INTRODUÇÃO
12.2 Damásio começou a escrever o livro com o intuito de propor que a razão não
é tão pura quando se pensou.
12.2 A emoção era um componente integral da maquinaria da razão.12.3 não se
pretende negar que as emoções e os sentimentos podem provocar distúrbios destrutivos
nos processos de raciocínio.
12.3 Tampouco se pretende afirmar que, quando têm uma ação positiva, as
emoções tomam as decisões por nós ou que não somos seres racionais.
13.1 HANS JONAS (heurística do temor): emoções e os sentimentos, auxiliam-nos
na assustadora tarefa de fazer previsões relativamente a um futuro incerto.13.2 Sugerirei
ainda que a razão humana depende não de um único centro cerebral, mas de vários
sistemas cerebrais que funcionam de forma concertada ao longo de muitos níveis de
organização neuronal.
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13.3 HANS JONAS (evolução dos organismos primitivos) As ordens de nível inferior
do nosso organismo fazem parte do mesmo circuito que assegura o nível superior da
razão.14.2 emoção é o segundo tema central deste livro.
14.2 A essência de um sentimento é a percepção direta de uma paisagem
específica. 15.1 Na paisagem do seu corpo, os objetos são as vísceras. O sentimento é a
“vista” momentânea de uma parte dessa paisagem corpora.
15.2 sentimentos não são intangíveis
16.3 POSSIVELMENTE HANS JONAS?: emoção e os sentimentos constituem a
base daquilo que os seres humanos têm descrito há milênios como alma ou espírito
humano.
16.4 terceiro tema do livro: o corpo pode constituir o quadro de referência
indispensável para os processos neurais que experienciamos como sendo a mente.
17.2 A mente teve primeiro de se ocupar do corpo, ou nunca teria existido.
17.3 operações fisiológicas que denominamos por mente.
19.1 HANS JONAS (a última palavra da ciência sobre a natureza): ponto de vista
sobre os limites da ciência: com ceticismo que encaro a presunção da ciência relativamente
à sua objetividade e ao seu caráter definitivo. Tenho dificuldade em aceitar que os
resultados científicos sejam algo mais que aproximações provisórias.
PARTE 1
CONSTERNAÇÃO EM VERMOT: PHINIAS P. GAGE. GADE DEUXIY DE SER
GAGE. POR QUE PHINEAS GAGE? UM APARTE SOBRE FRENOLOGIA. UM CASO
PARADIGMÁTICO “A POSTERIORI”,O CASO PHINEAS CAGE (RESUMO): GAGE
SOFREU UM ACIDENTE E TEVE A REGIÃO PRÉ-FRONTAL LESIONADA. AS
ANOTAÇÕES QUE SE SEGUEM DÃO CONTA DAS CONSEQUÊNCIAS DA LESÃO.
32.1 o que houve com Phineas Cage: Uma parte do sistema de valores continua a
existir e pode ser utilizada em termos abstratos, mas encontra-se desligada das situações
da vida real. 34.1 compreender a alteração de comportamento de Gage significaria acreditar
que a conduta social normal requeria uma região cerebral correspondente particular.
40.3 Poderá Gage ser descrito como estando dotado de livre-arbítrio?
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77.2 Não vou negar que as emoções não controladas e mal orientadas podem
constituir uma das principais origens do comportamento irracional.
78.1 A redução das emoções pode constituir uma fonte igualmente importante de
comportamento irracional.
81.4 “matriz de Phineas Gage”: depois de sofrer a lesão dos córtices frontais, sua
capacidade para escolher o curso de ação mais vantajoso foi perdida; apesar de ter
conservado capacidades intelectuais intatas, as emoções e os sentimentos estavam
comprometidos.
95.1 experimento com animais: lesões equivalentes em macacos causam uma
deficiência no processamento emocional, como foi demonstrado primeiro por Larry
Weiskrantz e depois confirmado por Aggleton e Passingham. Além disso, ao trabalhar com
ratos, Joseph LeDoux mostrou, sem sombra de dúvida, que a amígdala desempenha um
papel nas emoções. <~ ler Le Doux.
