RESUMO: O objetivo deste trabalho é analisar a influência da profundidade relativa da linha neutra,
adotada no dimensionamento à flexão simples, sobre a ductilidade de vigas e lajes de concreto armado. O
trabalho compreende uma ampla revisão sobre os critérios adotados pelas principais normas internacionais;
a elaboração de um modelo não linear para análise de seções de concreto armado sob flexão simples; a
verificação da ductilidade obtida no dimensionamento; a constatação do aviso prévio da ruptura através do
tamanho da abertura das fissuras. Desse estudo, conclui-se que não se deve realizar o dimensionamento à
flexão simples considerando todo o domínio 3, como tem sido feito tradicionalmente. Para a obtenção de
uma ruptura dúctil e com aviso prévio, é necessário limitar a profundidade da linha neutra, eliminando-se
parte do domínio 3. O critério do CEB é sugerido como sendo o mais adequado para a realização do
dimensionamento com ruptura dúctil.
ABSTRACT: The subject of this work is to analyze the influence of the relative depth of the neutral axis,
adopted in the flexure design, on the ductility of reinforced concrete beams and slabs. The work contains a
wide revision on the criteria adopted by the main design codes; the elaboration of a non-linear model for
analysis of reinforced concrete cross sections under flexure; the verification of the ductility obtained in
design; the verification of the warning of rupture through the cracks opening. Through this study, it is
concluded that the flexure design should not consider the whole domain 3, as it has been done
traditionally. To obtain ductile failure with warning of rupture, it is necessary to limit the depth of the
neutral axis, being eliminated a portion of the domain 3. The CEB criterion is suggested as being the most
appropriate for flexure design with ductile failure.
σc σs
0,85fcd
fyd
parábola do 2o grau
(ver ref. [1])
Es
1
εo εu ε c
εyd εs
Fig. 1 – Diagrama parábola-retângulo para o
concreto em compressão Fig. 2 – Diagrama tensão-deformação dos aços
para concreto armado para projeto
Na fig. 1, ε c e σ c representam a deformação e
a tensão de compressão, respectivamente, e f cd é A deformação de escoamento de cálculo, ε yd , é
a resistência à compressão de cálculo do concreto, dada por
dada por f yd
ε yd = (3)
Es
f cd = f ck γ c (1)
onde E s é o módulo de elasticidade longitudinal
onde f ck é a resistência característica à do aço.
compressão e γ c é um coeficiente parcial de O diagrama da fig. 2 é sugerido nas principais
segurança. normas internacionais, não se fazendo distinção
Esse coeficiente pode variar conforme a norma entre os aços laminados a quente e os aços
de projeto, bem como com as condições de encruados a frio.
concretagem. De acordo com a NBR-6118, em Entretanto, em relação ao valor do módulo de
condições normais de concretagem e para as elasticidade do aço, a NBR-6118 difere de todas as
combinações normais das ações no estado limite principais normas internacionais, como se observa
último, deve-se adotar γ c = 1,4 . na tabela 1.
As deformações ε o e ε u indicadas na fig. 1 são Tabela 1 – Valor do módulo de elasticidade do aço
variáveis, conforme o valor de f ck . Entretanto, no segundo diversas normas de projeto
projeto estrutural, é usual adotar os valores médios Norma Ano Ref. E s (GPa)
ε o = 0,002 e ε u = 0,0035 . NBR-6118 2003 2 210
Para os aços, adota-se o diagrama tensão- CEB/78 1978 3 200
deformação indicado na fig. 2. Esse diagrama é CEB/90 1990 4 200
usado para tração e para compressão. DIN-1045* 2001 5 200
Na fig. 2, ε s e σ s representam a deformação e EC2 2004 6 200
a tensão nas barras de aço, respectivamente. A ACI 1995 7 200
tensão de escoamento de cálculo f yd é dada por EHE 2007 8 200
AS 3600 2005 9 200
BS 8110** 1997 10 200
f yd = f yk γ s (2)
Normas que passaram a adotar o EC2:
* substituída por DIN EN 1992-1-1:2004
onde f yk é a tensão de escoamento característica ** substituído por BS EN 1992-1-1:2004
a NBR-6118. Esse fato foi alertado pelo Autor em classificadas como subarmadas, normalmente
artigo com comentários sobre a NBR-6118, armadas e superarmadas, como na ref. [1].
