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1º SGT DENNIS SILVA/CBMGO ESPECIAL/EMERGÊNCIAS

ESPECIAL/EMERGÊNCIAS COM
COM AMÔNIA
AMÔNIA

24 Emergência
24 Emergência NOVEMBRO / 2017
VAZAMENTOS
PERIGOSOS
Com o aumento de Atualmente no Brasil, de acordo com o Se-
tor de Atendimento a Emergências da Cetesb
ocorrências com amônia, é (Companhia Ambiental do Estado de São Pau-
cada vez mais importante lo), a amônia pode ser encontrada na produção
de fertilizantes, fibras, plásticos, na produção de
o treinamento dos outros produtos químicos e também como lí-
profissionais, a criação de quido refrigerante em sistemas de refrigeração,
como ocorre, por exemplo, em frigoríficos e fá-
protocolos e a utilização bricas de gelo.
de equipamentos de Nos últimos anos, o número de vazamentos
com amônia, se tornou cada vez mais frequen-
proteção para um te no país, deixando mortos e feridos, além de
atendimento adequado alertar os profissionais de emergência. Infeliz-
mente, não existe uma instituição que centra-
lize as informações destes acidentes, reunin-
A amônia (NH3) é um composto químico in- do o número de vazamentos industriais ou no
color, de cheiro forte e irritante. Conforme a transporte do produto. Mas, conforme espe-
classificação da ONU (Organização das Nações cialistas e corporações militares ouvidos nesta
Unidas) para os produtos perigosos, a amônia reportagem, em parte dos estados brasileiros,
pertence à subclasse de risco 2.3, significando gás o maior índice de vazamento ocorre na ativi-
tóxico por inalação. Para fins de identificação, o dade industrial.
produto possui o número da ONU 1005 e de
risco 268, cuja descrição é gás tóxico e corrosivo. Reportagem de Bruna Klassmann

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DIVULGAÇÃO/CBMMG ESPECIAL/EMERGÊNCIAS COM AMÔNIA

DIVULGAÇÃO/CBMERJ

SUATRANS
Soares: indústria Andrade: interior de estabelecimentos Borlenghi: seguros

O especialista em Segurança, Gestão Gerais, onde a maior parte das ocorrên- ros da Polícia Militar do Estado de São
de Emergência e Desastres e Toxicologia cias com amônia acontece em vazamen- Paulo) relata que “a maior incidência de
Geral, Marco Aurélio Rocha, destaca que tos de indústrias. “Entre 2015 e 2017, acidentes com amônia, atendidos pela
os acidentes mais comuns são os ocor- o BEMAD (Batalhão de Emergências corporação, ocorre nas rodovias, com
ridos em unidades frigoríficas, indústrias Ambientais e Respostas a Desastres), por as carretas transportadoras”, salienta o
de pescados e laticínios e em unidades de meio do PQBRN (Pelotão de Operações 1° tenente Sérgio Luiz da Cruz Paim Ig-
refrigeração industrial. “Estes acidentes com Produtos Químicos, Biológicos, nácio, comandante do Posto de Bombei-
representam grande risco pela sua alta Radiológicos e Nucleares), atendeu na ros do 2° Grupamento de Bombeiros do
incidência e podem afetar um número região metropolitana de Belo Horizon- CBPMESP, localizado em São Paulo/SP.
considerado de pessoas”, comenta. te 13 ocorrências com amônia”, destaca Sobre os acidentes em rodovias, Marcel
Mas, o número de atendimentos regis- o tenente Cristiano Soares, comandante Borlenghi, diretor Comercial da Suatrans,
trados com amônia, seja industrial ou no da Companhia de Emergências Ambien- empresa focada no atendimento a emer-
transporte do produto, pode variar nos tais do BEMAD do CBMMG (Corpo gências ambientais, enfatiza que “apesar
estados brasileiros. No Rio de Janeiro, o de Bombeiros Militar de Minas Gerais). de um grande número de acidentes com
tenente-coronel Fábio Andrade, coman- Já de acordo com os registros de aten- produtos perigosos ocorrer nas rodo-
dante do GOPP (Grupamento de Ope- dimento à emergência com amônia da vias, o transporte de amônia é realizado
rações com Produtos Perigosos) do CB- Cetesb, no Estado de São Paulo, no pe- com veículos muito seguros e por trans-
MERJ (Corpo de Bombeiros Militar do ríodo de 1978 a setembro de 2017, a portadoras que possuem um alto nível
Estado do Rio de Janeiro), ressalta que companhia atendeu a 69 ocorrências no de comprometimento com a seguran-
“quase a totalidade dos atendimentos a transporte rodoviário do produto e 128 ça”. Complementando, Eduardo Rober-
vazamento de amônia ocorre no interior na atividade industrial. Em contrapar- to Moritz, engenheiro Químico, técnico
de estabelecimentos que utilizam o fluido tida, o CBPMESP (Corpo de Bombei- em Emergências com Produtos Perigo-
como frigorígeno”. Em Goiás, Wanderley
MARCO ROCHA

