacionamento no local da prestação de serviço, desde que
devidamente sinalizados

A Res. 268/08, é a que regulamenta o serviço destes veículos. Veja que eles gozam quando
em atendimento na via, de livre parada e estacionamento no local da prestação do serviço,
independentemente de proibições ou restrições estabelecidas na legislação de trânsito ou
através de sinalização regulamentar, quando atendidos os quesitos dos dois incisos do art. 4° da
resolução, mas não gozam de nenhuma prioridade de trânsito. Dentre estes veículos, são
incluídos os de guincho, recolhimento e depósito de valores, energia elétrica etc.
Uma observação importante diz respeito a proibição de acionamento ou energização do
dispositivo luminosos durante o deslocamento do veiculo, exceto nos casos previstos nos incs. III,
V e VI do § 1° do art. 3º da citada resolução.
Afora tal situação, incorrerá o veículo em infrações normais de estacionamento e parada.

IX - a ultrapassagem de outro veículo em movimento deverá ser feita pela esquerda, obedecida
a sinalização regulamentar e as demais normas estabelecidas neste Código, exceto quando o
veículo a ser ultrapassado estiver sinalizando o propósito de entrar à esquerda;
X - todo condutor deverá, antes de efetuar uma ultrapassagem, certificar-se de que:
a) nenhum condutor que venha atrás haja começado uma manobra para ultrapassá-lo;
b) quem o precede na mesma faixa de trânsito não haja indicado o propósito de ultrapassar
um terceiro;
c) a faixa de trânsito que vai tomar esteja livre numa extensão suficiente para que sua
manobra não ponha em perigo ou obstrua o trânsito que venha em sentido contrário;
XI - todo condutor ao efetuar a ULTRAPASSAGEM deverá:
a) indicar com antecedência a manobra pretendida, acionando a luz indicadora de direção
do veículo ou por meio de gesto convencional de braço;
b) afastar-se do usuário ou usuários aos quais ultrapassa, de tal forma que deixe livre uma
distância lateral de segurança;
c) retomar, após a efetivação da manobra, a faixa de trânsito de origem, acionando a luz
indicadora de direção do veículo ou fazendo gesto convencional de braço, adotando os
cuidados necessários para não pôr em perigo ou obstruir o trânsito dos veículos que
ultrapassou;

Ultrapassar é o movimento de passar à frente de outro veículo que se desloca no mesmo


sentido, em menor velocidade e na mesma faixa de trânsito, necessitando sair e retornar à faixa
de origens.
Veja que a ultrapassagem é uma manobra rotineira, tanto em vias urbanas, quanto rurais.
Contudo, em razão de nós, momentaneamente, utilizarmos a faixa de trânsito destinada aos veículos
que se deslocam em sentido contrário, trata-se de uma manobra que deve ser realizada com todo o

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cuidado, pois, diariamente, muitos e muitos acidentes acontecem e vitimam elevado número de
pessoas, pela falta de cuidado na realização desta manobra. Lembre-se que se ocorrer uma colisão
frontal, as velocidades veículos serão somadas e, muito provavelmente, os equipamentos de
segurança não serão suficientes para evitar a ocorrência de acidentes fatais.

XII - os veículos que se deslocam sobre trilhos terão preferência de passagem sobre os
demais, respeitadas as normas de circulação.
§ 1º As normas de ultrapassagem previstas nas alíneas a e b do inciso X e a e b do
inciso XI aplicam-se à TRANSPOSIÇÃO DE FAIXAS, que pode ser realizada tanto pela faixa
da esquerda como pela da direita.

Transposição de faixas significa passagem de um veículo de uma faixa demarcada para


outra. Este parágrafo indica que tais regras devam ser seguidas, nos casos referidos.
Essencialmente, devemos estar sempre atentos, mantermos as distâncias de segurança e
indicarmos antecipadamente a realização da manobra de ultrapassagem e de transposição de
faixas.

§ 2º Respeitadas as normas de circulação e conduta estabelecidas neste artigo, em


ordem decrescente, os veículos de maior porte serão sempre responsáveis pela segurança
dos menores, os motorizados pelos não motorizados e, juntos, pela incolumidade dos
pedestres.

Este parágrafo nos traz um ordenamento que visa a dar maior segurança ao convívio no
trânsito, priorizando os veículos menores e, acima de tudo, aos pedestres. Infelizmente, na
prática, tal situação não é respeitada, na maioria das vezes. Muitos condutores de veículos de
maior porte não zelam pela segurança dos menores e, juntos, não zelam pela incolumidade dos
pedestres. Se todos observassem este preceito legal, respeitando os demais atores do trânsito,
principalmente os mais frágeis, já teríamos uma grande melhora na segurança.

Art. 30. Todo condutor, ao perceber que outro que o segue tem o propósito de
ultrapassá-lo, deverá:
I - se estiver circulando pela faixa da esquerda, deslocar-se para a faixa da direita,
SEM ACELERAR A MARCHA;
II - se estiver circulando pelas demais faixas, manter-se naquela na qual está
circulando, SEM ACELERAR A MARCHA.

Os preceitos abaixo objetivam facilitar a ultrapassagem e evitar que o veículo a ser


ultrapassado adote alguma atitude que o envolva em possível acidente de trânsito. Há aqui uma
postura defensiva.

Conforme vimos acima, o art. 29, inc. IV determina que os condutores de veículos mais
lentos ou de maior porte, em havendo várias faixas de circulação no mesmo sentido, utilizem as
da direita para seus deslocamentos, deixando as da esquerda, destinadas à ultrapassagem e ao
deslocamento dos veículos de maior velocidade. Portanto, para evitar ter de deslocar-se para a
faixa da direita, convém, neste caso, já nela trafegar.
Se já estiver circulando pela direita, mantenha-se nela, permitindo a ultrapassagem com
segurança. Jamais aumente a velocidade. Ao contrário, sempre que possível, facilite a

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ultrapassagens, diminuindo a velocidade.

Parágrafo único. Os veículos mais lentos, QUANDO EM FILA, deverão manter distância
suficiente entre si para permitir que veículos que os ultrapassem possam se intercalar na
fila com segurança.

Caso típico de empresas transportadoras, que deslocam seus veículos em comboios, em


fila, até por questões de segurança. Neste caso, os condutores d evem observar que os
veículos menores e com maior velocidade irão lhes ultrapassar seguidamente. Como a
ultrapassagem dá-se de veículo a veículo, deverá haver uma distância entre cada um dos
veículos de maior porte, permitindo a realização da manobra. Se o condutor passar por mais
de um veículo, em uma só manobra, estará fugindo ao conceito de ultrapassagem e cometendo
a infração de transitar pela contramão.

Art. 31. O condutor que tenha o propósito de ultrapassar(atecnia) um veículo de


transporte coletivo que esteja parado, efetuando embarque ou desembarque de
passageiros, DEVERÁ REDUZIR A VELOCIDADE, dirigindo com atenção redobrada ou parar
o veículo com vistas à segurança dos pedestres.

Neste artigo, encontramos um erro conceitual. Já vimos o conceito de ultrapassagem, que


não se coaduna com o texto deste artigo, que se refere, na verdade, à passagem de algum
veículo por outro, de transporte coletivo, que esteja parado, efetuando embarque ou
desembarque de passageiros. Contudo, o restante do artigo é algo que devemos atentar, pois
o local requer, sim, uma atenção especial a diminuição da velocidade.

Art. 32. O condutor não poderá ultrapassar veículos em vias com duplo sentido de
direção e pista única, nos trechos em curvas e em aclives sem visibilidade suficiente, nas
passagens de nível, nas pontes e viadutos e nas travessias de pedestres, EXCETO
QUANDO HOUVER SINALIZAÇÃO PERMITINDO A ULTRAPASSAGEM.

Veja a exceção, quando houver a autorização através da sinalização viária. Na


hierarquia dos sinais, a sinalização viária se sobrepõe às regras de circulação, as quais
valerão sempre que imo houver a sinalização.

Art. 33. Nas interseções e suas proximidades, o condutor NÃO poderá efetuar
ultrapassagem.

Interseção é todo cruzamento em nível, entroncamento ou bifurcação, incluindo as


áreas formadas por tais cruzamentos, entroncamentos ou bifurcações.

Passagem de nível é todo cruzamento de nível entre uma via e uma linha férrea ou
trilho de bonde com pista própria

Art. 34. O condutor que queira executar uma manobra deverá certificar-se de que
pode executá-la sem perigo para os demais usuários da via que o seguem, precedem ou
vão cruzar com ele, considerando sua posição, sua direção e sua velocidade.

Assim, de suma importância que aqu ele condutor que queira realizar uma manobra
de ultrapassagem observe os preceitos anteriores, adotando todos os cuidados antes e
durante a realização manobra, sinalizando adequadamente e observando a sinalização
dos v eículos que o precedem ou o seguem, a fim de evitar colocar-se em perigo, bem como,
aos demais.

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Art. 35. Antes de iniciar qualquer manobra que implique UM DESLOCAMENTO
LATERAL, o condutor deverá indicar seu propósito de forma clara e com a devida
antecedência, por meio da luz indicadora de direção de seu veículo, ou fazendo gesto
convencional de braço.
Parágrafo único. Entende-se por DESLOCAMENTO LATERAL a transposição de faixas,
movimentos de conversão à direita, à esquerda e retornos.

O parágraf o único nos dá o ent endimento de "deslocamento lateral ” . Ant es de


realizar qualquer manobra enquadrada neste conceito, dev e -se indicar
antecipadament e aos demai s usuários suas sua realização, propiciando-lhes que visualizem
e adotem uma postura de atenção e cautela.

Art. 36. O condutor que for ingressar numa via, PROCEDENTE DE UM LOTE LINDEIRO A
ESSA VIA, deverá dar preferência aos veículos e pedestres que por ela estejam transitando.
Lote lindeiro é aquele situado ao longo das vias urbanas e rurais e que com elas se
limita. Ao sair do lote, deverá dar a preferência aos veículos e pedestres que por elas estejam
transitando.

Art. 37. Nas vias providas de acostamento, A CONVERSÃO À ESQUERDA E A


OPERAÇÃO DE RETORNO deverão ser feitas nos locais apropriados e, onde estes não
existirem, o condutor deverá aguardar no acostamento, à direita, para cruzar a pista com
segurança.

Sempre que existir um local adequado, devidamente sinalizado, o condutor deverá


utlizá-lo. Em se tratando de via provida de acostamento, onde não haja tal local, o
condutor deverá aguardar no acostamento, à direita, onde deverá parar seu veículo,
sinalizar sua intenção e aguardar o momento oportuno para cruzar a pista com segurança.

Art. 38. Antes de entrar à direita ou à esquerda, em outra via ou em lotes lindeiros, o condutor
deverá:
I - AO SAIR DA VIA PELO LADO DIREITO, aproximar-se o máximo possível do bordo
direito da pista e executar sua manobra no menor espaço possível;

Bordo da pista é a margem da pista, podendo ser demarcada por linhas


longitudinais de bordo que delineiam a parte da via destinada à circulação de veículos.
Estas linhas longitudinais dividem a pista de rolamento do acostamento.
Portanto, ao sair da via pelo lado direito, aproxime -se ao máximo o acostamento e
diminua a velocidade gradativamente, sinalizando a intenção antecipadamente.

II - AO SAIR DA VIA PELO LADO ESQUERDO, aproximar-se o máximo possível de seu


eixo ou da linha divisória da pista, quando houver, caso se trate de uma pista com
circulação nos dois sentidos, ou do bordo esquerdo, tratando-se de uma pista de um só
sentido.
Parágrafo único. Durante a manobra de mudança de direção, o condutor deverá ceder
passagem aos pedestres e ciclistas, aos veículos que transitem em sentido contrário pela
pista da via da qual vai sair, respeitadas as normas de preferência de passagem.

O procedimento é análogo ao comentado no inciso anterior, observando -se a situação


de pista com circulação nos dois sentidos, quando o veículo será posicionado mais
próximo possível da linha divisória da pista, por ém, no seu próprio sentido de
circulação e com as rodas voltadas para frente, a fim de minorar as consequências em
caso de um choque na traseira. Se as rodas la estiverem voltadas para a esquerda e
sofrer um choque na traseira, corre-se o risco de que venha outro veículo em sentido
contrário e ainda o abalroe, aumentando as conseqüências do acidente.

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Art. 39. Nas vias urbanas, A OPERAÇÃO DE RETORNO DEVERÁ SER FEITA NOS
LOCAIS PARA ISTO DETERMINADOS, quer por meio de sinalização, quer pela existência de
locais apropriados, ou, ainda, em outros locais que ofereçam condições de segurança e
fluidez, observadas as características da via, do veículo, das condições meteorológicas e
da movimentação de pedestres e ciclistas.
Nes tas op eraç ões de retorno em vias urbana s , o c ondutor deverá atentar aos as pectos legais des te
artigo, bem c omo à s inalizaç ão horizontal. Se existir marc aç ão viária longitudinal c ontí nua, simples ou dupla,
não é permitida a realizaç ão do retorno. Outro aspecto que deverá obs ervar diz res peit o a n ão in vadir a
c ontram ão, n a realiz aç ão d a m an obr a d e ret orn o.

Art. 40. O uso de luzes em veículo obedecerá às seguintes determinações:


I - o condutor manterá acesos os faróis do veículo, UTILIZANDO LUZ BAIXA, DURANTE A
NOITE E DURANTE O DIA NOS TÚNEIS PROVIDOS DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA;

A Res. 18/98 recomenda o uso de farol baixo aceso durante o dia, quando o veículo
circular em rodovias. Não há obrigação em manter o farol aceso durante o dia, à
exceção do previsto no parágrafo único deste artigo.

II - nas vias não iluminadas o condutor deve usar luz alta, exceto ao cruzar com outro
veículo ou ao segui-lo;

Quando o condutor fizer uso da luz alta do veículo, poderá fazer uso do farol auxiliar
de longo alcance (farol de milha), que deverá ser ligado e desligado junto com o f arol
principal de luz alta. Convém atentar ao final do texto deste inciso, nos momentos em
que o condutor deverá fazer uso da luz baixa, para não prejudicar os demais usuários. Apesar
desta irão há previsão de infração de trânsito quanto ao seu descumprimento.

III - a TROCA DE LUZ BAIXA E ALTA, DE FORMA INTERMITENTE e por curto período de
tempo, com o objetivo de advertir outros motoristas, só poderá ser utilizada para indicar a
intenção de ultrapassar o veículo que segue à frente ou para indicar a existência de risco à
segurança para os veículos que circulam no sentido contrário;

É praticamente proibida a troca de luz alta e baixa de forma intermitente e por período curto de
tempo. Somente poderá ser utilizado esse tipo de sinalização quando o condutor tem a intenção d e
ultrap as s ar o veíc ul o qu e es t á à s u a f rent e e p ar a inf orm ar o c ondut or q u e tr af egu e em s en ti d o c ont r ári o,
qu e el e v ai s e d ep ar ar c om al gu m a s it u aç ã o d e p er ig o. J am ai s d ev er á es t a s i n al iz aç ão s er ut il i z ad a c om o
m an ei r a d e i nf or m a r aos c on d ut or es d e veí c u l os q u e t r af egu em em s ent id o c ont r ári o, a exi s t ênc i a d e
b arr eir a p ol ic i al ou f is c al iz aç ão d e tr âns it o, p ois , al ém d a inf r aç ão d e tr âns it o q u e es t ar á c om et end o,
p od er á es t ar avis an d o a alg um l adr ão ou f or ag id o , d a p r e s en ç a p ol i c i al .

IV - o condutor manterá acesas pelo menos AS LUZES DE POSIÇÃO do veículo quando


sob chuva forte, neblina ou cerração;

Luz de posição (lanterna) é a que se destina a indicar a presença e a largura do veículo.


Embora em casos de chuva, neblina ou cerração, a norma determine o uso de luzes de
posição, é aconselhável que o condutor ligue, nestes casos, os faróis na fase baixa, a fim de que
se torne mais visível.

V - O condutor utilizará O PISCA-ALERTA nas seguintes situações:


a) em imobilizações ou situações de emergência;
b) quando a regulamentação da via assim o determinar;

A Res. 36/98 determina que em situação de emergência, quando o veiculo estiver


imobilizado no leito viário, o condutor deverá acionar de imediato as luzes de advertênc ia
(pisca-alerta), providenciando também a colocação do triângulo de sinalização à
distância mínima de 30 metros dar paria traseira do veículo e em posição de plena visibilidade.

VI - durante a noite, em circulação, o condutor manterá acesa a LUZ DE PLACA;

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A Res. 14/98 determina a lanterna de iluminação da placa traseira, de cor branca, como
um item obrigatório. Como tal, quando o veículo estiver circulando durante a noite,
deverá acesa, propiciando a identificação do veiculo através da placa traseira.

VII - o condutor manterá acesas, à noite, AS LUZES DE POSIÇÃO quando o veículo


estiver parado para fins de embarque ou desembarque de passageiros e carga ou descarga
de mercadorias.

As luzes de posição também devem ser utilizadas pelos condut ores de veículos
ao pararem nos acostamentos de rodovias ou junto ao meio fio das vias urbanas,
durante a noite, para fins de embarque ou desembarque de passageiros. Tal situação
visa a facilitar a identificação de veículo parado, pelos demais condutores, aumentando a
segurança viária.
Parágrafo único. Os veículos de TRANSPORTE COLETIVO REGULAR DE
PASSAGEIROS, quando circularem em faixas próprias a eles destinadas, e OS CICLOS
MOTORIZADOS deverão utilizar-se de FAROL DE LUZ BAIXA durante o dia e a noite.

Tão somente aos veículos de transporte coletivo regular de passageiros, no momento em


que circularem em faixas próprias (corredores de ônibus), é obrigatório utilizar a luz
baixa ligada, mesmo durante o dia. Nos demais trajetos, durante o dia, aos ônibus não é
obrigatório o uso da luz baixa. Quanto aos ciclos motorizados, também deverão usar o
farol ligado na fase baixa durante o dia.

Assim, aos veículos de duas ou três rodas, sempre (dia e noite) será obrigatório manter o
farol ligado na fase baixa e na fase alta, em vias não iluminadas.

Art. 41. O condutor de veículo só poderá fazer uso de BUZINA, desde que em toque breve,
nas seguintes situações:
I - para fazer as advertências necessárias a fim de evitar acidentes;
II - fora das áreas urbanas, quando for conveniente advertir a um condutor que se
tem o propósito de ultrapassá-lo.

A norma des te artigo pratic ament e proíbe o us o deste equipam ento obrigatório, s ó o permitin do, a
qu alqu er m om ent o, a f im d e evit ar ac id ent es e f or a d as ár ea s urb an as , a f im d e ad vertir o c ond ut or d o
veíc ul o qu e es t ej a à f rent e, qu e s e t enh a o pr op ós it o d e ul trap as s á -l o.

Art. 42. Nenhum condutor deverá frear bruscamente seu veículo, salvo por razões de
segurança.

O c ondutor deve dirigir s empre c om at enç ão e c uidad os indis pens áveis à s eguranç a. Den tre os c u id ad os ,
c on v ém r es s alt ar a dis t ânc i a d e s eg ur anç a entr e os veí c ul os q u e s e s eq u em. Oc orr e qu e n em t od os os
c ondut or es t êm es t a c ons c iênc ia e, s e f rear m os brus c am ent e, p od er á ocorrer de o condutor cio veículo que nos
segue, não manter uma distância de segurança adequada ou estar desatento e chocar seu veículo na traseira
do nosso. Desta forma, somente use o freio bruscamente em situação emergencial; de outra
forma, use-o suave e gradativamente, de acordo com os ensinamentos da direção defensiva.
Art. 43. Ao regular a velocidade, o condutor deverá observar constantemente as
condições físicas da via, do veículo e da carga, as condições meteorológicas e a
intensidade do trânsito, OBEDECENDO AOS LIMITES MÁXIMOS DE VELOCIDADE
ESTABELECIDOS PARA A VIA, além de:

Nem sempre é prudente trafegar no limite máximo da velocidade regulamentada para


aquela via. Sempre é necessário observar as circunstâncias do momento, como as condições
físicas da via, do veículo, carga, condições meteorológicas, intensidade de trânsito, presença de
pedestres no acostamento ou paradas de ônibus e presença de animais na faixa de domínio.
Presente uma ou mais destas circunstâncias, convém adotar uma postura de cautela e
diminuir a velocidade, a fim de evitar se envolver em acidente de trânsito. Ainda devemos
observar o seguinte:

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I - não obstruir a marcha normal dos demais veículos em circulação sem causa
justificada, transitando a uma velocidade anormalmente reduzida;
II - sempre que quiser diminuir a velocidade de seu veículo deverá antes certificar-
se de que pode fazê-lo sem risco nem inconvenientes para os outros condutores, A NÃO
SER QUE HAJA PERIGO IMINENTE;
III - indicar, de forma clara, com a antecedência necessária e a sinalização devida, a
manobra de redução de velocidade.
Para lembrar: Qualquer manobra deve ser precedida de sinalização adequada, a fim de que
os demais usuários da via, quer sejam condutores de veículos ou quer sejam pedestres, possam
saber o que iremos fazer.

Art. 44. Ao aproximar-se de QUALQUER TIPO DE CRUZAMENTO, o condutor do veículo


deve demonstrar prudência especial, transitando em velocidade moderada, de forma que
possa deter seu veículo com segurança para dar passagem a pedestre e a veículos que
tenham o direito de preferência.