quando a mesma ainda se encontrava na fase de As peças superarmadas são aquelas que
projeto [11]. rompem no domínio 4. Em virtude do excesso de
Não é de conhecimento do Autor que esse valor armação, o aço não chega a escoar e a ruptura
E s = 210 GPa tenha embasamento experimental ocorre por esmagamento do concreto. A ruptura é
que justifique a divergência da NBR-6118 em frágil, brusca ou sem aviso prévio. Essas peças
relação a todas as normas internacionais devem ser evitadas, pois, além de não darem aviso
relevantes. Ao contrário, acredita-se que esse valor prévio da ruptura, o aço não é integralmente
tenha sido deixado na versão de 2003 da NBR- aproveitado. No projeto de vigas, consegue-se
6118 por puro esquecimento, ou sua alteração foi evitar esse tipo de situação com o emprego de
considerada de menor importância, sendo mantido armadura dupla (uma armadura tracionada e outra
no texto como um valor convencional que vinha comprimida).
sendo adotado desde a NBR-6118 de 1978.
Sendo assim, o Autor tem sugerido, em diversas 2. DIMENSIONAMENTO DE SEÇÕES
publicações, que a NBR-6118 seja alterada, RETANGULARES COM ARMADURA
passando a adotar E s = 200 GPa, como fazem as SIMPLES
demais normas. Aliás, deve-se observar que os
Na fig. 4, representa-se uma seção retangular de
conteúdos presentes na NBR-6118 foram extraídos
concreto armado com armadura simples,
dessas normas internacionais, em particular, do
submetida ao momento fletor de cálculo M d .
CEB/90[4]. Desse modo, não há justificativa para
se adotar um valor diferente para o módulo de
elasticidade dos aços. Por isso, adota-se neste eixo de simetria
trabalho o valor E s = 200 GPa. Md
Além das hipóteses admitidas anteriormente, é h linha neutra
necessário estabelecer o critério de ruptura das As
seções de concreto armado sob flexão simples e d
composta. Esse critério corresponde aos
conhecidos domínios de dimensionamento,
adotados na NBR-6118[2], com origem no
b
CEB/78[3].
No caso específico da flexão simples, o Fig. 4 – Seção retangular com armadura simples
equilíbrio só pode ser garantido nos domínios 2, 3
e 4, representados na fig. 3 (ver ref.[1]). Para caracterizar a seção transversal, é
introduzida a seguinte notação:
3,5o/oo
b = largura da seção; h = altura da seção;
d = altura útil (é a distância do centroide da
armadura até a borda comprimida);
As = área da seção da armadura tracionada.
h 2
considera-se que a seção é comprimida com a como indicado na fig. 6. Esse procedimento,
tensão constante σ cd = 0,85 f cd até uma inclusive, foi conservado na ref. [1].
profundidade 0,8 x .
σcd
x 0,8x
σ cd 3,5 o
As = 0,8ξ bd (5) ξb = oo (8)
f yd 3,5 o + ε yd
oo
onde o momento reduzido μ é dado por e só depende do aço empregado, sendo
independente da resistência à compressão do
Md concreto.
μ= (6)
bd 2σ cd Considerando os aços CA-50 e CA-60,
f yd = f yk 1,15 e E s = 200 GPa, obtêm-se os
A equação (4) permite obter a profundidade seguintes valores:
relativa da linha neutra, ξ = x d . Substituindo
esse valor na equação (5), obtém-se a área de aço ξ b = 0,617 para o aço CA-50;
As . ξ b = 0,573 para o aço CA-60.
