A ESCRITURA DO ROTEIRO
Claro que esta divisão de trabalho vai se tornando cada vez mais
complexa no decorrer da ainda recente história do cinema. E
justamente uma das primeiras divisões de trabalho que ocorrem é
aquela que resulta no surgimento da figura do roteirista. Ela
ocorre na virada do século 19 para o 20, quando os filmes começam a
ficar mais caros. Ou seja, os produtores começam a ficar
preocupados com a quantidade cada vez maior de dinheiro que estão
investindo nos filmes, e precisam de alguma previsão do que vai ser
o filme antes de aprovar a sua realização. Portanto,
historicamente, o roteiro surge não como forma de expressão de um
roteirista ou por desejo de um diretor, mas como necessidade de um
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produtor.
2. ELEMENTOS TEXTUAIS
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falas.
(d) Nome do local onde se passa a cena: é apenas um nome, não uma
descrição, mas pode e deve ser descritivo, na medida do possível:
QUARTO DE PEDRO; SALA DA CASA DE DOLORES; EM FRENTE AO PRÉDIO DA
PREFEITURA. Quando boa parte do filme se passa num mesmo prédio
(que pode ser uma locação real ou um espaço construído em
cenários), pode ser necessário detalhar mais o local de cada cena.
Por exemplo: EDIFÍCIO DEAUVILLE: PORTARIA; EDIFÍCIO DEAUVILLE:
GARAGEM; etc.
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2.2. NARRAÇÃO
BITUCA
BITUCA
BITUCA
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2.3. DESCRIÇÃO
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2.4. FALAS
2.5. RUBRICAS
PAULINHO
CARLA
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CARMEM
3. REGRAS DE ESCRITURA
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FONSECA (VS)
Aquela foi mais uma noite em que quase tudo deu errado.
Enquanto eu me empanturrava de azeitonas, vinho doce e
batom de quinta categoria...
FONSECA (VS)
Um roteiro não pode ter nada que não seja diretamente filmável.
Esta é talvez a regra mais óbvia, e a menos observada. Até porque é
possível defender a tese de que "tudo é filmável". No limite,
qualquer texto literário (mesmo Kafka ou Joyce, por exemplo) pode
ser filmado assim: close no rosto do ator com ar pensativo e uma
voz sobreposta dizendo exatamente o texto original. É claro que,
quase sempre, esta é uma péssima solução. Mas, em relação às regras
de escritura de roteiros, o problema nem é de má qualidade, mas de
escritura mesmo: seja qual for a solução encontrada, ela deve estar
no roteiro como uma sucessão de imagens e sons, ou seja, como algo
filmável - não em tese, mas FILMÁVEL CONFORME ESTÁ NO ROTEIRO.
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"O Delegado pára e pensa até que ponto valeria a pena manter aquele
tiroteio contra a quadrilha de Palito. Aquele era seu território e
por mais homens que a polícia tivesse na operação a probabilidade
de efetuar alguma prisão seria mínima."
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FADE OUT
FADE IN
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Marcos respira fundo. Seu rosto está tenso. Por um momento ele
fecha os olhos e esfrega a mão na testa, pensativo. Aos poucos,
sua expressão vai se tornando mais calma, até que um tênue
sorriso começa a lhe aparecer nos lábios.
A mesma regra deve ser aplicada também, e com ainda mais razão, em
relação às ações narradas. Imagine a cena:
Compare com:
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Ou intercalando a ação com outro ponto de vista (ou mesmo com outra
ação paralela) para suprimir o meio:
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Muitas vezes, frases lacônicas, sem verbo, ou com gerúndio mas sem
auxiliar, podem facilitar a visualização: "Os pés de Ricardo, sobre
o asfalto. O rosto de Mauro. A mão de Ricardo segurando a pá."
sugere uma série de planos fechados, curtos. "Aproximando-se
lentamente do carro." pode dar a impressão de um traveling de ponto
de vista. E assim por diante.
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BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
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