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95.3 Poder-se-ia dizer, metaforicamente, que a razão e a emoção “se cruzam” nos
córtices pré-frontais ventromedianos e também na amígdala.
99.3 Mais experimentos com animais. 101.2 macacos com lesões pré-frontais não
conseguem seguir as convenções sociais características da organização de uma
comunidade.
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122.4 ideia da integração pelo tempo: a experiência é sentida por áreas distintas
do cérebro e é sincronizada através de uma equivalência temporal nas áreas.
124.3 partilhamos com alguns animais, as imagens em que se apoia nosso conceito
do mundo
125.1 a atividade neural que está mais intimamente relacionada com as imagens
que experienciamos ocorre nos córtices sensoriais iniciais.
147.2 os sinais neurais dão origem a sinais químicos, que por sua vez dão origem
a outros sinais químicos que podem alterar o funcionamento de muitas células.
148.2 exemplos de interação mente-corpo.
152.2 O controle das inclinações animais por meio do pensamento, da razão e da
vontade é o que nos torna humanos, segundo As paixões da alma de Descartes. Estou de
acordo com sua formulação, só que, onde ele especificou um controle alcançado por um
agente não físico, vejo uma operação biológica estruturada dentro do organismo humano
que em nada é menos complexa, admirável ou sublime. [O controle do animal pelo animal].
153.1 Não viso reduzir os fenômenos sociais a fenômenos biológicos, mas antes
debater a forte ligação entre eles.
153.2 suspeito que as representações neurais da sabedoria [conhecimentos da
cultura] que incorporam e dos meios para implementar essa sabedoria se encontram
ligadas, de forma inextricável, à representação neural dos processos biológicos inatos de
regulação.
155.1 DIFERENÇA ANTROPOLÓGICA: fora desse duplo condicionante, as
estratégias suprainstintivas de sobrevivência criam algo exclusivamente humano: um ponto
de vista moral que, quando necessário, pode transcender os interesses do grupo ou até
mesmo da própria espécie <~confrontar com novas descobertas.
156.2 quanto maior o neocórtex, maior a capacidade para memória.
160.3 estamos programados para reagir com uma emoção de modo pré-organizado
quando certas características dos estímulos, no mundo ou nos nossos corpos, são
detectadas individualmente ou em conjunto.
161.3 Para que complicar as coisas e fazer intervir a consciência nesse processo
[emoção secundária], se já existe um meio de reagir de forma adaptativa em termos
automáticos? A resposta é que a consciência proporciona uma estratégia de proteção
ampliada.
161.3 Damásio sugere que só humanos sentem emoções? Ele diz: pelo menos nos
seres humanos o ciclo continua: e a sensação da emoção.
163.2 As emoções primárias (leia-se, inatas, pré-organizadas, jamesianas)
dependem da rede de circuitos do sistema límbico, sendo a amígdala e o cíngulo as
personagens principais; as secundárias, são deliberadas: as manifestações do corpo em
três níveis: 1) O processo inicia-se com as considerações deliberadas e conscientes que
lhe ocorrem em relação a uma determinada pessoa ou situação; 2) em um nível não
consciente, redes no córtex pré-frontal reagem automática e involuntariamente aos sinais
resultantes do processamento; 3) de forma não consciente, a resposta das disposições
pré-frontais é assinalada à amigdala e ao cíngulo anterior.
204.1 Se sua mente dispuser apenas do cálculo racional puro, vai acabar por
escolher mal e depois lamentar o erro (impossível transformar as possibilidades em
símbolos para o cálculo sem demorar uma eternidade para isso).
204.2 a estratégia fria defendida por Kant, entre outros, tem muito mais a ver com
a maneira como os doentes com lesões pré-frontais tomam suas decisões do que com a
maneira como as pessoas normais tomam decisões.
205.1 HIPÓTESE DO MARCADOR-SOMÁTICO: raciocinar com vista à solução do
problema, sucede algo importante. Quando lhe surge um mau resultado associado a uma
dada opção de resposta, por mais fugaz que seja, você sente uma sensação visceral
desagradável. Como a sensação é corporal, atribuí ao fenômeno o termo técnico de estado
somático (em grego, soma quer dizer corpo); e, porque o estado “marca” uma imagem,
chamo-lhe marcador. Incluo tanto as sensações viscerais como as não viscerais.
