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Metalurgia da Soldagem Metalurgia da Soldagem

Prof. Paulo J. Modenesi


Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais
Universidade Federal de Minas Gerais
Ligas não ferrosas

1
Sumário

- Alumínio e suas ligas

- Magnésio
Metalurgia da Soldagem

- Níquel e suas ligas


Ligas não ferrosas

- Titânio e suas ligas

- Cobre e suas ligas

2
Metalurgia da Soldagem
Ligas não ferrosas

Alumínio e suas Ligas

3
Alumínio e suas Ligas - Introdução
Alumínio (Al):
Características gerais: Na forma pura é um metal brilhante e
esbranquiçado. Apresenta baixa densidade, não é magnético e não gera
fagulhas. É facilmente usinado e fundido. Resiste à corrosão em diversos
ambientes pela formação de uma camada de óxido. Na forma pura
apresenta baixa resistência mecânica, mas esta pode ser
Metalurgia da Soldagem

consideravelmente aumentada em ligas.

Propriedades Físicas e Químicas:


Número atômico: 13 Peso atômico: 26,9815
Densidade: 2700 kg/m3 Raio atômico: 125 pm
Volume molar: 10,0 cm3 Velocidade do som: 5100 m/s
Ligas não ferrosas

Temperatura de fusão: 660,3ºC Temperatura de ebulição: 2519ºC


Cond. Térmica: 235 W/m K Coef. Expansão: 23,1x10-6 K-1
Módulo de Young: 70 GPa Resist. Elétrica: 0,027  m
Estrutura cristalina: CFC

4
Fonte: http://www.webelements.com/index.html
Alumínio - Introdução
História:
1825 – Isolado por Hans Christian Oersted

Metal raro e pouco usado

1886 – Paul Herould & Charles M. Hall


Metalurgia da Soldagem

 Extração eletrolítica

Produção mundial (2009):


Ligas não ferrosas

1. China – 13,65 milhões de toneladas. Fonte: ASM


2. Rússia – 3,82 milhões de toneladas
3. Canadá – 3,03 milhões de toneladas

6. Brasil –1,54 milhões de toneladas


5
Fonte: BNDES Setorial 33, p. 43-88
Alumínio - Introdução
Características:
• É o terceiro elemento mais encontrado na crosta terrestre.
• É o mais abundante elemento metálico.
• Considerando a quantidade e o seu valor, o alumínio e suas
ligas ficam atrás apenas das ligas ferrosas.
Metalurgia da Soldagem

• Exemplos de aplicação: tratamento de água, embalagens,


transmissão de energia elétrica e nas indústrias metalúrgica,
aeronáutica/aeroespacial, farmacêutica e alimentar.
• Propriedades interessantes: baixa densidade, altas
condutividades térmica e elétrica, elevada resistência à
corrosão, ponto de fusão relativamente baixo
Ligas não ferrosas

• Pode ser ligado a diferentes elementos, o que possibilitou a


criação de um elevado número de ligas de alumínio com
uma enorme gama de propriedades.

6
Alumínio - Introdução
Exemplos de aplicação:
Indústria aeronáutica – Ligas Al-Li em um avião comercial
Metalurgia da Soldagem
Ligas não ferrosas

7
Fonte: ASM Handbook, Vol. 2
Alumínio - Introdução
Exemplos de aplicação:
Indústria naval:
Fonte: Mathers 2002 Embarcação fabricada
completamente de
alumínio
Metalurgia da Soldagem

Resistência à corrosão em ambiente marinho


Ligas não ferrosas

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Alumínio - Introdução
Exemplos de aplicação:
Indústria de transporte ferroviário:
Metalurgia da Soldagem
Ligas não ferrosas

9
Alumínio - Introdução
Exemplos de aplicação:
Indústria de armamentos:

Blindado que usa liga Al-Zn-Mg


Metalurgia da Soldagem
Ligas não ferrosas

Elevada resistência mecânica

10
Fonte: Mathers 2002
Alumínio - Introdução
Exemplos de aplicação:
Forjados, fundidos e extrudados:
Metalurgia da Soldagem
Ligas não ferrosas

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Ligas de Alumínio
Principais elementos de liga:
• Magnésio (Mg): Causa endurecimento por solução sólida e
melhora a capacidade de encruamento.
• Manganês (Mn): Causa endurecimento por solução sólida e
melhora a capacidade de encruamento.
• Cobre (Cu): Causa endurecimento por precipitação, elevando
Metalurgia da Soldagem

substancialmente a resistência mecânica. Reduz a resistência à


corrosão, ductilidade e soldabilidade da liga.
• Silício (Si): Aumenta a ductilidade e a resistência mecânica. Em
combinação com o magnésio causa endurecimento por
precipitação. Abaixa temperatura de fusão.
• Zinco (Zn): Causa endurecimento por precipitação, elevando
Ligas não ferrosas

substancialmente a resistência mecânica. Pode causar corrosão


sob tensão.
• Ferro (Fe): É, em geral, considerado como um residual. Pode
aumentar a resistência mecânica do alumínio puro.

12
Fonte: Mathers 2002
Alumínio - Ligas
Principais elementos de liga:
• Cromo (Cr): Aumenta a resistência à corrosão sob tensão.
• Níquel (NI): Aumenta a resistência a alta temperatura.
• Titânio (Ti): Usado como elemento refinador de grão em ligas
fundidas e em metal de adição.
Metalurgia da Soldagem

• Zircônio (Zr): Usado como elemento refinador de grão em metal


de adição.
• Lítio (Li): Causa endurecimento por precipitação, elevando
substancialmente a resistência mecânica. Diminui a densidade da
liga.
• Escândio (Sc): Causa endurecimento por precipitação,
Ligas não ferrosas

elevando substancialmente a resistência mecânica. Usado como


elemento refinador de grão em soldas.
• Chumbo (Pb): Melhora a usinabilidade.
• Bismuto (Bi): Melhora a usinabilidade.

13
Fonte: Mathers 2002
Alumínio - Ligas
Tipos básicos:

Ligas de alumínio
Metalurgia da Soldagem

Trabalhadas Fundidas
Ligas não ferrosas

Composição química
Resposta a tratamento térmico
Condição (“Temper”)

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Alumínio - Ligas
Classificação: Aluminum Association
A. Ligas Trabalhadas
1xxx – não ligado (%Al > 99,0)
(TT) 2xxx – ligado com cobre, podendo conter outros elementos de
liga, em particular o magnésio
Metalurgia da Soldagem

3xxx – ligado principalmente com manganês


4xxx – ligado principalmente com silício
5xxx – ligado principalmente com magnésio
(TT) 6xxx – ligado principalmente com magnésio e silício

(TT) 7xxx – ligado principalmente com zinco, podendo conter ainda


cobre, magnésio, cromo e zircônio
Ligas não ferrosas

8xxx – ligado com elementos diferentes, incluindo estanho e


lítio
9xxx – Reservado para uso futuro

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Alumínio - Ligas
Classificação: Aluminum Association
B. Ligas Fundidas
1xx.x – não ligado
2xx.x – ligado principalmente com cobre, podendo conter
outros elementos de liga
Metalurgia da Soldagem

3xx.x – ligado principalmente com silício, mas podendo conter


outros elementos de liga como cobre e magnésio
4xx.x – ligado principalmente com silício
5xx.x – ligado principalmente com magnésio
6xx.x – não usado
7xx.x – ligado principalmente com zinco, mas podendo conter
Ligas não ferrosas

outros elementos de liga como cobre e magnésio


8xx.x – ligado principalmente com zinco
9xx.x Não usado

.0  Fundido .1  Lingote
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Alumínio - Ligas
Ligas trabalhadas: Características básicas
Metalurgia da Soldagem
Ligas não ferrosas

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Alumínio - Ligas
Ligas trabalhadas: Formas e aplicações típicas

Liga Forma Aplicações típicas


Embalagem e folhas, telhados
Alumínio Folha, chapa laminada cladding, tanques e vasos resistentes à
Metalurgia da Soldagem

puro extrudado corrosão de baixa resistência mecânica


Partes altamente solicitadas, itens
Série 2000 Placa e chapa laminadas estruturais de aeronaves, cabeças de
(Al-Cu) extrudado, Forjado cilindros, pistões, forjados de alto
desempenho
Embalagem, telhados e cladding, tanques e
Série 3000 Placa e chapa laminadas
tambores para indústria química,
(Al-Mn) extrudado, Forjado
Ligas não ferrosas

equipamento para indústria alimentícia

Série 4000 Metal de adição, blocos de motores, corpos


Arames e fundidos
(Al-Si) de válvulas, peças arquitetônicas

Fonte: Mathers 2002 18


Alumínio - Ligas
Ligas trabalhadas: Formas e aplicações típicas

Liga Forma Aplicações típicas


Placa e chapa laminadas Revestimento, casco e estrutura de
Metalurgia da Soldagem

Série 5000
extrudado, Forjado, embarcações, vasos e tanques, veículos,
(Al-Mg)
tubulação peças arquitetônicas

Placa e chapa laminadas Membros estruturais de alta resistência,


Série 6000
extrudado, Forjado, veículos, partes rolantes, aplicações
(Al-Si-Mg)
tubulação marinhas, peças arquitetônicas
Membros estruturais de alta resistência,
Série 7000 Placa e chapa laminadas grandes forjados para aviões, equipamento
Ligas não ferrosas

(Al-Mg-Zn) extrudado, Forjado militar, blindagem, partes pesadas de


veículos

Fonte: Mathers 2002 19


Alumínio - Ligas
Ligas trabalhadas: Condição de processamento
Designações básicas:

F  Como fabricado (produto processado sem controle


específico das condições de fabricação).
Metalurgia da Soldagem

O  Recozido (produto processado recozido para a sua menor


resistência ou fundido tratado para melhorar ductilidade e
estabilidade dimensional)

H  Encruado (produto processado endurecido por encruamento


com o sem tratamento térmico posterior). A designação é
Ligas não ferrosas

descrita por 2 ou mais dígitos posteriores

W  Solubilizado (condição instável aplicável apenas para ligas


que envelhecem naturalmente após meses ou anos)

T  Envelhecido (Para ligas tratadas termicamente ou que


envelhecem naturalmente em poucas semanas) 20
Alumínio - Ligas
Ligas trabalhadas: Condição de processamento
Ligas encruadas (H):

H1  Encruado (trabalhado a frio sem recozimento posterior).


Metalurgia da Soldagem

H2  Encruado e parcialmente recozido (encruado acima da


resistência desejada e parcialmente recozidos até a
resistência desejada).

H3  Encruado e estabilizado (tratado a baixa T para reduzir


Ligas não ferrosas

ligeiramente a sua resistência e evitar o seu amaciamento


progressivo à T ambiente).