Valério de Oliveira, mestre em Ecologia


e Produção Sustentável e capitão do CB-
MGO (Corpo de Bombeiros Militar de
Goiás), destaca que aumentaram o nú-
mero de atendimentos com amônia no
Estado. “De acordo com o SIAE/COB
(Sistema Integrado de Atendimento a
Emergência/Centro Estadual de Aten-
dimento Operacional de Bombeiros), os
acidentes compilados e atendidos acon-
teceram no local de armazenamento em
empresas. Nos últimos anos, o número de
ocorrências com amônia aumentou, em
2012 foram 4 atendimentos; 2013 foram
Número de atendimentos registrados com
5; 2014 foram 8; 2015 foram 6; e 2016 amônia, seja industrial ou no transporte do
foram 9 ocorrências registradas”, con- produto, varia nos estados brasileiros
ta. A mesma situação ocorre em Minas
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ESPECIAL/EMERGÊNCIAS COM AMÔNIA
sos e representante Técnico da ATMO falhas mecânicas. “No caso de ambientes meçar antes mesmo de ocorrer um re-
HAZMAT, enfatiza que normalmente as industriais são muitos os equipamentos gistro de ocorrência com amônia. Isto
emergências com veículos de amônia es- que podem haver fugas como: válvulas, ocorre com a realização de um planeja-
tão relacionadas ao acidente do próprio selos, compressor, bombas, etc. Soman- mento antecipado e treinamento cons-
veículo transportador, mas as causas, se- do-se a isto a questão de manutenção pre- tante da equipe, seja funcionários ou
gundo o tenente Soares, são as mais va- ventiva deficitária, falta de treinamento profissionais do fogo. “O planejamen-
riadas possíveis, como: má qualidade das de operadores do sistema, falta de inves- to se refere ao Plano de Atendimento a
vias e imprudência de motoristas. Sobre timento em equipamentos de segurança, Emergências, que deve ser elaborado an-
estes atendimentos, Rocha comenta que equipamentos de segurança de má quali- tecipadamente com base nos principais
são os mais complexos e difíceis, devido dade, etc”, destaca Moritz. Para Borlen- cenários acidentais que possam ocorrer
ao grande volume de produto envolvido ghi, dentro das indústrias o ambiente é com a manipulação da amônia. O plano
e os demais fatores coadjuvantes. “controlado” e os processos e influências deve ser divulgado a todos os funcioná-
Porém, os vazamentos com amônia são conhecidos, por isto, teoricamente, rios e participantes externos e não deve
atendidos dentro de indústrias, podem ter não deveria ocorrer uma grande incidên- ser apenas um documento para cumprir
sido ocasionados por falhas humanas ou cia de vazamentos. a legislação”, comenta Sandro Roberto
Tomaz, especialista em risco tecnológico.

Atendimento adequado
Ainda neste tipo de atendimento, Eduar-
do Roberto Moritz, engenheiro Químico,
técnico em Emergências com Produtos
Perigosos e representante Técnico da
 Treinamentos dos profissionais, equipamentos ATMO HAZMAT, conta que o respon-
de segurança e protocolos são essenciais dedor deve estar ciente que está lidando
com um químico com vários riscos, as-
Assim como outros produtos perigo- O tenente Cristiano Soares, coman- sociados aos riscos da própria planta in-
sos, as ocorrências com amônia envol- dante da Companhia de Emergências dustrial. “Então, para responder bem à
vem os profissionais em um trabalho Ambientais do BEMAD do CBMMG, emergência, deve-se estar bem treinado
com diversas adversidades. “O atendi- ressalta que nestas ocorrências nem sem- para isto. Além das equipes de interven-
mento a emergências com amônia, não pre uma ação mais rápida é a mais ade- ção direta na emergência, os trabalhado-
é coisa para quem quer, nem para ama- quada, devido ao grau de complexidade res da planta como um todo, devem estar
dor, e sim para profissionais que tenham do atendimento. Segundo o químico Ed- treinados para uma situação de emergên-
conhecimento, capacitação ou habilitação son Haddad, um atendimento adequado cia, seja desempenhando algum papel no
para tal e possuem recursos materiais em passa por diversos aspectos. “Entre eles: procedimento ou mesmo realizando uma
condições operacionais. Mesmo para es- conhecer os perigos e os riscos do produ- evacuação de forma segura”, comenta.
tes profissionais, o atendimento apresen- to envolvido; dispor de ações planejadas
ta um potencial de risco elevado, uma vez de resposta (procedimentos) compatíveis TREINAMENTO E RECURSOS
que representa uma situação anormal e com o produto e com a situação apre- De acordo com Rocha, atualmente há
fora de controle, onde as atividades ope- sentada; trabalhar de forma organizada e uma diversidade e variabilidade muito
racionais são executadas da forma mais integrada com os órgãos públicos; e dis- grande de preparação dos profissionais
adversa possível”, salienta Marco Aurélio por de procedimentos para orientação e que atendem estas ocorrências, assim
Rocha, especialista em Segurança, Ges- proteção da população existente em área como a disponibilidade de equipamen-
tão de Emergência e Desastres e Toxi- externa”, enfatiza o especialista. tos, variando de estado para estado e
cologia Geral. Um atendimento adequado pode co- até mesmo, de município para municí-
pio. “A maioria dos corpos de bombei-
PAM RG

