Anda di halaman 1dari 27

Anatomia do Coração

Tiago Batista

ENCABRADVS FAMILIAE
Bibliografia

-Atlas of Human Anatomy, Sixth Edition- Frank H. Netter, M.D

-Anatomia Humana do coração e vasos - J.A. Esperança Pina

-Gray`s Anatomy for Students, 2.ed.

- MOORE, K.L. & DALEY II, A. F. Anatomia orientada para a


clínica. 4.ed.

-64-Pocket Atlas of Human Anatomy Based on the International


Nomenclature_Heinz Feneis Wolfgang Da
Coração

O coração assemelha-se a uma


pirâmide, com base posterior, que
caiu e assentou num dos seus
lados. O ápex (o vértice) apresenta
orientação antero-ínfero-esquerda
e a base apresenta uma orientação
contraria, ou seja, póstero-supero-
direita. Esta “pirâmide” divide-se,
desta forma, em cinco faces:
-face posterior ou base;
-face anterior ou esternocostal;
-face inferior ou diafragmática;
-face esquerda pulmonar;
-face direita pulmonar.

Este situa-se no mediastino médio


entre os pulmões e pleuras e a face
inferior assenta no diafragma. O
coração projeta-se posteriormente
para T5-T8 (vértebras cardíacas de Giacomini), sendo T4 a vertebra supra-cardíaca de
Giacomini ; T5 a vertebra infundibular; T6 a vértebra basal; T7 a vértebra ventricular; T8 a
vértebra apical .

Face Posterior ou Base

Consiste basicamente nas aurículas, principalmente a esquerda. A base é delimitada antero-


superiormente pela bifurcação do tronco pulmonar e póstero-inferiormente pelo seio coronário.
À direita e à esquerda encontram-se as faces laterais das aurículas.
Esta se divide em dois segmentos pelo sulco interauricular:
-Segmento direito, que contém a aurícula direita, apresenta o término das veias cavas (superior e
inferior) e este é separado da aurícula direita pelo sulco terminalis de His.
-Segmento esquerdo, que contêm a aurícula esquerda, apresenta o término das veias pulmonares
(direitas e esquerdas), término este que apresenta uma impressão esofágica.
Face anterior ou esternocostal

Dividida pelo sulco aurículo-ventricular/coronário (adiante irei-me referir sempre ao sulco


aurículo-ventricular como sulco coronário) em dois segmentos:
-Segmento auricular formado pelos apêndices auriculares e pela aurícula direita;
-Segmento ventricular que apresenta o sulco interventricular anterior que separa os dois
ventrículos (a superfície ocupada pelo ventrículo direito é maior que a ocupada pelo ventrículo
esquerdo).
O sulco coronário é interrompido na face anterior no infundíbulo dando origem a mais um
segmento, o segmento arterial formado pelo tronco pulmonar e pela aorta ascendente.
Face inferior ou diafragmática

Esta face assenta no centro frénico e é formada maioritariamente pelo ventrículo esquerdo
Apresenta, a separar os ventrículos, o sulco Interventricular posterior, a separar as aurículas dos
ventrículos, o sulco coronário. A separar as aurículas, o sulco interauricular (de difícil perceção
no Netter e também a quando da dissecação). O ponto de intersecção entre o sulco
interventricular e o interauricular (e adicionalmente o sulco coronário), chama-se crux cordis.
Faces Pulmonares Esquerda e Direita

A face esquerda é quase totalmente formada pelo ventrículo esquerda, mas também a aurícula
esquerda.
A face direita é praticamente igual à face esquerda trocando o termo esquerdo por direito.

