A educação para o trânsito deve ser promovida desde a pré-escola ao ensino superior, por meio de
planejamento e ações integradas entre os diversos órgãos do Sistema Nacional de Trânsito e do Sistema
Nacional de Educação. A educação para o trânsito ultrapassa a mera transmissão de informações. Tem
como foco o ser humano, e trabalha a possibilidade de mudança de valores, comportamentos e atitudes.
Não se limita a eventos esporádicos e não permite ações descoordenadas. Pressupõe um processo de
aprendizagem continuada e deve utilizar metodologias diversas para atingir diferentes faixas etárias e
clientela diferenciada.A educação inclui a percepção da realidade e a adaptação, assimilação e
incorporação de novos hábitos e atitudes frente ao trânsito — enfatizando a co-responsabilidade governo e
sociedade, em busca da segurança e bem-estar.
A mobilidade do cidadão no espaço social, centrada nas pessoas que transitam e não na maneira
como transitam, é ponto principal a ser considerado, quando se abordam as questões do trânsito, de forma
a considerar a liberdade de ir e vir, de atingir o destino que se deseja, de satisfazer as necessidades de
trabalho, de lazer, de saúde, de educação e outras.
Sob o ponto de vista do cidadão que busca melhor qualidade de vida e o seu bem estar social, o
trânsito toma nova dimensão. Deixa de estar associado, de forma preponderante, à idéia de fluidez, de ser
relacionado apenas aos condutores de veículos automotores e de ser considerado como um fenômeno
exclusivo dos grandes centros urbanos, para incorporar as demandas de mobilidade peculiares aos
usuários mais frágeis do sistema, como as crianças, os portadores de necessidades especiais e os idosos.
No decorrer de nossa história temos trânsito brasileiro regulamentado pelas seguintes normas:
4) Desde de 22 de Janeiro de 1988, por força da Lei Federal nº 9.503, de 23 de Setembro de 1997,
encontra-se em vigor o atual CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO - CTB.
O C.T.B. tem por objetivo regulamentar o trânsito nas vias terrestres do territótio nacional, e sua
legislação complementar ( Leis complementares, Decretos, Resoluções, Portarias, Acordos, tratadose
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Convenções Internacionais) se destina a disciplinar, coordenar e controlar o trânsito nas vias públicas do
terrritório nacional.
A Constituição Federal de 1988, em seus artigos 22 e 23, fixa as competências dos entes federados no que
tange ao trânsito e transporte, de forma a manter uma unidade de ação e normatização do universo que
envolve o trânsito.
(...)
XI – TRÂNSITO E TRANSPORTE;
(...)
Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:
(...)
(...)
Confome abordamos anteriormente temos no ARTIGO 1º, § 1º do C.T.B. o conceito por ele
determinado de trânsito:
Art. 1º O trânsito de qualquer natureza nas vias terrestres do território nacional, abertas à
circulação, rege-se por este Código.
§ 1º Considera-se trânsito a utilização das vias por PESSOAS, VEÍCULOS e ANIMAIS,
ISOLADOS ou EM GRUPOS, CONDUZIDOS ou NÃO, para fins de circulação, PARADA,
ESTACIONAMENTO e OPERAÇÃO DE CARGA ou DESCARGA.
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6.3. PRIORIDADES E OBJETIVOS DOS ORGÃOS DO S.N.T.:
Art. 1º.
§ 3º Os órgãos e entidades componentes do Sistema Nacional de Trânsito respondem,
no âmbito das respectivas competências, OBJETIVAMENTE, por danos causados aos
cidadãos EM VIRTUDE DE AÇÃO, OMISSÃO OU ERRO na execução e manutenção de
programas, projetos e serviços que garantam o exercício do direito do trânsito seguro.
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6.5. ORGANOGRAMA REPRESENTATIVO DO SISTEMA NACIONAL DE TRÂNSITO
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VI-) OBSERVAÇÕES IMPORTANTES:
O Capítulo II do C.T.B. elenca todas as competências dos orgãos e entidades dos SNT e apresentamos a
seguir uma tabela com as competências mais visadas em questões e provas de concursos:
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COMPETÊNCIAS – DESTAQUE DOS ORGÃOS E ENTIDADES DO SNT
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I - cumprir e fazer cumprir a legislação e as normas de trânsito, no âmbito
de suas atribuições;
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II - planejar, projetar, regulamentar e operar o trânsito de veículos, de
pedestres e de animais, e promover o desenvolvimento da circulação e da
segurança de ciclistas;
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II - planejar, projetar, regulamentar e operar o trânsito de veículos, de
pedestres e de animais, e promover o desenvolvimento da circulação e da
segurança de ciclistas;
POLÍCIAS MILITARES DOS III - executar a fiscalização de trânsito, quando e conforme convênio
ESTADOS E DF firmado, como agente do órgão ou entidade executivos de trânsito ou
executivos rodoviários, concomitantemente com os demais agentes
( Art. 23 ) credenciados;
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EXERCÍCIOS
2. ( ) Compete às JARI solicitar aos órgãos e entidades executivos de trânsito e executivos rodoviários
informações complementares relativas aos recursos, objetivando uma melhor análise da situação recorrida.
5. ( ) Considera-se trânsito a utilização das vias por pessoas, veículos e animais, isolados ou em
grupos, conduzidos ou não, para fins de circulação, parada, estacionamento e operação de carga ou
descarga.
6. ( ) O Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN, com sede no Distrito Federal e presidido pelo
dirigente do órgão máximo executivo de trânsito da União, compõem-se de um representante do Ministério
da Ciência e Tecnologia um representante do Ministério da Educação, um representante do Ministério do
Exército, um representante do Ministério do Meio Ambiente e da Amazônia Legal, um representante do
Ministério das Cidades e um representante do Ministério da Saúde.
8. ( ) Normas são instituídas pelo CONTRAN, e procedimentos são estabelecidos pelo DENATRAN.
12. Estabelecer diretrizes da Política Nacional de Trânsito é um dos objetivos básicos do:
a) CONTRAN
b) DENATRAN
c) DENATRAN
d) SISTEMA NACIONAL DO TRÂNSITO
e) CETRAN
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13. Arrecadar os valores provenientes de estada e remoção de veículos, objetos e animais no âmbito
das estradas e rodovias federais, é competência:
a) Da Ciência e Tecnologia
b) Da Defesa
c) Do Meio Ambiente
d) Do Transportes e da Saúde.
e) As alternativas se completam
15. Das alternativas abaixo qual não incide as regras da Lei 9.503/97:
GABARITO:
1. E 6. E 11. E
2. C 7. C 12. E
3. C 8. C 13. D
4. E 9. E 14. E
5. C 10. E 15. A
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I-) CLASSIFICAÇÃO DAS VIAS TERRESTRES NO CTB:
Art. 2º São vias terrestres urbanas e rurais as ruas, as avenidas, os logradouros, os caminhos, as
passagens, as estradas e as rodovias, que terão seu uso regulamentado pelo órgão ou entidade com
circunscrição sobre elas, de acordo com as peculiaridades locais e as circunstâncias especiais.
Parágrafo único. Para os efeitos deste Código, são consideradas vias terrestres as praias abertas à
circulação pública e as vias internas pertencentes aos condomínios constituídos por unidades
autônomas.
Podemos neste primeiro momento dividir AS VIAS TERRESTRES ABERTAS À CIRCULAÇÃO em vias
MANTIDAS PELO PODER PÚBLICO e VIAS MANTIDAS POR PARTICULARES:
Neste estudo vamos destacar as classificações e subclassificações que têm sido objeto de concursos
público.
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RODOVIA SIM
ESTRADA NÃO
Perceba que o elemento caracterizador dessas vias é o PAVIMENTO, que deve ser entendido como
qualquer beneficiamento feito à via, como, ASFALTO, CONCRETO, etc
a) VIA DE TRÂNSITO RÁPIDO - aquela caracterizada por acessos especiais com trânsito livre, sem
interseções em nível, sem acessibilidade direta aos lotes lindeiros e sem travessia de pedestres em nível.
b) VIA ARTERIAL - aquela caracterizada por interseções em nível, geralmente controlada por semáforo,
com acessibilidade aos lotes lindeiros e
às vias secundárias e locais, possibilitando o trânsito entre as regiões da cidade.
c) VIA COLETORA - aquela destinada a coletar e distribuir o trânsito que tenha necessidade de entrar ou
sair das vias de trânsito rápido ou arteriais, possibilitando o trânsito dentro das regiões da cidade.
d) VIA LOCAL - aquela caracterizada por interseções em nível não semaforizadas, destinada apenas ao
acesso local ou a áreas restritas.
Quanto à classificação das vias urbanas, percebe-se que os elementos caracterizadores são
o semáforo e o cruzamento (interseção em nível), que têm o condão de retardar o trânsito em determinado
sentido.
As vias particulares que têm aplicação do CTB são apenas os condomínios constituídos por unidades
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autônomas, que estão regulamentados em apenas dois dispositivos do CTB, mais especificamente em
seus artigos 20, parágrafo único e 51 abaixo citado:
Art. 51. Nas vias internas pertencentes a condomínios constituídos por unidades autônomas, a
sinalização de regulamentação da via será implantada e mantida às expensas do condomínio, após
aprovação dos projetos pelo órgão ou entidade com circunscrição sobre a via.
Perceba que o tema foge à regra, uma vez que o CTB, por ser uma lei administrativa e,
consequentemente, regular à.atividade da administração pú blica, não deveria estar fazendo menção à
propriedade particular; com isso, como os dispositivos são normas de exceção, devemos interpretá-
los de maneira restritiva, pois, caso contrário, daremos uma abrangência à norma de forma distinta
daquela desejada pelos representantes do Povo.
Por outro lado, enquadrando-se os condomínios dentro da definição de via, temos aqui unia área
que, embora de propriedade particular, não têm os condôminos ingerência sobre ela, como para fechá-la,
por exemplo, uma vez que o interesse público se sobrepõe aos interesses dos particulares
proprietários, restando-nos concluir que tais áreas devem sofrer limitações administrativas, para que
seus proprietários não possam dispor delas. Acredito que tais regulamentações levam existir em locais que
ocupem uma posição estratégica dentro de uma municipalidade.
Sendo assim, fica fácil notar que não há aplicação do CTB em pátios de postos de gasolina,
estacionamentos de Shopping Centers, embora se tenha a sensação de que se referem a vias terrestres
abertas à circulação. Vamos dar duas razões pra confirmar o que foi exposto acima: em primeiro lugar,
quando falamos em vias terrestres abertas à circulação, estamos nos referindo a vias terrestres abertas de
forma incondicional, o que não acontece com os shoppings, que têm seus portões fechados às 22 horas, a
critério de seu proprietário; em segundo lugar, o CTB faz apenas fez menção a uma propriedade particular
com aplicação do CTB, que são os condomínios, não se admitindo interpretação extensiva.
Em primeiro lugar, analisemos o Art. 61 e seus parágrafos 1º e 2º a fim de pensarmos na questão das
normas de sinalização de velocidade máxima e mínima nas vias terrestres urbanas e rurais:
Art. 61. A velocidade máxima permitida para a via será indicada por meio de sinalização, obedecidas
suas características técnicas e as condições de trânsito.
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Ao analisar o esquema acima, e seu referente artigo, concluímos que quando estivermos
transitando em vias urbanas, independentemente do veículo que estivermos conduzindo, o limite de
velocidade será o mesmo. De forma diferente, quando estivermos trafegando em vias rurais
classificadas como rodovias, como se verá abaixo, a velocidade máxima dependerá do tipo de veículo que
estivermos conduzindo. Já quando a via rural for classificada como estrada, o limite de velocidade
será o mesmo, para todos os tipos de veículos.
No Brasil não há limite máximo de velocidade, pois o parágrafo primeiro regula o limite quando não
houver sinalização regulamentar e o parágrafo segundo – reproduzido abaixo - deixa a cargo do órgão ou
entidade de trânsito ou rodoviário com circunscrição sobre a via, a regulamentação de velocidade, a qual
poderá ser superior ou inferior às estabelecidas no § 1°.
A velocidade máxima estabelecida na norma apenas será a referência nas vias não sinalizadas, uma
vez que se houver a sinalização, esta terá prevalência sobre as velocidades da norma. Desse modo,
dois comentários são relevantes diante do exposto: primeiro, quando as autoridades
competentes forem sinalizar uma via, com os limites regulamentares de v elocidade, dev em ter
como ref erência os do esquema acima , podendo como já vimos, variar em torno desses valores,
para mais ou para menos, de acordo com as condições operacionais da via; e como segundo
comentário temos o fato que, em provas, as bancas examinadoras exploram o conheci mento
deste tópico para saber se o candidato saberia tipificar na infração de excesso de velocidade
prevista no artigo 218 do CTB.
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Por fim, no que tange ainda sobre limites de velocidade temos ainda o ART. 62 DO CTB que normatiza a
respeito da VELOCIDADE MÍNIMA a ser praticada nas vias:
Art. 62. A velocidade mínima não poderá ser inferior à metade da velocidade máxima estabelecida,
respeitadas as condições operacionais de trânsito e da via.
a) PASSEIO - parte da calçada ou da pista de rolamento, neste último caso, separada por pintura ou
elemento físico separador, livre de interferências,destinada à circulação exclusiva de pedestres e,
excepcionalmente, de ciclistas.
b) PASSARELA - obra de arte destinada à transposição de vias, em desnível aéreo, e ao uso de pedestres.
c) PISTA - parte da via normalmente utilizada para a circulação de veículos, identificada por elementos
separadores ou por diferença de nível em relação às calçadas, ilhas ou aos canteiros centrais.
Art. 29
§ 2º Respeitadas as normas de circulação e conduta estabelecidas neste artigo, em ordem
decrescente, OS VEÍCULOS DE MAIOR PORTE SERÃO SEMPRE RESPONSÁVEIS PELA
SEGURANÇA DOS MENORES, OS MOTORIZADOS PELOS NÃO MOTORIZADOS E, JUNTOS, PELA
INCOLUMIDADE DOS PEDESTRES.
Em seu Art. 68, do Capítulo IV que trata especialmente de normas de circulação do pedestre temos:
Na seção seguinte, temos um detalhamento dos outros artigos deste capítulo, de forma
esquematizada.
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Art. 68 caput :
Art. 68. § 2º :
BORDOS DA PISTA
BORDOS DA PISTA
EM FILA ÚNICA
EM FILA ÚNICA
§ 5º Nos trechos urbanos de vias rurais e nas obras de arte a serem construídas, deverá ser previsto
passeio destinado à circulação dos pedestres, que não deverão, nessas condições, usar o
acostamento.
Obras de arte são os viadutos, pontes e túneis. As vias rurais (rodovias e estradas, poderão ter
trechos urbanos (delimitados pelo Plano Diretor do Município). Todavia, permanecerão sendo vias
rurais, para todos os fins. Neste parágrafo há determinação relativa à segurança para os pedestres, nas
obras de arte a serem construídas em rodovias, nos trechos urbanos.
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§ 6º Onde houver obstrução da calçada ou da passagem para pedestres, o órgão ou entidade com
circunscrição sobre a via deverá assegurar a devida sinalização e proteção para circulação de
pedestres.
Quando vai se construir ou reformar uma calçada ou passarela, deverá ser reservado e si nalizado
tini lugar adequado para a circulação segura dos pedestres. Esta obrigação é do órgão com circunscrição
sobre a via.
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Art. 72. Todo cidadão ou entidade civil tem o direito de solicitar, por escrito, aos órgãos ou entidades
do Sistema Nacional de Trânsito, sinalização, fiscalização e implantação de equipamentos de
segurança, bem como sugerir alterações em normas, legislação e outros assuntos pertinentes a este
Código.
Todo cidadão, individualmente ou através de uma entidade civil representativa, tem o direito de
solicitar sinalização, fiscalização e implantação de equipamentos de segurança, bem como sugerir
alterações em normas deste Código. Tal solicitação deverá ser por escrito e protocolada, para, se for
o caso, cobrar respostas. O artigo seguinte diz que os órgãos do Sistema Nacional de Trânsito têm o
dever de analisar as solicitações e responder, também por escrito, dentro de prazos estabelecidos, se
atenderá ao pleito ou não, e o porquê.
Art. 73. Os órgãos ou entidades pertencentes ao Sistema Nacional de Trânsito têm o dever de
analisar as solicitações e responder, por escrito, dentro de prazos mínimos, sobre a possibilidade ou
não de atendimento, esclarecendo ou justificando a análise efetuada, e, se pertinente, informando ao
solicitante quando tal evento ocorrerá.
Parágrafo único. As campanhas de trânsito devem esclarecer quais as atribuições dos órgãos e
entidades pertencentes ao Sistema Nacional de Trânsito e como proceder a tais solicitações.
Este parágrafo determina aos órgãos do Sistema Nacional de Trânsito que esclareçam à
comunidade quais as atribuições de cada órgão, principalmente nas campanhas educativas de
trânsito. Esta providência deve-se ao fato de que poucas pessoas sabem quais são os órgãos que
Lidem o Sistema Nacional de Trânsito e quais as atribuições de cada um deles, tendo dúvidas a
reseito de a quem se dirigir para solicitar determinadas providências.
Art. 74. A educação para o trânsito é direito de todos e constitui dever prioritário para os
componentes do Sistema Nacional de Trânsito.
Assim como a Segurança Pública é um direito de todos, o é a Educação para o Trânsito. E mais, a
Educação para o Trânsito constitui um dever prioritário para os sete órgãos que compõem o Sistema
Nacional de Trânsito, como visto no art. 7º. Cada representante de órgão de trânsito que, tenha a
possibilidade de ter contato com as pessoas em seu ofício deverá atuar no sentido da educação
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para o trânsito.
Assim como a Segurança Pública é um direito de todos, o é a Educação para o Trânsito. E mais, a
Educação para o Trânsito constitui um dever prioritário para os sete órgãos que compõem o Sistema
Nacional de Trânsito, como visto no art. 74. Cada representante de órgão de trânsito que, tenha a
possibilidade de ter contato com as pessoas em seu ofício deverá atuar no sentido da educação
para o trânsito.
Após quase sete anos de vigência desta Lei, o CONTRAN regulamentou o artigo, através da Res.
207/06, a qual estabelece critérios de padronização das Escolas Públicas de Trânsito, as quais destinam-
se prioritariamente à execução de cursos, ações e projetos educativos, voltados para o exercício da
cidadania no trânsito.
Dentre as competências da Escola Pública de Trânsito, previstas no art. 6° da citada resolu ção,
está a de indicar educadores de trânsito para constituir seu quadro técnico; incenti var e promover a
produção de conhecimento e de ações locais e inclusive organizar e manter biblioteca especializada.
Cumpre destacar ainda a Res. 265/07, a qual, considerando o disposto na Política Nacional de
Trânsito (Res. 166/04) e sua diretriz que visa aumentar a segurança e promover a educação para o
trânsito junto às instituições de ensino, instituiu a formação teórico-técnica do processo de habilitação de
condutores, como atividade extracurricular em escolas de ensino médio, de acordo com os conteúdos
estabelecidos na Res. 168/04.
§ 2º As campanhas de que trata este artigo são de caráter permanente, e os serviços de rádio e
difusão sonora de sons e imagens explorados pelo poder público são obrigados a difundi-las
gratuitamente, com a freqüência recomendada pelos órgãos competentes do Sistema Nacional de
Trânsito.
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Art. 76. A educação para o trânsito será promovida na pré-escola e nas escolas de 1º, 2º e 3º graus,
por meio de planejamento e ações coordenadas entre os órgãos e entidades do Sistema Nacional de
Trânsito e de Educação, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, nas
respectivas áreas de atuação.
Parágrafo único. Para a finalidade prevista neste artigo, o Ministério da Educação e do Desporto,
mediante proposta do CONTRAN e do Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras,
diretamente ou mediante convênio, promoverá:
Observe o destaque do tema "Educação para o Trânsito", tanto que o legislador estabele ceu
que será promovido desde a pré-escola, até o nível superior de educação, envolvendo ações
coordenadas entre os órgãos do Sistema Nacional de Trânsito e de educação, da União, dos E stados,
do Distrito Federal e dos Municípios.
Art. 77. No âmbito da educação para o trânsito caberá ao Ministério da Saúde, mediante proposta do
CONTRAN, estabelecer campanha nacional esclarecendo condutas a serem seguidas nos primeiros
socorros em caso de acidente de trânsito.
Parágrafo único. As campanhas terão caráter permanente por intermédio do Sistema Único de Saúde
- SUS, sendo intensificadas nos períodos e na forma estabelecidos no art. 76.
Parágrafo único. O percentual de dez por cento do total dos valores arrecadados destinados à
Previdência Social, do Prêmio do Seguro Obrigatório de Danos Pessoais causados por Veículos
Automotores de Via Terrestre - DPVAT, de que trata a Lei nº 6.194, de 19 de dezembro de 1974, serão
repassados mensalmente ao Coordenador do Sistema Nacional de Trânsito para aplicação exclusiva
em programas de que trata este artigo.
Art. 79. Os órgãos e entidades executivos de trânsito poderão firmar convênio com os órgãos de
educação da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, objetivando o cumprimento
das obrigações estabelecidas neste capítulo.
O que se tem visto são iniciativas excepcionais, mas isoladas, na forma de auxílio e
contribuição dos agentes de trânsito dos municípios, os Policiais Militares e os Policiais Rodo
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viários Federais, com seus próprios esforços, buscando implantar projetos de educação,
realizando palestras em escolas e comunidades lindeiras às rodovias, na busca incessante de
diminuir os acidentes de trânsito.
No entanto, cumpre ressaltar que a Res. 265/07, considerando o disposto na Política Nacional
de Trânsito (Res. 166/04) e sua diretriz que visa aumentar a segurança e promover a educação para o
trânsito junto às instituições de ensino, instituiu a formação teórico-técnica do processo de habilitação
de condutores, como atividade extracurricular em escolas de ensino médio, de acordo com os
conteúdos estabelecidos na Res. 168/04.
Assim, a escola autorizada expedirá certificado de participação na atividade extracurricular, conforme
anexo IV da Res. 265/07, aos alunos com freqüência igual ou superior a 75% (setenta e cinco por
cento). Tal certificado será encaminhado pela escola para autenticação pelo órgão executivo de trânsito
(DETRAN) que a autorizou. De posse do certificado autenticado, o interessado que quiser obter a
Permissão para Dirigir Veículo Automotor, desde que preenchidos os requisitos do Art. 140 desta Lei,
poderá encaminhar-se ao órgão executivo de trânsito responsável e dar início formal ao processo de
habilitação.
Quando nosso País conseguir implantar, na plenitude, o trânsito será humanizado, pois os futuros
condutores de veículos estarão conscientes da importância da educação e da gentileza no trânsito, desde o
período pré-escolar.
EXERCÍCIOS AULA 02
1. ( ) Durante uma viagem um condutor pára seu veículo próximo a um posto da PRF e solicita
orientação do agente a respeito da velocidade máxima que deverá atingir na via em virtude da mesma
ser uma via rural sem pavimentação. O agente informa que mesmo que, independente do veículo, a
velocidade máxima a ser atingida é de 60km/h, conforme estabelece o C.T.B.
2. ( ) Ao dirigir uma camioneta em via rural pavimentada, que não possua a sinalização vertical de
velocidade máxima o condutor poderá atingir no máximo 110km/h.
3. ( ) Ao dirigir uma caminhonete em uma via rural não pavimentada e sem sinalização vertical
regulamentadora de velocidade máxima, o condutor não poderá exceder 70 km/h.
5. ( ) Os pedestres que estiv erem atrav essando uma v ia sobre f aixa para esse f im
que não di sponha de si nalização semafórica terão prioridade de passagem. Nesse aspecto,
o ciclista equipara-se ao pedestre, em direitos e deveres, esteja ele, ou não, desmontado e
empurrando a bicicleta.
6. Circulando em uma via urbana classificada como de trânsito rápido, você s e depara com uma
sinalização verti cal d e r eg u l a men t aç ão d e v el o ci d ad e má xi m a q u e est ab el ec e o l i mi te
d e 6 0 K m/ h p a ra o t r ech o s eg u i n te. A velocidade máxima que você pode imprimir ao seu
veículo para este trecho é:
a) 80Km/h, que é a velocidade máxima estabelecida pelo Código para vias de trânsito rápido.
b) 96Km/h, que é a velocidade máxima estabelecida pelo Código para vias de trânsito rápido
mais a tolerância de até 20%.
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c) 70Km/h, que só poderia ser a regulamentação de trecho posterior a trecho com a
velocidade máxima estabelecida pelo Código.
d) 60Km/h, que é a velocidade regulamentada.
e) 72Km/h, que é a velocidade regulamentada mais a tolerância de até 20%.
7. ( ) Considere a seguinte situação hipotética: Paul o, em uma via urbana art eri al desprov ida
de si nalização regul amentadora de v elocidade, conduzi a seu automóvel a 60 km/h, velocidade
indicada em radar eletrônico instalado adequadamente no local onde se realizava uma blitz. Nessa
situação, por estar trafegando a uma velocidade 50% superior á máxima permitida na via,
Paulo cometeu uma infração de natureza gravíssima.
8. ( ) O CTB def ine 4 tipos de vias urbanas e limites de v elocidade dif erent es para
cada uma delas. As rodovias e estradas são consideradas vias rurais.
I V-) T en d o - s e em vi s ta a c l a s si f i c a ç ão d as v i as a b e r ta s á ci r cu l aç ão e o s n o m e s
d a s m e sm a s ab ai xo , re sp o n d a à s questões abaixo:
I. VIA ARTERIAL
II. RODOVIAS
III. ESTRADAS
a) I e IV c) II e III
b) I e II d) II e IV
a) I e IV c) II e III
b) I e II d) II e IV
13. Não havendo sinalização regulamentadora de velocidade, em uma via arterial a velocidade
máxima será de:
14. Já nas vias de trânsito rápido, não havendo sinalização regulamentadora de velocidade, o
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máximo será de:
a) 40 km/h; d) 90 km/h;
b) 60 km/h; e) 110km/h.
c) 80 km/h;
16. [ Agente de Fiscal. Trans. e Transp. 2008) A velocidade máxima permitida será indicada por meio
de sinalização, obedecidas às características técnicas da via e as condições de trânsito. Onde não
existir sinalização regulamentadora, a velocidade máxima, nas vias urbanas, será a seguinte:
17. [ Agente de Fiscal. Trans. e Transp. 2008) A velocidade máxima permitida será indicada por meio
de sinalização, obedecidas às características técnicas da via e as condições de trânsito. Onde não
existir sinalização regulamentadora, a velocidade máxima, nas vias rurais, será a seguinte:
GABARITO:
1. C 6. A 11. A
2. C 7. E 12. C
3. E 8. C 13. B
4. E 9. C 14. A
5. C 10. C 15. A
16. A 17. D
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I-) SINALIZAÇÃO DE TRÂNSITO
1.1-) INTRODUÇÃO:
Art. 80. Sempre que necessário, será colocada ao longo da via, sinalização prevista neste
Código e em legislação complementar, destinada a condutores e pedestres, vedada a
utilização de qualquer outra.