ros (militares e/ou voluntários), equipes


de órgãos ambientais e de resposta que
conheço dispõe de recursos adequados,
sendo fornecida capacitação periódica,
mas, por outro lado, podemos dizer que
ainda existem localidades que carecem de
recursos tanto material quanto humano
para responder a este tipo de emergên-
cia”, enfatiza o especialista. Este despre-
paro e a falta de conhecimento técnico
sobre atendimento a emergências com
amônia, bem como seu potencial de risco,
além de colocar em risco o atendimento
PAM da cidade de Rio Grande/RS está em si, podem contribuir para aumentar
há 35 anos qualificando os profissionais de os danos e prejudicar ainda mais o cená-
emergência das empresas associadas
rio da emergência.
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DIVULGAÇÃO CBPMESP

CBPMESP possui equipamentos


específicos para este tipo de ocorrência

O PAM (Plano de Auxílio Mútuo) da para este tipo de atendimento, por meio
cidade de Rio Grande/RS está há 35 de treinamentos nos quartéis, realizan-
anos qualificando os profissionais de do cursos em empresas especializadas e
emergência das empresas associadas. participando de simulados com empre-
“Atualmente, são 21 empresas que rea- sas, transportadoras e armazenadoras de
lizam frequentemente treinamentos prá- amônia”, salienta 1° tenente Sérgio Luiz
ticos, simulados de grande porte com e da Cruz Paim Ignácio, comandante do
sem aviso prévio com a participação das Posto de Bombeiros do 2° Grupamento
empresas associadas, Corpo de Bombei- de Bombeiros do CBPMESP. Além disto,
ros, Defesa Civil e Secretaria do Meio o tenente Paim ressalta que o estado pos-
Ambiente, realizando a troca de experi- sui equipamentos específicos para este
ências e preparando as equipes técnicas tipo de ocorrência. “Hoje, o CBPMESP,
para atendimento a sinistros industriais”, possui em toda a extensão do estado,
enfatiza Golbery Chaves Ferreira Junior, Viaturas de Atendimento a Ocorrências
técnico de Segurança do Trabalho e co- com Produtos Perigosos, equipadas para
ordenador do PAM RG. tal fim, que se caso for, serão tripuladas
Os profissionais de Goiás, segundo por profissionais habilitados que aten-
Wanderley Valério de Oliveira, mestre derão este tipo de ocorrência com muita
em Ecologia e Produção Sustentável e segurança”, conta.
capitão do CBMGO, são preparados de No Rio de Janeiro, os militares recebem
acordo com as normas internacionais instruções sobre a primeira resposta em
NFPA (National Fire Protection Association) emergências envolvendo produtos peri-
472/2013 (Padrão para Competência de gosos, sendo capacitados a identificar a
Respondentes a Materiais Perigosos) e situação e promover o isolamento com
1041/2007 (Qualificações profissionais evacuação, além de executar os primeiros
do instrutor de serviço de bombeiros), cuidados às vítimas. “No GOPP, os bom-
além de cursos realizados em outros esta- beiros passam por dois modos de trei-
dos e instituições correspondentes. “To- namento. Um deles, operativo, chamado
das as organizações Bombeiros Militares Curso Básico de Operações com Produ-
presentes no estado de Goiás são capazes tos Perigosos, tem duração aproximada
de realizar o atendimento envolvendo o de 40 dias; o outro operativo/gerencial
gás tóxico amônia, principalmente a pri- é um curso completo nominado Curso
meira resposta”, ressalta. Em São Paulo, de Operações com Produtos Perigosos
os bombeiros do CBPMESP, também COPP, com duração de aproximadamen-
estão em permanente aprendizado. “O te 90 dias”, destaca tenente-coronel Fá-
preparo para o atendimento a este tipo bio Andrade, comandante do GOPP do
de ocorrência é constante, tanto na sua CBMERJ. O mesmo ocorre no Estado
formação, quanto no dia a dia, após for- de Minas Gerais, onde existe uma equipe
mado, o bombeiro mantém-se preparado de profissionais especializados neste tipo
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ESPECIAL/EMERGÊNCIAS COM AMÔNIA
grande parte dos sendo eles: o primeiro, sobre a nature-
DUPONT/DIVULGAÇÃO

