Objeto:
MEMORIAL DESCRITIVO DA ESTRUTURA DE AÇO
Arquivo:
LFITR-ME-EX-MD-00-001-R08-MemorialDescritivo
Obra:
LABORATÓRIO-FÁBRICA DE ÍMÃS DE TERRAS-RARAS
Localização - UF
LAGOA SANTA – MG
Título do Projeto:
MEMORIAL DESCRITIVO DA ESTRUTURA DE AÇO
Obra:
LabFabITR Laboratório-Fábrica de Ímãs de Terras-Raras
Proprietário:
CODEMIG – COMPANHIA DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO DE MINAS GERAIS
CNPJ: 19.791.581/0001-55
Localização - UF
AVENIDA BELMIRO JOÃO SALOMÃO – BAIRRO LATICAM GOMIDES
LAGOA SANTA – MG
Zoneamento:
ADE-4
Modelo de Ocupação:
MA-09
Responsável Técnico
Engenheiro Civil
EDGARD TRAUTWEIN
CREA/PR 13038-D
1. GENERALIDADES ................................................................................................... 7
1.1. OBJETIVO ..................................................................................................................................... 7
1.2. MEMORIAL JUSTIFICATIVO ......................................................................................................... 7
1.3. MEMORIAL ESPECIFICATIVO ...................................................................................................... 7
1.4. MEMORIAL DESCRITIVO .............................................................................................................. 7
1.5. EXECUÇÃO DOS SERVIÇOS ....................................................................................................... 7
6. REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 37
7. NORMAS .............................................................................................................. 37
8. DOCUMENTOS COMPLEMENTARES ................................................................... 37
1.1. OBJETIVO
Este memorial visa a estabelecer as condições básicas que deverão ser seguidas durante
a construção e montagem das Estruturas Metálicas do empreendimento LabFabITR, localizada
em Lagoa Santa, estado de Minas Gerais - MG
Este documento apresenta os tópicos das especificações de materiais e acabamentos da
metálica, com o objetivo de descrever as características principais de cada item,
possibilitando a aprovação pela FISCALIZAÇÃO do conceito proposto e indicar as áreas
principais de aplicação de cada item.
No caso de especificação de materiais rigorosamente similares aos especificados neste
memorial, os mesmos deverão ser analisados e aprovados previamente pelos calculistas
responsáveis pelo projeto antes de serem comprados e ou utilizados.
E está dividido em três seções, o Justificativo, Especificativo e Descritivo.
2.1. PREMISSAS
O projeto de estruturas metálicas seguiu as premissas determinadas no projeto de
arquitetura, em que as estruturas metálicas principais seriam as coberturas em alpendres no
prédio 01 – LabFab e nos prédios anexos ao prédio 01, as estruturas secundária, enterçamento
e longarinas, além do fechamento do prédio 01 - LabFab.
Também foram calculadas estruturas metálicas para passarela de manutenção dos
painéis fotovoltaicos, localizados na cobertura do prédio 01 – LabFab. Assim como para linha
de vida, escada metálica externa e passarela de ligação.
Por tratar-se de um prédio de processo mineralógico e siderúrgico com a presença de
magnetização, evitou-se o máximo a presença de estruturas metálicas próximas ao processo.
Desta forma a premissas gerais para o desenvolvimento deste projeto são:
a. Projetos as Estrutura
b. Afastamento dos dispositivos metálicos de importância da planta produtiva
Com isso as estruturas de aço estão localizadas, nos prédios de apoio, no anexo de
serviços e expedição, nos alpendres e na estrutura fina, terças, correntes, afastadores, da
cobertura.
3. MEMORIAL ESPECIFICATIVO
3.1. MATÉRIA-PRIMA
A matéria-prima utilizada deve ser de primeira qualidade e adquirida de fabricantes
nacionais com fornecimento de certificados. Os materiais utilizados devem estar de acordo
com as especificações abaixo:
- Perfis soldados e chapas: USI SAC 300 (para estruturas pintadas)
- Perfis soldados e chapas: COS CIVIL 300 (para estruturas galvanizadas)
- Perfis de chapa dobrada: USI SAC 300 (para estruturas pintadas)
- Perfis de chapa dobrada: COS CIVIL 300 (para estruturas galvanizadas)
- Perfis W laminados: ASTM A-572
- Perfis U laminados, barras chatas e cantoneiras laminadas: ASTM A-36
- Perfis redondos e chumbadores: ASTM A-36
- Parafusos: ASTM A-325 galvanizados.
- Solda MIG-MAG - na soldagem MIG-MAG, deverá ser utilizado o arame
categoria AWS-E-70S6 e o gás AGA MIX 20.
- Solda eletrodo - na soldagem com eletrodo revestido deverá ser utilizado o
eletrodo da categoria AWS-E-7018.
