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Quinta-feira • 21 de fevereiro de 2019 •

998•1
21 fevereiro 2019
Ano 19
quinta-feira
 0.70 iva incluído
Diretor: Luís Baptista-Martins
semanário

Escolas de Vila Franca das

Belmonte e Naves disputa
Vilar Formoso herança milionária População contesta habilitação da Misericórdia

são as de Trancoso como herdeira de testamento de

Carmen Rios Domingues, que deixa milhões para
beneficência e educação Pág.5

melhores
da região
O INTERIOR analisou o ranking nacional das escolas
de ensino básico e secundário referente a 2018. Vejas
quais são as melhores escolas do distrito da Guarda
e de Castelo Branco Págs. 6 e 7

Covilhã
Nova acusação de
peculato e prevaricação
contra Carlos Pinto
Santana Lopes admite afastar o antigo
autarca da vice-presidência do Partido
Aliança após conhecer a acusação do DIAP
por ter construído casa de família de forma
ilegal em 2007 e pago pareceres jurídicos
com dinheiro da Câmara da Covilhã ___ 4
Pinhel
Preservação ambiental
é tema da Feira das
Tradições
24ª edição do maior certame de Inverno
da região vai decorrer de 1 a 3 de março
com cerca de 200 expositores no Centro
Logístico ____________________________ 11

Celorico da Beira Manteigas

Feira do queijo
no fim-de-semana
Município continua a apostar na ante-
cipação do certame em uma semana
relativamente aos concelhos vizinhos
para captar mais visitantes __________ 9
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“Boom” hoteleiro vai
criar 554 camas
Os números falam por si e não escon-
dem o crescimento da oferta hoteleira
em Manteigas. Com pouco mais de 3.400
habitantes, o concelho tem atualmente 221
unidades de alojamento, distribuídas por
onze empreendimentos turísticos ____ 8
 2• • Quinta-feira • 21 de fevereiro de 2019
no  fio  da  navalha
Manteigas
A afirmação de Manteigas como destino
turístico de referência e centro nevrálgico
de turismo na Serra da Estrela é cada vez
mais evidente. Neste concelho no “coração
da serra” está localizado o primeiro hotel 5
estrelas desta região e os números falam por
si. Existem hoje 457 camas, que permitem
receber de uma vez só mais de 600 turistas.
Mas se estes números já são impressio-
nantes para um concelho com pouco mais
de 3 mil habitantes, no início do próximo
ano vão ser ainda mais expressivos com a
abertura de mais duas unidades hoteleiras,
que vão permitir a Manteigas ter 554 camas
destinadas aos turistas.
Sp. Covilhã
O emblema serrano tem passado as
“passas do Algarve” na IIª Liga, mas no
domingo exorcizou a má sorte e o péssimo
arranque de temporada com uma vitória
retumbante frente ao líder Paços de Ferreira.
Os espanhóis chamar-lhe-ão “remontada”
porque o Sp. Covilhã não perde há seis jo-
gos, está claramente a subir de rendimento e
a afastar-se da zona de despromoção graças
aos acertos efetuados no plantel em janeiro.
Carlos Pinto
A vida não está fácil para o antigo pre-
sidente da Câmara da Covilhã. Condenado,
em julho de 2017, a três anos de prisão,
com pena suspensa, por prevaricação,
Carlos Pinto está de novo a braços com
a justiça por causa da construção da sua
casa e por ter pago alegadamente com
dinheiro da Câmara pareceres jurídicos
para defesa pessoal. A acusação do DIAP
apanhou todos de surpresa, inclusivamente
Santana Lopes, que já equaciona demitir o
vice-presidente do Partido Aliança.
João Galamba
O secretário de Estado da Energia
veio à Guarda pedir aos habitantes para
consumirem mais eletricidade porque
só assim se justificarão os investimentos
inaugurados na passada quinta-feira,
na zona da plataforma logística. Já se
percebeu que o governante está do lado
das empresas e a borrifar-se para os
consumidores, sobretudo do interior, cuja
fatura energética triplica, no mínimo, no
Inverno. E ao contrário das empresas não
têm ajudas compensatórias. Depois desta
sugestão absurda só faltaria outro membro
do Governo recomendar a contração de
mais créditos na CGD para ajudar o banco
do Estado. Para além da defesa do consu-
mo, Galamba foi um governante “ausente”,
que deu mais importância ao telemóvel do
que à cerimónia… e até fez fotografias a
Fernando Carvalho Rodrigues enquanto
Álvaro Amaro discursava.
Cara
Entrevista
a P
cara
«Os media regionais
e locais têm
potencialmente
melhores perspetivas
de futuro do que os
nacionais»
P - “Média, Informação e Democra-
cia” é o título do seu novo livro, de que
trata?
R - Em abril publiquei um livro inti-
tulado “Teoria da Informação Jornalística”
que é, de certo modo, um manual sobre a
teoria da informação, a prática jornalística e
a crítica cidadã de uma e de outra. Proponho
agora aos leitores uma recolha de textos
que, inicialmente, quase sempre escrevi
em francês e publiquei em revistas de ca-
ráter académico de diversos países
europeus. São textos que tratam
da evolução tecnológica, econó-
mica e sociológica dos media
na Europa, sobretudo a partir
dos anos 1960-70, e das suas
repercussões no modo como é
concebido o jornalismo e, por
conseguinte, a maneira como os
leitores, ouvintes, espetadores e
internautas são informados e po-
dem assumir o papel de cidadãos
numa sociedade democrática.
P- As “fake news” e as redes
sociais são uma ameaça à demo-
cracia e à informação?
R- As notícias falsas sempre
existiram desde o aparecimento da
imprensa, no século XV. Involuntariamente
falsas, porque quem produzia o jornal não
pôde ou não teve o cuidado de verificar os
factos, ou mesmo voluntariamente falsas,
porque os responsáveis do jornal queriam
suscitar um maior interesse por parte de
potenciais leitores-compradores. O que há
de realmente novo é que assistimos há uma
quarentena de anos a uma desmonopoliza-
ção dos sectores da rádio e da televisão que
provocou uma proliferação das informações
de que passámos a dispor, o que provocou
uma concorrência assanhada entre emisso-
res e numerosas derrapagens no tratamen-
to da informação. E a isto veio acrescentar-
se uma mutação radical operada na segunda
metade dos anos 1990 com o aparecimento
da internet grande público: os que eram até
então simples recetores (leitores, ouvintes
ou espectadores) têm agora a possibilidade
de ser igualmente emissores. Os jornalistas
perderam assim o estatuto privilegiado que
tinham, toda e qualquer mensagem (com
as origens mais diversas e desprovidas dos
mais elementares requisitos jornalísticos)
passando agora a invadir computadores,
tabletes e telemóveis. É um descontrolo
tal que levou os mais diversos meios a
quererem tirar partido da possibilidade de
instrumentalizar os cidadãos com os fins
pouco confessáveis: políticos, comerciais…
P- O mundo dos media está em mu-
dança, quais são os grandes desafios?
R- São sobretudo de duas ordens. O
primeiro: garantir a afirmação e a sobre-
vivência de um pluralismo dos media de
informação (no sentido jornalístico forte),
indispensáveis ao bom funcionamento
da democracia, como contrapoderes dos
poderes económico, político, social ou cul-
tural instituídos e dominantes. O segundo:
garantir a proteção dos cidadãos na sua vida
privada, na sua honra e na sua liberdade de
movimentos, e garantir também a proteção
das instituições fundamentais das nossas
sociedades democráticas.
P- Considera que os jornais em papel
têm os dias contados?
R- Não penso! Repare: o livro não
desapareceu quando apareceram os jor-
nais periódicos, e estes não despareceram
com a rádio, nem o cinema ou a rádio com
a televisão. Os suportes tecnológicos de
cada um deles foi evoluindo, provocando
uma evolução dos aspetos formais de cada
um, assim como da maneira de conceber
os conteúdos. É verdade que evitando o
papel, a impressão e a distribuição, opera-
ções bastante custosas, as versões digitais
ou em linha apresentam por outro lado
a vantagem do imediatismo possível da
transmissão à escala mundial. Mas repare,
e r f i l
J. M. Nobre Correia
Autor do livro “Média, Informação e De-
mocracia”
Idade: 72 anos
Profissão: Professor universitário emérito
Currículo: Viveu mais de 45 anos em Bruxelas
onde foi estudante, investigador, assistente e
professor; Professor nas universidades de
Bruxelas, Paris II e Coimbra; Colaborador re-
gular de revistas e jornais portugueses, belgas,
franceses, italianos e espanhóis.
Naturalidade: Fundão
Livro preferido: “Don Quijote de la Mancha”,
de Miguel de Cervantes, e “El Amor en los
tempos del cólera”, de Gabriel García Márquez,
entre outros
Filme preferido: “Il Gattopardo” (O Leopardo),
de Luchino Visconti.
Hobbies: Leitura, música e cinema
para dar um exemplo colateral: os leitores
continuam largamente a preferir as edições
em papel dos livros e não as edições digitais.
De qualquer modo, o que é importante é a
sobrevivência dos jornais de jornalistas e
pouco importa, no fim de contas, o suporte
em que são realizados e o modo como che-
gam aos leitores.
P- Que futuro antevê para os media
regionais, num mundo de novos
paradigmas comunicacionais?
R- De certa maneira, os media
regionais e locais têm potencial-
mente melhores perspetivas
de futuro do que os nacionais,
estando estes cada vez mais
confrontados à concorrência
de media de países vizi-
nhos ou que fazem parte
da mesma área cultural.
Os media regionais
e locais falam do
“nosso cantinho”:
de pessoas, sítios
e situações que
cruzamos no dia a
dia e conhecemos
bem.
P- Sempre se dedicou ao estudo da
comunicação, porquê?
R- Olhe, porque tenho recordações
precisas de jornais que, nos tempos de
escola primária, ia buscar à “loja do se-
nhor Joaquim Inácio”. Porque aos 10 anos
fazia jornais em casa. Porque durante a
minha adolescência seduzia-me ouvir
rádios estrangeiras em onda curta (Radio
Intercontinental, Radio Andorra, Radio
Monte-Carlo,…). Porque aos 15 anos pas-
sei a escrever no mensário “Mensagem” e
aos 17 nos semanários “Jornal do Fundão”,
“Beira Baixa”, “Gazeta do Sul”, “Gazeta de
Coimbra”) e no bissemanário “Notícias da
Covilhã”. Porque fui para Bruxelas aos 20 anos
estudar jornalismo (estudos que não existiam
em Portugal). Porque, dos 29 alunos no último
ano de licenciatura na Université Libre de
Bruxelles, fui um dos três que acabaram com
“grande distinção” (e o único estrangeiro a
obter tal classificação). Porque vim a ser in-
vestigador, assistente e professor nesta área
durante 41 anos na mesma universidade, con-
tinuando a escrever regularmente em jornais
e revistas belgas e portuguesas. Porque gosto
de procurar fazer compreender aos outros
aquilo que eu próprio penso ter conseguido
compreender sobre a sociedade e o mundo
em que vivemos. Se quiser, chame a isso um
enamoramento!…

opinião
Fidélia Pissarra
O sol há muito que deixou de conseguir romper
por entre a maioria das frinchas nas portadas, estores,
persianas que, por uma razão ou outra, teimam em
fechar as janelas das salas de aula. Numas dizem que
a luz direta reflete no quadro e os alunos não conse-
guem ler o que nem sempre lá está escrito, noutras,
por ficarem ao nível do chão, são os olhares de quem
possa andar ali pelo pátio que incomodam ou distraem
os de dentro. Motivos para, pelo menos neste canto do
país, a regra nas escolas ser luz acesa, todo o dia, do
outono à primavera, não faltam.
O que me falta é capacidade para entender porque
é que muitas destas escolas ostentam, orgulhosamente,
uma bandeira branca com desenhos verdes e azuis, à
laia das cores da natureza, a enquadrar a denominação
de eco escola. Galardão, supostamente, atribuído a
escolas que, com certeza, se regem por princípios
amigos do ambiente. Imagina-se então, ainda que por
muito boa vontade, que nessas escolas a luz elétrica
só estará ligada o dia inteiro por incapacidade de
armazenamento da energia produzida pelos painéis
solares hasteados ao lado dos outros pendões, mais ou
menos, tão herméticos como o da eco escola. Painéis
que, talvez por via dos caprichos ventosos, nem sempre
serão visíveis à primeira. Entre uma divagação e outra,
imagino que, por causa dos manuais gratuitos, nestas
escolas a fotocopiadora deva estar a mostrar-se um
pouquito ferrugenta. Já, se a fotocopiadora não estiver
em más condições, por falta de uso, assumo que nessas
escolas ecológicas gostam de poupar as costas dos
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Lixo com valor
acrescentado
alunos e preferem não os deixar carregar, diariamente,
com todos aqueles quilos de papel.
Contudo, será por épocas carnavalescas que a sen-
sibilidade ecologista destas escolas merecedoras de tal
galardão mais se evidencia. Faça sol ou chuva, a maioria
da garotada mais a pender para ultrajada que para tra-
jada, malgrado a azáfama das últimas semanas, há de
desfilar pelas ruas das nossa cidades, vilas e aldeias.
Pois, independentemente do mote, há que justificar
todos os baldes de tinta, cola, rolos de fitas, cartões
e cartolinas, gastos na reciclagem das embalagens de
detergente, revistas e jornais velhos trazidos de casa.
Acima de tudo, há que incutir nas gerações mais novas
que a reciclagem é indispensável à sustentabilidade do
planeta e que se pudermos aproveitar algo que já é lixo,
aplicando-lhe umas demãos de tinta, uns toques de cola
e uns retoques de mais um bocadinho de plástico, car-
tão ou, melhor ainda, uns glitter já não serão bem lixo.
Pelo menos não serão lixo barato. Depois da grande
trabalheira a cortar, pintar, colar, decorar e retocar o
lixo, de qualquer cor e origem, fica muito mais valioso.
Note-se que não deixou de ser lixo! Nem era para deixar.
Apenas se lhe acrescentou valor, em dose suficiente,
para nos aliviar a própria consciência ambiental. Essa
e o bolso que isto de reciclar não é coisa barata.
No fim de todos os desfiles, de carnaval e de re-
ciclagem, hão de imprimir-se os registos de todos os
exemplos. As melhores fotos ajudarão, com certeza,
a conservar, ou mesmo conquistar, a bandeira que
distingue as “eco escolas”. Seja lá isso o que for!
Quinta-feira • 21 de fevereiro de 2019 • •3
editorial Luís Baptista-Martins
baptista-martins@ointerior.pt
Da obliteração à
acentuação de
desigualdades
1
Como noticiámos em 20 de dezembro, o Governo deverá
confirmar a cedência da Pousada da Juventude ao Poli-
técnico da Guarda. Apesar da surpreendente oposição
do executivo municipal, o IPG terá apresentado argumentos
e um bom plano para convencer a tutela de esta é a melhor
opção para a revitalização do edifico.
Recorde-se que a Pousada foi encerrada pelo governo
de Passos Coelho em 2012 (numa decisão governamental
em que foram encerradas, com a da Guarda, as Pousadas
de Juventude de Vila Real, Setúbal, Leiria e Portalegre). Sete
anos depois, com o edifício fechado e em deterioração, sem
solução à vista e perante o silêncio de todos, o Politécnico
reclamou-o para ali instalar nomeadamente alguns dos es-
tudantes estrangeiros (perto de 500) que frequentam aquele
estabelecimento de ensino superior e que têm enfrentado
grandes dificuldades para encontrar alojamento na cidade.
Mas a cedência inclui também o compromisso por parte do
IPG de manter alguns quartos destinados ao turismo juvenil.
Ou seja, em resposta àqueles que consideram necessária
a manutenção de uma Pousada de Juventude (a mesma
que encerrou e tinha uma “baixíssima” taxa de ocupação e
cuja inexistência durante sete anos não foi notada, nestes
“tempos” do hostel e do airbnb) vai haver capacidade de
receber turistas nesse regime no complexo a ceder ao IPG.
Aguarda-se, pois, a confirmação de uma cedência que faz
sentido (entretanto, há alunos hospedados em sítios menos
condignos, como a antiga cooperativa agrícola na Avenida
Alexandre Herculano). Sete anos depois o edifício poderá
ser requalificado, resolvendo-se um problema de carência
habitacional para os estudantes, na zona onde já funcionam
os serviços sociais do Politécnico, e onde deverá haver um
espaço sempre aberto para os alunos se alojarem, estudarem
e interagirem.
2
Este é mesmo um ano de eleições. Se dúvidas houvesse
bastaria analisar a forma como o aumento do salário
mínimo para a função pública foi promovido, criando
uma dualidade e diferença entre o salário mínimo nacional
e o salário mínimo da função pública – o Estado pode fazer
as simpatias que quer aos seus trabalhadores, pois basta
aumentar mais alguma taxa ou imposto para gerar receita
suficiente para albergar esses aumentos; o mesmo não po-
derão fazer as empresas que estão cada vez mais exauridas
com impostos e, na generalidade, dificilmente poderão pagar
mais aos seus trabalhadores pois têm de suportar uma carga
fiscal elevada para os governos poderem garantir simpatias
aos seus eleitores.
Não bastava sermos um país dividido social e economi-
camente entre interior e litoral, de diferentes “velocidades”
de desenvolvimento e sem coesão territorial, de direitos
diferenciados na saúde ou na educação, com dois milhões
de pobres, agora temos também uma segregação nos salá-
rios mínimos para quem trabalha no Estado ou no privado.
4• • Quinta-feira • 21 de fevereiro de 2019