Dígitos colocados após estas designações indicam a severidade do


tratamento e variam entre 0 (recozida) e 8 (resistência equivalente a
75% de redução a frio) ou 9 (além do limite anterior). 21
Alumínio - Ligas
Ligas trabalhadas:

Propriedades mecânicas
Metalurgia da Soldagem

de Al e de ligas com Mg e
Mn
Ligas não ferrosas

22
Fonte: ASM Handbook, Vol. 2
Alumínio - Ligas
Ligas trabalhadas: Condição de processamento
Ligas tratadas termicamente (T):

T1  Envelhecido (resfriado da T de trabalho a quente e


envelhecido naturalmente até uma condição bem estável).
Metalurgia da Soldagem

T2  Envelhecido (resfriado da T de trabalho a quente, encruado


e envelhecido naturalmente até uma condição bem
estável).

T3  Envelhecido (solubilizado, encruado e envelhecido


naturalmente até uma condição bem estável).
Ligas não ferrosas

T4  Envelhecido (solubilizado e envelhecido naturalmente até


uma condição bem estável).

T5  Envelhecido (resfriado da T de trabalho a quente e


envelhecido artificialmente).
23
Alumínio - Ligas
Ligas trabalhadas: Condição de processamento
Ligas tratadas termicamente (T):

T6  Envelhecido (solubilizado e envelhecido artificialmente).

T7  Envelhecido (solubilizado e envelhecido artificialmente até


Metalurgia da Soldagem

uma condição além da de resistência máxima).

T8  Envelhecido (solubilizado, encruado e envelhecido


naturalmente até uma condição bem estável).

T9  Envelhecido (solubilizado, envelhecido artificialmente e


Ligas não ferrosas

encruado).

T10  Envelhecido (resfriado da T de trabalho a quente,


encruado e envelhecido artificialmente).

Dígitos (1º  0) colocados após estas designações indicam variações do tratamento.


24
Alumínio - Ligas
Ligas trabalhadas: Condições de processamento - Exemplo
Propriedades mecânicas da liga 7075 nas condições “O” e “T6”:
Metalurgia da Soldagem
Ligas não ferrosas

25
Fonte: ASM Handbook, Vol. 2
Alumínio – Soldagem
Aspectos gerais: Características importantes para soldagem

• Elevada afinidade pelo oxigênio e nitrogênio

• Óxido refratário (Al2O3)


Metalurgia da Soldagem

• Solubilidade do hidrogênio no metal líquido

• Elevada condutividade térmica (3 a 5 vezes a do aço)


Ligas não ferrosas

• Elevado coeficiente de expansão térmica (2 vezes o do aço)

• Baixo ponto de fusão (660ºC)


26
Alumínio – Soldagem
Aspectos gerais: Principais problemas de soldabilidade

• Porosidade (H2)
Metalurgia da Soldagem

• Fissuração na solidificação

• Distorção
Ligas não ferrosas

• Perda de resistência mecânica (MB encruado/endurecível


por precipitação)

27
Alumínio – Soldagem
Aspectos gerais: Características importantes para soldagem
- Camada de óxido:
 O alumínio apresenta elevada afinidade pelo oxigênio,
formando uma camada de óxido que o protege contra corrosão.
 O seu ponto de fusão (2050ºC) é muito superior ao do MB.
 Imediatamente após a sua formação, esta camada é fina
Metalurgia da Soldagem

(1,5 nm), mas cresce rapidamente até 2,5 a 5,0 nm.


 Exposição a ambientes úmidos, a alta temperatura e a
tratamentos químicos e eletroquímicos (anodização) podem
aumentar muito a espessura desta camada.
 A camada, particularmente em ligas com Mg, pode acumular
unidade.
 A camada é isolante; se for muito espessa pode dificultar a
Ligas não ferrosas

abertura do arco ou, se no eletrodo, instabilizá-lo.


 Quando não for muito espessa, pode ser removida com
relativa facilidade pelo arco ou por fluxos.
 Na soldagem TIG, existe a necessidade do eletrodo operar
por algum tempo na polaridade positiva (CC+).
28
Alumínio – Soldagem
Aspectos gerais: Características importantes para soldagem
- Camada de óxido:
 Antes da soldagem, a camada deve ser “removida”
mecanicamente (escova de inox) ou quimicamente.

 A escovação deve ser uma única direção e suave. A escova


Metalurgia da Soldagem

deve ser usada apenas para alumínio.

 A solução química deve ser cuidadosamente removida após


a sua aplicação.

 Na soldagem com proteção gasosa a base de argônio, o


Ligas não ferrosas

arco, quando a peça está no negativo, pode remover camadas de


óxido não muito espessas. Na soldagem MIG, esta limpeza ocorre
melhor “empurrando” a poça de fusão.

 Na soldagem com proteção por escória, fluxos com cloretos


e fluoretos removem o óxido  Limpeza após a soldagem
Fonte: http://www.mig-welding.co.uk/aluminium-welding.htm 29
Alumínio – Soldagem
Aspectos gerais: Características importantes para soldagem
- Camada de óxido: Remoção pelo arco (CC+)
Metalurgia da Soldagem

Fonte: Laprosolda/UFU
Ligas não ferrosas

Fonte: Mathers 2002 30


Alumínio – Soldagem
Aspectos gerais: Características importantes para soldagem
- Camada de óxido:
 Remoção inadequada da camada de óxido pode resultar em
um cordão com aspecto inadequado e no aprisionamento de
óxidos na solda.
Metalurgia da Soldagem

Óxidos aprisionados na raiz


Ligas não ferrosas

Fonte: Mathers 31
Alumínio – Soldagem
Aspectos gerais: Características importantes para soldagem
- Hidrogênio na poça de fusão:
 Este gás dissolve bem no metal líquido, mas é praticamente
insolúvel no sólido  Porosidade
 Fontes de hidrogênio: lubrificantes, umidade, gordura da
pele, camada de óxido.  Controle cuidadoso
Metalurgia da Soldagem
Ligas não ferrosas

32
Alumínio – Soldagem
Aspectos gerais: Características importantes para soldagem
- Hidrogênio na poça de fusão: Formação de porosidade
Metalurgia da Soldagem
Ligas não ferrosas

33
Alumínio – Soldagem
Aspectos gerais: Características importantes para soldagem
- Propriedades elétricas:
O alumínio puro (principalmente) e suas ligas têm elevada
condutividade elétrica, mas a camada de óxido é isolante

 A soldagem MIG é menos sensível a variações do


Metalurgia da Soldagem

comprimento energizado do eletrodo (s).


 É mais complicado de se soldar com transferência por
curto-circuito

 Contatos elétricos deficientes podem marcar a peça


(“queimaduras”)
 Contatos elétricos deficientes podem instabilizar o
Ligas não ferrosas

processo
 Se possível, fazer contato direto na peça
 Na soldagem MIG, bicos de contato longos são
desejáveis para reduzir o centelhamento por isolamento pelo óxido
do arame.
34
Alumínio – Soldagem
Aspectos gerais: Características importantes para soldagem
- Propriedades magnéticas:
 O alumínio é paramagnético
 Ausência (ou baixa sensibilidade) de sopro magnético
 Não pode ser manipulado por dispositivos magnéticos
Metalurgia da Soldagem

- Temperatura de fusão:
 Muito inferior à do aço
Ligas não ferrosas

 Fusão ocorre sem mudança sensível de cor da poça de


fusão.
 É mais difícil manter o controle durante a soldagem de
penetração total, evitando a ocorrência de excesso de penetração
(furos).
35
Alumínio – Soldagem
Aspectos gerais: Características importantes para soldagem
- Propriedades térmicas:
 Condutividade térmica cerca de 5 vezes maior que a do aço
 Necessidade de maior aporte térmico para formar a
poça de fusão.
 O uso de pré-aquecimento para facilitar a soldagem é
Metalurgia da Soldagem

limitado pois este pode afetar as propriedades mecânicas do metal


base (particularmente para ligas encruadas ou tratadas
termicamente)
Ligas não ferrosas

 Elevada difusividade térmica


 Maior dificuldade para atingir o estado estacionário, isto
é, as dimensões do cordão tendem a variar mais fortemente ao
longo deste.

36
Alumínio – Soldagem
Aspectos gerais: Características importantes para soldagem
- Variações dimensionais térmicas e na solidificação:
 Superiores às de aço carbono  Maior distorção

Tipos básicos de distorção:


Metalurgia da Soldagem

Contração Transversal Contração Longitudinal Flexão


Ligas não ferrosas

Distorção angular

Flambagem
37
Alumínio – Soldagem
Aspectos gerais: Características importantes para soldagem
- Variações dimensionais térmicas e na solidificação:
 Tendência (em algumas ligas) de fissurar a quente.

Trinca na cratera em liga 5083


Metalurgia da Soldagem

Trinca no centro do cordão


(MB = 6082, MA = 4043)
Ligas não ferrosas

38
Fonte: Mathers 2002
Alumínio – Soldagem
Aspectos gerais: Características importantes para soldagem
- Variações dimensionais térmicas e na solidificação:
 Tendência (em algumas ligas) de fissurar a quente.

Mecanismo:
Metalurgia da Soldagem
Ligas não ferrosas

39
Alumínio – Soldagem
Aspectos gerais: Características importantes para soldagem
- Variações dimensionais térmicas e na solidificação:
 Tendência (em algumas ligas) de fissurar a quente.
Efeito do
tipo de
material e
Metalurgia da Soldagem

da diluição.
Ligas não ferrosas

40
Fonte: ASM Handbook
Alumínio – Soldagem
Aspectos gerais: Características importantes para soldagem
- Perda de resistência mecânica:

É um problema típico de:


Metalurgia da Soldagem

(a) Ligas encruadas

(b) Ligas endurecidas


por precipitação
Ligas não ferrosas

41
Fonte: Welding Journal 2011
Alumínio – Soldagem
Aspectos gerais: Características importantes para soldagem
- Perda de resistência mecânica:
(a) Ligas encruadas
Metalurgia da Soldagem

Amaciamento de
uma liga 1xxx com a
temperatura de
Ligas não ferrosas

tratamento

42
Fonte: Mathers 2002
Alumínio – Soldagem
Aspectos gerais: Características importantes para soldagem
- Perda de resistência mecânica:
(b) Ligas endurecidas por precipitação

Efeito da energia de
Metalurgia da Soldagem

soldagem

Liga 6061 T6

Processo TIG
Ligas não ferrosas

43
Alumínio – Soldagem
Aspectos gerais: Características importantes para soldagem
- Ligas:
 Grande variedade de ligas trabalhadas e fundidas, sendo a
maioria, pelo menos, razoavelmente soldáveis. Existem,
contudo, ligas de soldabilidade complicada
Metalurgia da Soldagem

 Os principais problemas metalúrgicos de soldabilidade da ZF


são a formação de porosidade e a de trincas na solidificação

 O principal problema metalúrgico de soldabilidade da ZTA é


Ligas não ferrosas

a perda de resistência mecânica em relação ao metal base

 Existem ainda problemas de perda de resistência à corrosão


e diversos problemas de natureza física e química.

