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EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DO TRABALHO DA VARA __ª DO

TRABALHO DA COMARCA DE VALPARAÍSO/GO.

WAGNER BEZERRA HONORIO DOS SANTOS, brasileiro, solteiro, Desempregado,


portador do RG nº 2.972.083 SSP/DF, inscrito no CPF nº: 040.898.891-62, residente e
domiciliado em Rua ÁÁ rea Especial QD., Lote 35/45 – Valparaííso I - Valparaííso de Goiaí s/GO,
CEP 72.874.505, vem respeitosamente, aà presença de V. Exa., por intermeí dio de seus
advogados infra assinados, mandato em anexo, com escritoí rio profissional sito aà Taguatinga
Norte QI 10 - Taguatinga, Brasíília - DF, 72135-100, Email: rps.advocaciassessoria@gmail.com,
local onde deveraí receber notificaçoõ es e intimaçoõ es, com fulcro no art. 840, 483-e, 192 todos
da Consolidaçaõ o das Leis do Trabalho – CLT, art. 282 do Coí digo de Processo Civil Brasileiro –
CPC, e o art. 5°,V e X da Constituiçaõ o da Repuí blica Federativa do Brasil – CRFB, propor a
presente:

RECLAMAÇÃO TRABALHISTA

em face de empresa PIZZARIA CONDOMÍNIO , Endereço Quadra F, Lote 48, Loja 3,


Parque Esplanada – Valparaííso I – Valparaííso/GO, telefone de contato (62) 995568964, com
administrada pela soí cia responsaí vel Senhora Izabel Cristina.

I – DA JUSTIÇA GRATUITA.

O Reclamante se encontra atualmente desempregado e naõ o possui nenhuma


condiçaõ o financeira para arcar com as custas processuais sem prejuíízo proí prio e de sua
famíília, conforme declaraçaõ o de hipossuficieê ncia, coí pia de sua CTPS em anexo.
Por tais razoõ es, com fulcro no artigo 5º, LXXIV da Constituiçaõ o Federal, pelo artigo
98 do CPC e 790 §3º da CLT requer seja deferida a assisteê ncia da gratuidade de justiça ao
requerente.

II - DOS FATOS

O reclamante foi admitido pela reclamada em março de 2017, na funçaõ o de


entregador de pizzas, com remuneraçaõ o fixada proporcionalmente aos dias trabalhados,
sendo acordado o recebimento de R$ 50,00 (cinquenta reais) por dia trabalhado + R$
10,00(dez reais) de gasolina nas terças, quartas e quintas-feiras e nas sextas, saí bados e
domingos R$ 15,00 (quinze reais).
O reclamante passou a trabalhar de forma contíínua de terça a domingo para o
reclamado, e recebia por diaí ria, sendo assim, recebia um salaí rio correspondente a R$ 300,00
(trezentos reais) semanais que corresponderia a R$ 1.200,00 (mil e duzentos reais) mensais,
jaí a tíítulo de despesas com combustíível recebia o correspondente a R$ 40,00 (quarenta reais)
de terça a quinta-feira e R$ 45,00 (quarenta e cinco reais) de sexta a domingo que
corresponde a R$ 340,00 (trezentos e quarenta reais) mensais.

O reclamante foi dispensado sem justo motivo no dia 27 de setembro de 2018 e


naõ o recebeu os valores devidos oriundo de sua rescisaõ o contratual.

Insta aqui observar que o reclamante foi comunicado da dispensa pelo aplicativo
de celular Whatsapp, conforme anexos.

Ácontece que o reclamado nunca anotou a CTPS do reclamante, bem como naõ o lhe
pagou as devidas verbas rescisoí rias, naõ o sendo entregue o TRCT, devendo ser emitido,
tambeí m naõ o houve levantamento nem saque de valores referentes ao FGTS, por nunca terem
sido depositados.

Ressalta-se que nunca foram depositadas as verbas previdenciaí rias


correspondentes ao perííodo trabalhado, devendo assim ser adimplidas.
Ássim e diante dos fatos apresentados, necessaí rio se fez o ingresso na esfera
judicial a fim de ver seus direitos trabalhistas preservados na forma da lei.

