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5) DIREITO PROCESSUAL CIVIL – NOVO CPC/2015

I – PRINCIPAIS PONTOS E ALTERAÇÕES DO NOVO CPC


- Ações judiciais com o mesmo objetivo poderão ser julgadas de uma
única vez.
- O novo CPC extingue alguns recursos, limita outros e encarece a fase
recursal, além de criar multas quando o objetivo for apenas para atrasar
a decisão.
- As ações serão julgadas em ordem cronológica de conclusão e a lista
de processos ficará disponível para consulta pública.
- Juízes terão que detalhar os motivos das decisões, não podendo
apenas transcrever a legislação que dá suporte à sentença.
- Com o objetivo de tentar acordos, os tribunais terão que criar centros
judiciários de conciliação e mediação, com profissionais especializados.
- A presença de especialista na tomada de depoimento de criança ou
incapaz passa a ser obrigatória nos casos relacionados a abuso ou
alienação parental.
- Fica mantida a prisão fechada para o devedor de pensão, mas agora
com a garantia de que ficará separado dos presos comuns.
- Para garantir a execução da sentença, o juiz poderá determinar a
inclusão do nome do devedor em cadastros de inadimplentes.
- Administradores e sócios passam a responder com seus bens pelos
prejuízos das sociedades com personalidade jurídica em casos de
abusos e fraudes.
- Advogados públicos poderão receber, além do salário, honorários
quando obtiverem sucesso nas causas.
- Advogados liberais, nas ações vencidas contra a Fazenda Pública,
terão tabela de honorários de acordo com faixas sobre o valor da
condenação ou do proveito econômico.
- Para que os advogados tenham férias e não percam prazos, os
processos ficam suspensos entre 20 de dezembro e 20 de janeiro.
- A intervenção do amicus curiae em causas controversas e relevantes
poderá ser feita por uma pessoa, órgão ou entidade que detenha
conhecimento ou representatividade na discussão.
- O NCPC prevê autorização expressa de reconvenção contra autor e
terceiro, bem como proposta pelo réu em litisconsórcio com terceiro –
Art. 343, §§3o e 4o.
 Alterações Gerais:
- Conciliação e Mediação – Criação de novos mecanismos para a
busca da conciliação entre as Partes – Estabelece o Código que em
todas as ações que tratem de direitos dos quais as Partes podem dispor,
o Juiz deverá realizar uma audiência de conciliação antes da
apresentação de defesa pelo Réu. Os Tribunais serão obrigados a criar
centros para realização de audiências de conciliação. A audiência de
conciliação poderá ser feita em mais de uma sessão e durante a
instrução do processo o juiz poderá fazer nova tentativa de conciliação.
- Criação de uma audiência obrigatória de “conciliação e mediação”
antes da apresentação de contestação pelo réu – o que pode
resultar na efetivação de acordos; mas, também, propiciará uma
ferramenta para protelar o processo, para o réu mal intencionado (o
que não poderá ser presumido pelo magistrado, para fins de
aplicaçãode penalidades);
- Simplificação da Defesa do Réu – No Código de Processo Civil
anterior, quando o Réu desejasse apresentar defesas relativas à
incompetência de um juiz para julgar a causa devido ao local de
distribuição da ação ou à ausência de imparcialidade do julgador, ou
buscasse impugnar o valor dado à causa pelo Autor ou apresentar
pedido contraposto, deveria fazê-lo por meio de petições próprias,
apartadas da defesa, analisadas pelo Juiz como incidentes. O Novo
Código de Processo Civil aboliu esses incidentes e concentrou todas as
matérias de defesa na própria contestação, simplificando a defesa do
Réu.
- Citação do réu sem contrafé, nas ações de família, mas para que
compareça à tal audiência – inovação que seguramente será
arguida como inconstitucional, por violar a ampla defesa;
- Mudanças na contagem de prazos para as Partes – O Novo Código
de Processo Civil aboliu a contagem de prazos processuais em dias
corridos e instituiu uma contagem em dias úteis apenas, ampliando os
prazos e consagrando o direito dos advogados ao descanso nos finais
de semana. A contagem dos prazos será feita apenas em dias úteis e a
pedido da OAB serão suspensos os prazos no fim de ano. Os prazos
para Recursos serão de 15 dias e somente Embargos de Declaração
terá prazo de 5 dias.
- Ordem Cronológica dos Processos: Pela redação original do CPC,
os magistrados e as Cortes deveriam julgar seguindo a ordem
cronológica - só poderiam julgar os casos mais novos após os mais
antigos, acabando com as chamadas preferências dadas pelos
julgadores sem considerar o critério temporal. Criou uma obrigação de
os juízes e os Tribunais seguirem necessariamente a ordem cronológica
dos processos. NCPC, Art. 12. Art. 12. Os juízes e os tribunais deverão
obedecer à ordem cronológica de conclusão para proferir sentença ou
acórdão (redação original).
- Mudança Legislativa pela Lei 13.256/16: Não haverá mais a
obrigatoriedade dos julgamentos em ordem cronológica. Isso porque, o
texto agora determina que a ordem de chegada deve ser seguida
“preferencialmente”. Art. 12. Os juízes e os tribunais atenderão,
preferencialmente, à ordem cronológica de conclusão para proferir
sentença ou acórdão.
- A modificação retira a obrigatoriedade do julgamento por ordem
cronológica de conclusão. Trata agora de uma possibilidade. A ordem
cronológica não poderia resolver todos os problemas da morosidade do
Judiciário, mas era uma regra transparente, inclusive com a publicação
da pauta. A via crucis de obtenção de sentenças vai continuar para os
advogados.