44
Alumínio – Soldagem
Principais processos: TIG & MIG

Características gerais dos processos Tocha

Gás de
Metalurgia da Soldagem

Proteção Eletrodo
Solda
Metal
Base
Eletrodo de W Tocha Poça de Fusão
Ligas não ferrosas

Gás de Metal de
Proteção Adição
Solda
Metal
Base
Poça de Fusão
45
Alumínio – Soldagem
Outros processos de soldagem:
- Eletrodos revestidos:  Revestimento altamente reativo e
higroscópico
 Necessidade de limpeza após soldagem
- Plasma
Metalurgia da Soldagem

- Laser
- Feixe de elétrons
- Soldagem por fricção e mistura (Friction Stir Welding – FSW)
Ligas não ferrosas

46
Fonte: Mathers 2002
Alumínio – Soldagem
Outros processos de soldagem:
- Soldagem por resistência:

 Soldagem por pontos

 Soldagem por costura


Metalurgia da Soldagem

 Soldagem por centelhamento


Ligas não ferrosas

Problemas específicos:

 Elevada condutividade elétrica

 Desgaste dos eletrodos (de liga de cobre)

47
Metalurgia da Soldagem
Ligas não ferrosas

FIM
Alumínio

48
Sumário

- Alumínio e suas ligas

- Magnésio
Metalurgia da Soldagem

- Níquel e suas ligas


Ligas não ferrosas

- Titânio e suas ligas

- Cobre e suas ligas

49
Magnésio
Características gerais:
Na forma pura é um metal branco-acinzentado. Apresenta baixa
densidade, sendo o oitavo elemento mais abundante na crosta da terra. É
muito reativo, podendo queimar ao ar quando na forma de pó. Não é
encontrado na forma elementar na natureza.
Metalurgia da Soldagem

Propriedades Físicas e Químicas:


Número atômico: 12 Peso atômico: 24,3050
Densidade: 1738 kg/m3 Raio atômico: 145 pm
Volume molar: 14,0 cm3 Velocidade do som: 4602 m/s
Temperatura de fusão: 650ºC Temperatura de ebulição: 1107ºC
Ligas não ferrosas

Cond. Térmica: 160 W/m K Coef. Expansão: 8,2x10-6 K-1


Módulo de Young: 45 GPa Resist. Elétrica: 0,44  m
Estrutura cristalina: HC

50
Fonte: http://www.webelements.com/index.html
Magnésio
Aplicações e características gerais:
O magnésio apresenta como características chaves: densidade muito
baixa (cerca de ¼ da do aço), baixa temperatura de vaporização,
usinabilidade boa e soldabilidade, em geral, adequada. Exige um baixo
aporte térmico para a sua fusão (cerca de 1/5 da necessário para o aço).
Apresenta um baixo módulo de elasticidade 2/3 do valor do alumínio).
Metalurgia da Soldagem

Magnésio fundido apresenta um limite de resistência de cerca de 21 MPa


e, as suas ligas conformadas, de 165 a 220 MPa. Apresenta uma
ductilidade relativamente baixa à temperatura ambiente (2-15% de
alongamento), mas que aumenta rapidamente com a temperatura.

Tem estrutura hexagonal compacta. Apresenta camada de óxido


refratário similar ao alumínio. Usualmente a sua resistência à corrosão
Ligas não ferrosas

atmosférica é similar à do alumínio. Pode sofrer corrosão em contato com


outros metais e é sensível a problemas de corrosão sob tensão.

O magnésio e suas ligas são usados em peças de maquinaria que operam


em alta velocidade e necessitam baixo peso, em componentes da
indústria aeroespacial, escadas, etc. 51
Magnésio
Aplicações e características gerais:
Metalurgia da Soldagem
Ligas não ferrosas

52
Fonte: Hisao Watarai, Science & Technology Trends
Magnésio
Principais elementos de liga:
Alumínio: Aumenta a resistência e a dureza e tende a não
prejudicar a soldabilidade até 1,5%Al. Acima deste teor, acentua
problemas de corrosão sob tensão. Acima de 6% causa
endurecimento por precipitação.
Metalurgia da Soldagem

Berílio:Adicionado para reduzir a oxidação e o perigo de ignição a


temperaturas elevadas.

Manganês: Tem efeito modesto na resistência mecânica, mas


aumenta a resistência á corrosão em água salgada de ligas Mg-Al
e Mg-Al-Zn.
Ligas não ferrosas

Terras Raras: Reduzem o intervalo de solidificação, diminuindo a


tendência à fissuração na solidificação e de formação de
porosidade.

Prata: Aumenta a resistência mecânica, causa endurecimento por


precipitação.
53
Magnésio
Principais elementos de liga:
Tório: Aumenta a resistência mecânica até cerca de 370ºC.
Podem ser adicionados cerca de 2-3%Th em conjunto com Zn, Zr
ou Mn.
Metalurgia da Soldagem

Zinco: Usado frequentemente em combinação com Al para


melhorar a resistência à temperatura ambiente do magnésio.
Acima de 1%Zn, aumenta a fragilidade a quente de ligas Mg com 7
a 10%Al. Teores acima de 2% levam à fissuração à quente de
soldas. Em combinação com Zr, Th ou terras raras é usado em
ligas endurecíveis por precipitação.
Ligas não ferrosas

Zircônio: Agente refinador de grão. Usado em conjunto com Zn,


Th, terras raras ou combinações.
54
Magnésio
Ligas:
F Como fabricado
O Recozido, recristalizado (p. conformados)
H Encruado
T Trat. termicamente (diferente de F, O e H)
Elementos de Liga W Solubilizado (instável)
A Alumínio Subdivisões de H
Metalurgia da Soldagem

E Terras raras H1 Apenas encruado


H Tório H2 Encruado e parcialmente recozido
H3 Encruado e estabilizado
K Zircônio
Subdivisões de T
M Manganês T1 Resfriado e envelhecido naturalmente
Q Prata T2 Recozido (apenas para fundidos)
Z Zinco T3 Solubilizado e encruado
Ligas não ferrosas

T4 Solubilizado
T5 Resfriado e envelhecido artificialmente
T6 Solubilizado e envelhecido artificialmente
T7 Solubilizado e estabilizado
T8 Solib., encruado e env. artificialmente
T9 Solib., env. artificialmente e encruado.
T10 Resf., env. artificialmente e encruado 55
Magnésio
Ligas: Exemplos
ASTM Al Zn Mn TR Zr Th
Placas e Chapas
AZ31B 3,0 1,0 0,5 --- --- ---
M1A --- --- 1,5 --- --- ---
Peças Extrudadas
Metalurgia da Soldagem

AZ10A 1,2 0,4 0,5 --- --- ---


ZK21A --- 2,3 --- --- 0,6 ---
Fundidos
AZ63A 6,0 3,0 0,2 --- --- ---
ZE41A --- 4,2 --- 1,2 0,7 ---
Placas e Chapas
Ligas não ferrosas

HK31A --- --- 0,5 --- --- 3,0


Peças Extrudadas
HM31A --- --- 1,5 --- --- 3,0
Fundidos
HZ32A --- 2,1 --- --- 0,7 3,2

Fonte: Welding Handbook, Vol. 3 56


Magnésio
Problemas de soldabilidade:
Camada de óxido refratário/Camadas de Proteção:
- Limpeza química e mecânica
- Usar CC+ / CA / Polaridade variável
Metalurgia da Soldagem

Fissuração na solidificação:
- Problema para %Zn > 2 (princ. para 7-10%Al)

- Usar medidas usuais de controle


- Usar pré-aquecimento (170-380ºC)
Ligas não ferrosas

Corrosão sob tensão:


- Problema para %Al > 1,5

- Usar tratamento térmico de alívio de tensão


57
Magnésio
Soldagem: Processos usuais
TIG:
- Operação similar à soldagem de alumínio (CA)
Metalurgia da Soldagem

MIG:
- Modos de transferência: Curto-circuito, spray, pulsado
- Corrente muito alta: turbulência no arco
Ligas não ferrosas

Soldagem por resistência:


- Para chapas e produtos extrudados
- Correntes elevadas e tempos curtos (similar ao alumínio)

Fonte: Welding Handbook, Vol. 3 58


Magnésio
Soldagem: Processos adicionais
Soldagem por costura:
- Similar à soldagem por pontos

Soldagem por centelhamento:


Metalurgia da Soldagem

- Similar ao alumínio (Corrente e Tempo)

Soldagem com feixe de elétrons

Soldagem de Pinos
Ligas não ferrosas

Brasagem:
- Similar ao alumínio, mas menos comum

Fonte: Welding Handbook, Vol. 3 59


Metalurgia da Soldagem
Ligas não ferrosas

FIM
Magnésio

60
Sumário

- Alumínio e suas ligas

- Magnésio
Metalurgia da Soldagem

- Níquel e suas ligas


Ligas não ferrosas

- Titânio e suas ligas

- Cobre e suas ligas

61
Metalurgia da Soldagem
Ligas não ferrosas

Níquel e suas Ligas

62
Níquel – Introdução
Níquel:
Características gerais: Na forma pura é um metal branco e prateado.
Pode dissolver em quantidades apreciáveis diferentes elementos,
apresentando um elevado número de ligas. O níquel e suas ligas podem
ser usados em uma gama enorme de condições apresentando elevada
resistência mecânica e à corrosão tanto a baixas como elevadas
Metalurgia da Soldagem

temperaturas.

Propriedades Físicas e Químicas:


Número atômico: 28 Peso atômico: 58,693
Densidade: 8908 kg/m3 Raio atômico: 135 pm
Volume molar: 6,59 cm3 Velocidade do som: 4970 m/s
Ligas não ferrosas

Temperatura de fusão: 1455ºC Temperatura de ebulição: 2913ºC


Cond. Térmica: 91 W/m K Coef. Expansão: 13,4 x10-6 K-1
Módulo de Young: 200 GPa Resist. Elétrica: 0,072  m
Estrutura cristalina: CFC

63
Fonte: http://www.webelements.com/index.html
Níquel – Introdução
Características gerais:
- Ligas austeníticas (CFC)

- Excelente resistência à corrosão


Metalurgia da Soldagem

- Resistência mecânica de média a elevada


 Endurecimento por solução sólida ou por precipitação

- Resistência mecânica a alta temperatura


Ligas não ferrosas

- Custo elevado

- Pode ser difícil de fabricar


64
Fonte: Ramirez & Lippold
Níquel – Introdução
Aplicações usuais:
- Equipamentos de fornos.

- Elementos de aquecimento.
Metalurgia da Soldagem

- Turbinas e seus componentes.

- Equipamentos e plantas químicas e petroquímicas.


Ligas não ferrosas

- Indústria de papel e celulose.