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1.2-) PRESERVAÇÃO DA VISIBILIDADE DA SINALIZAÇÃO:
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1.3-) CLASSIFICAÇÃO DOS SINAIS DE TRÂNSITO
Estudaremos agora, de forma bastante detalhada a classificação dos sinais de trânsito. Temos
primeiramente a classificação dos sinais dada pelo Art. 86 do C.T.B. e logo em seguida mostraremos
em detalhes seus tipos e espécies de acordo com a RESOLUÇÃO 160/04 que substituiu o texto do
ANEXO II do C.T.B.
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Art. 90. Não serão aplicadas as sanções previstas neste Código por inobservância à
sinalização quando esta for insuficiente ou incorreta.
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§ 1º O órgão ou entidade de trânsito com circunscrição sobre a via é responsável pela
implantação da sinalização, respondendo pela sua falta, insuficiência ou incorreta colocação.
Aos engenheiros de tráfego, cabe cumprir tais nor mas. Por óbvio, todos somos
sabedores da realidade das nossas rodovias e estradas, bem corno da dificuldade
financeira para recuperá-las e mantê-las. Todavia, ao Estado cabe a responsabilidade
objetiva pelos danos causados pela sinalização incorreta, insuficiente ou inexistente.
Art. 93. Nenhum projeto de edificação que possa transformar-se em pólo atrativo de trânsito
poderá ser aprovado sem prévia anuência do órgão ou entidade com circunscrição sobre a via
e sem que do projeto conste área para estacionamento e indicação das vias de acesso
adequadas.
Art. 94. Qualquer obstáculo à livre circulação e à segurança de veículos e pedestres, tanto na
via quanto na calçada, caso não possa ser retirado, deve ser devida e imediatamente
sinalizado.
Art. 95. Nenhuma obra ou evento que possa perturbar ou interromper a livre circulação de
veículos e pedestres, ou colocar em risco sua segurança, será iniciada sem permissão prévia
do órgão ou entidade de trânsito com circunscrição sobre a via.
Tal determinação deve ser observada, em especial pelos órgãos responsáveis pelo
saneamento e telefonia, que dependem de obras na pista de rolamento e deverão ter
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prévia permissão do órgão de trânsito com circunscrição sobre a via, bem como deverão
ter sinalizado adequadamente o local.
§ 3º A inobservância do disposto neste artigo será punida com multa que varia entre cinqüenta
e trezentas UFIR, independentemente das cominações cíveis e penais cabíveis.
EXERCÍCIOS
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5. ( ) Sinais luminosos móveis, posicionados verticalmente ao lado da pista, como indicação
de saídas, obras, desvios e velocidade permitida, podem ser regularmente utilizadas nas rodovias
brasileiras e a legislação de trânsito identifica esse tipo de sinalização como painel eletrônico.
8. ( ) De acordo com o Anexo II, do C.T.B., a Sinalização Horizontal tem como padrão,
traçado contínuo, tracejado, seccionado e as inscrições de símbolos e legendas.
14. ( ) A velocidade máxima permitida para a via, é indicada por meio de Placas de Indicação;
16. ( ) A frase "Use cinto de segurança" é uma mensagem das placas: Educativas; A placa
"Ônibus, caminhões, veículos de grande porte mantenha à direita" é de: Regulamentação.
17. ( ) Três silvos breves significa que o condutor deve parar o veículo para ser fiscalizado;
18. ( ) Um silvo longo e um breve significa que o condutor deve parar o veículo;
19. ( ) Um silvo longo significa que o condutor deve diminuir a marcha do veículo;
20. ( ) Dois silvos breves significa que o condutor deve ascender as lanternas do veículo;
21. ( ) Um silvo breve significa que o condutor deve seguir em frente com atenção.
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22. As p l ac as q u ad r ad as, co m u ma d as d i ag o n ai s em p o si ção ve rti cal , co m
sí mb o l o s e l eg en d a s p r eto s e fu n d o amarelo têm a seguinte classificação e objetivo:
23. Sobre os sinais luminosos podemos afirmar que terão como finalidade:
Estão corretas:
a) apenas I e III c) apenas II e III;
b) apenas I e II; d) I, I e III.
GABARITO:
1. C 6. E 11. E
2. E 7. C 12. C
3. C 8. C 13. C
4. E 9. E 14. E
5. C 10. C 15. C
16. C 17. E 18. E
19. C 20. E 21. C
22. A 23. D
I-) VEÍCULOS
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1.1-) CLASSIFICAÇÃO DOS VEÍCULOS
Todo veículo a motor de propulsão (gasolina, GNV, diesel, álcool, elétrico, qualquer
que seja o combustível) que circule por seus próprios meios e que serve, normalmente,
para o transporte viário de pessoas e coisas ou para a tração viária de veículos
utilizados para o transporte de pessoas e coisas. O termo compreende os veículos
conectados a uma linha elétrica e que não circulam sobre trilhos (ônibus elétrico).
Perceba que existem veículos elétricos que são automotores e existem veículos
elétricos que não são automotores, a depender se transitam ou não sobre trilhos.
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1.1.1.2. VEICULO ELÉTRICO
Embora não haja no CTB uma definição expressa desses veículos, podemos
extrair do código algumas informações que são suficientes para isso. Sendo assim, aqui
temos os veículos que se deslocam por seus próprios meios e que transitam sobre
trilhos. Como exemplo, encontramos no Anexo I o bonde (veículo de propulsão
elétrica que se move sobre trilhos). Ainda quanto ao bonde, temos no artigo 96, II, a, 10
que somente existe na espécie passageiro.
De acordo com aos artigos 120, 130 e 140 do CTB, é possível extrairmos a
informação de que é possível que sejam exigidos registro e licenciamento de veículos
elétricos, assim como habilitação de seus condutores. Não deve o leitor se perder
nessas informações achando que todos os veículos que transitam sobre trilhos estão
sujeitos à tal disciplina, mas somente aqueles que porventura transitarem em vias
abertas à circulação. Veremos nas próxima aula que tanto o licenciamento quanto a
habilitação são documentos exigíveis nas vias, onde há a aplicação do CTB.
Por fim, aqueles veículos que comumente chamamos de trem não são men-
cionados no CTB; sendo assim poderíamos defini-los de três formas:
1.1.1.3. REBOQUE:
Veículo que não se desloca por seus próprios meios, necessitando sempre de um veículo
automotor para tracioná-lo. É destinado a ser engatado atrás de um veículo automotor. É muito
comum as pessoas chamarem erroneamente o acessório "engate" de "reboque", assim como o
"caminhão guincho (veículo destinado ao socorro mecânico de emergência nas vias abertas à
circulação pública) de "reboque". Por fim, perceba que reboque é veículo, sempre tracionado,
que, assim como os automotores e elétricos, está sujeito a registro e licenciamento.
1.1.1.4. SEMI-REBOQUE
Veículo que não se desloca por seus próprios meios, necessitando sempre de um veículo
automotor para tracioná-lo. Apóia-se na sua unidade tratora ou é a ela ligado por meio
de articulação. Note que aqui temos um reboque pela metade, ou seja, somente com
rodas traseiras e, sendo assim, para que esta unidade possa ser tracionada, ela
necessariamente deve se apoiar na unidade tratora, que é, em regra, um
caminhão trator. Perceba que tal qual o reboque o semi-reboque é veículo, sempre
tracionado, e que assim como os automotores e elétricos está sujeito a registro e
licenciamento.
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Veículo que, para se deslocar, tem, na sua traseira ou sobre eles, sempre pessoas. Cabe aqui
ressaltar que existe a previsão neste Código que se regula mente o registro, o licenciamento e a
autorização para conduzir esse tipo de veiculo, a ser feita pelo órgão executivo de trânsito do
município, após a elaboração de uma legislação municipal, conforme os artigos 24, XVII e XVIII e
129, ambos do CTB. Ainda quanto aos veículos de propulsão humana, no ANEXO I, temos as
seguintes definições:
BICICLETA - veículo de propulsão humana, dotado de duas rodas, não sendo, para efeito do
CTB, similar à motocicleta, motoneta e ao ciclomotor;
CARRO DE MÃO - veículo de propulsão humana utilizado no transporte de pequenas cargas;
CICLO - veículo de pelo menos duas rodas à propulsão humana.
CAMINHÃO: não temos uma definição expressa de caminhão no CTB, porém a resolução 291/08 do
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CONTRAN nos dá a seguinte definição: "veículo automotor destinado ao transporte de carga, com
PBT acima de 3.500 quilos, mas, podendo fracionar ou arrastar outro veículo, desde que tenha
capacidade máxima de tração compatível"
CARGA CARGA
Sendo assim, qualquer outro veículo, parecido com este, mas que fuja às especificações
acima, não poderá transitar na via pública, devendo ser considerado como "brinquedo".
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UTILITÁRIO: veículo misto caracterizado pela versatilidade do seu uso, inclusive fora de
estrada.
O Certificado de Originalidade de que trata a letra "d" acima atestará as condições estabelecidas nas letras "a", "b"
e "c", e será expedida por entidade, credenciada e reconhecida pelo DENATRAN, de acordo com o modelo
estabelecido no anexo da referido resolução, sendo o documento necessário para o registro.
A entidade apta a emitir o certificado de originalidade será pessoa jurídica, sem fins lucrativos, e instituída para a
promoção da conservação de automóveis antigos e para a divulgação dessa atividade cultural, de
comprovada atuação nesse setor, respondendo pela legitimidade do certificado que expedir.
Ainda quanto aos veículos de competição, existem dois modelos que, devido à transformação
sofrida, não poderão transitar na via, a saber: aqueles que sofreram alterações para ficarem mais
potentes, e aqueles que foram construídos exclusivamente para competição (protótipos) e que
também foram citados na legislação de trânsito.
No primeiro caso, ou seja, o veículo que tiver alterada qualquer de suas características para
competição ou finalidade análoga, só poderá circular nas vias públicas com licença especial da
autoridade de trânsito, em itinerário e horário fixados, conforme o art. 110 do CTB. No segundo
caso, estão expressos os veículos protótipos de competição, aqueles que foram fabricados
exclusivamente para esta finalidade e que não necessitam ser diferenciados dos demais po r
quem o fabrica, ou seja, não possuem os elementos de identificação veicular, VIN e VIS, conforme a
resolução n° 24/98 do CONTRAN.
1.1.2.6 TRAÇÃO
Quanto aos tipos de veículos da espécie tração, o CTB se refere ao caminhão-trator, trator de
rodas, trator de esteira e trator misto. Podemos defini-los da seguinte forma:
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choque traseiro para veículos de carga, como exceção, ou seja, os caminhões tratores não
precisam ter seus pára-choques com, faixas reflexivas e rebaixados como os demais veículos
citados nesta resolução.
TRATOR: veículo automotor construído para realizar trabalho agríco la, de construção e
pavimentação e tracionar outros veículos e equipamentos. Quanto aos tipos possíveis, cabem
alguns comentários, a fim de melhorar a sua compreensão, pois a legislação se refere ao
trator de rodas como aquele que possui roda (pneumáticos); ao trator de esteira, aquele que
nos lembra os tanques de guerra, e ao trator misto como aquele que possui esteira e pneus.
Esses veículos, via de regra, não transitam em via pública, não estão sujeitos à identificação
colocada pelo fabricante para diferenciá-los (VIN e VIS); porém, para transitarem na via, devem
estar registrados, licenciados e possuir numeração especial.
Veículo da espécie "especial" é aquele que não pertence à espécie passageiro, carga, misto,
competição, tração ou coleção, ou seja, por falta de uma definição expressa, a melhor definição seria
esta. Na verdade, a técnica adotada pelo legislador foi no sentida de não existir veículo sem
classificação quanto à espécie. Sendo assim, o veículo que não se enquadra em nenhuma espécie
(passageiro, carga, misto, competição, tração ou coleção) será classificado na espécie especial.
Na Resolução nº 291/08 do CONTRAN, que dispõe sobre a concessão de código de
marca/modelo/versão para veículos, observamos que o que torna um veículo especial é a sua
carroçaria. Podemos exemplificar da seguinte forma: se sobre um caminhão (plataforma) for montado
um trio elétrico, teremos um veículo TIPO: caminhão, ESPÉCIE: especial, CARROÇARIA: trio elétrico.
Outro exemplo seria o automóvel que se transformou em ambulância ou veículo de funeral; aí
teríamos: veículo TIPO: automóvel, ESPÉCIE: especial e CARROÇARIA: ambulância ou funeral.
o
Há, no Anexo I do CTB, dois veículos que são da espécie especial, conforme o Anexo I da Resolução n 291/08.
Vejamos suas definições:
TRAILER: reboque ou semi-reboque tipo casa, com duas, quatro, ou seis rodas, acoplado ou adaptado à traseira
de automóvel ou camionete, utilizado em geral em atividades turísticas como, alojamento ou para atividades
comerciais. Quando acoplado ao veículo automotor, o condutor, para conduzi-lo, deve possuir habilitação na
categoria "E".
MOTOR-CASA (MOTOR-HOME): veículo automotor, cuja carroçaria é fechada e destinada a alojamento,
escritório, comércio ou finalidades análogas. Para conduzi-lo, o condutor deve possuir habilitação na categoria
"C", conforme Resolução n° 168/04 do CONTRAN.
Classificar um veículo quanto à categoria seria mostrar a que se destina determinado veículo ou a que finalidade se
presta. Poderíamos também definir a categoria como a destinação dada ao veículo em caráter de permanência, uma vez que
vem consignada num documento definitivo chamado CRV (certificado de registro de veículo). Como aplicação do exposto
poderíamos exemplificar usando o artigo 154 do CTB, que faz menção aos veículos destinados à aprendizagem, um em caráter
permanente e outro de caráter provisório. Sem maiores explicações poderíamos concluir que somente aquele utilizado em
caráter permanente será da categoria aprendizagem; agora, a eventualidade da aprendizagem (caráter provisório) não tem o
condão de mudar a categoria anterior do veículo. As categorias de veículos previstas no CTB são: oficial; de representação
diplomática, de repartições consulares de carreira ou organismos internacionais acreditados junto ao
governo brasileiro; particular; de aluguel; de aprendizagem.
Cada categoria de veículo apresenta plac a de uma cor; no entanto, lembre-se de que ao mudar de
categoria, um veículo somente muda a cor da placa, permanecendo os mesmos caracteres até sua baixa.
Este tema será mais detalhado mais adiante, que trata da identificação de veículos.
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São veículos de emergência previstos:
a) os destinados a socorro de incêndio e salvamento;
b) os de polícia;
c) os de fiscalização e operação de trânsito.
d) as ambulâncias;
e) e também os de salvamento difuso "destinados a serviços de emergência
decorrentes de acidentes ambientais'.
Elemento de identificação
Somente os veículos mencionados no inciso VII do art. 29 do Código de Trânsito Brasileiro (alíneas a, b, c, d acima)
poderão utilizar luz vermelha intermitente e dispositivo de alarme sonoro. Embora os tipos de veículos de emergência sejam
o
os enumerados acima, o artigo 1 da resolução 265/08 do CONTRAN exclui da possibilidade de utilizar luz vermelha
intermitente os veículos destinados a serviços de emergência decorrentes de acidentes ambientais, uma vez que não estão
presentes no artigo 29, VII, do CTB.
Prerrogativas na condução
Os veículos de emergência somente poderão acionar o sistema de iluminação vermelha intermitente e
alarme sonoro quando em efetiva prestação de serviço de urgência. Entende-se por prestação de serviço de
urgência os deslocamentos realizados pelos veículos de emergência, em circunstâncias que necessitem de
brevidade para o atendimento, sem a qual haverá grande prejuízo à incolumidade pública. A
condução dos veículos de emergência se dará sob circunstâncias que permitam o uso das
prerrogativas de prioridade de trânsito e de' livre circulação, estaciona- mento e parada, para que tenha
êxito na brevidade do atendimento.
Elemento de identificação
Identificam-se pela instalação de dispositivo, não removível, de iluminação intermitente ou
rotativa, e somente com luz amarelo-âmbar.
Prerrogativas no trânsito
Os veículos prestadores de serviço de utilidade pública gozarão de livre parada e
estacionamento, independentemente de proibições ou restrições estabelecidas na legislação de
trânsito ou por meio de sinalização regulamentar, quando se encontrarem:
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Cabe observar que é proibido o acionamento ou energização do dispositivo luminoso
durante o deslocamento do veículo, exceto nos casos previstos nas alíneas "c", "e" e "f" do item
4.2.1, acima.
Autorização prévia
Perceba que os veículos prestadores do serviço de utilidade pública podem
pertencera particulares, credenciados pelo Poder Público para facção dos serviços. Em
virtude disso, o CONTRAN exigiu um controle dos DETRANs de registro desses veículos
sobre a possibilidade de se tornarem ou não veículos prestadores de serviços de utilidade
pública. De outra forma, a instalação de dispositivo, não removível, de iluminação intermitente
ou rotativa, dependerá de prévia autorização do órgão executivo de trânsito do Estado ou
do Distrito Federal, onde o veículo estiver registrado, que fará constar do Certificado de
Licenciamento Anual, no campo "observações", código abreviado na forma estabelecida pelo
órgão máximo executivo de trânsito da União.
1.3-) VEÍCULOS EXCEPCIONAIS
Analisemos as implicações dos artigos abaixo:
Art. 99. Somente poderá transitar pelas vias terrestres o veículo cujo peso e dimensões
atenderem aos limites estabelecidos pelo CONTRAN.
§ 1º O excesso de peso será aferido por equipamento de pesagem ou pela verificação de
documento fiscal, na forma estabelecida pelo CONTRAN.
§ 2º Será tolerado um percentual sobre os limites de peso bruto total e peso bruto transmitido
por eixo de veículos à superfície das vias, quando aferido por equipamento, na forma
estabelecida pelo CONTRAN.
Existem na legislação de trânsito alguns limites impostos para que veículos transitem
na via, como, por exemplo, de peso e dimensões estabeleci dos pelo CONTRAN, de peso
estabelecido pelo fabricante, assim como estar dentro dos limites de poluentes e ruídos
estabelecidos pelo CONAMA.
Sendo assim, vamos neste tópico estudar os veículos que, de maneira excepcional,
poderão transitar na via, ainda que excedam aos limites impostos pela legislação. O trânsito
desses veículos se dará, de forma legal, se forem possuidores de uma AET (Autorização
Especial de Trânsito) a ser fornecida pelo órgão com circunscrição sobre a via.
Vejamos, na legislação, quais os veículos que devem possuir AET pra transitar de forma
regular:
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ser fornecida pela peculiaridade da carga e não em virtude di veículo, conforme o art. 101 do CTB.
Art. 108. Onde não houver linha regular de ônibus, a autoridade com circunscrição sobre a via
poderá autorizar, a título precário, o transporte de passageiros em veículo de carga ou misto,
desde que obedecidas as condições de segurança estabelecidas neste Código e pelo
CONTRAN.
Parágrafo único. A autorização citada no caput não poderá exceder a doze meses, prazo a
partir do qual a autoridade pública responsável deverá implantar o serviço regular de
transporte coletivo de passageiros, em conformidade com a legislação pertinente e com os
dispositivos deste Código. (Parágrafo acrescentado pela Lei nº 9.602, de 21.1.1998)
A estes veículos somente é possível fornecer a AET em função da altura, ou seja, esta pode
ultrapassar o limite de 4,40 m, estabelecido para todos os veículos, desde que não ultrapassem
4,60 m. Cabe observar que o CONTRAN não se referiu a outras dimensões, somente à altura. A
AET é somente para a unidade fracionada e com validade máxima de um ano. Enfim, devido ao
tamanho excessivo de alguns contéineres, é que surgiu a norma, não havendo razão para
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estende-Ia aos caminhões- tratores.
Art. 103. O veículo só poderá transitar pela via quando atendidos os requisitos e condições de
segurança estabelecidos neste Código e em normas do CONTRAN.
Esse artigo nada mais determina, senão que os veículos, para circularem em via pública,
deverão estar em boas condições de trafegabilidade, para segurança dos que estão se deslocando
em seu interior e para as demais pessoas e veículos. Nesta parte de nossa aula estudaremos os
aspectos mais relevantes no que tange a respeito da segurança dos veículos. Começaremos com a
descrição dos equipamentos obrigatórios para os veículos segundo o artigo 105 do CTB. Cabe
ressaltar que esse número de equipamentos é insignificante frente ao que já está regulamentado na
Resolução nº 14/98
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Art. 114. O veículo será identificado obrigatoriamente por caracteres gravados no chassi ou no
monobloco, reproduzidos em outras partes, conforme dispuser o CONTRAN.
§ 1º A gravação será realizada pelo fabricante ou montador, de modo a identificar o veículo,
seu fabricante e as suas características, além do ano de fabricação, que não poderá ser
alterado.
O fabricante do veículo tem a obrigação de individualizá-lo por meio de unia numeração que deve
ser colocada no chassi (parte rígida do veículo sobre a qual deve ser colocada a carroçaria) e ou
no monobloco (veículo inteiriço), em, pelo menos, um lugar, em se tratando de veículos
automotores, e em dois lugares, em se tratando de reboque ou semi-reboque.
A Res. 24/98 do CONTRAN regulamenta que os veículos produzidos ou importados a
partir de 1° de janeiro de 1999, para obterem registro e licenciamento, deverão estar
identificados na forma descrita acima. Excetuam-se os tratores, os veículos protótipos utilizados
exclusivamente para competições esportivas e as viaturas militares operacionais das Forças
Armadas que, em regra, não transitam na via.
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Além da gravação no chassi ou monobloco, os veículos serão identificados, no mínimo, com os
o
caracteres VIS (número seqüencial de produção) previstos na NBR 3 n 6066, podendo ser, a critério
do fabricante, por gravação, na profundidade mínima de 0,2 mm, quando em chapas ou plaqueta
colada, soldada ou rebitada, destrutível quando de sua remoção ou ainda por etiqueta autocolante e
também destrutível no caso de tentativa de sua remoção, nos seguintes compartimentos e
componentes:
I - na coluna da porta dianteira lateral direita;
II - no compartimento do motor;
III - em uni dos pára-brisas e em um dos vidros traseiros, quando existentes;
IV - em pelo menos dois vidros de cada lado do veículo, quando existentes, excetuados os
quebra-ventos.
Sobre a identificação do ano de fabricação, o art. 3° desta resolução determina que seja
atendida através de uma gravação no chassi ou monobloco, nas imediações do número de
identificação do veículo (VIN), em 4 algarismos, na profundidade mínima de 0,2 mm e altura
mínima dos caracteres de 7 mm, ou através de uma plaqueta destrutível quando de sua
remoção. Para as motocicletas, motonetas, triciclos, quadriciclos e ciclomotores, deverá ser
feita, no mínimo, em um ponto de localização, na coluna de suporte de direção ou no
chassi/monobloco.
Outro aspecto importante é quanto às regravações no VIN:
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1.2.2. IDENTIFICAÇÃO EXTERNA:
Art. 115. O veículo será identificado externamente por meio de placas dianteira e traseira,
sendo esta lacrada em sua estrutura, obedecidas as especificações e modelos estabelecidos
pelo CONTRAN.
§ 1º Os caracteres das placas serão individualizados para cada veículo e o acompanharão até a baixa do registro,
sendo vedado seu reaproveitamento.
Como vimos no artigo anterior, a identificação obrigatória do veículo dar -se-á através dos
caracteres gravados no chassi ou no monobloco. Agora veremos a identificação externa do
veículo, a qual dar-se-á através de placas dianteira e traseira, sendo esta lacrada em sua
estrutura e obedecidas as especificações e modelos estabelecidos na Res. 231/07, que teve
sua redação alterada pelas Res. 241/07 e 288/08.
É através das placas que os agentes de trânsito e os equipamentos utilizados na fiscalização
fazem o primeiro reconhecimento do veículo, para fins de conferência com os dados cadastrais.
Portanto, é indispensável que elas existam e estejam em perfeitas condições de visibilidade
e legibilidade, tanto durante o dia quanto durante a noite.
As placas serão confeccionadas por fabricantes credenciados pelo DETRAN de cada esta do e
Distrito Federal, obedecendo às formalidades legais vigentes. Atente que é obrigatória a
gravação do registro do fabricante em superfície plana da placa e da tarjeta, de modo a não
ser obstruída sua visão quando afixadas nos veículos e de modo que se possa localizar e
responsabilizar aquele que cometer fraude.
Após o registro no órgão de trânsito, cada veículo será identificado por placas dianteira e traseira, afixadas em primeiro
plano e integrante do mesmo, contendo 7 (sete) caracteres alfanuméricos individualizados, sendo o primeiro grupo composto
por 3 (três), resultante do arranjo, com repetição de 26 (vinte e seis) letras, tomadas três a três, e o segundo grupo composto
por 4 (quatro), resultante do arranjo, com repetição de 10 (dez) algarismos, tornados quatro a quatro.
Além desses caracteres, as placas dianteira e traseira deverão conter, gravados em tarjetas removíveis a elas afixadas, a
sigla identificadora da Unidade da Federação e o nome do Município de registro do veículo. Exceção é feita às placas dos veículos
oficiais, de representação, aos pertencentes às missões diplomáticas, às repartições consulares, aos organismos
internacionais, aos funcionários estrangeiros administrativos de carreira e aos peritos estrangeiros de cooperação
internacional. Vejamos abaixo algumas das exceções citadas:
As placas de veículos oficiais deverão conter, gravados nas tarjetas ou, em espaço
correspondente na própria placa, os seguintes caracteres:
a) veículos oficiais da União: B R A S I L;
b) veículos oficiais das Unidades da Federação: nome da Unidade da Federação;
c) veículos oficiais dos Municípios: sigla da Unidade da Federação e nome do Município.
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1.3.1. VEÍCULOS OFICIAIS DE REPRESENTAÇÃO PESSOAL
Muitas vezes esses veículos aparecem na legislação de trânsito como exceção, quando o tema
abordado é identificação de veiculo. Vamos detalhar abaixo as cores diferenciadas que eles
possuem, dependendo da autoridade a que estiver vinculado:
Art. 116. Os veículos de propriedade da União, dos Estados e do Distrito Federal, devidamente
registrados e licenciados, somente quando estritamente usados em serviço reservado de
caráter policial, poderão usar placas particulares, obedecidos os critérios e limites
estabelecidos pela legislação que regulamenta o uso de veículo oficial.