- Redução do número de Recursos e unificação dos prazos


recursais – O Novo Código de Processo Civil criou um prazo único de
15 (quinze) dias úteis para quase que a totalidade os diversos Recursos
contra decisões e extinguiu determinados Recursos previstos no Código
anterior, como os Embargos Infringentes, cabível contra decisão não
unânime dos Tribunais, e o Agravo Retido, cabível contra decisões não
finais no curso do processo, as quais passam a ser combatidas em sede
de Agravo de Instrumento, buscando dar maior dinamicidade ao
processo.
- Alteração das regras referentes aos honorários advocatícios – O
novo Código de Processo Civil traz uma diversidade de novas regras
referentes a honorários advocatícios. Uma das mais destacadas é, sem
dúvidas, a norma que estabelece o pagamento de honorários na fase
recursal. Em outras palavras, regra determina que a parte litigante que
apresentar recurso e for derrotada terá de arcar com honorários
sucumbenciais destinados ao advogado da parte contrária.
- Desconsideração da Personalidade Jurídica da Sociedade - O
novo Código estabelece requisitos e regras procedimentais para a
desconsideração da personalidade jurídica das sociedades, medida que
autoriza a responsabilização direta dos sócios por dívidas da Sociedade
em caso de fraudes ou desrespeito à lei. O Código Civil anterior era
obscuro nesse ponto e não trazia de forma clara o procedimento a ser
seguido para obtenção da medida.
- Respeito à jurisprudência: os juízes e tribunais serão obrigados a
respeitar julgamentos do STF e STJ. O juiz também poderá arquivar o
pedido que contraria a jurisprudência, antes mesmo de analisar.
Tentativa de estabilização da jurisprudência, com o maior respeito aos
precedentes por parte dos tribunais e juízes, sendo esse, no meu
entender, um dos principais pontos positivos do NCPC – ressaltando,
contudo, tratar-se muito mais de um problema cultural que legislativo;
- Combate à terrível jurisprudência defensiva, buscando realmente
que o Judiciário se preocupe com o mérito e não com questões formais
menores, na admissibilidade dos recursos – ainda que o NCPC esteja
atrasado em relação a determinados aspectos já modificados pela
jurisprudência dos tribunais superiores.
- Modulação: ainda para dar mais segurança ao sistema, possibilidade
de modulação dos efeitos das decisões judiciais, especialmente no caso
de mudança de entendimento jurisprudencial, algo que já é realizado
pelo STF em controle concentrado de constitucionalidade, mas que
ainda encontra resistência nos demais tribunais – tratando-se, portanto,
de uma saudável inovação;
- Multa: recursos protelatórios serão multados.
- Ações Repetitivas: foi criada uma ferramenta para dar a mesma
decisão a milhares de ações iguais, por exemplo, planos de saúde,
operadoras de telefonia, bancos, etc., dando mais celeridade aos
processos na primeira instância. Criação do incidente de resolução de
demandas repetitivas, para que causas massificadas sejam julgadas
pelos tribunais (exato, em tese cada tribunal pode julgar seu IRDR, e em
sentidos inversos) e, a partir daí, sirvam como precedente para os
demais – ferramenta que encontrará um grande ponto de conflito com o
processo coletivo;
- Ações Coletivas: casos que tratem do interesse de um grupo, como
vizinhança ou ações de uma empresa, poderão ser convertidos em
processo coletivo e a decisão valerá igualmente para todos. Criação do
incidente de coletivização das demandas, que é a possibilidade de o juiz
poder converter uma causa individual em coletiva, ao verificar a
amplitude do tema debatido nos autos – o que me parece altamente
nocivo ao autor e ao sistema, pois o juiz deixa de ser parte imparcial
para praticamente se tornar advogado em favor do autor;
- Posses: nas ocupações de terras e imóveis, o juiz, antes de analisar o
pedido de reintegração de posse, deverá realizar audiência de
conciliação.
- Ações de Família: guarda de filhos e divórcio terão uma tramitação
especial, sempre privilegiando a tentativa de acordo. Poderão ser
realizadas várias sessões de conciliação.
- Devedor: poderá ter o nome negativado se não cumprir decisão
judicial.
- Os Atos Processuais: o juiz e as partes poderão acordar a respeito
dos atos e procedimentos processuais, podendo alterar o tramite do
processo.
- Honorários: regula os honorários de sucumbência. Serão devidos
honorários advocatícios também na fase de recursos e cria tabela para
causas contra o governo.
- Honorários recursais: criação de honorários recursais, ou seja,