205.2 função do marcador-somático: ele faz convergir a atenção para o resultado
negativo a que a ação pode conduzir. A análise custos/benefícios e a capacidade dedutiva
adequada ainda têm o seu lugar, mas só depois de esse processo automático reduzir
drasticamente o número de opções.
206.1 os marcadores-somáticos são um caso especial do uso de sentimentos
gerados a partir de emoções secundárias. Essas emoções e sentimentos foram ligados,
pela aprendizagem, a resultados futuros previstos de determinados cenários.
206.3 Os marcadores-somáticos não tomam decisões por nós. Ajudam o processo
de decisão dando destaque a algumas opções.
207.2 A força de vontade é uma metáfora para a idéia de escolher de acordo com
resultados a longo prazo e não a curto prazo.
208.1 os comportamentos altruístas beneficiam quem os pratica num outro aspecto
que assume relevância aqui: permitem evitar a dor e o sofrimento futuros que seriam
provocados pela vergonha de não agir com altruísmo.
209.2 da liberdade: os seres humanos contam com alguma margem para essa
liberdade, para querer e executar ações que podem ir contra a aparente determinação da
biologia e da cultura.
209.4 humanos, outros mamíferos e aves, nascemos com a maquinaria neural
necessária à criação de estados somáticos em resposta a determinadas categorias de
estímulos, a maquinaria das emoções primárias.
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241.2 os doentes com lesão frontal não conseguiram produzir nenhuma resposta
de condutividade dérmica quando expostos a imagens perturbadores. Seus registros eram
planos, em comparação com pessoas normais.
256.3 a idéia de que a mente emerge do organismo como um todo. Ou seja (257.1)
circuitos neurais representam o organismo continuamente, à medida que é perturbado
pelos estímulos do meio ambiente físico e sociocultural, e à medida que atua sobre esse
meio)
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257.3 def., eu: que se baseia nas atividades em curso em todo o seu organismo,
ou seja, no corpo propriamente dito e no cérebro.
257.4 eu é um estado biológico constantemente reconstituído; não é o infame
homúnculo dentro do cérebro.
258.1 Damásio concorda com Dennett.
258.3 cérebro no pote: julgo que esse cérebro não teria uma mente normal.
259.1 MAS se fosse possível imitar, no nível dos nervos pendentes, as
configurações realistas de sinais recebidas como se proviessem do corpo, nesse caso o
cérebro retirado do corpo teria uma mente normal
261.1 a sobrevivência do corpo da forma mais eficaz possível, a natureza, a meu
ver, encontrou uma solução altamente eficiente: representar o mundo exterior em termos
das modificações que produz no corpo propriamente dito,
261.3 Quando coramos ou empalidecemos, o rubor ou a lividez têm lugar na pele
“visceral” e não propriamente na pele que conhecemos como sensor do tato.
263.2 os sinais do exterior são duplos. Algo que se vê ou ouve excita o sentido da
visão ou da audição como um sinal “não corporal”, mas excita também um sinal “corporal”.
264.2 num organismo não dotado de sistema visual é possível encontrar-se um
antepassado da visão sob a forma de fotossensibilidade corporal integral.
265.1 Damásio cita Francisco Varela. É provável que tenha conhecido Jonas. "É
muito provável que a mente não seja concebível sem algum tipo de incorporação"
267.1 este livro não é sobre a consciência.
268.4 Minha interpretação do estado dos anosognósicos completos é a de que as
lesões sofridas destruíram parcialmente o substrato do eu neural.
269.1 AUTOCONSCIÊNCIA; atenção dispensada ao eu não significa que esteja
falando de autoconsciência, não se pode ter um eu sem vigília, atenção e formação de
imagens.