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***TABELA COM AS CORES DAS PLACAS
FUNDO CARACTERES
Co r p o c o n s u l a r Azul Branco
O r g a n i s m o Consular /
Azul Branco
Internacional
Acordo Cooperação
Azul Branco
Internacional
Existem veículos que, pelo risco que pode causar aos demais, que pelo dano que pode
causar à via e pela importância dada à sua carga, devem, além das identificações especificadas
acima referentes à numeração VIN/VIS e placas, possuir uma plaqueta de identificação da sua
capacidade.
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O CONTRAN acrescentou a o obrigatoriedade aos veículos de tração, sendo exigido,
portanto, dos veículos de tração, de carga e dos de transporte coletivo de passageiros.
Por fim, para um completo entendimento do significado de cada um desses indicativos de
capacidade, vamos consultar o anexo da Resolução. 290/08 do CONTRAN:
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EXERCÍCIOS AULA 04
I. Com base no C.T.B. e legislação complementar, julgue os item abaixo.
01. As caracterí sticas dos v eículos, suas especif icações básicas, conf iguração e
condições essenciai s para regi stro, licenciamento e circulação serão estabelecidas pelo
CONTRANDIFE. ( )
Primeira Coluna
Segunda Coluna
a) 1, 2 e 3
b) 3, 1 e 2
c) 3, 2 e 1
d) 1, 3 e 2
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e) 2, 3 e 1
05. Caract erí st i cas, e sp eci f i cações bá si ca s, conf i guração d o s v eí cul os e c ondi çõe s
essenci ai s p ara re gi st ro, l i c e n ci am e n t o e c i r c ul a çã o se r ã o e st a b e l e ci d a s p e l o
S i st em a N a ci o n al d e T r â n si t o p or i nt e rm é di o d o CONTRANDIFE. ( )
06. Um v eí cul o só poderá t ransit ar pel a v ia públ ica quando at ender aos
requi si t os e condi ções de segurança estabelecidos no CTB e em normas do
DETRAN.
( )
10. Todo veículo automotor, elétrico, articulado, reboque ou semi-reboque, deve ser registrado
perante:
a) CETRAN.
b) Órgão Executivo de Trânsito do Estado ou do Distrito Federal
c) CONTRAN..
d) O RENAVAM
11. O registro e o licenciamento dos veículos de propulsão humana, dos ciclomotores e dos
veículos de tração animal obedecerão à regulamentação definida:
a) pelo CETRAN.
b) lei orgânica .
c) pelo CONTRAN.
d) pelo RENAVAM
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12. De . aco rd o co m a cl as si fi cação d o s v eí cu l o s (Art. 96 CT B), a cami o n eta e o
veí cu l o u ti li tári o caracte ri zam -s e como:
a) Quanto à tração
b) Quanto à categoria;
c) Quanto à espécie
d) Trata-se de veículos exclusivamente de cargas.
e) Veículo misto;
a) O v eiculo será identif icado externament e por meio de placas diant eira e traseira
sendo esta lacrada em sua estrutura, obedecidas as especificações e modelos estabelecidos
pelo CONTRAN;
b) Os caracteres das placas serão individualizados para cada veículo e o acompanharão
até a baixa do registro, sendo permitido seu reaproveitamento para outro veiculo;
c) Os aparelhos automotores destinados a puxar ou arrastar maquinaria de q ualquer
natureza ou a executar trabalhos agrícolas e de construção ou de pavimentação não
necessitam de registro e licenciamento da repartição competente para transitar nas vias
públicas;
d) Os veículos de duas ou três rodas não são dispensados de placa dianteira.
GABARITO:
1. E 5. E 09. B
2. C 6. E 10. B
3. C 7. E 11. A
4. E 8. B 12. E
13. A
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I-) REGISTRO E LICENCIAMENTO DE VEÍCULOS
1. CONCEITO
Art. 120. Todo veículo automotor, elétrico, articulado, reboque ou semi-reboque, deve ser
REGISTRADO perante o órgão executivo de trânsito do Estado ou do Distrito Federal, no
Município de domicílio ou residência de seu proprietário, na forma da lei.
Art. 130. Todo veículo automotor, elétrico, articulado, reboque ou semi-reboque, para transitar
na via, deverá ser LICENCIADO anualmente pelo órgão executivo de trânsito do Estado, ou do
Distrito Federal, onde estiver registrado o veículo.
Podemos perceber lendo os capítulos XI e XII do CTB que o legislador não nos deu uma
definição expressa do que seriam registro e licenciamento de veículos. Sendo assim, vamos fazê-lo:
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O REGISTRO e o LICENCIAMENTO se complementam em algumas características:
Art. 131. O Certificado de Licenciamento Anual será expedido ao veículo licenciado, vinculado
ao Certificado de Registro, no modelo e especificações estabelecidos pelo CONTRAN.
§ 1º O primeiro licenciamento será feito simultaneamente ao registro.
b) DADOS EM COMUM: a Resolução n° 61/98 diz que o certificado de licenciamento anual (que vem
expresso nos artigos 131 e 133 do CTB) é o certificado de registro e licenciamento anual (CRLV). Na
verdade, não poderia ser de outra forma, pois os dados do registro devem ser repetidos no
Certificado de Licenciamento Anual, para que os agentes de trânsito possam fazer uma autuação,
por exemplo, qualificando o proprietário do veículo, ainda que este esteja ausente.
Perceba que a lógica encontrada pelo CONTRAN é pertinente, uma vez que este Conselho
deixou claro que o CRV não é documento de porte obrigatório, e a dispensa de portar esse
documento obriga que o certificado. de licenciamento possua os dados do certificado de registro.
c) MESMO DETRAN : no art. 130 do CTB, vem expresso que o veículo deve ser licenciado onde
estiver registrado, ou seja, o DETRAN que o registrou será o órgão competente para licenciá-lo.
Art. 132. Os veículos novos não estão sujeitos ao licenciamento e terão sua circulação
regulada pelo CONTRAN durante o trajeto entre a fábrica e o Município de destino.
Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se, igualmente, aos veículos importados,
durante o trajeto entre a alfândega ou entreposto alfandegário e o Município de destino.
Segundo o C.T.B. conforme vimos, regra geral é que o temos veículos registrados transitando porém há
algumas exceções as quais estão devidamente discriminadas e regulamentadas pela Resolução 04/98
(alterada pela 269/08) do CONTRAN. Vejamos então quais são essas situações: (SLIDE)
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serviços remunerados para os quais estão autorizados, atendidas a legislação específica, as
exigências dos PODERES CONCEDENTES e das autoridades com jurisdição sobre as vias
públicas. Enfim, os veículos deverão ser enquadrados no item "a‖ acima, e na legislação referente à
concessão de sua atividade.
O quadro abaixo nos mostra o que acontece com o registro e licenciamento no que
se refere a mudança ou não de DOMICÍLIO :
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apenas.
Entre É caso de novo registro (CRV). Continua válido, observando sempre o
Municípios calendário do Estado do novo endereço.
Entre Estados É caso de novo registro (CRV). Continua válido, observando sempre o
calendário do Estado do novo endereço.
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Há diversos casos de registro e licenciamento na legislação de trânsito que fogem à regra geral e que nos chamam
a atenção por terem sido colocados pelo legislador de forma esparsa na legislação, dificultando o aprendizado. Vejamos
cada um desses casos:
Art. 120.
§ 1º Os órgãos executivos de trânsito dos Estados e do Distrito Federal somente registrarão
veículos ofi ciais de propriedade da administração direta, da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, de qualquer um dos poderes, com indicação expressa, por pintura
nas portas, do nome, sigla ou logotipo do órgão ou entidade em cujo nome o veículo será
registrado, excetuando-se os veículos de representação e os previstos no art. 116.
Essa obrigação é, na verdade, mais um meio de que os cidadãos dispõem para controlar
se os veículos oficiais são cumpridores das normas de trânsito e se estão sendo utilizados
devidamente pelos agentes públicos, uma vez que o logotipo na porta, além de chamar a atenção,
é capaz de identificar a entidade política que é proprietária. Perceba que o uso do veículo oficial,
assim como toda a atividade da Administração pública, está voltado para atender ao interesse
público.
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Art. 115
§ 4º Os aparelhos automotores destinados a puxar ou arrastar maquinaria de qualquer
natureza ou a executar trabalhos agrícolas e de construção ou de pavimentação são sujeitos,
desde que lhes seja facultado transitar nas vias, ao registro e licenciamento da repartição
competente, devendo receber numeração especial.
Art. 129. O registro e o licenciamento dos veículos de propulsão humana, dos ciclomotores e
dos veículos de tração animal obedecerão à regulamentação estabelecida em legislação
municipal do domicílio ou residência de seus proprietários.
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Na verdade, o registro e o licenciamento dos veículos de propul são humana e dos veículos de
tração animal, obedecerão à regulamentação estabelecida em legislação municipal, quando esta
existir. A regra é de que não exista tal regulamentação.
No tocante aos ciclomotores, parece-me ter ocorrido um erro em sua colocação neste artigo,
pois, na prática, não obedece à regulamentação municipal e sim, ao estabelecido no C.T.B., eis
que são veículos registrados perante o DETRAN de cada Estado ou Distrito Federal com
identificação externa nos termos da Res. 231/07.
É importante que o candidato saiba que o PRF ora utiliza a tabela do CONTRAN, ora utiliza
a tabela do DETRAN de registro do veículo, a depender se abordou um veículo registrado fora
ou dentro do estado em que está lotado, incidindo sobre o PRF a regra como para os demais
agentes de transito.
II-) DA CONDUÇÃO DE ESCOLARES – ( CAP. XIII )
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Art. 136. Os veículos especialmente destinados à condução coletiva de escolares somente
poderão circular nas vias com autorização emitida pelo órgão ou entidade executivos de
trânsito dos Estados e do Distrito Federal, exigindo-se, para tanto:
Como o objeto do nosso trabalho é a preparação do candidato para os concursos públicos, não
cabe aqui nos estendermos em temas que não são pacificou, como, por exemplo, se a
denominação "permissão para dirigir" cabe ou não; com isso vamos procurar ser o mais objetivo
possível.
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Neste item, vamos estudar todo o processo de habilitação, conforme as disposições do CTB e
da Resolução n° 168/04 do CONTRAN com suas atualizações. Sobre habilitação devemos saber
que em todas as suas formas (autorização, permissão, Carteira Nacional de Habilitação) TEM
NATUREZA JURÍDICA DE LICENÇA, UMA VEZ QUE LICENÇA É UM ATO ADMINISTRATIVO
VINCULADO E DEFINITIVO, pelo qual o Poder Público, ao verificar que o candidato à habilitação
preencheu todos os pressupostos legais, não poderá negá-la.
3.2. REQUISITOS
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3.3. EXAMES EXIGIDOS PARA HABILITAÇÃO
Esses exames poderão ser aplicados por entidades públicas ou privadas credenciadas pelo
órgão executivo de trânsito dos Estados e do Distrito Federal, de acordo com as normas
estabelecidas pelo CONTRAN, exceto os de direção veicular, que só podem ser aplicados por
entidade pública.
Enfim, embora complexo o processo de habilitação, é pacífico que a sua fase mais importante,
que realmente atesta que o condutor está apto a dirigir veículo automotor, é o exame de direção
veicular, razão pela qual o legislador exigiu que os órgãos de trânsito não os delegassem ao
particular, pois é, na verdade, um controle que os DETRANS exercem no processo de habilitação,
verificando se o candidato está realmente apto a dirigir veículo automotor e elétrico.
Portanto, o exame de direção veicular é a única fase do processo em que é obrigatória a
presença do DETRAN. Cabe observar que o DETRAN se faz presente nessa fase por
intermédio de seus examinadores, que são designados pela autoridade de trânsito.
Vejamos, então, os aspectos principais de cada um desses exames:
Por fim, cabe observar que o candidato considerado inapto ou inapto temporário na
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avaliação psicológica poderá requerer, no prazo de trinta dias, contados a partir do
conhecimento do resultado do exame, a instauração de Junta Psicológica aos órgãos ou
entidades executivos de trânsito dos Estados e do Distrito Federal, para reavaliação do
resultado.
Por meio de um único exame de aptidão física e mental e de avaliação psicológica, pode o
candidato requerer simultaneamente a ACC e habilitação na categoria "B", bem como requerer
habilitação em "AB", se considerado apto para ambas, uma vez que os critérios de aprovação nos
exames não são os mesmos, conforme a Resolução n° 267/08 do CONTRAN.
No exame de aptidão física e mental o candidato será considerado pelo médico perito
examinador de trânsito como:
apto – quando não houver contra-indicação para a condução de veículo automotor na
categoria pretendida;
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apto com restrições – quando houver necessidade de registro na CNH de qualquer
restrição referente ao condutor ou à adaptação veicular;
inapto temporário - quando o motivo da reprovação para a condução de veículo
automotor na categoria pretendida for passível de tratamento ou correção;
inapto – quando o motivo da reprovação para a condução de veículo automotor na
categoria pretendida for irreversível, não havendo possibilidade de tratamento ou correção.
Vale ressaltar que o candidato considerado inapto, inapto temporário ou apto com restrições
no exame de aptidão física e mental poderá requerer, no prazo de trinta dias, contados a partir
do conhecimento do resultado do exame, a instauração de Junta Médica aos órgãos ou
entidades executivos de trânsito dos Estados e do Distrito Federal, para reavaliação do
resultado.
Finalmente, ainda quanto ao exame de aptidão física e mental, cabe destacar que é ele que
determina qual será a validade da CNH, como veremos adiante, inclusive para os tripulantes de
aeronaves, em que o cartão de saúde, devidamente atualizado, expedido pelas Forças Armadas ou
pelo Departamento de Aviação Civil — DAC, substitui o exame de aptidão física e mental necessário à
obtenção ou à renovação periódica da habilitação para conduzir veículo automotor.
O candidato à obtenção da ACC ou da CNH, após a conclusão do curso. de formação será submetido
a exame teórico-técnico, constituído de prova convencional ou eletrônica de, no mínimo, 30
questões, incluindo todo o conteúdo programático, proporcional à carga horária de cada
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disciplina, organizado de forma individual, única e sigilosa, devendo obter aproveitamento de, no
mínimo, 70% de acertos para aprovação.
O Curso de formação, a ser ministrado em um CFC ou por instrutor não vinculado, tem um total
de 45 horas-aula.
Para o que se refere o item ―a‖ o candidato deve prestar o exame de prática de direção
veicular somente depois de cumprida a carga horária de 20 horas-aula no curso de direção
veicular.
o
Para o referido no item ―b‖, a Resolução ri 285/03 do CONTRAN, que trata do tema, nos informa
que, em caso de mudança e adição de categoria, a carga horária a ser cumprida no curso é de
15 horas/aula.
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Art. 152. O exame de direção veicular será realizado perante uma comissão integrada por três
membros designados pelo dirigente do órgão executivo local de trânsito, para o período de um
ano, permitida a recondução por mais um período de igual duração.
§ 1º Na comissão de exame de direção veicular, pelo menos um membro deverá ser habilitado
na categoria igual ou superior à pretendida pelo candidato.
O candidato deverá estar acompanhado, durante toda a prova, por, no mínimo, dois
membros da comissão, sendo pelo menos um deles habilitado na categoria igual ou superior a
pretendida pelo candidato, exceto para os candidatos à "ACC" e à categoria A, para as quais o
exame deverá ser realizado em área especialmente destinada a este fim, apresentando os
obstáculos e as dificuldades da via pública, de forma que o examinador possa ser observado pelos
examinadores durante todas as etapas do exame, sendo que pelo menos um dos membros deverá
estar habilitado na categoria "A".
Na instrução e no exame de direção veicular paia candidatos às categorias ―A‖, "B", C", "D" e
"E", deverão ser atendidos os seguintes requisitos:
Categoria “A” — veículo de duas rodas com cilindrada acima de 120 centímetros cúbicos;
Categoria "B" — veículo motorizado de quatro rodas, excetuando-se o quadriciclo;
Categoria "C" — veículo motorizado utilizado no transporte de carga,
registrado com Peso Bruto Total (PBT) de, no mínimo, 6.000 kg;
Categoria “D” — veículo motorizado utilizado no transporte de passage iros, registrado com
capacidade mínima de vinte lugares;
Categoria "E" — combinação de veículos, cujo caminhão-trator deverá ser acoplado a um
reboque ou semi-reboque, registrado com Peso Bruto Total (PBT) de, no mínimo, 6.000 kg, ou veículo
articulado, cuja lotação exceda a vinte lugares.
Art. 155. A formação de condutor de veículo automotor e elétrico será realizada por instrutor
autorizado pelo órgão executivo de trânsito dos Estados ou do Distrito Federal, pertencente ou
não à entidade credenciada.
Parágrafo único. Ao aprendiz será expedida autorização para aprendizagem, de acordo com a
regulamentação do CONTRAN, após aprovação nos exames de aptidão física, mental, de
primeiros socorros e sobre legislação de trânsito. (Parágrafo acrescentado pela Lei nº 9.602,
de 21.1.1998)
O artigo acima se refere à LADV (Licença para Aprendizagem Veicular) que deve ser entendida
como o documento que o aprendiz deve portar durante a aprendizagem para que um agente de trânsito
possa dif erenciá-lo de um condutor inabilitado.
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De maneira muito prudente, o legislador exigiu que os DETRANS somente pudessem expedir a LADV depois de o
candidato mostrar conhecimento teórico e aptidão física, mental e psicológica, uma vez que o curso de direção veicular se
dá na via pública. Saiba que essa exigência abrange também os condutores habilitados que desejam adicionar ou mudar
de categoria de habilitação, uma vez que, antes do curso de direção veicular, devem fazer o exame de aptidão física e
mental necessário à mudança ou adição de categoria.
A solicitação da LADV se dará pelo aprendiz diretamente no DETRAN, pelo CFC (Auto-Escola) ou por seu
instrutor particular. Esse documento será expedido em nome do candidato com a identificação do CFC responsável e/ou
do instrutor, depois de aprovado nos exames previstos na legislação, com prazo de validade que permita que o
processo esteja concluído dentro do prazo de validade do prontuário RENACH.
É importante saber que a preparação dos candidatos à obtenção da permiss ão para dirigir poderá ser
feita por ins trutores de direção veicular, vinculados ou não vinculados a um Centro de Formação de
Condutores (CFC).
O instrutor de direção veicular não-vinculado é aquele que, habilitado pelo DETRAN ou entidade
credenciada, não mantém vínculo com nenhum curso e não faz da instrução para aprendizagem uma atividade ou
profissão, exercendo-a em caráter gratuito, voluntário e excepcional. Deve, no entanto, ser autorizado, pelo DETRAN,
a instruir candidato à habilitação, podendo instruir dois candidatos em cada período de 12 meses. Porém, quando não
existir Centro de Formação de Condutores no município, o instrutor de direção veicular não -vinculado poderá
exercer as funções teóricas e práticas, em caráter não voluntário e com, o limite do número de alunos por ano a ser
definido pelo órgão executivo estadual de trânsito com jurisdição sobre a área que o autorizar, desde que esteja
devidamente qualificado tecnicamente.
Art. 148.
§ 2º Ao candidato aprovado será conferida Permissão para Dirigir, com validade de um ano.
§ 3º A Carteira Nacional de Habilitação será conferida ao condutor no término de um ano,
desde que o mesmo não tenha cometido nenhuma infração de natureza grave ou gravíssima
ou seja reincidente em infração média.
A PPD - Permissão para Dirigir é, na verdade, um período de prova que precede a obtenção da CNH, que é o
documento definitivo. Saiba que a permissão tem validade em todas as vias terrestres abertas à circulação do
território nacional e não somente no estado que a expediu, como acontece com a LADV, por exemplo.
A validade da permissão é de 1 (um) ano, podendo o condutor dirigir 30 dias além do prazo de
vencimento, sendo que, após o vencimento, o condutor pode requerer a CNH, que é uma licença definitiva, caso não
tenha cometido nenhuma infração de natureza gravíssima, grave ou reincidência em infrações médias durante
a vigência da permissão, conforme visto acima.
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A Autorização para Conduzir Ciclomotores - ACC, não é uma categoria de habilitação e
sim uma autorização, restrita àqueles veículos, mas exige que o candidato atenda aos requi-
sitos do art. 140 do CTB e à Res. 168/04, que normatiza sua expedição, que diz, por exemplo, em
seu art. 25, que o exame de direção veicular será feito num ciclomotor que possua duas rodas.
Ao candidato considerado apto para conduzir ciclomotores, será conferida ACC provisória com validade de 1 (um)
ano, e, ao término desta, o condutor poderá solicitar a autorização definitiva, que lhe será concedida desde que o ele
não tenha cometido nenhuma infração de natureza grave ou gravíssima ou seja reincidente em infração média
0
durante a vigência da ACC provisória, conforme o art. 34, § 2 , da Resolução n°.168/04, na redação da Resolução n° 169/04
do CONTRAN.
Quando o condutor possuir CNH, a ACC será inserida em um campo específico daquela, utilizando-se para
ambas um único registro conforme dispõe o § 7* do art. 159 do CTB, que nos informa que a cada condutor corresponderá
um único registro no RENACH, agregando-se neste todas as inforImações.
Art. 154. Os veículos destinados à formação de condutores serão identificados por uma faixa
amarela, de vinte centímetros de largura, pintada ao longo da carroçaria, à meia altura, com a
inscrição AUTO-ESCOLA na cor preta.
Parágrafo único. No veículo eventualmente utilizado para aprendizagem, quando autorizado
para servir a esse fim, deverá ser afi xada ao longo de sua carroçaria, à meia altura, faixa
branca removível, de vinte centímetros de largura, com a inscrição AUTO-ESCOLA na cor
preta.
Art. 159. A Carteira Nacional de Habilitação, expedida em modelo único e de acordo com as
especificações do CONTRAN, atendidos os pré-requisitos estabelecidos neste Código, conterá
fotografia, identificação e CPF do condutor, terá fé pública e equivalerá a documento de
identidade em todo o território nacional.
§ 1º É obrigatório o porte da Permissão para Dirigir ou da Carteira Nacional de Habilitação
quando o condutor estiver à direção do veículo.
§ 3º A emissão de nova via da Carteira Nacional de Habilitação será regulamentada pelo
CONTRAN.
A Res. 192/06, em seu art. 8°, disciplina a expedição obrigatória de nova via da Carteira
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Nacional de Habilitação, no modelo único, a qual dar-se-á, nas situações previstas nos incs. I a
VIII, conforme abaixo transcritos:
I – da obtenção da Permissão para Dirigir na "ACC" e nas categorias "A", "B" ou "A' "B",
pelo período de 1 (um) ano;
II – da troca da Permissão para Dirigir pela CNH definitiva, na "ACC" ou nas Categorias "A",
"B", ou "A" e "B", ao término de um ano da permissão, desde que atendido ao disposto no § 3° do
art. 148 do CTB;
III – da adição e da mudança de categoria;
§ 5º A Carteira Nacional de Habilitação e a Permissão para Dirigir somente terão validade para
a condução de veículo quando apresentada em original.
Não há documento que a substitua, quando tratar -se de brasileiro, conduzindo veículo
automotor em vias públicas no País. Jamais poderá ser apresentada como cópia
autenticada, pois não terá validade. Ao perdê-la, deteriorá-la ou tratando-se de furto ou
roubo, deverá o interessado imediatamente procurar o DETRAN de seu Estado, a fim de
solicitar uma segunda via Neste ínterim de tempo, não poderá conduzir veículo
automotor, sob pena de estar cometendo a infração de trânsito por não portar os
documentos de porte obrigatório.
Art. 147.
§ 2º O exame de aptidão física e mental será preliminar e renovável a cada cinco anos, ou a
cada três anos para condutores com mais de sessenta e cinco anos de idade, no local de
residência ou domicílio do examinado. (Parágrafo acrescentado pela Lei nº 9.602, de 21.1.1998)
Art. 159.
§ 10. A validade da Carteira Nacional de Habilitação está condicionada ao prazo de vigência do
exame de aptidão física e mental. (Parágrafo acrescentado pela Lei nº 9.602, de 21.1.1998)
Concluímos, portanto, que o condutor que tiver até 65 anos de idade terá 05 anos de validade
no seu exame de saúde.
Quando houver indícios de deficiência física, mental ou de progressividade de doença que
possa diminuir a capacidade para conduzir veículo, o prazo de validade do exame poderá ser
diminuído a critério do médico e/ou psicólogo perito examinador. Enfim, nesse caso, a
validade dos exames será de até cinco anos para pessoas com até 65 anos de idade ou de até três
anos para pessoas acima de 65 anos de idade.
Art. 147.
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§ 3º O exame previsto no § 2º deste artigo incluirá avaliação psicológica preliminar e
complementar sempre que a ele se submeter o condutor que exerce atividade remunerada ao
veículo, incluindo-se esta avaliação para os demais candidatos apenas no exame referente à
primeira habilitação. (Redação dada pela Lei nº 10.350, de 21.12.2001)
§ 5º O condutor que exerce atividade remunerada ao veículo terá essa informação incluída na
sua Carteira Nacional de Habilitação, conforme especificações do Conselho Nacional de
Trânsito – Contran. (Parágrafo acrescentado pela Lei nº 10.350, de 21.12.2001)
Quanto ao local, os cursos especializados poderão ser ministrados tanto pelo órgão ou
entidade executivo de trânsito dos Estados e do Distrito Federal quanto por instituições vinculadas
ao Sistema Nacional de Formação de Mão-de-obra.
Quanto ao regime de funcionamento, devemos saber que cada curso especializado será
constituído de 50 horas aula, podendo ser desenvolvido na modalidade de ensino a distância, por
apostilas atualizadas e outros recursos tecnológicos, não podendo exceder a 20% do total da
carga horária prevista para cada curso.
Por fim, quando da renovação, existe a necessidade de que se faça um outro curso chamado
de curso de atualização da especialização, que terá uma carga horária mínima de 16 horas-aula
nas disciplinas dos cursos especializados, abordando, preferencialmente, as atualizações na
legislação, a evolução tecnológica e estudos de casos dos módulos específicos de cada curso.
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Art. 146. Para conduzir veículos de outra categoria o condutor deverá realizar exames
complementares exigidos para habilitação na categoria pretendida.
Para conduzir veículos de outra categoria, tanto adição quanto mudança, condutor deverá
realizar exames complementares exigidos para habilitação na categoria pretendida, que são exames
de direção veicular e aptidão física e mental.
