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16/02/2019 Sabão – Wikipédia, a enciclopédia livre

Sabão
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
O sabão é um produto tensoativo usado em conjunto com água para lavar
e limpar. Sua apresentação é variada, desde barras sólidas até líquidos
viscosos, e também pó. Do ponto de vista químico, o sabão é um sal de
ácido graxo. Tradicionalmente, o sabão é produzido por uma reação entre
gordura e hidróxido de sódio ou de potássa e carbonato de sódio, todos
álcalis (bases) historicamente lixiviados das cinzas de madeiras de lei. A
reação química que produz o sabão é conhecida como saponificação. A
gordura e as bases são hidrolisadas em água; os gliceróis livres ligam-se Sabão Azul e Branco de Portugal
com grupos livres de hidroxila para formar glicerina, e os iões livres de
sódio ligam-se com ácidos graxos para formar o sabão.[1]

Muitos produtos de limpeza atuais não são tecnicamente sabões, mas


detergentes, de produção mais barata e simples.

Índice
Etimologia
Ação
O sabão de Alepo, um sabonete
História artesanal ainda hoje e feito com
Primórdios azeite e óleo de folhas de louro
Roma antiga
Era moderna
Produção em massa
Museus do sabão
Referências
Ligações externas

Etimologia
A preparação da pasta de sabão
A palavra portuguesa "sabão" provém do latim sapo ("sabão"). O termo numa cuba
latino, por sua vez, tem origem no germânico *saipo-.[2] O latim sapo é
cognato com a forma latina sebum, "sebo".

Ação
O sabão limpa porque as suas moléculas se ligam tanto a moléculas não-polares (como gordura ou óleo) quanto
polares (como água). Embora a gordura geralmente adira à pele ou à roupa, as moléculas de sabão ligam-se à gordura
e tornam-na mais fácil de ser enxaguada em água. Quando aplicada a uma superfície suja, a água com sabão mantém
as partículas de sujeira em suspensão, para que o conjunto possa ser enxaguado com água limpa.

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O hidrocarboneto dissolve sujeira e óleos, enquanto que a porção ionizada


torna o sabão solúvel em água. Assim, permite que a água remova matéria
normalmente insolúvel em água, por meio da emulsificação.

História

Primórdios
A produção de sabão é uma das reações mais antigas, não se sabe quem a Sabão arrefecendo
inventou mas acredita-se que esta foi descoberta por acidente quando, ao
ferverem gordura animal contaminada com cinzas uma espécie de ‘coalho’
branco flutua sobre a mistura. Os vestígios mais antigos da produção de
materiais semelhantes ao sabão datam de cerca de 2800 a.C., numa
escavação na Babilônia, um cilindro de argila foi encontrado que trazia a
descrição de um produto elaborado com gordura animal fervida com cinzas
que se transformava numa pasta que era usada como creme para pentear
os cabelos. Conhece-se uma tábua de argila datada de 2200 a.C. na qual foi
escrita uma fórmula de sabão contendo água, álcali e óleo de canela-da-
china (Cinnamomum aromaticum). O Papiro de Ebers (Egito, 1550 a.C.) Sabonetes empilhados para a
indica que os antigos egípcios se banhavam regularmente e combinavam secagem
óleos animais e vegetais com sais alcalinos para criar uma substância
semelhante ao sabão. Os documentos egípcios mencionam o uso de uma
substância saponácea na preparação da lã para a tecelagem.

Roma antiga
Ja os antigos egípcios e romanos, que em geral ignoravam as propriedades
detergentes do sabão, usavam para limpar a pele sabão: quando queriam
limpar-se, espalhavam azeite de oliva na pele, o azeite era misturado com
cinzas e minerais e depois raspados com uma lamina de metal chamada
estrígil do corpo. A palavra "sabão" (sapo, em latim) aparece pela primeira
vez na Naturalis Historia, de Plínio, o Velho(23-79 d.C.), ele discute a
produção de sabão duro e do mole partir de sebo e cinzas de plantas, mas o
único uso que regista para o produto é numa pomada para o cabelo; em
tom de desaprovação, menciona que entre os gauleses e germanos os
Sabão de Nablus na Cisjordânia,
homens costumavam utilizá-lo mais do que as mulheres.[3] O óleo foto tomada entre 1900-1920 pela
(“azeite”) de oliva, como todos os óleos e gorduras, é transformado em colônia americana, em Jerusalém
sabão quando adicionado misturado com cinza de salicornia ou soda
cáustica. Ao longo dos séculos o processo de fabricação de sabão a partir de
azeite e foi sendo melhorado. A partir do século XIII. o sabão era
recomendado pelos médicos, como benéfico para a pele. Desta forma, a sua
utilização no banho generalizou-se.