269.2 ao usar a noção de eu, não estou de modo algum sugerindo que todo o
conteúdo de nossas mentes seja inspecionado por um único conhecedor central e por um
único proprietário centrai, e muito menos que semelhante entidade se possa situar num
único local do cérebro. No entanto, o que estou afirmando é que nossas experiências
tendem a apresentar uma perspectiva consistente, como se de fato existisse um proprietário
e conhecedor centrai para a maioria, mas não todos, dos conteúdos mentais.
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EXPLICATIVO
44.IMAGEM: 1. B — área de Broca; M — área motora; W — área de Wemicke
47.2 sistema nervoso central está “neuramente” ligado a praticamente todos os
recantos e recessos do resto do corpo por nervos, que no seu conjunto constituem o
sistema nervoso periférico.
48.1 massa cinzenta corresponde em grande parte a grupos de corpos celulares
dos neurônios, enquanto a massa branca corresponde em larga medida aos axônios, ou
fibras nervosas, que saem dos corpos celulares da massa cinzenta.
49.2 estrutura do cérebro à qual a neurociência tem dedicado a maior parte de seu
esforço de investigação é o córtex cerebral. Córtex cerebral. Esse pode ser visualizado
como um manto envolvente do cérebro cobrindo todas as superfícies,
50.1 a massa cinzenta abaixo do córtex é conhecida como subcortical.
51.3 neurônios organizados em circuitos locais, os quais, por sua vez, constituem
regiões corticais (se estão dispostos em camadas) ou núcleos (se estão agregados em
grupos que não formam camadas.
51.4 neurônios possuem três componentes importantes: um corpo celular; uma
fibra principal de saída, o axônio; e fibras de entrada, ou dendritos.
52.2 sinapses podem ser estimuladoras ou inibidoras.
53.1 Níveis de arquitetura neural:
Neurônios
Circuitos locais
Núcleos subcorticais
Regiões corticais
Sistemas
Sistemas de sistemas
84.1 Um feixe de axônios que sai de uma determinada região e destina-se a um
dado alvo é freqüentemente referido como uma “projeção”. Uma seqüência de projeções
através de várias estações-alvo é conhecida como “via”.
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IMPORTANTE
A MENTE É O CORPO MAIS O CÉREBRO
RELACIONAR COM O MONISMO INTEGRAL DE JONAS.
DICIONÁRIO DAMÁSIO:
Sentimento: A essência de um sentimento é a percepção direta de uma paisagem
específica (14.2). Na paisagem do seu corpo, os objetos são as vísceras. O sentimento é a
“vista” momentânea de uma parte dessa paisagem corpora (15.1). Experiência do que o
corpo está fazendo enquanto pensamentos sobre conteúdos específicos continuam a
desenrolar-se, é a essência daquilo que chamo de um sentimento (175.2). Os sentimentos
são divididos em três grupos: a) sentimentos de emoções universais, básicas: felicidade,
tristeza, cólera, medo e nojo; b) sentimentos de emoções universais sutis: variações do
primeiro tipo. São eles: felicidade: euforia e êxtase – tristeza: melancolia e ansiedade –
medo pânico e timidez; c) Sentimentos de fundo.
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somatossensorial. (168). O estímulo pode ainda atuar diretamente na amígdala, mas agora
é também analisado no processo de pensamento e pode a partir daí ativer os córtices
frontais. Em suma, elas são culturais e dependem da deliberação (vergonha, excitação
erótica, etc.); já as primárias, são automáticas (medo, raiva, etc.): as manifestações da
emoção secundária ocorre em três momentos: 1) O processo inicia-se com as
considerações deliberadas e conscientes que lhe ocorrem em relação a uma determinada
pessoa ou situação; 2) em um nível não consciente, redes no córtex pré-frontal reagem
automática e involuntariamente aos sinais resultantes do processamento; 3) de forma não
consciente, a resposta das disposições pré-frontais é assinalada à amigdala e ao cíngulo
anterior (166-167).
Sentimento de fundo (background): é especial porque não tem origem nas
emoções, têm origem nos estados corporais de “fundo” (181). Não são nem muito positivos,
nem negativos, mas podem ser desagradáveis ou agradáveis. O sentimento de fundo é a
imagem da paisagem do corpo quando essa não se encontra agitada pela emoção..