materiais necessá- za do produto vazado, suas proprieda-


rios e a corporação des físico-químicas, incompatibilidades,
vem se esforçando possíveis reações e toxidade específica;
para adquirir no- segundo aspecto de análise envolve as
vos equipamentos características do reservatório/recipien-
para melhorar ain- te, sua localização, pressão, quantidade
da mais o atendi- armazenada, condição estrutural, danos
mento”, salienta o ao reservatório, proximidades de fontes
tenente Soares. de calor e possíveis falhas em dispositivos
de segurança; terceiro aspecto envolve a
ETAPAS avaliação geral da situação, resultado da
Para que o aten- ação inicial, evolução do atendimento e
dimento seja ade- procedimentos, condições iniciais e im-
quado em ocor- pactos ambientais previstos e possíveis;
rências com amô- e, o quarto aspecto envolve os fatores
nia deve se iniciar adversos e modificadores como locais
pelo aviso do vaza- do acidente (área urbana ou rural, vaza-
mento do produto. mento no solo ou corpo hídrico), relevo,
“Como em qual- vegetação, sensibilidade local, período da
quer acidente, o ci- ocorrência (noite, dia, inverno, verão),
dadão deve tomar a velocidade do ar, pressão atmosférica,
postura preventiva, temperatura e outras condições adversas.
com as seguintes Outros detalhes das etapas para o aten-
ações: identificação dimento da ocorrência também foram
da situação do peri- lembrados pelo 1° tenente Sérgio Luiz
É importante verificar se as roupas de go, afastamento da da Cruz Paim Ignácio, comandante do
proteção estão de acordo com as normas
regulamentadoras e se possuem certificação área atingida e acio- Posto de Bombeiros do 2° Grupamento
namento do Corpo de Bombeiros do CBPMESP. Ele desta-
de Bombeiros pelo cou que sempre ao se aproximar do local
de atendimento. “No PQBRN, vivemos telefone 193”, ressalta o tenente-coronel é recomendável ficar com o vento favo-
uma situação muito favorável para o aten- Fábio Andrade, comandante do GOPP rável à sua posição, pelas costas. Além
dimento a este tipo de emergência, pos- do CBMERJ. disto, verificar no banco de dados, qual a
suindo profissionais especializados, que Quando os profissionais chegarem ao distância da área inicial de aproximação,
se mantêm constantemente atualizados local da ocorrência, deve ser feita uma com isto o profissional conseguirá defi-
por meio de treinamentos diários. Possuí- análise da situação de alguns aspectos nir o perímetro mínimo de segurança,
mos uma viatura específica com materiais para um melhor atendimento. Rocha retirando todas as pessoas da área. “En-
específicos, sendo que existe no PQBRN destaca quatro aspectos importantes, tão, a equipe deverá observar o cenário

CONTENÇÃO E CONFINAMENTO
As técnicas de atendimento para a contenção real possibilidade de obter-se êxito na operação balhe em determinado local.
e confinamento irão depender da quantidade de e que justifique, desta forma, tal ação. A ação de Considerações adicionais devem ser levadas
amônia envolvida, do local da ocorrência e claro, contenção só pode ser executada, no mínimo, por em conta com relação à contaminação do solo e
dos recursos humanos e materiais disponíveis. As técnico em produtos perigosos, já que se trata de água, caso se utilize de jatos de água na nuvem de
ações de contenção do produto (ação ofensiva) e uma ação ofensiva”, salienta Rocha. amônia, já que se forma desta mistura o hidróxido
confinamento (ação defensiva) somente podem Segundo Eduardo Roberto Moritz, engenheiro de amônia, um corrosivo. “Os órgãos ambientais
ser realizadas por pessoas treinadas. Marco Au- Químico, técnico em Emergências com Produtos requerem nestes casos que seja evitada a conta-
rélio Rocha, especialista em Segurança, Gestão Perigosos e representante Técnico da ATMO HAZ- minação, principalmente de cursos d’água, e se
de Emergência e Desastres e Toxicologia Geral, MAT, para realizar a contenção da amônia, pode-se aplique alguma técnica pós-emergência para re-
enfatiza que a prioridade inicial seria atuar na con- utilizar uma série de técnicas, como por exemplo: solver o dano causado. Caso este químico seja
tenção do produto. Só que a atividade operacional a técnica de tapar e cobrir, na qual utiliza-se uma depositado sobre o solo irá ocorrer a queimadura
de contenção é perigosa, uma vez que coloca a lona para formar um micro sistema ao redor do va- da vegetação e aumento do pH local, entretanto
equipe de atendimento em contato direto com o zamento, fazendo o vazamento diminuir drastica- depois de aproximadamente um mês as condições
produto perigoso vazado, bem como com o reci- mente; jatos neblinados de água, transformando a se reestabelecem, inclusive gerando a fertilização
piente danificado, tornando esta atividade uma amônia em hidróxido de amônia, em fase líquida, do local. A situação complica-se quando a amônia
operação de alto risco. “As ações de contenção depositando-se sobre o solo; e ventiladores para entra em curso d’água, pois aumenta o pH aquático
por serem mais críticas e mais perigosas, só de- fazer a dispersão e/ou redirecionamento da pluma, e pode causar a morte de animais e plantas que
veriam ser executadas nos casos em que exista retirando-a de uma vítima ou permitindo que se tra- vivem neste ambiente”, enfatiza Moritz.