- Solda ao arco submerso - na soldagem com arco submerso deverá ser utilizado
SAW-AWS-F7AO EL 12 (combinação arame fluxo).
4. MEMORIAL DESCRITIVO
O presente capítulo trata de indicações para fabricação, transporte, guarda do material
e manuseio.
4.1. GENERALIDADES
4.2. FABRICAÇÃO
A fabricação da estrutura deve ser realizada de acordo com as Normas do American
Institute of Steel Construction "Specification for the Design, Fabrication of Structural Steel for
Buildings".
Todos os materiais devem ser limpos e retilíneos e quando necessário endireitar ou aplainar
algumas superfícies, isto deverá ser feito por um processo tal que não prejudique as
propriedades elásticas e a resistência do material.
As arestas das superfícies das chapas e perfis guilhotinados e/ou oxicortadas devem ser
esmerilhadas.
As superfícies a soldar devem estar livres de escamas, escória, ferrugem, graxa, pintura ou
qualquer outro material estranho que resista a uma limpeza com escova de aço. As superfícies
das juntas devem estar livres de rebarbas.
Os elementos componentes da estrutura metálica feitos em fábrica devem ser soldados
ou parafusados, prevendo-se a ligação dos mesmos no local de montagem, através de
parafusos ou solda conforme estiver indicado no projeto de detalhamento.
Em estruturas ou elementos soldados a execução e a sequência da soldagem devem ser
realizadas de modo a evitar distorções fora de Norma e reduzir ao máximo as tensões residuais
por contração.
4.2.1. Chumbadores
A fabricante da estrutura metálica vinculada a CONTRATADA fornecerá todos os
chumbadores a serem embutidos no concreto em data determinada pelo cronograma das
obras civis ou pelo cronograma de serviços.
A responsabilidade pela colocação dos chumbadores é da CONTRATADA e seus terceiros
de metálica e concreto pré-moldados vinculados.
Após a montagem, os chumbadores devem ser ajustados de tal forma que as partes
fiquem em estreito contato. Posteriormente deve ser feito o ajuste definitivo das porcas em 1/4
de volta.
A liberação dos apoios para montagem das estruturas metálicas deve ser de
responsabilidade do pessoal das obras civis, que vai verificar o nivelamento e a perfeita
locação dos chumbadores.
4.2.3. Vigas
As vigas devem ser soldadas na fábrica e parafusadas no campo, exceto se indicado de
outra forma no projeto.
4.2.4. Soldas
Solda MIG-MAG - na soldagem MIG-MAG, deve ser utilizado o arame categoria AWS-E-
70S6 e o gás AGA MIX 20.
Solda eletrodo - na soldagem com eletrodo revestido deve ser utilizado o eletrodo da
categoria AWS-E-7018.
Solda ao arco submerso - na soldagem com arco submerso deve ser utilizado SAW-AWS-
F7AO EL 12 (combinação arame fluxo).
As soldas de oficina e de campo devem ser feitas por arco elétrico conforme a A.W.S.
D1.1. Soldas feitas no aço SAC 300 devem estar de acordo com a A.W.S. A-51 ou A-5.5 com
eletrodos da série E-7018 ou por arco submerso Grade SAW-2.
A preparação das bordas e juntas, quando necessário, deve ser feita em geral com
esmerilhadora, maçarico ou chanfradeira pneumática.
As soldas de fábrica e de campo devem ser executadas através de procedimentos de
soldagem pré-qualificados conforme A.W.S. D1.1/94.
As soldas das peças principais, tais como vigas e colunas devem ser executadas por
soldadores/operadores qualificados conforme norma A.W.S. D1.1/94.
4.2.6. Tolerâncias
As peças que deverão ser unidas a outros elementos estruturais de aço não podem sofrer
uma variação no seu comprimento maior que: 4 mm para elementos com comprimento até
9000 mm; 6 mm para elementos com comprimentos maiores que 9000mm.
Chapas laminadas para bases de colunas devem ser usadas sem mecanização. Devem
estar desempenadas e apresentar superfície plana para perfeito assentamento.
4.2.7. Puncionamento
Todos os furos devem ser executados de forma que possibilitem a inserção de um parafuso
com diâmetro 1/16" inferior ao diâmetro do furo.
Espaçamento entre furos, distâncias das bordas, etc., devem estar de acordo com as
especificações correspondentes das normas.
Em espessuras superiores a 7/8", os furos devem ser broqueados.
4.2.8. Maçarico
As peças cortadas devem apresentar um bom acabamento, equivalente a um corte de
guilhotina.
Só serão permitidos alargamentos de furos com maçarico, seja na oficina ou na
montagem, após aprovação da FISCALIZAÇÃO.
A utilização de maçarico, fora dos casos comuns, deverá ser aprovada pela fiscalização.