Justaposição: Um sentimento depende da justaposição de uma imagem do corpo
propriamente dito com uma imagem de alguma outra ciosa. A imagem do corpo
propriamente dito surge após a imagem desse “algo mais” (175). Verifica-se uma
“combinação” em vez de uma mistura.
Razão nobre: deixamos a lógica formal conduzir-nos à melhor solução para o
problema. as emoções têm de ficar de fora.
Hipótese do marcador-somático: raciocinar com vista à solução do problema,
sucede algo importante. Quando lhe surge um mau resultado associado a uma dada opção
de resposta, por mais fugaz que seja, você sente uma sensação visceral desagradável.
Como a sensação é corporal, atribuí ao fenômeno o termo técnico de estado somático (em
grego, soma quer dizer corpo); e, porque o estado “marca” uma imagem, chamo-lhe
marcador. Incluo tanto as sensações viscerais como as não viscerais. A função do
marcador-somático: ele faz convergir a atenção para o resultado negativo a que a ação
pode conduzir. A análise custos/benefícios e a capacidade dedutiva adequada ainda têm o
seu lugar, mas só depois de esse processo automático reduzir drasticamente o número de
opções (205). Os marcadores-somáticos são um caso especial do uso de sentimentos
gerados a partir de emoções secundárias (206). Os marcadores-somáticos não tomam
decisões por nós. Ajudam o processo de decisão dando destaque a algumas opções (206).
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representações básicas do organismo (258). Um cérebro em um pote não teria uma mente
normal porque não teria um corpo; não seria “um bloco” completo (259). Se o cérebro se
desenvolveu em função da sobrevivência do organismo, não faria sentido ele não
representar um corpo, parte fundamental da empreitada vital (260). Desenvolver uma mente
conferiu aos organismo uma nova forma de se adaptar a circunstâncias do meio ambiente.
Eu [self?]: o eu é um estado biológico constantemente reconstituído; não é o infame
homúnculo dentro do cérebro. O eu se baseia nas atividades em curso em todo o seu
organismo, ou seja, no corpo propriamente dito e no cérebro. Não se pode ter um eu sem
vigília, atenção e formação de imagens (269). ao usar a noção de eu, não estou de modo
algum sugerindo que todo o conteúdo de nossas mentes seja inspecionado por um único
conhecedor central e por um único proprietário centrai, e muito menos que semelhante
entidade se possa situar num único local do cérebro. No entanto, o que estou afirmando é
que nossas experiências tendem a apresentar uma perspectiva consistente, como se de
fato existisse um proprietário e conhecedor centrai para a maioria, mas não todos, dos
conteúdos mentais (269). A reativação constante de imagens atualizadas sobre a nossa
identidade (uma combinação de memórias do passado e do futuro planejado) constitui uma
parte considerável do estado do eu tal como o concebo [o eu altera-se constantemente]
(270).
Subjetividade: uma imagem do objeto X e um estado do eu, que existem ambos
como ativações momentâneas de representações topograficamente organizadas, geram a
subjetividade que caracteriza nossas experiências (271). O cérebro possui três conjuntos
de estruturas neurais: a) que sustenta a imagem de um objeto; b) que sustenta as imagens
do eu; e c) zona de convergência, que está ligado a ambas de forma de recíproca e é o
substrato neural para a criação de representações dispositivas em todo o cérebro. Esse
conjunto intermediário constrói uma representação dispositiva do eu durante a alteração
resultante da resposta do organismo a um objeto. Quando um objeto sendo resentado, um
organismo reagindo à representação e um estado do eu no processo de alteração em
virtude da resposta do organismo ao objeto são retidos simultaneamente pela memória de
trabalho e pela atenção nos córtex iniciais, a subjetividade emerge. Isto é, durante essa
fase, quando o cérebro está produzindo não só imagens de um objeto e imagens das
respostas do organismo ao objeto, mas um terceiro tipo de imagem, a do organismo no ato
de perceber e responder a um objeto. Ver na página esquema da criação de subjetividade
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