O ancestral “pai e mãe” de todos os sabões históricos é o sabão de Alepo


feito com azeite e óleo de bagas de louro. Com os mouros a sabedoria do
fabrico de sabão espalha-se na Península Ibérica. Na falta do óleo de bagas
de louro o sabão era feito 100 % de azeite. Depois da Conquista cristã no
Manufactura Fabre a Porto-Novo,
século XIII o sabão de azeite historicamente foi chamado ‘sabão de
Reino do Daomé, 1895)
Castilha’, Castela, Castilla ou Castile. O sabão produzido nestes centros

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tinha uma qualidade superior à dos sabões produzidos exclusivamente a


partir de gordura animal (principalmente sebo, mas também óleo de peixe)
conferida a matéria prima o azeite. Os povos do Norte da Europa não
tinham acesso a este óleo vegetal.

Era moderna
As primeiras saboarias na Europa criam-se a partir do século X, na
Península Ibérica e Itália (Nápoles, Savona, Génova, Bolonha, Veneza), e
posteriormente, em meados do século X, em Marselha. Várias grandes Sabonetes empilhados na
manufacturas de sabão foram estabelecidas em Marselha, em Gênova e em manufacturas Touqan, Nablus em
Lisboa. Em Portugal durante séculos vigorou o monopólio senhorial sobre 2008
produção de sabão. Assim impedia-se o estabelecimento de centros
produtores e o senhor monopolista recebia os rendimentos e haveria a certeza de que pagava a renda estabelecida. A
prática monopolista neste sector já é adoptada no reinado de D. Fernando 1367-1383. O Infante D. Henrique vai ser
titular de várias saboarias do Reino e da Madeira. As sanções para os que fabricassem ou vendessem sabão eram
várias; mas, também, as restrições a estes monopólios relacionavam-se com direitos que a Coroa mantinha. O
monopólio geral das saboarias vai pertencer a D. Manuel (1495 -1521). Desde o século XV, pelo menos, que o povo se
manifesta contra este monopólio que até impedia o fabrico caseiro para uso doméstico. A importância das saboarias
na indústria dos lanifícios e por isso a existência do monopólio da fabricação e do comércio do sabão dentro da
Covilhã.[4]

Em 1766, com as reformas políticas levadas a cabo no reinado de D. José I a coroa incorpora no seu património todas
as saboarias. O conde Castelo Melhor, detentor do monopólio é compensado com o título de marquês e importantes
bens fundiários. Aprovietando a abundância das matérias-primas necessárias para a produção do sabão, a zona do
Alto Alentejo, e particularmente a zona de Castelo Branco e concelhos limítrofes, tiveram desde a segunda metade do
século XVI, decisiva importância na indústria sboeira nacional, quando a Real Fábrica de Sabão fio situada em Belver
no concelho do Gavião. Criou-se uma indústria saboeira com expressão nacional. O monopólio do fabrico e venda de
sabões só terminou em 1858. Com o encerramento da fábrica, muitos dos saboeiros da saboaria reail aproveitaram o
saber-fazer adquirido e criaram as suas próprias indústrias artesanais. Eram as chamadas Casas de Sabão Mole,
pequenas produções familiares, que iam passando de geração em geração, aí que a produção de sabão assumiu uma
inegável importância económica e social nesta vila e em toda a região. A alcunha dos habitantes de Belver perdura até
hoje – Os Saboeiros. A distribuição nacional do produto era feita por almocreves, acondicionado em sacas de sarja e
serapilheira, e transportado para fora do concelho em burros até ao rio Tejo. O produto seguia depois para a capital e
outras cidades do país em barcadas. Uma prática que perdurou até à primeira metade do século XX.

Em 1791 o químico francês Nicolas Leblanc (1742-1806) registrou a patente do método de produção da barrilha
(carbonato de sódio) a partir da salmoura, permitindo grande oferta de um alcalino de baixo custo para a fabricação de
sabão. Em 1792 en Marselha a qualidade e pureza a do sabão, foi estabilizada utilizando este processo desenvolvido
químico. O governo da França emitiu o decreto ‘savon de Marseille’, ordenando que todo sabão deveria obedecer a este
processo de fabricação. Só sabões feitos desta maneira obteriam uma certificação. As manufacturas de sabão de
Marselha utilizavam azeite da Provença, mas devido à desastrosas colheitas de azeitona na França no final do século
XVII, os comerciantes franceses chegaram a Creta, que estava ocupada pelo Império Otomano. Durante o século
XVIII, a quantidade de azeite exportado a partir de Creta quase duplicou. Uma grande parte da indústria de sabão,
dependia do azeite de Creta. E ao mesmo tempo a indústria de sabão se tornou important em Creta, Mitilene e Volos
para a exportação.