Ao aproximar-se de qualquer tipo de cruzamento, esteja sinalizado ou não, deve-se reduzir


a velocidade e redobrar a atenção, em condições de parar o veículo a qualquer momento. Poderá
o condutor se deparar com veículos que tenham o direito de preferência, como viaturas policiais
ou ambulâncias e ainda com um pedestre atravessando a via em uma faixa de segurança.
Com esta conduta, muitos atropelamentos de pessoas e abalroamentos de veículos podem ser
evitados.

Art. 45. MESMO QUE A INDICAÇÃO LUMINOSA DO SEMÁFORO LHE SEJA FAVORÁVEL,
nenhum condutor pode entrar em uma interseção se houver possibilidade de ser obrigado
a imobilizar o veículo na área do cruzamento, obstruindo ou impedindo a passagem do
trânsito transversal.

Esta norma visa a minorar os graves problemas de "engarrafamentos" no trânsito das


grandes cidades. O condutor querendo aproveitar o sinal verde, avança e fica "preso" no
trânsito, impedindo que os outros condutores, ao se abrir o sinal, na v ia transversal, possam
prosseguir. Assim, temos início a um "engarrafamento", perda de paciência, uso indevido da
buzina, acidentes etc. É, antes de tudo, uma demonstração de educação e cortesia no trânsito.

Art. 46. Sempre que for necessária a imobilização temporária de um veículo no leito viário,
EM SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA, deverá ser providenciada a imediata sinalização de
advertência, na forma estabelecida pelo CONTRAN.
Art. 47. Quando proibido o estacionamento na via, a parada deverá restringir-se ao tempo
indispensável para embarque ou desembarque de passageiros, desde que não interrompa ou
perturbe o fluxo de veículos ou a locomoção de pedestres.
Parágrafo único. A operação de carga ou descarga será regulamentada pelo órgão ou
entidade com circunscrição sobre a via e é considerada ESTACIONAMENTO.

Veja que quando o condutor se deparar com a placa de regulamentação de estacionamento


proibido, poderá parar o veículo tão somente para embarcar ou desembarcar algum passageiro.
Qualquer tempo excedente caracterizará a infração de estacionar em local proibido.

Art. 48. Nas paradas, operações de carga ou descarga e nos estacionamentos, o


veículo deverá ser posicionado no sentido do fluxo, paralelo ao bordo da pista de
rolamento e junto à guia da calçada (meio-fio), admitidas as exceções devidamente
sinalizadas.

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Para que se possa estacionar o veículo de forma oblíqua, é necessária a regulamentação
de estacionamento (placa R-6b), acrescido de informação complementar "oblíquo". Se
não exista restrição alguma à parada ou estacionamento, o veículo deverá ser posicionado
na forma descrita no caput deste artigo, pois a exceção, sempre deverá ser sinalizada.
A distância máxima que o veículo poderá estar afastado da guia da calçada deve ser in-
ferior a 50 centímetros.
Atente ainda à parada ou estacionamento ao lado ou sobre canteiros centrais, divisores de
pista de rolamento, marcas de canalização, gramados, ilhas, refúgios ou jardins públicos. É
proibido. Só se pode estacionar ou parar junto unto ao meio-fio dos canteiros centrais, quanto estiver
regulamentado, através da sinalização específica.

§ 1º Nas vias providas de acostamento, os veículos parados, estacionados ou em


operação de carga ou descarga deverão estar situados FORA DA PISTA DE ROLAMENTO.
§ 2º O estacionamento dos veículos motorizados de DUAS RODAS será feito em
posição perpendicular à guia da calçada (meio-fio) e junto a ela, salvo quando houver
sinalização que determine outra condição.

Os veículos de duas rodas (motocicleta, motoneta, ciclomotor, bicicleta) têm uma enorme
vantagem no estacionamento, em relação aos demais veículos. O condutor destes veículos deve
atentar para a posição do veículo, colocando-o de forma perpendicular à guia da calçada;
todavia, poderá estacionar em qualquer local, desde que não haja a proibição de
estacionamento; terá ainda, em muitas situações, locais específicos de estacionamento para
seus tipos de veiculo, próximo aos cruzamentos.

§ 3º O estacionamento dos veículos sem abandono do condutor poderá ser feito


somente nos locais previstos neste Código ou naqueles regulamentados por sinalização
específica.

Têm-se aqui a situação do condutor que estaciona seu veículo em local proibido pela
sinalização e permanece na direção do v eículo. Veja que a infração está sendo cometida, da
mesma forma que se ele não estivesse a direção. Exceção a local que sinalize tal autorização.

Art. 49. O CONDUTOR E OS PASSAGEIROS não deverão abrir a porta do veículo, deixá-
la aberta ou descer do veículo sem antes se certificarem de que isso não constitui perigo
para eles e para outros usuários da via.

Situação rotineira, que dá origem a inúmeros acidentes de trânsito, é a de o motorista abrir


a porta do veiculo, sem observar o espelho retrovisor esquerdo. Poderá ele incidir nesta falta de
atenção e somado a outro condutor de veículo, motorizado ou não, como uma bicicleta, estar
transitando muito próximo aos veículos estacionados, e, portanto, cometendo a infração do art.
192, causar acidente, muitas vezes com gravidade. Da mesma forma, com toda a atenção,
devem proceder os passageiros, os quais devem desembarcar pelo lado da calçada, pois
somente ao condutor do veículo é permitido o embarque e desembarque pelo lado do fluxo de
veículos na via pública.

Parágrafo único. O embarque e o desembarque devem ocorrer sempre do lado da


calçada, EXCETO PARA O CONDUTOR.
Art. 50. O uso de faixas laterais de domínio e das áreas adjacentes às estradas e
rodovias obedecerá às condições de segurança do trânsito estabelecidas pelo órgão ou
entidade com circunscrição sobre a via.

As faixas laterais de domínio são superfícies lindeiras às vias rurais, delimitadas por lei
específica e sob responsabilidade do órgão ou entidade de trânsito competente com circunscrição
sobre a via.
São, portanto, espaços públicos, que poderão ter destinação futura pelo órgão competente.
Assim, quando determinada pessoa ou empresa desejar se estabelecer nas proximidades da faixa
de domínio deverá ser de conformidade com as normas de acesso elaboradas pelo órgão
executivo rodoviário ou entidade de trânsito com circunscrição sobre a via.
Já a utilização da própria faixa de domínio, da mesma forma, deverá ser de acordo com as

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condições de utilização e segurança estabelecidas pelo órgão com circunscrição sobre a via.
Normalmente se utiliza tal espaço para fins de propaganda de estabelecimentos comerciais,
devendo, neste caso, ter a autorização prévia e também o pagamento do valor relativo à utilização
do espaço público, além da colocação da placa em local que não prejudique a visibilidade e a
segurança viária.

Art. 51. Nas vias internas pertencentes a condomínios constituídos por unidades autônomas,
A SINALIZAÇÃO DE REGULAMENTAÇÃO DA VIA SERÁ IMPLANTADA E MANTIDA ÀS
EXPENSAS DO CONDOMÍNIO, após aprovação dos projetos pelo órgão ou entidade com
circunscrição sobre a via.

A sinalização de regulamentação das vias internas dos condomínios constituídos por uni -
dades autônomas é de responsabilidade dos condôminos; contudo, após terem elaborado o
projeto, deverá ser encaminhado ao órgão executivo de trânsito do município, para
análise e aprovação. Após aprovado, os condôminos deverão executar a sinalização de
regulamentação.
Estas vias são consideradas "vias locais", que são aquelas caracterizadas por interseções
em nível não semaforizadas, destinadas apenas ao acesso local ou áreas restritas. Estão sujeitas,
portanto, à fiscalização dos agentes de trânsito.

Art. 52. Os veículos de tração animal serão conduzidos PELA DIREITA DA PISTA,
JUNTO À GUIA DA CALÇADA (MEIO-FIO) OU ACOSTAMENTO, sempre que não houver
faixa especial a eles destinada, devendo seus condutores obedecer, no que couber, às
normas de circulação previstas neste Código e às que vierem a ser fixadas pelo órgão ou
entidade com circunscrição sobre a via.
Art. 53. Os ANIMAIS isolados ou em grupos só podem circular nas vias quando
conduzidos por um guia, observado o seguinte:
I - para facilitar os deslocamentos, os rebanhos deverão ser divididos em grupos de
tamanho moderado e separados uns dos outros por espaços suficientes para não obstruir
o trânsito;
II - os animais que circularem pela pista de rolamento deverão ser mantidos junto
ao bordo da pista.

Este artigo determina como os animais devem ser conduzidos, de forma a não interferir ria
segurança viária. Há de se considerar o risco que traz às pessoas, um acidente do tipo
"atropelamento de animais", além da provável morte do próprio. Some-se a isso, a possibilidade
de o proprietário do animal, que não teve a devida atenção na guarda ou condução deste, vir a ser
responsabilizado criminal e civilmente.

Art. 54. Os condutores de MOTOCICLETAS, MOTONETAS E CICLOMOTORES só


poderão circular nas vias:
I - utilizando capacete de segurança, com viseira ou óculos protetores;

O capacete de segurança deve ser dotado de viseira transparente diante dos olhos
ou, na falta desta, deverá o condutor estar utilizando óculos de proteção. O óculos
protetor também deverá ser utilizado quando o condutor estiver com a viseira levantada,
pois, ao contrário, considera-se conto uso incorreto e, portanto, sujeito às penalidades
iguais a de não usar o capacete. Outro aspecto de segurança indispensável em relação
ao uso do capacete diz respeito a estar devidamen te afixado na cabeça para que seu uso
seja considerado correto. A Res. 203/06 disciplina o uso de capacete de segurança pelo
condutor e passageiro de tais veículos e também do quadriciclo.
O CONTRAN determina a distinção no enquadramento e, conseqüenteme nte na pe-
nalização a quem efetivamente não faz o correto uso do capacete ou não o faz, o seu
caroneiro, em relação a quem, embora o use, não esteja com os dispositivos refletivos de
segurança nas partes traseiras e laterais do capacete ou do selo de certi ficação

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regulamentado pelo INMETRO, ou a existência de etiqueta interna, comprovando a certificação
do produto conforme o teor do art. 2° da Res. 203/06, com a nova redação dada pela R es.
270/08, cuja transcrição segue abaixo, na íntegra:
"Art. 2°. Para fiscalização do cumprimento desta Resolução, as autoridades de
trânsito ou seus agentes devem observar a aposição de dispositivo refletivo de
segurança nas partes laterais e traseira do capacete, a existência do selo de
identificação da conformidade do INMETRO, ou etiqueta interna com a logomarca do
INMETRO, podendo esta ser afixada no sistema de retenção, sendo exigíveis
apenas para os capacetes fabricados a partir de 01.08.2007, nos termos do § 2° do
art. 1 ' e do Anexo desta Resolução.‖

II - segurando o guidom com AS DUAS MÃOS;

Norma de segurança para automóveis e para os veículos ora em estudo. No caso de


furar um pneu, passar por tini buraco ou unia simples derrapada, o condutor que estiver
segurando o guidom com apenas uma das mãos possivelmente irá se acidentar.
III - usando vestuário de proteção, de acordo com as especificações do CONTRAN.

Este inciso ainda não foi regulamentado. Acredito firmemente que não o será, tendo em
vista as condições de climáticas de nosso País.

Art. 55. Os PASSAGEIROS de motocicletas, motonetas e ciclomotores só poderão ser


transportados:

Observe que nosso Código trata os condutores e os passageiros, quando do cometimento de


infrações de trânsito, no mesmo artigo, o 244; todavia, a cada um, foi reservado um inciso e um
código do DENATRAN.

I - utilizando CAPACETE DE SEGURANÇA;

O capacete de segurança que deverá ser utilizado pelo passageiro segue as mesmas
regras do utilizado pelo condutor, nos termos dos comentários ao inc. I do artigo anterior.

II - em carro lateral acoplado aos veículos ou em assento suplementar atrás do condutor;


III - usando vestuário de proteção, de acordo com as especificações do CONTRAN.

O Código estabelece que o passageiro deverá estar sentado em carro lateral acoplado
ao v eículo – "side-car" – ou em assento suplementar atrás do condutor. Portanto,
temos que tais veículos podem transportar somente duas pessoas: o condutor e o
passageiro e não mais alguém, normalmente uma criança entre dois adultos, como não
raro observa-se nas vias urbanas de nossas cidades.

Art. 57. Os CICLOMOTORES devem ser conduzidos pela direita da pista de rolamento,
preferencialmente no centro da faixa mais à direita ou no bordo direito da pista sempre que
não houver acostamento ou faixa própria a eles destinada, PROIBIDA A SUA CIRCULAÇÃO
NAS VIAS DE TRÂNSITO RÁPIDO E SOBRE AS CALÇADAS DAS VIAS URBANAS.
Parágrafo único. Quando uma via comportar duas ou mais faixas de trânsito e a da direita for
destinada ao uso exclusivo de outro tipo de veículo, os ciclomotores deverão circular pela
faixa adjacente à da direita.

O ciclomotor, como exceção à regra de proibição de trânsito de veículos

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motorizados nos acostamentos das rodovias, é exatamente aí que ele deve circular. Em
não existindo acostamento, dev erá ser conduzido no centro da f aixa mais à direita ou,
em existindo várias f aixas no mesmo sentido e, sendo a da direita reservada ao uso
exclusivo de outro tipo de veículo, deverá o ciclomotor ser conduzido pela faixa adjacente a
esta (da direita).
Já em vias urbanas classificadas como vias de trânsito rápido, é terminantemente
proibida sua circulação, dada a velocidade de fluxo em tal tipo de via e a inexistência de
acostamentos.

Art. 58. Nas VIAS URBANAS E NAS RURAIS DE PISTA DUPLA, a circulação de bicicletas
deverá ocorrer, quando não houver ciclovia, ciclofaixa, ou acostamento, ou quando não for
possível a utilização destes, nos bordos da pista de rolamento, no mesmo sentido de
circulação regulamentado para a via, COM PREFERÊNCIA SOBRE OS VEÍCULOS
AUTOMOTORES.

A circulação de bicicletas nas vias públicas deve dar-se nos locais adequados e
seguros: ciclovia, ciclofaixa e acostamento, no mesmo sentido de fluxo dos veículos.
Onde não houver tais locais, a circulação das bicicletas deve dar -se nos bordos da pista
de rolamento, com preferência sobre os veículos automotores e mantendo -se o mesmo
sentido de circulação. Com a utilização da parte mais externa da pista de rolamento, o
trânsito fica mais seguro para o ciclista e não atrapalha os condutores de veículos
motorizados.

Parágrafo único. A autoridade de trânsito com circunscrição sobre a via poderá


autorizar a circulação de bicicletas no sentido contrário ao fluxo dos veículos automotores,
DESDE QUE DOTADO O TRECHO COM CICLOFAIXA.

Ciclofaixa é a parte da pista de rolamento destinada à circulação exclusiva de ciclos,


delimitada por sinalização específica. Portanto, no caso de sua existência, a autoridade de
trânsito com circunscrição sobre a via poderá autorizar e sinalizar o trânsito de bicicletas em
sentido contrário ao fluxo dos veículos automotores. A existência de ciclofaixas mostra cuidado
do órgão executivo de trânsito em relação à segurança dos ciclistas.

Art. 59. DESDE QUE AUTORIZADO E DEVIDAMENTE SINALIZADO pelo órgão ou


entidade com circunscrição sobre a via, será permitida a circulação de bicicletas NOS
PASSEIOS.
Passeio é a parte da calçada ou da pista de rolamento; neste último caso, separada por
estrutura ou elemento físico separador, livre de interferências, destinada a circulação exclusiva
de pedestres e, excepcionalmente, de ciclistas. Portanto, à exceção da possibilidade de
permissão prevista neste artigo, os ciclistas não podem circular nos passeios, a não ser que
empurrando as bicicletas, quando estarão equiparados aos pedestres.

AS NORMAS RELATIVAS AOS ARTIGOS 60 A 62 FORAM ESTUDADAS EM NOSSA AULA


02. ACONSELHA-SE A REVISÁ-LA.

Art. 64. As crianças COM IDADE INFERIOR A DEZ ANOS devem ser transportadas nos
bancos traseiros, salvo exceções regulamentadas pelo CONTRAN.

A regra é que crianças sejam transportadas nos bancos traseiros dos automóveis, até que
atinjam a idade de dez anos. O artigo permite exceções, desde que regulamentadas pelo
CONTRAN. A Res. 277/08 dispõe sobre o transporte de menores de dez anos e a utilização do
dispositivo de retenção para o transporte de crianças em veículos e revogou a antiga
regulamentação implementada quando do início de vigência deste Código, através da Res. 15/98.
Determina a Res. 277/08, que os menores de 10 (dez) anos devam, de regra, ser transpor -
tados nos bancos traseiros, fazendo uso individual do cinto de segurança, como qualquer adulto.
Prevê ainda a possibilidade de uso de um sistema de retenção equivalente, na forma prevista no

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anexo da resolução, de acordo com a idade da criança. Por sua novidade e importância,
transcrevo ditam os três parágrafos do art. 1° desta norma regulamentadora:

―§ 1° Dispositivo de retenção para crianças é o conjunto de elementos que contém


uma combinação de tiras com fechos de travamento, dispositivo de ajuste, partes de
fixação e, em certos casos, dispositivos como: um berço portátil porta-bebê, uma
cadeirinha auxiliar ou uma proteção anti-choque que devem ser fixados ao veículo,
mediante a utilização dos cintos de segurança ou outro equipamento apropriado
instalado pelo fabricante do veículo com tal finalidade.
§ 2°. Os dispositivos mencionados no parágrafo anterior são projetados para reduzir o
risco ao usuário em casos de colisão ou de desaceleração repentina do veículo,
limitando o deslocamento do corpo da criança com idade até sete anos e meio.
§ 3° As exigências relativas ao sistema de retenção, no transporte de crianças com
até sete anos e meio de idade, não se aplicam aos veículos de transporte coletivo,
aos de aluguel, aos de transporte autônomo de passageiro (táxi), aos veículos
escolares e aos demais veículos com peso bruto total superior a 3,5t."

Da forma como era previsto na anterior regulamentação, a nova norma estabelece duas
exceções em seu art. 2º, quando a criança com idade inferior a dez anos poderá ser transportada
no banco dianteiro: — na hipótese de a quantidade de crianças com tal idade ter excedido a
capacidade de lotação do banco traseiro, desde que utilize o cinto de segurança do veículo ou
dispositivo de retenção adequado ao seu peso e altura e — nos veículos dotados
exclusivamente de banco dianteiro observadas as mesmas disposições de segurança.
Seja qual for a situação, o importante para o responsável pelo veículo, pelo condutor, é
transportar as crianças com a maior segurança possível.

Art. 65. É OBRIGATÓRIO o uso do cinto de segurança PARA CONDUTOR E


PASSAGEIROS em todas as vias do território nacional, salvo em situações regulamentadas
pelo CONTRAN.

A regra é que condutor e passageiros usem o cinto de segurança, individualmente.


Portanto, em automóvel com capacidade para cinco pessoas, com cinco cintos de segurança,
não se pode conduzir com lotação excedente, pois o cinto é individual.
O artigo prevê a possibilidade de situações excepcionais, devidamente regulamentadas
pelo CONTRAN. Assim, temos a Res. 14/98, que trata dos equipamentos obrigatórios. Em seu
art. 2º, inc. IV excepcionaliza a obrigatoriedade da existência do cinto de segurança para os
passageiros, nos ônibus e microônibus produzidos até 01.01.1999 e para os veículos destinados
ao transporte de passageiros, em percurso que seja permitido viajar em pé. Há também a Res.
82/98, que dispõe sobre a autorização, a título precário, para o transporte de passageiros em
veículos de carga. Situação esta extremamente perigosa.

Art. 67. As provas ou competições desportivas, INCLUSIVE SEUS ENSAIOS, em via aberta à
circulação, só poderão ser realizadas MEDIANTE PRÉVIA PERMISSÃO DA AUTORIDADE DE
TRÂNSITO COM CIRCUNSCRIÇÃO SOBRE A VIA e dependerão de:
I - AUTORIZAÇÃO EXPRESSA da respectiva confederação desportiva ou de entidades
estaduais a ela filiadas;
II - CAUÇÃO OU FIANÇA para cobrir possíveis danos materiais à via;
III - CONTRATO DE SEGURO CONTRA RISCOS E ACIDENTES em favor de terceiros;
IV - prévio recolhimento do valor correspondente aos custos operacionais em que o órgão
ou entidade permissionária incorrerá.
Parágrafo único. A autoridade com circunscrição sobre a via arbitrará os valores mínimos
da caução ou fiança e do contrato de seguro.

A autorização é prévia em relação ao evento e dependerá, para ser concedida, que os orga-
nizadores apresentem a solicitação à autoridade com circunscrição sobre a via. Após autorização
expressa da respectiva confederação desportiva ou de entidades estaduais a ela filiadas, e
cumpridas as exigências dos demais incisos, antes da realização da prova, pois tudo deverá
constar do processo de autorização de uso da via pública para fins de realização de competição

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esportiva.

Terminamos aqui o estudo completo das normas de circulação e conduta presentes no C.T.B.
Na aula seguinte iremos estudar as infrações positivadas neste Código ligando-as às suas
respectivas normas de conduta.

EXERCÍCIOS

I-) Com relação às NORMAS DE CIRCULAÇÃO E CONDUTA, segundo o CTB, julgue os itens a
seguir:

01. ( ) Quando dois veículos estiverem transitando por fluxos que se cruzem em local não
sinalizado, a preferência será de um fluxo ser proveniente de rodovia, do que estiver circulando por
ela.