Artérias

Coronária Esquerda
Origem da artéria coronária esquerda no orifício do seio coronário esquerdo, relacionando-se
com o tronco pulmonar, aurícula esquerda (anteriormente e posteriormente respetivamente).
Esta artéria bifurca -se e dá origem à artéria interventricular anterior e à artéria circunflexa.
A artéria interventricular anterior irá dar origem à artéria do cone arterial, às artérias
ventriculares anteriores a qual se destaca a diagonal, às artérias do septais anteriores e inferiores
e finalmente às artérias recorrências que vascularizam o ápex.
A artéria circunflexa continua o seu trajeto pelo sulco coronário até chegar à face inferior ou
diafragmática do coração (um pouco antes da crux cordis) dando origem a artérias auriculares, à
artéria marginal esquerda, que percorre a margem obtusa do coração, e, finalmente, artérias
ventriculares posteriores esquerdas.
Este padrão de distribuição da artéria coronária esquerda faz com que esta vascularize a aurícula
e ventrículo esquerdos e a grande parte do septo interventricular.

Coronária direita
Origem da artéria coronária direita no orifício do seio coronário direito, relacionando-se com o
tronco pulmonar e com a aurícula direita (anteriormente e posteriormente respetivamente).
O trajeto desta artéria pode ser dividido em 3 segmentos:
-No 1º segmento, a artéria coronária percorre o seio coronário até à margem direita, havendo
artérias auriculares do qual se destaca o nodulo sinusal, a artéria do cone arterial e artérias
ventriculares anteriores destacando-se a artéria marginal direita.
-No 2º segmento, que vai da margem direita até à crux cordis, existe a artéria marginal direita e
as artérias ventriculares posteriores.
-No 3º segmento, que corresponde ao septo interventricular posterior, há a artérias septal
posterior e a artéria póstero-lateral direita (percorre a metade esquerda do sulco coronário).
A artéria coronária direita vasculariza a aurícula direita, o ventrículo direito, o nodo sinusal, o
septo interauricolar, o terço póstero-inferior do septo interventricular, uma porção da aurícula
esquerda e uma parte posterior do ventrículo esquerdo.

Veias

Seio Coronário
Tem origem na porção dilata da grande veia cardíaca e termina no orifício do seio coronário na
aurícula direita.
Recebe quatro afluentes principais, que são: a grande veia cardíaca, a veia cardíaca media, a
pequena veia cardíaca e a veia cardíaca posterior.
Também a veia obliqua de Marshall vai ser um afluente do seio coronário.

Grande Veia Cardíaca


Tem origem no ápex do coração e ascende no sulco interventricular onde se relaciona com a
artéria interventricular anterior. Quando chega ao sulco coronário, esta veia vira à esquerda e
continua até à base diafragmática do coração. Relaciona-se com a artéria circunflexa da artéria
coronária esquerda. Continuando-se no sulco coronário, esta veia expande-se gradualmente
formando o seio coronário, que entra na aurícula direita.
No trajeto interventricular anterior, a grande veia cardíaca recebe as veias ventriculares
anteriores, as veias septais anteriores e a veia esquerda do infundíbulo.
No trajeto coronário esquerdo, recebe a veia marginal esquerda, a veia posterior e a veia de
Marshall.

Veia Cardíaca Média


Origem no ápex e ascende pelo sulco interventricular posterior até afluir no seio coronário.

Pequena Veia Cardíaca


Esta veia começa na secção anterior e inferior do sulco coronário entre a aurícula direita e o
ventrículo direito. Dirige-se ate à face diafragmática do coração onde entra no seio coronário.
Durante o seu trajeto recebe a veia marginal direita

Veia Cardíaca Posterior


A veia cardíaca posterior situa-se na face posterior do ventrículo esquerdo, à esquerda da veia
cardíaca média. Ou entra no seio coronário ou junta-se diretamente à grande veia cardíaca.
Outras Veias:
Veias Cardíacas Anteriores
São pequenas veias que se encontram na superfície anterior do ventrículo direito. Elas passam o
sulco coronário entram na parede anterior da aurícula direita.

Veias De Thebesius
Drenam diretamente os compartimentos cardíacos. Existem muitas na aurícula e ventrículo
direito e ocasionalmente são relacionadas com a aurícula esquerda.
RELAÇÕES

Face esternocostal
Face posterior do esterno, cartilagens costais (2º a 4º pares), musculo transverso do tórax,
artérias torácicas internas, timo, pulmões e pleuras, vasos pericárdico-frénicos e nervo frénico
direito.
Face diafragmática
Centro frénico e com a face superior do lobo esquerdo hepático (à direita) e com o fundo
gástrico (à esquerda)

Face pulmonar esquerda


Pleura mediastínica esquerda, pulmão esquerdo, nervo frénico esquerdo e vasos pericárdico-
frénicos.