Michel Eugène Chevreul (1786-1889) descobriu a composição química das gorduras em experiências realizadas entre
1813 e 1823 e o químico belga Ernest Solvay (1838-1922) criou o processo de obtenção da soda caustica a partir da
amoníaco. Todos estes acontecimentos colaboraram com o desenvolvimento da indústria de sabão.

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Na região de Marselha, apenas cinco ‘savonneries’ continuam a produzir, os famosos cubos de 600 gramas são
carimbados com a referência « 72 % d’huile »: a savonnerie Rampal,[5] Compagnie du savon de Marseille,[6] la
savonnerie du Sérail,[7] a savonnerie Marius Fabre[8] et la savonnerie de la Licorne.[9]

Produção em massa
Até o advento da Revolução Industrial, a produção de sabão mantinha-se em pequena escala. Andrew Pears iniciou a
produção de sabão transparente em 1789, em Londres. Com seu neto, Francis Pears, abriu uma fábrica em Isleworth
em 1862. William Gossage produzia sabão a partir dos anos 1850. Robert Spear Hudson passou a produzir um tipo de
sabão em pó em 1837, socando o sabão com pilão. William Hesketh Lever e seu irmão James compraram uma
pequena fábrica de sabão em Warrington (Inglaterra), em 1885, e com o Império Britânico para mercado de consumo,
fundando o que ainda é hoje um dos maiores negócios de sabão do mundo, a Unilever. Estes produtores foram os
primeiros a empregar campanhas publicitárias em larga escala (propaganda).

Museus do sabão
Em todo o mundo só existem três museus dedicados ao sabão: um em Belver, um em Barcelona e o outro no Líbano,
centrando-se a sua presença na produção local de sabão. O museu do Sabão em Sidom, no Líbano, está localizado na
Cidade Velha, em Khan al-Saboun, o está alojado na antiga fábrica de sabão datada do século XVII. Possui uma
exposição dedicada exclusivamente ao Hamame, vários objetos e materiais tradicionais 100% naturais relacionados ao
banho são expostos, entre os produtos à venda, estão ahennah (para deixar o cabelo mais brilhante e suave), as
“messouak sticks” (pequenas varetas utilizadas até a atualidade em algumas regiões para escovar os dentes).[carece de
fontes?]

O museu do Sabão em Portugal foi inaugurado em Belver em abril de 2013.

Referências
6. «Site officiel de la Compagnie des Détergents et du
1. Natural Soap Directory™ - Saponification Process (ht Savon de Marseille» (http://www.cdsm-info.fr/).
tp://www.natural-soap-directory.com/soap-terms.html www.cdsm-info.fr. Consultado em 9 de junho de 2010
#make-soap)
7. «Site officiel Savon de Marseille, le Sérail» (http://ww
2. Dicionário Houaiss, verbete "sabão". w.savon-leserail.com/). www.savon-leserail.com.
3. Plínio, o Velho, Naturalis Historia, [1] (http://penelope. Consultado em 9 de junho de 2010
uchicago.edu/Thayer/L/Roman/Texts/Pliny_the_Elder/ 8. «Site officiel Marseille Soap - Savon de Marseille
28*.html#191) Marius Fabre» (https://web.archive.org/web/2010022
4. Covilhã - Contributos para a sua História dos 4075645/http://www.marius-fabre.fr/site/index.htm).
Lanifícios XX (http://covilhasubsidiosparasuahistoria. www.marius-fabre.fr. Consultado em 9 de junho de
blogspot.de/2013/06/covilha-contributos-para-sua-hist 2010. Arquivado do original (http://www.marius-fabre.f
oria.html), 20 de Junho de 2013 r/site/index.htm) em 24 de Fevereiro de 2010
5. «Site officiel de la Savonnerie Rampal» (http://www.ra 9. «Site officiel Savon de Marseille La Licorne» (http://w
mpalpatou.com/). www.rampalpatou.com. Consultado ww.savon-de-marseille-licorne.com/). www.savon-de-
em 17 de julho de 2012 marseille-licorne.com. Consultado em 9 de junho de
2010

Ligações externas
Museu do Sabão Belver (https://web.archive.org/web/20130707192938/http://www.cm-gaviao.pt/pt/museu-do-sab
ao), perto do Castelo do Crato - Portugal
Museu do Sabão Audi (https://web.archive.org/web/20131204030730/http://www.fondationaudi.org/english/Musee
Savon.aspx?id=8)- Líbano

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16/02/2019 Sabão – Wikipédia, a enciclopédia livre

Esta página foi editada pela última vez às 17h30min de 9 de fevereiro de 2019.

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