02. ( ) O condutor deverá guardar distância de segurança lateral e frontal entre o seu e os
demais veículos, bem como e relação à borda da pista, considerando-se no momento, a
velocidade e as condições do local, da circulação do veículo e as condições climáticas.

03. ( ) Os ciclomotores devem ser conduzidos pela direita da pista de rolamento,


preferencialmente, no centro da faixa mais à direita ou na borda direita da pista sempre que não
houver acostamento ou faixa própria a eles destinada, não sendo proibida a sua circulação nas
vias de trânsito rápido e sobre a calçadas das vias urbanas.

04. ( ) Nas vias urbanas e nas vias de pista dupla, a circulação de bicicletas deverá
ocorrer quando não houver ciclovia, ciclofaixa ou acostamento ou quando não for possível a
utilização destes pelos bordos da pista de rolamento, em sentido contrário à circulação
regulamentada para a via, desde que autorizada pela autoridade de trânsito com circunscrição
sobre a via, e adotado o trecho com ciclofaixa.

05. ( ) As motocicletas devem ser conduzidas pela direita da pista de rolamento,


preferencialmente no centro da faixa mais à direita ou no bordo direito da pista sempre
que não houver acostamento ou faixa própria a elas destinada, proibida a sua circula ção
nas vias de trânsito rápido e rodovias e sobre as calçadas das vias urbanas.

06. ( ) O condutor não poderá ultrapassar veículos em vias com duplo sentido de direção e
pista única, nos trechos em curvas e em aclives sem v isibilidade suf iciente, nas
passagens de nív el nas pontes e v iadutos e nas trav essias de p edestres, exceto quando
não houver perigo iminente.

07. ( ) Os veículos de transporte coletivo regular de passageiros, quando circularem


em faixas próprias a eles destinadas e ciclomotorizados deverão utilizar-se de farol de luz
alta, durante o dia e a noite.

08. ( ) Mesmo que a indicação luminosa do semáforo lhe seja favorável, nenhum condutor
pode entrar em uma intersecção houver possibilidade de ser obrigado a imobilizar o veículo na
área de cruzamento, obstruindo ou impedindo a passagem de trânsito transversal.

09. ( ) Os passageiros de motocicletas, motonetas e ciclomotores só poderão ser


transportados usando vestuário de proteção, de acordo com as especificações do
CONTRAN.

10. ( ) Salvo exceções regulamentadas pelo CONTRAN, devem ser transport adas nos
bancos traseiros, as crianças com idade inferior a dez anos.

11. ( ) Salvo em situações regulamentadas pelo CONTRAN, o uso de cinto de


segurança para o condutor e passageiros em todas as vias do território nacional é
recomendável.

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12. O CTB - Código de Trânsito Brasileiro determina que os veículos d estin ado s a so co rro
de incêndio e salvamento, bem como as ambulâncias e viaturas policiais além de prioridade
no trânsito, gozam de livre circulação, e s t a c i o n a m e n t o e p a r a d a , q u a n d o e m
servi ço d e u rg ê n ci a e d evi d amen te i d en ti fi cad o s po r d i sp o si ti vo s
regulamentares de alarme sonoro e iluminação vermelha intermitente. (Artigo 29 – VIl).
Quando da aproximação dos veículos citados acima, os usuários devem:

a) Conduzir o veículo para a esquerda da via, dei xando livre a passagem pela faixa da
direita, e parar, se necessário.
b) Conduzir o veículo para a direita da via, deixando livre a passagem pela faixa da esquerda e
parar, se necessário.
c) Manter a faixa de trânsito em que está trafegando e parar, se necessário, somente na faixa da
esquerda.
d) Estacionar o veículo próximo ao meio-fio, na pista de rolamento da esquerda.

13. Nas vias urbanas e rurais desprovidas de ciclovias e ciclofaixas a circulação das bicicletas
deve ocorrer:
a) Nos bordos da pista de rolamento, no mesmo sentido de circulação regulamentada para a via.
b) Nos bordos na pista de rolamento, no sentido contrário ao da circulação regulamentada para a via.
c) Sobre as calçadas,
d) Nenhuma das alternativas.

14. Quanto ao uso de cinto de segurança é incorreto afirmar:

a) Deve ser usado em todo o território nacional pelo condutor e passageiros.


b) Deve ser usado por passageiro e condutor.
c) Deve ser usado somente em estradas e rodovias.
d) Nenhuma das anteriores.

15. [AGENTE DE TRÂNSITO – PREF. BRAGANÇA – 2007] Para cruzar a pista numa rodovia
onde não há local determinado para retorno, ou para entrar à esquerda, o condutor deverá
aguardar parando:

a) no centro da pista, ao lado da faixa divisória.


b) à esquerda da pista.
c) no centro da pista, sobre a faixa divisória.
d) no acostamento, à direita.

16. [AGENTE DE TRÂNSITO – PREF. BRAGANÇA – 2007] Analise a seguinte situação:

“Dois veículos, transitando por fluxos que se cruzam, em local não sinalizado, um circulando
por rodovia e outro procedente de via à margem da rodovia, quase provocam um acidente,
pois ambos acharam-se no direito de preferência e, por pouco não colidiram. O Agente de
Trânsito, presente no local, interfere no desentendimento entre os dois motoristas.”
O Agente de Trânsito deve considerar que:

a) o condutor que trafega pela rodovia tem preferência e o outro é multado por falta grave.
b) o condutor procedente da via à margem da rodovia tem preferência, porque vai entrar numa via de
maior movimento. Deste modo, o condutor do veículo que trafega pela rodovia é advertido e multado
por falta grave.
c) na falta de sinalização, ambos estão errados. O Agente de Trânsito adverte e libera os condutores
dos dois veículos.
d) na falta de sinalização, a preferência é de quem chega primeiro ao cruzamento. O Agente de
Trânsito adverte e libera os condutores dos dois veículos.

GABARITO:

01. C 02. C

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03. E 10. C
04. C 11. E
05. E 12. B
06. E 13. A
07. E 14. A
08. E 15. D
09. C 16. A

I – INFRAÇÕES DE TRÂNSITO

Art. 161. Constitui infração de trânsito a INOBSERVÂNCIA de qualquer preceito deste Código, da
legislação complementar ou das resoluções do CONTRAN, sendo o infrator sujeito às penalidades
e medidas administrativas indicadas em cada artigo, além das punições previstas no Capítulo XIX.

Parágrafo único. As infrações cometidas em relação às resoluções do CONTRAN terão suas


penalidades e medidas administrativas definidas nas próprias resoluções

A inobservância das normas de trânsito do C.T.B., da legislação complementar e das


resoluções do CONTRAN, constituem infrações de trânsito, sendo que as respectivas penalidades e
medidas administrativas, estarão indicadas em cada artigo, a partir do 162, até o 255, totalizando
415 (quatrocentos e quinze) situações possíveis de infrações.
As infrações de trânsito deverão ocorrer em vias públicas, eis que a estas vias, o Código se aplica.
Contudo, salienta-se que as penalidades e medidas administrativas aplicáveis são independentes das
punições previstas no capítulo XIX, que dispõe acerca dos Crimes de Trânsito, a partir do art. 291, até o À.
312. Os Crimes em espécie estão a partir do art. 302.

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INFRAÇÕES GRAVÍSSIMAS

AMPARO DESCRIÇÃO DA MEDIDA


NATUREZA PENALIDADE
LEGAL INFRAÇÃO ADMINISTRATIVA

- MULTA 3X
Dirigir veículo sem
Art. 162, I GRAVÍSSIMA - APREENSÃO -
possuir CNH ou PPD
DO VEÍCULO
Dirigir veículo com
- MULTA 5X
CNH ou PPD cassada
Art. 162, II GRAVÍSSIMA - APREENSÃO -
ou com suspensão do
DO VEÍCULO
direito de dirigir
Dirigir veículo
com CNH ou PPD de
- Recolhimento do
categoria diferente da - MULTA 3X
Art. 162, III GRAVÍSSIMA documento de
do veículo que esteja
habilitação
conduzindo

- Recolhimento da
Dirigir veículo com
- MULTA CNH
validade da CNH
Art. 162, V GRAVÍSSIMA - APREENSÃO - Retenção do veículo
vencida há mais de
DO VEÍCULO até a apresentação do
trinta dias.
condutor habilitado
Dirigir veículo
sem usar lentes - Retenção do
corretoras de visão, veículo até o
aparelho auxiliar de saneamento da
audição, de prótese ou irregularidade ou
Art. 162, VI as adaptações do GRAVÍSSIMA - MULTA apresentação de
veículo impostas por condutor habilitado.
ocasião da concessão
ou da renovação da
licença para conduzir.

Entregar a
direção do veículo à AS MESMAS
- Recolhimento do
pessoa nas PREVISTAS
Art. 163 GRAVÍSSIMA documento de
condições previstas NO ARTIGO
habilitação
no artigo anterior: ANTERIOR

Permitir que
pessoa nas
condições referidas
nos incisos do AS MESMAS
Recolhimento do
artigo 162 tome PREVISTAS
Art. 164 GRAVÍSSIMA documento de
posse do veículo NO ARTIGO
habilitação
automotor e passe 162
a conduzi-lo na
via.

Dirigir sob a influência - MULTA 5X - Retenção do veículo


Art. 165 GRAVÍSSIMA
de álcool ou de - SUSPENSÃO até a apresentação de

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qualquer outra DO DIREITO condutor habilitado.
substância psicoativa DE DIRIGIR - Recolhimento do
que determine POR 12 documento de
dependência: (DOZE) habilitação.
(Redação dada pela MESES
Lei nº
11.705, de
19.06. 2008)

Confiar ou
entregar a direção de
veículo à pessoa que,
mesmo habilitada, por
Art. 166 seu estado físico ou GRAVÍSSIMA - MULTA
psíquico, não estiver
em condições de
dirigi-lo com
segurança:

Transportar crianças
em veículo automotor
- Retenção do veículo
sem observância das
até que a
Art. 168 normas de segurança GRAVÍSSIMA - MULTA
irregularidade seja
especiais
sanada.
estabelecidas neste
Código:
Dirigir ameaçando os
- MULTA - Retenção do veículo.
pedestres que estejam
- SUSPENSÃO - Recolhimento do
Art. 170 atravessando a via GRAVÍSSIMA
pública, ou os demais DO DIREITO documento de
veículos: DE DIRIGIR habilitação.
- MULTA 3X
- SUSPENSÃO - Remoção do veículo.
Disputar corrida por DO DIREITO - Recolhimento do
Art. 173 espírito de emulação: GRAVÍSSIMA
DE DIRIGIR documento de
- APREENSÃO habilitação.
DO VEÍCULO
Promover, na via,
competição esportiva,
eventos organizados,
exibição e demonstração - MULTA 5X
de perícia em manobra - SUSPENSÃO - Remoção do veículo.
de veículo, ou deles DO DIREITO - Recolhimento do
Art. 174 participar, como condutor, GRAVÍSSIMA
sem permissão da
DE DIRIGIR documento de
autoridade de trânsito com - APREENSÃO habilitação.
circunscrição sobre a via: DO VEÍCULO
As penalidades são
aplicáveis aos promotores e
aos condutores participantes.

Utilizar-se de
veículo para, em via
pública, demonstrar - MULTA
ou exibir manobra - SUSPENSÃO - Remoção do veículo.
perigosa, DO DIREITO - Recolhimento do
Art. 175 arrancada brusca, GRAVÍSSIMA
DE DIRIGIR documento de
derrapagem ou - APREENSÃO habilitação.
f renagem com DO VEÍCULO
deslizamento ou
arrastamento de
pneus:

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Deixar o condutor
envolvido em acidente - MULTA 5X
- Recolhimento do
com vitima de prestar - SUSPENSÃO
Art. 176, I GRAVÍSSIMA documento de
ou providenciar DO DIREITO
habilitação.
socorro à vítima, DE DIRIGIR
podendo fazê-lo;
Deixar o condutor
envolvido em acidente - MULTA 5X
com vitima de adotar - Recolhimento do
- SUSPENSÃO
Art. 176, II providências, podendo fazê- GRAVÍSSIMA documento de
DO DIREITO
lo, no sentido de evitar habilitação.
perigo para o trânsito no
DE DIRIGIR
local;
Deixar o condutor
envolvido em acidente
- MULTA 5X
com vitima de - Recolhimento do
- SUSPENSÃO
Art. 176, III preservar o local, de GRAVÍSSIMA documento de
DO DIREITO
forma a facilitar os habilitação.
DE DIRIGIR
trabalhos da polícia e
da perícia;
Deixar o
condutor envolvido
em acidente com
- MULTA 5X
vitima de adotar - Recolhimento do
- SUSPENSÃO
Art. 176, IV providências para GRAVÍSSIMA documento de
DO DIREITO
remover o veículo do habilitação.
DE DIRIGIR
local, quando
determinadas por policial
ou agente da autoridade de
transito;
Deixar o condutor
envolvido em acidente
com vitima de
- MULTA 5X
identificar-se ao - Recolhimento do
- SUSPENSÃO
Art. 176, V policial e de lhe prestar GRAVÍSSIMA documento de
DO DIREITO
informações habilitação.
DE DIRIGIR
necessárias à confec-
ção boletim de
ocorrência:
Estacionar o veículo
na pista de
rolamento das
estradas, das
Art. 181, V GRAVÍSSIMA - MULTA - Remoção do veículo..
rodovias, das vias
de transito rápido,
das vias dotadas de
acostamento:
Transitar pela
contramão de
direção em vias com
Art. 186, II sinalização de GRAVÍSSIMA - MULTA
regulamentação de
sentido único de
circulação
Deixar de dar
Art. 189 passagem aos GRAVÍSSIMA - MULTA
veículos precedidos

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de batedores, de
socorro, de incêndio
e salvamento, de polícia,
de operação e fiscalização
de trânsito e às
ambuIâncias,
quando em serviço
de urgência e
devidamente
identificados por
dispositivos
regulamentados de
alarme sonoro e
iluminação vermelha
intermitentes:

Forçar passagem
entre veículos que,
Art. 191 transitando em sentido GRAVÍSSIMA - MULTA
oposto, estejam na iminência
de passar um pelo outro ao
realizar operação de
ultrapassagem
Transitar com o veículo em
calçadas, passeios,
passarelas, ciclovias,
ciclofaixas, ilhas, refúgios,
ajardinamentos, canteiros
Art. 193 centrais e divisores de GRAVÍSSIMA - MULTA 3X
pista de rolamento,
acostamentos, marcas
de canalização,
gramados e jardins
públicos:
Ultrapassar pela
direita veículo de
transporte coletivo
ou de escolares,
parado para
Art. 200 embarque ou GRAVÍSSIMA - MULTA
desembarque de
passageiros, salvo
quando houver
refúgio de segurança
para o pedestre:
Ultrapassar pela
contramão outro
Art. 203, I veículo nas curvas, aclives GRAVÍSSIMA - MULTA
e declives, sem visibilidade
suficiente;
Ultrapassar pela
contramão outro
Art. 203, II GRAVÍSSIMA - MULTA
veículo nas faixas de
pedestre;
Ultrapassar pela
contramão outro
Art. 203, III GRAVÍSSIMA - MULTA
veículo nas pontes,
viadutos ou túneis;
Ultrapassar pela
contramão outro
Art. 203, IV veículo parado em fila GRAVÍSSIMA - MULTA 3X
junto a sinais luminosos,
porteiras, cancelas,
cruzamentos ou qualquer

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outro impedimento à livre
circulação;
Ultrapassar pela
contramão outro
veículo onde houver
Art. 203, V marcação viária longitudinal GRAVÍSSIMA - MULTA
dê divisão de fluxos
opostos do tipo linha dupla
contínua ou simples
contínua amarela:
Executar operação
de retorno em locais
Art. 206, I GRAVÍSSIMA - MULTA
proibidos pela
sinalização;
Executar operação de
retorno nas curvas,
Art. 206, II aclives; declives, pontes, GRAVÍSSIMA - MULTA
viadutos e túneis;

Executar operação de
retorno passando por
cima de calçada,
passeio, ilhas,
ajardinamento ou
Art. 206, III canteiros de divisões GRAVÍSSIMA - MULTA
de pista de rolamento,
refúgios e faixas de
pedestres e nas de
veículos não
motorizados;
Executar operação de
retorno nas
interseções, entrando
Art. 206, IV GRAVÍSSIMA - MULTA
na contramão de
direção da via
transversal;
Executar operação de
retorno com prejuízo da
Art. 206, V livre circulação ou da GRAVÍSSIMA - MULTA
segurança, ainda que em
locais permitidos:
Avançar o sinal vermelho do
Art. 208 semáforo ou o de parada GRAVÍSSIMA - MULTA
obrigatória:
- MULTA
- SUSPENSÃO - Remoção do veículo.
Transpor, sem autorização, DO DIREITO - Recolhimento do
Art. 210
bloqueio viário policial:
GRAVÍSSIMA
DE DIRIGIR documento de
- APREENSÃO habilitação
DO VEÍCULO
Deixar de parar o
Art. 212 veículo antes de GRAVÍSSIMA - MULTA
transpor linha férrea:
Deixar de parar o veículo
sempre que a respectiva
marcha for interceptada por
Art. 213, I
agrupamento de pessoas,
GRAVÍSSIMA - MULTA
como préstitos, passeatas,
desfiles e outros.
Deixar de dar preferência
de passagem a pedestre e
Art. 214, I a veículo não motorizado GRAVÍSSIMA - MULTA
que se encontre na
faixa a ele destinada;

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Deixar de dar preferência de
passagem a pedestre e a
veículo não motorizado
Art. 214, II
que não haja concluído a
GRAVÍSSIMA - MULTA
travessia mesmo que ocorra
sinal verde para o veículo
Deixar de dar preferência de
passagem a pedestre e a
veículo não motorizado
Art. 214, III portadores de GRAVÍSSIMA - MULTA
deficiência física,
crianças, idosos e
gestantes:
Transitar em
velocidade superior à - MULTA 3X
máxima permitida para - SUSPENSÃO
o local, medida por IMEDIATA DO
instrumento ou DIREITO DE
- Recolhimento do
equipamento hábil, em DIRIGIR
Art. 218, III GRAVÍSSIMA documento de
rodovias, vias de - APREENSÃO
habilitação
trânsito rápido, vias DO
arteriais e demais vias DOCUMENTO
quando a velocidade for superior DE
à máxima em mais de 50% HABILITAÇÃO
(cinquenta por cento).
Deixar de reduzir a
velocidade do veículo de
forma compatível com a
segurança do trânsito
Art. 220, I quando se aproximar GRAVÍSSIMA - MULTA
de passeatas,
aglomerações, cortejos,
préstitos e desfiles;
Deixar de reduzir a
velocidade do veículo de
forma compatível com a
segurança do trânsito nas
proximidades de escolas,
Art. 220, XIV
hospitais, estações de
GRAVÍSSIMA - MULTA
embarque e desembarque de
passageiros ou onde haja
intensa movimentação de
pedestres:
Conduzir o veículo com o
lacre, a inscrição do
chassi, o selo, a placa ou
- MULTA
Art. 230, I
qualquer outro elemento
GRAVÍSSIMA - APREENSÃO - Remoção do Veículo
de identificação do veículo DO VEÍCULO
violado ou falsificado;
Conduzir o veículo
transportando
passageiros em
compartimento de
carga, salvo por motivo - MULTA
Art. 230, II de força maior, com GRAVÍSSIMA - APREENSÃO - Remoção do Veículo
permissão da DO VEÍCULO
autoridade competente
e na forma
estabelecida pelo
CONTRAN;
- MULTA
Conduzir o veículo com
Art. 230, III
dispositivo anti-radar;
GRAVÍSSIMA - APREENSÃO - Remoção do Veículo
DO VEÍCULO
Conduzir o veículo sem - MULTA
Art. 230, IV GRAVÍSSIMA - Remoção do Veículo
qualquer uma das - APREENSÃO

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placas de DO VEÍCULO
identificação;

Conduzir o veículo que não - MULTA


Art. 230, V esteja registrado e GRAVÍSSIMA - APREENSÃO - Remoção do Veículo
devidamente licenciado; DO VEÍCULO
Conduzir o veículo com
qualquer uma das placas - MULTA
Art. 230, VI de identificação sem GRAVÍSSIMA - APREENSÃO - Remoção do Veículo
condições de legibilidade e DO VEÍCULO
visibilidade:
Transitar com o veículo - Retenção do veículo
Art. 231, I danificando a via, suas GRAVÍSSIMA - MULTA
instalações e equipamentos; para regularização
Transitar com o veículo
derramando, lançando
ou arrastando sobre a - Retenção do veículo
Art. 231, II, a GRAVÍSSIMA - MULTA
via carga que esteja para regularização
transportando;
Transitar com o veículo
derramando, lançando
ou arrastando sobre a - Retenção do veículo
Art. 231, II, b
via combustível ou GRAVÍSSIMA - MULTA
para regularização
lubrificante que esteja
utilizando;
Transitar com o veículo
derramando, lançando
ou arrastando sobre a - Retenção do veículo
Art. 231, II, c
via qualquer objeto GRAVÍSSIMA - MULTA
para regularização
que possa acarretar
risco de acidente:
Falsificar ou - MULTA
Art. 234 adulterar documento de GRAVÍSSIMA - APREENSÃO - Remoção do veículo
habilitação e de DO VEÍCULO
identificação do veículo:

Recusar-se a
entregar à autoridade
de trânsito ou a seus
agentes mediante
recibo, os documentos - MULTA
Art. 238 de habilitação, de GRAVÍSSIMA - APREENSÃO - Remoção do veículo
registro, de DO VEÍCULO
licenciamento de
veículo e outros
exigidos por lei, para
averiguação de sua
autenticidade:
Retirar do local
veículo legalmente retido - MULTA
Art. 239 para regularização, sem GRAVÍSSIMA - APREENSÃO - Remoção do veículo
permissão da autoridade
competente ou de seus
DO VEÍCULO
agentes:
F az e r f al s a
d ec l a r aç ã o d e
Art. 242 d o m i c í l i o p ar a f i n s d e GRAVÍSSIMA - MULTA
r eg i s t r o ,
l i c en c i a m e n t o ou
habilitação:
Conduzir motocicleta, - MULTA - Recolhimento do
Art. 244, I motoneta e ciclomotor sem GRAVÍSSIMA - SUSPENSÃO documento de
usar capacete de segurança
com viseira ou óculos de
DO DIREITO habilitação

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proteção e vestuário de DE DIRIGIR
acordo com as normas e
especificações aprovadas
pelo CONTRAM
Conduzir motocicleta,
motoneta e ciclomotor
trans portando
passageiro sem o
capacete de
- MULTA
segurança, na - Recolhimento do
- SUSPENSÃO
Art. 244, II forma estabelecida GRAVÍSSIMA documento de
DO DIREITO
habilitação
anterior, ou fora do DE DIRIGIR
assento suplementar
colocado atrás do
condutor ou em
carro lateral;
Conduzir motocicleta,
motoneta e ciclomotor
- MULTA
- Recolhimento do
fazendo malabarismo - SUSPENSÃO
Art. 244, III GRAVÍSSIMA documento de
ou equilibrando-se DO DIREITO
habilitação
apenas em uma roda; DE DIRIGIR
- MULTA
Conduzir motocicleta, - Recolhimento do
motoneta e ciclomotor com
- SUSPENSÃO
Art. 244, IV GRAVÍSSIMA documento de
os faróis apagados; DO DIREITO
habilitação
DE DIRIGIR
Conduzir motocicleta,
motoneta e ciclomotor - MULTA
transportando criança menor - Recolhimento do
- SUSPENSÃO
Art. 244, V de sete anos ou que não GRAVÍSSIMA documento de
tenha, nas circunstâncias, DO DIREITO
habilitação
condições de cuidar de sua DE DIRIGIR
própria segurança:

Deixar de
sinalizar qualquer
obstáculo à livre
circulação, à
segurança de veículo
e pedestres, tanto
no leito da via
terrestre como na
calçada, ou
obstaculizar a via - MULTA,
indevidamente: AGRAVADA EM
ATÉ 5X, A
Parágrafo único - A CRITÉRIO DA
Art. 246 penalidade será GRAVÍSSIMA AUTORIDADE DE
aplicada à pessoa TRÂNSITO,
CONFORME A
fisica ou jurídica
RISCO À
responsável pela SEGURANÇA
obstrução, devendo a
autoridade com
circunscrição sobre a
via providenciar a
sinalização de
emergência, às
expensas do
responsável, ou, se
possível, promover a
desobstrução
Bloquear a via com - MULTA
Art. 253 - Remoção do veículo
veículo: - APREENSÃO

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DO
DOCUMENTO
DE
HABILITAÇÃO

INFRAÇÕES GRAVES

MEDIDA
AMPARO
DESCRIÇÃO DA INFRAÇÃO NATUREZA PENALIDADE ADMINIS
LEGAL
TRATIVA
- Retenção
do veículo
Deixar o condutor ou até
Art. 167 passageiro de usar cinto de GRAVE - MULTA colocação
segurança. do cinto
pelo
infrator.
Deixar o condutor de prestar socorro à
vítima de acidente de trânsito quando
Art. 177
solicitado pela autoridade e seus
GRAVE - MULTA
agentes:
Fazer ou deixar que se faça
reparo em veículo na via
pública, salvo nos casos de
impedimento absoluto de sua
- Remoção
Art. 179, I remoção e em que o veículo GRAVE - MULTA
do veículo.
esteja devidamente sinalizado
em pista de rolamento de
rodovias e vias de trânsito
rápido:
Estacionar o veículo afastado da
- Remoção
Art. 181, III guia da calçada (meio-fio) a GRAVE - MULTA
do veículo.
mais de um metro:
Estacionar o veículo no passeio ou sobre
faixa destinada a pedestre, sobre ciclovia
ou ciclofaixa, bem como nas ilhas,
refúgios, ao lado ou sobre canteiros - Remoção
Art. 181, VIII centrais, divisores de pista de GRAVE - MULTA
do veículo.
rolamento, marcas de
canalização, gramados ou
jardim público:
Estacionar o veículo ao lado de - Remoção
Art. 181, XI GRAVE - MULTA
outro veículo em fila dupla: do veículo.
Estacionar o veículo na área - Remoção
Art. 181, XII de cruzamento de vias, prejudicando GRAVE - MULTA
do veículo.
a circulação de veículos e pedestres:
Estacionar o veículo nos viadutos, - Remoção
Art. 181, XIV GRAVE - MULTA
pontes e túneis do veículo.
em aclive ou
Estacionar o veículo
declive, não estando
devidamente freado e sem
- Remoção
Art. 181, XVI calço de segurança, quando se GRAVE - MULTA
do veículo.
tratar de veículo com peso
bruto total superior a três mil e
quinhentos quilogramas:
Estacionar o veículo em locais e horários
- Remoção
Art. 181, XIX de estacionamento e parada proibidos GRAVE - MULTA
pela sinalização (placa - Proibido Parar do veículo.

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e Estacionar):
Parar o veículo na pista
de.rolamento das estradas, das
Art. 182, V rodovias, das vias de trânsito rápido e GRAVE - MULTA
das demais vias dotadas de
acostamento:
Transitar com o veículo na faixa ou
pista da esquerda regulamentada
Art. 184, II
como de circulação exclusiva para
GRAVE - MULTA
determinado tipo de veículo:
Transitar pela contramão de direção
em vias com duplo sentido de
circulação, exceto para
ultrapassar outro veículo e
Art. 186, I
apenas pelo tempo necessário GRAVE - MULTA
respeitada a preferência do
veículo que transitar em
sentido contrário:
Seguir veículo em serviço de
urgência, estando este com
prioridade de passagem
Art. 190 devidamente identificada por GRAVE - MULTA
dispositivos regulamentares de
alarme sonoro e iluminação
vermelha intermitentes:
Deixar de guardar distância de
segurança lateral e frontal
entre o seu veículo e os
demais, bem como em relação
Art. 192 ao bordo da pista, GRAVE - MULTA
considerando-se, no momento,
a velocidade, as condições
climáticas do local da circulação
e do veículo
Transitar em marcha à ré, salvo na
distância necessária a pequenas
Art. 194
manobras e de forma a não causar
GRAVE - MULTA
riscos à segurança:
Desobedecer às ordens emanadas da
Art. 195 autoridade competente de trânsito ou de GRAVE - MULTA
seus agentes:

Deixar de indicar com


antecedência, mediante gesto
regulamentar de braço ou luz
indicadora de direção do
Art. 196 veículo, o início da marcha, a GRAVE - MULTA
realização da manobra de
parar o veículo, a mudança de
direção ou de faixa de
circulação.
Ultrapassar
Art. 202, I outro veículo pelo GRAVE - MULTA
acostamento;
Ultrapassar outro veículo em
Art. 202, II interseções e passagens de GRAVE - MULTA
nível:
Deixar de parar o veículo no
Art. 204 acostamento à direita, para aguardar
GRAVE - MULTA

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a oportunidade de cruzar a pista ou
entrar à esquerda, onde não
houver local apropriado para
operação de retorno:
Executar operaç ão de conversão à
Art. 207 direita ou à esquerda em loc ais GRAVE - MULTA
proibidos pela sinalização:
Transpor, sem autorização,
bloqueio viário com ou sem
sinalização ou dispositivos
Art. 209 auxiliares, deixar de adentrar às GRAVE - MULTA
áreas destinadas à pesagem de
veículos ou evadir-se para não efetuar
o pagamento do pedágio:

Ultrapassar veículos em
fila, parados em razão de
sinal luminoso, cancela,
Art. 211 bloqueio viário parcial ou GRAVE - MULTA
qualquer outro obstáculo, com
exceção dos veículos não
motorizados:
Deixar de parar o veículo sempre
que a respectiva marcha for
Art. 213, II interceptada por grupamento de GRAVE - MULTA
veículos, como cortejos, formações
militares e outros:
Deixar de dar preferência de
passagem a pedestre e a veículo
Art. 214, IV não motorizado quando houver GRAVE - MULTA
iniciado a travessia mesmo que não
haja sinalização a ele destinada;
Deixar de dar preferência de
passagem a pedestre e a veículo
Art. 214, V não motorizado que esteja GRAVE - MULTA
atravessando a via transversal para
ande se dirige o veículo:

Deixar de dar
preferência de passagem em
Art. 215, I, a interseção não sinalizada a GRAVE - MULTA
veículo que estiver circulando
por rodovia ou rotatória.
Deixar de dar
Art. 215, I, b preferência de passagem em GRAVE - MULTA
interseção não sinalizada a
veículo que vier da direita;
Deixar de dar
preferência de passagem nas
Art. 215, II interseções com sinalização de
GRAVE - MULTA
regulamentação de ―Dê a
Preferência":

Transitar em velocidade
superior à máxima permitida
para o local, medida por
instrumento ou equipamento
Art. 218, II hábil, em rodovias, vias de GRAVE - MULTA
trânsito rápido, vias arteriais e
demais vias quando a velocidade
for superior à máxima em mais de 20%
(vinte por cento) até 50% (cinquenta
por cento):

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Deixar de reduzir a velocidade
do veículo de forma compatível com a
Art. 220, II segurança do trânsito nos locais onde o GRAVE - MULTA
trânsito esteja sendo controlado pelo
agente da autoridade de trânsito,
mediante sinais sonoros ou gestos;
Deixar de reduzir a velocidade
do veículo de forma compatível com a
Art. 220, III segurança do trânsito ao aproximar- GRAVE - MULTA
se da guia da calçada (meio-fio)
ou acostamento;
Deixar de reduzir a velocidade
do veículo de forma compatível com a
Art. 220, IV segurança do trânsito ao aproximar-se GRAVE - MULTA
de ou passar por interseção não
sinalizada;
Deixar de reduzir a velocidade
do veículo de forma compatível com a
Art. 220, V segurança do trânsito nas vias rurais GRAVE - MULTA
cuja faixa de domínio não esteja
cercada;
Deixar de reduzir a velocidade
Art. 220, VI do veículo de forma compatível com a GRAVE - MULTA
segurança do trânsito nos trechos em
curva de pequeno raio;
Deixar de reduzir a velocidade
do veículo de forma compatível com a
Art. 220, VII segurança do trânsito ao aproximar-se GRAVE - MULTA
de locais sinalizados com advertência
de obras ou trabalhadores na pista;
Deixar de reduzir a velocidade
do veículo de forma compatível com a
Art. 220, VIII segurança do trânsito sob chuva, GRAVE - MULTA
neblina, cerração ou ventos
fortes;
Deixar de reduzir a velocidade
do veículo de forma compatível com a
Art. 220, IX GRAVE - MULTA
segurança do trânsito quando
houver má visibilidade;
Deixar de reduzir a velocidade do
veículo de forma compatível com a
segurança do trânsito quando o
Art. 220, X
pavimento se apresentar GRAVE - MULTA
escorregadio, defeituoso ou
avariado;
Deixar de reduzir a velocidade do
veículo de forma compatível com a
Art. 220, XI segurança do trânsito à GRAVE - MULTA
aproximação de animais na
pista;
Deixar de reduzir a velocidade do
Art. 220, XII veículo de forma compatível com a GRAVE - MULTA
segurança do trânsito em declive;
Deixar de reduzir a velocidade do
veículo de forma compatível com a
Art. 220, XIII
segurança do trânsito ao ultrapassar GRAVE - MULTA
ciclista
Transitar com o farol desregulad o - Retenção
do veículo
Art. 223 ou como facho de luz alta de forma GRAVE - MULTA para
a perturbar a visão de outro condutor: regularização

- Deixar de sinalizar a via, de


Art. 225, I forma a prevenir os demais GRAVE - MULTA
condutores e, à noite, não

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manter acesas as luzes
externas ou omitir-se quanto a
providências necessárias para
tornar visível o local, quando
tiver de remover o veículo da
pista de rolamento ou
permanecer no acostamento;
Deixar de sinalizar a via, de
forma a prevenir os demais
condutores e, à noite, não
manter acesas as luzes
Art. 225, II externas ou omitir-se quanto a GRAVE - MULTA
providências necessárias para
tornar visível o local, quando a
carga for derramada sobre a via e não
puder ser retirada imediatamente:
- Retenção
do veículo
Usar no veículo equipamento com
som em volume ou frequência que para
Art. 228
não sejam autorizados pelo
GRAVE - MULTA regularizaçã
CONTRAN:
o.

Art. 230, VII Conduzir o veículo com a cor ou GRAVE - MULTA


característica alterada;

Conduzir o veículo sem ter sido - Retenção


submetido à inspeção de do veículo
Art. 230, VIII GRAVE - MULTA para
segurança veicular, quando regularização
obrigatória;
- Retenção
Conduzir o veículo sem equipamento do veículo
Art. 230, IX obrigatório ou estando este ineficiente GRAVE - MULTA para
ou inoperante; regularização
- Retenção
Conduzir o veículo com equipamento do veículo
Art. 230, X obrigatório em desacordo com o GRAVE - MULTA para
estabelecido pelo CONTRAN; regularização
- Retenção
Conduzir o veículo com descarga livre do veículo
Art. 230, XI ou silenciador de motor de explosão GRAVE - MULTA para
defeituoso, deficiente ou inoperante; regularização
- Retenção
Conduzir o veículo com do veículo
Art. 230, XII equipamento ou acessório GRAVE - MULTA para
proibido; regularização
- Retenção
Conduzir o veículo com o do veículo
Art. 230, XIII equipamento do sistema de GRAVE - MULTA para
iluminação e de sinalização alterados; regularização
Conduzir o veículo com registrador - Retenção
instantâneo inalterável de velocidade do veículo
Art. 230, XIV GRAVE - MULTA para
e tempo viciado ou defeituoso, quando
houver exigência desse aparelho; regularização

com inscrições,
Conduzir o veículo
adesivos, legendas e símbolos
de caráter publicitário afixados - Retenção
ou pintados no para-brisa e do veículo
Art. 230, XV GRAVE - MULTA para
em toda a extensão da parte regularização
traseira do veículo,
excetuadas as hipóteses
previstas neste Código;
- Retenção
Art. 230, XVI Conduzir o veículocom vidros GRAVE - MULTA do veículo
total ou parcialmente cobertos para

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por películas refletivas ou não, regularização
painéis decorativos ou
pinturas;
- Retenção
Conduzir o veículo com cortinas ou do veículo
Art. 230, XVII persianas fechadas, não autorizadas GRAVE - MULTA para
pela legislação regularização

em mau estado
Conduzir o veículo
de conservação,
- Retenção
comprometendo a segurança, do veículo
Art. 230, XVIII ou reprovado na avaliação de GRAVE - MULTA para
inspeção de segurança e de regularização
emissão de poluentes e
ruído, prevista no artigo 104;
- Retenção
Conduzir o veículo sem acionar o do veículo
Art. 230, XIX GRAVE - MULTA para
limpador de para-brisa sob chuva:
regularização
- MULTA
Conduzir o veículo sem portar a
Art. 230, XX autorização para condução de GRAVE - APREENSÃO DO
escolares, na forma no artigo 136: VEÍCULO
Transitar como veículo produzindo - Retenção
fumaça, gases ou partículas em níveis do veículo
Art. 231, III GRAVE - MULTA para
superiores aos fixados pelo
CONTRAN; regularização
Transitar como veículo com suas
- Retenção
dimensões ou de sua carga
do veículo
Art. 231, IV superiores aos limites GRAVE - MULTA para
estabelecidos legalmente ou pela
regularização
sinalização, sem autorização:
Transitar como veículo em desacordo
com a autorização especial, expedida
pela autoridade competente para
- MULTA
- Remoção
Art. 231, VI
transitar com dimensões GRAVE - APREENSÃO DO do veículo
excedentes, ou quando a VEÍCULO
mesma vencida:
Deixar de efetuar o registro de veículo - Retenção
no prazo de trinta dias, junto ao órgão do veículo
Art. 233
executivo de trânsito ocorridas as
GRAVE - MULTA para
hipóteses previstas no artigo 123: regularização
- Retenção
Conduzir pessoas, animais ou c arga
do veículo
Art. 235 nas partes externas do veículo, salvo GRAVE - MULTA para
nos casos devidamente autorizados
transbordo
Transitar com o veículo
em desacordo com as - Retenção
Art. 237
especificações, e com falta de GRAVE - MULTA
do veículo
inscrição e simbologia para
regularização
necessárias à sua identificação,
quando exigidas pela legislação:
-
Recolhiment
o do
Deixar o responsável de promover Certificado
a baixa do registro de veículo de Registro e
Art. 240
irrecuperável ou definitivamente
GRAVE - MULTA do
desmontado: Certificado
de
Licenciament
o Anual.
Deixar a empresa seguradora
de comunicar ao órgão -
Recolhiment
executivo de trânsito
Art. 243 GRAVE - MULTA o das placas
competente a ocorrência de e
perda total do veículo e de lhe documentos.
devolver as suas placas e

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documentos:
Utilizar a via para depósito de
mercadorias, materiais ou -
equipa-autorização do órgão Remoção
ou entidade de trânsito com da
Art. 245 circunscrição sobre a via: GRAVE - MULTA
mercadori
A penalidade e a medida a ou do
administrativa incidirão sobre a material
pessoa física ou jurídica
responsável.
Transportar em veículo
destinado ao transporte de - Retenção
do veículo
Art. 248 passageiros, carga excedente GRAVE - MULTA para
em desacordo com o transbordo
estabelecido no artigo 109:

INFRAÇÕES MÉDIAS

AMPARO DESCRIÇÃO DA NATURE PENALIDA MEDIDA


LEGAL INFRAÇÃO ZA DE ADMINISTRATIVA

Usar o veículo para arremessar,


Art. 171 sobre os pedestres ou veículos, MÉDIA - MULTA
água ou detritos:
Atirar do veículo ou abandonar
Art. 172 MÉDIA - MULTA
via objetos ou substâncias.
Deixar o condutor, envolvido
em acidente sem vítima de
adotar providências para
Art. 178 remover o veículo do local, MÉDIA - MULTA
quando necessária para
assegurar a segurança e a fluidez do
trânsito:

Art. 171
Ter seu veículo imobilizado na MÉDIA - MULTA
via por falta de combustível.
Estacionar o veículo nas
esquinas e a menos de cinco
Art. 181, I metros do bordo do MÉDIA - MULTA Remoção do veículo;
alinhamento da linha
transversal:
Estacionar o veículo em desacordo
Art. 181, IV com as posições estabelecidas MÉDIA - MULTA Remoção do veículo;
neste Código;

Estacionar o veículojunto ou
sobre hidrantes de incêndio,
Art. 181, VI registro de água ou tampas MÉDIA - MULTA Remoção do veículo;
de poços de visita de
galerias subterrâneas, desde

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que devidamente
identificados, conforme
especificação do CONTRAN
Estacionar o veículo onde houver guia
de calçada (meio-fio) rebaixada
Art. 181, IX MÉDIA - MULTA Remoção do veículo;
destinada à entrada ou saída de
veículos:
Estacionar o veículo impedindo a
Art. 181, XI movimentação de outro MÉDIA - MULTA Remoção do veículo;
veículo:
Estacionar o veículo onde houver
sinalização horizontal
delimitadora de ponto de
embarque ou desembarque de
passageiros de transporte
Art. 181, XIII MÉDIA - MULTA Remoção do veículo;
coletivo ou, na inexistência
desta sinalização, no intervalo
compreendido entre dez
metros antes e depois do
marco do ponto:
Estacionar o veículo na contramão
Art. 181, XV MÉDIA - MULTA
de direção:
Estacionar o veículo em
locais e
horários proibidos
Art. 181, XVIII especificamente pela MÉDIA - MULTA Remoção do veículo;
sinalização (placa - Proibido
Estacionar):
Parar o veículo nas esquinas e
a menos de cinco metros do
Art. 182, I MÉDIA - MULTA
bordo do alinhamento da via
transversal:
Parar o veículo afastado da
Art. 182, III guia da calçada (meio-fio) a MÉDIA - MULTA
mais de um metro:
Parar o veículo na área de
cruzamento de vias,
Art. 182, VII MÉDIA - MULTA
prejudicando a circulação de
veículos e pedestres:
Parar o veículo nos viadutos,
Art. 182, VIII MÉDIA - MULTA
pontes e túneis:
Parar o veículo IX - na
Art. 182, IX MÉDIA - MULTA
contramão de direção:
Parar o veículo em local e
horário proibidos
Art. 182, X especificamente pela MÉDIA - MULTA
sinalização (placa - Proibido
Parar):
Parar o veiculo sobre a faixa de
Art. 183 pedestres na mudança de sinal MÉDIA - MULTA
luminoso:
Quando o veículo estiver
em movimento, deixar de
Art. 185, I conservá-lo na faixa a ele MÉDIA - MULTA
destinada pela sinalização
de regulamentação, exceto
em situações de emergência;
Art. 185, II Quando o veículo estiver MÉDIA - MULTA