O esquema abaixo mostra com clareza todas as possibilidades possíveis segundo o CTB e
legislação complementar:
Não há requisito de tempo. Saiba que está mudança é, na verdade, considerada uma
evolução e não mudança, uma vez que ACC não aparece na legislação como categoria de
habilitação.
b) B, C, D ou E, ADICIONANDO A; ou A ADICIONADO B ADIÇÃO
e) B para E MUDANÇA.
g) C para E MUDANÇA.
Ser maior de 21 anos ; estar habilitado no mínimo há 01 ano na categoria C; não ter
cometido nenhuma infração grave ou gravíssima, ou não ser reincidente em infrações
médias durante os últimos doze meses
h) D para E MUDANÇA.
Ser maior de 21 anos; não há requisito de tempo; não ter cometido nenhuma infração
grave ou gravíssima, ou não ser reincidente em infrações médias durante os últimos doze
meses.
Art. 142. O reconhecimento de habilitação obtida em outro país está subordinado às condições
estabelecidas em convenções e acordos internacionais e às normas do CONTRAN.
A Resolução 193/06 do CONTRAN, que veio regulamentar o tema, revogando os artigos 29,
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30, 31 e 32 da Resolução 168/04 do CONTRAN, tratou de quatro situações possíveis, no que se
refere à habilitação de pessoas oriundas de outros países, a saber:
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Ressalta-se também, em virtude do exposto, que a Resolução 193/06 não terá caráter de
obrigatoriedade aos diplomatas ou cônsules de carreira e àqueles a eles equiparados, ou seja,
estes poderão continuar dirigindo como documento de habilitação de seus países de origem por
tempo indeterminado.
EXERCÍCIOS
2. ( ) Trator de roda, trator de esteira, trator misto ou outro tipo de equipamento automotor
destinado à movimentação de cargas ou execução de trabalho agrícola, de terraplanagem,
de construção ou de pavimentação, só podem ser conduzidos na via Pública por condutor
habilitado nas categorias B, C, D ou E.
3. ( ) Para habilitar-se nas categorias D ou E, o condutor deverá ser maior de vinte e um anos,
estar habilitado no mínimo há dois anos na categoria B, ou no mínimo há um na categoria C,
quando pretender habilitar-se na categoria D; e no mínimo há um ano na categoria C, quando
pretender habilitar-se na categoria E.
4. ( ) Estar habilitado no mínimo há dois anos na categoria B, ser maior de 21 (vinte e um) anos
e não ter cometido nos últimos 12 (doze) meses infração grave ou gravíssima ou ser reincidente em
infrações médias são requisitos para habitar-se na categoria D.
5. ( ) Estar habilitado no mínimo há um ano na categoria C, ser menor de 21 (vinte e um) anos
e não ter cometido nos últimos 12 (doze) meses infração grave ou gravíssima ou ser reincidente em
infrações médias são requisitos para habilitar-se na categoria D.
11. ( ) A habilitação para conduzir veículo automotor e elétrico será apurada por meio de
exames que deverão ser realizados junto ao órgão ou entidade executivos do Estado ou do
Distrito Federal, do domicílio ou residência do candidato, ou na sede estadual ou distrital do
próprio órgão, devendo o condutor preencher os seguintes requisitos: ser penalmente
imputável, saber ler e escrever e possuir Carteira de Identidade ou equivalente.
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12. ( ) No caso de reprovação no exame escrito sobre legislação de trânsito ou de direção
veicular, o candidato só poderá repetir o exame depois de decorridos 10 dias da divulgação do
resultado.
19. ( ) O licenciamento é feito anualmente pelo DETRAN, quando quitado todos os débitos do
veículo (tributos e multas);
22.( ) Uma das exigências para condução de escolares é a inspeção anual para
verificação dos equipamentos obrigatórios e de segurança;
24. ( ) São exigências para conduzir veículo escolar: ser maior de 18 anos e ter categoria D;
25. ( ) Para habilitar-se nas categorias D ou E, o candidato não poderá ter cometido
nenhuma infração gravíssima, grave ou média durante os últimos doze meses;
26. ( ) Para dirigir veiculo de produtos perigosos deverá habilitar-se pelo menos na categoria C.
28. ( ) O candidato deverá estar no mínimo há três anos na categoria B, quando pretender habilitar
na categoria E;
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29. ( ) O candidato aprovado no exame de habilitação para a categoria C deve receber a Carteira
Nacional de Habilitação, com validade de um ano;
I V -) No to c an t e à C a rt e i r a N a ci o n a l d e Ha b i l i t a ç ão ( CN H ), s e g u n d o o Có d i g o
d e T r ân si to B r a s i l ei r o ( CT B) e respectivas resoluções, julgue os itens subseqüentes.
32. ( ) O condutor com mais de 65 anos de idade deve renovar seus exames de aptidão física e
mental a cada 04 anos.
34. ( ) São requisitos para o condutor obter a CNH: idade mínima de 18 anos,
conclusão do primeiro ciclo do ensino fundamental e carteira de identidade ou equivalente.
38. Os veículos novos terão circulação, durante o trajeto entre a fábrica e o Município de
destino, regulados pelo:
a) CETRAN. c) CONTRAN.
b) órgão Executivo de Trânsito com circunscrição d) RENAVAM. sobre a via.
a) Pelo CONTRAN.
b) Pelo órgão ou entidade Executivo de Trânsito dos Estados e do Distrito Federal.
c) Pelo CETRAN.
d) Pela Administração Pública.
40. O condutor de veículos escolares deve satisfazer uma série de requisitos, dentre os quais
não se inclui.
a) Ter idade superior a 21 anos.
b) Ser habilitado na categoria "E".
c) Não ter cometido nenhuma infração grave ou gravíssima, ou ser reincidente em
infrações médias durante os doze últimos meses.
d) Ser aprovado em curso especializado, nos termos da regulamentação do CONTRAN.
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41. A exp ed i ção d e au to ri zação p ara co n du zi r veí cu l o s d e p ro pu l são
h u m a n a e d e t r a ç ã o a n i m a l é d e responsabilidade:
a) dos Estados.
b) dos Municípios.
c) dos CETRAN.
d) do Órgão ou entidade Executivo de Trãnsito do Estado de domicilio do condutor.
4 2 . Co n s ti tu i ( em ) d o cu m en to ( s) d e h ab i l i t a ç ão d e aco rd o co m o Có d i g o d e
T r ân s i to B ra si l ei ro e l eg i s l a ç ão complementar:
43. Q u al d a s c at eg o ri a s ab ai xo é n e ce ss ári a p a ra co n d u zi r tr an sp o rt e
co l eti vo d e p a ss ag ei ro s, d e em erg ên ci a, escolares ou produtos perigosos?
a) A, B, D, E d) C, D, E
b) A, C e) D, E
c) A, B
GABARITO:
01. E 23. C
02. E 24. E
03. C 25. E
04. C 26. E
05. E 27. C
06. C 28. E
07. C 29. E
08. C 30. C
09. C 31. E
10. E 32. E
11. E 33. C
12. E 34. E
13. C 35. E
14. D 36. E
15. C 37. E
16. C 38. C
17. C 39. B
18. C 40. B
19. C 41. B
20. C 42. B
21. E 43. E
22. E
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I – PENALIDADES
A lógica adotada pelo legislador, quanto à responsabilidade nas infrações de trânsito, é bem
simples, uma vez que só responde administrativamente pelo CTB aquele que quis efetivamente
cometer a infração, ou seja, poderia se comportar de outra forma e optou por cometer a infração.
Veja as pessoas que podem ser responsabilizadas com base no art. 257, caput, do CTB:
Proprietário
Condutor
Embarcador
Transportador
Demais Pessoas
Art. 257.
§ 2º Ao PROPRIETÁRIO caberá sempre a responsabilidade pela infração referente à prévia
regularização e preenchimento das formalidades e condições exigidas para o trânsito do
veículo na via terrestre, conservação e inalterabilidade de suas características, componentes,
agregados, habilitação legal e compatível de seus condutores, quando esta for exigida, e
outras disposições que deva observar.
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proprietário. Porém cabe consignar que a aplicação da penalidade multa teve um tratamento
diferenciado na legislação, conforme o artigo 282, § 3º, do CTB, pois ainda que a infração seja de
responsabilidade do condutor, o PROPRIETÁRIO será sempre o responsável pelo seu
pagamento.
Art. 257.
7º Não sendo imediata a identificação do infrator, o proprietário do veículo terá quinze dias de
prazo, após a notificação da autuação, para apresentá-lo, na forma em que dispuser o
CONTRAN, ao fim do qual, não o fazendo, será considerado responsável pela infração.
Enfim, note que o proprietário somente transfere ao condutor os pontos referentes à infração
cometida ou à possibilidade de ser suspenso ou cassado, quando previsto, sendo a multa sempre
de sua responsabilidade.
Neste item vamos estudar a responsabilidade em uma infração específica, que é a infração
de excesso de peso, apurada em balança rodoviária, levando em consideração o documento fiscal,
para que identifiquemos quem teve a intenção de transportar mercadoria com excesso de peso – se
foi o embarcador ou o transportador.
Art. 257.
§ 4º O EMBARCADOR é responsável pela infração relativa ao transporte de carga com excesso
de peso nos eixos ou no peso bruto total, quando simultaneamente for o único remetente da
carga e o peso declarado na nota fiscal, fatura ou manifesto for inferior àquele aferido.
Assim, para apurar tal responsabilidade, deve proceder o agente da seguinte forma: primeiro,
pesa-se o veículo e, em seguida, verifica-se o peso apurado na balança com o declarado na nota
fiscal. Se for constatado que o embarcador declarou um peso abaixo do real, apenas este deve
responder, urna vez que o transportador certamente fora enganado. Sendo assim, responde
aquele que efetivamente teve a intenção de transportar mercadoria com excesso de peso.
Art. 257.
§ 5º O TRANSPORTADOR é o responsável pela infração relativa ao transporte de carga com
excesso de peso nos eixos ou quando a carga proveniente de mais de um embarcador
ultrapassar o peso bruto total.
Aqui a situação é bem diferente, uma vez que cada embarcador contratou um veículo que
suportasse a sua carga, e o transportador fechou mais contratos que seu veículo pudesse
transportar, no que se refere ao peso da mercadoria. Dessa maneira, apenas o transportador
quis cometer a infração, sendo este, no caso descrito, o responsável pelo cometimento da infração.
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Art. 257.
§ 6º O TRANSPORTADOR e o EMBARCADOR são solidariamente responsáveis pela infração
relativa ao excesso de peso bruto total, se o peso declarado na nota fiscal, fatura ou manifesto
for superior ao limite legal.
Nesta infração fica claro que ambos, embarcador e transportador, concorreram para o
cometimento da infração, uma vez que o embarcador, com aceite do transportador, contratou um
veículo que não suportava o total de peso da carga. Sendo assim, apenas um será autuado,
com o direito de exigir do outro a metade da multa imposta, haja vista a responsabilidade ser
solidária.
As demais pessoas que podem responder pelo CTB estão espalhadas pelo Código, ou seja,
não foram agrupadas em um capítulo específico. São infrações cometidas sem a utilização de
veículos, ora por pessoa física, ora por pessoa jurídica. Na última página dessa aula
apresentaremos uma tabela que trará detalhadamente os aspectos de cada uma delas, previsto
no CTB,.
1.4. CTB – ARTS. 258 E 259 – VALORES DAS MULTAS, NATUREZA DA INFRAÇÃO E
PONTUAÇÃO
Apresentamos abaixo uma tabela que nos ajuda a melhor memorizar a correlação entre os
artigos acima citados
Leve 53,20 3
Média 85,13 4
Grave 127,69 5
Gravíssima 191,54 7
Art. 257.§ 2º Quando se tratar de multa agravada, o fator multiplicador ou índice adicional
específico é o previsto neste Código.
Art. 260. As multas serão impostas e arrecadadas pelo órgão ou entidade de trânsito com
circunscrição sobre a via onde haja ocorrido a infração,de acordo com a competência
estabelecida neste Código.
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transferência de propriedade ao pagamento da multa.
Art. 260.
1º As multas decorrentes de infração cometida em unidade da Federação diversa da do
licenciamento do veículo serão arrecadadas e compensadas na forma estabelecida pelo
CONTRAN.
§ 2º As multas decorrentes de infração cometida em unidade da Federação diversa daquela do
licenciamento do veículo poderão ser comunicadas ao órgão ou entidade responsável pelo
seu licenciamento, que providenciará a notificação.
a) A condição para que haja restrição nos sistemas RENAVAM e RENACH é que o órgão autuador
registre suas autuações a veículos de outros estados nessa base nacional.
b) Os órgãos e entidades executivos de trânsito responsáveis pelo registro de veículos deverão
considerar a restrição por infração de trânsito, inclusive para fins de licenciamento ou transferência, a
partir da notificação da penalidade.
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c) Do valor da multa, arrecadado pelo órgão ou entidade executivo de trânsito do Estado ou
do Distrito Federal, aplicada pelos demais órgãos ou entidades componentes do Sistema Nacional de
Trânsito, serão deduzidos os custos operacionais dos participantes do processo, na forma
estabelecida pelas instruções complementares emitidas pelo DENATRAN. De outra forma, o DETRAN
de registro arrecada e repassa ao DENATRAN e ao órgão autuador as suas participações.
d) As notificações de autuação e penalidade, assim como o processo administrativo, continuam
sob responsabilidade do órgão autuador, ao contrário do que pensou o legislador no § 2° do artigo
260 do CTB.
Art. 260.
§ 4º Quando a infração for cometida com veículo licenciado no exterior, em trânsito no
território nacional, a multa respectiva deverá ser paga antes de sua saída do País, respeitado o
princípio de reciprocidade.
Observe que a multa não é condição para prosseguir viagem, e sim para retirada do
veículo do país, podendo o estrangeiro sair livremente. Devemos considerar a possibilidade de o
veículo sair corri todos os seus débitos de forma regular, bastando que seja dado o mesmo
tratamento ao veículo brasileiro quando no exterior.
Apenas para ilustração, já que não é possível extrair esta informação do CTB, o órgão que
deverá implementar esse dispositivo é a Polícia Rodoviária Federal, uma vez que é o órgão de trânsito
que atua nas fronteiras do país, e mais, para que os demais órgãos tenham suas multas cobradas pela
PRF, deverão celebrar convênio com ela.
É evidente que deverá ser regulamentado o processo administrativo para cobrança dos débitos
do veículo estrangeiro que for autuado no território nacional.
Art. 257.
§ 7º Não sendo imediata a identificação do infrator, o proprietário do veículo terá quinze dias
de prazo, após a notificação da autuação, para apresentá-lo, na forma em que dispuser o
CONTRAN, ao f m do qual, não o fazendo, será considerado responsável pela infração.
§ 8º Após o prazo previsto no parágrafo anterior, não havendo identificação do infrator e
SENDO O VEÍCULO DE PROPRIEDADE DE PESSOA JURÍDICA, será lavrada nova multa ao
proprietário do veículo, MANTIDA A ORIGINADA PELA INFRAÇÃO, cujo valor é o da multa
multiplicada pelo número de infrações iguais cometidas no período de doze meses.
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A receita arrecadada com a cobrança de multas de trânsito tem destinação específica, ou seja,
apenas poderá ser aplicada em sinalização, engenharia de tráfego, de campo, policiamento,
fiscalização e educação de trânsito, e nada mais.
Cinco por cento do valor das multas de trânsito arrecadadas será depositado, mensalmente, na
conta de fundo de âmbito nacional destinado à segurança e educação de trânsito, que será
administrado pelo DENATRAN. Note que esse fundo é nacional; dessa forma, cinco por cento do
total das multas arrecadadas no país deverão ir para esse fundo.
.Por fim, a receita de multa 'arrecadada pelo órgão autuador será aplicada da forma acima
descrita, ou seja, com destinação específica, que representa 95% do valor total das multas impostas,
e os outros 5% vão para o FUNSET.
Art. 267. Poderá ser imposta a penalidade de ADVERTÊNCIA POR ESCRITO à infração de
natureza leve ou média, passível de ser punida com multa, não sendo reincidente o infrator, na
mesma infração, nos últimos doze meses, quando a autoridade, considerando o prontuário do
infrator, entender esta providência como mais educativa.
1º A aplicação da advertência por escrito não elide o acréscimo do valor da multa prevista no §
3º do art. 258, imposta por infração posteriormente cometida.
A Advertência por escrito é uma penalidade. Portanto, somente poderá ser aplicada pela
Autoridade de Trânsito competente e jamais, por Agente da Autoridade. A Legislação de trânsito em
momento algum descreve a possibilidade de o Agente de Trânsito aplicar uma Advertência por Escrito
Cabe ressaltar que a conversão da penalidade multa em penalidade de advertência por escrito
não retira a pontuação decorrente da natureza da infração cometida, uma vez. que a
pontuação não está relacionada com a aplicação da multa, e sim ao cometimento da infração.
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Art. 267
§ 2º O disposto neste artigo aplica-se igualmente aos pedestres, podendo a multa ser
transformada na participação do infrator em cursos de segurança viária, a critério da
autoridade de trânsito.
Ainda quanto à advertência por escrito, saiba que sua aplicação faz com que o condutor
esteja sujeito à suspensão do direito de dirigir por causa da pontuação imposta; e mais, quando
aplicada a advertência por escrito, o condutor sofre também uma restrição de direitos por
doze meses, uma vez que, ao cometer a mesma infração nesse período, terá necessariamente
de pagar a multa.
Assim sendo, faz-se necessário observar que, antes da aplicação da referida penalidade, o
infrator terá direito a um devido processo legal, nos mesmos moldes do processo administrativo de
multa transcrito acima.
Como em todas as outras penalidades, existe aqui uma sanção imposta pela autoridade
de trânsito; nesse caso, trata-se de uma penalidade que impõe ao infrator de trânsito uma
restrição no uso de seu bem por um período determinado. Na verdade, a apreensão do veículo
é uma restrição no licenciamento do veículo, pois é este que permite que o veículo transite na via
pública. Sendo assim, como o licenciar veículos é competência exclusiva do DETRAN; a aplicação
de restrição na licença também o será. Por fim, somente a autoridade de trânsito dos órgãos
executivos de trânsito poderá aplicar a penalidade de apreensão do veículo.
Por fim, perceba que, diferentemente da remoção do veículo (medida administrativa), o pagamento
das multas e encargos devidos não dá ao proprietário o direito de retirar o veículo do depósito
público, uma vez que na apreensão do veículo existe um prazo de custódia a ser cumprido.
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PRAZO MÁXIMO DA
30 DIAS.
APREENSÃO
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Se o proprietário ou o condutor estiverem presentes no momento da apreensão, o Termo de
Apreensão de Veículo será apresentado para sua assinatura, sendo-lhe entregue a primeira via;
havendo recusa na assinatura, o agente fará constar tal circunstância no Termo, antes de sua
entrega.
O agente de trânsito recolherá o Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo
(CRLV) com a entrega de recibo ao proprietário ou condutor; ou informará, no Termo de
Apreensão, o motivo pelo qual não foi recolhido.
O órgão ou entidade responsável pela apreensão do veiculo fixará o prazo de custódia, tendo
em vista as circunstâncias da infração e obedecidos os critérios abaixo:
I - de 01 (um) a 10 (dez) dias, para penalidade aplicada em razão de infração para a
qual não seja prevista multa agravada;
II - de 11 (onze) a 20 (vinte) dias, para penalidade aplicada em razão de infração para a qual
seja prevista multa agravada com fator multiplicador de três vezes;
III - de 21 (vinte e um) a 30 (trinta) dias, para penalidade aplicada em razão de infração
para a qual seja prevista multa agravada com fator multiplicador de cinco vezes.
A melhor forma de estudar essas três penalidades é agrupá-las pois estão intimamente
correlacionadas. De uma maneira geral, é possível vermos a cassação como um agravamento da
suspensão, uma vez que aquele que for flagrado dirigindo suspenso será cassado; e quanto ao
curso de reciclagem, devemos entendê-lo como uma penalidade acessória das outras
duas, uma vez que ele é imposto como condição para o suspenso e o cassado voltarem a
dirigir.
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infrator acumular qualquer veículo; reeducação;
20 pontos no
período de 12 - no caso de - quando
meses ou reincidência, no prazo suspenso o
quando na de 12 meses, das direito de dirigir;
infração venha infrações previstas no
prevista essa inciso III do art. 162, e - quando se
penalidade. nos arts. envolver em
163,164,165,173,174 e acidente grave
175; para o qual haja
contribuído,
CIRCUNSTÂNCIAS - quando julgado independente de
judicialmente por processo
delito de trânsito, judicial;
observado o disposto
no art 160. - quando
condenado
judicialmente
por delito de
trânsito;
- a qualquer
tempo, se for
constatado que
o condutor está
colocando em
risco a
segurança do
trânsito.
1ª suspensão: 02 ANOS
1 mês a 12
meses.
2ª suspensão:
PRAZO
6 meses a 24
meses.
Em caso de
embriaguez:
prazo fixo de 12
meses.
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MEDIDA Recolhimento da Recolhimento da CNH
ADMINISTRATIVA CNH
DECORRENTE
Na infração em CARGA
que venha HORÁRIA
prevista a TOTAL:30
penalidade de (trinta) horas-
suspensão não aula.
COMENTÁRIOS
há em que se
falar em Estrutura
potuação no curricular:
prontuário do
condutor.
-Legislação de
Trânsito:12
(doze) horas-
aula
-Direção
Defensiva: 08
(oito) horas-aula
- Noções de
primeiros
Socorros: 10
(dez) horas-aula
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Art. 148
§ 3º A Carteira Nacional de Habilitação será conferida ao condutor no término de um ano,
DESDE QUE O MESMO NÃO TENHA COMETIDO NENHUMA INFRAÇÃO DE NATUREZA GRAVE
OU GRAVÍSSIMA OU SEJA REINCIDENTE EM INFRAÇÃO MÉDIA.
Saiba que aquele que, durante a permissão para dirigir cometer infração de natureza
gravíssima, grave ou reincidência em média, deverá reiniciar todo o processo. Dessa forma, é
incongruente falarmos em suspensão da permissão ou sua cassação, uma vez que durante o prazo
de validade da Permissão para Dirigir o rigor é muito maior, podendo o detentor desta perdê -la
sem contestação, uma vez que a permissão não é documento definitivo. O possuidor da permissão,
após seu vencimento, faz um requerimento ao DETRAN, onde serão avaliadas as infrações
cometidas, e caso seja deferido esse requerimento, o condutor receberá um documento definitivo
chamado CNH.
Art. 266. Quando o infrator cometer, simultaneamente, duas ou mais infrações, ser-lhe-ão
aplicadas, CUMULATIVAMENTE, as respectivas penalidades.
II – MEDIDAS ADMINISTRATIVAS
Art. 269. A autoridade de trânsito ou seus agentes, na esfera das competências estabelecidas
neste Código e dentro de sua circunscrição, deverá adotar as seguintes medidas
administrativas:
I - retenção do veículo;
II - remoção do veículo;
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III - recolhimento da Carteira Nacional de Habilitação;
IV - recolhimento da Permissão para Dirigir;
V - recolhimento do Certificado de Registro;
VI - recolhimento do Certificado de Licenciamento Anual;
VII - (VETADO)
VIII - transbordo do excesso de carga;
IX - realização de teste de dosagem de alcoolemia ou perícia de substância entorpecente ou
que determine dependência física ou psíquica;
X - recolhimento de animais que se encontrem soltos nas vias e na faixa de domínio das vias
de circulação, restituindo-os aos seus proprietários, após o pagamento de multas e encargos
devidos.
XI - realização de exames de aptidão física, mental, de legislação, de prática de primeiros
socorros e de direção veicular. (Inciso acrescentado pela Lei nº 9.602, de 21.1.1998)
Art. 269.
§ 1º A ordem, o consentimento, a fiscalização, as medidas administrativas e coercitivas
adotadas pelas autoridades de trânsito e seus agentes terão POR OBJETIVO PRIORITÁRIO A
PROTEÇÃO À VIDA E À INCOLUMIDADE FÍSICA DA PESSOA.
As medidas administrativas de trânsito são aplicáveis em tudo aquilo que é objeto de
fiscalização de trânsito, pois foi dessa forma que o legislador armou nossos agentes
de trânsito para darem consecução ao objetivo prioritário do Sistema Nacional de
Trânsito: A DEFESA DA VIDA. Com isso, temos medidas administrativas aplicáveis:
NO VEÍCULO: retenção ou remoção dele, inciso I e II, art.
NOS DOCUMENTOS: de habilitação.(recolhimentos deles,-Incisos III e IV, art. 269), de
registro de propriedade veicular (recolhimento do Certificado, inciso V, art. 269) e de
licenciamento para circulação (recolhimento do respectivo Certificado, inciso VI, art. 269);
SOBRE A CARGA: transportada (transbordo, inciso VIII, art. 269); sobre seus animais
(recolhimento, inciso X, art. 269);
NO CONDUTOR: sobre suas condições físicas e psíquicas para dirigir veículo (teste de
dosagem de alcoolemia ou perícia de substância entorpecente, inciso XI, art. 269), e suas
aptidões físicas e mentais, seus conhecimentos de legislação, de prática de primeiros
socorros e direção veicular (inciso XI, do art. 269). 1
Perceba que as medidas administrativas, diferentemente das penalidades, se
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iniciam com as letras RET, consistindo em um interessante método de
memorização. Vejamos cada uma das medidas administrativas expressas na Iegislação de
trânsito:
Art. 271. O veículo será REMOVIDO, nos casos previstos neste Código, para o depósito fixado
pelo órgão ou entidade competente, com circunscrição sobre a via.
Parágrafo único. A restituição dos veículos REMOVIDOS só ocorrerá mediante o pagamento
das multas, taxas e despesas com remoção e estada, além de outros encargos previstos na
legislação específica.
Art. 272. O recolhimento da Carteira Nacional de Habilitação e da Permissão para Dirigir dar-
se-á mediante recibo, ALÉM DOS CASOS PREVISTOS neste Código, quando houver suspeita
de sua INAUTENTICIDADE OU ADULTERAÇÃO.
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para Dirigir e o documento apresentar características de que seja falso ou adulterado, deverá
recolher o documento apresentado, mediante recibo, além de proceder às autuações pelas
infrações de trânsito que tenha cometido. Como precaução em relação a sua suspeita e para que
possa adotar as medidas de trânsito e penais com plena convicção, convém consultar ao órgão de
trânsito a respeito das informações sobre aquela Carteira Nacional de Habilitação, Autorização
pra Conduzir Ciclomotores ou Permissão para Dirigir, bem como, a respeito da própria
pessoa que apresentou o documento.