Base
De anterior para posterior: nervos vagos e esófago, artéria aorta torácica, veia ázigos (esquerda)
e veia hemiazigos (direita), canal torácico, corpo vertebral de T6 e ligamento longitudinal
anterior.

Conformação Interna

Aurícula Direita

A aurícula direita pode ser dividida em duas porções: na porção antero-direita que é rugosa
(principalmente na parede lateral) e envia o sangue para o ventrículo direito; postero-esquerda
que é maioritariamente lisa e apresenta os orifícios das veias cavas (superior e inferior).
É uma estrutura cuboide que apresenta 6 faces/paredes: face anterior, posterior, medial, lateral,
superior e inferior (tal como a aurícula esquerda).
Parede Anterior
A parede anterior é constituída pelo orifício aurículo ventricular direito onde se encontra a
válvula tricúspide (estrutura descrita mais à frente).
Parede Posterior
A parede posterior é lisa e é delimitada superiormente e inferiormente pelos orifícios das veias
cava superior e inferior, respetivamente. Medialmente é delimitada pelo septo interauricular e
lateralmente pela crista terminalis de His.
Parede Medial
A parede medial corresponde basicamente ao septo interauricular. Contem a fossa oval (a fossa
oval corresponde ao orifício oval num estádio embrionário) .
Parede Lateral
A parede lateral é rugosa, pois contem os músculos pectíneos (de 3ª ordem) que nascem da
crista terminalis de His.
Parede Superior
A parede superior apresenta o orifício da veia cava superior, limitado anteriormente pela entrada
do apêndice auricular, ângulo que maraca a origem da crista terminalis de His e o ponto do nodo
sinusal, onde se encontra o nodo sinusal.
Parede Inferior
A parede inferior apresenta o orifício da veia cava inferior com a válvula de Eustáquio, o
orifício do seio coronário com a válvula de Thebesius. Entre estes dois orifícios, quando a
válvula de Eustáquio se funde com a de Thebesius forma-se a fita sinusal ou ligamento de
Todaro. Também existe uma área triangular visível na parede septal: o triangulo de Koch
delimitado pelo bordo aderente do folheto septal da válvula tricúspide (anteriormente), pelo
ligamento de Todaro (posteriormente) e pelo orifício do seio coronário (inferiormente)

Ventrículo Direito

O ventrículo direito (tal como o ventrículo esquerdo) apresenta forma de uma pirâmide com
orientação antero-infero-esquerdo e base postero-superior. Tem uma base e 3 faces/paredes:
anterior, inferior e septal/medial.
Base
A base é constituída pelo orifício aurículo-ventricular direito, que contem a válvula tricúspide, e
pelo orifício da válvula do tronco pulmonar.
Parede Anterior
A parede anterior é rugosa devido aos músculos papilares anteriores (1ª ordem) que se inserem
na porção lateral desta parede e:
-Posteriormente: emitem as cordas tendinosas que se vão inserir nos folhetos anterior e posterior
da válvula tricúspide;
-Medialmente: a trabécula septo-marginal (2ªordem) que se vai inserir na porção inferior do
infundíbulo e une-se à crista supraventricular de His
Parede Inferior
Apresenta os musculo papilares posteriores (1ºordem) que emitem cordas tendinosas que se vão
inserir nos folhetos anteriores e septal.
Parede Septal
A parede septal corresponde ao septo interventricular. Nesta parede encontram-se os músculos
papilares septais destacando-se o musculo papilar do infundíbulo (ou musculo de Lancisi) cujas
cordas tendinosas emitidas se vão inserir nos folhetos anterior e septal da válvula tricúspide. O
infundíbulo é separado da válvula tricúspide pela crista supraventricular de His.
Válvula Tricúspide
A válvula tricúspide tem 28-30 mm de diâmetro e apresenta um orifício com forma oval e
triangular, com orientação antero-infero-esquerda. Tem 3 folhetos e duas comissuras: folhetos
anterior, posterior e septal; comissuras lateral (entre folheto anterior e posterior) e posterior
(entre folheto posterior e septal)