III - DO DIREITO

a) DA ADMISSÃO, FUNÇÃO, SALÁRIO, JORNADA E DEMISSÃO


O reclamante foi admitido pela reclamada no dia 10/03/2017, contudo,
apesar de estarem presentes todos os requisitos previstos no artigo 3º da CLT, não teve
a CTPS anotada; para exercer a funçaõ o de Motoboy/Entregador; mediante salaí rio aà base de
produçaõ o, sendo R$ 50,00 (cinquenta reais) por dia de serviço, mais R$ 10,00 (dez reais) de
auxilio combustíível, nas terças, quartas, quintas, sextas, e R$ 15,00 de auxíílio nos saí bados e
domingos, recebendo R$ 300,00 reais semanais, auferindo assim R$ 1.200,00 (mil e duzentos
reais por meê s), mais R$ 340,00 (trezentos e quarenta reais) correspondente a gasolina,
mensais;; considerou rescindido o seu contrato de trabalho, pela via indireta, no dia
27/09/2018.

b) AUSÊNCIA DE ANOTAÇÃO NA CTPS - AUSÊNCIA DOS DEPÓSITOS DO FTGS E DA


MULTA RESCISÓRIA

O reclamado embora tenha laborado por um perííodo de 1 (um) ano e 7 (sete)


meses, a reclamada nunca anotou sua CTPS.

Devendo a reclamada realizar a anotaçaõ o na CTPS do reclamante referente ao


perííodo de março de 2017 ateí 27 de setembro de 2018, na funçaõ o de motoboy (entregador de
pizzas), e caso naõ o seja feita, seja realizada pelo r. oí rgaõ o competente, com espeque no art. 39,
§1º e §2º da CLT.

Áinda, a reclamada naõ o realizou os de depoí sitos do FGTS do ex-funcionaí rio, da


contrataçaõ o ateí a rescisaõ o do contrato de trabalho, bem como, a reclamada naõ o efetuou o
depoí sito tambeí m da multa de 40% sobre o saldo do FGTS.

Ássim, os reclamados deveraõ o ser penalizados nos termos legais.


c) DO EXAME ADMISSIONAL E DEMISSIONAL

Á reclamada naõ o indicou aà reclamante data e horaí rio para realizaçaõ o dos exames
necessaí rios para a contrataçaõ o nem demissaõ o, devendo fazeê -lo imediatamente, a fim de se
perfectibilizar a rescisaõ o contratual.

d) DAS CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS

Conforme o artigo 195, inciso I, da Carta Magna, fica o empregador, ou a pessoa a ele
equiparada, responsaí vel pelas contribuiçoõ es aà Prevideê ncia Social do empregado.

Quanto aà s contribuiçoõ es referentes aà pessoa da Reclamante, temos que na vigeê ncia do


contrato de trabalho, por parte de seu empregador, nunca foram repassadas, naõ o sendo
depositado o referente ao todo perííodo trabalhado.

Sabe-se que a qualidade de segurado eí indispensaí vel ao empregado celetista e que a


supressaõ o de recolhimentos limita direitos do trabalhador.

Ássim sendo, requer-se seja reconhecida a supressaõ o de recolhimentos


previdenciaí rios durante a vigeê ncia do contrato de trabalho por todo perííodo trabalhado, bem
como sejam executados de ofíício por esse Douto Juíízo, com as devidas correçaõ o monetaí ria e
juros, para a configuraçaõ o da qualidade de segurada da Reclamante, neste perííodo, nos moldes
do art. 114, inciso VIII, da CF/88, sem prejuíízos das sançoõ es penais.

e) DAS FÉRIAS + 13º

O reclamante prestou serviços para a reclamada no perííodo de março de 2017 ateí


27/09/2018, sem ter gozado de feí rias correspondentes a dois perííodos como garante o art.
130, I da CLT.

Nesse sentido, jamais realizaram o deposito dos 13º salaí rios, referentes aos perííodos
aquisitivos correspondente aà 2017/2018.

