RECLAMAÇÃO TRABALHISTA
I – DA JUSTIÇA GRATUITA.
II - DOS FATOS
Insta aqui observar que o reclamante foi comunicado da dispensa pelo aplicativo
de celular Whatsapp, conforme anexos.
Ácontece que o reclamado nunca anotou a CTPS do reclamante, bem como naõ o lhe
pagou as devidas verbas rescisoí rias, naõ o sendo entregue o TRCT, devendo ser emitido,
tambeí m naõ o houve levantamento nem saque de valores referentes ao FGTS, por nunca terem
sido depositados.
III - DO DIREITO
Á reclamada naõ o indicou aà reclamante data e horaí rio para realizaçaõ o dos exames
necessaí rios para a contrataçaõ o nem demissaõ o, devendo fazeê -lo imediatamente, a fim de se
perfectibilizar a rescisaõ o contratual.
Conforme o artigo 195, inciso I, da Carta Magna, fica o empregador, ou a pessoa a ele
equiparada, responsaí vel pelas contribuiçoõ es aà Prevideê ncia Social do empregado.
Nesse sentido, jamais realizaram o deposito dos 13º salaí rios, referentes aos perííodos
aquisitivos correspondente aà 2017/2018.
Desta feita, requer a condenaçaõ o da reclamada, ao pagamento das feí rias vencidas em
dobro, referentes aos perííodos naõ o usufruíídos nem compensados, devendo ser pagos ainda o
proporcional referente ao perííodo em que ocorreu a demissaõ o, bem como dos valores
referentes ao 13º, com espeque no art. 137 da CLT, com os devidos reflexos e atualizaçoõ es.
f) SEGURO DESEMPREGO
Desta forma a reclamada deve ser condenada ao pagamento das respectivas Guias sob
pena de ser penalizada a pagar a indenizaçaõ o a reclamante no montante das parcelas que este
deveria receber a tíítulo de seguro desemprego nos termos do artigo 159 e seguintes do Coí digo
Civil Brasileiro.
Á praí tica do ato ilíícito praticados pelo proprietaí rio ou prepostos dos reclamados eí
repudiada pelo Coí digo Civil em seu artigo 186, sendo garantido o direito de reparaçaõ o do
dano, ainda que exclusivamente moral. EÁ o que versa a lei:
"Ártigo 186: Áquele que, por açaõ o ou omissaõ o voluntaí ria, negligeê ncia ou
imprudeê ncia, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente
moral, comete ato ilíícito".
Áinda sob a eí gide da lei civil, no artigo 927, fazendo manifesta a obrigaçaõ o de
indenizar a parte lesada:
“Áquele que, por ato ilíícito, causar dano a outrem, fica obrigado a reparaí -lo”.
Para Roberto Ruggiero, em sua obra Instituiçoõ es de Direito Civil, vol.3, ed. Saraiva,
3ª ediçaõ o, salienta:
“Em sentido restrito, ato ilíícito eí todo fato que, naõ o sendo fundado em direito,
cause dano a algueí m”.
“Se o interesse moral justifica a açaõ o para defendeê -lo, eí claro que tal interesse
eí indenizaí vel, ainda que o bem moral naõ o exprima em dinheiro. EÁ uma
necessidade dos nossos meios humanos, sempre que insuficiente, e naõ o raro
grosseiros, que o direito se veê forçado a aceitar que se compute em dinheiro o
interesse de afeiçaõ o e os outros interesses morais".(Bevilaí qua, Cloí vis. Teoria
Geral do Direito Civil, p. 30)”.
“Sabe-se que na praí tica eí deveras difíícil a estimativa rigorosa em dinheiro que
corresponde aà extensaõ o do dano moral experimentado pela víítima. O valor
deveraí ser encontrado levando-se em consideraçaõ o o fato, a maí goa, o tempo, a
pessoa ofendida, sua formaçaõ o social, econoê mica, cultural e religiosa, entre
outros atributos”. (Mello da Silva, Wilson, in o Dano Moral e a sua
Reparação, ed. Forense.)
“Nosso direito civil naõ o afasta em nenhuma hipoí tese a reparabilidade do dano
moral quando, no artigo 159, que todo e qualquer dano causado a algueí m por
imprudeê ncia, negligeê ncia, imperíícia , auseê ncia de cautela etc. deve ser
indenizado.”(Santos, Ulderico Pires dos . A Responsabilidade Civil na
Doutrina e na Jurisprudência, Rio de Janeiro, Editora Forense, p. 234)”.