Válvula Pulmonar
A válvula pulmonar tem 72mm de perímetro e 23-24 mm de diâmetro está num plano superior a
todas as válvulas. Tem orientação postero-supero-esquerda e é um orifício com forma circular.
Apresenta 3 valvas: a anterior, direita e esquerda e por la passa o nodulo de Morgagni e seios
pulmonares.
Aurícula Esquerda

Como descrito anteriormente, a aurícula direita também apresenta as seis faces/paredes:


Parede Posterior
É lisa, limitada lateralmente pelos orifícios das veias pulmonares. Posteriormente encontra-se o
término das veias pulmonares onde podemos localizar a impressão esofágica.
Parede Anterior
Corresponde ao orifício aurículo-ventricular esquerdo onde se encontra a válvula mitral ou
bicúspide (descrita mais à frente).
Parede Medial
Corresponde ao septo interventricular, onde é possível observar a membrana da fossa oval e a
válvula de Parchappe (membrana do forâmen oval).
Parede Lateral
Encontra-se o apêndice auricular esquerdo.
Parede Superior
Deprimida superiormente pelos grandes vasos.
Parede Inferior
Apresenta a saliência do seio coronário.

Ventrículo Esquerdo

Também, já como referido anteriormente, o ventrículo esquerdo apresenta uma base e 3


faces/paredes:
Base
Constituída pelo orifício auriculoventricular esquerdo que contem a válvula mitral e o orifício
da válvula aórtica (descrita mais à frente).
Parede Anterior
A parede anterior na sua porção lateral tem os músculos papilares (1ªordem) que emitem cordas
tendinosas que se vão inserir em ambos os folhetos da válvula mitral.
Parede Inferior
Na parede inferior existem os músculos papilares posteriores (1ªordem) que emitem as cordas
tendinosas que se inserem em ambos os folhetos da válvula mitral.
Parede Septal
Corresponde ao septo interventricular e é lisa.
Válvula Mitral
A válvula mitral apresenta um diâmetro de 25-27mm, tem orientação antero-infero-esquerda e
orificio circular.
Tem dois folhetos (anterior e posterior) e duas comissuras (anterior e posterior) entre os dois
folhetos.

Válvula Aórtica
A válvula aórtica tem 70 mm de perímetro e 21-22mm de diâmetro. Tem orientação antero-
supero-direito.
A válvula apresenta três valvas: direita, esquerda e posterior e apresentam o nodulo de Arantius
e os seios coronários.
Septo Interventricular

É triangular em secção, de base auricular e vértice no ápex do coração, dividindo-se em duas


porções:
-Porção membranosa, porção esta que esta subdividida em porção interventricular e porção
auriculoventricular. Continua-se com o septo interauricular e contem o feixe de His.
-Porção muscular.
As suas inserções nas paredes anterior e inferior dos ventrículos formam os sulcos
interventriculares.
Constituição Anatómica

Epicárdio
Revestimento epitelial externo do miocárdio (lâmina visceral do pericárdio fibroso).

Endocárdio
Revestimento epitelial interno do miocárdio (membrana que reveste as cavidades cardíacas).

Esqueleto Fibroso
O esqueleto fibroso tem como função separar e isolar eletricamente as aurículas dos ventrículos.
Os anéis fibrosos direito e esquerdo dão inserção às válvulas tricúspide e mitral. Os anéis
aórtico e pulmonar correspondem somente às inserções dos bordos aderentes das valvas das
válvulas aórtica e pulmonar.
Os trígonos fibrosos, direito e esquerdo, são condensações fibrosas.
O direito está entre os anéis fibrosos direitos e esquerdo correspondendo ao corpo fibroso
central. O vértice e lados formam-se entre o folheto septal da tricúspide e o folheto anterior da
mitral. A base insere-se na valva aórtica posterior.
O esquerdo está entre os anéis esquerdo e o aórtico. A cortina mitro-aórtica estabelece
continuidade entre o folheto anterior da mitral e o triangulo entre os bordos aderentes da valva
aórtica posterior e a aórtica esquerda. A cortina mitro-aórtica continua-se nas suas extremidades
com os dois trígonos fibrosos.
Miocárdio
O miocárdio é um musculo único no nosso organismo sendo classificado como estriado
cardíaco. É constituído pelos anéis fibrosos e pelo complexo estimulante e condutor nervoso do
coração.