Desta feita, requer a condenaçaõ o da reclamada, ao pagamento das feí rias vencidas em
dobro, referentes aos perííodos naõ o usufruíídos nem compensados, devendo ser pagos ainda o
proporcional referente ao perííodo em que ocorreu a demissaõ o, bem como dos valores
referentes ao 13º, com espeque no art. 137 da CLT, com os devidos reflexos e atualizaçoõ es.

f) SEGURO DESEMPREGO

Ocorre que o reclamante ateí o momento, naõ o recebeu o seguro desemprego, em


decorreê ncia do naõ o depoí sito das contribuiçaõ o do INSS.

Desta forma a reclamada deve ser condenada ao pagamento das respectivas Guias sob
pena de ser penalizada a pagar a indenizaçaõ o a reclamante no montante das parcelas que este
deveria receber a tíítulo de seguro desemprego nos termos do artigo 159 e seguintes do Coí digo
Civil Brasileiro.

g) DO DANO MORAL – NÃO PAGAMENTO DAS VERBAS RESCISÓRIAS, AUSÊNCIA DE


DEPÓSITO DO FGTS, AUSÊNCIA DE DEPÓSITO DA MULTA DE 40% SOBRE O SALDO DO
FGTS.

Á praí tica do ato ilíícito praticados pelo proprietaí rio ou prepostos dos reclamados eí
repudiada pelo Coí digo Civil em seu artigo 186, sendo garantido o direito de reparaçaõ o do
dano, ainda que exclusivamente moral. EÁ o que versa a lei:

"Ártigo 186: Áquele que, por açaõ o ou omissaõ o voluntaí ria, negligeê ncia ou
imprudeê ncia, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente
moral, comete ato ilíícito".

Áinda sob a eí gide da lei civil, no artigo 927, fazendo manifesta a obrigaçaõ o de
indenizar a parte lesada:

“Áquele que, por ato ilíícito, causar dano a outrem, fica obrigado a reparaí -lo”.
Para Roberto Ruggiero, em sua obra Instituiçoõ es de Direito Civil, vol.3, ed. Saraiva,
3ª ediçaõ o, salienta:

“Qualquer comportamento de uma pessoa, que injustamente prejudique a


esfera alheia, eí um ato ilíícito e a esfera juríídica alheia prejudica-se quer por
quem estando ligado a outrem por uma obrigaçaõ o naõ o a cumpra, quer por
quem, fora de qualquer víínculo obrigatoí rio, ofenda o direito de uma pessoa,
violando o preceito legal que proííbe perturbar as relaçoõ es juríídicas alheias”.

Segundo J. M. de Carvalho Santos, no Coí digo Civil Brasileiro Interpretado, ed.


Freitas Bastos, 1972:

“Em sentido restrito, ato ilíícito eí todo fato que, naõ o sendo fundado em direito,
cause dano a algueí m”.

Nesse mesmo sentido, outros doutrinadores teê m se manifestado:

“Se o interesse moral justifica a açaõ o para defendeê -lo, eí claro que tal interesse
eí indenizaí vel, ainda que o bem moral naõ o exprima em dinheiro. EÁ uma
necessidade dos nossos meios humanos, sempre que insuficiente, e naõ o raro
grosseiros, que o direito se veê forçado a aceitar que se compute em dinheiro o
interesse de afeiçaõ o e os outros interesses morais".(Bevilaí qua, Cloí vis. Teoria
Geral do Direito Civil, p. 30)”.

“Sabe-se que na praí tica eí deveras difíícil a estimativa rigorosa em dinheiro que
corresponde aà extensaõ o do dano moral experimentado pela víítima. O valor
deveraí ser encontrado levando-se em consideraçaõ o o fato, a maí goa, o tempo, a
pessoa ofendida, sua formaçaõ o social, econoê mica, cultural e religiosa, entre
outros atributos”. (Mello da Silva, Wilson, in o Dano Moral e a sua
Reparação, ed. Forense.)

“Nosso direito civil naõ o afasta em nenhuma hipoí tese a reparabilidade do dano
moral quando, no artigo 159, que todo e qualquer dano causado a algueí m por
imprudeê ncia, negligeê ncia, imperíícia , auseê ncia de cautela etc. deve ser
indenizado.”(Santos, Ulderico Pires dos . A Responsabilidade Civil na
Doutrina e na Jurisprudência, Rio de Janeiro, Editora Forense, p. 234)”.