Santana Lopes quer ouvir

Carlos Pinto sobre acusação
de peculato e prevaricação
Vice-presidente do Partido Aliança foi acusado pelo DIAP por ter construído casa de família de forma ilegal
em 2007 e pago pareceres jurídicos com dinheiro da autarquia
Luis Martins
Carlos Pinto, antigo presi-
dente da Camara da Covilhã e
um dos vice-presidentes do novo
Partido Aliança, fundado por Pe-
dro Santana Lopes, foi acusado de
crimes de peculato, prevaricação
e participação económica por
ter, alegadamente, construído a
casa de família de forma ilegal
em 2007.
De acordo com a SIC, a mora-
dia, situada junto ao Data Center
da Covilhã, não cumpre as regras
do Plano Diretor Municipal (PDM)
por estar fora da área urbana e foi
erigida numa parcela de terreno
inferior aos cinco mil metros
quadrados requeridos por lei.
Como a área em causa era de uso
predominantemente agrícola,
o ex-autarca terá também pago
pareceres jurídicos com dinhei-
ro da autarquia para obter uma
avaliação externa que validasse
a construção. Segundo a estação
de televisão, Carlos Pinto terá
gasto «cerca de 50 mil euros da
autarquia» em benefício próprio
e terá alegadamente utilizado o
anterior proprietário do terreno,
já falecido, «como testa-de-ferro
para proceder ao licenciamento
da construção», diz a SIC, citando
o despacho de acusação proferido
Líder do Partido Aliança admite afastar Carlos Pinto por causa deste caso
pelo Departamento de Investi-
gação Penal (DIAP) de Coimbra.
Também Jorge Galhardo, diretor
do Departamento de Urbanismo
da Câmara da Covilhã, ainda em
funções, foi acusado.
Carlos Pinto presidiu ao mu-
nicípio entre 1989 e 1993 e
posteriormente de 1997 a 2013,
tendo sido ainda deputado do
PSD na Assembleia da Repú-
blica entre 1985 e 1997. Nas
últimas autárquicas concorreu
como independente à autarquia
covilhanense, onde é vereador.
O visado reagiu na sua página
do Facebook, dizendo que, «em
Portugal, basta uma denúncia
anónima para um cidadão e os
que lhe são próximos, ficarem
sujeitos à devassa inquisitória
durante anos, mais própria de um
Estado policial que de um Estado
de direito democrático. Chega-se
DR
ao ponto de verter num despacho,
isto mesmo, que se devassou, mas
nada se encontrou». Carlos Pinto
alega ainda que há discrepância
de datas, constatando que o Mi-
nistério Público decidiu «acusar-
me de irregular licenciamento da
única casa que possuo, mandei
construir e habito desde 2010,
por supostas irregularidades no
licenciamento em 2007, isto é,
há 12 anos».
O antigo autarca do PSD
acrescenta que, na altura, pediu à
Procuradoria-Geral da República
para «promover uma análise ao
processo de licenciamento na
Câmara, feito antes de eu ter ad-
quirido o respetivo terreno, tendo
o Tribunal Administrativo e Fiscal
de Castelo Branco julgado o pro-
cedimento absolutamente correto
e legal e sentenciando a não exis-
tência de qualquer irregularida-
de. Trata-se, portanto, de caso
transitado em julgado, só passível
de constar desta acusação por
abuso do seu autor». Confrontado
com a polémica, Pedro Santana
Lopes, presidente da Aliança,
admitiu a possibilidade de afastar
o vice-presidente do partido, mas
acrescentou que primeiro tem
que ouvir Carlos Pinto sobre o as-
sunto. «Quem seja objeto de acu-
sações dos órgãos competentes
em matérias ligadas ao exercício
de funções, e que tenha que ver
com responsabilização em maté-
ria também financeira, não deve
exercer funções políticas. Para
a Aliança esta é uma questão de
princípio, de facto, sagrada», disse
Santana Lopes na segunda-feira.
O líder do novo partido também
desconhecia que Carlos Pinto foi
condenado, em julho de 2017, a
três anos com pena suspensa por
prevaricação.

CIMBSE Serra da Estrela

Solar dos Sabores continua PS de Seia diz que é «inaceitável» não inclusão dos IC12
por abrir DR

Inaugurado em julho passado, o projeto da e 37 no PNI 2030

nove sede da sede da Comunidade Intermunicipal
das Beiras e Serra da Estrela (CIMBSE), localizada
nos antigos Paços do Concelho da Guarda, na Praça
Velha, incluía uma zona de exposição e venda de
produtos regionais “gourmet” dos 15 concelhos
que compõem a CIM. No entanto, quase um ano
depois, o espaço cujo nome, “Solar dos Sabores”, já
foi anunciado há muito continua por abrir.
A O INTERIOR o presidente da CIM, Carlos
Filipe Camelo, explicou que «estamos a tentar
encontrar um parceiro para a dinamização do
espaço». O também presidente da Câmara de Seia
adiantou que esta é uma questão que «tem estado
a ser conversada entre todos os municípios da CIM
de forma a encontrarmos uma solução», sendo que
a mesma pode passar pelo Turismo do Centro,
pela Associação de Artesãos da Serra da Estrela,
ou mesmo pela Câmara da Guarda. «De fora» está
a hipótese de entregar a exploração do “Solar dos
Sabores” a um privado, garantiu Carlos Camelo.
A concelhia do PS de Seia diz que é um «esquecimento
inaceitável» os itinerários complementares (IC) da Serra
da Estrela 37 (Seia-Nelas-Viseu) e 12 (Canas de Senhorim-
Mangualde) não terem sido incluídos no Programa Nacional
de Investimentos (PNI) 2030.
A secção socialista local, liderada pelo também autarca
Carlos Filipe Camelo, lamenta a situação e considera que a «au-
sência de uma referência mais ampla aos itinerários da Serra da
Estrela, vitais para a afirmação de toda uma região, não pode
ser justificada com o acesso à zona industrial de Oliveira do
Hospital, ignorando-se os demais agentes do tecido económico Em comunicado, o PS senense sublinha que estas estradas
de toda uma vasta região». Os socialistas acrescentam que a são «decisivas para melhorar a atratividade, captar mais inves-
inclusão do IC6 até ao nó de Folhadosa, já concelho de Seia, é timento e aumentar a competitividade do tecido económico de
um «sinal importante», mas que «perde a eficácia se não for uma região desprovida de ligações aos principais eixos rodoviários
acompanhado dos restantes investimentos rodoviários há do país». E acrescenta: «O Governo, que tem feito um discurso a
muito previstos na Rede Rodoviária da Serra da Estrela (IC6, favor do interior, não pode, sob pena de se descredibilizar comple-
7 e 37), cujos projetos estão concluídos, os traçados definidos, tamente, ignorar, mais uma vez, a região da Serra da Estrela, onde
milhões de euros gastos em estudos e a existência de um amplo os níveis de desertificação são alarmantes». Por isso, os socialistas
consenso entre os autarcas sobre a sua priorização (gradual de Seia apelam ao primeiro-ministro para «que ponha termo a
e faseada)». este lamentável esquecimento».

Vila Franca das Naves disputa
herança milionária
População contesta habilitação da Misericórdia de Trancoso como herdeira de testamento de Carmen Rios
Domingues, que deixa milhões para beneficência e educação
Luis Baptista-Martins
Foi com estupefação que a
notícia foi recebida em Vila Franca
das Naves. Carmen Augusta Rios
Domingues natural da vila e há
muitos anos radicada em Lisboa,
falecida a 17 de maio de 2016, sol-
teira e sem familiares conhecidos,
deixou em testamento milhões
em «bens, direitos ou ações». A
herança foi registada pela Santa
Casa da Misericórdia de Trancoso
(SCMT) mas a população de Vila
Franca das Naves contesta o registo
e considera-se como o verdadeiro
e legítimo herdeiro dos milhões da
herdeira do comerciante galego
Germano Vicente Domingues e de
Delmina Rios Domingues.
Se o quinhão destinado a al-
guns «afilhados de batismo» e
«amigos» aparece devidamente
identificado pela testadora (de
dinheiro para uns, à coleção de
joias para uma “velha” amiga), o
grosso da herança é legado à po-
pulação através de uma comissão
assistencial extinta ou, «na sua falta,
à entidade congénere existente
naquele concelho e que tenha a seu
cargo a organização de assistência,
com a obrigação de destinar toda
a sua herança a uma instituição de
assistência particular, com sede em
Vila Franca das Naves, do mesmo
concelho, que terá a denominação
de “Instituição de Assistência Rios
Domingues”», lê-se no testamento
lavrado em Coimbra, a 16 de abri
de 1965, e a que O INTERIOR teve
acesso. Entretanto, e porque a Co-
missão Municipal de Assistência
de Trancoso foi extinta em 1975
e os seus ativos foram destinados
à Misericórdia, esta habilitou-se
como herdeira do património le-
gado em 2018.
A polémica está ao rubro e os
vilafranquenses reuniram-se em
assembleia popular no passado
domingo, no Centro Cultural Miguel
Madeira. Algumas centenas de pes-
soas sufragaram a posição do Cen-
tro Social de Vila Franca das Naves
e aplaudiram a tomada de posição
que irá passar, no imediato, por in-
terpor uma ação judicial. Segundo
José Joaquim Martins, filho da terra
e juiz de profissão – que ali estava
em nome pessoal –, desta forma se
«impedirá o registo da venda de
bens». Para o magistrado, «é triste
que esta senhora tenha deixado um
testamento e que até agora nada foi
cumprido». José Joaquim Martins
lamenta mesmo que a vontade da
testadora «e os seus desejos devi-
Quinta-feira • 21 de fevereiro de 2019 • •5
LBM
terem sido feitas algumas dili-
gências «sem sucesso» junto da
instituição e que houve mesmo
uma reunião com o Bispo da
Guarda (ao qual reporta a Mise-
ricórdia) que, segundo o padre
Carlos Helena, «respondeu com
uma perspetiva divergente» da
apresentada pelo Centro Social.
Ou seja, segundo os testemunhos
de quem reuniu com D. Manuel
Felício, o Bispo concorda que a
Misericórdia é a legítima her-
deira do legado de Carmen Rio
Domingues. Outro dos populares
presente na assembleia realiza-
da em Vila Franca das Naves no
damente manifestados não sejam Apesar do desconhecimento e apartamentos «nas freguesias domingo, que pediu para não ser
partilhados com a população». objetivo do valor da herança, os de Buarcos e São Julião», na Fi- identificado, estima que estejam
Refere-se nomeadamente à expres- intervenientes na assembleia fa- gueira da Foz, ou uma dúzia de em causa «cerca de 60 milhões
são testamentária segundo a qual a laram sempre em «dezenas de mi- apartamentos no Alto da Ajuda, de euros, que a Misericórdia pode
família Rios Domingues pretende lhões de euros». Mário Gonçalves, em Lisboa, uma casa em Cascais receber como um verdadeiro Eu-
prestar «uma justa homenagem ao engenheiro civil, «vilafranquense e outros bens. Desolado, Mário romilhões para pagar as dívidas,
bom povo de Vila Franca das Naves dos quatro-costados» e antigo Gonçalves conclui que «demos mas a herança é do povo», avisa,
e povos vizinhos». responsável pelas infraestruturas a face para dialogar, mas infeliz- não sem antes recordar que a
A herança deverá estender escolares da região Centro, afirmou mente a Santa Casa não nos deu Santa Casa se encontra em difi-
«obrigatoriamente a sua ação às de forma categórica que «estamos ouvidos. Reunimos com o senhor culdades financeiras. O INTERIOR
povoações de Vila Franca das Na- a falar de dezenas de milhões». Provedor e com o senhor Bispo, na contactou o Provedor da institui-
ves, Cerejo, Moimentinha, Póvoa Para este técnico, «só a quinta em Guarda, mas a nossa posição não foi ção, mas o padre Joaquim Duarte,
do Concelho e Vilares», as locali- Viseu avalio-a em 13,5 milhões de aceite nem a vontade da testadora». depois de referir que «não quero
dades de onde eram originárias as euros», explicando que «é uma Segundo um popular, a Mise- entrar em polémicas», disse que
pessoas que trabalharam para os propriedade com 15 hectares ricórdia de Trancoso «apoderou- só responderá por escrito. Até ao
pais da benemérita, e «interessar- urbanos, em zona de crescimento se» do testamento sem prestar fecho desta edição não obtivemos,
se, sobretudo, pela assistência à da cidade». Mas há mais imóveis qualquer esclarecimento. E, por todavia, resposta às perguntas
velhice e à infância», lê-se ainda. nesta herança: prédios urbanos sua vez, o pároco da vila referiu entretanto enviadas por email.
«A maior herança jamais vista»
Tudo começou a 14 de junho intrigado com o Concelho, Vila Franca das Naves e Vilares.
de 2018, quando a Santa Casa da anúncio publica- Entretanto, a Misericórdia de Trancoso fez
Misericórdia de Trancoso mandou do neste jornal. a habilitação de herdeiros no Cartório Notarial
publicar um anúncio «sobre atri- Sempre soubera da Covilhã e registou os bens no Cartório No-
buição de legado» n’O INTERIOR da admiração tarial de Celorico da Beira.
(edição nº 964). Nesse anúncio de Carmen Rios
era divulgado que Carmen Rios Domingues pela Um galego a fugir à Guerra
Domingues, natural de Vila Franca obra, os sonhos e Civil espanhola
das Naves e residente em Lisboa, projetos do padre
falecera a 17 de maio de 2016 Indaleto Neves (que Natural de Lugo, na Galiza (Espanha), Ger-
tendo deixado um «legado em foi durante muitos mano Domingues era um exímio negociante de
dinheiro e em conjunto aos seus anos pároco de Vila têxteis. Chegou a Vila Franca das Naves nos anos
afilhados e afilhadas de baptis- Franca das Naves e 30 do século passado fugindo à Guerra Civil
mo». Desta forma, e no cumpri- promotor do desen- espanhola. Estabeleceu-se próximo da estação
mento da obrigatoriedade legal volvimento social, ferroviária e, a partir daqui, com a sua mulher,
de publicitação do testamento, cultural e assistencia- Delmina Rios, iniciou um percurso de sucesso
eram informados todos os que «tenham direito lista da vila) e achou comercial. A facilidade de comunicação que o
a participar naquele legado». Publicado o édito, a estranho não haver nenhuma referência à caminho-de-ferro permitia contribuiu decisiva-
Misericórdia iniciou o processo de habilitação de paróquia. Comentou o assunto com os filhos mente para o crescimento da firma “J. Germano
herdeiros e afirmou-se como legítima herdeira Maria João e José Joaquim Martins, ela advogada Vicente Domingues”, dedicada ao comércio por
da benemérita – a testadora, de forma expressa, e ele juiz. Depois, levaram o assunto ao atual pá- grosso e a retalho de tecidos.
deixava o grosso da herança à Comissão Municipal roco de Vila Franca das Naves, Carlos Helena. E O casal galego teve uma única filha, Car-
de Assistência ou a «entidade congénere», com «a iniciaram a procura do testamento, pois, muito men, que viria a ser assistente social, primeiro
obrigação de destinar toda a sua herança» a uma para além daquilo que a Misericórdia anunciara na Figueira da Foz e depois em Lisboa, onde
«instituição de assistência particular» a criar com no édito, havia que identificar o legado da bene- viria a falecer a 17 de maio de 2016 sem deixar
o nome da família Rios Domingues. mérita à população, e em especial «aos amigos e descentes. Deixou em testamento um legado de
Agostinho Martins, assinante e leitor colaboradores da casa que ajudaram a erguer» – milhões, uma herança que, como salientou o
atento de O INTERIOR, antigo comerciante de os trabalhadores da empresa que eram naturais padre Carlos Helena, pretende «construir uma
tecidos e cuja loja era, precisamente, próxima das freguesias incluídas no testamento como obra bela» na comunidade de Vila Franca das
da firma “J. Germano Vicente Domingues”, ficou beneficiárias: Cerejo, Moimentinha, Póvoa do Naves «e redondezas».
6• • Quinta-feira • 21 de fevereiro de 2019