- Recobrimentos para proteção contra corrosão e metal de adição


em ligas e em condições de soldabilidade complicada.
65
Fonte: Ramirez & Lippold
Níquel – Ligas
Classificação:
Grupos de ligas (Baseado em DuPont, Lippold & Kiser).

Níquel Ligas Ligas Ligas


comercialmente endurecíveis por endurecidas por especiais
puro solução sólida precipitação
Metalurgia da Soldagem

Ni Ni-Cu Ni-Al-Ti Intermetálicos


Ni-Al
Ni-Mo Ni-Cu-Al-Ti
Ligas
Ni-Cr Ni-Cr-Al-Ti endurecidas
por dispersão
Ligas não ferrosas

Ni-Cr-Fe Ni-Cr-Nb

Ni-Cr-Mo Ni-Fe-Cr-Nb-Al-Ti

Ni-Fe-Cr-Mo

Ni-Cr-Co-Mo
66
Níquel – Ligas
Níquel comercialmente puro:
- Teor de Ni > 99%.

- Excelente capacidade para ser conformado.

- Elevada resistência à corrosão (água do mar, ácido sulfúrico,


Metalurgia da Soldagem

ácido clorídrico, soda, ...).

- Ligas básicas: Alloy 200 & 201.

- Boa soldabilidade, mas sensíveis à porosidade

- Metal de adição: < 1,5%Al + 2-3,5%Ti (remoção de O e N)


Ligas não ferrosas

Menor tendência à grafitização (> 315ºC) 67


Fonte: Kobe Steel
Níquel – Ligas
Ligas endurecíveis por solução sólida:
- São usadas em aplicações que requerem resistência mecânica
moderada e excelente resistência à corrosão em temperaturas de
até 800ºC e, em alguns casos, até 1200ºC.
Forte endurecimento
Metalurgia da Soldagem

- São adicionados elementos como Al, Cr, Co, Cu, Fe, Mo, Ti, W
e V que causam endurecimento por solução sólida.

Resistência a T

- Limite de resistência: < 830 MPa


Ligas não ferrosas

Limite de escoamento: 345-480 MPa

- Usadas em indústrias térmica, de processamento químico e


petroquímica, na fabricação de papel e no manuseio de líquidos
criogênicos. 68
Níquel – Ligas
Ligas endurecíveis por solução sólida:
- Ni-Cu (Moneis)
Metalurgia da Soldagem

- Ni-Cr, Ni-Cr-Fe & Ni-Cr-Co-Mo


Ligas não ferrosas

69
Níquel – Ligas
Ligas endurecíveis por solução sólida:
- Ni-Fe-Cr
Metalurgia da Soldagem

- Ni-Mo
Ligas não ferrosas

70
Níquel – Ligas
Ligas endurecíveis por solução sólida:
- Ni-Cr-Mo
Metalurgia da Soldagem
Ligas não ferrosas

71
Níquel – Ligas
Ligas endurecíveis por precipitação:
- Conhecidas, frequentemente, como “Superligas” de níquel.
- Aplicações: Partes de turbina a gás, peça de avião e foguetes,
peças para indústria química e do petróleo.
- Capacidade de manter elevada resistência mecânica mesmo
após exposição prolongada acima de 650ºC.
Metalurgia da Soldagem

- Endurecimento obtido com adições de Ti, Al e Nb.


- Precipitados usuais: Ni3Al, Ni3Ti e Ni3Nb.
- Podem atingir limites de escoamento e de resistência superiores
a 1030 e 1380 MPa, respectivamente.
Ligas não ferrosas

72
Fonte: TWI
Níquel – Ligas
Ligas endurecíveis por precipitação:

Número
Liga C Cr Mo Fe Co Cu Al Ti Nb Mn Si B Zr
UNS
301 N03301 0,15 -- -- 0,3 -- 0,13 4,4 0,6 -- 0,25 0,5 -- --
K-500 N05500 0,10 -- -- 1 -- 29,5 2,7 0,6 -- 0,08 0,2 -- --
Metalurgia da Soldagem

Waspaloy N07001 0,08 19,5 4 -- 13,5 -- 1,3 3 -- -- -- 0,006 0,06


R-41 N07041 0,10 19 10 1 10 -- 1,5 3 -- 0,05 0,1 0,005 --
80A N07080 0,06 19,5 -- -- -- -- 1,6 2,4 -- 0,3 0,3 0,006 0,06
90 N07090 0,07 19,5 -- -- 16,5 -- 1,5 2,5 -- 0,3 0,3 0,003 0,06
M 252 N07252 0,15 20 10 -- 10 -- 1 2,6 -- 0,5 0,5 0,005 --
U-500 N07500 0,08 18 4 -- 18,5 -- 2,9 2,9 -- 0,5 0,5 0,006 0,05
Ligas não ferrosas

713C N07713 0,12 12,5 4 -- -- -- 6 0,8 2 -- -- 0,012 0,10


718 N07718 0,04 19 3 18,5 -- -- 0,5 0,9 5,1 0,2 0,2 -- --
X750 N07750 0,04 15,5 -- 7 -- -- 0,7 2,5 1 0,5 0,2 -- --
706 N09706 0,03 16 -- 40 -- -- 0,2 1,8 2,9 0,2 0,2 -- --
901 N09901 0,05 12,5 -- 36 6 -- 0,2 2,8 -- 0,1 0,1 0,015 --
C902 N09902 0,03 5,3 -- 48,5 -- -- 0,6 2,6 -- 0,4 0,5 -- --
73
Fonte: Welding Handbook
Níquel – Ligas
Ligas endurecíveis por precipitação:
Metalurgia da Soldagem
Ligas não ferrosas

Liga 725

74
Fonte: Mannan
Ligas de Níquel - Soldabilidade
Propriedades físicas e soldabilidade:
- Estrutura CFC até a temperatura de fusão (válido para a maioria
de suas ligas)  apresentam alguma similaridade com os aços
inoxidáveis austeníticos
- Propriedades magnéticas similares ao ferro.
Metalurgia da Soldagem
Ligas não ferrosas

75
Ligas de Níquel - Soldabilidade
Propriedades físicas e soldabilidade:
- Coeficiente de expansão térmica menor que o de aços
inoxidáveis austeníticos  Menor distorção
- Condutividade térmica varia com a composição. Em muitas
ligas é similar à dos aços inoxidáveis austeníticos  Facilidade
Metalurgia da Soldagem

para formar a poça de fusão.

Níquel
Monel
Ligas não ferrosas

Ni-Cr - Inconel
Ni-Cr-Fe
Ni-Cr-Mo

76
Fonte: Kobe Steel
Ligas de Níquel - Soldabilidade
Efeito dos elementos de liga:
- Cobre:  >40%Cu  Similar a Níquel puro
 Teores maiores  comportamento de liga de cobre

- Cromo:  Reduz tendência à formação de porosidade


 Maior tendência à fissuração à quente (em conjunto
Metalurgia da Soldagem

com Si)

- Ferro:  > 8%  Pouco efeito na soldabilidade


 Teores maiores: Tendência à fissuração a quente

- Carbono:  Níquel puro  Grafitização


Ligas não ferrosas

MA: Adição de titânio


 Ligas Ni-Cu: Menor tendência à grafitização
 Ligas Ni-Cr: Precipitação de Cr23C6
 Corrosão em ambientes muito agressivos

- Manganês:  Minimiza tendência à fissuração em juntas


espessas 77
Ligas de Níquel - Soldabilidade
Efeito dos elementos de liga:
- Magnésio:  Reage com S e minimiza a fissuração a quente
na ZTA

- Silício:  Reduz a resistência à fissuração a quente


 Maior efeito: Ligas Ni-Cr
Metalurgia da Soldagem

- Alumínio e titânio:
 Causam endurecimento por precipitação
 Desoxidantes
 Teores elevados: Promovem fissuração a quente

- Boro:  >0,03%  Fissuração a quente (ZF + ZTA)


Ligas não ferrosas

- Zircônio:  Promove fissuração a quente (ZF + ZTA)

- Enxofre/Chumbo:  Fissuração a quente (ZF + ZTA)

- Fósforo  Fissuração a quente (ZF) 78


Ligas de Níquel - Soldabilidade
Problemas usuais: Formação de porosidade
- Gases usuais: N2, H2, O2

H2O / CO

Similar aos aços: Lei de Sievert / Absorção ampliada pelo arco


Metalurgia da Soldagem

- Hidrogênio  Problema mais severo para MIG/MAG

- Ligas mais sensíveis: Níquel puro, Monel e ligas Ni-Cr-Fe


Ligas não ferrosas

- Controle:  Usar arco curto (TIG)

 Usar metal de adição com desoxidantes (Al/Ti/Nb)

79
Ligas de Níquel - Soldabilidade
Problemas usuais: Contaminações superficiais
- Certos elementos (S, P, C, Pb, Zn, Bi, ...), se estiverem
presentes da superfície da peça quando esta for aquecida, podem
interagir com ela e causar diversos efeitos negativos.
Metalurgia da Soldagem

- Níquel puro e ligas Ni-Cu são, em geral, mais susceptíveis.

- Contaminantes + Aquecimento
 Fissuração
Degradação de propriedades
Ligas não ferrosas

- Profundidade do ataque
 Tipo de contaminante
Concentração do contaminante
Tempo/Temperatura de aquecimento
Tipo de metal base
80
Fonte: Nickel Development Institute
Ligas de Níquel - Soldabilidade
Problemas usuais: Contaminações superficiais
- Oxidação superficial
 Piora a molhabilidade da poça/falta de fusão
Inclusões de óxido
Contorno inadequado do cordão
Metalurgia da Soldagem

 Importância da limpeza da superfície e remoção de


de óxidos antes da soldagem
Ligas não ferrosas

81
Fonte: Nickel Development Institute
Ligas de Níquel - Soldabilidade
Problemas usuais: Resistência à corrosão
- Sensitização:

 Fenômeno similar ao observado em aços inoxidáveis

 Precipitação de fases ricas em Cr (carbonetos,


Metalurgia da Soldagem

intermetálicos, ...)

 Usual em ligas Ni-Cr e Ni-Cr-Mo

 Em ligas mais complexas pode ser causado por precipitação


de intermetálicos
Ligas não ferrosas

 Problema tende a ocorrer apenas em ambientes mais


agressivos

82
Ligas de Níquel - Soldabilidade
Problemas usuais: Fissuração na solidificação
- Características gerais da fissuração na solidificação

- Maioria das ligas de níquel são susceptíveis


Metalurgia da Soldagem
Ligas não ferrosas

83
Fonte: Henserson, 1997
Ligas de Níquel - Soldabilidade
Problemas usuais: Fissuração na solidificação
- Controle:
 Minimizar restrição
(Ex.: projeto de junta, metal base na condição
solubilizada)
Metalurgia da Soldagem

 Usar metal de adição resistente à fissuração


E/ER NiCrMo-3 (Liga 625)
Liga 718 E/ER NiCrMo-4 (C-276)
E/ER Ni-1 (Níquel 141)
Ligas não ferrosas

84
Fonte: Ramirez & Lippold
Ligas de Níquel - Soldabilidade
Problemas usuais: Fissuração por liquação
- Características gerais da fissuração por liquação
Metalurgia da Soldagem
Ligas não ferrosas

85
Fonte: Ramirez & Lippold
Ligas de Níquel - Soldabilidade
Problemas usuais: Fissuração por liquação
- Controle

 Reduzir tamanho de grão na ZTA


 Metal de base de grão fino
 Controlar aporte térmico
Metalurgia da Soldagem

 Reduzir teor de impurezas (S, P. B, ...)