Essas equações devem ser utilizadas enquanto
ξ ≤ ξ lim , onde ξ lim é um valor limite para a Assim, nesse procedimento tradicional, realiza-
profundidade da linha neutra capaz de assegurar se o dimensionamento com armadura simples
uma ruptura dúctil. sempre que ξ ≤ ξ b .
Durante muito tempo, o dimensionamento com É importante ressaltar que as vigas projetadas
armadura simples foi feito considerando todo o considerando ξ lim = ξ b possuem alguma
domínio 3, ou seja, admitindo-se a restrição ductilidade, já que os estribos, sempre existentes,
x ≤ xb , onde xb representa a profundidade da conferem certo grau de confinamento ao concreto,
linha neutra no limite entre os domínios 3 e 4,
Teoria e Prática na Engenharia Civil, n.14, p.1-13, Outubro, 2009 5
aumentando a ductilidade da estrutura. Além disso, Evidentemente, nessa análise linear com
sempre existem armaduras de compressão, mesmo redistribuição de esforços, é necessário fazer as
que elas sejam armaduras construtivas, o que faz devidas correções nos momentos positivos das
com que a linha neutra suba, afastando-se um seções dos vãos da viga.
pouco do domínio 4. A seguir, apresentam-se os valores de ξ lim
Entretanto, com o uso atual de concretos cada adotados atualmente por algumas normas de
vez mais resistentes, torna-se necessário um maior projeto.
cuidado com o tipo de ruptura das vigas, devendo-
se impor restrições mais severas para a 3.1. Critério do CEB
profundidade da linha neutra. A condição
balanceada, que funcionava bem como um limite Segundo o CEB/90[4], se for utilizado o recurso
entre ruptura dúctil e ruptura frágil para concretos da redistribuição dos esforços, é necessário que as
de baixa resistência, deve ser evitada para os seções onde se formam as rótulas plásticas
concretos de elevada resistência utilizados (normalmente as seções dos apoios internos das
atualmente. vigas contínuas) apresentem maior ductilidade.
Para essas seções, devem-se adotar
3. DIMENSIONAMENTO COM ÊNFASE NA
DUCTILIDADE ESTRUTURAL ξ lim = 0,8β − 0,35 , se f ck ≤ 35 MPa (9)
equações (11) e (12) para as seções com momentos ξ lim = 0,35 , se f ck > 50 MPa (18)
positivos.
Comparando as equações (17) e (18) com as
3.2. Critério da NBR-6118 equações (11) e (12), constata-se que o critério do
EC2 é análogo ao critério do CEB/90, exceto em
A NBR-6118[2] adotou integralmente a relação aos limites de resistência do concreto.
formulação do CEB, dada nas equações (9) e (10), Neste caso, o EC2 tolera um valor maior de ξ lim
quando for feita redistribuição de esforços.
para concretos das classes C40 a C50.
Além disso, segundo a NBR-6118, nas regiões
de apoio das vigas ou de ligações com outros
3.4. Critérios de outras normas
elementos estruturais, quando não forem feitas
redistribuições de esforços, devem-se adotar os
A norma australiana AS 3600[9] adota a
limites
expressão
ξ lim = 0,50 , se f ck ≤ 35 MPa (13)
β = 0,70 + 0,75ξ lim ≥ 0,85 (19)
vigas e lajes, é necessário determinar as relações Fig. 7 – Domínios modificados para análise não
momento fletor-curvatura das seções de concreto linear em flexão simples
armado. Essas relações devem ser determinadas,
considerando-se a não linearidade física, As profundidades relativas da linha neutra
decorrente do comportamento mecânico dos ξ a = x a d e ξ b = xb d , que delimitam os
materiais e da fissuração do concreto. Uma vez
domínios 2 e 3, são dadas por
que o interesse é quanto ao comportamento da
estrutura no estado limite último, despreza-se a
εu εu
resistência à tração do concreto. ξa = ; ξb = (20)
Para o aço, adota-se o diagrama tensão- ε u + 0,010 ε u + ε yd
deformação representado na fig. 2. Para o concreto
em compressão, adota-se o diagrama parábola- como se deduz da fig. 7.
retângulo, representado na fig. 1, considerando-se Então, dada uma profundidade da linha neutra
o valor constante ε o = 0,002 . Entretanto, para a ξ > 0 , se ξ ≤ ξ a , a ruptura ocorre no domínio 2;
deformação final de ruptura ε u , adotam-se os se ξ a < ξ ≤ ξ b , a ruptura ocorre no domínio 3. A
valores da tabela 2, extraídos do CEB/90. possibilidade ξ > ξ b não é analisada, pois se trata
de seção superarmada.