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em movimento, deixar de
conservá-lo nas faixas da
direita, os veículos lentos e de
maior porte:
Transitar em locais e horários não
permitidos pela regulamentação
Art. 187, I estabelecida pela autoridade
competente para todos os
tipos de veículos:
Transitar ao lado de
Art. 188 outro veículo, interrompendo MÉDIA - MULTA
ou perturbando trânsito:

Deixar de deslocar, com


antecedência, o veículo
para a faixa mais à
esquerda ou mais à direita,
Art. 197 MÉDIA - MULTA
dentro da respectiva mão
de direção quando for
manobrar para um desses
lados:
Deixar de dar passagem pela
Art. 198 MÉDIA - MULTA
esquerda, quando solicitado:
Ultrapassar pela direita, salvo
quando o veículo da frente estiver
Art. 199 colocado na f aixa apropriada e der MÉDIA - MULTA
sinal de que vai entrar à
esquerda:
Deixar de guardar a distância
lateral de um metro e
Art. 201 MÉDIA - MULTA
cinquenta centímetros ao
passar ou ultrapassar bicicleta:
Entrar ou sair de áreas
lindeiras sem estar
adequadamente
Art. 216 posicionado para ingresso MÉDIA - MULTA
na via e sem as precauções
com a segurança de pedestres
e de outros veículos:
Entrar ou sair de fila de
veículos estacionados sem dar
Art. 217 MÉDIA - MULTA
preferência de a pedestres e a
outros veículos:
Transitar em velocidade
superior à máxima
permitida para o local, por
instrumento ou
equipamento hábil, em
Art. 218, I MÉDIA - MULTA
rodovias, vias de trânsito,
vias arteriais e demais vias
quando a velocidade for
superior à máxima em até
20% (vinte por cento):
Transitar com o veículo em velocidade
inferior à metade da velocidade
máxima estabelecida para a
Art. 219 via, retardando ou obstruindo MÉDIA - MULTA
o trânsito, a menos que as
condições de tráfego e

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meteorológicas não o
permitam, salvo se tiver na
faixa da direita:
Portar no veículo placas de
identificação em desacordo com as
especificações e modelos
estabelecidos pelo CONTRAN:
Parágrafo único - Incide na
Retenção do veículo para
Art. 221 mesma penalidade aquele que MÉDIA - MULTA regularização e apreensão
confecciona, distribui ou das placas irregulares
coloca, em veículo próprio ou
de terceiros, placas de
identificação não autorizadas
pela regulamentação.
Deixar de manter ligado,
nas situações de
atendimento de emergência,
o sistema de iluminação
vermelha intermitente dos
Art. 222 veículos de polícia, de MÉDIA - MULTA
socorro de incêndio e
salvamento, de fiscalização
de trânsito e das
ambulâncias, ainda que
parados
Deixar de retirar todo e qualquer
Art. 226 objeto que tenha sido utilizado MÉDIA - MULTA
para sinalização temporária da via:
Usar indevidamente no
veículo aparelho de alarme
ou que produza sons e - MULTA
Art. 229 ruído que perturbem o MÉDIA - Remoção do veículo
APREENSÃO
sossego público, em DO VEÍCULO
desacordo com normas
fixadas pelo CONTRAN:
Conduzir o veículo com defeito no
sistema de iluminação, de
Art. 230, XXII sinalização ou com lâmpadas
MÉDIA - MULTA
queimadas:
MULTA
ACRESCIDA
A CADA
DUZENTOS
Transitar com o veiculo com excesso QUILOGRAM
de peso, admitido percentual de AS OU Retenção do veículo e
Art. 231, V tolerância quando aferido por MÉDIA FRAÇÃO DE transbordo da carga
equipamento, na forma a ser EXCESSO excedente
estabelecida pelo CONTRAN: DE PESO
APURADO,
CONSTANTE
EM TABELA
(VER)
efetuando
Transitar com o veiculo
transporte remunerado de
pessoas ou bens, quando
Art. 231, VIII não for licenciado para esse MÉDIA - MULTA Retenção do veículo
fim, salvo casos de força
maior ou com permissão da
autoridade competente:
Art. 230, XXI Conduzir o veículo de carga, MÉDIA - MULTA

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com falta de inscrição da tara
e demais inscrições previstas
neste Código;
Transitar com o veiculo desligado ou
Art. 226 desengrenado, em declive: MÉDIA - MULTA Retenção do veículo
Rebocar outro veículo com cabo
Art. 236 flexível ou corda, salvo em casos de MÉDIA - MULTA
emergência:
Conduzir motocicleta, motoneta e
ciclomotor rebocando outro veículo.

§ 3° - A restrição imposta
pelo inciso VI do caput deste
artigo não se aplica às
Art. 244, VI motocicletas e motonetas que MÉDIA - MULTA
tracionem semirreboques
especialmente projetados
para esse fim e devidamente
homologados pelo órgão
competente.
Conduzir motocicleta, motoneta e
ciclomotor sem segurar o guidom
com ambas as mãos, salvo
Art. 244, VII
eventualmente para indicação de
MÉDIA - MULTA
manobras;

Conduzir motocicleta, motoneta e


ciclomotor transportando carga
Art. 244, VIII
incompatível com suas MÉDIA - MULTA
especificações:
Conduzir ciclo (bicicleta) sem segurar
o guidom com ambas as mãos, salvo
eventualmente para indicação de
manobras;
Art. 244, § 1º Conduzir ciclo (bicicleta) MÉDIA - MULTA
transportando carga
incompatível com suas
especificações
Conduzir ciclo (bicicleta) com
Art. 244, § 1º, ―a‖ passageiro fora da garupa ou do MÉDIA - MULTA
assento especial a ele destinado;
Conduzir ciclo (bicicleta) em vias de
trânsito rápido ou rodovias, salvo onde
Art. 244, § 1º, ―b‖ MÉDIA - MULTA
houver acostamento ou faixas de
rolamento próprias;
Conduzir ciclo (bicicleta) transportando
crianças que não tenham, nas
Art. 244, § 1º, ―c‖ MÉDIA - MULTA
circunstâncias, condições de cuidar de
sua própria segurança.
Conduzir ciclomotores em vias de
trânsito rápido ou rodovias, salvo onde
Art. 244, § 2º
houver acostamento ou faixas de
MÉDIA - MULTA
rolamento próprias;

Deixar de conduzir pelo


bordo da pista de rolamento,
em fila única, os veículos de
Art. 247 MÉDIA - MULTA
tração ou propulsão humana
e os de tração animal, sempre
que não houver acostamento
ou faixa a eles destinados:
Deixar de manter acesas,
à noite, as luzes de
Art. 249 posição, quando o veículo MÉDIA - MULTA
estiver parado, para fins de
embarque ou desembarque

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de passageiros e carga ou
descarga de mercadorias:
Quando o veículo estiver em
Art. 250, I ―a‖ movimento deixar de manter acesa a MÉDIA - MULTA
luz baixa durante a noite;
Quando o veículo estiver em
movimento deixar de manter acesa a
Art. 250, I ―b‖ MÉDIA - MULTA
luz baixa de dia, nos túneis providos
de iluminação pública;
Quando o veículo estiver em
movimento deixar de manter acesa a
luz baixa de dia e de noite,
tratando-se de veículo de
Art. 250, I ―c‖ transporte coletivo de MÉDIA - MULTA
passageiro circulando em
faixas ou pistas a eles
destinadas;
Quando o veículo estiver em
movimento deixar de manter acesa a
Art. 250, I ―d‖ MÉDIA - MULTA
luz baixa de dia e de noite, tratando-se
de ciclomotores;
Quando o veículo estiver em
movimento deixar de manter
Art. 250, II acesas pelo menos as luzes MÉDIA - MULTA
de posição sob chuva forte,
neblina ou cerração;
Quando o veículo estiver em
movimento deixar de manter a
Art. 250, III
placa traseira iluminada, à MÉDIA - MULTA
noite
Utilizar o pisca - alerta, exceto
Art. 251, I em imobilizações ou situações MÉDIA - MULTA
de emergência;
Utilizar as luzes do veículo baixa e
alta de forma intermitente, exceto
nas seguintes situações:
a) a curtos intervalos, quando
for conveniente advertir a outro
condutor que se tem o propósito de
Art. 251, II ultrapassá-lo; MÉDIA - MULTA
b) em imobilizações ou
situação de emergência, como
advertência, utilizando o pisca -
alerta;
quando a sinalização de
regulamentação da via determinar o
uso do pisca alerta:
Dirigir o veículo com o braço do
Art. 252, I MÉDIA - MULTA
lado de fora;
Dirigir o veículo transportando
pessoas, animais ou volume à
Art. 252, II MÉDIA - MULTA
sua esquerda ou entre os
braços e pernas;
Dirigir o veículo com incapacidade
física ou mental temporária
Art. 252, III MÉDIA - MULTA
que comprometa a segurança
do trânsito;
Dirigir o veículo usando calçado
que não se firme nos pés ou
Art. 252, IV MÉDIA MÉDIA
que comprometa a utilização
dos pedais;
Dirigir o veículo com apenas uma
Art. 252, V das mãos, exceto quando MÉDIA - MULTA
deva fazer sinais

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regulamentares de braço,
mudar a marcha do veículo, ou
acionar equipamentos e
acessórios do veículo;
Dirigir o veículo utilizando-se de
fones nos ouvidos conectados
Art. 252, VI MÉDIA - MULTA
a aparelhagem sonora ou de
telefone celular;
Conduzir bicicleta em passeios
onde não seja permitida a
Remoção da bicicleta,
circulação desta, ou de forma
Art. 255 MÉDIA - MULTA mediante recibo para o
agressiva, em desacordo com
pagamento da multa.
o disposto no parágrafo único
do art. 59:

INFRAÇÕES LEVES

MEDIDA
AMPARO NATU
DESCRIÇÃO DA INFRAÇÃO PENALIDADE ADMINISTRAT
LEGAL REZA
IVA
Dirigir sem atenção ou sem os cuidados
Art. 169 LEVE - MULTA
indispensáveis à segurança:
Fazer ou deixar que se faça reparo em veículo na
via pública, salvo nos casos de impedimento
Art. 179, II absoluto de sua remoção e em que o veículo esteja LEVE - MULTA
devidamente sinalizado vias (que não as de
rodovias e as de trânsito rápido):
Estacionar o veículo afastado da guia da calçada Remoção do
Art. 181, II LEVE - MULTA
(meio-fio) de cinqüenta centímetros a um metro: veículo
Estacionar o veículo nos acostamentos, salvo Remoção do
Art. 181, VII LEVE - MULTA
motivo de força maior: veículo
Estacionar o veículo XVII - em desacordo com as
Art. 181, condições regulamentadas especificamente pela Remoção do
LEVE - MULTA
XVII sinalização (placa - Estacionamento veículo
Regulamentado):
Parar o veículo afastado da guia da calçada (meio-fio) de
Art. 182, II
cinquenta centimetros a um metro: LEVE - MULTA
Parar o veículo em
desacordo com normas posições
Art. 182, IV LEVE - MULTA
estabelecidas neste Código:
Parar o veículo no passeio ou sobre faixa destinada a pedestres,
Art. 182, VI nas ilhas, refúgios, canteiros centrais e divisores de pista de LEVE - MULTA
rolamento e marcas de canalização:
Transitar com o veículo na faixa ou pista da direita,
regulamentada como de circulação exclusiva para
Art. 184, I determinado tipo de veículo, exceto para LEVE - MULTA
acesso a imóveis lindeiros ou conversões à
direita
Ultrapassar veículo em movimento que integre
cortejo, préstito, desfile e formações militares,
Art. 205 salvo com autorização da autoridade de trânsito LEVE - MULTA
ou de seus agentes.
Fazer uso do facho de luz alta dos faróis em vias
Art. 224 providas de iluminação pública: LEVE - MULTA
Usar buzina em situação que não a de simples toque breve como
Art. 227, I
advertência ao pedestre ou a condutores de outros veículos;
LEVE - MULTA
Art. 227, II Usar buzina prolongada e sucessivamente a qualquer LEVE - MULTA

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pretexto
Art. 227, III Usar buzina entre vinte e duas a seis horas LEVE - MULTA
Usar buzina em locais e horários proibidos pela
Art. 227, IV LEVE - MULTA
sinalização;
Usar buzina em desacordo com os padrões e frequências
Art. 227, V
estabelecidas pelo CONTRAN.
LEVE - MULTA
Retenção do
Conduzir veículo sem os documentos de porte obrigatório veículo até a
Art. 232
referidos neste Código
LEVE - MULTA apresentação do
documento.
Deixar de atualizar o cadastro de registro do veículo ou de
Art. 241
habilitação do condutor
LEVE - MULTA
- MULTA NO
VALOR DE
50%
É proibido ao pedestre permanecer ou andar nas pistas de
Art. 254, I
rolamento, exceto para cruzá-las onde for permitido;
LEVE REFERENTE
ÀS
INFRAÇÕES
LEVES
- MULTA NO
VALOR DE
50%
É proibido ao pedestre cruzar pistas de rolamento nos viadutos,
Art. 254, II
pontes, ou túneis, salvo onde exista permissão;
LEVE REFERENTE
ÀS
INFRAÇÕES
LEVES
- MULTA NO
VALOR DE
50%
É proibido ao pedestre atravessar a via dentro das áreas de
Art. 254, III
cruzamento, salvo quando houver sinalização para esse fim;
LEVE REFERENTE
ÀS
INFRAÇÕES
LEVES
É proibido ao pedestre utilizar-se
da via em - MULTA NO
agrupamentos capazes de perturbar o trânsito, ou VALOR DE
para a prática de qualquer folguedo, esporte, desfiles 50%
Art. 254, IV e similares, salvo em em casos especiais e com.a LEVE REFERENTE
devida licença da autoridade competente; ÀS
INFRAÇÕES
LEVES
É proibido ao pedestre andar
fora da faixa própria, - MULTA NO
passarela, passagem aérea ou subterrânea; VALOR DE
50%
Art. 254, V LEVE REFERENTE
ÀS
INFRAÇÕES
LEVES
É proibido ao pedestre desobedecer à sinalização de trânsito - MULTA NO
específica: VALOR DE
50%
Art. 254, VI LEVE REFERENTE
ÀS
INFRAÇÕES
LEVES

I – PROCESSO ADMINISTRATIVO – CAP. XVIII

Sempre que a Autoridade de Trânsito ou seu Agente, constatar o cometimento de infração

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de trânsito por condutor de veículo automotor em via pública, lavrará o competente auto de
infração de trânsito, onde deverão constar as informações mínimas abaixo descritas, para que se
possa iniciar o processo administrativo, previsto na Res. 149/03, visando a aplicação da
penalidade de multa e as demais previstas para cada infração, no cap. XV deste Código, além das
penalidades de suspensão do direito de dirigir e cassação do direito de dirigir, conforme o estudado
no cap. XVI deste Código.

Vamos especificar abaixo qual a sequência que se dá o processo administrativo de cobrança da


penalidade multa, mas antes disso vamos fazer algumas diferenciações, a saber:

SEU SIGNIFICADO PARA LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO NO


TERMOS PROCESSO ADMINISTRATIVO
UTILIZADOS

É o ato administrativo enunciativo, em que agente de trânsito declara o


AUTUAR cometimento de uma infração, não tem natureza de sanção. Saiba que tem
natureza vinculada.

Significa informar, avisar. No processo administrativo vamos nos


deparar com a "notificação de autuação" e com a "notificação de
penalidade', sendo a primeira um aviso que o condutor cometera uma
NOTIFICAR infração, e a segunda, um aviso que fora penalizado ou multado.

É um ato administrativo punitivo de competência privativa da autoridade de


MULTAR trânsito. De outra forma, é a sanção administrativa pelo cometimento de
uma infração de trânsito.

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A qualquer hora e em qualquer lugar!
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No processo administrativo de cobrança da penalidade multa o nome do primeiro instituto para defesa
é "defesa prévia", "defesa de autuação" ou "defesa do cometimento da infração", que tem como objeto a
defesa do autuado antes que lhe seja aplicada a penalidade multa. Na verdade, esse mecanismo de defesa
tem por fito contestar a autuação feita pelo agente de trânsito, quanto à sua consistência (verdade) e
regularidade (legalidade), e não a aplicação da penalidade multa, uma vez que esta somente pode ser
aplicada após o indeferimento da defesa ou não for exercida no prazo legal.
Dessa forma, o CONTRAN consignou a aplicação da ampla defesa constitucional na legislação de
trânsito, que já fora tema de grandes discussões.
Agora, após a aplicação da penalidade multa, o nome do instituto utilizado para defesa é "recurso‖. No
recurso o pleiteante contesta o ato administrativo punitivo emanado da autoridade de trânsito, que é a
exigência da multa.
Vamos especificar abaixo qual a sequência que se dá o processo administrativo de cobrança da
penalidade multa.
A seguir vamos detalhar a seqüência iniciando pelo momento da autuação e terminar no último meio
de defesa.

2.1. JULGAMENTO DAS AUTUAÇÕES – Arts. 281 a 284


1° - O agente de trânsito ao presenciar o cometimento da infração deve lavrar o auto de infração.
O auto de infração valerá como notificação da autuação, quando colhida a assinatura do condutor

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e a infração for de responsabilidade do condutor ou a infração for de responsabilidade do
proprietário e este estiver conduzindo o veículo. De outra forma, se o infrator assinar o auto de
infração, considera-se notificado, ou seja, a partir da sua assinatura começa a correr o prazo
para defesa de autuação.
2º - À exceção da notificação no local da infração, conforme acima exposta, após a
verificação da regularidade do auto de infração, a autoridade de trân sito expedirá, no
prazo máximo de 30 (trinta) dias, contados da data do cometimento da infração, a
notificação da autuação dirigida ao proprietário do veículo. Quando utilizada a
remessa postal, a expedição se caracterizará pela entrega da notificação da autuação
pelo órgão ou entidade de trânsito à empresa responsável por seu envio. Dessa forma,
devemos perceber que o órgão de trânsito tem 30 dias para colocar a notificação no
correio, e não 30 dias para notificar.

3° - Da notificação da autuação constará a data do término do prazo para a apresentação da


defesa da autuação pelo proprietário do veículo ou pelo condutor
infrator devidamente identificado, que não será inferior a 15 dias, contados a partir
da data da notificação da autuação. Sendo assim, deve-se perceber que se tem 15 dias, pelo
menos, para que seja exercido o direito de defesa contados do dia em que foi notificado e não do dia
em que o órgão colocou a notificação no correio.
º
4 - A notificação da autuação, ainda que o condutor seja identificado, não exime o
órgão ou entidade de trânsito à expedição de aviso informando ao proprietário do veículo os
dados da autuação e do condutor identificado, uma vez que o proprietário do veículo será
sempre o responsável pelo pagamento da multa.
5° - Nos casos dos veículos registrados em nome de missões diplomáticas, repartições
consulares de carreira ou representações de organismos internacionais e de seus
integrantes, a notificação da autuação deverá ser remetida ao Ministério das Relações
Exteriores, para as providências cabíveis, passando a correr os prazos a partir do seu
conhecimento pelo proprietário do veículo.
6° - Quando o veiculo estiver registrado em nome de sociedade de arrendamento
mercantil, o órgão ou entidade de trânsito deverá encaminhar a notificação da autuação
diretamente ao arrendatário, que para os fins do processo administrativo ora mencionado,
equipara-se ao proprietário do veículo, cabendo-lhe a Identificação do condutor infrator,
quando não for o responsável pela infração. Dessa forma, a arrendadora deverá fornecer
ao órgão ou entidade executivo de trânsito responsável pelo registro do veiculo todos os
dados necessários à identificação do arrendatário, quando da celebração do respectivo
contrato de arrendamento mercantil, sob pena de arcar com a responsabilidade pelo
cometimento da infração, além da multa prevista para pessoa jurídica, regulamentada pela
Resolução no 151/03 do CONTRAN.
7° - Uma vez notificado da autuação, se não exercida a defesa ou ainda se esta for
indeferida; a autoridade de trânsito aplicará a multa, notificando o proprietário da
penalidade imposta. Perceba que a autoridade de trânsito é que julgará a consistência
e regularidade do auto de infração, ou seja, é a autoridade de trânsito que analisará as
alegações feitas na defesa prévia. Quanto ao pagamento da multa, este poderá ser
efetuado até a data do vencimento expressa na notificação em oitenta por cento do seu
valor.

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2.2. JULGAMENTO DAS PENALIDADES – Arts. 285 A 290

8° - Após a aplicação da penalidade, surgem para o pleiteante duas outras formas de


defesa: o primeiro recurso e o segundo recurso. O primeiro recurso será entregue no
órgão autuador, será analisado pela autoridade quanto à sua tempestividade, ou seja, se está
sendo interposto no prazo legal, e, em seguida, será encaminhado à JARI, que deverá julgá-
lo em 30 dias. Cabe observar que das decisões da JARI cabe recurso (2º) a ser interposto,
no prazo de trinta dias contados da publicação ou da notificação da decisão do julgamento
do primeiro recurso. Esse segundo recurso será interposto, da decisão do não-provimento,
pelo responsável pela infração; e da decisão de provimento, pode a autoridade que impôs a
penalidade recorrer uma única vez; ou seja, caso o recurso seja deferido, a autoridade de
trânsito pode contestar a JARI em outra instância, evidentemente.