Secundária de Belmo
S
Sociedade
absoluta da região
Analisámos o ranking nacional das escolas de ensino básico e secundário referente a
2018. Vejas quais são as melhores escolas do distrito da Guarda e Castelo Branco
DR
Ana Eugénia Inácio

Fotografia
Miguel Silva A Secundária Pedro Álvares
Cabral é o estabelecimento de en-
expõe retratos de sino do distrito de Castelo Branco,
mulheres no TMG e também da Beira Interior, que
O fotojornalista Miguel obteve melhor média absoluta no
Silva inaugura no sábado (18 ensino secundário. A secundária
horas) duas exposições dedi- de Belmonte ocupa o 56.º lugar a
cadas às mulheres na galeria nível nacional, com uma média de
de arte do TMG. 12,16 valores nos exames nacio-
“Guarda Mulher” e “Mul- nais, de um total de 38 realizados.
heres com Alma”, que reúne Uma escalda brutal no ranking
imagens de mulheres de Pin- nacional, depois de em 2017 se
hel, mostram que o território ter ficado pela 423ª posição.
da Guarda, seja ele concelho Em segundo lugar do dis-
ou distrito, é detentor de trito de Castelo Branco está a
um vastíssimo património, Secundária do Fundão, que é tam- Escola Secundária Quinta das Palmeiras e Escola Secundária da Sé ocupam o primeiro lugar entre as escolas com mais
de 100 exames realizados.
natural, arquitetónico e cul- bém a melhor escola se olharmos
tural, onde o contacto com a apenas para os estabelecimentos de 100 provas. A secundária média de 12,06 valores, que lhe geral, uma melhoria de 56 lugares
comunidade e suas tradições de ensino que realizaram mais fundanense teve em 2018 uma vale a 60ª posição na classificação comparativamente a 2017. O ter-
é fator de atração. As duas
mostras chegam ao TMG no
âmbito do quadro de coo- Ranking das Escolas Secundárias do distrito da Guarda
peração intermunicipal, de- Pos. +100 Pos. N.º Indicador
finida recentemente no seio # Escola Média Concelho
Provas Geral Provas de Sucesso
da candidatura da Guarda a 1 Escola Básica e Secundária de Vilar Formoso -- 144 11,24 22 Almeida --
Capital Europeia da Cultura 2 Escola Secundária da Sé, Guarda 127 151 11,2 499 Guarda -3,91
de 2027, e apresentam 70 3 Escola Básica e Secundária de Aguiar da Beira 130 154 11,18 102 Aguiar da Beira 4,13
mulheres (23 de Pinhel e 43 4 Escola Secundária de Pinhel 199 228 10,79 161 Pinhel --
da Guarda, uma por fregue- 5 Escola Secundária Afonso de Albuquerque 213 243 10,73 596 Guarda 2,31
sia) anónimas, mães, avós, 6 Escola Básica e Secundária Sacadura Cabral, Celorico da Beira 259 292 10,55 121 Celorico da Beira 0,49
«rostos de vidas simples e 7 Escola Básica e Secundária de Fornos de Algodres -- 309 10,49 97 Fornos de Algodres -10,47
que carregam experiências 8 Escola Secundária de Seia 281 317 10,46 337 Seia -7,34
de vida nem sempre fáceis.
9 Escola Secundária de Gouveia 288 324 10,45 253 Gouveia 0,78
Mulheres do campo, com
10 Escola Secundária de Sabugal 375 430 10 172 Sabugal -11,8
mãos cheias de estórias e de
11 Escola Secundária Gonçalo Anes Bandarra, Trancoso 378 435 9,97 180 Trancoso 4,13
sorrisos largos, que guardam
12 Escola Básica e Secundária de Mêda -- 439 9,96 72 Meda -2,1
na memória saberes de um
13 Escola Básica e Secundária Tenente Coronel Adão Carrapatoso 393 451 9,88 113 Vila Nova de Foz Côa -3,37
valioso património cultural»,
adianta a autarquia. As expo- 14 Escola Básica e Secundária Dr. José Casimiro Matias -- 460 9,8 86 Almeida -4,51
sições ficam patentes até 27 15 Escola Básica e Secundária de Manteigas -- 483 9,69 39 Manteigas --
de abril e têm entrada livre. 16 Escola Secundária de Figueira de Castelo Rodrigo -- 487 9,67 72 F. de Castelo Rodrigo 1,78
Fonte: Expresso

Seia Ranking das Escolas Básicas (9º ano) do distrito da Guarda

Proteção Civil com Pos. +50 Pos. N.º Indicador de
# Escola Média Concelho
linha de apoio Provas Geral Provas Sucesso
1 Escola Básica e Secundária de Vilar Formoso, Almeida -- 124 68,48 48 Almeida 7,16
para esclarecer 2 Escola Básica e Secundária da Sé, Guarda 141 180 65,04 136 Guarda 5,93
munícipes 3 Escola Secundária Afonso de Albuquerque, Guarda 164 207 63,97 354 Guarda 2,34
Os munícipes de Seia já 4 Escola Básica e Secundária de Manteigas -- 227 63,18 38 Manteigas -0,98
podem ligar para uma linha 5 Escola Básica e Secundária de Fornos de Algodres 204 257 62,17 64 Fornos de Algodres 17,97
telefónica de apoio à Prote- 6 Escola Regional Dr. José Dinis da Fonseca, Arrifana 207 260 61,95 88 Guarda 2,64
ção Civil, com o número 238 7 Escola Básica Dr. Guilherme Correia de Carvallho, Seia 230 286 61,21 162 Seia 12,08
313 035, para comunicar a 8 Escola Secundária de Gouveia 246 305 60,74 120 Gouveia -0,43
intenção de realizar queimas 9 Escola Básica de Vila Nova de Tazém, Gouveia -- 339 59,78 23 Gouveia --
ou sinalizar ninhos de ves- 10 Escola B. e Sec. Tenente Coronel Adão Carrapatoso, V.N.F.C. 355 423 58,22 86 Vila Nova de Foz Côa 0,91
pas velutinas, entre outras 11 Escola Básica Carolina Beatriz Ângelo, Guarda 373 443 57,85 86 Guarda 7,67
situações. «Esta linha visa, 12 Escola Secundária Gonçalo Anes Bandarra, Trancoso 426 499 56,82 146 Trancoso --
sobretudo, libertar a linha 13 Escola Básica de Tourais, Paranhos, Seia -- 505 56,77 30 Seia -4,25
da Proteção Civil existente, 14 Escola Básica e Secundária Sacadura Cabral, Celorico da Beira 530 615 55 120 Celorico da Beira -10,16
reservando-a unicamente 15 Escola Secundária de Sabugal 586 677 53,94 94 Sabugal 2,51
para situações de emergên- 16 Escola Secundária de Pinhel 690 793 52,15 110 Pinhel -3,15
cia», justifica a autarquia. 17 Escola Básica de São Miguel, Guarda 733 840 51,27 94 Guarda 4,13
Fonte: Expresso
 Quinta-feira • 21 de fevereiro de 2019 • •7

onte com melhor média

Escola de Vilar Formoso destaca-se no distrito da Guarda
No distrito da Guarda é
a Escola Básica e Secundária
de Vilar Formoso que mais se
destaca no ranking absoluto
das secundárias. Com uma
média de 11,24 valores no
total de 22 exames realizados,
a escola que pertence ao con-
celho de Almeida ocupa a 144ª
posição, apresentando uma
melhoria significativa em rela-
ção a 2017, quando ocupava
a 454ª posição. Já a Escola
Secundária da Sé (Guarda)
subiu 107 lugares em relação
a 2017 e em 2018 aparece na
151ª posição da geral, com
uma média 11,2 valores. Uma
classificação que lhe vale o
segundo lugar a nível distrital
e também o da secundária do
distrito da Guarda com melhor
classificação entre as escolas
com mais de 100 exames
realizados. O terceiro lugar
do pódio distrital pertence à
Escola Básica e Secundária de
Aguiar da Beira, que com uma
média de 11,18 valores nos
exames, ocupa a 130ª posição
da geral, piorando 34 posições
em relação ao ano anterior.
Entre as piores do distrito foi a
Escola Secundária de Figueira
de Castelo Rodrigo, que com
uma média de 9,67 valores
ocupa o 487º lugar, entre 634,
piorando 176 lugares em rela-
ção a 2017.
No ensino básico o primei-
ro lugar do pódio vai para a
Escola Básica e Secundária
da Sé, que tem uma média de
65,04 pontos (de 0 a 100) nos
exames nacionais de 9º ano
e ocupa a 180ª posição da
geral. Logo atrás está outra
escola do concelho guardense,
a Escola Secundária Afonso
de Albuquerque, que com
uma média de 63.97 pontos,
aparece em 164º lugar. No
terceiro lugar do distrito está
a Escola Básica e Secundária
de Fornos de Algodres, que
ocupa a 204ª posição da geral,
com uma média de 62,17 pon-
tos. Em qualquer uma destas
três escolas foram realizados
mais de 50, no entanto se
olharmos também para as
escolas com mais de 50 provas
realizadas, a liderança fica
de novo entregue à Escola
Básica e Secundária de Vilar
Formoso, que obteve uma
média de 68,48 pontos e está
na posição 124.
Com resultados menos
satisfatórios está a Escola
Básica e Secundária de Mêda,
que com uma média de 43,76
pontos nos exames de 9º ano
ocupa o lugar 973 da geral, de
um total de 1217 escolas.
Destaque ainda para a
Escola Secundária de Sabugal,
que ocupa o 10º lugar da clas-
sificação geral dos estabeleci-
mentos com cursos de Ensino
Profissional.
A nível nacional e continu-
ado a olhar para o ranking ab-
soluto, a Academia de Música
de Santa Cecília (Lisboa) é a
escola secundária com mel-
hores resultados, com uma
média de 15,87 valores. Os
primeiros 36 lugares são ocu-
pados por privadas e apenas
na posição 37 aprece uma
pública, a Escola Básica e
Secundária Clara de Resende
(Porto), com uma média de
12,77 valores. Já no ensino
básico (9º ano) o pódio é
novamente da Academia de
Música de Santa Cecília, com
uma média de 87,33 pontos.
A primeira escola pública do
ranking é a Escola Artística
do Conservatório de Música
Calouste Gulbenkian (Braga)
com uma média de 79,83
pontos.

ceiro lugar é da Escola Secundária

Quinta das Palmeiras que está na
posição 78 da classificação geral.
Ranking das Escolas Secundárias do distrito de Castelo Branco
A escola covilhanense teve uma Pos. +100 Pos. N.º Indicador de
# Escola Média Concelho
média de 11,82 valores e subiu 8 Provas Geral Provas Sucesso
lugares em relação a 2017. 1 Escola Básica e Secundária Pedro Álvares Cabral, Belmonte -- 56 12,16 38 Belmonte 3,63
Por outro lado, no fim da 2 Escola Secundária do Fundão 48 60 12,06 405 Fundão 4,1
tabela das escolas secundárias do 3 Escola Secundária Quinta das Palmeiras 63 78 11,82 393 Covilhã 0,36
distrito de Castelo Branco está a 4 Escola Secundária Nuno Álvares, Castelo Branco 89 107 11,5 615 Castelo Branco 3,78
Escola Básica e Secundária José 5 Escola Secundária Amato Lusitano, Castelo Branco 164 189 10,99 356 Castelo Branco -1,74
Silvestre Ribeiro, em Idanha-a- 6 Escola Secundária de Sertã 214 244 10,73 254 Sertã -4,46
Nova está no lugar 601 de um 7 Escola Básica e Secundária Pedro da Fonseca, Proença-a-Nova 317 358 10,3 129 Proença-a-Nova 2,21
total de 634, com uma média 8 Escola Básica do Centro de Portugal -- 370 10,23 48 Vila de Rei --
negativa nos exames nacionais 9 Escola Secundária Campos de Melo, Covilhã 348 397 10,14 166 Covilhã 0,88
(8,48 valores). 10 Escola Básica e Secundária Ribeiro Sanches, Penamacor -- 459 9,81 55 Penamacor -9,39
No que toca às escolas de 11 Escola Básica e Secundária de Alcains, Castelo Branco 420 492 9,65 116 Castelo Branco 1,65
ensino básico, Escola Secundária 12 Escola Básica e Secundária Padre António de Andrade, Oleiros -- 537 9,36 60 Oleiros 0,1
Quinta das Palmeiras, na Covil-
13 Escola Secundária Frei Heitor Pinto, Covilhã 463 541 9,3 425 Covilhã -4,13
hã, está de novo em destaque e
14 Externato Capitão Santiago de Carvalho -- 594 8,62 53 Fundão --
desta vez no primeiro lugar a
15 Instituto Vaz Serra -- 595 8,61 65 Sertã -15,3
nível distrital. Na classificação
16 Escola Básica e Secundária José Silvestre Ribeiro, Idanha-a-Nova 504 601 8,48 116 Idanha-a-Nova -1,01
geral ocupa a 92ª posição, uma Fonte: Expresso
decida de 14 lugares em rela-
ção a 2017, com uma média de
68,69 pontos (de 0 a 100) nos Ranking das Escolas Básicas (9º ano) do distrito de Castelo Branco
exames de 9º ano. Logo atrás Pos. +50 Pos. N.º Indicador
está a Escola Básica Serra da # Escola Média Concelho
Provas Geral Provas de Sucesso
Gardunha (Fundão), que ocupa 1 Escola Básica n.º 2 de Teixoso -- 78 72,5 44 Covilhã 7,13
a 131ª posição da geral com uma 2 Escola Secundária Quinta das Palmeiras, Covilhã 92 122 68,69 276 Covilhã 9,46
média de 65,82 nos exames. Já a 3 Escola Básica Serra da Gardunha, Fundão 131 168 65,82 108 Fundão 3,07
Escola Secundária Nuno Álvares
4 Escola Secundária Nuno Álvares, Castelo Branco 152 193 64,53 133 Castelo Branco 10,44
(Castelo Branco) é a terceira
5 Escola Básica e Secundária Pedro da Fonseca, Proença-a-Nova 219 275 61,5 76 Proença-a-Nova -0,28
melhor básica do distrito, com
6 Escola Básica Padre António Lourenço Farinha, Sertã 286 352 59,62 188 Sertã 1,34
uma média de 64,53 pontos.
7 Escola Básica Afonso de Paiva, Castelo Branco 293 359 59,43 157 Castelo Branco 5,69
Também no ensino básico se
8 Escola Secundária Amato Lusitano, Castelo Branco 398 469 57,5 193 Castelo Branco --
forem tidas em conta as escolas
onde foram realizados menos 9 Escola Secundária do Fundão 453 534 56,3 209 Fundão --
de50 provas, a liderança altera- 10 Instituto Vaz Serra 526 611 55,11 80 Sertã -4,39
se e passa a pertencer à EB 2 11 Escola Básica n.º 2 de Paúl, Covilhã -- 664 54,11 36 Covilhã -1,12
do Teixoso (Covilhã), que com 12 Escola Básica e Secundária Padre António de Andrade, Oleiros 576 666 54,06 50 Oleiros 11,36
média de 72,5 pontos, ocupa a 13 Escola Básica Cidade de Castelo Branco 607 700 53,59 161 Castelo Branco -0,66
posição 78. Por sua vez a Escola 14 Escola Básica de São Domingos, Cantar-Galo, S. Domingos 658 756 52,79 78 Covilhã 3,35
Básica e Secundária José Silves- 15 Escola Básica e Secundária Pedro Álvares Cabral, Belmonte -- 783 52,35 48 Belmonte -16,35
tre Ribeiro, volta a ser a pior 16 Escola Básica e Secundária de Alcains, Castelo Branco 706 811 51,74 94 Castelo Branco 13,6
do distrito, no lugar 1057 de 17 Escola Básica e Secundária Ribeiro Sanches, Penamacor -- 827 51,47 32 Penamacor 5,89
um total de 1217 e novamente 18 Escola Básica de Tortosendo, Covilhã 746 854 50,88 90 Covilhã 3,24
com uma média negativa (46,33 19 Escola Básica de Silvares, Fundão -- 867 50,67 24 Fundão -0,65
pontos). 20 Escola Secundária Campos de Melo, Covilhã 757 868 50,66 58 Covilhã 9,46
Fonte: Expresso
8• • Quinta-feira • 21 de fevereiro de 2019
Oferta hoteleira em
Manteigas em crescimento
Ana Eugénia Inácio
Os números falam por
si e não escondem
o crescimento da
oferta hoteleira em
Manteigas. Com
pouco mais de 3.400
habitantes, o concelho
tem atualmente
221 unidades
de alojamento,
distribuídas por
um total de 11
empreendimentos
turísticos.
Somam-se ainda 236 camas
em alojamentos local e no total
Manteigas tem hoje 457 camas,
que permitem receber de uma
vez só mais de 600 turistas. A
contribuir para estes números
está o recém inaugurado Hotel
da Fábrica, à entrada da vila,
construído nas mesmas paredes
onde antes funcionou a Ecolã. A
unidade hoteleira, que também
é uma espécie de museu das
indústrias de lanifícios da Serra
da Estrela, abriu em dezembro
passado com 18 quartos.
Mais acima, a 1.2000 met-
ros de altitude, está o primeiro
Até 28 de Fevereiro
O preço da assinatura será atualizado a 1 de Março para: Anual, 30€ (Nacional) e 35€ (Internacional)
e Semestral, 16€ (Nacional) e 18€ (Internacional). O preço de capa será de 0,75€.
Obras do Vila Galé Serra da Estrela já arrancaram e hotel deverá ser inaugurado no início do próximo ano
hotel cinco estrelas da região,
que dá vida à antiga Pousada de
São Lourenço. A agora Casa de
São Lourenço - Burel Panorama
Hotel abriu no ano passado, tem
capacidade para albergar 40 pes-
soas, distribuídas por 21 quartos
e presta uma homenagem ao
Parque Natural da Serra da
Estrela, com vista panorâmica
sobre o Vale Glaciar, e à relação
com a lã e com o burel. Mas os
números não se vão ficar por
aqui e aposta no turismo no “co-
Assine
O INTERIOR
ração” da Serra da Estrela ficará
ainda mais evidente em 2020.
É que para o início do próximo
ano está previsto abrir em pleno
Vale Glaciar o primeiro hotel de
montanha do grupo Vila Galé,
num investimento previsto que
ronda os 6 milhões de euros e
que permitirá criar 40 postos de
trabalho. Com o Vila Galé Serra
da Estrela vão surgir mais 81
quartos em Manteigas. Já a aber-
tura do Hotel Santa Luzia deverá
acontecer nos próximos meses.
Ao preço antigo
AR
Localizado à entrada da vila, a
nova unidade terá 16 quartos.
Feitas as contas, no próximo
ano, às 457 camas atualmente
existentes vão juntar-se mais 97,
o que dá um total de 554. «Para
um concelho como Manteigas é
bastante significativo», destaca
o presidente da Câmara. Esmer-
aldo Carvalhinho sublinha que
esta aposta no turismo traduz-se
também no aumento do número
de postos de trabalho e é «uma
aposta na economia local».
Câmara não esquece
os túneis
Por agora não está previs-
ta nova discussão sobre os tão
badalados túneis da Serra da
Estrela, mas o assunto não está es-
quecido para o edil de Manteigas.
Para Esmeraldo Carval-
hinho, este tema «tem de ser
defendido também pelas Co-
munidades Intermunicipais de
Viseu e de Castelo Branco ao
mesmo tempo». Reconhecendo
que «não é fácil» envolver alguns
concelhos da Comunidade Inter-
municipal das Beiras e Serra da
Estrela (CIMBSE), por consider-
arem que ficam «periféricos», o
autarca sublinha que «este é um
pensamento um bocado redu-
tor e nada realista daquilo que
pode acontecer em toda esta
região com os túneis da Serra da
Estrela». Atualmente a entrada
na região entre Viseu e Castelo
Branco faze-se ou pelo norte da
Guarda, ou pelo sul da Covilhã,
o que considera ter «prejuízos
imensos para as empresas e
para as pessoas».
Nos argumentos usados
para defender a construção dos
túneis que ligariam Covilhã-
Manteigas-Seia-Gouveia, Esmer-
aldo Carvalhinho fala também
da «preservação da Serra da
Estrela», defendendo a definição
dos trajetos via automóvel «até
uma determinada altitude, como
é óbvio, e depois preservando
até à altitude máxima dos 2 mil
metros».
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 Quinta-feira • 21 de fevereiro de 2019 • •9