Tecido Cardionetor
São células musculares especializadas na criação e condução de potenciais de ação.
O nodo sinusal (Keith-Flack) ou sino-auricular (SA) é elítico com 8mm, no flanco direito da
terminação da veia cava superior, entre as paredes superior e posterior da aurícula direita, na
região da origem do sulco terminalis de His. Origina fibras para as aurículas – os feixes
interauriculares e feixes inter-nodais que percorrem o miocárdio em direção ao nodo aurículo-
ventricular. O nodo aurículo-ventricular (Aschoff-Tawara) encontra-se na espessura do septo
interventricular. O feixe auriculoventricular de His percorre o septo membranoso e quando
chego ao septo muscular bifurca-se e origina dois ramos. O ramo direito percorre a parede septal
do ventrículo direito, percorre a trabécula septo-marginal ate ao musculo papilar anterior e
ramifica-se na rede de Purkinje. O ramo esquerdo atravessa o septo interventricular, alcança a
parede septal do ventrículo esquerdos bifurca-se também em dois ramos: anterior e posterior
para os músculos papilares respetivos ramificando-se na rede de Purkinje.
Linfáticos

Os linfáticos do coração dispõem se em três redes linfáticas: a rede subendocárdica, a rede


subepicárdica e uma rede (muito discutível, sinceramente não sei se o Antunes considera)
intramiocárdica.

Rede subendocárdica - externa ao endocárdio, sendo abundante a nível dos ventrículos e septo
interventricular.
Rede subepicárdica – muito abundante a nível do ápice do coração e na face esquerda do
ventrículo esquerdo.

(Ao nível das aurículas, os linfáticos são pouco expressivos)


O tronco linfático esquerdo origina-se a nível da crux cordiz constituindo o tronco linfático
circunflexo. Percorre a a porção esquerda do sulco coronário, relacionando-se com a artéria
circunflexa, até alcançar o flanco esquerdo do tronco pulmonar. A este nível recebe os troncos
linfáticos interventriculares anteriores (que se relacionam com a artéria interventricular
anterior). Depois da junção destes dois troncos forma-se o tronco linfático esquerdo situando-se
na aurícula esquerda. O gânglio linfático latero-pulmonar esquerdo termina nos gânglios
intertraqueobronquicos.
O tronco linfático direito é mais longo que o esquerdo e tem origem no sulco interventricular
posterior. Percorre o sulco coronário e alcança o gânglio linfático pre-aortico e acaba por
terminar nos gânglios mediastínicos anteriores.

Nervos

O coração é inervado por um sistema cardio-moderador, o nervo vago, representando o sistema


autónomo parassimpático e outro sistema cardio-acelerador, formado pelos nervos do sistema
autónomo simpático.
Os nervos cardíacos do nervo vago são: nervos cardíacos cervicais superiores; nervos cardíacos
cervicais inferiores; e nervos cardíacos torácicos,
Os nervos cardíacos do simpático são nervos que nascem nos gânglios do tronco simpático
cervical. Os nervos são: nervos cardíacos cervicais superiores; nervos cardíacos cervicais
médios (grandes nervos cardíacos); e os nervos cardíacos cervicais inferiores.
Os nervos cardíacos que se originam no nervo vago e no simpático convergem para os grandes
vasos do coração onde constituem o plexo cardíaco.
O plexo cardíaco pode subdividir se em dois plexos secundários: plexo cardíaco arterial
(superficial)e plexo cardíaco venoso(profundo).