“O comportamento do agente seraí reprovado ou censurado, quando, ante


circunstaê ncias concretas do caso, se entende que ele poderia ou deveria ter
agido de modo diferente”.(Maria Helena Diniz, in Curso de Direito Civil,
vol.7, ed. Saraiva).

Á jurisprudeê ncia paí tria tambeí m se manifestou sobre o tema:

DANO MORAL - CARACTERIZAÇÃO. Sobrevindo, em razaõ o de ato ilíícito,


perturbaçaõ o nas relaçoõ es psííquicas, na tranquü ilidade, nos sentimentos e nos
afetos de uma pessoa, configura-se o dano moral, passíível de indenizaçaõ o. (RE
n° 8.768, Rel. Min. Barros Monteiro, STJ).

RESPONSABILIDADE CIVIL - DANOS MORAL/ MATERIAL


-INDENIZAÇÃO: Dano moral eí aquele que, direta ou indiretamente, a pessoa,
fíísica ou juríídica, bem assim a coletividade, sofre no aspecto naõ o econoê mico
dos seus bens juríídicos. Á indenizaçaõ o do dano moral tornou-se mais clara
com o advento da vigente Carta Magna, tanto que a sua indenizabilidade, que
ainda gerava alguma poleê mica na jurisprudeê ncia, ganhou foros de
constitucionalidade. Ressalta-se, ademais, que o direito naõ o repara a dor, a
anguí stia, o sofrimento, naõ o constituindo a indenizaçaõ o um preço para a dor,
isto eí , um valor pelo sentimento oriundo do sofrimento de algueí m. Á
reparaçaõ o do dano moral naõ o se estriba, somente no pretium doloris, aíí
considerada a dor estritamente moral e, tambeí m, a proí pria dor fíísica, podendo
se caracterizar sem por pressuposto qualquer espeí cie de dor - sendo uma
lesaõ o extrapatrimonial, o dano moral pode se referir, por exemplo, aos bens de
natureza cultural ou e ecoloí gica. Embora alguns danos morais possam levar a
prejuíízos materiais, na esseê ncia saõ o eles absolutamente distintos - os
primeiros tem em conta o outro lado do ser humano, seus sentimentos, suas
afeiçoõ es, crenças etc. - razaõ o pela qual, em havendo relaçaõ o de concomitaê ncia
ou de consequü eê ncia entre eles, o resultado indenizatoí rio eí duplo, uma pelo
dano material e outra pelo dano moral. Se existem, dano material e dano
moral, ambos ensejando indenizaçaõ o, esta seraí devida como ressarcimento de
cada uma delas, ainda que oriundas do mesmo fato (TJ-SP - Ác. Da 3 a. Caê m. Cíív.
Julg. Em 16.06.92 - Áp. 163.470-1/8-Capital - Res. Des. Silveí rio Ribeiro -
Fazenda do Estado vs. Pedro Caringi e sua mulher).

Lado outro, o acerto rescisoí rio deve ser visto como um ato juríídico complexo,
observando a entrega das Guias para o levantamento do FGTS e a habilitaçaõ o ao seguro
desemprego.

Ressaltando principalmente o recebimento do valor equivalente aà s verbas


rescisoí rias, bem como pelo justo recebimento dos depoí sitos do FGTS e da Multa de 40% sobre
o saldo de sua conta, aleí m dos saldos dos depoí sitos ao INSS que naõ o foram efetuados no
perííodo trabalhado.

Desse modo, a depender do litíígio, tem-se por cabíível a pretensaõ o relativa aà


indenizaçaõ o por danos morais por atraso excessivo provocado pelo empregador no acerto
rescisoí rio, jaí que aleí m de privar o trabalhador de receber suas verbas rescisoí rias, tal fato
resulta, sem sombra de duí vidas, em abalo imaterial juridicamente relevante.

Quando estamos a falar das relaçoõ es juríídicas de trabalho, em que saõ o suprimidos
os creí ditos dos trabalhadores, creí ditos estes que possuem natureza alimentar, essa privaçaõ o
dos meios de subsisteê ncia do obreiro eí no míínimo algo frustrante, angustiante, degradante,
atentando contra os direitos da personalidade, ferindo de morte a dignidade humana do
trabalhador, que deveraí ser indenizado pelos danos morais suportados.