imposição de honorários além dos fixados em 1º grau – o que é positivo
em relação a matéria pacificada, mas onera indevidamente o litigante
quando a situação jurisprudencial ainda esta indefinida.
- Honorários Fazenda Pública: Mudança dos honorários advocatícios
contra a fazenda pública, com a diminuição e escalonamento dos
honorários em relação aos entes estatais, conforme o valor da causa
(com mínimo podendo ser de 1%, enquanto para o particular sempre é
10%) – aumentando e não diminuindo as distinções processuais entre o
Estado e os particulares;
(xvii) honorários advocatícios previstos como crédito alimentar do
advogado – como recentemente reconhecido pelo STJ na recuperação
judicial;
- Ônus da prova: Possibilidade de o juiz redistribuir o ônus da prova, no
que pode ser denominado de “ônus dinâmico da prova” – o que já vem
sendo aplicado por alguns juízes, mesmo sem base legal, mas o NCPC
estipula que isso deve ser informado pelo juiz.
- Fundamentação da Sentença: novas obrigações quanto à
fundamentação da sentença, impondo ao magistrado que aprecie, tópico
por tópico, todos os argumentos levantados pelas partes (ainda que
absolutamente impertinentes), sob pena de nulidade – dispositivo já
objeto de preocupação de diversos magistrados, considerando as
dificuldades e maior tempo para que assim se proceda.
- Coisa Julgada: mudança nos limites da coisa julgada, não mais
existindo a ação declaratória incidental, pois a questão prejudicial será
coberta pela coisa julgada, independentemente de pedido das partes –
no que, para mim, é uma das piores inovações do NCPC, pois trará
insegurança para as partes e a possibilidade de uma simples causa se
transformar, no decorrer da tramitação, em um processo de grande
relevância.
- Unificação do processo cautelar e da tutela antecipada, com o fim
do processo cautelar autônomo e de cautelares específicas muito
utilizadas no cotidiano forense (arresto e sequestro) – acredito que
essas cautelares patrimoniais continuarão a ser utilizadas no cotidiano
forense, com os mesmos requisitos hoje existentes (como vimos com a
imissão de posse, prevista no CPC39, não no CPC73 e até hoje
presente no cotidiano forense).
- Prazos: contagem dos prazos processuais somente em dias úteis, o
que é apontado como uma grande vantagem por permitir “fim de
semanas e feriados” aos advogados – contudo, considerando os
diversos feriados estaduais e municipais, essa vantagem poderá se
tornar uma desvantagem e acarretar prejuízos aos advogados, sendo
que uma solução mais simples seria simplesmente aumentar os prazos
e prosseguir com a mesma forma de contagem de hoje.
- Penhora: possibilidade da penhora de salário acima de 50 salários-
mínimos – ainda que elevado o limite a partir do qual possível a
constrição (especialmente para padrões brasileiros), no meu entender a
melhor inovação do NCPC, ao quebrar o dogma da absoluta
impenhorabilidade de salários e vencimentos no direito processual
brasileiro, regra anacrônica que não encontra paralelo em outras
codificações modernas (esperamos que o dispositivo não seja vetado –
como já ocorreu em 2006, quando dispositivo análogo e melhor foi
vetado).
- Fim da admissibilidade do REsp e do RE na origem, de modo que,
interposto o recurso para Tribunal Superior, ele será imediatamente
remetido para o STF ou STJ – o que, na minha visão, exatamente no
sentido oposto ao do NCPC, estimulará mais interposição desses
recursos, pois o advogado saberá que o seu REsp ou RE será analisado
por alguém em Brasília.
- Fim dos embargos infringentes, mas inserção de uma técnica de
julgamento em que novos magistrados serão chamados se houver
decisão por maioria, independentemente de manifestação das partes – o
que se de um lado permite maior debate no Tribunal, do outro trará uma
série de problemas burocráticos no cotidiano forense, que podem até
mesmo desestimular a divergência pelos magistrados.
- Criação do negócio jurídico processual, ou seja, a possibilidade de
as partes, de comum acordo, alterarem o procedimento para a
tramitação do processo – dispositivo que, creio, será pouco utilizado e
principalmente adotado quando tivermos processualistas defensores do
tema dos dois lados da demanda. Afinal, se não há consenso quanto ao
mérito (o conflito em si), haveria consenso – além de disposição e tempo
para debater o assunto – em alterar o procedimento? Em poucas
causas, complexas, pode até ser aplicado, mas não o será na maior
parte das demandas.