Sabugueiro
Hostel criativo
O antigo edifício do Cen-
tro de Dia do Sabugueiro
(Seia) reabriu portas como
hostel, num projeto da As-
sociação de Beneficência da
Celorico da Beira
abre ciclo de
e será uma nova fonte de
rendimento da instituição.
A unidade tem capacidade
para acolher 33 pessoas em
quartos com beliches e camas

aldeia serrana.
O Hostel Criativo contou
com o apoio do Turismo de
Portugal e assume-se como
feiras do queijo
individuais, bem como em
dois quartos duplos. Também
possui uma sala de convívio
e uma marquise «para des-

uma «unidade diferencia-
dora» na Serra da Estrela,
pois está vocacionado para
ações criativas e residências
artísticas. O projeto surgiu
também enquadrado «numa
estratégia de economia so-
cial» daquela IPSS presidida
por Mário Jorge Branquinho
Serra da Estrela
canso ou atividades criati-
vas, como a pintura, escrita
criativa, composição musical
ou outras», refere aquele di-
rigente. O hostel está ainda
dotado com cozinha, “wi-fi”
gratuito e aquecimento geral, Município continua a apostar na antecipação do certame em
entre outros suportes de uma semana relativamente aos concelhos vizinhos para captar
conforto.
mais visitantes
AR

Manteigas
Espaço Cidadão em funcionamento DR

A Câmara de Manteigas
tem a funcionar, desde o início
deste mês, o Espaço Cidadão
cujas instalações estão inte-
gradas no serviço do Balcão
Único Municipal, nos Paços do
Concelho.
Segundo a autarquia, o
novo serviço «pretende aproxi-
mar o cidadão aos diversos
serviços da administração
pública central» permitindo
aos munícipes a revalidação da
carta de condução e os pedidos
de nova senha ou caderneta
Ambiente
Resiestrela vai recolher materiais
predial junto da Autoridade Produtores são “reis” na feira de Celorico, que começa sexta-feira e prolonga-se pelo fim de semana
Tributária. É ainda possível
A autodenominada “capital” pelas 13 horas o tradicional al- e 210 produtores de leite, tendo
apresentar despesas junto da
do queijo Serra da Estrela abre moço convívio com os produto- sido produzidas 195 toneladas
ADSE, tratar de assuntos rela-
esta sexta-feira o ciclo de feiras res. No sábado há um seminário de queijo Serra da Estrela de De-
tivos a emprego e formação
do queijo de ovelha no distrito sobre “O Queijo Serra da Estrela nominação de Origem Protegida
profissional, alterar a morada
da Guarda e que termina a 17 de DOP - Desafios e Oportunidades” (DOP). A atividade gerou uma
do Cartão de Cidadão, solicitar
março em Fornos de Algodres. que visa sensibilizar os produ- receita estimada em 3,5 milhões
o Cartão Europeu de Seguro de
A 40ª edição do certame ter- tores e o público em geral sobre de euros, tendo em conta que o
Doença e a chave móvel digital.
mina no domingo e inclui, entre várias temáticas ligadas ao queijo preço por quilo ronda os 18 euros.
No Espaço Cidadão pode tam-
outras atividades, exposição e Serra da Estrela. No domingo Segundo a InovCluster - Asso-
bém obter mais informações
venda de queijo dos produtores realiza-se uma caminhada pela ciação do Cluster Agroindustrial
sobre estes serviços, saber
locais, gastronomia, artesanato “Rota do Pastor” com partida do do Centro, a DOP Serra da Estrela
como aceder e também utilizar
e produtos regionais, animação mercado municipal e passagem representa 45 por cento da pro-
as funcionalidades eletrónicas
e espetáculos musicais, com de- pelas aldeias vizinhas de Celorico dução de queijo da região Centro.
do Cartão de Cidadão.
staque para a atuação de Toy no da Beira usando trilhos dos pasto- As queijarias certificadas
sábado. A autarquia presidida por res e caminhos florestais. estão distribuídas por Trancoso
Carlos Ascensão (PSD) sublinha A região demarcada de pro- (duas), Celorico da Beira (nove),
que o queijo serra da Estrela é dução do queijo Serra da Estrela Fornos de Algodres (duas), Gou-
«uma das Sete Maravilhas da abrange os municípios de Car- veia (quatro), Seia (12), Oliveira

recicláveis do comércio de Gastronomia Portuguesa, um

Figueira, Fornos, Mêda e Almeida
A Resiestrela inicia em
março um serviço de recolha
de materiais recicláveis porta
a porta em Figueira de Castelo
Rodrigo, Fornos de Algodres,
Mêda e Almeida.
Segundo a empresa multi-
municipal de resíduos sólidos
urbanos da Cova da Beira, a
iniciativa está «a ser articulada
com as respetivas autarquias,
com os comerciantes e com a
apresentação do serviço». O
objetivo é aumentar a recolha
de materiais recicláveis, como
vidro, papel/cartão e plástico,
por «se verificar que os conten-
tores dos resíduos, em algumas
zonas, contêm grandes quan-
tidades de materiais passíveis
de reciclagem, que estavam a
ser levados para tratamento
indiferenciado». A Resiestrela
adianta que o serviço será re-
alizado semanalmente, sem
encargos, nos estabelecimen-
tos comerciais e de serviços
aderentes por uma viatura
devidamente identificada e por
funcionários da empresa.
verdadeiro cartão-de-visita do
concelho e embaixador da Serra
da Estrela no país e no mundo».
A feira abre portas no mercado
municipal às 9h30 de sexta-feira
e a cerimónia inaugural acontece
uma hora depois, realizando-se
Belmonte
Mercado Belmontino no fim de semana
O pavilhão multiusos de Bel-
monte acolhe no fim de semana o
mercado belmontino, que divulga
as tradições, a gastronomia, os pro-
dutos agrícolas locais e regionais.
Organizado pela Empresa
Municipal local, o evento contará
regal do Sal, Celorico da Beira,
Fornos de Algodres, Gouveia,
Mangualde, Manteigas, Nelas,
Oliveira do Hospital, Penalva do
Castelo, Seia, Aguiar da Beira, Ar-
ganil, Covilhã, Guarda, Tábua, Ton-
dela, Trancoso e Viseu. Em 2017
havia 40 queijarias certificadas
ainda com uma área de expo-
sição e mercado agropecuário e
ambiciona tornar-se no «motor
impulsionador das atividades
agroalimentares do concelho, fo-
mentando a marca “Belmonte”»,
adianta os promotores. O certame
do Hospital (três), Nelas (três),
Mangualde (dois) e Penalva do Ca-
stelo (três). Quanto aos produtores
de leite, Trancoso tem seis, Celorico
da Beira 29, Fornos de Algodres
10, Gouveia 48, Seia 39, Oliveira do
Hospital 27, Nelas 11, Mangualde
29, Penalva oito e Tábua três.
abre portas pelas 15 horas de sá-
bado e contará com animação de
rua, música e jogos tradicionais.
No domingo haverá, entre outras
atividades, uma oficina didática
com prova de azeite organizada
pela Confraria do Azeite.
10 • • Quinta-feira • 21 de fevereiro de 2019
Expo Estrela chega no primeiro
fim-de-semana de março
Sons do Minho, Calema e Carolina Deslandes são as principais atrações do certame que se realiza
em Manteigas para divulgar as potencialidades locais
Ana Eugénia Inácio
Entre 2 e 5 de março, está
de regresso a Manteigas mais
uma edição da Expo Estrela. O
evento promovido pela autarquia
tem como objetivo «dinamizar o
tecido socioeconómico e divulgar
o concelho de Manteigas e a re-
gião», disse o presidente da Câma-
ra na conferência de imprensa de
apresentação da edição deste ano.
O certame decorre na Praça
Municipal e Esmeraldo Carvalhi-
nho adianta que desta vez houve a
preocupação de criar «um espaço
mais acolhedor e agradável», que
terá uma zona de tasquinhas,
onde será possível beber e comer
algumas das iguarias da região,
e uma outra reservada aos 52
expositores, mais sete que no
ano passado. A Expo Estrela tem
um orçamento de cerca de 80
mil euros, sendo para o autarca o
evento «de maior relevância no
PUB
Expo Estrela decorre entre 2 a 5 de março
calendário das atividades anuais»
do município serrano. É por isso
que a escolha do fim-de-semana de
Carnaval para a sua realização não
é ao acaso, pois coincide com uma
época em que «milhares de pes-
soas» chegam à região, sobretudo
à Serra da Estrela. «Por esses dias
há muitas atividades a decorrer
na região, mas não é despiciente
a organização da Expo Estrela em
Manteigas nesta altura, pois é uma
forma de marcar o calendário», re-
conhece Esmeraldo Carvalhinho.
A neve «é um grande atra-
tivo» nesta altura do ano, pelo
AEI
que «não podíamos perder a
oportunidade deste fim de se-
mana prolongado e de grande
afluência à serra», acrescentou
o autarca, para quem «não faz
sentido» a realização do certame
noutra altura. «É uma atividade
de qualidade conhecida, onde
são promovidas tradições locais
e produtos autóctones, impul-
sionando, ao mesmo tempo, o
turismo e o tecido empresarial
da região», sublinhou o edil. Com
«animação permanente», a músi-
ca será um dos atrativos da Expo
Estrela, com concertos dos Sons
do Minho (2 de março, Calema e a
Banda Boa União - Música Velha &
The Sweet Childreen (dia 3) e Ca-
rolina Deslandes, acompanhada
pela Orquestra de Sopros “Música
Nova” (dia 4). Do programa fazem
também parte uma degustação
de feijoca, uma prova de queijo
da Serra da Estrela e um desfile
de Carnaval. Este ano o certame
coincide com a comemoração do
feriado municipal, a 4 de março,
pelo que haverá uma sessão
solene comemorativa que inclui o
anúncio das bolsas de estudo para a
frequência do ensino superior (ano
letivo 2018/2019) e a atribuição
dos prémios de mérito escolar re-
lativos ao ano letivo transato.
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Ambiente em destaque
na Feira das Tradições
24ª edição do maior certame de Inverno da região vai decorrer de 1 a 3 de março com cerca de 200 expositores
Luis Martins
O ambiente e a preservação
ambiental são o tema da 24ª
da Feira das Traições, que vai
decorrer em Pinhel de 1 a 3 de
março. Organizado pelo muni-
cípio, aquele que é considerado
o maior certame de Inverno da
região registou em 2018 passado
55 mil visitantes, um número que
os promotores contam ultrapas-
sar este ano.
O evento tem como objetivo
a atração de visitantes e a promo-
ção e valorização dos produtos e
as potencialidades do concelho,
que serão exibidas no Centro
Logístico. Este ano haverá mais
espaço, com a disponibilização
de mais um pavilhão para acolher
cerca de 200 expositores institu-
cionais e empresariais, bem como
das freguesias e coletividades do
município. «A Feira das Tradições
é a montra do concelho e do terri-
tório, do que de melhor temos, da
gastronomia ao artesanato, pas-
sando pelas pessoas, os saberes,
o património e a forma de bem
receber», disse o presidente da
autarquia na sexta-feira, em Pín-
zio, na apresentação do certame.
Rui Ventura adiantou que durante
os três dias haverá exposições,
música popular, tasquinhas, con-
certos e espaços dedicados aos
sabores, às tradições e aos costu-
mes de Pinhel.
Dando o exemplo quanto ao
tema desta edição, este ano não
haverá copos de plástico na Feira
das Tradições, que serão substitu-
ídos por copos reutilizáveis: «Es-
tamos a dar o nosso contributo
para a preservação do ambiente.
É uma medida que se estranhará
no início, mas vai entranhar-se
porque será alargada a próximos
eventos organizados pela Câma-
ra», anunciou o edil. A propósito
do tema do evento, Rui Ventura
considerou que «temos que apos-
tar cada vez na diferenciação pela
riqueza ambiental e dos nossos
«Temos que apostar cada vez na diferenciação pela riqueza ambiental
e dos nossos recursos naturais», afirma Rui Ventura
recursos naturais. Pinhel é um
território de ambiente, de ar
puro, e as pessoas da cidade cada
vez mais procuram este tipo de
características. E por isso temos
que o preservar e valorizar». O
presidente da Câmara Rui Ventura
adiantou que o primeiro-ministro
Quinta-feira • 21 de fevereiro de 2019 •
LM
António Costa foi convidado para
a inauguração da feira mais em-
blemático de Pinhel: «Não somos
mais que ninguém, mas somos a
Feira das Tradições», justificou o
presidente, acrescentando que o
repto ainda não foi aceite.
Do cartaz musical destacam-
• 11
se os concertos de Amor Electro
(dia 1 de março), Carlão (dia 2) e
Ana Moura (dia 3). A 24ª edição
foi apresentada no final de uma
jornada dedicada ao ambiente.
Durante a tarde foram visitadas
as obras de reabilitação e re-
qualificação dos ecossistemas
ribeirinhos junto à Ribeira das
Cabras, entre o Safurdão e Freixo
(Almeida), em consequência dos
incêndios ocorridos em 2017,
onde foram usadas soluções de
engenharia natural. No local foi
divulgado do “Laboratório de Rio”
criado no âmbito desta interven-
ção. Já nas proximidades de Pínzio
a comitiva participou na
plantação de árvores autóc-
tones, no âmbito da iniciativa
“Verde Puro - Ação de Reflo-
restação da Serra da Estrela”,
levada a efeito pela Comunidade
Intermunicipal das Beiras e Serra
da Estrela, em parceria com o
Município de Pinhel e o Instituto
de Conservação da Natureza e
Florestas.
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12 • • Quinta-feira • 21 de fevereiro de 2019