Se comprovado que o condutor está fazendo uso de documento falso ou adulterado, estará
cometendo, como veremos nos estudos vindouros, o crime previsto no art. 304 do Código Penal,
que tipifica o delito e prevê a mesma pena de falsificar no todo ou em parte, documento público,
ou alterar documento público verdadeiro, que, é de reclusão de dois a seis anos e multa.
Assim, ao condutor deverá imediatamente ser dado a voz de prisão em flagrante e conduzi-lo
perante a Autoridade de Polícia Judiciária a quem caberá lavro o Autor de Prisão em Flagrante.
Art. 273. O recolhimento do Certificado de Registro dar-se-á mediante recibo, além dos casos
previstos neste Código, quando:
II - se, alienado o veículo, não for transferida sua propriedade no prazo de trinta dias.
Perceba que embora o CRV não seja documento de porte obrigatório, o legislador previu o
recolhimento desse documento como uma medida administrativa. Na redação do CTB, o
documento de registro do veículo é um documento que não se confunde com o de licenciamento;
porém o CONTRAN, em sua Resolução n° 61/98, exigiu que no documento de licenciamento
devam constar os campos do documento de registro, razão pela qual este documento não
precisa ser de porte obrigatório. Quem define quais são os documentos de porte obrigatório é o
CONTRAN, hoje em vigor a Resolução n° 205/06.
Art. 274. O recolhimento do Certificado de Licenciamento Anual dar-se-á mediante recibo, além
dos casos previstos neste Código, quando:
Para o CTB, principalmente após a Resolução 61/98, CLA (Certificado de Licenciamento Anual) =
CRLV ( Certificado de Registro e Licenciamento de Veículos). Diante também do que vimos no
item anterior, podemos concluir que as condições para o recolhimento do CRLV são bastante
idênticas às condições para o recolhimento do CRV, ous seja, por suspeita de inautenticidade ou
adulteração, ou por motivo dos cinco casos previstos abaixo:
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deixar a empresa seguradora de comunicar ao órgão executivo de trânsito competente a
ocorrência de perda total do veículo e de lhe devolver as respectivas placas e documentos,
conforme o artigo 243 do CTB;
quando a irregularidade não puder ser sanada no local, conforme o arligo 270, § 2°, do
CTB;
quando o licenciamento estiver vencido, conforme artigo 274 do CTB;
quando o veículo for apreendido, será recolhido desde logo o CRLV, conforme o artigo 262, §
1°, do CTB.
Art. 275. O transbordo da carga com peso excedente é condição para que o veículo possa
prosseguir viagem e será efetuado às expensas do proprietário do veículo, sem prejuízo da
multa aplicável.
Parágrafo único. Não sendo possível desde logo atender ao disposto neste artigo, o veículo
será recolhido ao depósito, sendo liberado após sanada a irregularidade e pagas as despesas
de remoção e estada.
Art. 165. Dirigir sob a influência de álcool ou de qualquer outra substância psicoativa que
determine dependência: (REDAÇÃO DADA PELA LEI Nº 11.705, DE 19.06. 2008)
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa (cinco vezes) e suspensão do direito de dirigir por 12 (doze) meses;
Medida administrativa - retenção do veículo até a apresentação de condutor habilitado e
recolhimento do documento de habilitação.
Parágrafo único. A EMBRIAGUEZ TAMBÉM PODERÁ SER APURADA NA FORMA DO ART. 277.
O parágrafo único do artigo acima reporta-se ao Art. 277, motivo de nosso estudo agora. É
interessante que analisaremos, também, primeiramente o Art. 276 discriminado abaixo:
Art. 276. Qualquer concentração de álcool por litro de sangue sujeita o condutor às
penalidades previstas no art. 165 deste Código.
Após a alteração do teor original deste artigo, decorrente da Lei 11.275/06, a redação ora
implantada certamente traduz um anseio daqueles que almejam um trânsito mais humano e
seguro e efetivamente valida o disposto no art. 165.
A partir da vigência da Lei, ou seja, o dia 20.06.2008, data em que foi publicada, não é admitido
mais a ingestão e influência de qualquer volume de bebida alcoólica quando se está na
direção de veículo automotor em via pública.
A nós, estudiosos e operadores na área de trânsito, resta a expectativa e a torcida de que o Estado
tenha recursos humanos e materiais suficientes para operacionalizar as mudanças decorrentes da
Lei 11.105/08, possibilitando a que todo o esforço legislativo realizado no intuito de frear o alto índice
de pessoas que morrem e ficam lesionadas no trânsito, realmente alcance o resultado esperado.
No que diz respeito às margens de tolerância para casos específicos, de que trata o parágrafo único
deste artigo, o Decreto 6.488, de 19.06.2008, em seu art. 1° e § 1° diz que serão definidas em
Resolução do CONTRAN, nos termos de proposta a ser formulada pelo Ministro de Estado da
Saúde. Já no § 2º diz que enquanto a resolução do CONTRAN não for editada, a margem de
tolerância será de duas decigramas por litro de sangue para todos os casos e no § 3°, que diz
respeito à aferição da quantidade de álcool no sangue por meio de teste em aparelho de ar alveolar
pulmonar (etilômetro), quando a margem de tolerância será de um décimo de miligrama por litro de
ar expelido dos pulmões.
Art. 277. Todo condutor de veículo automotor, envolvido em acidente de trânsito ou que for
alvo de fiscalização de trânsito, sob suspeita de dirigir sob a influência de álcool será
submetido a testes de alcoolemia, exames clínicos, perícia ou outro exame que, por meios
técnicos ou científicos, em aparelhos homologados pelo CONTRAN, permitam certificar seu
estado. (REDAÇÃO DADA PELA LEI Nº 11.275, DE 07.02.2006)
Este artigo determina ao Agente de Trânsito que, ao atender a qualquer tipo de acidente de
trânsito ou quando da atividade rotineira de fiscalização de trânsito, encontrando algum
condutor sob suspeita de estar sob influência de álcool, submeta o(s) condutor(es) à testes de
alcoolemia, visando certificar seu estado de embriaguez ou a não ingestão de álcool.
Não é o condutor que deve produzir prova contra si. A determinação da Lei é para que o
Agente, nas circunstâncias descritas, produza a prova contra o condutor do veículo.
§ 2o A infração prevista no art. 165 deste Código poderá ser caracterizada, pelo agente de
trânsito, mediante a obtenção de outras provas em direito admitidas, acerca dos notórios
sinais de embriaguez, excitação ou torpor, apresentados pelo condutor. (REDAÇÃO DADA
PELA LEI Nº 11.705, DE 19.06.2008)
A inclusão deste parágrafo pela Lei 11.275/06, e sua atual redação, fruto da Lei 11.705/08,
foram muito importantes para a segurança viária, pois incluiu-se a admissão de outras provas
em direito admitidas, para fins de comprovação da infração de trânsito prevista no art. 165, onde
inclui-se a possibilidade da prova produzida pelos próprios agentes, através da prova
testemunhal, amplamente utilizada em termos de processo penal.
Art. 277.
§ 3o Serão aplicadas as penalidades e medidas administrativas estabelecidas no art. 165 deste
Código ao condutor que se recusar a se submeter a qualquer dos procedimentos previstos no
caput deste artigo. (PARÁGRAFO ACRESCENTADO PELA LEI Nº 11.705, DE 19.06.2008)
EXERCÍCIOS AULA 06
I-) Com relação às Penalidades e Medidas Administrativas, segundo o CTB, julgue os itens a
seguir:
01. ( ) Ao reter um veículo, o agente da autoridade estará aplicando uma penalidade ao condutor
prevista no CTB.
02. ( ) Quando suspenso o direito de dirigir, o condutor será submetido a um curso de reciclagem.
03. ( ) A penalidade de suspensão do direito de dirigir será aplicada, pelo prazo mínimo de um
mês até o máximo de um ano e, no caso de reincidência no período de doze meses, pelo
prazo mínimo de seis meses até o máximo de dois anos, segundo critérios estabelecidos pelo
CONTRAN.
05. ( ) O Infrator será submetido a curso de reciclagem, na forma estabelecida pelo CONTRAN,
quando, sendo contumaz, for necessário a sua reeducação, quando suspenso do direito a dirigir.
07. ( ) O recolhimento do certificado de licenciamento anual dar-se-á mediante recibo, além dos
casos previstos neste Código, quando houver suspeita de inautenticidade ou adulteração, se o
prazo de licenciamento estiver vencido, ou no caso de retenção do veículo, se irregularidade não
puder ser sanada no local.
10. Acerca das penalidades aplicadas aos responsáveis pelas infrações previstas no CTB,
I. Proprietário do Veiculo;
II. Condutor;
III. Embarcador;
lV. Transportador
I. a gravidade da infração;
II. as características do representante legal do Inf rator;
III..as circunstâncias em que foi cometida a infração;
IV.os antecedentes do inf rator para estabelecer o período de suspensão.
a) I e II; d) I, II e III;
b) I e III; e) I, III e IV.
c) III e IV;
Estão corretas:
14. Assinale a penalidade a que está sujeito o condutor que desobedecer uma placa de
advertência.
a) Multa e remoção;
b) Apreensão do veículo e da CNH;
c) Não há penalidade pela inobservância das placas de advertência.
d) Advertência e remoção do veículo.
a) multa. d) infração.
b) autuação. e) notificação.
c) penalidade.
GABARITO:
01. E
02. C
03. C
04. E
05. C
06. C
07. C
08. E
09. C
10. A
11. B
12. D
13. A
14. C
O legislador priorizou a defesa da vida, mas não deixou de lado o meio ambiente.
Se as pessoas, em qualquer situação possível de ocuparem no trânsito, se abstivessem
de atitudes perigosas, adotando um comportamento adequado e educado, esta regra
inicial seria excelente para termos segurança no trânsito. Contudo, nem sempre é desta
forma que acontece.
Art. 27. ANTES de colocar o veículo em circulação nas vias públicas, o condutor deverá
verificar a existência e as boas condições de funcionamento dos equipamentos de uso
obrigatório, bem como assegurar-se da existência de combustível suficiente para chegar ao
local de destino.
Art. 28. O condutor deverá, a todo momento, TER DOMÍNIO DE SEU VEÍCULO, dirigindo-
o com atenção e cuidados indispensáveis à segurança do trânsito.
Art. 29. O trânsito de veículos nas vias terrestres abertas à circulação obedecerá às
seguintes normas:
I - a circulação far-se-á PELO LADO DIREITO DA VIA, admitindo-se as exceções
devidamente sinalizadas;
II - o condutor deverá GUARDAR DISTÂNCIA DE SEGURANÇA LATERAL E
FRONTAL entre o seu e os demais veículos, bem como em relação ao bordo da pista,
considerando-se, no momento, a velocidade e as condições do local, da circulação, do
veículo e as condições climáticas;
A distância de segurança lateral e f rontal do seu v eículo com os demais, a legi slação
não f ixa. Exceção aos casos das bicicletas, nas quais os condutores de veículos deverão
guardar uma distância lateral mínima de um metro e meio ao passar ou ultrapassar
bicicleta. Eis mais um motivo para termos na formação dos condutores, ou quando da renovação
da Carteira Nacional de Habilitação, o curso de direção defensiva.
A falta desta distância de segurança frontal é a causa de inúmeros acidentes e, muitos, com morte
de pessoas.
III - quando veículos, transitando por fluxos que se cruzem, se aproximarem de local
não sinalizado, terá preferência de passagem:
a) no caso de apenas um fluxo ser proveniente de RODOVIA, aquele que estiver
circulando por ela;
b) no caso de ROTATÓRIA, aquele que estiver circulando por ela;
c) nos DEMAIS CASOS, o que vier pela direita do condutor;
Não encontraremos disposição em lei que determine trânsito livre para algum tipo de veículo.
Neste caso, os batedores terão de fazer o serviço, objetivando a livre circulação da autoridade.
A Res. 268/08, é a que regulamenta o serviço destes veículos. Veja que eles gozam quando
em atendimento na via, de livre parada e estacionamento no local da prestação do serviço,
independentemente de proibições ou restrições estabelecidas na legislação de trânsito ou
através de sinalização regulamentar, quando atendidos os quesitos dos dois incisos do art. 4° da
resolução, mas não gozam de nenhuma prioridade de trânsito. Dentre estes veículos, são
incluídos os de guincho, recolhimento e depósito de valores, energia elétrica etc.
Uma observação importante diz respeito a proibição de acionamento ou energização do
dispositivo luminosos durante o deslocamento do veiculo, exceto nos casos previstos nos incs. III,
V e VI do § 1° do art. 3º da citada resolução.
Afora tal situação, incorrerá o veículo em infrações normais de estacionamento e parada.
IX - a ultrapassagem de outro veículo em movimento deverá ser feita pela esquerda, obedecida
a sinalização regulamentar e as demais normas estabelecidas neste Código, exceto quando o
veículo a ser ultrapassado estiver sinalizando o propósito de entrar à esquerda;
X - todo condutor deverá, antes de efetuar uma ultrapassagem, certificar-se de que:
a) nenhum condutor que venha atrás haja começado uma manobra para ultrapassá-lo;
b) quem o precede na mesma faixa de trânsito não haja indicado o propósito de ultrapassar
um terceiro;
c) a faixa de trânsito que vai tomar esteja livre numa extensão suficiente para que sua
manobra não ponha em perigo ou obstrua o trânsito que venha em sentido contrário;
XI - todo condutor ao efetuar a ULTRAPASSAGEM deverá:
a) indicar com antecedência a manobra pretendida, acionando a luz indicadora de direção
do veículo ou por meio de gesto convencional de braço;
b) afastar-se do usuário ou usuários aos quais ultrapassa, de tal forma que deixe livre uma
distância lateral de segurança;
c) retomar, após a efetivação da manobra, a faixa de trânsito de origem, acionando a luz
indicadora de direção do veículo ou fazendo gesto convencional de braço, adotando os
cuidados necessários para não pôr em perigo ou obstruir o trânsito dos veículos que
ultrapassou;
XII - os veículos que se deslocam sobre trilhos terão preferência de passagem sobre os
demais, respeitadas as normas de circulação.
§ 1º As normas de ultrapassagem previstas nas alíneas a e b do inciso X e a e b do
inciso XI aplicam-se à TRANSPOSIÇÃO DE FAIXAS, que pode ser realizada tanto pela faixa
da esquerda como pela da direita.
Este parágrafo nos traz um ordenamento que visa a dar maior segurança ao convívio no
trânsito, priorizando os veículos menores e, acima de tudo, aos pedestres. Infelizmente, na
prática, tal situação não é respeitada, na maioria das vezes. Muitos condutores de veículos de
maior porte não zelam pela segurança dos menores e, juntos, não zelam pela incolumidade dos
pedestres. Se todos observassem este preceito legal, respeitando os demais atores do trânsito,
principalmente os mais frágeis, já teríamos uma grande melhora na segurança.
Art. 30. Todo condutor, ao perceber que outro que o segue tem o propósito de
ultrapassá-lo, deverá:
I - se estiver circulando pela faixa da esquerda, deslocar-se para a faixa da direita,
SEM ACELERAR A MARCHA;
II - se estiver circulando pelas demais faixas, manter-se naquela na qual está
circulando, SEM ACELERAR A MARCHA.
Conforme vimos acima, o art. 29, inc. IV determina que os condutores de veículos mais
lentos ou de maior porte, em havendo várias faixas de circulação no mesmo sentido, utilizem as
da direita para seus deslocamentos, deixando as da esquerda, destinadas à ultrapassagem e ao
deslocamento dos veículos de maior velocidade. Portanto, para evitar ter de deslocar-se para a
faixa da direita, convém, neste caso, já nela trafegar.
Se já estiver circulando pela direita, mantenha-se nela, permitindo a ultrapassagem com
segurança. Jamais aumente a velocidade. Ao contrário, sempre que possível, facilite a
Parágrafo único. Os veículos mais lentos, QUANDO EM FILA, deverão manter distância
suficiente entre si para permitir que veículos que os ultrapassem possam se intercalar na
fila com segurança.
Art. 32. O condutor não poderá ultrapassar veículos em vias com duplo sentido de
direção e pista única, nos trechos em curvas e em aclives sem visibilidade suficiente, nas
passagens de nível, nas pontes e viadutos e nas travessias de pedestres, EXCETO
QUANDO HOUVER SINALIZAÇÃO PERMITINDO A ULTRAPASSAGEM.
Art. 33. Nas interseções e suas proximidades, o condutor NÃO poderá efetuar
ultrapassagem.
Passagem de nível é todo cruzamento de nível entre uma via e uma linha férrea ou
trilho de bonde com pista própria
Art. 34. O condutor que queira executar uma manobra deverá certificar-se de que
pode executá-la sem perigo para os demais usuários da via que o seguem, precedem ou
vão cruzar com ele, considerando sua posição, sua direção e sua velocidade.
Assim, de suma importância que aqu ele condutor que queira realizar uma manobra
de ultrapassagem observe os preceitos anteriores, adotando todos os cuidados antes e
durante a realização manobra, sinalizando adequadamente e observando a sinalização
dos v eículos que o precedem ou o seguem, a fim de evitar colocar-se em perigo, bem como,
aos demais.
Art. 36. O condutor que for ingressar numa via, PROCEDENTE DE UM LOTE LINDEIRO A
ESSA VIA, deverá dar preferência aos veículos e pedestres que por ela estejam transitando.
Lote lindeiro é aquele situado ao longo das vias urbanas e rurais e que com elas se
limita. Ao sair do lote, deverá dar a preferência aos veículos e pedestres que por elas estejam
transitando.
Art. 38. Antes de entrar à direita ou à esquerda, em outra via ou em lotes lindeiros, o condutor
deverá:
I - AO SAIR DA VIA PELO LADO DIREITO, aproximar-se o máximo possível do bordo
direito da pista e executar sua manobra no menor espaço possível;
A Res. 18/98 recomenda o uso de farol baixo aceso durante o dia, quando o veículo
circular em rodovias. Não há obrigação em manter o farol aceso durante o dia, à
exceção do previsto no parágrafo único deste artigo.
II - nas vias não iluminadas o condutor deve usar luz alta, exceto ao cruzar com outro
veículo ou ao segui-lo;
Quando o condutor fizer uso da luz alta do veículo, poderá fazer uso do farol auxiliar
de longo alcance (farol de milha), que deverá ser ligado e desligado junto com o f arol
principal de luz alta. Convém atentar ao final do texto deste inciso, nos momentos em
que o condutor deverá fazer uso da luz baixa, para não prejudicar os demais usuários. Apesar
desta irão há previsão de infração de trânsito quanto ao seu descumprimento.
III - a TROCA DE LUZ BAIXA E ALTA, DE FORMA INTERMITENTE e por curto período de
tempo, com o objetivo de advertir outros motoristas, só poderá ser utilizada para indicar a
intenção de ultrapassar o veículo que segue à frente ou para indicar a existência de risco à
segurança para os veículos que circulam no sentido contrário;
É praticamente proibida a troca de luz alta e baixa de forma intermitente e por período curto de
tempo. Somente poderá ser utilizado esse tipo de sinalização quando o condutor tem a intenção d e
ultrap as s ar o veíc ul o qu e es t á à s u a f rent e e p ar a inf orm ar o c ondut or q u e tr af egu e em s en ti d o c ont r ári o,
qu e el e v ai s e d ep ar ar c om al gu m a s it u aç ã o d e p er ig o. J am ai s d ev er á es t a s i n al iz aç ão s er ut il i z ad a c om o
m an ei r a d e i nf or m a r aos c on d ut or es d e veí c u l os q u e t r af egu em em s ent id o c ont r ári o, a exi s t ênc i a d e
b arr eir a p ol ic i al ou f is c al iz aç ão d e tr âns it o, p ois , al ém d a inf r aç ão d e tr âns it o q u e es t ar á c om et end o,
p od er á es t ar avis an d o a alg um l adr ão ou f or ag id o , d a p r e s en ç a p ol i c i al .
A Res. 14/98 determina a lanterna de iluminação da placa traseira, de cor branca, como
um item obrigatório. Como tal, quando o veículo estiver circulando durante a noite,
deverá acesa, propiciando a identificação do veiculo através da placa traseira.
As luzes de posição também devem ser utilizadas pelos condut ores de veículos
ao pararem nos acostamentos de rodovias ou junto ao meio fio das vias urbanas,
durante a noite, para fins de embarque ou desembarque de passageiros. Tal situação
visa a facilitar a identificação de veículo parado, pelos demais condutores, aumentando a
segurança viária.
Parágrafo único. Os veículos de TRANSPORTE COLETIVO REGULAR DE
PASSAGEIROS, quando circularem em faixas próprias a eles destinadas, e OS CICLOS
MOTORIZADOS deverão utilizar-se de FAROL DE LUZ BAIXA durante o dia e a noite.
Assim, aos veículos de duas ou três rodas, sempre (dia e noite) será obrigatório manter o
farol ligado na fase baixa e na fase alta, em vias não iluminadas.
Art. 41. O condutor de veículo só poderá fazer uso de BUZINA, desde que em toque breve,
nas seguintes situações:
I - para fazer as advertências necessárias a fim de evitar acidentes;
II - fora das áreas urbanas, quando for conveniente advertir a um condutor que se
tem o propósito de ultrapassá-lo.
A norma des te artigo pratic ament e proíbe o us o deste equipam ento obrigatório, s ó o permitin do, a
qu alqu er m om ent o, a f im d e evit ar ac id ent es e f or a d as ár ea s urb an as , a f im d e ad vertir o c ond ut or d o
veíc ul o qu e es t ej a à f rent e, qu e s e t enh a o pr op ós it o d e ul trap as s á -l o.
Art. 42. Nenhum condutor deverá frear bruscamente seu veículo, salvo por razões de
segurança.
O c ondutor deve dirigir s empre c om at enç ão e c uidad os indis pens áveis à s eguranç a. Den tre os c u id ad os ,
c on v ém r es s alt ar a dis t ânc i a d e s eg ur anç a entr e os veí c ul os q u e s e s eq u em. Oc orr e qu e n em t od os os
c ondut or es t êm es t a c ons c iênc ia e, s e f rear m os brus c am ent e, p od er á ocorrer de o condutor cio veículo que nos
segue, não manter uma distância de segurança adequada ou estar desatento e chocar seu veículo na traseira
do nosso. Desta forma, somente use o freio bruscamente em situação emergencial; de outra
forma, use-o suave e gradativamente, de acordo com os ensinamentos da direção defensiva.
Art. 43. Ao regular a velocidade, o condutor deverá observar constantemente as
condições físicas da via, do veículo e da carga, as condições meteorológicas e a
intensidade do trânsito, OBEDECENDO AOS LIMITES MÁXIMOS DE VELOCIDADE
ESTABELECIDOS PARA A VIA, além de:
I - não obstruir a marcha normal dos demais veículos em circulação sem causa
justificada, transitando a uma velocidade anormalmente reduzida;
II - sempre que quiser diminuir a velocidade de seu veículo deverá antes certificar-
se de que pode fazê-lo sem risco nem inconvenientes para os outros condutores, A NÃO
SER QUE HAJA PERIGO IMINENTE;
III - indicar, de forma clara, com a antecedência necessária e a sinalização devida, a
manobra de redução de velocidade.
Para lembrar: Qualquer manobra deve ser precedida de sinalização adequada, a fim de que
os demais usuários da via, quer sejam condutores de veículos ou quer sejam pedestres, possam
saber o que iremos fazer.
Art. 45. MESMO QUE A INDICAÇÃO LUMINOSA DO SEMÁFORO LHE SEJA FAVORÁVEL,
nenhum condutor pode entrar em uma interseção se houver possibilidade de ser obrigado
a imobilizar o veículo na área do cruzamento, obstruindo ou impedindo a passagem do
trânsito transversal.
Art. 46. Sempre que for necessária a imobilização temporária de um veículo no leito viário,
EM SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA, deverá ser providenciada a imediata sinalização de
advertência, na forma estabelecida pelo CONTRAN.
Art. 47. Quando proibido o estacionamento na via, a parada deverá restringir-se ao tempo
indispensável para embarque ou desembarque de passageiros, desde que não interrompa ou
perturbe o fluxo de veículos ou a locomoção de pedestres.
Parágrafo único. A operação de carga ou descarga será regulamentada pelo órgão ou
entidade com circunscrição sobre a via e é considerada ESTACIONAMENTO.
Os veículos de duas rodas (motocicleta, motoneta, ciclomotor, bicicleta) têm uma enorme
vantagem no estacionamento, em relação aos demais veículos. O condutor destes veículos deve
atentar para a posição do veículo, colocando-o de forma perpendicular à guia da calçada;
todavia, poderá estacionar em qualquer local, desde que não haja a proibição de
estacionamento; terá ainda, em muitas situações, locais específicos de estacionamento para
seus tipos de veiculo, próximo aos cruzamentos.
Têm-se aqui a situação do condutor que estaciona seu veículo em local proibido pela
sinalização e permanece na direção do v eículo. Veja que a infração está sendo cometida, da
mesma forma que se ele não estivesse a direção. Exceção a local que sinalize tal autorização.
Art. 49. O CONDUTOR E OS PASSAGEIROS não deverão abrir a porta do veículo, deixá-
la aberta ou descer do veículo sem antes se certificarem de que isso não constitui perigo
para eles e para outros usuários da via.
As faixas laterais de domínio são superfícies lindeiras às vias rurais, delimitadas por lei
específica e sob responsabilidade do órgão ou entidade de trânsito competente com circunscrição
sobre a via.
São, portanto, espaços públicos, que poderão ter destinação futura pelo órgão competente.
Assim, quando determinada pessoa ou empresa desejar se estabelecer nas proximidades da faixa
de domínio deverá ser de conformidade com as normas de acesso elaboradas pelo órgão
executivo rodoviário ou entidade de trânsito com circunscrição sobre a via.
Já a utilização da própria faixa de domínio, da mesma forma, deverá ser de acordo com as
Art. 51. Nas vias internas pertencentes a condomínios constituídos por unidades autônomas,
A SINALIZAÇÃO DE REGULAMENTAÇÃO DA VIA SERÁ IMPLANTADA E MANTIDA ÀS
EXPENSAS DO CONDOMÍNIO, após aprovação dos projetos pelo órgão ou entidade com
circunscrição sobre a via.
A sinalização de regulamentação das vias internas dos condomínios constituídos por uni -
dades autônomas é de responsabilidade dos condôminos; contudo, após terem elaborado o
projeto, deverá ser encaminhado ao órgão executivo de trânsito do município, para
análise e aprovação. Após aprovado, os condôminos deverão executar a sinalização de
regulamentação.