30 Emergência NOVEMBRO / 2017


quer seja no que tange à proteção indi-
ARQUIVO PESSOAL

vidual, técnicas e táticas operacionais de


combate, pausas e repouso para recupe-
ração, alimentação e hidratação, e, sobre-
tudo, seguir os procedimentos e padrões
traçados quando da montagem da estra-
tégia de combate.
Para a realização do atendimento, al-
gumas corporações brasileiras possuem
protocolos, assim como o estado de
Goiás. “As informações estão no MOB
(Manual Operacional de Bombeiros)
criado este ano pelo CBMGO referen-
te a Operações Envolvendo Produtos
Perigosos, no qual existem vários proce-
dimentos/protocolos, dentre eles o gás
tóxico amônia. Todas as ocorrências en-
volvendo amônia são diferentes umas das
Barbosa: circuito fechado
outras, por isto seguimos uma sequência
do ponto zero na busca da visualização de ações, que consideramos ser o básico
de possíveis vítimas e quais suas condi- num atendimento envolvendo amônia”,
ções, vazamentos, caso existir, verificar destaca Wanderley Valério de Oliveira,
se é de pequena, média ou grande pro- mestre em Ecologia e Produção Susten-
porção, com isto os integrantes poderão tável e capitão do CBMGO.
se equipar com o nível de proteção a ser No Rio de Janeiro, os profissionais uti-
utilizado”, salienta. lizam o POPs (Procedimentos Operacio-
É importante destacar que o vazamen- nais Padrão), além do padrão de aten-
to de amônia pode ocorrer das seguintes dimento a produtos perigosos “Padrão
formas: fase líquida, fase gás e fase aeros- PP”. “Neste caso, a cadência das ações
sol, o que interfere no atendimento da segue uma lógica técnica, adequada a ca-
ocorrência. “A fase líquida é facilmente da situação e ao cenário envolvido na res-
identificada pela formação de uma poça posta, tendo como base a instalação do
no local. A fase gasosa é incolor, o que corredor de redução de contaminação,
dificulta a sua identificação, neste caso, é configuração START de atendimento
importante estar com detectores de amô- às vítimas, além do gerenciamento pelo
nia. E a fase aerossol, que mistura o gás Sistema de Comando e Controle Opera-
e gotículas, é o vazamento característico cional. As variáveis levadas em considera-
de cor branca”, enfatiza Eduardo Rober- ção durante o prognóstico do cenário de
to Moritz, engenheiro Químico, técnico uma ocorrência deste tipo são complexas
em Emergências com Produtos Perigo- (cone de dispersão de fluidos gasosos al-
sos e representante Técnico da ATMO tamente influenciado pela atmosfera que
HAZMAT. Estes detectores de amônia o contém, podendo alcançar grandes dis-
podem ser encontrados no mercado bra- tâncias, dificultando o isolamento e eva-
sileiro, assim como o modelo DG-2000, cuação)”, comenta tenente-coronel An-
um equipamento digital e portátil. De drade. Os Estados como São Paulo e Mi-
acordo com Evair Menezes, diretor Co- nas Gerais, ainda estão desenvolvendo ou
mercial da Instrutherm, este aparelho atualizando os seus próprios protocolos
é capaz de detectar a presença de gás de atendimento a emergências com amô-
amônia em vazamentos de matérias ou nia e demais produtos perigosos.
soluções líquidas em ambientes fecha-
dos. Além disto, pode ser utilizado como PROTEÇÃO
alarme de vazamento em encanamentos Segundo estudos, a exposição a con-
subterrâneos ou minas, mantendo a se- centrações acima de 2.500 ppm (partes
gurança das pessoas e prevenindo a des- por milhão) de amônia por aproxima-
truição de equipamentos. damente 30 minutos pode ser fatal. De
Rocha destaca que neste tipo de aten- acordo com Rocha, deve-se elaborar e
dimento deve-se seguir o plano de res- utilizar programas de proteção especí-
posta à emergência e recomendações ficos para este tipo de agente de risco.
do comandante do incidente na íntegra, “Primeiramente, devemos analisar as suas
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ESPECIAL/EMERGÊNCIAS COM AMÔNIA
ainda apresentar uma alta concentração
IPVS (Imediatamente Perigosa à Vida e
à Saúde), Rocha ressalta que o Nível A
de proteção deverá ser utilizado sempre,
pois se necessita máxima proteção respi-
ratória e máxima proteção da pele e dos
olhos. “Neste caso, deverá ser utilizado
aparelho (máscara) autônomo de respi-
ração, e roupa (traje) totalmente encap-
sulada, resistente a químicos (proteção
química), luvas externas e internas e botas
características físico-químicas, formas de em vazamentos com amônia. “São equi- com resistência química, além de outros
dispersão e atuação, toxicidade e demais pamentos que fazem a regeneração do componentes opcionais se necessário”,
condicionantes que possam estar envol- ar, o exalando por meio de um processo comenta Rocha.
vidas nas ocorrências e relacioná-las com químico que ocorre dentro do equipa- No entanto, o uso dos equipamentos
cada fase da operação de resposta, visan- mento, retornando para o usuário o ar de proteção adequados, nem sempre é
do, desta forma, mitigar possíveis riscos regenerado com oxigênio. Neste tipo de cumprido. “Temos visto atendimentos