4.3. MONTAGEM
A CONTRATADA elaborará os projetos de montagem com todas as marcas indicadas nos
desenhos de fabricação. Estes desenhos conterão as informações necessárias para uma
montagem completa e satisfatória mostrando plantas, elevações e seções, indicando marca
e posição de todas as peças.
Nos desenhos de montagem da CONTRATADA, todas as peças deverão ser identificadas
com as mesmas marcas ou números que estarão identificadas nas próprias peças.
Qualquer erro constatado pelo montador nos elementos ou documentos do projeto
deverá ser comunicado à fiscalização para ser providenciada a adequada solução.
A CONTRATADA fará a montagem completa das estruturas metálicas conforme desenhos
liberados e/ou aprovados.
A CONTRATADA fornecerá a FISCALIZAÇÃO qualquer informação técnica quando
solicitada, sobre o andamento de seus trabalhos.
A CONTRATADA verificará, depois da concretagem, as elevações de colunas e
fundações e o alinhamento e locação de todos os chumbadores e insertos, antes de iniciar a
montagem. Essa verificação poderá ser feita com teodolito ou nível, e qualquer erro
constatado deverá ser comunicado por escrito à FISCALIZAÇÃO a fim de que sejam
providenciadas as devidas correções.
4.4. TRANSPORTE
As cargas devem ser colocadas sobre o veículo que as transportará de forma a não
sofrerem danos durante o trajeto. Deverão ser utilizados calços de madeira ou outro material
como espaçadores entre as peças e como suportes para uma distribuição uniforme do peso
sobre a superfície do veículo.
As peças devem ser devidamente amarradas e travadas, utilizando-se proteções nas
quinas para evitar rompimento dos cabos de amarração ou danos.
5.2. MATERIAIS
Materiais adquiridos para a fabricação e os materiais em estoque quando forem utilizados
para fins Estruturais materiais provenientes do estoque, deverão atender a qualidade mínima
exigida pelas especificações de projeto.
Os relatórios de ensaios expedidos pelas Usinas devem ser aceitos como atestado de
qualidade para os materiais. A CONTRATADA deverá conferir e arquivar os relatórios de ensaios
de Usina referentes aos materiais de seus estoques.
Materiais de estoque que foram comprados sem que atendam a especificação da ABNT
e que não possuam o certificado expedido pela Usina ou outro certificado reconhecido,
devem ser estocados em separado e usados somente após a aprovação do PROJETISTA.
5.3. LIGAÇÕES
Elementos de ligação salientes não necessitam de desempeno no plano da ligação,
desde que atendam às limitações da NBR 8800 e do presente documento.
Linha teórica de
curvatura da treliça
Contra-flecha especificada
Ponto de apoio
Linha reta entre pontos de apoio
L
vão
Tomando L como a distância entre o ponto onde é especificada uma
- Para uma coluna individual adjacente a um poço de elevador, o desvio dos pontos de
trabalho em relação ao alinhamento estabelecido para as colunas poderá ser igual ou
inferior a 25mm nos primeiros 20 andares. Acima desse nível, é permitido um acréscimo de
1mm no desvio para cada andar adicional, até um máximo de 50mm em relação ao
alinhamento estabelecido para as colunas;
- Para uma coluna externa individual, o desvio dos pontos de trabalho em relação ao
alinhamento estabelecido para as colunas nos primeiros 20 andares poderá ser igual ou
inferior a 25mm em direção ao edifício e de 50mm afastando-se do plano da fachada do
edifício. Acima desse nível é permitido um desvio de 2mm para cada andar adicional até
um máximo de 50mm em direção ao edifício e de 75mm na direção oposta ao plano da
fachada;
- Para uma coluna externa individual, os seus pontos de trabalho que passam por qualquer
emenda em edifícios de múltiplos andares, e nos topos das colunas para edifícios de um
só andar, deverão recair dentro de uma envoltória horizontal, paralela à fachada, de
largura igual ou menor que 38mm, para edifícios de até 90m de comprimento. É permitido
A CONTRATADA deve garantir que a Estrutura esteja montada dentro dos requisitos de
aceitação, procedendo a uma verificação antes e depois do Grauteamento das bases da
Estrutura.
Será certificado se a Estrutura de Aço está aceitável ou não quanto aos requisitos de
prumo, elevação e alinhamento antes de liberar a execução civil para construir ou agregar
quaisquer outros elementos sobre a mesma.
A falta desta inspeção não significa que a Estrutura esteja liberada pela FISCALIZAÇÃO
nem dispensa a CONTRATADA do atendimento aos requisitos deste documento. A
CONTRATADA deverá atender às eventuais correções exigidas pela FISCALIZAÇÃO antes que
a execução civil inicie a execução de quaisquer itens que devam ser apoiados, ligados ou
construídos sobre a Estrutura.