 Parte geral
- Princípios: estabelece uma série de princípios que deverão ser
respeitados no processo civil, como a duração razoável do processo, o
incentivo à conciliação, o direito de defesa, entre outros.
- Processo eletrônico: cria regras gerais de processo eletrônico,
obrigando, por exemplo, os tribunais a usar sistemas de código aberto e
as intimações a serem feitas preferencialmente por meio eletrônico.
- Honorários: equipara o honorário pago ao advogado a salário.
Determina o pagamento de honorários também na fase de recursos e
cria uma tabela com a quantia devida nas causas que o governo perde.
- Ordem cronológica: a regra geral é que os processos serão julgados na
ordem de conclusão, impedindo que uma ação seja esquecida ou fure a
fila dependendo dos interesses.
- Bens dos sócios: dá direito de defesa para os sócios antes de qualquer
decisão que possa atingir os bens dos donos para quitar dívidas das
empresas, criando o chamado instituto de desconsideração da
personalidade jurídica.
- Acordo de procedimentos: o juiz e as partes podem, em acordo, fixar o
calendário para a prática dos atos processuais e mudar outros
procedimentos no andamento da causa.
- Mediadores e conciliadores: obriga os tribunais a criar centros
judiciários para realização de audiências de conciliação.
- Prazos: a pedido dos advogados, o novo CPC estabelece a contagem
de prazos em dias úteis e determina a suspensão dos prazos no final do
ano, garantindo descanso para os defensores.
- Amigo da corte: entidades representativas poderão ser chamadas a
opinar em processos com repercussão social. É o chamado amicus
curiae, ou amigo da corte, que hoje já participa de processos no
Supremo Tribunal Federal e agora poderá ser convocado por qualquer
juiz ou tribunal.

 2ª parte - Conhecimento e cumprimento da sentença


- Ação Coletiva: os pedidos que tratem de interesse de um grupo –
casos que afetem uma vizinhança ou os acionistas de uma empresa –
poderão ser convertidos em ação coletiva e a decisão será aplicada a
todos.
- Conciliação: a audiência de conciliação será a fase inicial da ação e
poderá ser dividida em mais de uma sessão se necessário. O juiz
poderá tentar novamente um acordo durante a instrução do processo.
- Sentença: o juiz é obrigado a fundamentar a sua decisão, que não
poderá apenas indicar a letra da lei sem explicar a relação com o pedido
ou tratar de conceitos jurídicos vagos.
- SPC para devedor judicial: a pessoa que não pagar o determinado em
uma sentença irrecorrível poderá ter o nome inscrito em cadastro de
serviços de proteção ao crédito (Serasa ou SPC).
- Jurisprudência: o juiz poderá arquivar, antes de analisar, o pedido que
contrariar a jurisprudência. Juízes e tribunais também serão obrigados a
respeitar julgamentos do STF e STJ nas suas decisões.