 Minimizar o grau de restrição


 Procedimento de soldagem
 Metal base na condição solubilizada
Ligas não ferrosas

 Usar amanteigamento
(eliminar a microestrutura sensível da ZTA)

86
Fonte: Ramirez & Lippold
Ligas de Níquel - Soldabilidade
Problemas usuais: Fissuração por perda de ductilidade
- Características gerais da fissuração por perda de ductilidade

- Mecanismo ainda não bem compreendido

- A sua formação parece


Metalurgia da Soldagem

100
envolver o
Ligas Cu-Ni
desenvolvimento, na ZF 18% Ni
80 30% Ni
(passe anterior) ou ZTA

Alongamento (%)
monofásica, de grão 60
longos e retos, onde
ocorre a precipitação de 40
Cr23C6 e sobre os quais as
Ligas não ferrosas

deformações térmicas se 20
concentram.
0
400 600 800 1000 1200
- Níquel comercialmente
Temperatura (ºC)
puro é altamente sensível.
87
Ligas de Níquel - Soldabilidade
Problemas usuais: Fissuração por perda de ductilidade
- Controle:

 Selecionar materiais mais resistentes:

- Granulação fina
Metalurgia da Soldagem

- Ancoramento dos contornos de grão

- Presença de 2ª fase (ex.: Eutético)

 Minimizar restrição:
Ligas não ferrosas

- Projeto da junta

- Soldagem multipasse

88
Fonte: Nickel Development Institute
Ligas de Níquel - Soldabilidade
Problemas usuais: Fissuração por deformação e envelhecimento
- Aparecimento de trincas durante o
tratamento térmico de alívio de tensões,
particularmente em ligas endurecíveis
por precipitação de ’ [Ni3(Al,Ti)].
Metalurgia da Soldagem

Fissuração ao reaquecimento

- Ligas que endurecem mais


Ligas não ferrosas

rapidamente são mais sensíveis

- Ligas endurecidas por precipitados de


nióbio são menos sensíveis

89
Fonte: ASM Handbook
Ligas de Níquel - Soldabilidade
Problemas usuais: Fissuração por deformação e envelhecimento
- O aparecimento das trincas está ligado à concentração de
deformações nos contornos de grão devido ao endurecimento da
matriz durante o tratamento térmico.
Metalurgia da Soldagem
Ligas não ferrosas

90
Fonte: ASM Handbook
Ligas de Níquel - Soldabilidade
Problemas usuais: Fissuração por deformação e envelhecimento
- Efeito de Al e Ti:
Metalurgia da Soldagem
Ligas não ferrosas

91
Fonte: ASM Handbook
Ligas de Níquel - Soldabilidade
Problemas usuais: Baixa fluidez da poça de fusão
- Maior dificuldade de controle da poça de fusão
 Necessidade de maior cuidado pelo soldador

 Chanfros mais abertos


Metalurgia da Soldagem

- Formação de região não misturada na zona fundida

(A) Região Misturada


Ligas não ferrosas

(B) Região Não Misturada

(C) Região de Fusão Parcial

92
Fonte: Nickel Development Institute
Ligas de Níquel - Soldabilidade
Problemas usuais: FECHAMENTO
Fatores gerais importantes para a soldabilidade de ligas de Ni:
Melhor soldabilidade Pior soldabilidade

Ligas conformadas Ligas Fundidas


Metalurgia da Soldagem

Granulação fina Granulação grossa


Condição recozida Encruada

- Tendência a apresentar problemas de fissuração a quente


- Sensíveis a contaminação superficial
Ligas não ferrosas

- Porosidade pode ser causada por O, N e H


- Ligas Ni-Cr-Fe podem ser sensitizadas
- Aporte térmico elevado deve ser evitado

93
Fonte: Nickel Development Institute
Ligas de Níquel - Soldagem
Processos usuais:
- Soldagem a arco:  TIG Geral / Ligas menos soldáveis
 MIG Ligas endurecidas
 Eletrodo revestido por solução sólida

Tocha
Metalurgia da Soldagem

Gás de
Proteção Eletrodo
Eletrodo de W Tocha Solda
Metal
Base
Ligas não ferrosas

Gás de Metal de Poça de Fusão


Proteção Adição
Solda
Metal
Base
Poça de Fusão 94
Metalurgia da Soldagem
Ligas não ferrosas

FIM
Níquel

95
Sumário

- Alumínio e suas ligas

- Magnésio
Metalurgia da Soldagem

- Níquel e suas ligas


Ligas não ferrosas

- Titânio e suas ligas

- Cobre e suas ligas

96
Metalurgia da Soldagem
Ligas não ferrosas

Titânio e suas Ligas

97
Titânio (Ti)
Características gerais:
Na forma pura é um metal brilhante e prateado. Apresenta baixa
densidade, pode ter elevada resistência (em ligas) e excelente resistência
à corrosão apesar de sua elevada afinidade pelo oxigênio. Acima de
650ºC reage rapidamente com o ar.
Metalurgia da Soldagem

Propriedades Físicas e Químicas:


Número atômico: 22 Peso atômico: 47,867
Densidade: 4507 kg/m3 Raio atômico: 147 pm
Volume molar: 10,64 cm3 Velocidade do som: 4140 m/s
Temperatura de fusão: 1668ºC Temperatura de ebulição: 3287ºC
Ligas não ferrosas

Cond. Térmica: 22 W/m K Coef. Expansão: 8,6x10-6 K-1


Módulo de Young: 116 GPa Resist. Elétrica: 0,40  m

98
Fonte: http://www.webelements.com/index.html
Titânio (Ti)
Aplicações e características gerais:
O titânio apresenta como características chaves: excelente resistência à
corrosão, elevada relação resistência/peso e biocompatibilidade. Estas
características levaram a uma utilização elevada na indústria química e
petroquímica, em aplicações em ambiente marinho, na indústria
aeroespacial, em materiais esportivos e na área biomédica.
Metalurgia da Soldagem

O titânio tem uma elevada afinidade pelo oxigênio, apresentando, como


o alumínio, uma camada superficial de óxido que lhe garante sua elevada
resistência à corrosão em ambientes aquosos, salinos e de ácidos
oxidantes. A temperaturas elevadas (acima de cerca de 650ºC), ele oxida
rapidamente e dissolve quantidades crescentes de oxigênio e nitrogênio.
Estes elementos, além de carbono e hidrogênio, causam um elevado
endurecimento, mas, também, uma elevada fragilização.
Ligas não ferrosas

Apresenta um coeficiente de expansão térmica relativamente baixo que


minimiza problemas de distorção.
Através da adição de elementos de ligas e por tratamentos térmicos, a
resistência mecânica do titânio e suas ligas pode variar de cerca de 240 a
até 1400 MPa.

99
Titânio (Ti)
Metalurgia Básica: Formas alotriomorfas
O titânio apresenta, à pressão ambiente, duas estruturas
cristalinas:

Líquido
Metalurgia da Soldagem

1668ºC

Ti  - CCC

880ºC
Ligas não ferrosas

Ti  - HC

Temp. Ambiente
100
Titânio (Ti)
Metalurgia Básica: Efeito dos elementos de liga

Elementos Elementos Elementos


Alfagênicos Betagênicos Neutros
Alumínio Cromo Estanho
Gálio Nióbio Zircônio
Metalurgia da Soldagem

Germânio Cobre
Ferro
Oxigênio Manganês
Nitrogênio Molibdênio
Carbono Níquel
Paládio
Ligas não ferrosas

Silício
Tântalo
Tungstênio
Vanádio

Hidrogênio
101
Titânio (Ti)
Metalurgia Básica: Elementos alfagênicos
Metalurgia da Soldagem

Efeito típico de um
elemento de liga
alfagênico no balanço
de fases do titânio.
Ligas não ferrosas

Fonte: Welding Handbook, Vol. 3 102


Titânio (Ti)
Metalurgia Básica: Elementos alfagênicos

Alumínio: - Presente em quase todas as ligas de titânio (em


geral < 8%)
- Intermetálicos:
2 - Ti3Al
Metalurgia da Soldagem

 - TiAl
 Fragilização / ligas intermetálicas
- Baixo custo, melhora relação resistência/peso
Ligas não ferrosas

Carbono, oxigênio e nitrogênio:


- Intersticiais / impurezas
- Endurecedores poderosos
- Fragilizantes (tenacidade e ductilidade)

103
Titânio (Ti)
Metalurgia Básica: Elementos betagênicos
Isomorfos Beta: - Solubilidade ampla
- Mo, V, Nb e Ta
Metalurgia da Soldagem
Ligas não ferrosas

Fonte: Welding Handbook, Vol. 3 104


Titânio (Ti)
Metalurgia Básica: Elementos betagênicos
Eutetoides Beta: - Solubilidade restrita (intermetálicos)
- Eutetóides ativos (Cu e Si)
 Formam intermetálicos durante soldagem
e tratamentos térmicos
- Eutetoides passivos (Ni, Co, Cr, Fe e Mn)
Metalurgia da Soldagem

 Tendem a não formar intermetálicos


(cinética é lenta)
 Mais usados em ligas: Cr e Fe
Ligas não ferrosas

Fonte: Welding Handbook, Vol. 3 105


Titânio (Ti)
Metalurgia Básica: Elementos betagênicos
Hidrogênio:

- Tende a ficar em solução sólida intersticial


Metalurgia da Soldagem

- Na fase , quando T  Hidretos


(efeitos endurecedor e fragilizante)

- Na fase β, tende a permanecer em solução, apresen-


tando menor influência.
Ligas não ferrosas

- Em ligas  + β, o seu efeito depende da quantidade


relativa das fases

106
Titânio (Ti)
Ligas de titânio:
- Titânio Comercialmente Puro: Resistência entre 240 e
550 MPa em função, principalmente de seu teor de
intersticiais. Adição de Pd aumenta resistência à corrosão.
- Ligas Alfa ou Quase Alfa: Não tratáveis ou parcialmente
tratáveis termicamente. Usadas em aplicações criogênicas
Metalurgia da Soldagem

ou a temperaturas moderadamente elevadas,


- Ligas Alfa-Beta: Apresentam teores elevados de elementos
betagênicos e podem ser endurecidas por precipitação.
Elevada relação resistência/peso.
Ex.: Ti-6Al-4V
- Ligas Beta Metaestáveis: Teores ainda mais elevados
Ligas não ferrosas

de betagênicos. Endurecíveis por precipitação.