Tabela 2 – Deformação de ruptura do concreto em
Na fig. 8, indicam-se as distribuições de
compressão ε u (10-3) deformações nos domínios 2 e 3.
f ck 20 30 40 50 60 70 80
(MPa) u
εu 4,2 3,7 3,3 3,0 2,8 2,6 2,4 x
o
/oo x
3
2
Para valores de f ck intermediários, faz-se uma h
interpolação linear entre os valores da tabela 2. O 2 d-x 3
ínio ín
io
valor convencional ε u = 0,0035 , adotado no do
m m
no do
dimensionamento, corresponde a um concreto com no
f ck = 35 MPa.
10o/oo yd
Uma vez que se considera a deformação de
ruptura ε u variável, devem-se adotar os domínios Fig. 8 – Deformações nos domínios 2 e 3
modificados representados na fig. 7.
As curvaturas últimas ou de ruptura, χ u , são
iguais às tangentes dos ângulos θ 2 e θ 3 ,
8 Teoria e Prática na Engenharia Civil, n.14, p.1-13, Outubro, 2009
f ( x ) = ∫ σ c dA − As f yd = 0 (25)
Ac
Teoria e Prática na Engenharia Civil, n.14, p.1-13, Outubro, 2009 9
=0,20
Na fig. 11, apresenta-se um gráfico momento
0.15
fletor-curvatura, onde se identificam o ponto de
0.10 escoamento da armadura tracionada e o ponto de
=0,10
ruptura da seção transversal.
0.05
0.00
0.0 2.0 4.0 6.0 8.0 10.0 12.0 14.0
Curvatura adimensional
Fig. 9 – Relações momento-curvatura para
concreto com fck=35 MPa
submetida a uma carga concentrada no meio do Toda essa redistribuição de esforços depende da
vão. capacidade de acomodação plástica das seções
onde se formam as rótulas plásticas. Essa
capacidade será tanto maior, quanto maior for a
curvatura plástica χ p . Se χ p = 0 , como ocorre
Mud quando o dimensionamento é feito para a condição
balanceada, não haverá redistribuição de esforços,
Myd pois as seções dos engastes sofrem ruptura brusca.
Neste caso, a estrutura não possuirá reservas de
segurança, mesmo que se aumente a armadura
positiva do vão. Evidentemente, essa é uma
situação indesejada, já que uma das grandes
Md
vantagens do concreto armado é a facilidade de
construção de estruturas hiperestáticas que
no surgimento das rótulas plásticas possuam reservas de segurança.
Na fig. 13, apresentam-se as variações da
na ruptura curvatura plástica adimensional κ p = 1000 χ p d
em função da profundidade da linha neutra ξ
Fig. 12 – Redistribuição de momentos em vigas
adotada no dimensionamento.
Ao crescer a carga aplicada sobre a viga, há um
aumento dos momentos fletores em todas as seções
transversais. Inicialmente, o diagrama de
momentos fletores acompanha o diagrama elástico,
obtido a partir de uma análise elástica linear da
viga.
Supondo que o escoamento da armadura ocorra
primeiramente nas seções dos engastes, chega-se
ao diagrama de momentos representado em
vermelho na fig. 12. O momento fletor nas seções
dos engastes é M yd . Se essas seções possuem um
comportamento dúctil, elas são capazes de sofrer
grandes deformações, mesmo que o momento
fletor solicitante nas mesmas sofra acréscimos
muito pequenos. Se o momento de ruína de cálculo
M ud for igual ao momento de escoamento da
armadura M yd , os momentos nas seções dos
Fig. 13 – Curvatura plástica em função da
engastes permanecem constantes, mesmo que elas profundidade da linha neutra
continuem se deformando. Por isso, se diz que
surgiram rótulas plásticas nas seções dos engastes.