 3ª parte - Procedimentos Especiais


- Invasão de terras: nas invasões de terras e imóveis que duram mais de
um ano, o juiz deverá realizar uma audiência de conciliação antes de
analisar o pedido de reintegração de posse dos donos.
- Família: ações como o divórcio e a guarda dos filhos terão uma
tramitação especial, para privilegiar a tentativa de um acordo. A
conciliação poderá ser dividida em várias sessões e o processo poderá
ser suspenso para se tentar uma mediação extrajudicial.
- Cheque vencido: o projeto resgata um tipo de ação que permite uma
cobrança mais rápida de dívidas fundadas em cheque vencido ou outra
prova escrita e amplia o seu uso para a cobrança de obrigações.

 4ª parte – Execução
- Bancos Públicos: garante ao Banco do Brasil e à Caixa Econômica o
monopólio sobre os depósitos judiciais, quantias que estão depositadas
em juízo a depender do resultado da ação.
- Máquinas agrícolas: as máquinas e equipamentos agrícolas que não
sejam garantia de empréstimos não poderão ser confiscados pela
Justiça para quitar dívidas.
- Seguro: a carta de fiança ou o seguro de garantia judicial terão o
mesmo valor do dinheiro para fins de penhora. Quem responde a
processos poderá recorrer a esses títulos para garantir que o seu
dinheiro não será confiscado.
- Contas bancárias: o confisco de contas e investimentos bancários é
limitado pelo projeto – não poderá ser feito em plantão judicial, o juiz tem
24 horas para devolver o valor penhorado que exceder a causa, a
penhora do faturamento não poderá comprometer o negócio.