Estas vias são consideradas "vias locais", que são aquelas caracterizadas por interseções
em nível não semaforizadas, destinadas apenas ao acesso local ou áreas restritas. Estão sujeitas,
portanto, à fiscalização dos agentes de trânsito.
Art. 52. Os veículos de tração animal serão conduzidos PELA DIREITA DA PISTA,
JUNTO À GUIA DA CALÇADA (MEIO-FIO) OU ACOSTAMENTO, sempre que não houver
faixa especial a eles destinada, devendo seus condutores obedecer, no que couber, às
normas de circulação previstas neste Código e às que vierem a ser fixadas pelo órgão ou
entidade com circunscrição sobre a via.
Art. 53. Os ANIMAIS isolados ou em grupos só podem circular nas vias quando
conduzidos por um guia, observado o seguinte:
I - para facilitar os deslocamentos, os rebanhos deverão ser divididos em grupos de
tamanho moderado e separados uns dos outros por espaços suficientes para não obstruir
o trânsito;
II - os animais que circularem pela pista de rolamento deverão ser mantidos junto
ao bordo da pista.
Este artigo determina como os animais devem ser conduzidos, de forma a não interferir ria
segurança viária. Há de se considerar o risco que traz às pessoas, um acidente do tipo
"atropelamento de animais", além da provável morte do próprio. Some-se a isso, a possibilidade
de o proprietário do animal, que não teve a devida atenção na guarda ou condução deste, vir a ser
responsabilizado criminal e civilmente.
O capacete de segurança deve ser dotado de viseira transparente diante dos olhos
ou, na falta desta, deverá o condutor estar utilizando óculos de proteção. O óculos
protetor também deverá ser utilizado quando o condutor estiver com a viseira levantada,
pois, ao contrário, considera-se conto uso incorreto e, portanto, sujeito às penalidades
iguais a de não usar o capacete. Outro aspecto de segurança indispensável em relação
ao uso do capacete diz respeito a estar devidamen te afixado na cabeça para que seu uso
seja considerado correto. A Res. 203/06 disciplina o uso de capacete de segurança pelo
condutor e passageiro de tais veículos e também do quadriciclo.
O CONTRAN determina a distinção no enquadramento e, conseqüenteme nte na pe-
nalização a quem efetivamente não faz o correto uso do capacete ou não o faz, o seu
caroneiro, em relação a quem, embora o use, não esteja com os dispositivos refletivos de
segurança nas partes traseiras e laterais do capacete ou do selo de certi ficação
Este inciso ainda não foi regulamentado. Acredito firmemente que não o será, tendo em
vista as condições de climáticas de nosso País.
O capacete de segurança que deverá ser utilizado pelo passageiro segue as mesmas
regras do utilizado pelo condutor, nos termos dos comentários ao inc. I do artigo anterior.
O Código estabelece que o passageiro deverá estar sentado em carro lateral acoplado
ao v eículo – "side-car" – ou em assento suplementar atrás do condutor. Portanto,
temos que tais veículos podem transportar somente duas pessoas: o condutor e o
passageiro e não mais alguém, normalmente uma criança entre dois adultos, como não
raro observa-se nas vias urbanas de nossas cidades.
Art. 57. Os CICLOMOTORES devem ser conduzidos pela direita da pista de rolamento,
preferencialmente no centro da faixa mais à direita ou no bordo direito da pista sempre que
não houver acostamento ou faixa própria a eles destinada, PROIBIDA A SUA CIRCULAÇÃO
NAS VIAS DE TRÂNSITO RÁPIDO E SOBRE AS CALÇADAS DAS VIAS URBANAS.
Parágrafo único. Quando uma via comportar duas ou mais faixas de trânsito e a da direita for
destinada ao uso exclusivo de outro tipo de veículo, os ciclomotores deverão circular pela
faixa adjacente à da direita.
Art. 58. Nas VIAS URBANAS E NAS RURAIS DE PISTA DUPLA, a circulação de bicicletas
deverá ocorrer, quando não houver ciclovia, ciclofaixa, ou acostamento, ou quando não for
possível a utilização destes, nos bordos da pista de rolamento, no mesmo sentido de
circulação regulamentado para a via, COM PREFERÊNCIA SOBRE OS VEÍCULOS
AUTOMOTORES.
A circulação de bicicletas nas vias públicas deve dar-se nos locais adequados e
seguros: ciclovia, ciclofaixa e acostamento, no mesmo sentido de fluxo dos veículos.
Onde não houver tais locais, a circulação das bicicletas deve dar -se nos bordos da pista
de rolamento, com preferência sobre os veículos automotores e mantendo -se o mesmo
sentido de circulação. Com a utilização da parte mais externa da pista de rolamento, o
trânsito fica mais seguro para o ciclista e não atrapalha os condutores de veículos
motorizados.
Art. 64. As crianças COM IDADE INFERIOR A DEZ ANOS devem ser transportadas nos
bancos traseiros, salvo exceções regulamentadas pelo CONTRAN.
A regra é que crianças sejam transportadas nos bancos traseiros dos automóveis, até que
atinjam a idade de dez anos. O artigo permite exceções, desde que regulamentadas pelo
CONTRAN. A Res. 277/08 dispõe sobre o transporte de menores de dez anos e a utilização do
dispositivo de retenção para o transporte de crianças em veículos e revogou a antiga
regulamentação implementada quando do início de vigência deste Código, através da Res. 15/98.
Determina a Res. 277/08, que os menores de 10 (dez) anos devam, de regra, ser transpor -
tados nos bancos traseiros, fazendo uso individual do cinto de segurança, como qualquer adulto.
Prevê ainda a possibilidade de uso de um sistema de retenção equivalente, na forma prevista no
Da forma como era previsto na anterior regulamentação, a nova norma estabelece duas
exceções em seu art. 2º, quando a criança com idade inferior a dez anos poderá ser transportada
no banco dianteiro: — na hipótese de a quantidade de crianças com tal idade ter excedido a
capacidade de lotação do banco traseiro, desde que utilize o cinto de segurança do veículo ou
dispositivo de retenção adequado ao seu peso e altura e — nos veículos dotados
exclusivamente de banco dianteiro observadas as mesmas disposições de segurança.
Seja qual for a situação, o importante para o responsável pelo veículo, pelo condutor, é
transportar as crianças com a maior segurança possível.
Art. 67. As provas ou competições desportivas, INCLUSIVE SEUS ENSAIOS, em via aberta à
circulação, só poderão ser realizadas MEDIANTE PRÉVIA PERMISSÃO DA AUTORIDADE DE
TRÂNSITO COM CIRCUNSCRIÇÃO SOBRE A VIA e dependerão de:
I - AUTORIZAÇÃO EXPRESSA da respectiva confederação desportiva ou de entidades
estaduais a ela filiadas;
II - CAUÇÃO OU FIANÇA para cobrir possíveis danos materiais à via;
III - CONTRATO DE SEGURO CONTRA RISCOS E ACIDENTES em favor de terceiros;
IV - prévio recolhimento do valor correspondente aos custos operacionais em que o órgão
ou entidade permissionária incorrerá.
Parágrafo único. A autoridade com circunscrição sobre a via arbitrará os valores mínimos
da caução ou fiança e do contrato de seguro.
A autorização é prévia em relação ao evento e dependerá, para ser concedida, que os orga-
nizadores apresentem a solicitação à autoridade com circunscrição sobre a via. Após autorização
expressa da respectiva confederação desportiva ou de entidades estaduais a ela filiadas, e
cumpridas as exigências dos demais incisos, antes da realização da prova, pois tudo deverá
constar do processo de autorização de uso da via pública para fins de realização de competição
Terminamos aqui o estudo completo das normas de circulação e conduta presentes no C.T.B.
Na aula seguinte iremos estudar as infrações positivadas neste Código ligando-as às suas
respectivas normas de conduta.
EXERCÍCIOS
I-) Com relação às NORMAS DE CIRCULAÇÃO E CONDUTA, segundo o CTB, julgue os itens a
seguir:
01. ( ) Quando dois veículos estiverem transitando por fluxos que se cruzem em local não
sinalizado, a preferência será de um fluxo ser proveniente de rodovia, do que estiver circulando por
ela.
02. ( ) O condutor deverá guardar distância de segurança lateral e frontal entre o seu e os
demais veículos, bem como e relação à borda da pista, considerando-se no momento, a
velocidade e as condições do local, da circulação do veículo e as condições climáticas.
04. ( ) Nas vias urbanas e nas vias de pista dupla, a circulação de bicicletas deverá
ocorrer quando não houver ciclovia, ciclofaixa ou acostamento ou quando não for possível a
utilização destes pelos bordos da pista de rolamento, em sentido contrário à circulação
regulamentada para a via, desde que autorizada pela autoridade de trânsito com circunscrição
sobre a via, e adotado o trecho com ciclofaixa.
06. ( ) O condutor não poderá ultrapassar veículos em vias com duplo sentido de direção e
pista única, nos trechos em curvas e em aclives sem v isibilidade suf iciente, nas
passagens de nív el nas pontes e v iadutos e nas trav essias de p edestres, exceto quando
não houver perigo iminente.
08. ( ) Mesmo que a indicação luminosa do semáforo lhe seja favorável, nenhum condutor
pode entrar em uma intersecção houver possibilidade de ser obrigado a imobilizar o veículo na
área de cruzamento, obstruindo ou impedindo a passagem de trânsito transversal.
10. ( ) Salvo exceções regulamentadas pelo CONTRAN, devem ser transport adas nos
bancos traseiros, as crianças com idade inferior a dez anos.
a) Conduzir o veículo para a esquerda da via, dei xando livre a passagem pela faixa da
direita, e parar, se necessário.
b) Conduzir o veículo para a direita da via, deixando livre a passagem pela faixa da esquerda e
parar, se necessário.
c) Manter a faixa de trânsito em que está trafegando e parar, se necessário, somente na faixa da
esquerda.
d) Estacionar o veículo próximo ao meio-fio, na pista de rolamento da esquerda.
13. Nas vias urbanas e rurais desprovidas de ciclovias e ciclofaixas a circulação das bicicletas
deve ocorrer:
a) Nos bordos da pista de rolamento, no mesmo sentido de circulação regulamentada para a via.
b) Nos bordos na pista de rolamento, no sentido contrário ao da circulação regulamentada para a via.
c) Sobre as calçadas,
d) Nenhuma das alternativas.
15. [AGENTE DE TRÂNSITO – PREF. BRAGANÇA – 2007] Para cruzar a pista numa rodovia
onde não há local determinado para retorno, ou para entrar à esquerda, o condutor deverá
aguardar parando:
“Dois veículos, transitando por fluxos que se cruzam, em local não sinalizado, um circulando
por rodovia e outro procedente de via à margem da rodovia, quase provocam um acidente,
pois ambos acharam-se no direito de preferência e, por pouco não colidiram. O Agente de
Trânsito, presente no local, interfere no desentendimento entre os dois motoristas.”
O Agente de Trânsito deve considerar que:
a) o condutor que trafega pela rodovia tem preferência e o outro é multado por falta grave.
b) o condutor procedente da via à margem da rodovia tem preferência, porque vai entrar numa via de
maior movimento. Deste modo, o condutor do veículo que trafega pela rodovia é advertido e multado
por falta grave.
c) na falta de sinalização, ambos estão errados. O Agente de Trânsito adverte e libera os condutores
dos dois veículos.
d) na falta de sinalização, a preferência é de quem chega primeiro ao cruzamento. O Agente de
Trânsito adverte e libera os condutores dos dois veículos.
GABARITO:
01. C 02. C
I – INFRAÇÕES DE TRÂNSITO
Art. 161. Constitui infração de trânsito a INOBSERVÂNCIA de qualquer preceito deste Código, da
legislação complementar ou das resoluções do CONTRAN, sendo o infrator sujeito às penalidades
e medidas administrativas indicadas em cada artigo, além das punições previstas no Capítulo XIX.
INFRAÇÕES GRAVÍSSIMAS
- MULTA 3X
Dirigir veículo sem
Art. 162, I GRAVÍSSIMA - APREENSÃO -
possuir CNH ou PPD
DO VEÍCULO
Dirigir veículo com
- MULTA 5X
CNH ou PPD cassada
Art. 162, II GRAVÍSSIMA - APREENSÃO -
ou com suspensão do
DO VEÍCULO
direito de dirigir
Dirigir veículo
com CNH ou PPD de
- Recolhimento do
categoria diferente da - MULTA 3X
Art. 162, III GRAVÍSSIMA documento de
do veículo que esteja
habilitação
conduzindo
- Recolhimento da
Dirigir veículo com
- MULTA CNH
validade da CNH
Art. 162, V GRAVÍSSIMA - APREENSÃO - Retenção do veículo
vencida há mais de
DO VEÍCULO até a apresentação do
trinta dias.
condutor habilitado
Dirigir veículo
sem usar lentes - Retenção do
corretoras de visão, veículo até o
aparelho auxiliar de saneamento da
audição, de prótese ou irregularidade ou
Art. 162, VI as adaptações do GRAVÍSSIMA - MULTA apresentação de
veículo impostas por condutor habilitado.
ocasião da concessão
ou da renovação da
licença para conduzir.
Entregar a
direção do veículo à AS MESMAS
- Recolhimento do
pessoa nas PREVISTAS
Art. 163 GRAVÍSSIMA documento de
condições previstas NO ARTIGO
habilitação
no artigo anterior: ANTERIOR
Permitir que
pessoa nas
condições referidas
nos incisos do AS MESMAS
Recolhimento do
artigo 162 tome PREVISTAS
Art. 164 GRAVÍSSIMA documento de
posse do veículo NO ARTIGO
habilitação
automotor e passe 162
a conduzi-lo na
via.
Confiar ou
entregar a direção de
veículo à pessoa que,
mesmo habilitada, por
Art. 166 seu estado físico ou GRAVÍSSIMA - MULTA
psíquico, não estiver
em condições de
dirigi-lo com
segurança:
Transportar crianças
em veículo automotor
- Retenção do veículo
sem observância das
até que a
Art. 168 normas de segurança GRAVÍSSIMA - MULTA
irregularidade seja
especiais
sanada.
estabelecidas neste
Código:
Dirigir ameaçando os
- MULTA - Retenção do veículo.
pedestres que estejam
- SUSPENSÃO - Recolhimento do
Art. 170 atravessando a via GRAVÍSSIMA
pública, ou os demais DO DIREITO documento de
veículos: DE DIRIGIR habilitação.
- MULTA 3X
- SUSPENSÃO - Remoção do veículo.
Disputar corrida por DO DIREITO - Recolhimento do
Art. 173 espírito de emulação: GRAVÍSSIMA
DE DIRIGIR documento de
- APREENSÃO habilitação.
DO VEÍCULO
Promover, na via,
competição esportiva,
eventos organizados,
exibição e demonstração - MULTA 5X
de perícia em manobra - SUSPENSÃO - Remoção do veículo.
de veículo, ou deles DO DIREITO - Recolhimento do
Art. 174 participar, como condutor, GRAVÍSSIMA
sem permissão da
DE DIRIGIR documento de
autoridade de trânsito com - APREENSÃO habilitação.
circunscrição sobre a via: DO VEÍCULO
As penalidades são
aplicáveis aos promotores e
aos condutores participantes.
Utilizar-se de
veículo para, em via
pública, demonstrar - MULTA
ou exibir manobra - SUSPENSÃO - Remoção do veículo.
perigosa, DO DIREITO - Recolhimento do
Art. 175 arrancada brusca, GRAVÍSSIMA
DE DIRIGIR documento de
derrapagem ou - APREENSÃO habilitação.
f renagem com DO VEÍCULO
deslizamento ou
arrastamento de
pneus:
Forçar passagem
entre veículos que,
Art. 191 transitando em sentido GRAVÍSSIMA - MULTA
oposto, estejam na iminência
de passar um pelo outro ao
realizar operação de
ultrapassagem
Transitar com o veículo em
calçadas, passeios,
passarelas, ciclovias,
ciclofaixas, ilhas, refúgios,
ajardinamentos, canteiros
Art. 193 centrais e divisores de GRAVÍSSIMA - MULTA 3X
pista de rolamento,
acostamentos, marcas
de canalização,
gramados e jardins
públicos:
Ultrapassar pela
direita veículo de
transporte coletivo
ou de escolares,
parado para
Art. 200 embarque ou GRAVÍSSIMA - MULTA
desembarque de
passageiros, salvo
quando houver
refúgio de segurança
para o pedestre:
Ultrapassar pela
contramão outro
Art. 203, I veículo nas curvas, aclives GRAVÍSSIMA - MULTA
e declives, sem visibilidade
suficiente;
Ultrapassar pela
contramão outro
Art. 203, II GRAVÍSSIMA - MULTA
veículo nas faixas de
pedestre;
Ultrapassar pela
contramão outro
Art. 203, III GRAVÍSSIMA - MULTA
veículo nas pontes,
viadutos ou túneis;
Ultrapassar pela
contramão outro
Art. 203, IV veículo parado em fila GRAVÍSSIMA - MULTA 3X
junto a sinais luminosos,
porteiras, cancelas,
cruzamentos ou qualquer
Executar operação de
retorno passando por
cima de calçada,
passeio, ilhas,
ajardinamento ou
Art. 206, III canteiros de divisões GRAVÍSSIMA - MULTA
de pista de rolamento,
refúgios e faixas de
pedestres e nas de
veículos não
motorizados;
Executar operação de
retorno nas
interseções, entrando
Art. 206, IV GRAVÍSSIMA - MULTA
na contramão de
direção da via
transversal;
Executar operação de
retorno com prejuízo da
Art. 206, V livre circulação ou da GRAVÍSSIMA - MULTA
segurança, ainda que em
locais permitidos:
Avançar o sinal vermelho do
Art. 208 semáforo ou o de parada GRAVÍSSIMA - MULTA
obrigatória:
- MULTA
- SUSPENSÃO - Remoção do veículo.
Transpor, sem autorização, DO DIREITO - Recolhimento do
Art. 210
bloqueio viário policial:
GRAVÍSSIMA
DE DIRIGIR documento de
- APREENSÃO habilitação
DO VEÍCULO
Deixar de parar o
Art. 212 veículo antes de GRAVÍSSIMA - MULTA
transpor linha férrea:
Deixar de parar o veículo
sempre que a respectiva
marcha for interceptada por
Art. 213, I
agrupamento de pessoas,
GRAVÍSSIMA - MULTA
como préstitos, passeatas,
desfiles e outros.
Deixar de dar preferência
de passagem a pedestre e
Art. 214, I a veículo não motorizado GRAVÍSSIMA - MULTA
que se encontre na
faixa a ele destinada;
Recusar-se a
entregar à autoridade
de trânsito ou a seus
agentes mediante
recibo, os documentos - MULTA
Art. 238 de habilitação, de GRAVÍSSIMA - APREENSÃO - Remoção do veículo
registro, de DO VEÍCULO
licenciamento de
veículo e outros
exigidos por lei, para
averiguação de sua
autenticidade:
Retirar do local
veículo legalmente retido - MULTA
Art. 239 para regularização, sem GRAVÍSSIMA - APREENSÃO - Remoção do veículo
permissão da autoridade
competente ou de seus
DO VEÍCULO
agentes:
F az e r f al s a
d ec l a r aç ã o d e
Art. 242 d o m i c í l i o p ar a f i n s d e GRAVÍSSIMA - MULTA
r eg i s t r o ,
l i c en c i a m e n t o ou
habilitação:
Conduzir motocicleta, - MULTA - Recolhimento do
Art. 244, I motoneta e ciclomotor sem GRAVÍSSIMA - SUSPENSÃO documento de
usar capacete de segurança
com viseira ou óculos de
DO DIREITO habilitação
Deixar de
sinalizar qualquer
obstáculo à livre
circulação, à
segurança de veículo
e pedestres, tanto
no leito da via
terrestre como na
calçada, ou
obstaculizar a via - MULTA,
indevidamente: AGRAVADA EM
ATÉ 5X, A
Parágrafo único - A CRITÉRIO DA
Art. 246 penalidade será GRAVÍSSIMA AUTORIDADE DE
aplicada à pessoa TRÂNSITO,
CONFORME A
fisica ou jurídica
RISCO À
responsável pela SEGURANÇA
obstrução, devendo a
autoridade com
circunscrição sobre a
via providenciar a
sinalização de
emergência, às
expensas do
responsável, ou, se
possível, promover a
desobstrução
Bloquear a via com - MULTA
Art. 253 - Remoção do veículo
veículo: - APREENSÃO
INFRAÇÕES GRAVES
MEDIDA
AMPARO
DESCRIÇÃO DA INFRAÇÃO NATUREZA PENALIDADE ADMINIS
LEGAL
TRATIVA
- Retenção
do veículo
Deixar o condutor ou até
Art. 167 passageiro de usar cinto de GRAVE - MULTA colocação
segurança. do cinto
pelo
infrator.
Deixar o condutor de prestar socorro à
vítima de acidente de trânsito quando
Art. 177
solicitado pela autoridade e seus
GRAVE - MULTA
agentes:
Fazer ou deixar que se faça
reparo em veículo na via
pública, salvo nos casos de
impedimento absoluto de sua
- Remoção
Art. 179, I remoção e em que o veículo GRAVE - MULTA
do veículo.
esteja devidamente sinalizado
em pista de rolamento de
rodovias e vias de trânsito
rápido:
Estacionar o veículo afastado da
- Remoção
Art. 181, III guia da calçada (meio-fio) a GRAVE - MULTA
do veículo.
mais de um metro:
Estacionar o veículo no passeio ou sobre
faixa destinada a pedestre, sobre ciclovia
ou ciclofaixa, bem como nas ilhas,
refúgios, ao lado ou sobre canteiros - Remoção
Art. 181, VIII centrais, divisores de pista de GRAVE - MULTA
do veículo.
rolamento, marcas de
canalização, gramados ou
jardim público:
Estacionar o veículo ao lado de - Remoção
Art. 181, XI GRAVE - MULTA
outro veículo em fila dupla: do veículo.
Estacionar o veículo na área - Remoção
Art. 181, XII de cruzamento de vias, prejudicando GRAVE - MULTA
do veículo.
a circulação de veículos e pedestres:
Estacionar o veículo nos viadutos, - Remoção
Art. 181, XIV GRAVE - MULTA
pontes e túneis do veículo.
em aclive ou
Estacionar o veículo
declive, não estando
devidamente freado e sem
- Remoção
Art. 181, XVI calço de segurança, quando se GRAVE - MULTA
do veículo.
tratar de veículo com peso
bruto total superior a três mil e
quinhentos quilogramas:
Estacionar o veículo em locais e horários
- Remoção
Art. 181, XIX de estacionamento e parada proibidos GRAVE - MULTA
pela sinalização (placa - Proibido Parar do veículo.
Ultrapassar veículos em
fila, parados em razão de
sinal luminoso, cancela,
Art. 211 bloqueio viário parcial ou GRAVE - MULTA
qualquer outro obstáculo, com
exceção dos veículos não
motorizados:
Deixar de parar o veículo sempre
que a respectiva marcha for
Art. 213, II interceptada por grupamento de GRAVE - MULTA
veículos, como cortejos, formações
militares e outros:
Deixar de dar preferência de
passagem a pedestre e a veículo
Art. 214, IV não motorizado quando houver GRAVE - MULTA
iniciado a travessia mesmo que não
haja sinalização a ele destinada;
Deixar de dar preferência de
passagem a pedestre e a veículo
Art. 214, V não motorizado que esteja GRAVE - MULTA
atravessando a via transversal para
ande se dirige o veículo:
Deixar de dar
preferência de passagem em
Art. 215, I, a interseção não sinalizada a GRAVE - MULTA
veículo que estiver circulando
por rodovia ou rotatória.
Deixar de dar
Art. 215, I, b preferência de passagem em GRAVE - MULTA
interseção não sinalizada a
veículo que vier da direita;
Deixar de dar
preferência de passagem nas
Art. 215, II interseções com sinalização de
GRAVE - MULTA
regulamentação de ―Dê a
Preferência":
Transitar em velocidade
superior à máxima permitida
para o local, medida por
instrumento ou equipamento
Art. 218, II hábil, em rodovias, vias de GRAVE - MULTA
trânsito rápido, vias arteriais e
demais vias quando a velocidade
for superior à máxima em mais de 20%
(vinte por cento) até 50% (cinquenta
por cento):
com inscrições,
Conduzir o veículo
adesivos, legendas e símbolos
de caráter publicitário afixados - Retenção
ou pintados no para-brisa e do veículo
Art. 230, XV GRAVE - MULTA para
em toda a extensão da parte regularização
traseira do veículo,
excetuadas as hipóteses
previstas neste Código;
- Retenção
Art. 230, XVI Conduzir o veículocom vidros GRAVE - MULTA do veículo
total ou parcialmente cobertos para
em mau estado
Conduzir o veículo
de conservação,
- Retenção
comprometendo a segurança, do veículo
Art. 230, XVIII ou reprovado na avaliação de GRAVE - MULTA para
inspeção de segurança e de regularização
emissão de poluentes e
ruído, prevista no artigo 104;
- Retenção
Conduzir o veículo sem acionar o do veículo
Art. 230, XIX GRAVE - MULTA para
limpador de para-brisa sob chuva:
regularização
- MULTA
Conduzir o veículo sem portar a
Art. 230, XX autorização para condução de GRAVE - APREENSÃO DO
escolares, na forma no artigo 136: VEÍCULO
Transitar como veículo produzindo - Retenção
fumaça, gases ou partículas em níveis do veículo
Art. 231, III GRAVE - MULTA para
superiores aos fixados pelo
CONTRAN; regularização
Transitar como veículo com suas
- Retenção
dimensões ou de sua carga
do veículo
Art. 231, IV superiores aos limites GRAVE - MULTA para
estabelecidos legalmente ou pela
regularização
sinalização, sem autorização:
Transitar como veículo em desacordo
com a autorização especial, expedida
pela autoridade competente para
- MULTA
- Remoção
Art. 231, VI
transitar com dimensões GRAVE - APREENSÃO DO do veículo
excedentes, ou quando a VEÍCULO
mesma vencida:
Deixar de efetuar o registro de veículo - Retenção
no prazo de trinta dias, junto ao órgão do veículo
Art. 233
executivo de trânsito ocorridas as
GRAVE - MULTA para
hipóteses previstas no artigo 123: regularização
- Retenção
Conduzir pessoas, animais ou c arga
do veículo
Art. 235 nas partes externas do veículo, salvo GRAVE - MULTA para
nos casos devidamente autorizados
transbordo
Transitar com o veículo
em desacordo com as - Retenção
Art. 237
especificações, e com falta de GRAVE - MULTA
do veículo
inscrição e simbologia para
regularização
necessárias à sua identificação,
quando exigidas pela legislação:
-
Recolhiment
o do
Deixar o responsável de promover Certificado
a baixa do registro de veículo de Registro e
Art. 240
irrecuperável ou definitivamente
GRAVE - MULTA do
desmontado: Certificado
de
Licenciament
o Anual.