Rede elétrica e
NOTÁRlA: MARIA ADELAIDE ESTEVES GONÇALVES PUB
Membro n.º 40 da Ordem dos Notários Portugal
Rua D. Afonso Henriques, n.º 1929
3700-344 São João da Madeira
www.notário-saojoaodamadeira.com
geral@ notário-saojoaodamadeira.com

de fibra ótica
Telefone: 256 202 420 - Fax: 256 202 429 - Telemóvel: 913 334 545
N.I.F.: 172 582 474

JUSTIFICAÇÃO
Maria Adelaide Esteves Gonçalves - Notária - São João da Madeira

melhorada na
Cartório: Rua D. Afonso Henriques, nº 1929, 3700-344 São João da Madeira
Certifica
Para fins de publicação, que nesta data e neste Cartório, lavrada a partir de folhas 52 do Livro
de Notas 228, foi celebrada uma escritura de Justificação, em que Manuel Borregana Cabral,
NIF 176 694 978, e esposa Clara da Anunciação Salgueira, NIF 155 367 234, casados sob o

plataforma
regime da comunhão geral de bens, residentes na Rua Fonte Cova, nº 100, 3700-116 São João
da Madeira, declararam que são donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, dos
seguintes bens imóveis:
Verba número um - Prédio rústico, cultura de sequeiro, com a área de dois mil e duzentos
metros quadrados, situado em Correlhada, União de Freguesias de Aldeia da Ribeira, Vilar Maior
e Badamalos, concelho de Sabugal, a confrontar do norte com Caminho, do sul com Francisco

logística da Guarda
Marcos Fernandes, do nascente com Beatriz Brigas Martins e do poente com António Lopes
Carreto, inscrito na matriz predial rústica em nome do justificante Manuel Borregana Cabral sob
o artigo 3324 da dita União de Freguesias (proveio do artigo rústico 1052 da extinta freguesia de
Badamalos), não descrito na respetiva Conservatória do Registo Predial do Sabugal. Verba número
dois - Prédio rústico, cultura de sequeiro, com a área de oito mil e oitocentos metros quadrados,
situado em Folhinha, União de Freguesias de Aldeia da Ribeira, Vilar Maior e Badamalos, concelho
do Sabugal, a confrontar do norte com Caminho, do sul com António Lopes Carreto, do nascente
com Francisco Marques Fernandes e do poente com Estrada, inscrito na matriz predial rústica
EDP inaugurou nova subestação e novas linhas de média e alta
em nome do justificante Manuel Borregana Cabral, sob o artigo 2949 da dita União de Freguesias
(proveio do artigo rústico 926 da extinta freguesia de Badamalos), não descrito na respetiva
tensão, Altice fez chegar rede da fibra ótica à PLIE e a Beiragás
Conservatória do Registo Predial do Sabugal. Verba número três - Prédio rústico, cultura de a rede de gás natural
sequeiro, com a área de setecentos e setenta metros quadrados, situado em Relva, freguesia IG
de Bismula, concelho do Sabugal, a confrontar do norte com António Tomás Brigas, do sul com
José Joaquim Afonso Polónia, do nascente com José Augusto Martins e do poente com casa do
próprio, inscrito na matriz predial rústica em nome da justificante Clara da Anunciação Salgueira,
sob o artigo 1511 , não descrito na respetiva Conservatória do Registo Predial do Sabugal. Que,
adquiriram os ditos prédios rústicos constantes das verbas um e dois, por partilha verbal a que
procederam por óbito de Pureza da Ascenção, viúva de José Cabral, residente que foi em Carvalhal,
freguesia dita de Badamalos, mãe do justificante marido, por volta do ano de mil novecentos e
setenta e dois. Que, adquiriram o dito prédio rústico constante da verba três, por partilha verbal
por óbito de Francisco Lourenço e mulher Maria Luis Salgueira, casados que foram em comunhão
geral de bens, residentes que foram na dita freguesia de Bismula, pais da justificante esposa, por
volta do ano de mil novecentos e setenta e dois.
Que, assim, os ora justificantes possuem aqueles três imóveis, há mais de vinte anos, utilizando-
os para os respetivos fins, lavrando e semeando os terrenos, pagando todas as contribuições,
impostos, taxas e demais despesas, posse essa exercida em nome próprio, sem a menor oposição
de quem quer que fosse, sem interrupção desde o seu inicio, ostensivamente, com o conhecimento
da generalidade das pessoas, sendo, portanto, uma posse pacífica, contínua e pública, pelo
que haviam já adquirido os ditos imóveis por usucapião, não tendo, lodavia, dado o modo de
aquisição, documentos suficientes que lhes permitam fazer prova do seu direito de propriedade
para efeitos de registo predial.
Está confonne o original e na parte omitida, nada há em contrário que amplie, modifique, restrinja
ou condicione a parte transcrita
São João da Madeira, 12 de Outubro de 2018.

A Notária,
Maria Adelaide Esteves Gonçalves
O Interior, nº 998 de 21/02/2019

PUB

Aviso
Alteração ao Loteamento urbano nº 1/2002
Dr. Anselmo Antunes de Sousa, Presidente da Câmara Municipal de Mêda: Torna Público, nos Secretário de Estado da Energia apelou aos guardenses para consumirem mais para justificar estes investimentos
termos do nº 2 do artigo 78º do Decreto-Lei nº 555/99, de 16 de dezembro, na sua atual redação, A EDP, a Altice e a Beiragás
que a Câmara Municipal de Mêda, aprovou em reunião do dia 09/11/2018, a alteração ao alvará de
loteamento nº 1/2002, requerida por INOBUR – Irmãos Associados SA, com o NIPC 507574672. inauguraram na quinta-feira, na
A alteração incide sobre o lote nº 47, descrito na Conservatória do Registo Predial de Meda sob o plataforma logística da Guarda
nº 2088, inscrito na matriz predial urbana da freguesia de Meda, Outeiro de Gatos e Fontelonga (PLIE) , as novas infraestruturas
com o nº 2404 e refere-se à alteração da área de construção da habitação, diminuição do número
de energia e comunicações que
de pisos, e construção de um anexo. O Lote, passa a ter as seguintes áreas e uso :Área do Lote:
493,748 m2, Nº Pisos: R/C, Área Implantação: 112,00 m2, Área total de construção: 144,00 m2 vão servir o concelho. Trata-se
(112,00 m2 habitação e 32,00 m2 anexo) e uso: Habitação. de um investimento superior a 10
Não há alteração ao uso, às áreas cedidas nem lugar à realização de obras de urbanização. milhões de euros que foi considera-
Mêda, 14 de fevereiro de 2019. do de «extrema importância» pelo
O Presidente da Câmara Municipal, Anselmo Antunes de Sousa. secretário de Estado da Energia.
O Interior, nº 998 de 21/02/2019
«Os avultados investimentos
que hoje celebramos envolvem-se
PUB
de importância nacional e region-
al na medida em que promovem
a coesão territorial através de
novas oportunidades de desen-
volvimento socioeconómico e
representam um apoio às uni-
Filipe Pinto dades industriais», afirmou João
Fotojornalista Galamba. O governante apelou,
por isso, aos consumidores do-
mésticos e industriais da Guarda
que «consumam mais» energia,
porque «o consumo local tem que
Escadas do Quebra Costas, Nº 2 • 6200-170 COVILHÃ justificar este investimento». An-
Telef. 275 336 805 • Telem. 919 487 978 • Telem. 964 196 950 tes da cerimónia foi inaugurada
E-mail: filipepintofoto@sapo.pt • fotoacademica@hotmail.com a subestação da EDP, em Casal
de Cinza, bem como novas linhas
elétricas de alta e média tensão,
num investimento global de 10,5
milhões de euros. A rede abarca
34 quilómetros de linhas de alta
tensão e 12 quilómetros, na maio-
ria subterrâneos, de linhas de mé-
dia tensão. Um investimento que,
para o presidente da Câmara, era
«uma necessidade», pode «poten-
ciar outros investimentos» e serve
também de incentivo para a fixa-
ção de empresas na plataforma
logística. «Nos últimos três anos
e meio foram vendidos 63 lotes
industriais num espaço próximo
da fronteira e competitivos no
mercado ibérico», acrescentou
Álvaro Amaro.
Também a infraestrutura de
fibra ótica da Altice na zona da
plataforma logística foi melho-
rada e possibilitará o aumento da
velocidade de transmissão da in-
formação digital na zona. Este in-
vestimento integra o projeto para
o maciço central da Serra da Es-
trela, que cobre vários municípios
num total de aproximadamente
70 por cento de rede de fibra
ótica. Para o presidente executivo
da Altice, Alexandre Fonseca, com
a «desertificação e as assimetrias
regionais é necessário traçar um
caminho feito de proximidade e,
brevemente, nalgumas fregue-
sias do concelho estaremos bem
próximos de cem por cento do ter-
ritório coberto com fibra ótica». A
iniciativa contou ainda com a pre-
sença do presidente do Conselho
de Administração da Beiragás,
Gabriel Sousa, que assinou um
protocolo com a autarquia que
prevê a ligação da rede de gás
natural aos loteamentos da plata-
forma logística. Já o presidente
do Conselho de Administração
da EDP Distribuição, João Torres,
assinou outro acordo, também ru-
bricado pela Altice, para a retirada
das antenas de telecomunicações
e energia elétrica da Torre de
Menagem.

Opinião
Ovo de Colombo
Caetano Veloso
Joana C. Pereira
Globalmente conhecido e
apreciado, Caetano Veloso é um
brasileiro suave de voz doce e
atitude afável cujas palavras são
cheias de dureza e amargura.
São palavras de crítica, de con-
testação, de resistência e de luta.
O que nele admiro em especial,
não descurando a sua qualidade
musical, é o facto de aplicar a sua
consciência social e política na
música que produz, mesmo na
face da intimidação e da censura.
Nos anos 60 do século passado
incomodou o regime brasileiro de
ditadura militar de tal maneira que
Covilhã
Projeto “Música para Bebés”
volta em março
A Banda da Covilhã vai
retomar o projeto “Música para
Bebés” para sensibilizar os pais
relativamente ao contacto com
a música e ao seu papel no de-
senvolvimento global da criança.
As sessões de uma hora
decorrem sempre ao final da
manhã de domingo no pequeno
auditório da sede da coletivi-
dade, ao Jardim Público. Para já
estão previstas quatro sessões,
uma por mês, a 10 de março,
14 de abril, 12 de maio e 2 de
junho, que serão coordenadas
Guarda
Fernando Carmino Marques
apresenta novo livro
“Sobre outra coisa ainda –
13 short stories” é o título do
novo livro de Fernando Carmino
Marques, professor do Instituto
Politécnico da Guarda. A obra
será apresentada na terça-feira
(18 horas), no espaço do café do
pequeno auditório do TMG.
Editado pelas Edições Es-
gotadas, o livro é composto por
«treze shorts stories que se po-
dem definir como de Realismo
Mágico. O mistério envolvendo o
quotidiano de personagens e pre-
ocupações contemporâneas». A
apresentação será feita por Rosa
Branca Figueiredo, professora
na Escola Superior de Educação,
DR
foi capturado, preso e humilhado.
Exilou-se em Londres durante
três anos, mas continuou sempre,
mesmo nessa nova cidade tão
distante, a sua luta pelas pessoas
do Brasil, criando continuamente
a sua poesia e a sua música, não
deixando de produzir a sua arte de
libertação.
Claramente ligado à luta
popular e nela engajado, Caeta-
no Veloso é um poeta e músico
corajoso, desde sempre ciente
da história do seu povo. Procura,
com o seu trabalho, empoderá-
lo e libertá-lo. É para nós um
exemplo, é uma fonte de força e
de energia revolucionária.
pela professora Nádia Gomes.
Em cada uma estarão presentes
várias linguagens musicais que
contribuirão para uma nova ex-
ploração do som, do tempo e do
espaço. «Este tipo de atividades
concorre para o desenvolvimento
do pensamento musical dos be-
bés e para o seu desenvolvimento
cognitivo e motor», referem os
promotores em comunicado. Mais
informações e inscrições através
do email bandadacovilha@gmail.
com ou na secretaria da Banda da
Covilhã.
Comunicação e Desporto do IPG.
O autor é Doutor em Letras pela
Universidade de Paris IV – Sor-
bonne (1997), onde lecionou, de
1993 a 2002, língua, cultura e lite-
raturas de expressão portuguesa.
Publicou vários estudos sobre
temas e autores portugueses e
brasileiros e mais recentemente
traduziu e editou o estudo inédito
de Pierre Hourcade sobre a poe-
sia de Fernando Pessoa: “A Mais
Incerta das Certezas, Itinerário
Poético de Fernando Pessoa” (Co-
leção “Ensaios” sobre Fernando
Pessoa, Tinta-da-china, Lisboa,
2016). É professor de Língua e
Cultura Portuguesa no IPG.
Ópera
Obra de Tiago Cutileiro no TMG
A ópera está de regresso ao
TMG este sábado (21h30) com
o espetáculo “Tudo Nunca Sem-
pre o Mesmo Diferente Nada”,
com música original de Tiago
Cutileiro.
«É uma produção onde a
vídeo projeção, a eletrónica em
tempo real, os personagens can-
tores e a cenografia se inserem
na tradição da grande ópera,
quer através da sua escala tem-
poral e de espaço, quer através
do seu fio narrativo, centrado
nos temas paradigmáticos da
natureza humana – duas persona-
gens apaixonam-se, envelhecem,
desiludem-se e recordam as suas
vidas enquanto uma terceira, a
narrativa, as acompanha como
um fantasma das suas próprias
histórias/memórias», adianta a
produção. Trata-se de um projeto
operático integrado no que se
poderá chamar música “não nar-
rativa” e apresentada em quatro
Homenagem
Covilhã evoca Lopes-Graça
A Câmara da Covilhã ho-
menageia o maestro Fernando
Lopes-Graça (1906-1994) com
várias atividades no fim de se-
mana. A curadoria é de José Luiz
Adriano.
No sábado (21 horas) há um
recital com as principais obras
do compositor interpretadas
por Alexandre Weffort (flauta),
João Paulo Cunha (piano) e o
Orfeão da Covilhã, sob a direção
Música
The Twist Connection atuam no Sabugal
Uma mistura de rock’n’roll,
garage e punk é assim o som
dos The Twist Connection, que
atuam no auditório municipal do
Sabugal esta sexta-feira (21h30).
Formado por Carlos “Kaló”
Mendes (Tédio Boys, Wray Gunn,
Bunnyranch, Parkinsons), na
bateria e voz; Samuel Silva (Jack
Shits), na guitarra; e Sérgio Car-
doso (É Mas Foice, Wray Gunn),
Quinta-feira • 21 de fevereiro de 2019 •
atos, numa sucessão de doze
cenas de dez minutos cada uma.
A encenação é de Sónia
Baptista, Leonor Keil e André
E. Teodósio, enquanto a in-
terpretação está a cargo das
cantoras Inês Simões, Nélia
Gonçalves, Maria Ermida, Maria
João Sousa e do agrupamento
Ars Ad Hoc. Compositor e artista
do maestro Paulo Serra. O con-
certo acontece no salão nobre
da autarquia. Para domingo (15
horas) está prevista uma pales-
tra sobre “Canções Tradicionais
do Paul por Fernando Lopes-
Graça: 70 Anos”, por Alexandre
Weffort. A sessão decorre na
Casa da Cultura José Marmelo e
Silva, naquela vila, e será comple-
mentada com as atuações das
Adufeiras da Casa do Povo do
no baixo, o grupo de Coimbra
anda na estrada a promover o
seu último álbum, homónimo, e
conta neste concerto com a par-
ticipação de Raquel Ralha (Wray
Gunn, Belle Chase Hotel, Raquel
Ralha & Pedro Renato), na voz
e percussões. A banda tem in-
fluências musicais que vão desde
o rock dos anos 50 ao punk, este
trabalho, editado em junho de
• 13
DR
sonoro, Tiago Cutileiro (1967) é
licenciado em Composição pela
Universidade Évora, onde con-
cluiu também o doutoramento.
Atualmente vive e trabalha em
Berlim. A sua obra inclui música
instrumental, eletroacústica e
eletrónica, instalação sonora e
sonoplástica, música para teatro
e para cinema.
Paul e das Adufeiras do Grupo
de Danças e Cantares do Paul.
Fernando Lopes-Graça criou nu-
merosas obras para orquestra,
piano, bailados, música coral,
ciclos de canções, etc. De orien-
tação nacionalista, o compositor
procurou aliar a grande tradição
da música clássica e orques-
tral aos elementos rítmicos e
melódicos do folclore português,
ao qual dedicou vários estudos.
DR
2018, continua a celebrar o rock
de forma convicta, apostando
em faixas ritmadas. Com letras
de “Kaló” Mendes, a abordar
dúvidas, medos e ansiedades
inerentes à condição humana,
o disco beneficia da capacidade
para transmitir a mesma energia
que a banda revela nas atuações e
da conciliação entre rock direto e
preocupações melódicas.
14 • • Quinta-feira • 21 de fevereiro de 2019 Publicidade