e proteger a integridade física e a saúde EPR, o usuário não exala o ar para o am- serem realizados com roupas de combate
dos respondedores, bem como indicar a biente. A grande vantagem é a autonomia a incêndio e máscaras autônomas, mes-
adequada proteção respiratória”, desta- que o equipamento pode proporcionar. mo sabendo que o maior risco no aten-
ca o especialista em Segurança, Gestão No caso do modelo produzido pela MSA dimento a uma emergência com amônia
de Emergência e Desastres e Toxicolo- chamado de Air Elite 4h a autonomia é seja o de intoxicação ou asfixia. Os trajes
gia Geral. de até quatro horas”, comenta Barbosa. de combate a incêndio oferecem prote-
A principal via de acesso da amônia Sobre as vestimentas de proteção, Eto- ção limitada ao agente, por isto se não
nas pessoas é o sistema respiratório. “Nas re Frederici, responsável pelo Mar­keting dispuser a equipe de resposta de Nível A
emergências envolvendo amônia, nas da DuPont, empresa fabricante de equi- de proteção, deve ser utilizado no mínimo
quais a liberação para a atmosfera pode pamentos de proteção, destaca que é mui- o Nível B”, ressalta Rocha. Lembrando,
gerar altas concentrações, é fundamental to importante verificar se as roupas de sempre que haja dúvidas ou desconheci-
a proteção das equipes de atendimento, proteção estão de acordo com as normas mento do grau de exposição e/ou con-
pois, muitas vezes, os índices de contami- regulamentadoras vigentes, se possuem taminação de amônia, deverá sempre ser
nantes no ar podem apresentar concen- certificação adequada, assim como, se fo- indicada a proteção máxima.
trações acima dos limites imediatamen- ram testadas em órgãos certificados. “Pa-
te perigosos à vida e à saúde”, comenta. ra as vestimentas encapsuladas também DIFICULDADES
Por isto, as equipes de atendimento às é de extrema importância a realização de Como já destacado por especialistas, os
emergências químicas devem utilizar os testes de pressão que devem ser feitos, ao vazamentos com amônia não são atendi-
EPRs (Equipamentos de Proteção Res- menos, uma vez ao ano como parte da mentos fáceis para os profissionais que
piratória) adequados. manutenção do EPI, a fim de atestar a trabalham nestas ocorrências. Existem
Cleiton Cunha Barbosa, gerente de conformidade da vestimenta”, salienta. muitas dificuldades que podem ser en-
Produto SAR/Fire da MSA do Brasil, A DuPont possui vestimentas totalmen- contradas e nem todas têm relação direta
empresa fabricante de equipamentos e te encapsuladas, produzidas com o teci- com o produto químico envolvido. O 1º
instrumentos de segurança, destaca que do DuPont™ Tychem® TK, que isola o tenente Paim comenta que as maiores di-
o EPR é importante, pois garante para o usuário do ambiente externo, impedindo ficuldades são as particularidades de cada
usuário, o fornecimento do ar indepen- o contato do gás com as vias respirató- ocorrência, pois apesar de os profissio-
dente da atmosfera contaminada, dando rias e com a pele. “A proteção oferecida nais conhecerem o produto em questão,
uma autonomia de atuação para o bom- neste produto faz parte do próprio teci- ter os equipamentos e preparação para o
beiro ou o brigadista na emergência. En- do, não sendo incorporada após a con- atendimento, podem surgir variantes que
tre as facilidades para o trabalho nestas fecção da vestimenta. Esta característica imperam no cenário de uma emergência.
emergências, Barbosa ressalta que a em- é extremamente importante, uma vez que “São os chamados fatores modificativos,
presa possui um EPR com câmera térmi- garante excelentes níveis de proteção e al- dentre eles, o mais crítico, é a mudança
ca integrada no manômetro, chamado de ta durabilidade”, complementa Frederici. repentina da direção do vento, o que, a
Máscara Autônoma G1 iTIC. “A câmera Estas vestimentas oferecem, no mínimo, depender da guinada do vento, desenca-
térmica integrada permite maior agilida- 30 minutos de proteção contra mais de deará a mudança de toda a estrutura do
de e liberdade de movimentação para os 320 riscos químicos e estão disponíveis Corredor de Redução de Contaminação,
profissionais durante o uso em emergên- na cor amarelo limão, que proporciona posto de comando, área de concentração
cias”, comenta. Além disto, o gerente de maior visibilidade a quem usa. de vítimas e tudo mais que estiver na área
Produto, ressalta uma tendência para o Neste tipo de ocorrência, quando não fria da ocorrência. Outros fatores, como a
futuro, que é a utilização de EPR’s de cir- puderem ser avaliadas as restrições para chuva, aumento de temperatura do local,
cuito fechado para emergências de longa indicar a adequada proteção ou a concen- redução da umidade do ar, dentre outros,
duração, podendo também ser utilizado tração de amônia for desconhecida, ou também colaborarão para mudança de tá-
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ESPECIAL/EMERGÊNCIAS COM AMÔNIA