Após o surgimento das rótulas plásticas nas Observa-se que os valores ξ = 0,45 e ξ = 0,35
seções dos engastes, ocorre uma redistribuição dos fornecem, aproximadamente, o mesmo valor de
momentos fletores para a seção central da viga. κ p para concretos com f ck = 35 MPa e
Evidentemente, é necessário que a seção central f ck = 60 MPa. Logo, as seções dimensionadas
seja capaz de resistir a esses acréscimos de com esses valores limites de profundidade da linha
momento. neutra apresentarão a mesma capacidade de
Continuando a crescer a carga, a ruína será acomodação plástica.
alcançada quando o diagrama de momentos
Conclui-se que os valores ξ lim = 0,45 , para
fletores for aquele representado em azul na fig. 12.
f ck ≤ 35 MPa, e ξ lim = 0,35 , para f ck > 35 MPa,
Teoria e Prática na Engenharia Civil, n.14, p.1-13, Outubro, 2009 11
adotados pelo CEB/90, são suficientes para Neste trabalho, emprega-se o modelo do
garantir uma ruptura dúctil em todas as faixas de CEB/90[4] para estimar a abertura das fissuras em
resistência consideradas. flexão simples, no instante da ruptura da peça.
Para isto, é necessário determinar a deformação ε s
6. O AVISO PRÉVIO DA RUPTURA e a tensão σ s na armadura tracionada,
Em geral, uma estrutura de concreto armado correspondentes à curvatura de ruína χ u . Isto é
emite um aviso prévio da ruptura através de uma feito através da análise não linear apresentada na
fissuração acentuada. Ao se constatar o surgimento seção 4.
de fissuras com aberturas visíveis a olho nu, com Conforme se observa pela fig. 8, a deformação
aberturas crescentes, devem-se providenciar o na armadura no momento da ruína é dada por
escoramento e o reparo da estrutura. Esse é o tipo
ideal de ruptura que se procura obter para as peças ε s = χ u (d − x ) (27)
fletidas, como as lajes e as vigas.
Na fig. 14, apresenta-se o panorama de onde x é a profundidade da linha neutra obtida
fissuração de uma viga sob flexão pura, após o iterativamente com o processo da bissecante.
surgimento da rótula plástica na seção crítica. A partir de ε s , determina-se a tensão σ s na
Observa-se que as fissuras são, aproximadamente,
armadura tracionada.
perpendiculares ao eixo da viga, devido à ausência
Assim, escolhendo um valor para ξ , calcula-se
de esforço cortante.
a área de aço As com o emprego da equação (5),
realiza-se a análise não linear apresentada na seção
4 e, ao final dessa análise, tem-se determinados ε s
e σs.
O CEB/90 apresenta duas expressões para a
abertura das fissuras wk , dependendo da relação
entre a tensão σ s e uma tensão de referência σ so .
Os detalhes da formulação pode ser obtidos no
Volume 2 da ref. [1].
A tensão σ so é dada por
Fig. 14 – Fissuras de flexão (extraído de [12])
⎛ 1 + nρ se ⎞
σ so = ⎜⎜ ⎟⎟ f ct (28)
Na fig. 15, apresenta-se o panorama de ⎝ ρ se ⎠
fissuração de uma viga em uma região com esforço
cortante não nulo. Observa-se que, neste caso, as onde n é a relação entre o módulo de elasticidade
fissuras são inclinadas. do aço e o módulo secante do concreto, f ct é a
resistência média à tração do concreto e ρ se é a
taxa efetiva da armadura tracionada.
é o valor adotado no
0.07
dimensionamento
0.06
0.05 =0,35
0.04
=0,45
0.03 Fig. 17 – Abertura de fissura de 0,2 mm em peça
de concreto
=0
0.02
,5
wK/ =0.015
0