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 Quinta-feira • 21 de fevereiro de 2019 • • 15

Líder da IIª Liga sofre

derrota pesada na Covilhã
Serranos ganharam 3-0 ao Paços de Ferreira e subiram ao 11º lugar do campeonato,
a melhor classificação desta época
O inesperado aconteceu no
domingo, no Santos Pinto, onde
o Sp. Covilhã protagonizou a
surpresa da 22ª jornada da IIª
Liga ao derrotar o líder por
uns expressivos 3-0. A vitória
catapultou os serranos para
o 11º lugar da classificação,
cinco pontos acima da zona de
despromoção, e confirmou a
“remontada” da equipa de Filó,
que não perde há seis jogos.
Os covilhanenses parecem
estar a redimir-se do péssimo
início de campeonato e impu-
seram a mais pesada derrota
da época ao principal candidato
à subida à Iª Liga, que não se
deu bem nesta visita à serra. O
Paços de Ferreira começou bem
e foi a primeira equipa a criar
perigo aos 2’, quando Fatai, que
já alinhou no Covilhã, atirou às
malhas laterais e, pouco depois,
Baixinho, num cruzamento/re-
mate da direita, testou a atenção
de Vítor São Bento. Como quem
não marca sofre foram os locais
que chegaram à vantagem aos
12’. Adriano recuperou uma
bola que parecia perdida, tirou
dois adversários do caminho e
cruzou para o segundo poste,
onde Kukula saltou mais alto
e cabeceou certeiro. O golo
galvanizou a formação serrana
que, aos 23’, podia ter aumen-
tado a vantagem, mas ninguém
aproveitou o passe do avançado
cabo-verdiano. Logo depois,
Tanque desperdiçou uma boa
oportunidade para os “castores”,
que passaram a jogar com as
linhas mais subidas e a pressio-
nar mais.
No segundo tempo, a par-
tida recomeçou com as duas
equipas a criarem perigo. O
Sp. Covilhã foi mais assertivo e
marcou o segundo golo aos 59’,
por Jaime, que desviou o livre
batido pelo capitão Gilberto. Os
locais dominavam o encontro e
souberam travar o adversário
sempre que este se aproximava
do último reduto covilhanense.
Com o jogo controlado, os co-
vilhanenses voltaram a marcar
aos 71’ por Kukula. O avançado
contratado em janeiro bisou
depois de aproveitar um mau
atraso de um defesa visitante
e de escapar ao guarda-redes
Ricardo Ribeiro para marcar
sem oposição. Na quarta-feira
o Sp. Covilhã foi empatar 2-2 ao
terreno do Vitória de Guimarães
B e este sábado joga em Penafiel,
nono classificado, para a 23ª
jornada da IIª Liga.
Filipe Pinto - Foto Académica
Ficha de Jogo
Árbitro: João Malheiro (AF Lisboa)
Árbitros assistentes: António Godinho
e Ricardo Luz
E. Santos Pinto,
Covilhã
Sp. Covilhã.................. 3
São Bento, Tiago Moreira, Jaime, Ra-
fael Vieira, Henrique Gomes, Gilberto
(Semedo, 90’), Guilherme Rodrigues,
Mica Silva, Adriano, Bonani (Zé Pe-
dro, 72’) e Kukula (Deivison, 72’)
Treinador: Filó
Paços de Ferreira...... 0
Ricardo Ribeiro, Bruno Santos
(Barbosa, 67’), Baixinho, Junior Pius,
Bruno Teles, André Leão (Gonçalo,
61’), Luiz Carlos, Christian, Fatai,
Barnes e Tanque
Treinador: Vítor Oliveira
Golos: Kukula (12’ e 71’) e Jaime (59’)
Ação disciplinar: Cartão amarelo
para Tanque (41’), Henrique Gomes
(52’), Zé Pedro (76’), São Bento (78’),
Covilhanenses dominaram jogo no Santos Pinto Christian (80’) e Barbosa (84’).
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Automobilismo
Francisco Carvalho repete Troféu La Vie
Piloto do Ano DR

Francisco Carvalho, piloto acompanha os eventos do Escape

de turismos e carros históricos,
venceu no sábado mais um Troféu
La Vie Piloto do Ano na 21ª Gala
Spal – A Nossa Seleção de Pilotos,
organizada anualmente pelo Clu-
be Escape Livre.
Este ano foram homenagea-
dos os 44 pilotos da Guarda que
competiram em nove categorias
do desporto motorizado. Já a ARC
Sport, de Aguiar da Beira, recebeu
uma menção honrosa e o Troféu
Prestígio João Lopes foi entregue
pela filha, Ana Beatriz Lopes,
a Álvaro Ramos, mecânico que
Livre. O Troféu Manuel Gião, a mais
alta distinção da gala, foi entregue
aos municípios de Figueira de
Castelo Rodrigo e Pinhel pela sua
aposta no desporto automóvel,
respetivamente no slalom e no
“drift”. Presente na cerimónia, o
secretário de Estado da Juventude e
do Desporto, João Paulo Rebelo, elo-
giou o trabalho do Escape Livre na
promoção da região e do desporto
automóvel. A primeira parte da gala
foi animada pelo espetáculo “Faz-te
Homem”, dos humoristas António
Machado e João Didelet.
16 • • Quinta-feira • 21 de fevereiro de 2019 Publicidade

Basquetebol

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ID:1041C T3 Guarda Lareira na coz.,marquise,2 wc´s,despensa,terraço.. .270€
ID:0979 T3 Guarda Todo mobilado, equipado,marquise,2 wc´s,despensa. .275€ 6300-769 Guarda • 271 023 872 cional da Iª Divisão em masculinos, anunciou o presidente
ID:0653 Escritório Centro Todo remodelado, sala ampla c/varanda,1 wc. .275€ da Associação de Basquetebol da Guarda (ABG).