Ex.: Ti-15V-3Al-3Sn-3Cr
- Intermetálicos (ex.: Aluminetos): Alta resistência específica
a alta temperatura (1000ºC).

Fonte: Welding Handbook, Vol. 3 107


Titânio (Ti)
Ligas de titânio: Critérios de seleção
- Resistência à Corrosão:
Titânio comercialmente puro, ligas alfa e quase alfa.
Serviço até 260ºC.
Metalurgia da Soldagem

- Elevada Resistência Específica:


Ligas alfa-beta e beta metaestáveis.
Ex.: Ti-6Al-4V e Ti-6Al-2Sn-2Zr-2Mo-2Cr
Podem ser endurecidas por precipitação e por deformação
Ligas não ferrosas

- Resistência ao dano:
Combinação de elevadas resistências mecânica, à Fadiga
e tenacidade.
Ligas beta metaestáveis.
Ex.: Ti-13V-11Cr-3Al

Fonte: Welding Handbook, Vol. 3 108


Titânio (Ti)
Ligas de titânio:

Composição Nominal (%peso) Limites de impurezas (%peso)

Designação Al Sn Zr Mo Outros N C H Fe O

Titânio Comercialmente Puro


Metalurgia da Soldagem

ASTM Grau 1 --- --- --- --- --- 0,03 0,10 0,015 0,20 0,18
ASTM Grau 3 --- --- --- --- --- 0,05 0,10 0,015 0,30 0,35
ASTM Grau 7 --- --- --- --- 0,2Pd 0,03 0,10 0,015 0,30 0,25

Ligas Alfa ou Quase Alfa

Ti-0,3Mo-0,8Ni --- --- --- 0,3 0,8 Ni 0,03 0,10 0,015 0,30 0,25
Ligas não ferrosas

Ti-5Al-2,5Sn (1) 5 2,5 --- --- --- 0,05 0,08 0,02 0,50 0,20
Ti-8Al-1Mo-1V(2) 8 --- --- 1 1V 0,05 0,08 0,015 0,30 0,15

(1) UNS R54520, (2) UNS R54810

Fonte: Welding Handbook, Vol. 3 109


Titânio (Ti)
Ligas de titânio:

Composição Nominal (%peso) Limites de impurezas (%peso)

Designação Al Sn Zr Mo Outros N C H Fe O

Ligas Alfa-Beta
Metalurgia da Soldagem

Ti-6Al-4V (1) 6 --- --- --- 4V 0,05 0,10 0,0125 0,30 0,20
Ti-6Al-6V-2Sn (2) 6 2 --- --- 0,75Cu 6V 0,04 0,05 0,015 1,0 0,20
Ti-7Al-4Mo (3) 7 --- --- 4 --- 0,05 0,10 0,013 0,30 0,20

Ligas Beta Metaestáveis

Ti-13V-11Cr-3Al (4) 3 --- --- 0,3 11Cr-13V 0,05 0,05 0,015 0,35 0,17
Ligas não ferrosas

Ti-8Mo-8V-2Fe-3Al(5) 3 2,5 --- 8 8V 0,05 0,05 0,015 2,5 0,17


Ti-15V-3Al-3Sn-3Cr 3 3 --- --- 15V-3Cr 0,03 0,03 0,015 0,30 0,13

(1) UNS R56400, (2) UNS R56620, (3) UNS R56740


(4) UNS R580110 (5) UNS R58820

Fonte: Welding Handbook, Vol. 3 110


Titânio (Ti)
Transformações de fase: Efeito da velocidade de resfriamento

Resfriado ao forno:  em placas e


intergranular e β entre placas (escuro)
Metalurgia da Soldagem

Resfriado ao ar: 
acicular e intergranular
Ligas não ferrosas

e β entre agulhas

Temperado em água:
 acicular e β entre
agulhas

Liga  + β (Ti-6Al-4V) Fonte: Welding Handbook, Vol. 3 111


Titânio (Ti)
Transformações de fase: Aspectos específicos
- A fase beta é CCC (elevada difusividade)  Dificuldade de
controlar o seu tamanho de grão por meios puramente
térmicos.
Metalurgia da Soldagem

- Em ligas beta ou predominantemente beta: a fase beta é


metaestável. Aquecimentos posteriores (480-600ºC)
Ligas não ferrosas

tendem a favorecer a precipitação de alfa e endurecer


fortemente. Este efeito pode fragilizar a solda e dificultar
a soldagem destas ligas.

Fonte: Welding Handbook, Vol. 3 112


Titânio (Ti)
Soldabilidade relativa: Exemplos
Composição Nominal Tipo Rating
Comercialmente puro , quase  A
5Al-2,5Sn , quase  B
5Al-2,5Sn (baixo inters.) , quase  A
Metalurgia da Soldagem

8Al-1Mo-1V , quase  A
8Mn +β C
6Al-4V +β B
6Al-6V-2Sn-1(Fe,Cu) +β C
13V-11Cr-3Al β B
6Al-2Nb-1Ta-1Mo , quase  A
Ligas não ferrosas

15V-3Al-3Sn—3Cr β A
11Mo-6Zr-4,5Sn β A
10V-2Fe-3Al β C
A – Excelente, B – Boa ou razoável, C – limitada, para aplicação
especial ou soldada com tratamento térmico especial.

Fonte: Welding Handbook, Vol. 3 113


Titânio (Ti)
Soldagem: Formação da microestrutura
Zona Fundida e ZTA de alta temperatura:
 Solidificação como β ou formação de β
 TG (Baixa ductilidade)
 Controle do TG: . Controle da energia de soldagem
. Inoculação/Agitação magnética
Metalurgia da Soldagem

 Microestrutura final: Função do tipo de liga


 Ligas quase  ou + β: Velocidade de resfriamento
controla a microestrutura
 Ligas β: Microestrutura metaestável mantida para
condições usuais de soldagem
 Endurecimento em TTPS
Ligas não ferrosas

ZTA de baixa temperatura:


 Complexa/fortemente dependente do tipo de liga
114
Titânio (Ti)
Soldagem: Problemas de soldabilidade
• Tamanho de grão da fase beta (página anterior)

• Contaminação
Metalurgia da Soldagem

• Fissuração por Contaminação

• Fragilização pelo Hidrogênio


Ligas não ferrosas

• Fissuração por Perda de Ductilidade

• Porosidade

Fonte: Welding Handbook, Vol. 3 115


Titânio (Ti)
Soldagem: Contaminação
Temperatura  (>500ºC)  Possibilidade de forte absorção
de O, N e C

Aparência da superfície e nível de contaminação


Aparência da Efeito provável nas
Metalurgia da Soldagem

superfície da solda propriedades mecânicas Recomendação

Prateada Nenhum ou não Aceitar


Palha brilhante mensurável
Marrom Muito pequeno Lixar, escovar e verificar
Violeta dureza
Azul, cores de 2ª Pequeno, exceto por Verificar dureza, remover
Ligas não ferrosas

ordem, pérola uma camada superficial camada superficial, se


dura preciso ressoldar.
Cinza, branco e Moderado a severo, Remover a solda e a área
amarelo soldas serão duras e afetada.
esfarelando frágeis

Fonte: WTIA 116


Titânio (Ti)
Soldagem: Contaminação

Aparência da superfície e nível de contaminação


Metalurgia da Soldagem
Ligas não ferrosas

Fonte: http://www.weldingtipsandtricks.com/welding-titanium.html 117


Titânio (Ti)
Soldagem: Fissuração por contaminação

Absorção de C, O e N  Perda de ductilidade e tenacidade


Metalurgia da Soldagem

Tensões Residuais/Solicitação externa


Ligas não ferrosas

TRINCAS
(Problema mais crítico para ligas )

118
Titânio (Ti)
Soldagem: Fragilização pelo hidrogênio

H H

- Titânio : Difusão de hidrogênio para


H
a região próxima da ponta da trinca.
Metalurgia da Soldagem

H
H - Formação de hidretos  Tenacidade

- Propagação da trinca.

- Redissolução dos hidretos e difusão


do hidrogênio.
Ligas não ferrosas

Valor crítico: 200 ppm H

 Limpeza e proteção com gases de alta pureza (< 34 ppm H20)

Fonte: Welding Handbook, Vol. 3 119


Titânio (Ti)
Soldagem: Fragilização por perda de ductilidade

- Certas ligas de titânio


apresentam perda de
ductilidade quando
resfriadas a partir da fase
Metalurgia da Soldagem

beta (figura).

- Falha ao longo dos


contornos de grão beta.

- Problemas mais usual em


ligas que contém Nb e com
Ligas não ferrosas

estrutura mais grossa.

- Parece exigir uma elevada


restrição.

Fonte: Welding Handbook, Vol. 3 120


Titânio (Ti)
Soldagem: Porosidade
- Ligada a gases diatômicos (H2 e O2).

- Poros finos (micrométricos) e formados nos


espaçamentos interdendríticos.
Metalurgia da Soldagem

- Prevenção: Limpeza, proteção adequada com gases de


elevada pureza e controle das condições de soldagem (por
exemplo, usar menor velocidade).
Ligas não ferrosas

121
Fonte: http://www.weldingtipsandtricks.com/welding-titanium.html
Titânio (Ti)
Soldagem: Processos
- TIG:  Usual para espessuras de até 2,5 mm (sem chanfro).
 CC-, Eletrodo Dopado.

- MIG:  Para maiores espessuras.


 Maior susceptibilidade para contaminação.
Metalurgia da Soldagem

 Cuidados especiais com o arame.

- PAW:  Maior capacidade de penetração e maiores


velocidades de soldagem do que as obtidas com TIG.

- EBW
Ligas não ferrosas

- LBW

- Outros: Soldagem por difusão, por Fricção, por Resistência, por


Centelhamento, Brasagem, ...

122
Titânio (Ti)
Soldagem: Recomendações gerais
- Condição inicial

- Limpeza: Etapa essencial. Pode variar desde a remoção de óleo e


graxa em chapas não oxidadas a aplicação de métodos
mecânicos e químicos em material tratado termicamente (com
Metalurgia da Soldagem

carepa). Manipulação e armazenamento devem ser cuidadosos.

- Proteção: Fundamental para garantir ductilidade e tenacidade à solda.


Lembrar de usar gás de pureza adequada e proteção suficiente.

- Aporte térmico: Se possível, usar baixo aporte térmico para minimizar


o tamanho de grão de beta.
Ligas não ferrosas

- Tratamentos posteriores: Tratamento térmico de alívio de tensão é


usual para garantir ótima resistência à fadiga. Podem ser usados
ainda para estabilizar a microestrutura

123
Fonte: Ramirez & Lippold
Titânio (Ti)
Soldagem: Recomendações gerais
- Mantenha a área de soldagem limpa. Dispositivos para fixação e
manipulação devem ser limpos antes de seu uso.