Em síntese, vimos que a autoridade de tránsito é que julgará a defesa prévia; vimos também que o
primeiro recurso será sempre julgado pela JARI, e agora veremos a quem compete julgar o segundo
recurso:

2.2.1. TRATANDO-SE DE PENALIDADE IMPOSTA PELO ÓRGÃO OU ENTIDADE DE


TRÂNSITO DA UNIÃO:

a) Em caso de suspensão do direito de dirigir por mais de seis meses, cassação do documento de
habilitação ou penalidade por infrações gravíssimas, pelo CONTRAN;
b) Nos demais casos, por colegiado especial integrado pelo coordenador-geral da JARI, pelo presidente
da junta que apreciou o recurso e por mais um presidente de Junta. Nesse caso, quando houver apenas uma
JARI, o recurso será julgado por seus próprios membros.

2.2.2. TRATANDO-SE DE PENALIDADE IMPOSTA POR ÓRGÃO OU ENTIDADE DE


TRÂNSITO ESTADUAL, MUNICIPAL OU DO DISTRITO FEDERAL, PELOS CETRAN E
CONTRANDIFE, RESPECTIVAMENTE.

Finalmente, o que tem sido constantemente cobrado em provas de concursos públicos são os prazos no
processo administrativo, que poderíamos resumir da seguinte forma: todos os prazos do processo
administrativo são de 30 dias, exceto:

a) Defesa prévia e real infrator: 15 dias;


b) Prazo para autoridade, após verificar a tempestividade, enviar o recurso à JARI: 10 dias
úteis.

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EXERCÍCIOS

I-) Acerca do processo administrativos, julgue os itens a seguir:

01. ( ) As penalidades de suspensão do direito de dirigir e da cassação do documento de


habilitação serão aplicadas por
decisão fundamentada da autoridade de trânsito competente, em processo civil-penal administrativo, com
ampla defesa.

02. ( ) Ocorrendo infração prevista na legislação de trânsito, lavrar-se-á Auto de Infração, do qual
contará tipificação, local, data, hora do cometimento da inf ração, caracteres da placa de
identif icação do v eículo, sua marca e espécie, e outros elementos julgados necessários a sua
identificação, o prontuário do condutor sempre que possível, identificação do órgão ou entidade e
da autoridade ou agente autuador ou equipamento que comprovar a infração, assinatura do
infrator, sempre que possível, valendo esta como notificação do cometimento da infração.

03. ( ) Se a infração for cometida em localidade diversa daquela do licenciamento do veículo, o


recurso poderá ser apresentado junto ao órgão ou entidade de trânsito da residência ou domicílio do
infrator.

04. O condutor é multado em Estado diverso de seu licenciamento; a quem caberá o recolhimento da
penalidade?
a) Ao Estado do seu licenciamento originário;
b) Ao CONTRAN, pois o lugar da infração é diverso ao licenciamento;
c) Não poderá haver aplicação de penalidade, pois o condutor está em estados diversos;
d) Ao Estado que se deu a infração.

05. O co rrendo in fração p revi sta n a l eg i slação d e trãn sito, l avrar -se-á au to d e
i n fração, d o qu al con stará d en tro outros requisitos:
I. tipificação da infração; local, data e hora do cometimento da infração;
II. caracteres da pl aca de i dentif icação do v eícul o, sua marca e espécie, e outros
element os j ulgados necessári os à sua identificação.
III. o prontuário do condutor, sempre que possív el; identificação do órgão ou entidade e
da autoridade ou agente autuador ou equipamento que comprovar a infração. Estão corretas:

a) I, II e III
b) apenas II e III
c) apenas I e II;
d) apenas I e III.

06. É o ato ad min i strati vo p rati cado p elo ag ente d a au to rid ad e d e trân sito
co mp eten te, med i an te reg i stro em d o c u m en to p ró p r i o ( Au to d e I n f r a ç ã o ) , o n d e s ão
i n d i c ad o s o s el e m en to s q u e c a ra c t e ri za m a i n f r a ç ão e s eu enquadramento legal,
identifiquem o veiculo e permitam completa defesa do interessado. Trata-se do conceito de:
a) multa.
b) autuação.
c) penalidade.
d) infração.
e) notificação.

07. Considere a seguinte situação hipotética:

Um policial rodoviário federal identificou que um carro movia-se além da velocidade máxima permitida na via
e ordenou ao condutor que parasse. Porém, essa ordem não foi obedecida e o policial, embora não tivesse
conseguido identificar o motorista, anotou a placa do veículo. Nessa situação, com base no CTB, o policial
não deve lavrar auto de infração, mas lavrar ocorrência policial, para que a autoridade competente possa
apurar a autoria da infração. ( )

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GABARITO:

01. E
02. C
03. C
04. A
05. A
06. B
07. C

I-) CRIMES DE TRÂNSITO

Nesta aula estudaremos os crimes de trânsito, que é uma inovação do legislador do CTB, uma vez
que na legislação anterior não havia tal previsão. As condutas que hoje são reunidas em um único diploma,
antes tinham sua tipificação ora no Código Penal, ora na Lei das Contravenções Penais, sempre de forma
mais branda, o que levou o legislador a reunir as condutas agressivas à segurança viária numa lei especial.
Primeiramente, antes de estudarmos cada um dos crimes em espécie, faremos alguns comentários sobre
a parte geral dos crimes de trânsito do CTB, que são necessários para um melhor entendimento dos
institutos ora mencionados.
1. PARTE GERAL

Os crimes de trânsito, previstos no Código de Trânsito Brasileiro são regidos pela parte geral prevista
no próprio CTB, sendo possível aplicar a estes os dispositivos da parte geral do Código Penal e do Código
de Processo Penal, assim como da Lei 9.099/95 (Leis dos Juizados Cíveis) de forma subsidiária. Sendo
assim, vamos trabalhar alguns conceitos que entendemos ser importante para compreensão geral do
assunto.

1.1 APLICAÇÃO DO CTB NOS CRIMES DE TRÂNSITO

Art. 291. Aos crimes cometidos na direção de veículos automotores, previstos neste Código,
aplicam-se as normas gerais do Código Penal e do Código de Processo Penal, se este Capítulo não
dispuser de modo diverso, bem como a Lei nº 9.099, de 26 de setembro de 1995, no que couber.

Tendo como referência o que diz o Código Penal em seu artigo 5º, podemos concluir que nos crimes
de trânsito o envolvido responde pelo CTB, tanto em via pública quanto na via particular, a não ser que
no tipo penal venha de maneira expressa o termo "via pública; restringindo o alcance do. tipo penal. Note
que existe uma área particular com tratamento de via pública pelo CTB, que seriam os condomínios consti-
tuídos de unidades autônomas.
Sendo assim, aquele que pratica homicídio culposo ou lesão corporal culposa na direção de
veículo automotor responde pelo CTB, ainda que esses crimes tenham ocorrido em vias particulares,
uma vez que o CTB em seus artigos 302 e 303 nada menciona.

1.2 ELEMENTOS SUBJETIVOS DA CONDUTA

Para configuração do delito, faz-se necessária a valoração dos elementos subjetivos da conduta, ou
seja, deve ser analisado se o agente incorreu em dolo, em culpa, ou se esses elementos estavam
ausentes, a fim de que seja feita a correta tipificação do delito.

1.2.1 Crimes dolosos

A definição encontra-se na parte geral do Código Penal, mais especificamente em seu artigo
18, com isso:

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Artigo 13 (CP) - Diz-se o crime:
I- doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo;

Saiba ainda que a punição por conduta dolosa nos crimes de trânsito é a regra; dessa forma
quando se tem um delito, sem menção de que tipo de conduta será punida, este delito pune-se apenas
na modalidade dolosa. Cabe observar que os crimes de trânsito, em sua maioria, são punidos apenas
na modalidade dolosa, mais especificamente os dos artigos 304 ao 312 do CTB. .

1.2.2 Crime culposo

A definição encontra-se na parte geral do Código Penal, mais especificamente em seu artigo
18, com isso:
Artigo 18 (CP) - Diz-se o crime:
Il - culposo, quando o agente deu causa ao resultada por imprudência, negligencia ou
imperícia.

Saiba ainda que a punição por conduta culposa, nos delitos em geral, constitui regra de exceção;
dessa forma, quando se tem um delito qualquer, a conduta culposa apenas será punível se tiver expressa
previsão legal. Sendo assim, temos apenas dois delitos de trânsito com previsão de punição das
condutas culposas, que estão previstos nos artigos 302 e 303 do CTB, que tratam do homicídio
culposo e lesão corporal culposa na direção de veículo automotor.

A culpa está sempre ligada a um ato de IMPRUDÊNCIA, NEGLIGÊNCIA OU IMPERÍCIA. Em breve


síntese, poderíamos diferenciá-las da seguinte forma:

1.2.2.1 Imprudência

Devemos entender a imprudência como a falta de cuidado, de cautela; é mais do que a falta de
atenção, é a imprevidência acerca do mal, que deveria prever, porém, não previu. Na verdade, é a
falta temporária do senso de segurança de que todo homem médio é provido, consignado em uma atitude
positiva.

1.2.2.2 Negligência

Devemos entender a negligência como a omissão ou inobservância do de- ver, em realizar


determinado procedimento, com as precauções necessárias. Na verdade, é a falta temporária do senso de
segurança de que todo homem médio é provido, consignado em uma atitude negativa.

1.2.2.3 Imperícia

Devemos entender a imperícia como a falta de habilidade técnica necessária para prática decertas
atividades, ainda que teoricamente habilitado.

1.3 DIFERENÇA ENTRE INFRAÇÕES E CRIME DE TRÂNSITO

No que se refere à infração de trânsito, não há que se falar na valoração, pelo agente de
trânsito, dos elementos subjetivos da conduta, dolo e culpa, como requisito para tipificação, ou seja,
esses elementos não são levados em consideração pelo agente de trânsito nas autuações, mas
somente se o condutor está ou não em uma situação proibida.
Nos crimes de trânsito, o magistrado sempre valora os elementos subjetivos da conduta, a fim de
fazer a correta tipificação do delito, e, por conseguinte, aplicar a pena correspondente à conduta lesiva.

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§ 1º Aplicam-se aos crimes de trânsito de lesão corporal culposa o disposto nos arts. 74, 76 e 88 da
Lei nº 9.099, de 26 de setembro de 1995, exceto se o agente estiver. (Renumerado do parágrafo único
pela Lei nº 11.705, de 19.06.2008)

I – sob a influência de álcool ou qualquer outra substância psicoativa que determine dependência;

II – participando, em via pública, de corrida, disputa ou competição automobilística, de exibição ou


demonstração de perícia em manobra de veículo automotor, não autorizada pela autoridade
competente;

III – transitando em velocidade superior à máxima permitida para a via em 50 km/h (cinqüenta
quilômetros por hora).

1.4 SUSPENSÕES PREVISTAS NO CTB

No CTB existem duas suspensões: uma aplicada pela autoridade de trânsito ao detentor da CNH
em decorrência de infrações de trânsito, e outra aplicada pela autoridade judiciária em decorrência de
crimes de trânsito. Esta pena é aplicável tanto ao inabilitado quanto ao detentor da habilitação, seja
permissão para dirigir ou CNH. Vamos analisá-las:

1.4.1 Suspensão administrativa

Está previsto no artigo 261 do CTB que a penalidade de suspensão do direito de dirigir será
aplicada, nos casos previstos no CTB, pelo prazo mínimo de um mês até o máximo de um ano e, no
caso de reincidência no período de 12 meses, pelo prazo mínimo de 06 meses até o máximo de dois
anos, segundo critérios estabelecidos pelo CONTRAN. Será suspenso também aquele que acumular 20
pontos em seu prontuário no período de 12 meses.

1.4.2 Suspensão penal

A suspensão penal prevista no CTB proporciona ao magistrado uma possibilidade maior de sua
aplicação, se comparada com a suspensão administrati va aplicada pela autoridade de trânsito. Pela
imposição dessa pena, poderá ficar suspenso tanto quem tem o direito de dirigir quanto o inabilitado,
pelo prazo variável de 2 meses a 5 anos.
Essa suspensão somente pode ser aplicada pelo juiz, tem natureza jurídica de pena restritiva de
direito, apenas sendo possível aplicá-la, em regra, após o trânsito em julgado da sentença penal
condenatória.
Entendemos que suspensão ou proibição de se obter a permissão prevista no CTB revogou
tacitamente o artigo 47, III e 57, ambos do Código Penal (CP), que prevê essa sanção, entre as
interdições temporárias de direitos, que é urna das penas restritivas de direito previstas. Importante o
estudante do CTB notar que as penas restritivas de direito do CP são penas substitutivas das penas priva-
tivas de liberdade, e seguem os mesmos prazos destas. No CTB, a suspensão penal pode ser aplicada
como penalidade principal, isolada (apenas ela) ou cumulativamente (coma privativa de liberdade ou multa),
e com prazo a ser estipulado pela autoridade judiciária, sem nenhuma correlação com os prazos da pena
privativa de liberdade, devendo, entretanto, o juiz observar um mínimo de 2 meses e um máximo de 5
anos.
Diferentemente da suspensão administrativa, o cumprimento da suspensão penal está
condicionado à soltura do réu; sendo assim, enquanto o condenado estiver recolhido em estabelecimento
prisional, não há de ser deflagrada a contagem da suspensão penal, não havendo esse impedimento na
aplicação de sanções administrativas.
Existe, em caráter de exceção, a previsão no artigo 294 do CTB, que poderá o juiz, como medida
cautelar, de ofício, ou a requerimento do Ministério Público, ou ainda mediante representação da
autoridade policial, decretar, em decisão motivada, a suspensão da permissão ou da habilitação
para dirigir veículo automotor, ou a proibição de sua obtenção em qualquer fase da investigação ou da
ação penal, havendo necessidade para garantir a ordem pública.
Vale dizer que legislador deu ao judiciário a oportunidade de acalmar o clamor público, a sensação
de impunidade, e também uma maneira de calar a imprensa, e outros meios de comunicação, em
situações em que a manutenção do direito de dirigir atente contra a tranquilidade social.

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1.4.3 Condições para o suspenso voltar a dirigir

Aquele que for suspenso administrativamente pela autoridade de trânsito terá como condição para
voltar a dirigir o cumprimento do prazo da suspensão e, em seguida, deve fazer um curso de
reciclagem.
Quanto ao suspenso penalmente, deve ser obedecida a regra geral do artigo 160 do CTB,
regulamentado pela resolução300/08 do CONTRAN, que nos informa que todo condenado por delito de
trânsito, após sentença definitiva, terá seu documento de habilitação apreendido, e após o cumprimento
da decisão judicial e de submissão a novos exames, com a devida aprovação neles, será emitido um
novo documento de habilitação mantendo-se o mesmo registro, sendo necessário fazer também um
curso de reciclagem. Perceba que o condenado não reinicia o processo de habilitação, apenas refaz os
exames exigidos para primeira habilitação, no DETRAN de registro da sua habilitação.

1.5. MULTA

O termo multa torna-se relevante em virtude da confusão feita por muitos candidatos, uma vez que no
CTB existe a previsão de três tipos de multas, de naturezas diferentes: uma de natureza civil, outra de
natureza penal e uma de natureza administrativa. Vejamos cada uma delas:

1.5.1 Multa administrativa

A multa administrativa é uma sanção a ser imposta pela autoridade de trânsito com
circunscrição sobre a via, onde tenha ocorrido uma infração de trânsito. Poderíamos defini-Ia
também como uma receita de natureza não tributária de arrecadação vinculada, uma vez que tem
destino certo, previsto no artigo 320 do CTB, que nos informa que a receita arrecadada com a cobrança
das multas de transito será aplicada, exclusivamente, em sinalização, engenharia de tráfego de
campo, policiamento, fiscalização e educação de transito. Vale lembrar que 5% do total da receita de
multa arrecadada pelo pais são destinados ao FUNSET (Fundo Nacional de Segurança e Educação
para o Trânsito), que é administrado pelo DENATRAN.

1.5.2 Multa reparatória

É uma multa de natureza civil, indenizatória, e exigida no juízo penal; é, na verdade, uma
antecipação de um ressarcimento imposta pelo juiz da esfera penal, após reclamação da vítima ou seus
sucessores.
Para que a multa reparatória se torne exigível é necessária a ocorrência de um crime de transito, já
que é aplicada no juízo penal, e também um dano material - apenas este é indenizável a título de multa
reparatória.
Perceba que o destino da multa reparatória é diferente do destino da multa administrativa, pois esta vai
para o Estado e aquela é paga à vítima ou aos seus sucessores.
Convém ressaltar que o valor da multa reparatória terá como limite o do prejuízo demonstrado no
processo; porém, se posteriormente a vítima se achar insatisfeita com o valor pago, poderá ainda reclamar
o mesmo objeto, a mesma indenização, na esfera cível, recebendo evidentemente apenas a diferença. A
forma de pagamento está prevista no Código Penal, entre seus artigos 49 e 52, devendo ser paga em dia-
multa, a ser fizado pelo juiz, sendo que um dia-multa não pode ser inferior a um trigésimo do maior
salário mínimo mensal vigente ao tempo do fato, nem superior a 5 vezes esse salário.
A multa deve ser paga dentro de 10 dias depois de transitada em julgada a sentença. A requerimento
do condenado e conforme as circunstâncias, o juiz pode permitir que o pagamento se realize em
parcelas mensais, inclusive mediante desconto no vencimento ou salário, sendo que o desconto não
deve incidir sobre os recursos indispensáveis ao sustento do condenado e da sua família. Cabe
ressaltar que será suspensa a execução da pena de multa se sobrevém ao condenado doença mental...

1.5.3 Multa penal

A pena de multa, também conhecida como pena pecuniária, é uma sanção penal, consistente na
imposição ao condenado da obrigação de pagar ao fundo penitenciário determinada quantia em dinheiro,
calculada na forma de dias-multa, atingindo o patrimônio do condenado.
A pena de multa, conforme prevista no CTB, pode ser cominada e aplicada cumulativamente com a
pena privativa de liberdade, a exemplo do seu artigo 306, quando trata do crime de embriaguez, prevendo
em seu preceito secundário a pena de detenção de 6 meses a 3 anos, suspensão e multa, ou ainda de forma
alternativa, com a pena de prisão, a exemplo do crime de omissão de socorro, previsto no artigo 304,
cominando pena de detenção de seis meses a um ano, ou multa.

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Quando a multa é punição única (comum na lei de contravenções penais), ou nos casos em que ela
se encontra cumulada com a pena de prisão, ao magistrado, no caso de condenação, será obrigatória a sua
aplicação, sob pena de ferir o princípio da legalidade ou da inderrogabilidade da pena.

Nos casos em que a pena de multa estiver prevista de forma alternativa com a pena privativa de
liberdade, o juiz terá uma discricionariedade, conforme o art. 59, inc. I, do Código Penal, para escolher
entre uma ou outra, conforme seja necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime.

1.6 CRIMES DE DANO E DE PERIGO NO CTB

Na legislação de trânsito, mais especificamente no capítulo dos crimes de trânsito, encontramos


crimes de dano, apenas os culposos, previstos nos artigos 302 e 303, que se referem ao homicídio
culposo e lesão corporal culposa, e encontramos também crimes de perigo, previstos nos artigos 304 ao
312, ora de perigo em concreto, ora de perigo em abstrato, em ambos os casos sempre dolosos. O perigo
concreto é aquele que precisa ser comprovado, isto é, deve ser demonstrada a situação de risco corrida
pelo bem juridicamente protegido. O policial presente na situação de perigo irá reconhecê-lo por uma
valoração subjetiva da probabilidade de superveniência de um dano, como excesso de velocidade,
trânsito com veículos sobre calçadas. Nos crimes de perigo em abstrato ou presumido juris et de jure, a
situação de perigo não precisa ser provada, pois a lei contenta-se com a simples prática da ação que
pressupõe perigosa.

1.7. CIRCUNSTÂNCIAS AGRAVANTES E AUMENTATIVOS DE PENA

O legislador do CTB fez a previsão de circunstâncias agravantes e aumentativas de pena


em crime de trânsito, nos artigos 298 e 302, parágrafo único. Porém, os aumentativos de pena aplicam -
se apenas ao homicídio culposo e à lesão corporal culposa, e as agravantes aplicam-se a todos os
delitos.
As agravantes deverão ser consideradas na 2ª fase da fixação da pena (art. 68 do CP) em relação
às penas privativas de liberdade, multa e de suspenso ou proibição de se obter a permissão ou habilitação
para dirigir veículo automotor.
Saiba ainda que as circunstâncias agravantes não serão consideradas quando constituírem
elementar, qualificadora ou causa de aumento de pena do delito em espécie. Caso contrário, haveria bis
in idem. Veja quadro resumo abaixo:

AGRAVANTES AUMENTO DE PENA

I - com dano potencial – duas ou mais pessoas;

II – veículos em placas ou adulteradas;

I – sem possui habilitação;


III – sem possui habilitação;

IV – habilitação de categoria diferente;

II - transporte de passageiro;
V - transporte de passageiro ou carga

VI – características adulteradas

III – faixa de pedestre ou calçada;


VII – faixa de pedestre

IV – omissão de socorro

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2. CRI MES EM ESPÉCI ES

Neste tópico vamos comentar os dispositivos que tratam de crimes de trânsito, desprezando
os aspectos científicos a fim de direcioná-lo para forma como tem sido trabalhado em provas de
concursos públicos. Vamos comentar cada um dos artigos:

Artigo 302 - Praticar homicídio culposo na direção de veículo automotor.