Lado outro, o acerto rescisoí rio deve ser visto como um ato juríídico complexo,
observando a entrega das Guias para o levantamento do FGTS e a habilitaçaõ o ao seguro
desemprego.
Quando estamos a falar das relaçoõ es juríídicas de trabalho, em que saõ o suprimidos
os creí ditos dos trabalhadores, creí ditos estes que possuem natureza alimentar, essa privaçaõ o
dos meios de subsisteê ncia do obreiro eí no míínimo algo frustrante, angustiante, degradante,
atentando contra os direitos da personalidade, ferindo de morte a dignidade humana do
trabalhador, que deveraí ser indenizado pelos danos morais suportados.
Desta feita, podemos concluir que, atualmente a jurisprudeê ncia dos Tribunais do
Trabalho tem decidido que o inadimplemento injustificado da satisfaçaõ o dos creí ditos
trabalhistas decorrentes das rescisoõ es de contrato de trabalho, impedindo com isso que o
trabalhador possa prover suas necessidades baí sicas e o sustento de sua famíília, constitui, por
si soí , em grave afronta aos direitos da personalidade, pois eí algo que atinge a psique do
indivííduo, o diminui perante a sociedade, causando-lhe constrangimento e sofrimento.
No mesmo sentido do aqui esposado:
O fato PRINCIPÁL que deve ser considerado na apreciaçaõ o quanto ao dano moral,
ora pleiteado, eí o fato da empregadora nunca ter anotado a CTPS do reclamante, sendo
privado da emissaõ o do TRCT, sem os devidos depoí sitos do FGTS e das verbas previdenciaí rias,
e como se jaí naõ o bastasse, naõ o concedeu o aviso, nem feí rias devidas deixando o
desempregado, totalmente desamparado, literalmente sem meios de sobreviveê ncia.
Deve-se observar ainda que o dano moral aqui requerido, naõ o eí pelo simples fato
da auseê ncia no pagamento das verbas rescisoí rias, mas principalmente o conjunto de atos
ilíícitos praticados pelos reclamados para com a reclamante, que lhe causaram um abalo moral
e psííquico talvez irreversííveis.
Tendo em vista os fatos aqui alegados e pelas consideraçoõ es que Vossa Exceleê ncia
saberaí aplicar ao caso concreto, o reclamante REQUER a condenaçaõ o da reclamada ao
pagamento dos danos morais, conforme quadro apresentado nos pedidos desta exordial.
h) DOS REFLEXOS
Tendo em vista o direito latente da requerente sobre valores faltantes, deve ser
considerado para fins de caí lculo das verbas rescisoí rias e todos os seus reflexos.
No mais, por restar incontroverso, que naõ o houve pagamento verbas rescisoí rias e
tambeí m a auseê ncia dos depoí sitos do FGTS e da multa de 40% sobre o saldo da conta fundiaí ria
ateí a presente data, deveraí ser aplicada a sançaõ o prevista no art. 467 da CLT. que assim dispoõ e:
Consoante o artigo o artigo 791-Á, da CLT "Áo advogado, ainda que atue em causa
proí pria, seraõ o devidos honoraí rios de sucumbeê ncia, fixados entre o míínimo de 5% (cinco por
cento) e o maí ximo de 15% (quinze por cento) sobre o valor que resultar da liquidaçaõ o da
sentença, do proveito econoê mico obtido ou, naõ o sendo possíível mensuraí -lo, sobre o valor
atualizado da causa".
Ássim, postula a condenaçaõ o da reclamada ao pagamento dos honoraí rios de
sucumbeê ncia no percentual de 10%.
IV - DOS PEDIDOS
e) 1/12 avo de 13° salaí rio indenizado, em face do aviso preí vio, no
importe de R$ 150,00 (cento e cinquenta reais);
f) 1/12 avo de feí rias indenizadas, em face do aviso preí vio, no importe
de R$ 150,00 (cento e cinquenta reais);;
V - DOS REQUERIMENTOS
Daí -se aà causa o valor de R$ 22.548,80 (vinte e dois mil e quinhentos e quarenta
e oito reais e oitenta centavos).
Nestes termos,
Pede deferimento,