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IID:1240C Loja Guarda Loja para comércio c/ 163 m , 2 wc´s, 2 salas …...350€
«Estes jogos vão ser um grande impulso para a proje-
IID:1069 Loja Guarda Licença p/ comércio, 2 pisos, escritório,4 wc´s….. ...400€ ção modalidade no distrito e captar novos atletas», disse
IID:0851B Loja Centro Com boa localização, cave para arrumos, 1 wc…....500€
IID:0000 Loja Centro Com boa área,c/ licença p/ comércio e serviços.… ...750€
Miguel Espírito Santo na inauguração da nova sede daquele
organismo, que fica na Rua Duque de Bragança, na cidade
mais alta. A associação está a comemorar 30 anos e no
Restaurante
Moreira Quarto mobilado em T2 sábado homenageou Vítor Figueiredo, José Solano e José
Paulos, três antigos dirigentes e promotores do basque-
Perto do IPO e Hospital tebol na região. A efeméride incluiu também torneios de
minis, sub-14 e sub-16. «A nossa aposta é no crescimento
Coimbra qualitativo da modalidade no distrito da Guarda e para tal
vamos apostar no desenvolvimento de parcerias intermu-
nicipais para criar núcleos de basquetebol», adiantou o
Prato do dia (semana): 7€ • Domingo: 8€ Contacto: 967017407 dirigente, segundo o qual a nova sede proporciona «outras
condições de trabalho e outra visibilidade» para a divul-
Estamos abertos todos os dias, de Segunda a Segunda. gação deste desporto.
Casamentos, Baptizados e Grupos. «Este ano já iremos ter um crescimento de praticantes
Sítio do Carrilhão - Arrifana 6300 Guarda Telef. 271 237 683 relativamente a 2018 e esperamos fechar 2019 com cerca
de 250 atletas federados», disse Miguel Espírito Santo.
PUB Atualmente há quatro clubes federados, dois na Guarda,
um em Celorico da Beira e outro em Gouveia, e a aposta e
retomar a prática em Trancoso, onde o basquetebol já teve
pergaminhos. «Pretendemos de forma bem sustentada
começar a crescer no distrito em vilas onde haja condi-
ções e um dos concelhos sinalizados é Trancoso, onde o
Diretor e Editor: Luís Baptista-Martins • Rua da Corredoura, 80 - R/C Dto - C •
nosso objetivo é que a modalidade arranque para o ano»,
6300-825 Guarda •
Redação: Luis Martins (Chefe de Redacção) e Ana Eugénia Inácio. • Conselho Editorial: António
revelou o presidente da associação. Presente na sessão,
Ferreira, Nuno Amaral Jerónimo, Cláudia Quelhas, João Canavilhas, José Carlos Alexandre, Diogo Cabrita o presidente da Federação Portuguesa de Basquetebol,
e Maurício Vieira.
Colunistas e Colaboradores: Acácio Pereira, Albino Bárbara, Ângela Guerra, António Costa, António Manuel Fernandes, recordou que a associação guardense
Ferreira, António Godinho, Cláudia Quelhas, David Santiago, Diogo Cabrita, Eduardo Lourenço,
Fernando Pereira, Fidélia Pissarra, Frederico Lucas, Hélder Sequeira, Honorato Robalo, João Canavilhas, chegou a ter onze clubes e afirmou que a abertura da nova
Joana C. Pereira, Joana Dente, João Mendes Rosa, João Morgado, João Santiago Correia, Joaquim
Igreja, Jorge Noutel, José Carlos Alexandre, José Carlos Breia Lopes, José Pires Manso, Júlio Sarmento, sede é um «momento alto e vai ser um bom contributo para
Melanie Alves, Miguel Castelo Branco, Miguel Moreira, Miguel Sousa Tavares, Norberto Gonçalves,
Nuno Jerónimo, Telma Madaleno e Víctor Afonso. Desporto: António Silva, Arlindo Marques, Cristina
recuperar alguma dessa dinâmica».
Sofia, Daniel Soares, José Luís Costa, Miguel Machado e Rui Geraldes. • Cartoon: Maurício Vieira. • Já Carlos Chaves Monteiro, vice-presidente da Câmara
Vende-se Paginação: Jorge Coragem • Projeto Gráfico: Maurício Vieira. • Departamento Comercial: Natalina
Martins • Impressão: FIG-Indústrias Gráficas, S.A. • Rua Adriano Lucas – 3020-265 Coimbra • Telefone da Guarda e responsável pelo pelouro do Desporto, decla-
239 499 922 • Fax 239 499 981 • e-mail: fig@fig.pt • Sede, Redação e Publicidade: Rua da Corredoura,
rou que «se investirmos nas associações, as cidades são
Apartamento T1 - NOVO
80 - R/C Dto - C • 6300-825 Guarda N.I.P.C. – P-504847422. • Nº de registo na ERC: 123436 •
Depósito Legal:146398/00 • Tiragem desta edição: 7.200 exemplares • Periodicidade: Semanário •
Edição Internet: O Interior • Propriedade: JORINTERIOR - Jornal • O Interior, Ldª. Detentores de mais conhecidas e competitivas porque ajudam também
nos Castelos Velhos (Guarda) mais de 10% do capital da empresa: José Luís Carrilho Agostinho de Almeida e Luís Baptista-Martins.
Estatuto Editorial: https://www.ointerior.pt/ficha-tecnica/ • Guarda - a fixar pessoas». No sábado, a ABG acolheu uma reunião
Redacção/Publicidade: 271212153
entre as diferentes associações distritais de basquetebol
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Manteigas pede
demissão dos órgãos
da AF Guarda
A polémica está instalada no Distrital da Iª Divisão após o
Conselho de Justiça revogar a retirada de dois pontos ao clube
serrano, que quer agora uma Assembleia-Geral extraordinária
para debater «caso vergonhoso»
Manteigas tinha sido castigado pelo Conselho de Disciplina por alegada
utilização indevida de André Barra
Luis Martins
Jogou-se no domingo a 18ª
jornada do Distrital da Iª Divisão
da AF Guarda, mas foi fora de
campo que aconteceu o facto mais
marcante da semana.
O Conselho de Justiça da as-
sociação deu razão a um recurso
da Desportiva de Manteigas sobre
a deliberação do Conselho de Dis-
ciplina que, em dezembro, retirou
dois pontos ao clube pela alegada
utilização indevida do jogador
André Barra em dois jogos por
ter sido expulso, como treinador,
num jogo de infantis. A reposição
destes pontos foi divulgada pela
direção manteiguense, liderada
por Vítor Graça, na passada quar-
ta-feira na página de Facebook do
clube, onde se classifica o caso
de «vergonhoso». O emblema
serrano anuncia ainda que, «em
prol da verdade desportiva»,
vai solicitar a marcação de uma
Natação adaptada
Filipe Santos bate recorde mundial na Guarda
O nadador Filipe Santos, da
ADC Portimão, bateu no sábado,
na Guarda, o recorde do mundo
dos 25 metros mariposa na ca-
tegoria S21-Síndrome de Down.
A nova marca de 15s59’ foi
alcançada no Nacional de Inver-
no de Natação Adaptada, onde o
atleta algarvio de 30 anos me-
lhorou o recorde de 15s75’ que
pertencia ao sul-africano Pietie
AR
Assembleia-Geral extraordinária
da AFG para pedir a demissão de
todos os seus órgãos. «Os vícios
têm que ser retirados», justifica
o Manteigas, que se interroga
também sobre «quem foram os
principais beneficiados com este
castigo». Apanhado na tormenta,
Amadeu Poço, presidente da AF
Guarda, já manifestou solidarie-
dade com o Conselho de Discipli-
na e adiantou que a convocação
de uma AG extraordinária tem
que ser solicitada por dois quintos
dos clubes filiados.
Polémica à parte, o Figuei-
rense somou no domingo a 16ª
vitória e tem o título à vista a
oito jornadas do fim. A equipa de
Figueira de Castelo Rodrigo foi
ganhar 4-0 ao terreno do Estrela
Almeida (11º classificado) e
somou 49 pontos, mais dez que
o Manteigas, agora segundo da
geral graças à reposição dos seis
pontos retirados em dezembro e à
vitória por 4-2 na receção ao Soito
DR
(13º e penúltimo). Nos restantes
jogos, o Aguiar da Beira (3º) foi
empatar 3-3 em Gouveia (6º) e o
Vila Cortês do Mondego (4º) foi
surpreendido em casa pelo São
Romão (9º), que venceu 2-1. Já
o Sp. Celoricense (5º) empatou
2-2 no Sabugal com o Sporting
local (14º), o Fornos de Algodres
(8º) venceu 2-1 na receção ao Sp.
Vilar Formoso (12º) e o encontro
Trancoso-Vilanovenses terminou
com uma igualdade a uma bola.
Para este fim de semana
estão agendados os jogos Figuei-
rense-Gouveia, Vilar Formoso-
Manteigas, Aguiar da Beira-Vila
Cortês, Celoricense-Trancoso,
Vilanovenses-Fornos, São Romão-
Sabugal e Soito-Estrela Almeida.
Foz Côa a três pontos do
líder Vila Franca
A vitória do Foz Côa sobre o
líder Vila Franca das Naves na 12ª
jornada relançou a luta pelo título
na IIª Divisão.
Os fozcoenses venceram 1-0
na receção aos vilafranquenses e
estão agora a apenas três pontos
do primeiro classificado, que con-
ta 25. À espreita por um lugar de
subida está também o Freixo de
Numão (3º), que foi ganhar 2-0
ao campo da ADC Castelos (8º).
Na 12ª jornada o Paços da Serra
(4º) derrotou em casa o Guarda
Desportiva (6º) por 4-1 e o Pala
(7º) foi ganhar 3-0 a Casal de
Cinza, último classificado, tendo
folgado o Nespereira (5º). Este
domingo faltarão seis jornadas
para o fim da prova e há dois jogos
importantes: Vila Franca-Paços
da Serra e Freixo-Foz Côa. Para a
13ª jornada jogarão ainda Pala-
ADC Castelos e Nespereira-Casal
Cinza. Folga o Guarda Desportiva.
Bell desde novembro de 2008,
destaca a Federação Portugue-
sa de Natação. Filipe Santos é
agora detentor de dois recordes
mundiais, pois é dele também
o melhor tempo dos 25 metros
livres (14s15’), e do recorde
da Europa (15s89’). Na Guarda
competiram 132 nadadores (97
masculinos e 35 femininos) em
representação de 33 clubes.
Quinta-feira • 21 de fevereiro de 2019 •
Atletismo
CA Seia sexto no Nacional de clubes
em pista coberta
O Centro de Atletismo de Seia
conseguiu alguns bons resultados
na final do Nacional de Clubes da
Iª Divisão em pista coberta, reali-
zado no fim de semana em Braga.
Os senenses conseguiram
imiscuir-se entre a forte concorrên-
cia dos atletas do Sporting, Benfica
e Juventude Vidigalense. O melhor
resultado foi de Rui Coelho, terceiro
classificado nos 5.000 metros mar-
cha com o tempo de 21m59s05’,
mais de 1m40s que o vencedor, o
sportinguista João Vieira. Nas res-
tantes provas realce para os quar-
Futsal
Cátia Morgado e Rute Duarte
vice-campeãs europeias
Espanha venceu Portugal por
4-0 na final do primeiro Europeu
de futsal feminino, que terminou
no domingo em Gondomar.
Entre as vice-campeãs euro-
peias há duas atletas da região e
nenhuma é profissional. A sabu-
galense Cátia Morgado, natural
de Vila Boa, tem 29 anos e é
optometrista. A ala alinha atu-
almente no Sporting, depois de
ter jogado no Sp. Sabugal, Guar-
da 2000, Fundão, AD Estação,
Karate
Guardenses com boas prestações
no Open de Matosinhos
Cinco karatecas da região
competiram no Matosinhos In-
ternacional NPK Karate Open,
que teve lugar no sábado e contou
com a presença dos melhores
atletas nacionais e algumas pre-
senças internacionais.
A Academia Egitaniense de
Karate Shotokan (AEKS) partici-
pou com três elementos, sendo
que Rui Jerónimo venceu a pro-
va de kata master (+ 35 anos).
Por sua vez, Gonçalo Guerra foi
segundo em kata juvenil (12-13
anos) após perder na final do seu
Esqui
Portugueses com resultados animadores
em provas mundiais
Os esquiadores consegui-
ram resultados animadores
no Campeonato do Mundo de
Esqui Alpino, que terminou no
domingo em Are (Suécia).
Vanina de Oliveira foi 37ª no
slalom entre 97 atletas, Samuel
Almeida conseguiu apurar-se
para a final do slalom gigante e
terminou no 59º lugar entre 120
atletas e o covilhanense Ricardo
Brancal também foi à final do
slalom, que concluiu na 48ª po-
sição entre 100 participantes. Já
no Festival Olímpico da Juventu-
de Europeia, que se realizou em
Sarajevo (Bósnia Herzegovina),
o também covilhanense Manuel
• 17
tos lugares de Rafael Oliveira nos 60
metros barreiras (8s73’) e de Vítor
Henriques no lançamento do peso
(14,61 metros). Já Isaac Lopes foi
quinto no salto em comprimento
com a marca de 6,61 metros. Co-
letivamente, o CA Seia terminou
na quinta posição, com 43 pontos,
menos 57 que o vencedor Benfica.
Na IIª Divisão, a ACR Senhora do
Desterro (São Romão) sagrou-se
vice-campeã em femininos e ca-
rimbou o regresso à Iª Divisão de
Clubes, enquanto em masculinos
terminou na sexta posição.
Novasemente e Avintenses. Já
a covilhanense Rute Duarte, de
34 anos, é militar da GNR e a
única mãe entre as 14 convoca-
das para a seleção. A ala/ pivô
joga no GD Valverde (Fundão),
tendo já representado o Estrela
do Zêzere, AD Fundão e a AD
Estação. Interrompeu a carreira
entre 2011 e 2015, período em
que foi mãe, e regressou à seleção
no final de 2018, catorze anos
depois da última convocatória.
escalão e Íris Fonseca terminou
na sétima posição de kata cadete
(14-15 anos). Resultado idêntico
obteve Diogo Grilo, do Núcleo Ka-
rate Shotokan de Pinhel, em kata
júnior (16-17 anos) e kata sénior,
onde disputou as meias-finais,
mas conseguiu passar à disputa
das medalhas. Da União de Karate
Shotokan das Beiras (UKSB) desta-
que para o terceiro lugar de António
Pereira, atleta de parakaraté do
Centro de Artes Marciais da Guarda,
na prova reservada aos karatecas
com deficiência cognitiva.
Ramos foi 51º no slalom entre
105 participantes, enquanto
o snowboarder Christian Oli-
veira conseguiu um segundo
lugar entre 33 atletas no slalom
gigante paralelo numa prova
FIS disputada em Simonhoehe
(Áustria). «São resultados assim
que motivam estes atletas e as
suas famílias a continuarem a
apostar nestas modalidades,
que motivam a Federação a
continuar a trabalhar e que,
espero, motivem os decisores
nacionais a acarinhar o nosso
futuro», declarou Pedro Farrom-
ba, presidente da Federação de
Desportos de Inverno - Portugal.
18 • • Quinta-feira • 21 de fevereiro de 2019
crónica
POLÍTICA
Honorato Robalo *
Não podemos
aceitar
Descentralização vs
Regionalização
Inscrita na Constituição da República
desde 1976, a regionalização ficou depen-
dente de referendo na revisão constitucional
de 1997 levada a cabo por Marcelo Rebelo
de Sousa, então presidente do PSD, e por
António Guterres (PS), primeiro-ministro
da altura, envolvendo também o CDS-PP de
Paulo Portas. Não podemos esquecer os que
lutaram na defesa de Região da Beira Interior
e os seus inimigos, os mesmos que mantêm
posições contrária à coesão territorial e social
da nossa região.
Quero salientar os resultados do in-
quérito sobre a organização do Estado e as
competências dos municípios, dirigido aos
308 presidentes de Câmara do país pelo
Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE-IUL),
sob coordenação do investigador Raul Lopes,
que conclui que 77% dos eleitos defendem
a criação de regiões administrativas a curto
prazo, enquanto 84% querem para essas
regiões órgãos próprios eleitos diretamente.
As vantagens da regionalização são
reconhecidas pela totalidade dos eleitos do
PCP, por 85% dos eleitos do PS e 67% dos
eleitos do PSD e do CDS-PP.
Perante estes resultados fico perplexo
nas atitudes de muitos dos autarcas que res-
ponderam ao referido inquérito. Não podemos
escamotear as responsabilidades do PS e
PSD que preferem uma atitude centralista à
aposta na transferência de competências da
administração central para as autarquias, mas
mantendo sempre as insuficiências, tanto a
nível de recursos humanos, como financeiros.
Não podemos alienar as funções sociais do
Estado para um patamar idêntico de setores
estratégicos da economia, nomeadamente
energia e comunicações, com consequências
nefastas para o interior do nosso país.
A Saúde, Educação, Cultura, Habitação
e Património – onde o Governo já tentou des-
pachar alguns equipamentos com a garantia
de que não haveria verba para compensar a
responsabilidade –, são algumas das funções
sociais do Estado que com a nova lei-quadro
passam para as autarquias locais.
A criação das regiões permitiria conferir
legitimidade e representatividade democrática
ao poder regional, através da eleição direta
pelos cidadãos, como acontece em todos os
níveis de poder, substituindo, por exemplo,
as comissões de coordenação regional, que
gerem um largo conjunto de competências
e de verbas, tanto do Orçamento do Estado,
como de fundos comunitários, mas cujos
responsáveis não são legitimados pelo voto
popular.
Do quadro de tropelias proferidas ao
poder local democrático por parte do PSD e
do PS, com o apoio do CDS-PP, conta-se a
extinção de freguesias, à revelia dos interesses
das populações e dos órgãos autárquicos, no
quadro da desconcentração de competências
da administração central para as autarquias
locais, assente na descentralização da despesa
e não da receita.
Temos que recolocar na agenda política a
implementação das Regiões Administrativas,
vinte anos depois do referendo, o país está
mais centralizado e desigual.
* Militante comunista
Greve de enfermeiros para totós
opinião
Pedro Narciso
A cortina de fumo é imensa. Vivemos em overdose informativa,
mendicidade de conhecimento e racionamento severo de sabedoria. As
“gordas” do mural de qualquer rede social servem apenas para validar
o nosso preconceito em relação a qualquer tema, e, sem mais questões,
emitir juízos.
A greve cirúrgica é prova disso mesmo. Para a generalidade dos por-
tugueses, os enfermeiros são mercenários que colocam a vida dos doentes
em causa e têm uma bastonária que será a sua versão de Bruno de Carvalho,
ainda que não se lhe conheça qualquer intenção de escrever um livro, ou de,
alegadamente, dar com um cinto a qualquer enfermeiro desalinhado.
O sumo informativo existe, mas depois de inquinado com “opinion
makers” e conferências de imprensa, basta passar os olhos por uma caixa
de comentários com notícias acerca deste tema para verificar que poucos
o alcançam ou sequer almejam. Torna-se então imperioso responder a um
conjunto de perguntas frequentes.
- Sabendo à partida da impopularidade desta greve, afastada das
centrais sindicais, sem a bênção de partidos, sem o beneplácito da co-
municação social e sem o apoio da opinião pública, porque se avançou
para a greve?
- Porque 20 anos de greves e promessas, maís inócuas que a hemo-
patia, que adensaram injustiças e iniquidades dentro e fora da profissão,
criaram a tempestade perfeita. Quando em 1999 foi criada a Licenciatura
em Enfermagem, ainda antes do pântano, podia o Governo ter optado pela
entrega de uma profissão ao domínio da vocação eclesiástica. Extinguia
as escolas superiores de enfermagem, que formam quadros superiores
de borla para outros países, colocava os seus professores nos hospitais e
pagava em futuros de criptomoeda celestial a monges e freiras.
- O que é hoje a Carreira de enfermagem?
- É parecida com o plano ferroviário nacional, dizem que existe, mas
ainda ninguém o viu. Em 2009, no Governo do eng. José Sócrates, contra
os interesses da classe, foi introduzida uma carreira onde nunca ninguém
entrou (CIT) ou progrediu (CTFP). Com o anunciado descongelamento
das carreiras houve esperança. Os CIT’s, que são já 50% dos enfermeiros
do SNS, iriam deixar de ser discriminados e os colegas CTFP progredir.
Errado, pois apesar das vacas voarem, as seringas não.
- Mas a passagem para as 35 horas e a reposição de suplementos
não foi cumprida?
- Foi cumprida, como foi para todos os outros funcionários públicos. A
promessa da passagem às 35 horas, com algumas exceções, foi cumprida,
ainda que não tenham sido repostos os horários com a contratação dos
1.900 enfermeiros necessários. Pelo que, em muitos casos, a já crónica
escassez de recursos humanos aumentou, bem como o trabalho extraor-
dinário ou, melhor ainda, os bancos de horas não remunerados.
- O Governo cedeu na introdução dos especialistas, correto?
- Sim. As especialidades pagas integralmente pelos próprios, sempre
para além dos horários de trabalho, serão reconhecidas sem qualquer va-
lorização salarial. Marques Mendes diz que não percebe a má vontade em
não desmobilizar após esta cedência. Também não sei se os enfermeiros
se contentam com uma medalha, um crachá ou uma taça. Mas tenho
agoradigoEU
Animais falantes, vacas voadoras e outras
opinião
Albino Bárbara tantas personagens de ficção
Todas as histórias conhecidas começam assim: Era uma vez…
Pois bem, no tempo em que os animais falavam todos tiravam pro-
veito dessa situação mesmo sabendo que tudo isso era uma verdadeira
confusão e o paleio bem conhecido servia, única e exclusivamente, para
se enganarem uns aos outros. Os burros imitavam a voz dos homens, os
homens imitavam os burros, os cães imitavam a voz dos gatos e até a
raposa, fina que nem um alho, imitava o cacarejar das pitas. O elefante
Koshik aprendeu a falar coreano, a baleia branca comunicava com os
humanos, o papagaio fala que se desunha e o bom do Vicente, na sua
roupagem negra, diz sempre a mesma coisa. Curiosamente, ou talvez
não, nesse tempo, no tempo em que os animais falavam, todos percebí-
amos a sua verdadeira intenção.
Nesta fábula do tempo encontrou-se o momento certo de oportunidade
onde todas as historietas afetam um número indeterminado de animais,
que todos os dias recorrem às híper lotadas urgências hospitalares para
tratar o celebre síndrome do escorpião.
E se a Alice, no alto do seu castelo, continua a viver no tal país das mil
e tantas maravilhas, aconselhando a infortuna lagarta, que dizer da outra
Alice, escondida por detrás do espelho, sequestrando a única galinha de
ovos de ouro, fintando definitivamente o lobo mau mesmo percebendo
que continua a existir a cantadeira cigarra e a explorada trabalhadora
formiguinha. E depois lá vem a cáfila toda: os ladrões da banca, os ladrões
como certo que o Governo não dispensa cêntimos para Párias e Sudras
e que na cabeça de muitos as categorias da nova carreira serão: Criado,
Mordomo e Governanta.
- Um aumento da base em 400 euros não é um exagero?
- Em 2013 uma classe profissional negociou um aumento de 900
euros, na FP, sem que MST tenha emitido o seu parecer acerca do seu
trabalho braçal. Ainda sem enfermeiros licenciados no mercado de trabalho,
a remuneração base de um enfermeiro era de três salários mínimos. Hoje
não chega a dois. São os mais mal pagos por paridade de poder de compra
no espaço da OCDE e estão na cauda dos pagamentos (Remuneração +
suplementos) na função pública, segundo os dados da DGAEP. O trabalho
noturno bem remunerado é afinal de outra índole.
- Mas o país tem um défice para cumprir. Pode ceder a estas lutas
corporativas?
- Sim. Os enfermeiros são responsáveis pelos buracos da CGD e do
Novo Banco. São eles que nomeiam amigos, famílias, militantes, jotas,
para cargos de assessores, gabinetes ministeriais, câmaras municipais…
onde o grau de diferenciação nunca é colocado em causa para que lhe seja
atribuída uma remuneração bem acima da média.
- Onde arranjaram os enfermeiros o dinheiro para financiar a greve?
- Se o Daniel Oliveira tivesse feito contas de primária notaria que
para os 400 mil euros bastavam menos de 10 euros a cada enfermeiro
e que os privados estão mais centrados na ADSE. Fiquei muito contente
pelo célere trabalho de investigação da ASAE. Ainda tive medo que uma
nota de escudo fora de validade ou com gordura fosse objeto de qualquer
contraordenação grave.
- Uma greve que coloca vidas de pessoas em causa é legitima?
- Como todos sabemos, todos os prazos de espera eram, antes da
greve cirúrgica, respeitados… Não, não eram, e ironicamente há hospitais
a operar mais agora e a extinguir listas de espera especificas em doente
oncológicos. Um SNS que funciona melhor sob protesto. Esta greve ainda
fará a primeira página do “Isto é Bizarro”.
- A requisição civil justifica-se?
- Seria uma ótima medida para adotar no Parlamento e terminando
definitivamente com os registos biométricos validados com logins de
terceiros.
-E o trabalho de Marta Temido?
- O clássico elefante na loja de loiça… aumentando a pressão numa
panela em ebulição há anos! Pedro Passos Coelho parecia, apesar de tudo,
ter razão ao aconselhar os enfermeiros a emigrar. Não há um que esteja
desmotivado no país que o acolheu e muito menos a pensar entrar nas
listas do programa “Regressar”
- Alguma palavra para o Sr. PM?
- Sr. PM, será pela cor da nossa farda, que o seu Governo nos adjetiva
de selvagens, criminosos e ilegais?
do sistema, os irmãos metralha, o João bafo de onça, o mancha negra, o
tio Patinhas, o rato Mickey, o pato Donald, o Zé grandão, os escovinhas
e o nosso bem conhecido coronel Cintra, que quer voar definitivamente
para outras paragens.
Já que falamos em voar, é bom ter-se em conta que andamos todos
enganados e, pelos vistos, as vacas têm asas e voam. Esses enormes
mamíferos deixaram de ter por missão o trabalho de campo e a produção
de leite (lá se vai a economia dos Açores), mudaram definitivamente de cor,
são agora alaranjadas e arrosadas, e têm presentemente, por incumbência,
substituir os novos aviões da TAP (que vêm com defeito de fabrico) para
voarem, de cornos em riste e mamas cheias, para um específico destino
europeu onde os bem-falantes, animais de uma figa, querem aterrar.
Finalmente e, quiçá pior que tudo isto, percebe-se que os velhos
patetas pensando acertar no tempo certo, com sentido ridículo de opor-
tunidade, de quem julga tramar Roger Rabbit, ladrando à lua, como se
dali pudessem mamar a cabra, pensando abocanhar o melhor osso, vai
cuspindo no prato onde sempre comeu e, de uma forma ruminante, sem
que os temperos lhes possam causar qualquer indigestão, vão cantando
e rindo, refletindo num processo estupidamente saudosista que lhes pode
vir a causar umas valentes dores de estômago. Mas isso é lá com eles.
Pela parte que me toca, dou isso de barato. Mas… Uma coisa eu sei. Que
não é bonito, lá isso não é…