Plexo cardíaco arterial é constituído por:


-nervos cardíacos cervicais inferiores do vago;
-nervos cardíacos torácicos do vago e laríngeo recorrente.
O plexo cardíaco arterial origina os plexos coronários.
Plexo cardíaco venoso é constituído por:
-nervos cardíacos cervicais superiores do vago;
-nervos cardíacos cervicais inferiores do vago;
-nervos cardíacos cervicais torácicos do vago;
-nervos cardíacos cervicais superiores, médios, inferiores e torácicos da cadeia simpática.
Os diferentes nervos cardíacos convergem para o gânglio cardíaco.
Anastomoses do Coração

As anastomoses podem ser arteriais ou venosas.

Anastomoses Arteriais
As anastomoses arteriais podem ser superficiais ou profundas (tal como as anastomoses
venosas).
As anastomoses arteriais superficiais observam-se na aurícula direita, ao nível da crux cordis, no
ápex do coração e nas faces anterior e inferior dos ventrículos. As anastomoses arteriais
profundas encontram-se no septo interauricolar, no septo interventricular (entre as artérias
septais anteriores e as septais posteriores).

Anastomoses Venosas
As anastomoses venosas superficiais observam-se entre as veias interventriculares, entre a veia
interventricular anterior e a veia cardíaca pequena assim como também com as veias marginais
esquerda e direita. Podemos também encontrar entre a veia interventricular posterior e as veias
ventriculares posteriores. As anastomoses venosas profundas encontram-se entre as veias
cardíacas mínimas, entre as veias cardíacas mínimas e veias cardíacas anteriores (na aurícula
direita) e entre as veias cardíacas mínimas e a veia interventricular anterior.
Pericárdio
O pericárdio é um saco fibro-seroso que envolve o coração e os grandes vasos que a ele chegam.
É constituído por duas porções: pericárdio fibroso e pericárdio seroso. Este último apresenta
duas laminas, uma visceral (ou epicárdio) e outra parietal.

O pericárdio fibroso tem a forma de um tronco cónico, com uma base, um vértice, duas faces e
duas margens.
A face anterior relaciona-se com a face mediastínica dos pulmões. A sua face posterior
relaciona-se com os órgãos contidos no mediastino posterior. Lateralmente relaciona-se com a
porção mediastínica da pleura, nervos frénicos e vasos pericárdico-frénicos. O vértice envolve
os grandes vasos. A base repousa sobre o centro tendinoso do diafragma.
A serosa pericárdica e constituído por uma lamina parietal e uma visceral.
A lamina parietal é muito fina e atapeta a superfície interna do pericárdio fibroso.
A lamina visceral ou epicárdio cobre a porção ventricular do coração, comportando se de modo
diferente ao nível das aurículas.
Entre a face anterior das aurículas e os seus átrios e os flancos posteriores da aorta ascendente
do tronco pulmonar, encontra-se um canal transversal, o sei transverso do pericárdio.
Entre os dois pedículos venosos encontra-se um grande recesso, que separa o esófago das
aurículas que é o seio obliquo do pericárdio.

Existem mais três recessos: ao nível do pedículo arterial, ao nível do pedículo venoso direito e
ao nível do pedículo venoso esquerdo
Meios de fixação do
pericárdio

-Ligamento vertebro-pericárdico
Inserções:
Face anterior da sétima vertebra
cervical, primeira, segunda e terceira
vertebras torácicas e depois no vértice
do pericárdio.

-Ligamentos esterno pericárdicos


(superior e inferior)
Inserções:
O ligamento superior insere-se na porção superior da face anterior do pericárdio fibroso e na
face posterior das duas primeiras cartilagens costais e manúbrio do esterno.
O ligamento inferior insere-se na porção inferior da face anterior do pericárdio fibroso e no
processo xifoide.

-Ligamento freno-pericárdicos (anterior e laterais)


Inserções:
O ligamento anterior une o diafragma á base do pericárdio.
Os ligamentos laterais: o direito insere-se na margem direita do pericárdio e no centro tendinoso
do diafragma lateralmente á veia cava inferior; o esquerdo insere-se na margem esquerda do
pericárdio e no centro tendinoso do diafragma.

Anda mungkin juga menyukai