Penas - detenção, de dois a quatro altos, e suspensão ou proibição de se obteres permissão
ou a habilitação para dirigir veiculo automotor.

Artigo 303 - Praticar lesão corporal culposa na direção de veículo automotor.


Penas - detenção, de seis meses a dois anos e suspensão ou proibição de se obter a
permissão ou a habilitação para dirigir veiculo automotor.

Neste delito temos uma série de circunstâncias que devem estar presentes para que sejam
aplicados os artigos 302 e 303 do CTB. Perceba que não basta que seja homicídio ou lesão corporal, a
conduta deve ser culposa; em seguida, o tipo nos informa que não basta que o fato ocorra no trânsito,
tem de estar na direção de veiculo automotor; e não basta que seja veículo, unia vez que tem de ser
automotor.

Conclui-se, portanto, que o CTB somente tem aplicação a quem esteja no comando dos
mecanismos de controle e velocidade de um veículo automotor. Dessa forma, comete crime
culposo, previsto no CTB, aquele que não quis o resultado (dolo direto); aquele que não assumiu o risco
de produzi-lo (dolo eventual), desrespeitando uma norma de circulação e conduta, seja por
negligência, seja por imprudência, seja por imperícia.

Artigo 304 - Deixar o condutor do veículo, na ocasião do acidente, de prestar imediato socorro à
vitima, ou, não podendo fazê-lo diretamente, por justa causa, deixar de solicitar auxilio da
autoridade pública:
Penas - detenção, de seis meses a um ano ou multa, se o fato não constituir elemento de crime
mais grave.
Parágrafo único. Incide nas penas previstas neste artigo o condutor do veículo ainda que a sua
omissão seja suprida por terceiros ou que se trate de vítima com morte instantânea ou com
ferimentos leves.

Quanto à omissão de socorro, três considerações são necessárias para que seja esgotado o tema
omissão de socorro. Vejamos cada uma delas:
1-) Condutor não envolvido no acidente que se omite - Devemos entender como condutor não
envolvido aquele que está passando pelo local. Imagine que este condutor presencie uma* cena em que
uma-pessoa precisasse de socorro e se omitisse. Será que responderia com fulcro no artigo 304 do CTB?
Evidente que não, uma vez que o art. 304 requer condutor envolvido; o condutor responderia com base no
artigo 135 do Código Penal.
2-) Condutor envolvido, causador do acidente, culposamente, que se omite - Note que este
condutor praticou, antes da omissão de socorro, um homicídio culposo ou uma lesão corporal culposa na
direção de veículo automotor. Em virtude do exposto, a omissão de socorro configura apenas uma
circunstância aumentativa de , pena do delito, não subsistindo como crime autônomo. Enfim, na
situação exposta, o crime cometido ou é 302 ou 303 do CTB, com aumentativo de pena.
3-) Condutor envolvido, que não é considerado culpado pelo acidente, que se omite -
Apenas nesta situação é que se aplica o artigo 304 do CTB.

Finalmente, ainda que a sua omissão seja suprida por terceiros ou que se trate de vítima com morte
instantânea ou com ferimentos leves, incide a aplicação do artigo 304 do CTB.

Artigo 305 - Afastar-se o condutor do veículo do local do acidente, para fugir à responsabilidade
penal ou civil que lhe possa ser atribuída:
Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa.

Não se pode confundir o delito acima exposto com a omissão de socorro do art. 304 do CTB, uma
vez que aqui o bem jurídico tutelado é a administração da justiça, e na omissão de socorro, o bem jurídico

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tutelado é a vida, a saúde ou a integridade física
Dessa forma, existe a possibilidade de se cometer o crime de afastar-se do local, em acidente com
vítima, sem, contudo, cometer a omissão de socorro. Basta que, por exemplo, o condutor envolvido leve a
vítima até um hospital e lá a deixe sem se identificar para fugir da responsabilidade penal.
Note que ainda que em um primeiro momento não tenha ocorrido crime, como no caso de acidentes envolvendo
apenas danos materiais, é possível que o condutor que fuja do local do acidente seja responsabilizado com fulcro no
305, se o seu objetivo é fugir da responsabilidade pela batida, ou melhor, de impedir que a justiça ocorra.

Art. 306. Conduzir veículo automotor, na via pública, estando com concentração de álcool por
litro de sangue igual ou superior a 6 (seis) decigramas, ou sob a influencia de qualquer outra
substância psicoativa que determine dependência;
Penas: detenção de 06 meses a 03 anos, multa e suspensão ou proibição de se obter a
permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor.
Parágrafo único. O Poder Executivo federal estipulará a equivalência entre distintos testes cie
alcoolemia, para efeito de caracterização do crime tipificado neste artigo. (NR) redação dada pela Lei
11.705)

Este artigo sofreu recentemente uma alteração pela lei 11.705/08. Sendo assim, três considerações
devem ser feitas sobre o dispositivo:
a) A primeira consideração a ser feita é que,o crime da embriaguez deixou de ser um crime de perigo
em concreto para ser um crime de perigo em abstrato. Antes para consumação do delito era necessário
que o condutor estivesse ziguezagueando, transitando sobre calçadas, roletando cruzamentos, ou seja,
atentando objetivamente contra incolumidade pública. Com a alteração, ainda que esteja conduzindo
adequadamente, se tiver acima dos índices permitidos para embriaguez, será enquadrado no artigo 306
do CTB.
Perceba que antes a diferença entre a infração de trânsito da embriaguez e a crime era a situação de
perigo, ou seja, para ocorrência do crime, era necessária a ocorrência da infração mais uma situação de perigo
em concreto. Com a mudança da lei, hoje a diferença entre a infração e o crime é a concentração de álcool
por litro de sangue, sendo que a infração se configura com apenas 2 (dois) decigramas e o crime com a 6
(seis) decigramas. Finalmente, perceba que o condutor que não se submete aos exames propostos,
certamente, será autuado pelo cometimento de uma infração de trânsito conforme comentários do artigo
277 do CTB, porém dificilmente será enquadrado no artigo 306 do CTB, uma vez que tem
necessariamente de estar acima de determinados índices, que é contestável, ainda que alegado numa
perícia especializada.

Artigo 307 - Violar a suspensão ou a proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir
veículo automotor imposta com fundamento neste Código:

Penas - detenção, de seis meses a um ano e multa, com nova imposição adicional te idêntico prazo
de suspensão ou de proibição.
Parágrafo único - Nas mesmas penas incorre o condenado que deixa de entregar, no prazo estabelecido
no § 1º do art. 293, a permissão para dirigir ou a Carteira de Habilitação.

O que está sendo punido, verdadeiramente, é a desobediência à ordem judicial, de forma específica.
Num primeiro momento, viola-se a ordem, ou seja, a suspensão imposta, se o condutor dirige após a
aplicação dessa pela autoridade judiciária; em outro momento, quando o condutor deixa de entregar a
CNH, em 48 horas, após imposição da pena pelo magistrado, também viola o artigo 307 do CTB.
Por fim, para maior controle da imposição da pena imposta pelo juiz, pelos agentes de trânsito,
temos as seguintes previsões, no artigo 295 do CTB e no artigo 41 da Resolução n° 168/04 do CONTRAN:

“Art. 295. A suspensão para dirigir veículo automotor ou a proibição de se obter a permissão ou a
habilitação será sempre comunicada pela autoridade judiciária no Conselho Nacional de Transito -
CONTRAN, ao órgão de trânsito do Estado em que o indiciado ou réu for domiciliado ou residente.
Art. 41. A Base Indíce Nacional de Condutores - BINCO conterá um arquivo de dados onde será
registrada toda e qualquer restrição no direito de dirigir de obtenção do ACC e da CNH, que será atualizado
pelo órgão ou entidade executivo de trânsito do Estado e do Distrito Federal.
§3º A suspensão do direito de dirigir ou a proibição de se obter a habilitação, imputada pelo Poder
Judiciário, será registrada na BINCO.”

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Artigo 308 - Participar, na direção de veículo automotor, em via pública, de corrida, disputa ou
competição automobilística não autorizada pela autoridade competente, desde que resulte dano
potencial à incolumidade pública ou privada:
Penas - detenção, de seis meses a dois anos, multa e suspensão ou proibição de se obter a
permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor.

Neste delito, diferentemente da infração de trânsito prevista no artigo 174 do CTB, punem-se
apenas os condutores e não os promotores do evento, uma vez que não têm uma ingerência direta no
resultado lesivo. Para configuração desse tipo penal devem estar presentes alguns requisitos, como:
veículo automotor, via pública, e a possibilidade superveniente de daria objetivamente descrita.
O sujeito passivo desse delito é a coletividade e, de forma secundária, a pessoa exposta a risco
em virtude da disputa. Como os eventos "corrida" "disputa" ou "competição‖ explicitados no caput do artigo
308 do CTB, pressupõem a participação de pelo menos 2 (dois) veículos, devemos entendê-lo como
um crime de concurso necessário.
Por fim, é possível responsabilizar os promotores do evento na condição de partícipes, conforme
artigo 29 do CP.

Artigo 309 - Dirigir veículo automotor, em via pública, sem a devida permissão para dirigir ou
habilitação ou, ainda, se cassado o direito de dirigir, gerando perigo de dano:
Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa.

Para a ocorrência do delito do artigo 309 do CTB, alguns elementos são essenciais. Em primeiro lugar,
deve haver condução de veículo automotor; em segundo lugar, é crime de via pública; e em terceiro lugar,
é crime de perigo em concreto, e, por fim, o condutor deve ser inabilitado ou estar cassado.
Sendo assim, basta que o agente conduza veículo automotor, em via pública, sem a devida permissão
para dirigir ou habilitação e, de forma anormal, irregular, de modo a atingir o nível de segurança de
trânsito, que é o objeto jurídico tutelado pelo dispositivo.
Matéria tormentosa na doutrina e jurisprudência, a respeito se o art. 32 da Lei de Contravenções
Penais teria ou não sido revogado pelo art. 309 do Código de Trânsito Brasileiro, uma vez que dirigir sem
CNH, além da infração de trânsito, era tipificada como contravenção penal por ser uma infração penal
de perigo em abstrato.
Partilhamos do entendimento de observar-se minoritário que falta de habilitação para conduzir
veículos automotores, pela legislação em vigor, pode ser crime (art. 309 do CTB), como também
contravenção (art. 32 da LCP), sendo em qualquer dos casos infração administrativa (art. 162, I, do CTB).
Entendemos que não houve a descriminalização do artigo 32,da LCP, e sim uma mitigação da conduta
de dirigir sem CNH. À medida que o risco à segurança fosse aumentando, o condutor sofreria sanções cada
vez mais duras. Então, aquele condutor que por alguma razão dirige sem possuir o documento de
habilitação, deverá ser autuado, independentemente de ter cometido uma conduta dolosa ou culposa.
Sendo dolosa sua conduta, este condutor responde cumulativamente pelo artigo 32 da LCP, ainda que, não
gere perigo de dano; porém, se atentar objetivamente contra a incolumidade pública, como dirigir sem
possuir habilitação sobre calçadas, responde pelo crime do 309 do CTB.
Por fim, de uma forma mais técnica, poderíamos explicitar que a distinção entre esses dois tipos de
infração penal reside no desvalor do resultado antijurídico decorrente do desvalor da ação, uma vez que
para o crime (art. 309 do CTB) ele é maior do que para a contravenção (art. 32 da LCP) por gerar um perigo
concreto de dano, e não só abstrato, sendo a conduta criminosa, quando evidenciada uma ação que tenha
gerado perigo de dano comprovado (concreto), pois, na falta, o fato é atípico criminalmente, aplicando-se
subsidiariamente o tipo contravencional quê presume abstratamente o perigo de ofensa ao interesse jurídico
tutelado. Com isso, entendemos que o art. 309 do Código de Transito Brasileiro não revogou o art. 32 da Lei
de Contravenções Penais, devendo a autoridade judiciária no caso concreto avaliar se a conduta do agente
atentou objetivamente (perigo concreto) ou presumidamente (perigo em abstrato) contra a incolumidade
pública (bem juridicamente tutelado), para a correta aplicação dos dispositivos.

Artigo 310 - Permitir, confiar ou entregar a direção de veiculo automotor à pessoa não habilitada, com
habilitação cassada ou com o direito de dirigir suspenso, ou, ainda, a quem, por seu estado de
saúde, física ou mental, ou por embriaguez, não esteja em condições de conduzi-lo com
segurança:
Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa.

O crime de ―permitir", "entregar" ou "confiar" é uma crime de perigo em abstrato, punível apenas na
modalidade dolosa, sendo, portanto, necessário que o magistrado avalie sempre os elementos subjetivos

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da conduta.
Note que, nos artigo 163,164 e 166 do CTB, temos a descrição das mesmas condutas previstas no
artigo 310 do CTB, passíveis de ser punidas administrativamente, devendo algumas diferenças ser
apontadas, para que possamos diferenciar a infração de trânsito da infração penal. A primeira diferença a
ser apontada está nas autuações por cometimento de infrações de trânsito, em que os critérios adotados
pelo agente autuados devem ser puramente objetivos, ou seja, não são valorados os elementos subjetivos
dolo e culpa; já na tipificação do 310 pune-se a conduta praticada apenas na modalidade dolosa. A segunda
diferença é quanto à avaliação das responsabilidades. Administrativamente, apenas serão punidos os
proprietários dos veículos que, por força do artigo 257 do CTB, são os responsáveis pela habilitação legal
de seus condutores; porém, penalmente, o tratamento é outro, pois será punido quem efetivamente
entregou a direção a pessoa inabilitada, ou seja, aquele que teve a vontade de praticar o delito, como um
vendedor de uma agência de automóveis, por exemplo, que sabia que o provável comprador era
inabilitado, e ainda assim entregou-lhe as chaves do veículo pertencente à pessoa jurídica "agência de
automóveis"
Impende observar que o crime do 310 é crime de perigo em abstrato, não se exigindo para sua
tipificação que o condutor inabilitado, com habilitação cassada ou com o direito de dirigir suspenso, dirija
indevidamente. Caso o condutor dirija de maneira irregular, poderá incidir sobre ele o 309 do CTB.

Artigo 311 – Trafegar em velocidade incompatível com a segurança nas proximidades de escolas,
hospitais, estações de embarque e desembarque de passageiros, logradouros estreitos, ou onde haja
grande movimentação ou concentração de pessoas, gerando perigo de dano:
Penas - detenção, de seis meses; a um ano, ou multa.
O crime da velocidade incompatível, do artigo 311 do CTB, é um crime de perigo em concreto, de via
pública e doloso. Para que o condutor responda pelo delito não é necessário que ele esteja com excesso de
velocidade, basta que essa velocidade seja incompatível com a segurança, podendo causar um dano
superveniente. Com isso, não é exigido que a prova seja feita por meio de radares ou equivalentes,
podendo ser suprida por provas testemunhais.
Neste delito, após sofrer uma avaliação subjetiva de provável dano superveniente, ainda que
constatado o perigo de dano, é necessário que a ocorrência se dê nos locais considerados perigosos pelo
legislador, como nas proximidades de escolas; hospitais, estações de embarque e desembarque de
passageiros, logradouros estreitos, ou onde haja grande movimentação ou concentração de pessoas.

Artigo 312 - Inovar artificiosamente em caso de acidente automobilístico com vítima, na pendência
do respectivo procedimento policial preparatório, inquérito policial ou processo penal, o estado de
lugar, de coisa ou de pessoa, a fim de induzir a erro o agente policial, o perito, ou juiz:
Penas - detenção, de seis meus a um ano, ou multa.
Parágrafo único. Aplica-se o disposto neste artigo, ainda que não iniciados quando da inovação, o
procedimento preparatório, o inquérito ou o processo aos quais se refere-

Neste artigo, a intenção do legislador foi punir aquele que, em acidente corri vítima, mexe no local
do acidente para prejudicar, ou melhor, atrapalhar a administração da justiça. A intenção do agente é
sempre prejudicar a apuração da verdade dos fatos; dessa forma, ainda que a regra seja preservar o
local, e este não é preservado, mas justificadamente, como para prestar socorro, por exemplo, não há
que se falar em cometimento do delito do artigo 312.
Cabe ressaltar que de acordo com o art. 279 do CTB, naqueles veí culos equipados com
tacografo (registrador instantâneo inalterável de velocida de e tempo), quando este veículo estiver
envolvido em acidente com vítima, somente o perito oficial pode retirar o disco do tacógrafo. De
posse desse saber, temos um ingrediente muito interessante utilizado por bancas examinadoras,
que é a combinação dos artigos 312 e 279; sendo assim, o condutor que esconde o disco do
tacógrafo para que o perito não tenha acesso, prejudicando com isso a administração da justiça, responde
com base no art. 312.
Com relação à infração de trânsito correspondente, prevista no artigo 176, podemos tecer os
seguintes comentários: primeiro, o condutor que deixa de preservar o local, em acidente com
vítima, com a intenção de ajudar, ainda assim pode responder com base no art. 176 (infração de
trânsito), uma vez que nas infrações de trânsito o agente de trânsito não valora os elementos subjeti -
vos (dolo e culpa), mas nunca pelo art. 312 (crime); em segundo lugar, no que se refere às
responsabilidades, perceba que o art. 176 abrange apenas os condutores envolvidos em acidente com
vitima, e no art. 312, qualquer pessoa que teve a intenção de prejudicar a administração da justiça; e
por último, o condutor que deixou de preservar o local, para evitar perigo, pa ra prestar socorro, ou
por determinação de algum policial, não responde nem pelo 176 nem pelo 312.

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Por fim, podemos ainda combinar os artigos 176, 279 e 312. Considere a seguinte situação
hipotética: um veículo de escolar envolveu-se em acidente com vítima e o condutor retira o disco
do tacógrafo para entregá-lo ao perito que vai fazer o levantamento do local do acidente. Este
condutor, embora deva ser autuado pelo 176, por deixar de preservar o local, não deve responder
pelo crime do 312, pela ausência do dolo; porém, se retirou o disco em virtude de um provável
incêndio e o entregou ao perito, não deverá nem ser autuado pelo 176 e nem pelo crime do 312,
uma vez que seu objetivo foi evitar perigo.

As situações mais comuns em que temos a incidência do artigo 312 são:

as ações de apagar a marca de derrapagem;


retirar placas de sinalização;
alterar o local dos carros;
limpar estilhaços do chão;
alterar o local do corpo da vítima;
agente, antes de apresentar seu veículo para perícia, altera o local onde ocorreu o
abalroamento, sempre com a intenção de prejudicar. Caso con trário, não há crime.

TABELA - RESUMO DOS CRIMES EM ESPÉCIES

SUSPEN-
ELEMENTO AÇÃO DETENÇÃ INFRAÇÃO
ART. RESUMO SÃO/ MULTA
SUBJETIVO PENAL O ADMINISTRATIVA
PROIBIÇÃO

302 homicídio culposo pub.incond 2 a 4 anos E

303 lesão corporal culposo pub.cond 6m a 2 anos E

omissão
304 doloso pub.incond 6m a 1 ano ou Art. 176,1
socorro

305 afastar-se doloso pub.incond 6m a 1 ano ou 176, V

306 álcool doloso pub.incond 6m a 3 anos E e 165

violar Nova
307 doloso pub.incond 6m a 1 ano e -
suspensão imposição

participar de
308 doloso pub.incond 6m a 2 anos e e 173,174
corrida

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Suspensa ou
309 doloso Pub.incond 6m a 1 ano ou 162,1 e II
cassada

permitir,
163,164
310 confiar, doloso pub.incond 6m a 1 ano ou
e 166
entregar

velocidade 218,220
311 doloso pub.incond 6m a 1 ano ou
incompatível XIV

Inovar ac.
312 doloso pub.incond 6m a 1 ano ou 176,111
c/ vítima

3. UMA ANÁLISE OBJETIVA DA LEI 11.705/08

A Lei 11.705/08, apelidada de "lei seca', trouxe uma série de alterações t anto na parte
admini st rativ a quant o na part e penal do CTB. De cont eúdo extremamente polêmico, uma vez
que atenta, na visão de muitos, contra uma série de direitos individuais e princípios constitucionais
estabelecidos.
Na verdade, a Lei 11.705/08 não trouxe nada de novo na fiscaliza ção de trânsito, apenas
explicitou um entendimento há muito firmado, quan do o usuário da via deixa em dúvida o
agente de trânsito quanto à possibilidade ou nã o de aut uá -l o. A grande conf usão f eit a p el os
def ensores da inconstitucionalidade da lei é quanto aos procedimentos administrativos e
quanto aos procedimentos processuais penais, fazendo menção a todo ins tante que "ninguém
é obrigado a produzir prova contra si", sendo que esse princípio, na parte administrativa do
CTB, tem seu alcance diminuído, devido à supremacia do interesse público sobre o interesse
particular, como veremos adiante ao comentarmos o artigo 277 do CTB.
O fato é que a lei está vigendo, que é eficaz, uma vez que houve uma redução drástica de
índices de acidentes nas vias nacionais, e, sendo assim, vamos estudá-la, desprezando
totalmente as polêmicas, já que não são objetos de provas.

3.1. Alterações na parte administrativa do CTB

Vejamos cada uma das alterações e a intenção do legislador em fazê-las.

CTB - Capítulo XV/Das Infrações

Art. 165. Dirig ir sob a influ ên ci a d e ál cool ou d e qu alqu er outra sub stância psicoativa
que determine dependência:
Infração - gravíssima; Penalidade - multa (cinco vezes) e suspensão do direito de dirigir
por 12 (doze) meses.
Medida Administrativa – retenção do veículo até a apresentação de condutor habilitado e
recolhimento do documento de habilitação.