Desta feita, podemos concluir que, atualmente a jurisprudeê ncia dos Tribunais do
Trabalho tem decidido que o inadimplemento injustificado da satisfaçaõ o dos creí ditos
trabalhistas decorrentes das rescisoõ es de contrato de trabalho, impedindo com isso que o
trabalhador possa prover suas necessidades baí sicas e o sustento de sua famíília, constitui, por
si soí , em grave afronta aos direitos da personalidade, pois eí algo que atinge a psique do
indivííduo, o diminui perante a sociedade, causando-lhe constrangimento e sofrimento.
No mesmo sentido do aqui esposado:

RECURSO ORDINÁRIO. FALTA DE PAGAMENTO DAS VERBAS RESCISÓRIAS.


DANOS MORAIS. O empregador que dispensa imotivadamente o empregado
sem pagar as verbas rescisoí rias deixa o trabalhador subitamente
desemparado, sem ter meios para arcar com suas obrigaçoõ es financeiras e
para prover o sustento proí prio e o de sua famíília. Tal conduta gera dano moral
a ser indenizado. TRT-1 - Recurso Ordinaí rio RO 00001292520125010036 RJ
(TRT-1)

RECURSO ORDINÁRIO. DANO MORAL. FALTA DE PAGAMENTO DAS VERBAS


RESCISÓRIAS. Á dispensa sem o pagamento das verbas rescisoí rias traz graves
prejuíízos para o trabalhador, que depende de seu salaí rio para prover seu
sustento e o de sua famíília. O indivííduo perde a segurança de um emprego e,
ao mesmo tempo, fica sem receber os valores aos quais faz jus. O trabalhador,
nesse caso, teraí dificuldades em alimentar sua famíília, pagar suas contas e
cumprir seus compromissos financeiros, uma vez que perde seu meio de
sustento e nem sequer recebe as quantias de que eí credor. Tal circunstaê ncia
configura dano moral e como tal deve ser indenizada, ateí pelo vieí s pedagoí gico
que o pagamento da indenizaçaõ o assume em face do reí u. Relator: Flavio
Ernesto Rodrigues Silva; Processo: RO 00011851520115010041 RJ, Orgão
Julgador: Deí cima Turma, Publicação: 24/10/2014.

O fato PRINCIPÁL que deve ser considerado na apreciaçaõ o quanto ao dano moral,
ora pleiteado, eí o fato da empregadora nunca ter anotado a CTPS do reclamante, sendo
privado da emissaõ o do TRCT, sem os devidos depoí sitos do FGTS e das verbas previdenciaí rias,
e como se jaí naõ o bastasse, naõ o concedeu o aviso, nem feí rias devidas deixando o
desempregado, totalmente desamparado, literalmente sem meios de sobreviveê ncia.

Á Situaçaõ o financeira da famíília do reclamante estaí completamente comprometida


apoí s sua demissaõ o, vez que esta ficou sem seu salaí rio, e naõ o recebeu suas verbas rescisoí rias.

Deve-se observar ainda que o dano moral aqui requerido, naõ o eí pelo simples fato
da auseê ncia no pagamento das verbas rescisoí rias, mas principalmente o conjunto de atos
ilíícitos praticados pelos reclamados para com a reclamante, que lhe causaram um abalo moral
e psííquico talvez irreversííveis.

Á privaçaõ o de direitos inerentes aà personalidade do reclamante que lhe saõ o


garantidos constitucionalmente, causou-lhe diversos constrangimentos, atormentando-a dia e
noite, deixando-a sem condiçoõ es míínimas de subsisteê ncia, acarretando abalo da moral de toda
a famíília do reclamante.

Tendo em vista os fatos aqui alegados e pelas consideraçoõ es que Vossa Exceleê ncia
saberaí aplicar ao caso concreto, o reclamante REQUER a condenaçaõ o da reclamada ao
pagamento dos danos morais, conforme quadro apresentado nos pedidos desta exordial.

h) DOS REFLEXOS

Tendo em vista o direito latente da requerente sobre valores faltantes, deve ser
considerado para fins de caí lculo das verbas rescisoí rias e todos os seus reflexos.

i) DA MULTA DO ART. 467 E DO ART. 477, § 6º e 8°.