Deixar a empresa seguradora
de comunicar ao órgão -
Recolhiment
executivo de trânsito
Art. 243 GRAVE - MULTA o das placas
competente a ocorrência de e
perda total do veículo e de lhe documentos.
devolver as suas placas e
INFRAÇÕES MÉDIAS
Art. 171
Ter seu veículo imobilizado na MÉDIA - MULTA
via por falta de combustível.
Estacionar o veículo nas
esquinas e a menos de cinco
Art. 181, I metros do bordo do MÉDIA - MULTA Remoção do veículo;
alinhamento da linha
transversal:
Estacionar o veículo em desacordo
Art. 181, IV com as posições estabelecidas MÉDIA - MULTA Remoção do veículo;
neste Código;
Estacionar o veículojunto ou
sobre hidrantes de incêndio,
Art. 181, VI registro de água ou tampas MÉDIA - MULTA Remoção do veículo;
de poços de visita de
galerias subterrâneas, desde
§ 3° - A restrição imposta
pelo inciso VI do caput deste
artigo não se aplica às
Art. 244, VI motocicletas e motonetas que MÉDIA - MULTA
tracionem semirreboques
especialmente projetados
para esse fim e devidamente
homologados pelo órgão
competente.
Conduzir motocicleta, motoneta e
ciclomotor sem segurar o guidom
com ambas as mãos, salvo
Art. 244, VII
eventualmente para indicação de
MÉDIA - MULTA
manobras;
INFRAÇÕES LEVES
MEDIDA
AMPARO NATU
DESCRIÇÃO DA INFRAÇÃO PENALIDADE ADMINISTRAT
LEGAL REZA
IVA
Dirigir sem atenção ou sem os cuidados
Art. 169 LEVE - MULTA
indispensáveis à segurança:
Fazer ou deixar que se faça reparo em veículo na
via pública, salvo nos casos de impedimento
Art. 179, II absoluto de sua remoção e em que o veículo esteja LEVE - MULTA
devidamente sinalizado vias (que não as de
rodovias e as de trânsito rápido):
Estacionar o veículo afastado da guia da calçada Remoção do
Art. 181, II LEVE - MULTA
(meio-fio) de cinqüenta centímetros a um metro: veículo
Estacionar o veículo nos acostamentos, salvo Remoção do
Art. 181, VII LEVE - MULTA
motivo de força maior: veículo
Estacionar o veículo XVII - em desacordo com as
Art. 181, condições regulamentadas especificamente pela Remoção do
LEVE - MULTA
XVII sinalização (placa - Estacionamento veículo
Regulamentado):
Parar o veículo afastado da guia da calçada (meio-fio) de
Art. 182, II
cinquenta centimetros a um metro: LEVE - MULTA
Parar o veículo em
desacordo com normas posições
Art. 182, IV LEVE - MULTA
estabelecidas neste Código:
Parar o veículo no passeio ou sobre faixa destinada a pedestres,
Art. 182, VI nas ilhas, refúgios, canteiros centrais e divisores de pista de LEVE - MULTA
rolamento e marcas de canalização:
Transitar com o veículo na faixa ou pista da direita,
regulamentada como de circulação exclusiva para
Art. 184, I determinado tipo de veículo, exceto para LEVE - MULTA
acesso a imóveis lindeiros ou conversões à
direita
Ultrapassar veículo em movimento que integre
cortejo, préstito, desfile e formações militares,
Art. 205 salvo com autorização da autoridade de trânsito LEVE - MULTA
ou de seus agentes.
Fazer uso do facho de luz alta dos faróis em vias
Art. 224 providas de iluminação pública: LEVE - MULTA
Usar buzina em situação que não a de simples toque breve como
Art. 227, I
advertência ao pedestre ou a condutores de outros veículos;
LEVE - MULTA
Art. 227, II Usar buzina prolongada e sucessivamente a qualquer LEVE - MULTA
No processo administrativo de cobrança da penalidade multa o nome do primeiro instituto para defesa
é "defesa prévia", "defesa de autuação" ou "defesa do cometimento da infração", que tem como objeto a
defesa do autuado antes que lhe seja aplicada a penalidade multa. Na verdade, esse mecanismo de defesa
tem por fito contestar a autuação feita pelo agente de trânsito, quanto à sua consistência (verdade) e
regularidade (legalidade), e não a aplicação da penalidade multa, uma vez que esta somente pode ser
aplicada após o indeferimento da defesa ou não for exercida no prazo legal.
Dessa forma, o CONTRAN consignou a aplicação da ampla defesa constitucional na legislação de
trânsito, que já fora tema de grandes discussões.
Agora, após a aplicação da penalidade multa, o nome do instituto utilizado para defesa é "recurso‖. No
recurso o pleiteante contesta o ato administrativo punitivo emanado da autoridade de trânsito, que é a
exigência da multa.
Vamos especificar abaixo qual a sequência que se dá o processo administrativo de cobrança da
penalidade multa.
A seguir vamos detalhar a seqüência iniciando pelo momento da autuação e terminar no último meio
de defesa.
Em síntese, vimos que a autoridade de tránsito é que julgará a defesa prévia; vimos também que o
primeiro recurso será sempre julgado pela JARI, e agora veremos a quem compete julgar o segundo
recurso:
a) Em caso de suspensão do direito de dirigir por mais de seis meses, cassação do documento de
habilitação ou penalidade por infrações gravíssimas, pelo CONTRAN;
b) Nos demais casos, por colegiado especial integrado pelo coordenador-geral da JARI, pelo presidente
da junta que apreciou o recurso e por mais um presidente de Junta. Nesse caso, quando houver apenas uma
JARI, o recurso será julgado por seus próprios membros.
Finalmente, o que tem sido constantemente cobrado em provas de concursos públicos são os prazos no
processo administrativo, que poderíamos resumir da seguinte forma: todos os prazos do processo
administrativo são de 30 dias, exceto:
02. ( ) Ocorrendo infração prevista na legislação de trânsito, lavrar-se-á Auto de Infração, do qual
contará tipificação, local, data, hora do cometimento da inf ração, caracteres da placa de
identif icação do v eículo, sua marca e espécie, e outros elementos julgados necessários a sua
identificação, o prontuário do condutor sempre que possível, identificação do órgão ou entidade e
da autoridade ou agente autuador ou equipamento que comprovar a infração, assinatura do
infrator, sempre que possível, valendo esta como notificação do cometimento da infração.
04. O condutor é multado em Estado diverso de seu licenciamento; a quem caberá o recolhimento da
penalidade?
a) Ao Estado do seu licenciamento originário;
b) Ao CONTRAN, pois o lugar da infração é diverso ao licenciamento;
c) Não poderá haver aplicação de penalidade, pois o condutor está em estados diversos;
d) Ao Estado que se deu a infração.
05. O co rrendo in fração p revi sta n a l eg i slação d e trãn sito, l avrar -se-á au to d e
i n fração, d o qu al con stará d en tro outros requisitos:
I. tipificação da infração; local, data e hora do cometimento da infração;
II. caracteres da pl aca de i dentif icação do v eícul o, sua marca e espécie, e outros
element os j ulgados necessári os à sua identificação.
III. o prontuário do condutor, sempre que possív el; identificação do órgão ou entidade e
da autoridade ou agente autuador ou equipamento que comprovar a infração. Estão corretas:
a) I, II e III
b) apenas II e III
c) apenas I e II;
d) apenas I e III.
06. É o ato ad min i strati vo p rati cado p elo ag ente d a au to rid ad e d e trân sito
co mp eten te, med i an te reg i stro em d o c u m en to p ró p r i o ( Au to d e I n f r a ç ã o ) , o n d e s ão
i n d i c ad o s o s el e m en to s q u e c a ra c t e ri za m a i n f r a ç ão e s eu enquadramento legal,
identifiquem o veiculo e permitam completa defesa do interessado. Trata-se do conceito de:
a) multa.
b) autuação.
c) penalidade.
d) infração.
e) notificação.
Um policial rodoviário federal identificou que um carro movia-se além da velocidade máxima permitida na via
e ordenou ao condutor que parasse. Porém, essa ordem não foi obedecida e o policial, embora não tivesse
conseguido identificar o motorista, anotou a placa do veículo. Nessa situação, com base no CTB, o policial
não deve lavrar auto de infração, mas lavrar ocorrência policial, para que a autoridade competente possa
apurar a autoria da infração. ( )
01. E
02. C
03. C
04. A
05. A
06. B
07. C
Nesta aula estudaremos os crimes de trânsito, que é uma inovação do legislador do CTB, uma vez
que na legislação anterior não havia tal previsão. As condutas que hoje são reunidas em um único diploma,
antes tinham sua tipificação ora no Código Penal, ora na Lei das Contravenções Penais, sempre de forma
mais branda, o que levou o legislador a reunir as condutas agressivas à segurança viária numa lei especial.
Primeiramente, antes de estudarmos cada um dos crimes em espécie, faremos alguns comentários sobre
a parte geral dos crimes de trânsito do CTB, que são necessários para um melhor entendimento dos
institutos ora mencionados.
1. PARTE GERAL
Os crimes de trânsito, previstos no Código de Trânsito Brasileiro são regidos pela parte geral prevista
no próprio CTB, sendo possível aplicar a estes os dispositivos da parte geral do Código Penal e do Código
de Processo Penal, assim como da Lei 9.099/95 (Leis dos Juizados Cíveis) de forma subsidiária. Sendo
assim, vamos trabalhar alguns conceitos que entendemos ser importante para compreensão geral do
assunto.
Art. 291. Aos crimes cometidos na direção de veículos automotores, previstos neste Código,
aplicam-se as normas gerais do Código Penal e do Código de Processo Penal, se este Capítulo não
dispuser de modo diverso, bem como a Lei nº 9.099, de 26 de setembro de 1995, no que couber.
Tendo como referência o que diz o Código Penal em seu artigo 5º, podemos concluir que nos crimes
de trânsito o envolvido responde pelo CTB, tanto em via pública quanto na via particular, a não ser que
no tipo penal venha de maneira expressa o termo "via pública; restringindo o alcance do. tipo penal. Note
que existe uma área particular com tratamento de via pública pelo CTB, que seriam os condomínios consti-
tuídos de unidades autônomas.
Sendo assim, aquele que pratica homicídio culposo ou lesão corporal culposa na direção de
veículo automotor responde pelo CTB, ainda que esses crimes tenham ocorrido em vias particulares,
uma vez que o CTB em seus artigos 302 e 303 nada menciona.
Para configuração do delito, faz-se necessária a valoração dos elementos subjetivos da conduta, ou
seja, deve ser analisado se o agente incorreu em dolo, em culpa, ou se esses elementos estavam
ausentes, a fim de que seja feita a correta tipificação do delito.
A definição encontra-se na parte geral do Código Penal, mais especificamente em seu artigo
18, com isso:
Saiba ainda que a punição por conduta dolosa nos crimes de trânsito é a regra; dessa forma
quando se tem um delito, sem menção de que tipo de conduta será punida, este delito pune-se apenas
na modalidade dolosa. Cabe observar que os crimes de trânsito, em sua maioria, são punidos apenas
na modalidade dolosa, mais especificamente os dos artigos 304 ao 312 do CTB. .
A definição encontra-se na parte geral do Código Penal, mais especificamente em seu artigo
18, com isso:
Artigo 18 (CP) - Diz-se o crime:
Il - culposo, quando o agente deu causa ao resultada por imprudência, negligencia ou
imperícia.
Saiba ainda que a punição por conduta culposa, nos delitos em geral, constitui regra de exceção;
dessa forma, quando se tem um delito qualquer, a conduta culposa apenas será punível se tiver expressa
previsão legal. Sendo assim, temos apenas dois delitos de trânsito com previsão de punição das
condutas culposas, que estão previstos nos artigos 302 e 303 do CTB, que tratam do homicídio
culposo e lesão corporal culposa na direção de veículo automotor.
1.2.2.1 Imprudência
Devemos entender a imprudência como a falta de cuidado, de cautela; é mais do que a falta de
atenção, é a imprevidência acerca do mal, que deveria prever, porém, não previu. Na verdade, é a
falta temporária do senso de segurança de que todo homem médio é provido, consignado em uma atitude
positiva.
1.2.2.2 Negligência
1.2.2.3 Imperícia
Devemos entender a imperícia como a falta de habilidade técnica necessária para prática decertas
atividades, ainda que teoricamente habilitado.
No que se refere à infração de trânsito, não há que se falar na valoração, pelo agente de
trânsito, dos elementos subjetivos da conduta, dolo e culpa, como requisito para tipificação, ou seja,
esses elementos não são levados em consideração pelo agente de trânsito nas autuações, mas
somente se o condutor está ou não em uma situação proibida.
Nos crimes de trânsito, o magistrado sempre valora os elementos subjetivos da conduta, a fim de
fazer a correta tipificação do delito, e, por conseguinte, aplicar a pena correspondente à conduta lesiva.
I – sob a influência de álcool ou qualquer outra substância psicoativa que determine dependência;
III – transitando em velocidade superior à máxima permitida para a via em 50 km/h (cinqüenta
quilômetros por hora).
No CTB existem duas suspensões: uma aplicada pela autoridade de trânsito ao detentor da CNH
em decorrência de infrações de trânsito, e outra aplicada pela autoridade judiciária em decorrência de
crimes de trânsito. Esta pena é aplicável tanto ao inabilitado quanto ao detentor da habilitação, seja
permissão para dirigir ou CNH. Vamos analisá-las:
Está previsto no artigo 261 do CTB que a penalidade de suspensão do direito de dirigir será
aplicada, nos casos previstos no CTB, pelo prazo mínimo de um mês até o máximo de um ano e, no
caso de reincidência no período de 12 meses, pelo prazo mínimo de 06 meses até o máximo de dois
anos, segundo critérios estabelecidos pelo CONTRAN. Será suspenso também aquele que acumular 20
pontos em seu prontuário no período de 12 meses.
A suspensão penal prevista no CTB proporciona ao magistrado uma possibilidade maior de sua
aplicação, se comparada com a suspensão administrati va aplicada pela autoridade de trânsito. Pela
imposição dessa pena, poderá ficar suspenso tanto quem tem o direito de dirigir quanto o inabilitado,
pelo prazo variável de 2 meses a 5 anos.
Essa suspensão somente pode ser aplicada pelo juiz, tem natureza jurídica de pena restritiva de
direito, apenas sendo possível aplicá-la, em regra, após o trânsito em julgado da sentença penal
condenatória.
Entendemos que suspensão ou proibição de se obter a permissão prevista no CTB revogou
tacitamente o artigo 47, III e 57, ambos do Código Penal (CP), que prevê essa sanção, entre as
interdições temporárias de direitos, que é urna das penas restritivas de direito previstas. Importante o
estudante do CTB notar que as penas restritivas de direito do CP são penas substitutivas das penas priva-
tivas de liberdade, e seguem os mesmos prazos destas. No CTB, a suspensão penal pode ser aplicada
como penalidade principal, isolada (apenas ela) ou cumulativamente (coma privativa de liberdade ou multa),
e com prazo a ser estipulado pela autoridade judiciária, sem nenhuma correlação com os prazos da pena
privativa de liberdade, devendo, entretanto, o juiz observar um mínimo de 2 meses e um máximo de 5
anos.
Diferentemente da suspensão administrativa, o cumprimento da suspensão penal está
condicionado à soltura do réu; sendo assim, enquanto o condenado estiver recolhido em estabelecimento
prisional, não há de ser deflagrada a contagem da suspensão penal, não havendo esse impedimento na
aplicação de sanções administrativas.
Existe, em caráter de exceção, a previsão no artigo 294 do CTB, que poderá o juiz, como medida
cautelar, de ofício, ou a requerimento do Ministério Público, ou ainda mediante representação da
autoridade policial, decretar, em decisão motivada, a suspensão da permissão ou da habilitação
para dirigir veículo automotor, ou a proibição de sua obtenção em qualquer fase da investigação ou da
ação penal, havendo necessidade para garantir a ordem pública.
Vale dizer que legislador deu ao judiciário a oportunidade de acalmar o clamor público, a sensação
de impunidade, e também uma maneira de calar a imprensa, e outros meios de comunicação, em
situações em que a manutenção do direito de dirigir atente contra a tranquilidade social.
Aquele que for suspenso administrativamente pela autoridade de trânsito terá como condição para
voltar a dirigir o cumprimento do prazo da suspensão e, em seguida, deve fazer um curso de
reciclagem.
Quanto ao suspenso penalmente, deve ser obedecida a regra geral do artigo 160 do CTB,
regulamentado pela resolução300/08 do CONTRAN, que nos informa que todo condenado por delito de
trânsito, após sentença definitiva, terá seu documento de habilitação apreendido, e após o cumprimento
da decisão judicial e de submissão a novos exames, com a devida aprovação neles, será emitido um
novo documento de habilitação mantendo-se o mesmo registro, sendo necessário fazer também um
curso de reciclagem. Perceba que o condenado não reinicia o processo de habilitação, apenas refaz os
exames exigidos para primeira habilitação, no DETRAN de registro da sua habilitação.
1.5. MULTA
O termo multa torna-se relevante em virtude da confusão feita por muitos candidatos, uma vez que no
CTB existe a previsão de três tipos de multas, de naturezas diferentes: uma de natureza civil, outra de
natureza penal e uma de natureza administrativa. Vejamos cada uma delas:
A multa administrativa é uma sanção a ser imposta pela autoridade de trânsito com
circunscrição sobre a via, onde tenha ocorrido uma infração de trânsito. Poderíamos defini-Ia
também como uma receita de natureza não tributária de arrecadação vinculada, uma vez que tem
destino certo, previsto no artigo 320 do CTB, que nos informa que a receita arrecadada com a cobrança
das multas de transito será aplicada, exclusivamente, em sinalização, engenharia de tráfego de
campo, policiamento, fiscalização e educação de transito. Vale lembrar que 5% do total da receita de
multa arrecadada pelo pais são destinados ao FUNSET (Fundo Nacional de Segurança e Educação
para o Trânsito), que é administrado pelo DENATRAN.
É uma multa de natureza civil, indenizatória, e exigida no juízo penal; é, na verdade, uma
antecipação de um ressarcimento imposta pelo juiz da esfera penal, após reclamação da vítima ou seus
sucessores.
Para que a multa reparatória se torne exigível é necessária a ocorrência de um crime de transito, já
que é aplicada no juízo penal, e também um dano material - apenas este é indenizável a título de multa
reparatória.
Perceba que o destino da multa reparatória é diferente do destino da multa administrativa, pois esta vai
para o Estado e aquela é paga à vítima ou aos seus sucessores.
Convém ressaltar que o valor da multa reparatória terá como limite o do prejuízo demonstrado no
processo; porém, se posteriormente a vítima se achar insatisfeita com o valor pago, poderá ainda reclamar
o mesmo objeto, a mesma indenização, na esfera cível, recebendo evidentemente apenas a diferença. A
forma de pagamento está prevista no Código Penal, entre seus artigos 49 e 52, devendo ser paga em dia-
multa, a ser fizado pelo juiz, sendo que um dia-multa não pode ser inferior a um trigésimo do maior
salário mínimo mensal vigente ao tempo do fato, nem superior a 5 vezes esse salário.
A multa deve ser paga dentro de 10 dias depois de transitada em julgada a sentença. A requerimento
do condenado e conforme as circunstâncias, o juiz pode permitir que o pagamento se realize em
parcelas mensais, inclusive mediante desconto no vencimento ou salário, sendo que o desconto não
deve incidir sobre os recursos indispensáveis ao sustento do condenado e da sua família. Cabe
ressaltar que será suspensa a execução da pena de multa se sobrevém ao condenado doença mental...
A pena de multa, também conhecida como pena pecuniária, é uma sanção penal, consistente na
imposição ao condenado da obrigação de pagar ao fundo penitenciário determinada quantia em dinheiro,
calculada na forma de dias-multa, atingindo o patrimônio do condenado.
A pena de multa, conforme prevista no CTB, pode ser cominada e aplicada cumulativamente com a
pena privativa de liberdade, a exemplo do seu artigo 306, quando trata do crime de embriaguez, prevendo
em seu preceito secundário a pena de detenção de 6 meses a 3 anos, suspensão e multa, ou ainda de forma
alternativa, com a pena de prisão, a exemplo do crime de omissão de socorro, previsto no artigo 304,
cominando pena de detenção de seis meses a um ano, ou multa.
Nos casos em que a pena de multa estiver prevista de forma alternativa com a pena privativa de
liberdade, o juiz terá uma discricionariedade, conforme o art. 59, inc. I, do Código Penal, para escolher
entre uma ou outra, conforme seja necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime.
II - transporte de passageiro;
V - transporte de passageiro ou carga
VI – características adulteradas
IV – omissão de socorro
Neste tópico vamos comentar os dispositivos que tratam de crimes de trânsito, desprezando
os aspectos científicos a fim de direcioná-lo para forma como tem sido trabalhado em provas de
concursos públicos. Vamos comentar cada um dos artigos:
Neste delito temos uma série de circunstâncias que devem estar presentes para que sejam
aplicados os artigos 302 e 303 do CTB. Perceba que não basta que seja homicídio ou lesão corporal, a
conduta deve ser culposa; em seguida, o tipo nos informa que não basta que o fato ocorra no trânsito,
tem de estar na direção de veiculo automotor; e não basta que seja veículo, unia vez que tem de ser
automotor.
Conclui-se, portanto, que o CTB somente tem aplicação a quem esteja no comando dos
mecanismos de controle e velocidade de um veículo automotor. Dessa forma, comete crime
culposo, previsto no CTB, aquele que não quis o resultado (dolo direto); aquele que não assumiu o risco
de produzi-lo (dolo eventual), desrespeitando uma norma de circulação e conduta, seja por
negligência, seja por imprudência, seja por imperícia.
Artigo 304 - Deixar o condutor do veículo, na ocasião do acidente, de prestar imediato socorro à
vitima, ou, não podendo fazê-lo diretamente, por justa causa, deixar de solicitar auxilio da
autoridade pública:
Penas - detenção, de seis meses a um ano ou multa, se o fato não constituir elemento de crime
mais grave.
Parágrafo único. Incide nas penas previstas neste artigo o condutor do veículo ainda que a sua
omissão seja suprida por terceiros ou que se trate de vítima com morte instantânea ou com
ferimentos leves.
Quanto à omissão de socorro, três considerações são necessárias para que seja esgotado o tema
omissão de socorro. Vejamos cada uma delas:
1-) Condutor não envolvido no acidente que se omite - Devemos entender como condutor não
envolvido aquele que está passando pelo local. Imagine que este condutor presencie uma* cena em que
uma-pessoa precisasse de socorro e se omitisse. Será que responderia com fulcro no artigo 304 do CTB?
Evidente que não, uma vez que o art. 304 requer condutor envolvido; o condutor responderia com base no
artigo 135 do Código Penal.
2-) Condutor envolvido, causador do acidente, culposamente, que se omite - Note que este
condutor praticou, antes da omissão de socorro, um homicídio culposo ou uma lesão corporal culposa na
direção de veículo automotor. Em virtude do exposto, a omissão de socorro configura apenas uma
circunstância aumentativa de , pena do delito, não subsistindo como crime autônomo. Enfim, na
situação exposta, o crime cometido ou é 302 ou 303 do CTB, com aumentativo de pena.
3-) Condutor envolvido, que não é considerado culpado pelo acidente, que se omite -
Apenas nesta situação é que se aplica o artigo 304 do CTB.
Finalmente, ainda que a sua omissão seja suprida por terceiros ou que se trate de vítima com morte
instantânea ou com ferimentos leves, incide a aplicação do artigo 304 do CTB.
Artigo 305 - Afastar-se o condutor do veículo do local do acidente, para fugir à responsabilidade
penal ou civil que lhe possa ser atribuída:
Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa.
Não se pode confundir o delito acima exposto com a omissão de socorro do art. 304 do CTB, uma
vez que aqui o bem jurídico tutelado é a administração da justiça, e na omissão de socorro, o bem jurídico
Art. 306. Conduzir veículo automotor, na via pública, estando com concentração de álcool por
litro de sangue igual ou superior a 6 (seis) decigramas, ou sob a influencia de qualquer outra
substância psicoativa que determine dependência;
Penas: detenção de 06 meses a 03 anos, multa e suspensão ou proibição de se obter a
permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor.
Parágrafo único. O Poder Executivo federal estipulará a equivalência entre distintos testes cie
alcoolemia, para efeito de caracterização do crime tipificado neste artigo. (NR) redação dada pela Lei
11.705)
Este artigo sofreu recentemente uma alteração pela lei 11.705/08. Sendo assim, três considerações
devem ser feitas sobre o dispositivo:
a) A primeira consideração a ser feita é que,o crime da embriaguez deixou de ser um crime de perigo
em concreto para ser um crime de perigo em abstrato. Antes para consumação do delito era necessário
que o condutor estivesse ziguezagueando, transitando sobre calçadas, roletando cruzamentos, ou seja,
atentando objetivamente contra incolumidade pública. Com a alteração, ainda que esteja conduzindo
adequadamente, se tiver acima dos índices permitidos para embriaguez, será enquadrado no artigo 306
do CTB.
Perceba que antes a diferença entre a infração de trânsito da embriaguez e a crime era a situação de
perigo, ou seja, para ocorrência do crime, era necessária a ocorrência da infração mais uma situação de perigo
em concreto. Com a mudança da lei, hoje a diferença entre a infração e o crime é a concentração de álcool
por litro de sangue, sendo que a infração se configura com apenas 2 (dois) decigramas e o crime com a 6
(seis) decigramas. Finalmente, perceba que o condutor que não se submete aos exames propostos,
certamente, será autuado pelo cometimento de uma infração de trânsito conforme comentários do artigo
277 do CTB, porém dificilmente será enquadrado no artigo 306 do CTB, uma vez que tem
necessariamente de estar acima de determinados índices, que é contestável, ainda que alegado numa
perícia especializada.
Artigo 307 - Violar a suspensão ou a proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir
veículo automotor imposta com fundamento neste Código:
Penas - detenção, de seis meses a um ano e multa, com nova imposição adicional te idêntico prazo
de suspensão ou de proibição.