Intoxicação dos envolvidos


tica e até de técnica do atendimento da
ocorrência”, enfatiza o comandante do
Posto de Bombeiros do 2° Grupamento
de Bombeiros do CBPMESP.
Outro fator que pode trazer complica-  Contato ou inalação da amônia
ções para o atendimento, segundo Rocha, podem proporcionar riscos à saúde
é a autonomia dos equipamentos de pro-
teção respiratória (máscaras autônomas).

TREINAMENTO ATMO HAZMAT / GRUPO CONTATTO


“Uma vez que o controle da emergência,
muitas vezes, exige tempo superior à au-
tonomia do equipamento, necessitando,
desta forma, trocar os cilindros, somos
sabedores que em algumas localidades,
há poucos equipamentos reservas e al-
guns não contam nem com compressores
para realizar a recarga, tendo que serem
enviados a outras localidades, prejudican-
do, desta forma, a adequada resposta”,
comenta Rocha. Este fator também foi
comentado por Marcel Borlenghi, dire-
tor Comercial da Suatrans, que ressaltou Descontaminação é uma
que entre as dificuldades encontradas pa- das recomendações básicas
ra o atendimento, está a disponibilidade
de equipamentos apropriados no local, A amônia é um gás tóxico e corrosivo lhidão, irritação severa ou queimaduras.
incluindo bombas, compressores, gera- que pode trazer muitos riscos à saúde Além disto, pode resultar problemas na
dores, guindastes, entre outros. dos profissionais em atendimento, as- visão, como a opacidade da córnea e do
Com relação aos vazamentos de amô- sim como a comunidade em geral. “As cristalino, cegueira temporária ou per-
nia ocorridos nas indústrias, Haddad ações operacionais de intervenção num manente. “Neste sentido, os profissio-
enfatiza que a maior dificuldade é quan- atendimento envolvendo amônia, ofe- nais responsáveis pelo atendimento de
do o produto atinge as áreas externas recem riscos diversos, uma vez que ela casos suspeitos de inalação de amônia
da empresa e alcança a população local. é extremamente destrutiva dos tecidos devem estar preparados para diagnosticar
“O risco de contaminação para a comu- presentes nas membranas mucosas. Sua e tratar quadros de conjuntivite, irritação
nidade durante um vazamento de amô- ação tóxica sobre as mucosas interrom- nasal e brônquica, apresentando bron-
nia é muito alto. As equipes emergen- pe a respiração e impede a visão, mesmo coespasmo (sintomas de tipo asmático)
ciais trabalham com proteção química e a baixas concentrações”, salienta Marco que podem ser importantes, conforme
respiratória, no entanto, as pessoas que Aurélio Rocha, especialista em Seguran- a concentração e o tempo de inalação,
moram ou trabalham perto do local da ça, Gestão de Emergência e Desastres e além de sintomas de hipoxemia (baixos
emergência, não têm recursos de prote- Toxicologia Geral. “O grau e intensida- níveis de oxigenação sanguínea)”, co-
ção disponíveis, portanto, as alternativas de de lesão das vias respiratórias (muco- menta Capitani.
para a comunidade são muito limitadas, sa nasal, faringe, laringe, traqueia, brô- O médico também destaca que exis-
comumente evacuação imediata do local nquios e, mesmo alvéolos nos casos de tem doenças que podem se manifestar
afetado ou tentar achar abrigo no local persistência prolongada de exposição ou no corpo horas depois da ocorrência,
até que a emergência seja controlada”, altas concentrações na inalação aguda) sendo importante a observação de sin-
comenta Borlenghi. vai depender da concentração e duração tomas. “Vários casos de pneumonite
Já nos atendimentos em rodovias, o da exposição”, complementa Eduardo química/edema agudo de pulmão po-
deslocamento das equipes de emergên- Mello de Capitani, médico do Trabalho, dem ocorrer tardiamente, horas depois
cia é um problema recorrente. “É muito toxicologista médico pela AMB, pneu- da exposição (quatro a 36 horas). Neste
comum que a mesma emergência inter- mologista, professor associado da dis- sentido, pacientes expostos com certeza,
dite completamente a rodovia por onde ciplina de Pneumologia e do Centro de com sintomas apenas de vias aéreas su-
as viaturas emergenciais irão se aproxi- Informações e Assistência Toxicológica periores ou broncoespasmo, e liberados
mar. Muitas vezes até o acostamento fica (CIATox) da Faculdade de Ciências Mé- após tratamento sintomático, devem ser
bloqueado impedindo a chegada oportu- dicas da Unicamp. orientados a procurar o serviço de saúde
na das equipes especializadas”, comenta Entre os sintomas encontrados nas com urgência, frente a qualquer sintoma
Borlenghi. Além dos profissionais, o blo- vias respiratórias, pode-se incluir a sensa- de falta de ar tardio dentro das 36 horas
queio também pode interferir na chega- ção de queima, ardência, tosse, laringite, seguintes”, enfatiza o médico.
da de outros veículos que trabalharão na respiração ofegante, além de enxaqueca, Existe no mercado um produto que
ocorrência, como as carretas receptoras, náusea e vômito. Rocha destaca ainda pode auxiliar às vítimas afetadas nestas
que não estão sempre disponíveis perto que em contato com a pele ou com os ocorrências. É a solução Diphoterine,
do local da emergência. olhos, a amônia pode causar dor, verme- um correlato médico que atua no atendi-
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mento de emergência química, incluindo movido. Posteriormente, o profissional