anotações
opinião
Hélder Sequeira
A propósito do Colégio
do Sabugal
O XIII Encontro de Antigos Alunos, Professores e Funcionários
do Externato Secundário do Sabugal (ESS) vai realizar-se, naquela
cidade, no próximo dia 25 de maio.
Como foi divulgado recentemente, a iniciativa – à semelhança
do que tem acontecido em encontros anteriores – assume-se como
interação entre antigos alunos, ex-docentes e ex-funcionários, tempo
de convívio, partilha de memórias
O Externato Secundário do Sabugal, que funcionou até 1986,
foi dirigido desde 1955 por José Diamantino dos Santos, igualmente
professor e proprietário daquele estabelecimento de ensino, onde
estudaram milhares de jovens de sucessivas gerações.
Embora as instituições possam evidenciar projetos e pessoas,
também é certo que estas últimas contribuem, em larga medida, para
a sua afirmação; foi o que aconteceu com o impulsionador e obreiro
do Externato Secundário do Sabugal.
José Diamantino dos Santos nasceu no Freixial (concelho do
Fundão) em 1930; frequentou a escola primária de Vilar Maior (Sa-
bugal) e depois de uma passagem pelo Seminário Menor de Beja
e pelo Seminário Maior dos Olivais terminaria os seus estudos na
Universidade de Salamanca.
Regressado ao Sabugal (onde viria a ter uma ativa intervenção na
vida política e social, ao longo de décadas), empenhou-se em erguer
ali um projeto formativo, pedagógico e cultural; simultaneamente um
espaço de convívio, prática desportiva, de permanente acompanha-
mento dos alunos, quer dos residentes na sede do concelho, quer de
todos quantos diariamente se deslocavam das suas aldeias.
Emblemática instituição daquele concelho, o Externato Secundá-
rio do Sabugal possibilitou a sequências dos estudos a um elevado
número de jovens que, por motivos diversificados – mormente de
ordem económica – não tinham ao seu alcance a opção por outros
centros urbanos; aliavam, na frequência deste estabelecimento de
ensino, a vantagem de não ficarem afastados das suas famílias e
terras de origem.
Num concelho fortemente marcado, nessas décadas, pela emigra-
ção, muitos dos alunos podiam ter desta forma o acompanhamento
direto por parte dos seus familiares (avós, tios, etc.) que continuaram
a residir nesta região raiana, travando o despovoamento, resistindo
estoicamente às dificuldades de um interior ostracizado e longínquo
dos centros de decisão, mantendo vivências e tradições, salvaguar-
dando traços identitários.
O Colégio do Sabugal, como era também designada esta institui-
ção de ensino secundário, consolidou a preparação dos seus alunos
para novas fases de formação académica e outrossim para a vida,
imprimindo-lhe a sua matriz, independentemente das opções pos-
teriores, dos rumos profissionais seguidos, das diferentes escolhas
geográficas para trabalharem.
Este encontro, dinamizado anualmente por sucessivas comissões
de diferentes escalões etários, não se resume, contudo, ao momento
festivo ou ao ritual de um assumido compromisso de calendário; é uma
homenagem a quem soube guindar um projeto formativo e cultural,
a quantos transmitiram o seu saber e alicerçaram a atividade letiva,
é o reconhecimento do importante papel da referida instituição no
desenvolvimento do tecido comercial e no incremento da economia
local e concelhia; é também tempo de reencontro.
Como escreveu Vergílio Ferreira, «o que mais importa não é o
novo que se vê mas o que se vê de novo no que já tínhamos visto».
Encontros desta natureza, para além da importância que assumem
enquanto iniciativa de festejo da amizade e reforço de laços afetivos,
representam igualmente uma proposta de reflexão em torno da
necessidade de um estudo sobre a história dos estabelecimentos de
ensino desta região do interior; dos existentes e sobretudo daqueles
que existiram... para memória futura.
www.ointerior.pt
Cardápio da política
rasteira
opinião
Ângela Guerra *
Acabar com portagens significa transferir en-
cargos dos utilizadores para os contribuintes, ou
seja, mexer no Orçamento de Estado.
Ora, se essa é realmente a intenção dos partidos
da esquerda, a pergunta que deverá ser colocada é
a de que, porque razão, não terão sido as propos-
tas, que se discutem por estes dias, apresentadas
por ocasião do debate dos últimos quatros Orça-
mentos de Estado e que comunistas e bloquistas
aprovaram?
E porque razão não condicionaram estes
partidos o apoio ao governo do PS e a aprovação
dos orçamentos de 2016, 2017, 2018 e 2019 à
abolição destas portagens? Por puro calculismo,
demagogia e hipocrisia política. Uma vergonha! O
PS votou contra e chumbou as propostas destes
partidos. Mas alguns deputados socialistas foram-
se revezando no apoio intermitente às propostas
da esquerda radical, em função da relação destas
com os distritos por onde foram eleitos. Ou seja, os
deputados do PS eleitos por Castelo Branco acham
bem que se acabe com as portagens na A23, mas
acham que se devem manter na A24. Já os de Vila
Real entendem que podem acabar na A24, mas
devem continuar na A23.
Um elogio fúnebre à coerência e à justiça
territorial e uma incontrolável vontade de enganar
os eleitores destas regiões, numa espécie de “car-
dápio” de política rasteira. E desta feita para todos
os gostos!
Deviam no mínimo recorrer à memória e lem-
brar que o país em geral e o Interior em particular
têm esta sobrecarga nos ombros por causa dos
desmandos do “socratismo” que tanto veneram e
recordarem quem, em 2010, aprovou a cobrança
destas portagens. Acrescendo o facto de que
as promessas do Dr. António Costa para reduzir
significativamente as portagens no Interior nunca
foram cumpridas.
Não, na política não vale tudo!
Sim, é preciso reduzir as portagens no interior,
tornando-as mais justas e solidárias. Mas se o que-
remos realmente fazer terá de ser no momento certo
e de forma séria, por ocasião do debate e aprovação
dos Orçamentos de Estado e encontrando a forma
de compensar a perda de receitas necessárias para
honrar as dívidas herdadas dos Governos do Eng.
Sócrates. Mobilizando, por exemplo, para este
fim uma parte das receitas geradas com o brutal
aumento de impostos com que o atual governo nos
brindou em matéria de combustíveis.
O grupo parlamentar do PS, em bloco, foi quem
votou contra e chumbou estas iniciativas.
Por fim e para que os habitantes do distrito
da Guarda melhor entendam este afã mediático
(ou não estejamos em ano eleitoral), referir, que,
o que se votou foram meras Recomendações dos
partidos da esquerda mais radical (PCP e BE), ao
Governo (de que os próprios também fazem parte),
sem qualquer efeito prático quanto à efetividade da
medida. Só conversa!
Greves diferentes
Ninguém de boa-fé duvida que a atividade pro-
fissional de enfermagem é prestada, de uma forma
geral, em condições de grande penosidade, não
raro, com manifesta sobrecarga física e psíquica,
bem como, em situações de elevado risco e com
excesso de horas de trabalho.
O evidente “esboroar” dos serviços e pro-
fissões da área da saúde contribuiu para uma
situação de rutura, como contribuiu este longo e
infrutífero calvário negocial que os sindicatos dos
enfermeiros levaram a cabo com um Governo que,
sistematicamente, empurra os problemas com a
Quinta-feira • 21 de fevereiro de 2019 • • 19
barriga, só cedendo sob pressão; um Governo que
atrasa as progressões na carreira e adia o paga-
mento de suplementos remuneratórios devidos
àqueles profissionais de saúde; um Governo que
não contrata os profissionais necessários para
assegurar mínimos de qualidade e segurança
nos serviços de saúde - e são precisos milhares,
depois da redução dos horários de trabalhos, sem
a devida salvaguarda das necessidades efetivas
dos serviços.
É por isso que a requisição civil decretada
simboliza a falência da capacidade negocial de um
Governo em desespero, vítima da mentira com
que procurou, ao longo destes 3 anos, enganar os
portugueses, fazendo-os crer que tinha virado a
página da austeridade.
A aviltante degradação dos serviços públicos,
o investimento inexistente nos hospitais, a falta
de material clínico, o brutal aumento dos tempos
de espera para consultas e cirurgias, são bem a
marca de uma governação falhada do PS, com o
apoio cúmplice do Partido Comunista e do Bloco
de Esquerda!
As adjetivações “selvagens” não resolvem coisa
alguma e apenas denotam um Governo apostado
em virar portugueses contra portugueses, num
grave problema de sobreposição de direitos e que
necessita muito mais de bom senso e capacidade
negocial e menos de estilos linguísticos inflamados.
E já agora que as posições se estremaram ra-
dicalmente que se deixem os tribunais e a Justiça
pronunciar.
Porém, a nossa saúde não se compadece com
esperas infinitas e a defesa intransigente do abso-
luto direito dos utentes, das pessoas em acederem
de forma atempada aos serviços de saúde é o que
deverá nortear quem tem a obrigação de fazer bem
mais e melhor.
Narrativa colorida sobre o PT 2020
No passado fim de semana, António Costa
regressou ao discurso da “sua” execução de
fundos do PT2020, e a comparação com a situ-
ação que herdou, numa tentativa desonesta de
destacar a (in)competência do ministro Pedro
Marques como candidato às eleições Europeias.
Vamos aos factos.
A 30 de abril de 2016 Portugal era o Estado-
Membro com mais fundos executados (888 milhões
de euros), seguido da França com (790 milhões) e
do Reino Unido (723 milhões). Ou seja, Portugal
liderava a execução, com o total de verbas efetiva-
mente pagas e executadas.
O primeiro-ministro diz agora que Portugal é o
2º melhor – Pedro Marques até disse que Portugal
era o 1º – país, em matéria de execução. Mas se
olharmos para os dados da Comissão Europeia,
enviados ao Parlamento Europeu a 11 de fevereiro
último, Portugal é sim o sétimo; com apenas 34%
de execução, tal como a Grécia e Espanha.
O truque de António Costa foi comparar com o
que lhe deu mais jeito.
Este quadro comunitário deverá terminar a sua
execução até 2020, ou seja, faltam menos de dois
anos e 75% das verbas estão ainda por utilizar. E
a posição relativa de Portugal face aos restantes
Estrados Membros não é ainda pior porque, na
verdade, a maioria dos países tem baixas execu-
ções. Mas também, poucos, como nós, dependem
tanto dos fundos europeus, já que 85% do nosso
investimento público vem de Bruxelas.
* Deputada do PSD na Assembleia da Repú-
blica eleita pelo círculo da Guarda e presidente
da Assembleia Municipal de Pinhel
 opinião
20 • • Quinta-feira • 21 de fevereiro de 2019

rua da corredoura, 80 - R/C Dto - C 6300-825 Guarda

bilhete postal
Redacção/Publicidade: 271212153 • www.ointerior.pt • publicidade@ointerior.pt • ointerior@ointerior.pt

Internet Ainda os enfermeiros dcabrita@iol.pt

Diogo Cabrita

Site de O INTERIOR com picos de Factos importantes para analisar os acon-

tecimentos atuais: 1. Ser enfermeiro desde o
de repartição, diretores gerais, presidentes de
fundações, dirigentes de ARS e hospitais, cargos

7 mil leitores nos últimos 28 dias ano 2000 foi mais difícil do que ser advogado ou
engenheiro, pois a média de entrada nos cursos
era muito maior para Enfermagem. As universi-
Janeiro O INTERIOR está dades aceitavam médias negativas e as escolas
a dar cartas no digital de Enfermagem exibiam médias de 15 valores
graças ao novo site como mínimo. 2. O curso de Enfermagem tem
85% de mulheres, sendo entre as licenciaturas o
do jornal. Inaugura-
emprego mais feminino desde país. 3. O ataque
do a 15 de novembro, nas redes sociais à bastonária dos Enfermeiros
o ointerior.pt está em é frequentemente sexista, imoral e sabujo. 4. A
crescimento constan- imoralidade de não aumentar salário e retirar
te desde então e nos direitos a uma geração de enfermeiros durante
últimos 28 dias atin- 20 anos é obra de ministérios sucessivos. 5. Há
giu picos com mais cedência na AutoEuropa, nos estaleiros (onde
de 7 mil pessoas a Portugal perdeu dezenas de milhões de euros),
nalgumas reivindicações dos professores e dos
aceder à nossa pá-
técnicos paramédicos. 6. Os silêncios e as falsas
gina da Internet, de verdades têm proporção gigantesca neste conluio
acordo com o Goo- de esquerdas, onde se nega a evidente perma-
gle Analytics. Nesse nência de austeridade, onde se omite os 750 mil
Últimos 28 dias
período, o site de O incumpridores de pagamento aos bancos, onde se
INTERIOR registou omite Victor Constâncio (socialista e responsável
mais de 75 mil uti- durante muitos anos da fiscalização dos bancos)
lizadores, o que sig- quando se fala de Carlos Costa, do Banco de
nifica um aumento Portugal, onde se apaga o roubo de Tancos (um
novo Camarate), onde se esconde a verdade do
de 39,7 por cento
Novo Banco e a profundidade do BPN, onde se
relativamente aos 28 deixa cair de maduro o contrato da Brisa, onde se
dias anteriores. Em aferrolha o melhor hospital porque é PPP, onde se
média, há mais de 5 esconde a verdade do envelhecimento do Estado,
mil pessoas por dia a podridão das estruturas sem manutenção, a
a ler as publicações transversalidade da decadência das estruturas
do novo site de O IN- públicas, onde ninguém investiga as famílias
TERIOR em www. inteiras de socialistas que se apoderam do apare-
lho de Estado sob a forma de deputados, chefes
ointerior.pt.
internacionais (Ana Gomes e filha, César e filhos
e sobrinhos, Vieira da Silva e mulher e filhos, Vital
Moreira , mulher e filhos, Catarina e irmão, marido
e primos e cunhados, …) 7. O ataque à revolucio-
nária greve dos enfermeiros traduz o desnorte dos
líderes sindicais do PCP e a incapacidade de fazer
face à adversidade do Governo socialista já testada
nos fogos de Pedrogão, no inadmissível ridículo
de Tancos, nos relatórios da árvore criminosa
que se movia e dançava na Madeira, no relato da
comissão parlamentar sobre a CGD, na negocia-
ção dos Kamov, no buraco negro das dívidas da
saúde a fornecedores. 8. Por tudo o que disse
atrás a tentativa burlesca de fazer a Procuradoria
cantar a música do Ministério, dando uma pauta
hermética e truncada, é um momento torpe do PS
e do seu governo. Os enfermeiros (devíamos dizer
as enfermeiras) têm razão e não houve cedência
nenhuma porque não se espera das mulheres
o protagonismo da violência de rua. Já escrevi
noutros tempos e lugares que os enfermeiros têm
de resolver problemas internos enormes, mas são
da sua lavra e devem lavar a roupa suja dentro de
casa. Têm de discutir os cargos de ausência de
função com doentes, a remuneração suprema
a quem não presta cuidados e a miséria a quem
cuida, têm de definir as especialidades que lhes
competem, as carreiras, o número de formandos,
o número de escolas, o seu protagonismo nos cui-
dados continuados e nos lares, enfim… não lhes
faltam assuntos apesar de serem uma profissão
bem antiga. Nesta greve e na forma de a realizar
estamos perante um ato inovador e revolucionário
ao estilo dos coletes amarelos franceses e com
consequências imprevisíveis no futuro.
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