Deverá ser tomado cuidado especial para evitar o umedecer a lã de rocha durante o
manuseio e aplicação.
5.12.5. Acessórios
Para garantir a vedação e durabilidade adequadas, será necessário o uso de acessórios e
vedações complementes de excelente qualidade como:
- Fita isolante entre longarinas, terças e as telhas;
- Fita de vedação, utilizada sempre na sobreposição transversal e na longitudinal em
situações mais críticas.
- Fechamento de onda, utilizada na linha de calha e nas cumeeiras para evitar infiltrações
e entrada de aves.
5.12.6. Fixações
Observar o tipo de fixação adequado, conforme o fabricante de telhas. Parafusos Auto
perfurantes com cabeça inox pré-pintado, com arruela de borracha EPDM.
5.13.1. Transporte
O transporte das telhas de aço é extremamente simples. No entanto, a logística de
transporte deverá ser definida antecipadamente, para que não se programe o recebimento
em locais de difícil acesso, com área restrita.
5.13.2. Recebimento
O recebimento e armazenagem das telhas, rufos, calhas e acabamentos em obra, deve
ser feito de tal forma a garantir a integridade das chapas em obra de tal maneira a não
danificar a cor e evitar o amassamento, riscos e outros danos, portanto devem ser protegidas
do trafego de pessoas e veículos, do sol, da chuva.
No recebimento deve-se conferir e verificar se as telhas estão protegidas e se há algum
dano na embalagem, e se estão cobertas por filme de proteção. Caso haja dano examine
cuidadosamente as telhas.
Caso as telhas estejam molhadas, não o estocar, enxugar primeiro, uma a uma conforme
for descarregando. Para tanto, usar o mesmo número de homens na carroceria e no solo. É
necessário proteger as mãos com luvas de raspa.
As telhas não podem ser arrastadas.
Devido a seu reduzido peso unitário, as telhas de aço podem ser manuseadas por uma só
pessoa, exceto nos casos de telhas com comprimentos muito elevados.
Ao erguer-se uma telha, não transmitir compressão à mesma, evitando deformações em
seu perfil.
Recomenda-se a utilização de caibros sob as telhas para erguê-las. Todo cuidado deve
ser tomado para que uma telha não seja arrastada sobre a outra, principalmente as pré-
pintadas.
Memorial Descritivo da Estrutura de Aço – CODEMIG / CERTI
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5.14. MANUSEIO, ARMAZENAGEM DE ESTRUTURA, TELHAS, ARREMATES E FECHAMENTOS
A CONTRATADA deverá tomar precauções adequadas no manuseio e na armazenagem
das Estruturas durante as operações de Montagem de forma a evitar deformações, danos à
pintura ou o acúmulo de sujeira.
A CONTRATADA será responsável pela correção de eventuais danos às peças e à pintura
que possam ter ocorrido, ou pela remoção de sujeira que possa ter-se acumulado durante a
armazenagem e a Montagem da Estrutura no canteiro. A CONTRATADA não será responsável
pela remoção de resíduos resultantes das atividades da execução da civil ou outros.
Para isso o local onde for depositado o material deve ser estável e estar coberto com lona
preta, fazendo-se uma cobertura provisória sobre o volume dos materiais, porém sem
envelopamento de tal maneira que possibilite a ventilação para não haver condensação e
formação de manchas pelo gotejamento.
Especial cuidado deve-se tomar com os pacotes de lã de rocha, que deverão ser
guardados em depósito fechado.
7. NORMAS
- ABNT NBR 8800:2008 – Projeto de estruturas de aço e de estruturas mistas de aço e
concreto de edifícios;
- ABNT NBR 6123:1988 - Forças devidas ao vento em edificações;
- ABNT NBR 6120:1980 - Cargas para cálculo de estruturas de edificações;
- ABNT NBR 14323:1999 - Dimensionamento de Estruturas de Aço de Edifícios em Situação
de Incêndio – Procedimento
- ABNT NBR 14762:2010 – Dimensionamento de estruturas de aço constituídas por perfis
formados a frio;
- AISI LRFD - American Iron and Steel Institute, "Specification for the Design of Cold-Formed
Steel Structural Members".
- AASHTO Specification – The 2004 AASHTO LRFD Bridge Design Specifications, 3rd Edition,
with interims, or the 2002 AASHTO Standard Specifications for Highway Bridges, 17a.
Edition, with interims
- AISC Code of Standard Practice for Steel Buildings and Bridges, AISC (American Institute
of Steel Construction), March 18, 2005
- AISC Manual of Steel Construction— The AISC Manual of Steel Construction, 13th Edition
- Lei 8.078
- Código Civil Brasileiro
8. DOCUMENTOS COMPLEMENTARES
- Desenhos de projetos;