Neste artigo, a alteração significativa foi quanto ao prazo da penali dade de suspensão que
antes era valorado pela autoridade de trânsito do DETRAN, considerando a gravidade da infração,
as circunstâncias em que foi cometida e os antecedentes do infrator para estabelecer o período da
suspensão, na forma do art. 261 do CTB (de 01 mês a 12 meses). Com a alteração trazida pela nova
lei, o ato administrativo punitivo passa a ter natureza vinculada, ou seja, será aplicado
necessariamente 12 meses de suspensão do direito de dirigir. Cabe observar que a aplicação da
penalidade de suspensão do direito de dirigir não é imediata, sendo obrigatoriamente antecedida de
um devido processo legal.
Quanto ao recolhimento da CNH, este não se confunde com a aplicação da penalidade da suspensão
do direito de dirigir, uma vez que se trata de uma medida que tem natureza jurídica de constrangimento de
polícia, e não de sanção administrativa, como a suspensão do direito de dirigir.

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De outra forma, não existe lesão ao direito individual de ir e vir do condutor embriagado,
quando se recolhe seu documento de habilitação, uma vez que ele não tem direito de ir e vir
embriagado na condução de veículo automotor; sendo assim, o condutor embriagado, por aten -
tar contra a incolumidade pública, sofre um constrangimento de ter seu documento de
habilitação recolhido até que sejam restab elecidos os índices mínimos de concentração de álcool por
litro de sangue.

CTB - Capítulo XVII/Das Medidas Administrativas

Art. 276. Qualquer concentração de álcool por litro de sangue sujeita o condutor às
penalidades previstas no art. 165 deste Código.
Parágrafo único: órgão do Poder Executivo Federal di sciplinará as margen s d e
tolerância para casos específicos. (Redação dada pela Lei 11.705/08)

Este dispositivo foi o que mais chamou a atenção dos críticos, pois pela redação do caput do artigo 276,
seria possível imaginar que aquele que comesse um bombom de licor poderia ser autuado por estar
embriagado, assim como aquele que fizesse um bochecho com Listerine, já que possuem unia pequena
concentração de álcool, o que configuraria o maior dos absurdos, uma vez que o objetivo da nova lei é tirar da
direção de veículo automotor aquele condutor que põe sua vida em risco, assim como os demais usuários da
via.
Com a regulamentação do dispositivo pelo decreto 6.488/08, os ânimos se acalmaram, uma vez que
foram estabelecidos como limite regulamentar 2 decigramas por litro de sangue ou um décimo de miligrama
por litro de ar, devendo o CONTRAN se posicionar no sentido de regulamentar casos específicos, como o
caso de pessoas que tomam remédios controlados, nos termos de proposta formulada pelo ministro de
Estado da Saúde, o que ainda não aconteceu.

Art. 277. Todo condutor de veículo automotor, envolvido em acidente de trânsito ou que for
alvo de fiscalização de trânsito, sob suspeita de dirigir sob a influência d e álcool será
submetido a testes de alcoolemia, exames clínicos, perícia ou outro exame que, por meios
técnicos ou científicos, em aparelhos homologados pelo CONTRAN, permitam certificar seu
estado. (Redação dada pela Lei 11.275, de 2006)

§ 1º Medida correspondente aplica-se no caso de suspeita de uso de substancia entorpecente,


tóxica ou de efeitos análogos. (Renumerado do parágrafo único pela Lei 11.275, de 2006)

§ 2º A infração prevista no art. 165 deste Código poderá ser caracterizada pelo agente de
trânsito mediante a obtenção de outras provas em direito admitidas, acerca dos notórios sinais
de embriaguez, excitação ou torpor apresentados pelo condutor.

§ 3º Serão aplicadas as penalidades e medidas administrativas estabelecidas no art. 165 deste


Código no condutor que se recusar a se submeter a qualquer dos procedimentos previstos no
capuz deste artigo. (Redação dada pela Lei 11.705/08

Este é, sem dúvida, o artigo mais importante da Lei 11.705/08, pois é aqui que estão expressas as
atribuições dos agentes de trânsito no que se refere à fiscalização da embriaguez. Em primeiro lugar, vamos
ver quem pode ser objeto de fiscalização, e na seqüência vejamos quais as formas de autuação possíveis.
Pela redação do caput do artigo 277 podemos extrair que apenas os condutores sob suspeita de dirigir
sob a influência de álcool poderão ser submetidos a testes de alcoolemia, exames clínicos, perícia ou outro
exame que, por meios técnicos ou científicos, em aparelhos homologados pelo CONTRAN, permitam certificar
seu estado, assim como aqueles envolvidos em acidentes de trânsito. É importante que não se deturpe a
norma, que tem como objetivo maior a satisfação do interesse público, pois, embora o legislador tenha feito
menção a condutores envolvidos em acidentes, apenas deverão ser objeto de exame aqueles que chamem
atenção sob seu estado. De outra forma, extrapola de sua atribuições o agente de trânsito que submete
qualquer condutor, de maneira deliberada, a exames previstos neste artigo.
De posse desse saber, faz-se necessário ressaltar a redação do artigo 280 § 2°, que nos informa
que uma infração de trânsito pode ser constatada tanto por reações químicas (bafômetro) quanto por
declaração do agente. Sendo assim, quero consignar que a Lei 11.705/08 apenas direcionou o que tínhamos
de forma esparsa na legislação, no que se refere à fiscalização da embriaguez. Então, vamos imaginar
uma situação hipotética, em que a condutor está sob suspeita de ter ingerido bebida alcoólica. Então veja
os procedimentos. possíveis:

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1) Imagine que o agente de trânsito possua o etilômetro e o ofereça ao condutor sob suspeita. Se
este se recusar, deverá ser autuado por abrir mão do seu direito de defesa (da mesma forma que o
condutor que se recusa a mostrar as lentes corretoras ou a exibir seus documentos de porte obrigatórios),
não cabendo a alegação que ninguém é obrigado a produzir prova contra si; uma vez que o que se apura
é infração administrativa, e não crime, não há que se falar em réu ou indiciado, e sim em administrado
que, com uma conduta irresponsável, coloca toda urna sociedade em risco.

2) Imagine que o agente de trânsito possua o etilômetro e o ofereça ao condutor sob suspeita. Se
este se submeter ao exame com o objetivo de mostrar para o agente de trânsito que não está sob
influência de álcool, apenas haverá autuação se ele extrapolar os limites permitidos, conforme
comentário do artigo 276.

3) Neste último caso, temos o agente de trânsito sem etilômetro. Com isso surge a possibilidade de
o agente declarar que o condutor está embriagado, através do termo de constatação de embriaguez,
ainda que não seja submetido a nenhum exame, ficando expressa a intolerância da Administração com os
maiores responsáveis pelos acidentes de trânsito ocorridos no país.

Com base no exposto, fica clara a incompatibilidade da autuação por causa da recusa em se
submeter a exames com a declaração de que o condutor está embriagado, uma vez que a primeira se dá
quando o agente possui o etilômetro, e a segunda, quando o agente não possui outro meio de constatar a
infração.
Finalmente, um comentário que não poderia faltar é que, quando a embriaguez for constada por
exame clínico, ou seja, exame de sangue, em laboratório credenciado, deve ser observado o prazo de 30
dias para a expedição do auto de infração.

3.2. Alterações na parte PENAL do CTB


Vejamos cada uma das alterações e a intenção do legislador em fazê-las.
CTB - Capítulo XIX /Dos Crimes de Trânsíto

Art. 291. Aos crimes cometidos na direção de veículos automotores, previstos neste Código, aplicam-se
as normas gerais do Código Penal e do Código de Processo Penal; se este Capitulo não dispuser de
modo diverso, bem como a Lei nº 9,099 de 26 de setembro de 1995, no que couber.

§ 1º Aplica-se aos crimes de trânsito de lesão corporal culposa o disposto nos arts.. 74, 76 e 88 da Lei
nº 9.099, de 26 de setembro de 1995, exceto se o agente estiver:
I - sob a influência de álcool ou qualquer outra substância psicoativa que determine
dependência;
II - participando, em via pública, de corrida, disputa ou competição automobilistica, de
exibição ou demonstração de perícia em manobra de veículo automotor, não autorizada pela
autoridade competente;
III - transitando em velocidade superior à máxima permitida para a via em 50 km/h (cinquenta
quilômetros por hora).

§ 29 Nas hipóteses previstas no § 1º deste artigo, deverá ser instaurado inquérito policial para a
investigação da infração penal. (Redação dada pela Lei 11.705/08).

Antes de comentarmos este dispositivo, alguns comentários prévios se fazem necessários.


Saiba que a persecução penal, ou seja, o caminho processual a ser seguido pelos crimes de
trânsito são dois: ora lavra-se um termo circunstanciado e encaminha-se o réu para o JEC (Juizado
Especial Criminal), ora é instaurado um inquérito policial e o réu é encaminhado para a Vara
Criminal. Note que os crimes de menor potencial, por agredir menos a sociedade, não necessitam
de um procedimento preparatório do processo mais detalhado, como no inquérito policial; no
termo circunstanciado a materialidade é reduzida a termo, e u m a v ez a ssi n a da pel o i n di ci ad o,
t em - se a co n si g n aç ão d e materialidade e autoria do delito, sendo, portanto, dispensável o inqu -
érito policial.
Saiba ainda que, entre os crimes de trânsito, temos em sua maioria crimes de menor
potencial ofensivo, que pedem procedimento sumário, no mais das vez dispensando, inclusive, o
procedimento preparatório do inquérito policial. Consideram-se infrações penais de menor

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potencial ofensivo as contravenções penais e os crimes a que a lei comine pena máxima não
superior a 2 (dois) anos, cumulada ou não com multa.
O processo perante o Juizado Especial orientar -se-á pelos critérios da oralidade,
informalidade, economia processual e celeridade, objetivando, sempre que possível, a reparação dos
danos sofridos pela vítima e a aplicação de pena não privativa de liberdade.
De posse deste saber, saiba que todos os crimes de trânsito são crimes de menor potencial ofensivo
pela redação da Lei 9.099/95, dada pela lei 11.313/06, exceto: homicídio culposo na direção de veículo
automotor (art. 302 do CTB) e conduzir veículo embriagado (art.306 do CTB), e em alguns casos a
lesão corporal culposa, de que passamos a tratar:

3.2.1. LESÃO CORPORAL CULPOSA

Praticar lesão corporal culposa na direção de veiculo automotor é, em regra um crime de menor
potencial ofensivo, aplicando a Lei 9.099/95 na íntegra; porém temos duas situações a analisar:

3.2.1.1. Lesão corporal culposa com aumentativo de pena

O artigo 302, parágrafo único, elenca quatro situações, em que a lesão corporal culposa, quando
praticada em determinadas circunstâncias, terá sua pena aumentada de um terço para a metade, com
isso sua pena máxima, que é de dois anos, ficaria aumentada, deixando de ser um crime de menor
potencial ofensivo.
Circunstâncias em que a pena de lesão corporal culposa terá a pena aumentada:

I - não possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação;


II - praticá-lo em faixa de pedestres ou na calçada;
III - deixar de prestar socorro quando possível fazê-lo sem risco pessoal à vítima do acidente;
IV - no exercício de sua profissão ou atividade, estiver conduzindo veículo de transporte de passageiros.

Nesses casos não há que se falar em procedimento sumário, ocorrendo necessariamente o inquérito
policial e o processo correndo, necessariamente, na vara criminal. Impende observar que, por força do
artigo 291, § 1º, ainda que o processo ocorra na vara criminal, terá o réu direito à composição civil dos
danos (art. 74 da 9.099/95), à transação penal (art.76 da 9099/95) e a ação será penal pública condicionada
à representação (art. 88 da 9099/95).

3.2.1.2 Lesão corporal culposa sem os benefícios da 9.099/95

Antes de considerarmos a analisar o que diz o artigo acima precisamos entender o que diz os arquivos
acima citados da Lei 9.099/95:

Art. 74. A composição dos danos civis será reduzida a escrito e, homologada pelo Juiz mediante
sentença irrecorrível, terá eficácia de título a ser executado no juízo civil competente.

Parágrafo único. Tratando-se de ação penal de iniciativa privada ou de ação penal pública
condicionada à representação, o acordo homologado acarreta a renúncia ao direito de queixa ou
representação.

(COMPOSIÇÃO CIVIL DE DANOS - TRATA-SE DA POSSIBILIDADE DE ACORDO HOMOLOGADO POR


JUIZ ENTRE VÍTIMA E RÉU, TENDO ESSE ACORDO EFICÁCIA DE TÍTULO A SER EXECUTADO E
TAMBÉM ACARRETANDO, PORTANTO A RENÚNCIA AO DIREITO DE QUEIXA OU
REPRESENTAÇÃO)

Art. 76. Havendo representação ou tratando-se de crime de ação penal pública incondicionada, não
sendo caso de arquivamento, o Ministério Público poderá propor a aplicação imediata de pena
restritiva de direitos ou multas, a ser especificada na proposta.

§ 1º Nas hipóteses de ser a pena de multa a única aplicável, o Juiz poderá reduzi-la até a
metade.

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§ 2º Não se admitirá a proposta se ficar comprovado:

I - ter sido o autor da infração condenado, pela prática de crime, à pena privativa de liberdade,
por sentença definitiva;
II - ter sido o agente beneficiado anteriormente, no prazo de cinco anos, pela aplicação de pena
restritiva ou multa, nos termos deste artigo;
III - não indicarem os antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente, bem como os
motivos e as circunstâncias, ser necessária e suficiente a adoção da medida.
§ 3º Aceita a proposta pelo autor da infração e seu defensor, será submetida à apreciação do
Juiz.

§ 4º Acolhendo a proposta do Ministério Público aceita pelo autor da infração, o Juiz aplicará a
pena restritiva de direitos ou multa, que não importará em reincidência, sendo registrada apenas
para impedir novamente o mesmo benefício no prazo de cinco anos.

§ 5º Da sentença prevista no parágrafo anterior caberá a apelação referida no art. 82 desta Lei.

§ 6º A imposição da sanção de que trata o § 4º deste artigo não constará de certidão de


antecedentes criminais, salvo para os fins previstos no mesmo dispositivo, e não terá efeitos civis,
cabendo aos interessados propor ação cabível no juízo cível.

(TRANSAÇÃO PENAL - TRATA-SE DA POSSIBILIDADE DE SER PROPOSTA A APLICAÇÃO


IMEDIATA DE PENA RESTRITIVA DE DIREITOS OU MULTAS, A SER ESPECIFICADA NA PROPOSTA)

Art. 88. Além das hipóteses do Código Penal e da legislação especial, dependerá de representação a
ação penal relativa aos crimes de lesões corporais leves e lesões culposas.

(AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA - A AÇÃO PENAL RELATIVA AOS CRIMES DE LESÕES
CORPORAIS LEVES E LESÕES CULPOSAS DEPENDERÁ DE REPRESENTAÇÃO)

Quando a lesão corporal culposa ocorrer em determinadas situações, o réu perderá o direito aos
benefícios acima descritos na 9.099/95, como a composição civil dos danos (não se aplica o art. 74 da
9.099/95), a transação penal (não se aplica o art. 76 da 9099/95), e a ação será penal pública
incondicionada (não se aplica o art. 88 da 9099195).
As situações são:

I - sob a influência de álcool ou qualquer outra substância psicoativa que determine dependência;
II - participando, em via pública, de corrida, disputa ou competição automobilística, de exibição ou
demonstração de perícia em manobra de veículo automotor não autorizada pela autoridade competente;
III - transitando em velocidade superior à máxima permitida para a via em 50km/h (cinquenta quilômetros por
hora).

Por fim, perceba que o crime continua sendo de menor potencial ofensivo ainda que combinado com as
circunstâncias acima, devendo o processo ocorrer no JEC (Juizado Especial Criminal), porém não será
lavrado termo circunstanciado, passará necessariamente por inquérito policial.

3.2.1.3 Lesão corporal com aplicação da 9.099/95 na íntegra

Sempre que o agente praticar lesão corporal culposa na direção de veículo automotor em situações
diferentes das especificadas acima nos itens 3.2.1.1 e 3.2.1.2, a lesão corporal culposa será considerada um
crime de menor potencial ofensivo, com a aplicação da 9.099/95 na íntegra.
*****************************************
Art. 296. Se o réu for reincidente na prática de crime previsto neste Código, o juiz aplicará a
penalidade de suspensão da permissão ou habilitação para dirigir veículo automotor, sem prejuízo
das demais sanções penais cabíveis. (Redação dada pela Lei 11.705/08)

Na redação anterior, o juiz poderia aplicar a suspensão; a Lei 11.705/08 tornou esta aplicação da
pena obrigatória para o reincidente em crimes previstos no CTB.

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Art. 302. Praticar homicídio culposo na direção de veículo automotor:
Penas - detenção, de dois a quatro anos, e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou
a habilitação para dirigir veículo automotor.

Parágrafo Único. No homicídio culposo cometido na direção de veículo automotor, a pena é


aumentada de um terço à metade, se o agente:
I - não possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação;
II - praticá-lo em faixa de pedestres ou na calçada;
III - deixar de prestar socorro, quando possível fazê-lo sem risco pessoal a vítima do acidente;
IV - no exercício de sua profissão ou atividade, estiver conduzindo veículo de transporte de
passageiros.
V - estiver sob a influência de álcool ou substância tóxica ou entorpecente de efeitos
o
análogos. (Incluído pela Lei n° 11.275, de 2006) (Revogado pela Lei n 11.705, de 2008)

Na primeira redação do CTB, embriaguez combinada com o homicídio culposo e com a lesão corporal
culposa era absorvida por esses delitos, uma vez que a embriaguez era um crime de perigo em concreto, e
se consumava com o homicídio ou com a lesão corporal culposa. De outra forma, a situação de perigo,
necessária para configuração da embriaguez, eram o homicídio e a lesão corporal, havendo apenas uma
única conduta a ser punida.
Percebendo o legislador que não era razoável punir com a mesma pena aquele que atropela
embriagado e aquele que atropelava sóbrio, fez a inclusão do inciso V, do artigo 302 do CTB, fazendo
com que aquele que praticasse lesão corporal culposa ou homicídio culposo embriagado respondesse
pelo crime com sua pena aumentada, conforme redação da Lei 11.275/06. Com a inclusão desse
dispositivo, surgiu uma outra impropriedade: aquele que era flagrado embriagado conduzindo veículo
automotor, gerando perigo de dano, responderia, necessariamente, pelo delito do artigo do CTB, pois a
ação é penal pública incondicionada; agora, aquele que causasse a lesão corporal culposa, ainda que
embriagado, poderia não responder pelo delito, porque a ação é penal pública condicionada à repre-
sentação, sendo a embriaguez apenas uma circunstância aumentativa de pena, o que era um absurdo.
A Lei 11.705/08 corrigiu essas impropriedades técnicas quando tornou a embriaguez ao volante um
crime de perigo em abstrato (presunção de perigo absoluta, não admitindo prova em contrário), pois
aquele que pratica lesão corporal culposa embriagado responderá por dois delitos em concurso
material, e ambos de ação penal pública incondicionada, por força dos artigos 291 e 306, ambos do
CTB. No fato de sentar-se embriagado ao volante temos um crime consumado, portanto sendo uma
conduta distinta do atropelamento, que acontece após o exaurimento do primeiro delito.

*****************************************

Art. 306. Conduzir veículo automotor na via pública, estando com concentração de álcool por litro
de sangue igual ou superior a 6 (seis) decigramas, ou sob a influência de qualquer outra substância
psicoativa que determine dependência.
Penas - detenção, de seis meses a três anos, multa e suspensão ou proibição de se obter a
permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor.
Parágrafo único. O Poder Executivo federal estipulará a equivalência entre distintos testes de
alcoolemia, para efeito de caracterização de crime tipificado neste artigo. (Redação dada pela Lei
11.705/08)

Por fim, vamos comentar o último artigo do CTB que sofreu alteração pela Lei 11.705/08. Temos aqui
três considerações sobre o dispositivo:

a) A primeira consideração a ser feita é que o crime da embriaguez deixou de ser um crime de perigo em
concreto para ser um crime de perigo em abstrato. Antes para consumação do delito era necessário
que o condutor estivesse ziguezagueando, transitando sobre calçadas, roletando cruzamentos, ou seja,
atentando objetivamente contra a incolumidade pública. Com a alteração, ainda que esteja conduzindo
adequadamente, e, se tiver acima dos índices permitidos, será enquadrado no artigo 306 do CTB.

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b) Perceba que antes a diferença entre a infração de trânsito da embriaguez e o crime era a situação de
perigo, ou seja, para ocorrência do crime, era necessária a ocorrência da infração mais uma situação
de perigo em concreto. Com a mudança da lei, hoje a diferença entre a infração e o crime é a
concentração de álcool por litro de sangue, sendo que a infração se configura com apenas 2 (dois)
decigramas e o crime com a 6 (seis) decigramas.

Finalmente, perceba que o condutor que não se submete aos exames propostos será,
certamente, autuado pelo cometimento de uma infração de trânsito conforme comentários do artigo
277 do CTB; porém dificilmente será enquadrado no artigo 306 do CTB, uma vez que tem
necessariamente de estar acima de determinados índices, que é contestável, ainda que alegado numa
perícia especializada.

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