- O metal de base deve ser limpo e desengraxado. Limpar até pelo


menos 25mm das bordas da junta. Se possível limpar tudo.
Metalurgia da Soldagem

- Não contaminar o metal base durante a limpeza. Evite usar esponja de


aço, lixa, solvente clorados, etc.

- Não deixe impressões digitais. Use luvas limpas.


Ligas não ferrosas

- Evite vento ou brisa na área.

- A proteção é o fator mais importante na soldagem. Quando possível use


câmara de atmosfera controlada. Caso contrário, use “trailing shield” ou
fontes adicionais de gás. O gás deve ter pureza adequada.

Fonte: GSI SLV 124


Titânio (Ti)
Soldagem: Recomendações gerais
- Use o menor fluxo de gás que garanta a proteção adequada (fluxo
excessivo pode causar turbulência).

- Mantenha o metal de adição limpo, manipule-o com cuidado, remova


pontas aquecidas durante soldagem anterior.
Metalurgia da Soldagem

- Nunca toque o eletrodo na peça.

- Mantenha o arco curto, não tire a ponta do arame de adição da região


protegida.
Ligas não ferrosas

- Use eletrodos dopados (EWTh).

- Nunca abra o arco por contato.

Fonte: GSI SLV 125


Titânio (Ti)
Soldagem: Exemplo – Liga alfa
Baixo oxigênio Alto oxigênio
Metalurgia da Soldagem


ZTA Metal base ZTA


Ligas não ferrosas

126
Fonte: http://www.struers.com/resources/elements/12/38860/e-Structure%203_EN.pdf
Metalurgia da Soldagem
Ligas não ferrosas

FIM

127
Sumário

- Alumínio e suas ligas

- Magnésio
Metalurgia da Soldagem

- Níquel e suas ligas


Ligas não ferrosas

- Titânio e suas ligas

- Cobre e suas ligas

128
Metalurgia da Soldagem
Ligas não ferrosas

Cobre e suas Ligas

129
Cobre – Introdução
Cobre:
Características gerais: Na forma pura é um metal avermelhado e
brilhante. É dúctil e um excelente condutor de calor e eletricidade (inferior
apenas à prata). Resiste à corrosão na atmosfera, água fresca e salgada,
soluções alcalinas e produtos químicos e alimentícios. Por outro lado,
reage com compostos de enxofre e amônia, sendo rapidamente atacado
Metalurgia da Soldagem

em ambientes contendo hidróxido de amônia.

Propriedades Físicas e Químicas:


Número atômico: 29 Peso atômico: 63,546
Densidade: 8920 kg/m3 Raio atômico: 135 pm
Volume molar: 7,11 cm3 Velocidade do som: 3570 m/s
Ligas não ferrosas

Temperatura de fusão: 1084,62ºC Temperatura de ebulição: 2927ºC


Cond. Térmica: 400 W/m K Coef. Expansão: 16,5 x10-6 K-1
Módulo de Young: 130 GPa Resist. Elétrica: 0,0172  m
Estrutura cristalina: CFC

130
Fonte: http://www.webelements.com/index.html
Cobre – Introdução
Usos:
O cobre é muito usado como condutor de eletricidade e como
parte de equipamentos elétricos.

É usado como tubos, válvulas e tanques de fornecimento de


Metalurgia da Soldagem

água, para contenção de produtos químicos, fabricação de


bebidas e produtos marinhos e na indústria naval.

O cobre e suas ligas apresentam aplicações arquitetônicas


devido à sua cor, resistência à corrosão e resistência
Ligas não ferrosas

mecânica relativamente elevada (ligas).

O cobre e várias de suas ligas podem ser unidos por soldagem


e brasagem (fraca e forte). Os processos de soldagem mais
extensivamente usados são TIG e MIG.
131
Cobre – Ligas
Principais elementos de liga e residuais:
• Alumínio:
 < 8%Al  Ligas monofásicas
 9-15%  Ligas bifásicas (reações martensítica ou
eutetoide)
 Resistência, Alongamento
Metalurgia da Soldagem

 Formação de camada de óxido refratário

• Arsênico: Usado para prevenir perda de zinco. Prejudicial na


soldagem de ligas com Ni.

• Berílio: Causa endurecimento por precipitação e formação de


Ligas não ferrosas

camada de óxido refratário.

• Boro: Desoxidante

• Cádmio: Endurece e mantém condutividade elétrica.


 Eletrodos para soldagem por resistência
Uso limitado (metal pesado)
Fonte: Welding Handbook132
Cobre – Ligas
Principais elementos de liga e residuais:
• Cromo: Causa endurecimento por precipitação sem perda de
condutividade elétrica  Eletrodos para soldagem por resist.
Forma camada de óxido refratário.

• Ferro: Causa endurecimento por precipitação e por solução


Metalurgia da Soldagem

sólida. Melhora a resistência à corrosão e à erosão em ligas


Cu-Ni.

• Chumbo: Aumenta a usinabilidade.

• Manganês: Aumenta a ductilidade a quente de ligas bifásicas.


Ligas não ferrosas

• Níquel: Apresenta solubilidade completa com o Cu.

• Fósforo: Usado como endurecedor e desoxidante. Solubilidade


de 1,7% na temperatura eutética (649ºC). Previne a perda de
Zinco.
Fonte: Welding Handbook133
Cobre – Ligas
Principais elementos de liga e residuais:
• Silício: Promove aumento de resistência e maleabilidade.
Forma camada de óxido refratário.

• Estanho: Ligas monofásicas: < 2%. Ligas Cu-Sn tendem a


Metalurgia da Soldagem

apresentar fragilidade a quente. Oxidação do Sn durante a


soldagem pode causar inclusões.

• Zinco: Elemento de liga + importante  Latões


 Solúvel até cerca de 35%
 Elemento volátil
Ligas não ferrosas

• Oxigênio: Residual presente, em geral, na forma de Cu2O.

Fonte: Welding Handbook134


Cobre – Ligas
Principais ligas de cobre:
• Cobre comercialmente puro (>99,3%Cu),

• Cobre ligado (<5% Liga),

• Ligas Cu-Zn (Latão),


Metalurgia da Soldagem

• Ligas Cu-Sn (Bronze),

• Ligas Cu-Al (Bronze aluminoso),

• Ligas Cu-Si (Bronze silicoso),


Ligas não ferrosas

• Ligas Cu-Ni, e

• Ligas Cu-Ni-Zn (Nickel Silver).

135
Cobre – Ligas
Cobre comercialmente puro:
Tipos básicos:
Eletrolítico (tough-pitch)
- Livre de oxigênio
- Com oxigênio Refinado ao fogo

- Desoxidado com fósforo


Metalurgia da Soldagem

- De corte fácil Cobre


ligado
- Endurecível por precipitação

Propriedades mecânicas típicas:


Ligas não ferrosas

Limite de Alongamento
Condição
resistência (MPa) (%)
Recozida > 195 > 35
Encruada 245-315 > 15
Fonte: Kobe
136
Cobre – Ligas
Cobre comercialmente puro: Tipos básicos
Cobre livre de oxigênio: UNS C10100 a C10800
 Produzido em atmosfera redutora
 [Cu] > 99,95% e [O] < 10 ppm
 Elevadas condutividade elétrica, ductilidade e
soldabilidade
Metalurgia da Soldagem

Eletrolítico (ETP): UNS C11000 a C11900

Cobre com oxigênio Fundido: UNS C12500 a C13000


 [Cu] > 99,9% e [O] < 0,04%
 Inclusões de Cu2O
 Reação com hidrogênio
 Impurezas: Sb, As, B e Pb.
Ligas não ferrosas

 Porosidade e outras descontinuidades em soldas

Cobre desoxidado com fósforo: UNS C12000 a C12300


 Fósforo residual ≈ 0,02%
 Menor condutividade elétrica 137
Cobre – Ligas
Cobre comercialmente puro: Tipos básicos
Cobre de corte fácil: UNS C14500 a C14710
 Adições de Pb, Te e S
 Adições formam inclusões
 Perda de ductilidade e aumento de usinabilidade
 Não devem ser soldados por fusão
Metalurgia da Soldagem
Ligas não ferrosas

Cobre endurecível por precipitação: UNS C15000, C15100


C17000 a C18400, C64700 a C64730
 Adições (pequenas) de B, Cr ou Zr
 Envelhecimento entre 310 e 480ºC
 Soldagem  perda de resistência na ZTA

138
Cobre – Ligas
Cobre comercialmente puro: Tipos básicos
Cobre de corte fácil: UNS C14500 a C14710
 Adições de Pb, Te e S
 Adições formam inclusões
 Perda de ductilidade e aumento de usinabilidade
 Não devem ser soldados por fusão
Metalurgia da Soldagem
Ligas não ferrosas

125m 50m

Material: Cobre OFHC Material: Cobre ETP


Liga: UNS C10100 Liga: UNS C11000
Fonte: University of Florida Fonte: University of Florida
Composição nominal: Cu 99,99 Composição nominal: Cu 99,90
Estado: Vareta laminada a quente Estado: Arame laminado a quente
Fonte: Copper Development Association 139
Cobre – Ligas
Ligas Cu-Zn (Latões):
- Até 35%Zn  Ligas monofásicas ()
 Boa trabalhabilidade a frio
Metalurgia da Soldagem

- Acima de 35%Zn  Ligas bifásicas (+)


 Boa trabalhabilidade a quente, boa usinabilidade

- Ligas fundidas: Zn = 2 a 41%


Ligas não ferrosas

Elementos adicionais: Sn, Ni, Pb e P


Pior soldabilidade

- Designações UNS:  Ligas trabalhadas: C20500 a C28580


 Ligas fundidas: C83300 a C85800 140
Cobre – Ligas
Ligas Cu-Zn (Latões): Microestrutura
Metalurgia da Soldagem

25m 125m

Material: Latão de Guilding, 95% Material: Latão amarelo de alta


Liga: UNS C21000 resistência
Ligas não ferrosas

Fonte: University of Florida Liga: UNS C86300


Composição nominal: Cu 97,0-98,0 – Fonte: University of Florida
Zn 1,9-3,0 – Fe 0,05 – Pb 0,02 Composição nominal: Cu 60-66 – Zn
Estado: Trabalhado 22-28 – Al 5,0-7,5 – Mn 2,5-5,0 – Fe
2,0-4,0 – Ni 1,0 – Pb 0,20 – Sn 0,20
Estado: Lingote fundido

141
Fonte: Copper Development Association
Cobre – Ligas
Ligas Cu-Sn (Bronzes):
- Contém, em geral: • 0,5 a 11%Sn
• 0,01 a 0,4% P

- Características gerais: Elevada resistência à corrosão, elevada


Metalurgia da Soldagem

resistência mecânica na condição encruada

- Tendem a apresentar fragilidade a quente (podem trincar a


quente durante a soldagem).
Ligas não ferrosas

- Designações UNS: C50100 a C54200

- Ligas fundidas podem conter adições de até 20%Sn. Elas


podem também conter Zn, Ni e Pb.
142
Cobre – Ligas
Ligas Cu-Al (Bronzes de alumínio):
- Contém, em geral: • 9 a 12% Al
• < 6% Fe + Ni
Fragilidade a quente
Metalurgia da Soldagem

- Tipos básicos: •  7%Al  Monofásicas ()


• 9,5 a 11,5%Al   +  (tratáveis)

Maior ductilidade a quente


Temperáveis
Ligas não ferrosas

- Usos gerais: Equipamentos e peças em contato com água do


mar, ácidos pouco oxidantes e fluidos industriais

- Designações UNS: C60800 a C64210


143
Cobre – Ligas
Ligas Cu-Si (Bronzes de silício):
- Ligas trabalhadas: • 1,5 a 4% Si
• Mn, Fe, Sn e Zn (< 1,5%)

- Ligas fundidas: • Até 30% Zn


Metalurgia da Soldagem

- Características gerais: Resistências mecânica e à corrosão


elevadas, boa soldabilidade. Podem, contudo, apresentar
fragilidade a quente.
Ligas não ferrosas

- Usos gerais: parafusos, porcas e outras peças em linhas de


força, equipamentos marinhos, tubos de trocadores de calor,
tanques para armazenar água quente, válvulas, etc.