No mais, por restar incontroverso, que naõ o houve pagamento verbas rescisoí rias e
tambeí m a auseê ncia dos depoí sitos do FGTS e da multa de 40% sobre o saldo da conta fundiaí ria
ateí a presente data, deveraí ser aplicada a sançaõ o prevista no art. 467 da CLT. que assim dispoõ e:

Árt. 467. Em caso de rescisaõ o de contrato de trabalho, havendo controveí rsia


sobre o montante das verbas rescisoí rias, o empregador eí obrigado a pagar ao
trabalhador, aà data do comparecimento aà Justiça do Trabalho, a parte
incontroversa dessas verbas, sob pena de pagaí -las acrescidas de cinquü enta por
cento.

Áinda devido ao inadimplemento do empregador, deveraí incidir a multa prevista


no § 8, decorrente no § 6º, do art. 477, da CLT, em que se dispoõ e:

§ 6º O pagamento das parcelas constantes do instrumento de rescisaõ o ou


recibo de quitaçaõ o deveraí ser efetuado nos seguintes prazos: (Incluíído pela Lei
nº 7.855, de 24.10.1989)
a) ateí o primeiro dia uí til imediato ao teí rmino do contrato; ou
b) ateí o deí cimo dia, contado da data da notificaçaõ o da demissaõ o, quando da
auseê ncia do aviso preí vio, indenizaçaõ o do mesmo ou dispensa de seu
cumprimento. (grifou-se e sublinhou-se).
§ 8º - Á inobservaê ncia do disposto no § 6º deste artigo sujeitaraí o infrator aà
multa de 160 BTN, por trabalhador, bem assim ao pagamento da multa a favor
do empregado, em valor equivalente ao seu salaí rio, devidamente corrigido
pelo ííndice de variaçaõ o do BTN, salvo quando, comprovadamente, o
trabalhador der causa aà mora. (Incluíído pela Lei nº 7.855, de 24.10.1989)

Diante de todo o exposto, o reclamante requer a condenaçaõ o da reclamada ao


pagamento das multas previstas no art. 477, §6° e §8° ambos da CLT.

j) DOS HONORÁRIOS DE SUCUMBÊNCIA:

Consoante o artigo o artigo 791-Á, da CLT "Áo advogado, ainda que atue em causa
proí pria, seraõ o devidos honoraí rios de sucumbeê ncia, fixados entre o míínimo de 5% (cinco por
cento) e o maí ximo de 15% (quinze por cento) sobre o valor que resultar da liquidaçaõ o da
sentença, do proveito econoê mico obtido ou, naõ o sendo possíível mensuraí -lo, sobre o valor
atualizado da causa".
Ássim, postula a condenaçaõ o da reclamada ao pagamento dos honoraí rios de
sucumbeê ncia no percentual de 10%.

IV - DOS PEDIDOS

Diante de todo o exposto, o reclamante REQUER:

a) O reconhecimento do víínculo empregatíício entre as partes, no


perííodo de 10 de março de 2017 a 27 de outubro de 2018, jaí
considerada a projeçaõ o do aviso preí vio indenizado de 30 dias [§
uí nico do artigo 1º da Lei 12.506, de 11 de outubro de 2011];

b) seja declarada, por sentença, a rescisaõ o do contrato de trabalho, pela


via indireta, com fulcro no artigo 483, d, da CLT;

c) seja a reclamada condenada a proceder a anotaçaõ o do contrato de


trabalho na CTPS do obreiro, devendo constar data de admissaõ o
10/03/2017, funçaõ o de entregador de pizzas/Motoboy, com salaí rio
de R$ 1.200,00, mensais, e demissaõ o em 27/10/2018, jaí
considerada a projeçaõ o do aviso preí vio de 30 dias [§ uí nico do artigo
1º da Lei 12.506, de 11 de outubro de 2011];

d) aviso preí vio indenizado de 30 dias [§ uí nico do artigo 1º da Lei


12.506, de 11 de outubro de 2011], devendo o perííodo integrar o
tempo de serviço para todos os efeitos legais, no importe de R$
1.500,00 (mil e quinhentos reais);