MAX FONSECA
a amônia. Esta substância possui apre- pode remover a vestimenta de proteção
sentações específicas para pele e olhos, e o EPR. Já para a descontaminação das
propiciando o atendimento, evitando a vítimas, em geral, é necessário remover a
queimadura química, se usado confor- roupa contaminada, lavar a pessoa com
me protocolo. “Para casos de vazamento água e sabão e após enxaguar.
com amônia, que na temperatura ambien- De acordo com Capitani, as recomen-
te é um gás, há usuários que utilizaram a dações básicas para este tipo de atendi-
Solução Diphoterine embebida em pa- mento, “dizem respeito inicialmente às
no limpo, utilizando esta compressa co- medidas de descontaminação, evacua-
mo um bloqueio do gás, protegendo as ção da área com uso de máscaras pro-
vias aéreas (boca e nariz). Após evasão da tetoras apropriadas e aporte autônomo
área de exposição ao vazamento de amô- de ar, descontaminação da pele caso ne-
nia gasosa, deve-se seguir o protocolo de cessário, irrigação copiosa com águas ou
utilização do Diphoterine para a preven- soro fisiológico de conjuntivas oculares
ção de lesão química e procurar cuidados e encaminhamento para oftalmologista
médicos para uma avaliação adequada”, num segundo momento. Manutenção
salienta Mario Monteiro, Ph.D. em Quí- das vias aéreas livres e ventilação adequa-
Monteiro: Diphoterine
mica e diretor da Globaltek. da conforme o caso. Além disto, todos
final, o hospital. Esta descontaminação os pacientes sintomáticos devem reali-
DESCONTAMINAÇÃO ocorre no corredor de redução de con- zar radiografia simples de tórax visando
As vítimas de vazamentos com amônia, taminação, um dos itens do protocolo de diagnóstico precoce de dano alveolar di-
sejam elas profissionais, trabalhadores ou atendimento. fuso”. Os casos com exposição constata-
moradores atingidos, devem passar por No caso de descontaminação dos pro- da devem permanecer ao menos quatro
descontaminação, de forma a minimizar fissionais, é utilizada uma solução de água a seis horas em observação, mesmo que
a concentração do produto em suas rou- e sabão, com uma escova de cerdas, la- não apresentem sintomas, com monito-
pas e corpo, além de evitar a contamina- vando sempre de cima para baixo. Em ramento de saturação periférica de O2 e
ção cruzada, por exemplo do local do seguida, é necessário enxaguar até que frequência respiratória, visando diagnós-
vazamento para o local de atendimento o contaminante seja completamente re- tico precoce de problemas.

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