 5ª parte – Recursos
- Ações repetitivas: o projeto cria uma ferramenta para dar a mesma
decisão a milhares de ações iguais, como ações contra planos
econômicos, planos de saúde, bancos ou operadoras de telefonia. O TJ
ou o TRF será chamado a decidir o pedido e a decisão será aplicada a
todos já na 1ª instância.
- Multa: recursos apresentados com o único objetivo de adiar a decisão
serão multados.
- Admissibilidade: o projeto elimina a análise da admissibilidade na
apresentação dos recursos especiais, extraordinários e da apelação.
Esses recursos serão enviados diretamente ao tribunal a que são
destinados, que decidirá se aceita ou não.
- Agravo retido: esse recurso é extinto e as questões que hoje são
questionadas por ele serão apresentadas de uma só vez, antes da
apelação.
- Julgamento não unânime: o embargo infringente, que discute
julgamento não unânime, é extinto e substituído por uma técnica e
julgamento em que novos magistrados serão chamados para decidir a
controvérsia.
 Alterações no novo CPC trazidas pela Lei 13.256/16:
1. Ordem cronológica: Não haverá mais a obrigatoriedade dos
julgamentos em ordem cronológica. Isso porque, o texto agora determina
que a ordem de chegada deve ser seguida “preferencialmente”.
2. Limite de saque de valores pagos a título de multa: A nova lei
também limita o saque de valores pagos a título de multa, pela parte
contrária, ao trânsito em julgado da ação. Salienta-se que pelo CPC de
1973 era permitido o saque também na pendência de alguns tipos de
agravo, mas havia temor de que, em caso de reversão da decisão, fosse
impossível recuperar os valores já sacados.
3. Ação rescisória: Foram acrescentados os §§ 5º e 6º ao artigo 966. A
ação rescisória será cabível no caso de: Violação de manifesta norma
jurídica; Contra decisão baseada em enunciado de súmula ou acórdão,
proferido em julgamento de casos repetitivos que não tenha considerado
a existência de distinção entre a questão discutida no processo e o
padrão decisório que lhe deu fundamento.
4. Instituto da reclamação: O instituto da reclamação sofreu alterações,
sendo os incisos III e IV do artigo 988 modificados. Pelo novo CPC de
2015 era inadmissível a reclamação proposta após o trânsito em julgado
da decisão, de acordo com o § 5º do art. 988. Já com a nova lei, o § 5º
do artigo 988 foi desmembrado em duas hipóteses de inadmissibilidade
da reclamação: A) passa a ser inadmissível se proposta após o trânsito
em julgado da decisão reclamada; B) se interposta para garantir a
observância de acórdão de recurso extraordinário com repercussão
geral reconhecida ou de acórdão proferido em julgamento de recursos
extraordinário ou especial repetitivos, quando não esgotadas as
instâncias ordinárias.
- Sendo assim, fica considerada inadmissível a reclamação proposta
para garantir a observância de acórdão de recurso extraordinário com
repercussão geral reconhecida ou ainda de acórdão proferido em
julgamento de recursos extraordinário ou especial repetitivos, quando
não esgotadas as instâncias ordinárias.
5. Duplo juízo de admissibilidade: Entre as mudanças, a nova lei
restabelece a adoção do chamado duplo juízo de admissibilidade dos
recursos especiais, dirigidos ao STJ, e dos extraordinários, ao STF.
Desse modo, fica permitido que os tribunais de Justiça ou tribunais
regionais federais analisem a admissibilidade de recursos
extraordinários e especiais, antes de encaminhá-los para o STF e STJ,
como já acontece no CPC de 1973.
6. Recurso Extraordinário e Recurso Especial: Foram alterados os
incisos I e III do § 5º do artigo 1029, que trata sobre à formulação do
pedido de concessão de efeito suspensivo a recurso extraordinário ou a
recurso especial. Em relação a manifestação e julgamento do recurso
extraordinário ou a recurso especial também houve alterações.
Foi alterado o § 7º do artigo 1035. Pela a nova redação, é possível
interpor agravo interno da decisão no caso de indeferimento do pedido
que excluir da decisão de sobrestamento e inadmitir o recurso
extraordinário interposto intempestivamente, ou ainda, que aplicar
entendimento firmado em regime de repercussão geral ou em
julgamento de recursos repetitivos.
7. Do Julgamento dos Recursos Extraordinário e Especial
Repetitivos: Conforme o § 3º do artigo 1036, é permitido apenas a
interposição do recurso de agravo interno da decisão que exclua a
decisão de sobrestamento e inadmita o recurso especial ou o recurso
extraordinário que tenha sido interposto intempestivamente. No novo
CPC 2015, o § 3º do artigo 1038 previa que o acórdão deveria abranger
a análise de todos os fundamentos da tese jurídica discutida, favoráveis
ou contrários. Com a nova redação, o acórdão deve alcançar a análise
dos fundamentos, independentemente de serem favoráveis ou
contrários.
A nova redação altera o § 2º do artigo 1041, que trata sobre a relação à
manutenção do acórdão divergente pelo tribunal de origem, e à
possibilidade de remessa do recurso especial ou extraordinário ao
respectivo tribunal superior. Dessa maneira, a partir de agora, o
presidente ou vice-presidente do Tribunal deve determinar a remessa do
recurso ao tribunal para julgamento, quando o órgão que proferiu o
acórdão recorrido, na origem, reexaminou o processo de competência
originária, a remessa necessária ou o recurso anteriormente julgado,
com acórdão que contraria a orientação do tribunal superior.
8. Do Agravo em Recurso Especial e em Recurso Extraordinário : A
nova lei alterou o caput do artigo 1042. De acordo com a nova redação
caberá agravo contra decisão do presidente ou do vice-presidente do
tribunal recorrido que inadmitir recurso extraordinário ou recurso
especial, salvo quando fundada na aplicação de entendimento firmado
em regime de repercussão geral ou em julgamento de recursos
repetitivos. Houve alteração no § 2º do referido artigo, e pela nova
redação a petição de agravo será dirigida ao presidente ou ao vice-
presidente do tribunal de origem e independe do pagamento de custas e
despesas postais, aplicando-se a ela o regime de repercussão geral e de
recursos repetitivos, inclusive quanto à possibilidade de sobrestamento e
do juízo de retratação.
9. Artigos revogados: A nova lei revogou o artigo 945, que tratava
sobre a possibilidade de julgamento por meio eletrônico dos recursos e
dos processos de competência originária que não admitem sustentação
oral e diversas hipóteses de cabimento de agravos e embargos no STF
e no STJ.
- Além do artigo 945, ainda foram revogados os seguintes dispositivos do
novo Código de Processo Civil: § 2º do art. 1.029; inciso II do § 3º e § 10
do art. 1.035;§§ 2º e 5º do art. 1.037; incisos I, II e III do caput e § 1º,
incisos I e II, alíneas a e b, do art. 1.042; incisos II e IV do caput e § 5º
do art. 1.043.

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