- Designações UNS: Trabalhadas: C64700 a C66100


Fundidas: C87300 a C87900 144
Cobre – Ligas
Ligas Cu-Ni:
- Contém, em geral: • 2 a 45% Ni (mais comum: 10 e 30%)
• Adições usuais: Cr, Fe, Nb e Mn
Metalurgia da Soldagem

- Características gerais: Dúcteis, relativamente tenazes, bem


resistentes à corrosão pela água do mar. Apresentam
fragilidade a quente.
Ligas não ferrosas

- Usos gerais: Produtos elétricos e eletrônicos, tubos


condensadores em navios e plantas, produtos marinhos

- Designações UNS: Trabalhadas: C70100 a C72950


Fundidas: C96200 a C96900 145
Cobre – Ligas
Ligas Cu-Ni-Zn (Nickel Silvers):
- Contém, em geral: • 7 a 20% Ni
• 14 a 46% Zn > 32%Zn   + 
Metalurgia da Soldagem

- Características gerais: Relativamente resistentes e com boa


resistência à corrosão. Cor prateada.

- Usos gerais: Equipamento para manuseio de comida e bebida,


Ligas não ferrosas

material decorativo, equipamento fotográfico e óptico,


instrumentos musicais

- Designações UNS: Trabalhadas: C73200 a C79900


Fundidas: C97300 a 97800
146
Fonte: Copper Development Association
Cobre – Ligas
Propriedades físicas: Resumo
Metalurgia da Soldagem
Ligas não ferrosas

Discutir: Importância para distorção, formação da poça, etc....


147
Fonte: Kolbe Steel
Cobre – Soldagem
Efeito dos elementos de liga na soldabilidade:
• Zinco: Gera vapores tóxicos, reduz a soldabilidade. Pode causar
inclusões de óxido.

• Estanho: Aumenta a tendência à fragilização a quente (entre 1 e


10%). Pode gerar inclusões de óxido.
Metalurgia da Soldagem

• Alumínio, Berílio & Cromo: Formam óxidos superficiais que


precisam ser removidos antes da soldagem. Bérilio – vapores
tóxicos

• Silício: Beneficia a soldabilidade (desoxidante e reduz a


Ligas não ferrosas

condutividade térmica da liga)

• Fósforo: Desoxidante. Nos teores usuais, não interfere


negativamente na soldagem.

• Cádmio: Não piora a soldabilidade, mas gera vapores tóxicos.


148
Fonte: ASM Handbook
Cobre – Soldagem
Efeito dos elementos de liga na soldabilidade:
• Oxigênio: Pode gerar porosidade e fragilidade em ligas sem
desoxidante (com o hidrogênio).
Origem: Atmosfera e inclusões
Metalurgia da Soldagem

• Ferro e Manganês: Nos seus teores usuais, não afetam


negativamente a soldabilidade.

• Bismuto, Chumbo, Selênio & Telúrio: Aumenta a tendência à


Ligas não ferrosas

fissuração a quente.

149
Fonte: ASM Handbook
Cobre – Soldagem
Características importantes para a soldagem:
• Elevada condutividade térmica
 8x maior do que a do aço carbono!
 Dificuldade de formar a poça de fusão
 Tendência para falta de fusão, dobras, ....
Metalurgia da Soldagem

 O seu valor diminui quando o teor de liga aumenta


Ligas não ferrosas

Soluções: - Maior aporte térmico


- Hélio na proteção
- Pré-aquecimento 150
Cobre – Soldagem
Características importantes para a soldagem:
• Elevada condutividade térmica

- Hélio na proteção
- Pré-aquecimento
Metalurgia da Soldagem
Ligas não ferrosas

151
Fonte: Welding Handbook
Cobre – Soldagem
Características importantes para a soldagem:
Elevada condutividade térmica

Temperatura de pré-aquecimento
de cobre
Metalurgia da Soldagem
Ligas não ferrosas

152
Fonte: Welding Handbook
Cobre – Soldagem
Características importantes para a soldagem:
• Elevada condutividade elétrica:
 Juntamente com o item anterior, dificulta a soldagem
com transferência por curto circuito e a soldagem
por resistência.
Metalurgia da Soldagem

• Elevado coeficiente de expansão térmica:


 30% maior que o do aço carbono
 Maior tendência para a distorção

• Formação de vapores/fumos (muitas vezes, tóxicos):


Ligas não ferrosas

 Zn, Cd, Be, Cr....


 Dificuldade para soldar
 Mudanças de cor/propriedades
 Necessidade de proteção para o
trabalhador
153
Cobre – Soldagem
Características importantes para a soldagem:
• Tendência de fragilizar a alta temperatura (“hot shortness”):
 Tendência à fissuração a quente (ZF & ZTA)
 Depende da composição:
 Ex.: Pb e Bi são prejudiciais
 Depende da microestrutura
Metalurgia da Soldagem

 Ligas monofásicas, em geral, são piores

• Ponto de fusão relativamente baixo:

• Metal líquido de baixa viscosidade:


Ligas não ferrosas

 Dificulta o controle da poça de fusão

• Formação de filme de óxido:


 Ligas com Al, Be e Cr.
154
Cobre – Soldagem
Características importantes para a soldagem:
• Resistência mecânica de algumas ligas baseada no
encruamento ou em endurecimento por precipitação:

 Perda de dureza na ZTA


Metalurgia da Soldagem
Ligas não ferrosas

155
Cobre – Soldagem
Algumas características importantes para a soldagem por liga:
• Cobre:
- Elevada condutividade térmica
- Menor teor de oxigênio  melhor soldabilidade

• Latão (Cu-Zn):
Metalurgia da Soldagem

- Formação de vapores de Zn  Falta de fusão e


porosidade
- Baixo Zn ( < 20%)  Boa soldabilidade
- Metal de adição  Combinar a cor
- Pré-aquecimento: 100-350ºC
- Presença de Pb  Fragilidade a quente
- Fundidos: Pb e heterogeneidade  Dificuldades
Ligas não ferrosas

• Bronze (Cu-Sn):
- Sensível a fissuração a quente
- Pode formar inclusões de óxido de estanho
- Pré-aquecimento: 150-250ºC
- Interpasse < 250ºC (fissuração a quente) 156
Cobre – Soldagem
Algumas características importantes para a soldagem por liga:
• Bronze aluminoso (Cu-Al):
- Formação de óxido refratário
- Liga  (<7%Al)  fragilidade a quente na ZTA
- Liga +  Melhor soldabilidade
+ Resf. lento  Fissuração por intermetálico
Metalurgia da Soldagem

- Pré-aquecimento (>20mm): 100-250ºC

• Bronze silicoso (Cu-Si):


- Baixa condutividade térmica  Sem pré-aquecimento
- Boa desoxidação pelo silício
- Boa fluidez da poça
Ligas não ferrosas

- Fragilidade a quente

• Cobre-níquel (Cu-Ni):
- Baixa condutividade térmica
- Fragilidade a quente  Fissuração na ZTA
(minimizar aporte térmico)
- Tendência a formar porosidade 157
Cobre – Soldagem
Processos de soldagem aplicáveis:
Tocha
Eletrodo de W Tocha
TIG MIG
Gás de Gás de
Metal de Proteção Eletrodo
Proteção Adição
Solda Solda
Metal Metal
Base Base
Metalurgia da Soldagem

Poça de Fusão Poça de Fusão

Revestimento Oxigênio +
Gás combustível
Alma Maçarico Oxi-gás
Elet. Rev.
Metal de
Adição Eletrodo Cone interno
Escória Revestido
Metal de
Arco Chama Adição
Solda
Metal de Solda
Base
Metal de
Ligas não ferrosas

Poça de Fusão Base


Poça de Fusão

Outros (por exemplo):

Laser Feixe de elétrons Estado sólido

Resistência Brasagem Brasagem fraca 158


Cobre – Soldagem
Processos de soldagem aplicáveis:
GMAW
Liga UNS OFW SMAW RW SSW B S EBW
GTAW
Cobre ETP C1100- NR NR F NR B E B NR
C11900
Cobre livre de C10200 F NR B NR E E E B
oxigênio
Metalurgia da Soldagem

Cobre desoxi- C12000- B NR E NR E E E B


dado C12300
Cobre berílio C17000- NR F B F F B B F
C17500
Cobre C16200- NR NR B NR F B B F
cádmio/ C18200
Ligas não ferrosas

cromo
Latão vermelho C23000 F NR B F B E E --
85%

Latão 80% C24000 F NR B B B E E --

Latão Cartucho C2600 F NR F B B E E --


70% 159
Cobre – Soldagem
Processos de soldagem aplicáveis:
GMAW
Liga UNS OFW SMAW RW SSW B S EBW
GTAW
Latão com C31400- NR NR NR NR NR E B --
chumbo C38590
Bronze C50100- F F B B B E E --
C52400
Metalurgia da Soldagem

Cobre Níquel C71500 F F B B B E E F


30%

Cobre Níquel C70600- F B E B B E E B


10%

Nickel-Silvers C75200 B NR B F B E E --
Ligas não ferrosas

Bronze de C61300- NR B E B B F NR B
alumínio C61400

Bronze de C65100- B F E B B E B B
silício C65500

E – Excelente, B – Bom, F – Fraco, NR – Não recomendável


Fonte: Welding Handbook 160
Metalurgia da Soldagem
Ligas não ferrosas

FIM

161

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