e) 1/12 avo de 13° salaí rio indenizado, em face do aviso preí vio, no
importe de R$ 150,00 (cento e cinquenta reais);

f) 1/12 avo de feí rias indenizadas, em face do aviso preí vio, no importe
de R$ 150,00 (cento e cinquenta reais);;

g) 1/3 sobre as feí rias do item imediatamente anterior, no importe


de R$ 50,00(cinquenta reais);

h) 12/12 avos de 13° salaí rio de 2017, no importe de R$ 1.500,00 (mil


e duzentos reais);

i) 07/12 avos de 13° salaí rio de 2018, no importe de R$ 875,00


(oitocentos e setenta e cinco reais);

j) Feí rias do perííodo aquisitivo de 2017/18, em dobro, no importe


de R$ 3.000,00 (três mil reais);

k) 1/3 sobre as feí rias do item imediatamente anterior, no importe


de R$ 500,00 (quinhentos reais);

l) 07/12 avos de feí rias do perííodo aquisitivo de 2018/19, simples, no


importe de R$ 1.750,00 (mil e setecentos e cinquenta reais);

m) 1/3 sobre as feí rias do item imediatamente anterior, no importe


de R$ 583,33 (quinhentos e oitenta e três reais e trinta e três
centavos);

n) FGTS referente a todo o perííodo do pacto laboral, inclusive sobre as


parcelas rescisoí rias postuladas nas letras, no importe de R$
2.750,00 (dois mil e setecentos e cinquenta reais);

o) Multa de 40% sobre a totalidade do FGTS, no importe de R$


1.100,00 (mil e cem reais);

p) aplicaçaõ o da multa prevista no artigo 467, da CLT, caso as parcelas


incontroversas, acima mencionadas, naõ o sejam quitadas em 1ª
assentada, no importe de R$ 13.908 (treze mil e novecentos e
oito reais);

q) aplicaçaõ o da multa prevista no artigo 477, da CLT R$ 2250,00 (dois


mil e duzentos e cinquenta reais);
t) honoraí rios de sucumbeê ncia, aà razaõ o de 10% sobre o valor da
condenaçaõ o, no importe de R$ 1.390,80 (mil e trezentos e noventa
reais e oitenta centavos);

i) Requer a condenaçaõ o da reclamada ao pagamento de danos morais


no importe de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), pelas praí ticas ilíícitas
mencionadas;

V - DOS REQUERIMENTOS

I – Sejam os reclamados notificados, na pessoa de seu representante


legal, sendo advertida que sua ineí rcia sofreraí as sançoõ es do artigo 844
da CLT;

II – Sejam os reclamados notificados para apresentar o Termo de


Rescisão de Contrato de Trabalho, sob pena de indenização
substitutiva;

III – Sejam os reclamados condenados ao recolhimento de todas as


contribuiçoõ es fiscais inerentes ao teí rmino do contrato de trabalho;

IV – Seja a reclamada condenada ao pagamento dos honoraí rios


advocatíícios na proporçaõ o de 20% (vinte por cento), bem como ao
pagamento das custas processuais.

Por fim, REQUER Á TOTAL PROCEDÊNCIA da presente reclamaçaõ o Trabalhista por


se tratar de uma questaõ o de aplicabilidade da mais líídima JUSTIÇÁ!!!

Protesta provar o alegado por todos os meios de prova admitidos em direito,


notadamente a documental anexa, a testemunhal, e o depoimento pessoal das reclamadas, sob
pena de confissaõ o dos fatos aqui alegados, protesta ainda pela apresentaçaõ o de quesitos a
serem formulados pelo senhor perito e demais provas que se fizerem necessaí rias ao deslinde
do feito;

Daí -se aà causa o valor de R$ 22.548,80 (vinte e dois mil e quinhentos e quarenta
e oito reais e oitenta centavos).

Nestes termos,
Pede deferimento,

Brasíília, 29 de outubro de 2018.

THAIANE MACHADO RODRIGUES DO WAGNER DUARTE DE SOUZA JUNIOR


PRADO OAB/DF 15.508-E
OAB/DF 56.881

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