Parágrafo único - Nas mesmas penas incorre o condenado que deixa de entregar, no prazo estabelecido
no § 1º do art. 293, a permissão para dirigir ou a Carteira de Habilitação.
O que está sendo punido, verdadeiramente, é a desobediência à ordem judicial, de forma específica.
Num primeiro momento, viola-se a ordem, ou seja, a suspensão imposta, se o condutor dirige após a
aplicação dessa pela autoridade judiciária; em outro momento, quando o condutor deixa de entregar a
CNH, em 48 horas, após imposição da pena pelo magistrado, também viola o artigo 307 do CTB.
Por fim, para maior controle da imposição da pena imposta pelo juiz, pelos agentes de trânsito,
temos as seguintes previsões, no artigo 295 do CTB e no artigo 41 da Resolução n° 168/04 do CONTRAN:
“Art. 295. A suspensão para dirigir veículo automotor ou a proibição de se obter a permissão ou a
habilitação será sempre comunicada pela autoridade judiciária no Conselho Nacional de Transito -
CONTRAN, ao órgão de trânsito do Estado em que o indiciado ou réu for domiciliado ou residente.
Art. 41. A Base Indíce Nacional de Condutores - BINCO conterá um arquivo de dados onde será
registrada toda e qualquer restrição no direito de dirigir de obtenção do ACC e da CNH, que será atualizado
pelo órgão ou entidade executivo de trânsito do Estado e do Distrito Federal.
§3º A suspensão do direito de dirigir ou a proibição de se obter a habilitação, imputada pelo Poder
Judiciário, será registrada na BINCO.”
Neste delito, diferentemente da infração de trânsito prevista no artigo 174 do CTB, punem-se
apenas os condutores e não os promotores do evento, uma vez que não têm uma ingerência direta no
resultado lesivo. Para configuração desse tipo penal devem estar presentes alguns requisitos, como:
veículo automotor, via pública, e a possibilidade superveniente de daria objetivamente descrita.
O sujeito passivo desse delito é a coletividade e, de forma secundária, a pessoa exposta a risco
em virtude da disputa. Como os eventos "corrida" "disputa" ou "competição‖ explicitados no caput do artigo
308 do CTB, pressupõem a participação de pelo menos 2 (dois) veículos, devemos entendê-lo como
um crime de concurso necessário.
Por fim, é possível responsabilizar os promotores do evento na condição de partícipes, conforme
artigo 29 do CP.
Artigo 309 - Dirigir veículo automotor, em via pública, sem a devida permissão para dirigir ou
habilitação ou, ainda, se cassado o direito de dirigir, gerando perigo de dano:
Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa.
Para a ocorrência do delito do artigo 309 do CTB, alguns elementos são essenciais. Em primeiro lugar,
deve haver condução de veículo automotor; em segundo lugar, é crime de via pública; e em terceiro lugar,
é crime de perigo em concreto, e, por fim, o condutor deve ser inabilitado ou estar cassado.
Sendo assim, basta que o agente conduza veículo automotor, em via pública, sem a devida permissão
para dirigir ou habilitação e, de forma anormal, irregular, de modo a atingir o nível de segurança de
trânsito, que é o objeto jurídico tutelado pelo dispositivo.
Matéria tormentosa na doutrina e jurisprudência, a respeito se o art. 32 da Lei de Contravenções
Penais teria ou não sido revogado pelo art. 309 do Código de Trânsito Brasileiro, uma vez que dirigir sem
CNH, além da infração de trânsito, era tipificada como contravenção penal por ser uma infração penal
de perigo em abstrato.
Partilhamos do entendimento de observar-se minoritário que falta de habilitação para conduzir
veículos automotores, pela legislação em vigor, pode ser crime (art. 309 do CTB), como também
contravenção (art. 32 da LCP), sendo em qualquer dos casos infração administrativa (art. 162, I, do CTB).
Entendemos que não houve a descriminalização do artigo 32,da LCP, e sim uma mitigação da conduta
de dirigir sem CNH. À medida que o risco à segurança fosse aumentando, o condutor sofreria sanções cada
vez mais duras. Então, aquele condutor que por alguma razão dirige sem possuir o documento de
habilitação, deverá ser autuado, independentemente de ter cometido uma conduta dolosa ou culposa.
Sendo dolosa sua conduta, este condutor responde cumulativamente pelo artigo 32 da LCP, ainda que, não
gere perigo de dano; porém, se atentar objetivamente contra a incolumidade pública, como dirigir sem
possuir habilitação sobre calçadas, responde pelo crime do 309 do CTB.
Por fim, de uma forma mais técnica, poderíamos explicitar que a distinção entre esses dois tipos de
infração penal reside no desvalor do resultado antijurídico decorrente do desvalor da ação, uma vez que
para o crime (art. 309 do CTB) ele é maior do que para a contravenção (art. 32 da LCP) por gerar um perigo
concreto de dano, e não só abstrato, sendo a conduta criminosa, quando evidenciada uma ação que tenha
gerado perigo de dano comprovado (concreto), pois, na falta, o fato é atípico criminalmente, aplicando-se
subsidiariamente o tipo contravencional quê presume abstratamente o perigo de ofensa ao interesse jurídico
tutelado. Com isso, entendemos que o art. 309 do Código de Transito Brasileiro não revogou o art. 32 da Lei
de Contravenções Penais, devendo a autoridade judiciária no caso concreto avaliar se a conduta do agente
atentou objetivamente (perigo concreto) ou presumidamente (perigo em abstrato) contra a incolumidade
pública (bem juridicamente tutelado), para a correta aplicação dos dispositivos.
Artigo 310 - Permitir, confiar ou entregar a direção de veiculo automotor à pessoa não habilitada, com
habilitação cassada ou com o direito de dirigir suspenso, ou, ainda, a quem, por seu estado de
saúde, física ou mental, ou por embriaguez, não esteja em condições de conduzi-lo com
segurança:
Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa.
O crime de ―permitir", "entregar" ou "confiar" é uma crime de perigo em abstrato, punível apenas na
modalidade dolosa, sendo, portanto, necessário que o magistrado avalie sempre os elementos subjetivos
Artigo 311 – Trafegar em velocidade incompatível com a segurança nas proximidades de escolas,
hospitais, estações de embarque e desembarque de passageiros, logradouros estreitos, ou onde haja
grande movimentação ou concentração de pessoas, gerando perigo de dano:
Penas - detenção, de seis meses; a um ano, ou multa.
O crime da velocidade incompatível, do artigo 311 do CTB, é um crime de perigo em concreto, de via
pública e doloso. Para que o condutor responda pelo delito não é necessário que ele esteja com excesso de
velocidade, basta que essa velocidade seja incompatível com a segurança, podendo causar um dano
superveniente. Com isso, não é exigido que a prova seja feita por meio de radares ou equivalentes,
podendo ser suprida por provas testemunhais.
Neste delito, após sofrer uma avaliação subjetiva de provável dano superveniente, ainda que
constatado o perigo de dano, é necessário que a ocorrência se dê nos locais considerados perigosos pelo
legislador, como nas proximidades de escolas; hospitais, estações de embarque e desembarque de
passageiros, logradouros estreitos, ou onde haja grande movimentação ou concentração de pessoas.
Artigo 312 - Inovar artificiosamente em caso de acidente automobilístico com vítima, na pendência
do respectivo procedimento policial preparatório, inquérito policial ou processo penal, o estado de
lugar, de coisa ou de pessoa, a fim de induzir a erro o agente policial, o perito, ou juiz:
Penas - detenção, de seis meus a um ano, ou multa.
Parágrafo único. Aplica-se o disposto neste artigo, ainda que não iniciados quando da inovação, o
procedimento preparatório, o inquérito ou o processo aos quais se refere-
Neste artigo, a intenção do legislador foi punir aquele que, em acidente corri vítima, mexe no local
do acidente para prejudicar, ou melhor, atrapalhar a administração da justiça. A intenção do agente é
sempre prejudicar a apuração da verdade dos fatos; dessa forma, ainda que a regra seja preservar o
local, e este não é preservado, mas justificadamente, como para prestar socorro, por exemplo, não há
que se falar em cometimento do delito do artigo 312.
Cabe ressaltar que de acordo com o art. 279 do CTB, naqueles veí culos equipados com
tacografo (registrador instantâneo inalterável de velocida de e tempo), quando este veículo estiver
envolvido em acidente com vítima, somente o perito oficial pode retirar o disco do tacógrafo. De
posse desse saber, temos um ingrediente muito interessante utilizado por bancas examinadoras,
que é a combinação dos artigos 312 e 279; sendo assim, o condutor que esconde o disco do
tacógrafo para que o perito não tenha acesso, prejudicando com isso a administração da justiça, responde
com base no art. 312.
Com relação à infração de trânsito correspondente, prevista no artigo 176, podemos tecer os
seguintes comentários: primeiro, o condutor que deixa de preservar o local, em acidente com
vítima, com a intenção de ajudar, ainda assim pode responder com base no art. 176 (infração de
trânsito), uma vez que nas infrações de trânsito o agente de trânsito não valora os elementos subjeti -
vos (dolo e culpa), mas nunca pelo art. 312 (crime); em segundo lugar, no que se refere às
responsabilidades, perceba que o art. 176 abrange apenas os condutores envolvidos em acidente com
vitima, e no art. 312, qualquer pessoa que teve a intenção de prejudicar a administração da justiça; e
por último, o condutor que deixou de preservar o local, para evitar perigo, pa ra prestar socorro, ou
por determinação de algum policial, não responde nem pelo 176 nem pelo 312.
SUSPEN-
ELEMENTO AÇÃO DETENÇÃ INFRAÇÃO
ART. RESUMO SÃO/ MULTA
SUBJETIVO PENAL O ADMINISTRATIVA
PROIBIÇÃO
omissão
304 doloso pub.incond 6m a 1 ano ou Art. 176,1
socorro
violar Nova
307 doloso pub.incond 6m a 1 ano e -
suspensão imposição
participar de
308 doloso pub.incond 6m a 2 anos e e 173,174
corrida
permitir,
163,164
310 confiar, doloso pub.incond 6m a 1 ano ou
e 166
entregar
velocidade 218,220
311 doloso pub.incond 6m a 1 ano ou
incompatível XIV
Inovar ac.
312 doloso pub.incond 6m a 1 ano ou 176,111
c/ vítima
A Lei 11.705/08, apelidada de "lei seca', trouxe uma série de alterações t anto na parte
admini st rativ a quant o na part e penal do CTB. De cont eúdo extremamente polêmico, uma vez
que atenta, na visão de muitos, contra uma série de direitos individuais e princípios constitucionais
estabelecidos.
Na verdade, a Lei 11.705/08 não trouxe nada de novo na fiscaliza ção de trânsito, apenas
explicitou um entendimento há muito firmado, quan do o usuário da via deixa em dúvida o
agente de trânsito quanto à possibilidade ou nã o de aut uá -l o. A grande conf usão f eit a p el os
def ensores da inconstitucionalidade da lei é quanto aos procedimentos administrativos e
quanto aos procedimentos processuais penais, fazendo menção a todo ins tante que "ninguém
é obrigado a produzir prova contra si", sendo que esse princípio, na parte administrativa do
CTB, tem seu alcance diminuído, devido à supremacia do interesse público sobre o interesse
particular, como veremos adiante ao comentarmos o artigo 277 do CTB.
O fato é que a lei está vigendo, que é eficaz, uma vez que houve uma redução drástica de
índices de acidentes nas vias nacionais, e, sendo assim, vamos estudá-la, desprezando
totalmente as polêmicas, já que não são objetos de provas.
Art. 165. Dirig ir sob a influ ên ci a d e ál cool ou d e qu alqu er outra sub stância psicoativa
que determine dependência:
Infração - gravíssima; Penalidade - multa (cinco vezes) e suspensão do direito de dirigir
por 12 (doze) meses.
Medida Administrativa – retenção do veículo até a apresentação de condutor habilitado e
recolhimento do documento de habilitação.
Neste artigo, a alteração significativa foi quanto ao prazo da penali dade de suspensão que
antes era valorado pela autoridade de trânsito do DETRAN, considerando a gravidade da infração,
as circunstâncias em que foi cometida e os antecedentes do infrator para estabelecer o período da
suspensão, na forma do art. 261 do CTB (de 01 mês a 12 meses). Com a alteração trazida pela nova
lei, o ato administrativo punitivo passa a ter natureza vinculada, ou seja, será aplicado
necessariamente 12 meses de suspensão do direito de dirigir. Cabe observar que a aplicação da
penalidade de suspensão do direito de dirigir não é imediata, sendo obrigatoriamente antecedida de
um devido processo legal.
Quanto ao recolhimento da CNH, este não se confunde com a aplicação da penalidade da suspensão
do direito de dirigir, uma vez que se trata de uma medida que tem natureza jurídica de constrangimento de
polícia, e não de sanção administrativa, como a suspensão do direito de dirigir.
Art. 276. Qualquer concentração de álcool por litro de sangue sujeita o condutor às
penalidades previstas no art. 165 deste Código.
Parágrafo único: órgão do Poder Executivo Federal di sciplinará as margen s d e
tolerância para casos específicos. (Redação dada pela Lei 11.705/08)
Este dispositivo foi o que mais chamou a atenção dos críticos, pois pela redação do caput do artigo 276,
seria possível imaginar que aquele que comesse um bombom de licor poderia ser autuado por estar
embriagado, assim como aquele que fizesse um bochecho com Listerine, já que possuem unia pequena
concentração de álcool, o que configuraria o maior dos absurdos, uma vez que o objetivo da nova lei é tirar da
direção de veículo automotor aquele condutor que põe sua vida em risco, assim como os demais usuários da
via.
Com a regulamentação do dispositivo pelo decreto 6.488/08, os ânimos se acalmaram, uma vez que
foram estabelecidos como limite regulamentar 2 decigramas por litro de sangue ou um décimo de miligrama
por litro de ar, devendo o CONTRAN se posicionar no sentido de regulamentar casos específicos, como o
caso de pessoas que tomam remédios controlados, nos termos de proposta formulada pelo ministro de
Estado da Saúde, o que ainda não aconteceu.
Art. 277. Todo condutor de veículo automotor, envolvido em acidente de trânsito ou que for
alvo de fiscalização de trânsito, sob suspeita de dirigir sob a influência d e álcool será
submetido a testes de alcoolemia, exames clínicos, perícia ou outro exame que, por meios
técnicos ou científicos, em aparelhos homologados pelo CONTRAN, permitam certificar seu
estado. (Redação dada pela Lei 11.275, de 2006)
§ 2º A infração prevista no art. 165 deste Código poderá ser caracterizada pelo agente de
trânsito mediante a obtenção de outras provas em direito admitidas, acerca dos notórios sinais
de embriaguez, excitação ou torpor apresentados pelo condutor.
Este é, sem dúvida, o artigo mais importante da Lei 11.705/08, pois é aqui que estão expressas as
atribuições dos agentes de trânsito no que se refere à fiscalização da embriaguez. Em primeiro lugar, vamos
ver quem pode ser objeto de fiscalização, e na seqüência vejamos quais as formas de autuação possíveis.
Pela redação do caput do artigo 277 podemos extrair que apenas os condutores sob suspeita de dirigir
sob a influência de álcool poderão ser submetidos a testes de alcoolemia, exames clínicos, perícia ou outro
exame que, por meios técnicos ou científicos, em aparelhos homologados pelo CONTRAN, permitam certificar
seu estado, assim como aqueles envolvidos em acidentes de trânsito. É importante que não se deturpe a
norma, que tem como objetivo maior a satisfação do interesse público, pois, embora o legislador tenha feito
menção a condutores envolvidos em acidentes, apenas deverão ser objeto de exame aqueles que chamem
atenção sob seu estado. De outra forma, extrapola de sua atribuições o agente de trânsito que submete
qualquer condutor, de maneira deliberada, a exames previstos neste artigo.
De posse desse saber, faz-se necessário ressaltar a redação do artigo 280 § 2°, que nos informa
que uma infração de trânsito pode ser constatada tanto por reações químicas (bafômetro) quanto por
declaração do agente. Sendo assim, quero consignar que a Lei 11.705/08 apenas direcionou o que tínhamos
de forma esparsa na legislação, no que se refere à fiscalização da embriaguez. Então, vamos imaginar
uma situação hipotética, em que a condutor está sob suspeita de ter ingerido bebida alcoólica. Então veja
os procedimentos. possíveis:
2) Imagine que o agente de trânsito possua o etilômetro e o ofereça ao condutor sob suspeita. Se
este se submeter ao exame com o objetivo de mostrar para o agente de trânsito que não está sob
influência de álcool, apenas haverá autuação se ele extrapolar os limites permitidos, conforme
comentário do artigo 276.
3) Neste último caso, temos o agente de trânsito sem etilômetro. Com isso surge a possibilidade de
o agente declarar que o condutor está embriagado, através do termo de constatação de embriaguez,
ainda que não seja submetido a nenhum exame, ficando expressa a intolerância da Administração com os
maiores responsáveis pelos acidentes de trânsito ocorridos no país.
Com base no exposto, fica clara a incompatibilidade da autuação por causa da recusa em se
submeter a exames com a declaração de que o condutor está embriagado, uma vez que a primeira se dá
quando o agente possui o etilômetro, e a segunda, quando o agente não possui outro meio de constatar a
infração.
Finalmente, um comentário que não poderia faltar é que, quando a embriaguez for constada por
exame clínico, ou seja, exame de sangue, em laboratório credenciado, deve ser observado o prazo de 30
dias para a expedição do auto de infração.
Art. 291. Aos crimes cometidos na direção de veículos automotores, previstos neste Código, aplicam-se
as normas gerais do Código Penal e do Código de Processo Penal; se este Capitulo não dispuser de
modo diverso, bem como a Lei nº 9,099 de 26 de setembro de 1995, no que couber.
§ 1º Aplica-se aos crimes de trânsito de lesão corporal culposa o disposto nos arts.. 74, 76 e 88 da Lei
nº 9.099, de 26 de setembro de 1995, exceto se o agente estiver:
I - sob a influência de álcool ou qualquer outra substância psicoativa que determine
dependência;
II - participando, em via pública, de corrida, disputa ou competição automobilistica, de
exibição ou demonstração de perícia em manobra de veículo automotor, não autorizada pela
autoridade competente;
III - transitando em velocidade superior à máxima permitida para a via em 50 km/h (cinquenta
quilômetros por hora).
§ 29 Nas hipóteses previstas no § 1º deste artigo, deverá ser instaurado inquérito policial para a
investigação da infração penal. (Redação dada pela Lei 11.705/08).
Praticar lesão corporal culposa na direção de veiculo automotor é, em regra um crime de menor
potencial ofensivo, aplicando a Lei 9.099/95 na íntegra; porém temos duas situações a analisar:
O artigo 302, parágrafo único, elenca quatro situações, em que a lesão corporal culposa, quando
praticada em determinadas circunstâncias, terá sua pena aumentada de um terço para a metade, com
isso sua pena máxima, que é de dois anos, ficaria aumentada, deixando de ser um crime de menor
potencial ofensivo.
Circunstâncias em que a pena de lesão corporal culposa terá a pena aumentada:
Nesses casos não há que se falar em procedimento sumário, ocorrendo necessariamente o inquérito
policial e o processo correndo, necessariamente, na vara criminal. Impende observar que, por força do
artigo 291, § 1º, ainda que o processo ocorra na vara criminal, terá o réu direito à composição civil dos
danos (art. 74 da 9.099/95), à transação penal (art.76 da 9099/95) e a ação será penal pública condicionada
à representação (art. 88 da 9099/95).
Antes de considerarmos a analisar o que diz o artigo acima precisamos entender o que diz os arquivos
acima citados da Lei 9.099/95:
Art. 74. A composição dos danos civis será reduzida a escrito e, homologada pelo Juiz mediante
sentença irrecorrível, terá eficácia de título a ser executado no juízo civil competente.
Parágrafo único. Tratando-se de ação penal de iniciativa privada ou de ação penal pública
condicionada à representação, o acordo homologado acarreta a renúncia ao direito de queixa ou
representação.
Art. 76. Havendo representação ou tratando-se de crime de ação penal pública incondicionada, não
sendo caso de arquivamento, o Ministério Público poderá propor a aplicação imediata de pena
restritiva de direitos ou multas, a ser especificada na proposta.
§ 1º Nas hipóteses de ser a pena de multa a única aplicável, o Juiz poderá reduzi-la até a
metade.
I - ter sido o autor da infração condenado, pela prática de crime, à pena privativa de liberdade,
por sentença definitiva;
II - ter sido o agente beneficiado anteriormente, no prazo de cinco anos, pela aplicação de pena
restritiva ou multa, nos termos deste artigo;
III - não indicarem os antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente, bem como os
motivos e as circunstâncias, ser necessária e suficiente a adoção da medida.
§ 3º Aceita a proposta pelo autor da infração e seu defensor, será submetida à apreciação do
Juiz.
§ 4º Acolhendo a proposta do Ministério Público aceita pelo autor da infração, o Juiz aplicará a
pena restritiva de direitos ou multa, que não importará em reincidência, sendo registrada apenas
para impedir novamente o mesmo benefício no prazo de cinco anos.
§ 5º Da sentença prevista no parágrafo anterior caberá a apelação referida no art. 82 desta Lei.
Art. 88. Além das hipóteses do Código Penal e da legislação especial, dependerá de representação a
ação penal relativa aos crimes de lesões corporais leves e lesões culposas.
(AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA - A AÇÃO PENAL RELATIVA AOS CRIMES DE LESÕES
CORPORAIS LEVES E LESÕES CULPOSAS DEPENDERÁ DE REPRESENTAÇÃO)
Quando a lesão corporal culposa ocorrer em determinadas situações, o réu perderá o direito aos
benefícios acima descritos na 9.099/95, como a composição civil dos danos (não se aplica o art. 74 da
9.099/95), a transação penal (não se aplica o art. 76 da 9099/95), e a ação será penal pública
incondicionada (não se aplica o art. 88 da 9099195).
As situações são:
I - sob a influência de álcool ou qualquer outra substância psicoativa que determine dependência;
II - participando, em via pública, de corrida, disputa ou competição automobilística, de exibição ou
demonstração de perícia em manobra de veículo automotor não autorizada pela autoridade competente;
III - transitando em velocidade superior à máxima permitida para a via em 50km/h (cinquenta quilômetros por
hora).
Por fim, perceba que o crime continua sendo de menor potencial ofensivo ainda que combinado com as
circunstâncias acima, devendo o processo ocorrer no JEC (Juizado Especial Criminal), porém não será
lavrado termo circunstanciado, passará necessariamente por inquérito policial.
Sempre que o agente praticar lesão corporal culposa na direção de veículo automotor em situações
diferentes das especificadas acima nos itens 3.2.1.1 e 3.2.1.2, a lesão corporal culposa será considerada um
crime de menor potencial ofensivo, com a aplicação da 9.099/95 na íntegra.
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Art. 296. Se o réu for reincidente na prática de crime previsto neste Código, o juiz aplicará a
penalidade de suspensão da permissão ou habilitação para dirigir veículo automotor, sem prejuízo
das demais sanções penais cabíveis. (Redação dada pela Lei 11.705/08)
Na redação anterior, o juiz poderia aplicar a suspensão; a Lei 11.705/08 tornou esta aplicação da
pena obrigatória para o reincidente em crimes previstos no CTB.
Na primeira redação do CTB, embriaguez combinada com o homicídio culposo e com a lesão corporal
culposa era absorvida por esses delitos, uma vez que a embriaguez era um crime de perigo em concreto, e
se consumava com o homicídio ou com a lesão corporal culposa. De outra forma, a situação de perigo,
necessária para configuração da embriaguez, eram o homicídio e a lesão corporal, havendo apenas uma
única conduta a ser punida.
Percebendo o legislador que não era razoável punir com a mesma pena aquele que atropela
embriagado e aquele que atropelava sóbrio, fez a inclusão do inciso V, do artigo 302 do CTB, fazendo
com que aquele que praticasse lesão corporal culposa ou homicídio culposo embriagado respondesse
pelo crime com sua pena aumentada, conforme redação da Lei 11.275/06. Com a inclusão desse
dispositivo, surgiu uma outra impropriedade: aquele que era flagrado embriagado conduzindo veículo
automotor, gerando perigo de dano, responderia, necessariamente, pelo delito do artigo do CTB, pois a
ação é penal pública incondicionada; agora, aquele que causasse a lesão corporal culposa, ainda que
embriagado, poderia não responder pelo delito, porque a ação é penal pública condicionada à repre-
sentação, sendo a embriaguez apenas uma circunstância aumentativa de pena, o que era um absurdo.
A Lei 11.705/08 corrigiu essas impropriedades técnicas quando tornou a embriaguez ao volante um
crime de perigo em abstrato (presunção de perigo absoluta, não admitindo prova em contrário), pois
aquele que pratica lesão corporal culposa embriagado responderá por dois delitos em concurso
material, e ambos de ação penal pública incondicionada, por força dos artigos 291 e 306, ambos do
CTB. No fato de sentar-se embriagado ao volante temos um crime consumado, portanto sendo uma
conduta distinta do atropelamento, que acontece após o exaurimento do primeiro delito.
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Art. 306. Conduzir veículo automotor na via pública, estando com concentração de álcool por litro
de sangue igual ou superior a 6 (seis) decigramas, ou sob a influência de qualquer outra substância
psicoativa que determine dependência.
Penas - detenção, de seis meses a três anos, multa e suspensão ou proibição de se obter a
permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor.
Parágrafo único. O Poder Executivo federal estipulará a equivalência entre distintos testes de
alcoolemia, para efeito de caracterização de crime tipificado neste artigo. (Redação dada pela Lei
11.705/08)
Por fim, vamos comentar o último artigo do CTB que sofreu alteração pela Lei 11.705/08. Temos aqui
três considerações sobre o dispositivo:
a) A primeira consideração a ser feita é que o crime da embriaguez deixou de ser um crime de perigo em
concreto para ser um crime de perigo em abstrato. Antes para consumação do delito era necessário
que o condutor estivesse ziguezagueando, transitando sobre calçadas, roletando cruzamentos, ou seja,
atentando objetivamente contra a incolumidade pública. Com a alteração, ainda que esteja conduzindo
adequadamente, e, se tiver acima dos índices permitidos, será enquadrado no artigo 306 do CTB.
Finalmente, perceba que o condutor que não se submete aos exames propostos será,
certamente, autuado pelo cometimento de uma infração de trânsito conforme comentários do artigo
277 do CTB; porém dificilmente será enquadrado no artigo 306 do CTB, uma vez que tem
necessariamente de estar acima de determinados índices, que é contestável, ainda que alegado numa
perícia especializada.