RELATÓRIO FINAL
JUNDIAÍ - SP
Ago-2018
ALUNO: Marcio Jose Pícolo
CURSO: Psicologia
MODALIDADE: BIC
JUNDIAÍ - SP
SUMÁRIO
RESUMO ................................................................................................................. 4
1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 5
2. OBJETIVOS......................................................................................................... 7
3. METODOLOGIA .................................................................................................. 8
6. REFERÊNCIAS. ................................................................................................ 16
4
RESUMO
1. INTRODUÇÃO
*Hayes SC, Strosahl KD, Wilson KG. Acceptance and commitment therapy: an experiential approach to
behavior change. New York: The Guilford Press. 1999. Apud (3)
** Skinner BF. What is Wrong with Daily Life in the Western World? Em: B. F. Skinner. Upon
Further Reflection (pp.15-31). Englewood Clifs, NJ: Prentice Hall. 1987. Apud (11)
7
2. OBJETIVOS
O presente projeto tem como objetivo geral identificar, por meio de revisão
bibliográfica da literatura, como são formados os ambientes sociais coercitivos mais
comuns e que podem predispor a pessoa ao suicídio, utilizando para isso as
definições conceituais de autores fundamentados no Behaviorismo Radical.
Como objetivos específicos, pretende-se: (a) comparar os ambientes sociais
coercitivos relacionados ao suicídio em diferentes faixas etárias, crianças,
adolescente, adultos e idosos e (b) analisar as mudanças nos contextos sociais que
influenciam o fenômeno do suicídio.
Portanto, identificar quais aspectos do convívio social tem colaborado para a
ocorrência do comportamento suicida atual pretende desta forma propor um
caminho de prevenção que possa minimizar as estatísticas de suicídio e demonstrar
que para um mundo capitalista, muito mais que recuperar pessoas, promover
relações saudáveis pode ser lucrativo. O conhecimento construído nesse estudo
poderá favorecer a formação de profissionais da psicologia para lidarem com o tema
no exercício de sua função.
8
3. METODOLOGIA
Inglês 16
Português 25
Total Geral 47
10
Após a seleção dos estudos, foi realizada a leitura completa apenas dos
artigos, dissertações e teses que atenderam aos critérios de inclusão (47 artigos) e
após a leitura, categorizados através dos seguintes tópicos: nome do artigo, autores,
objetivo, delineamento da pesquisa, participantes, instrumentos, análise de dados,
principais resultados e principal conclusão. Aos artigos teóricos, tópicos como
delineamento da pesquisa, participantes, instrumentos e analise de dados não foram
preenchidos.
Ao término da leitura completa, foram selecionados para este trabalho apenas
os artigos que referem especificamente ao tema da pesquisa, sendo como principais
critérios de exclusão, artigos que destacavam dados epidemiológicos, individuais,
psicopatologias, que não relacionavam ambiente social e/ou suicídio.
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Crianças
Adolescentes
mais que o jovem não goste de relembrar o passado, ele está incrustado em seu
presente20.
No que se refere aos fatores do ambiente social de proteção do suicídio do
jovem adolescente, são os mesmos conhecidos na prevenção de outras iniquidades,
pesquisas destacam os seguintes: pessoas que possuem bons vínculos afetivos;
sensação de estar integrado a um grupo ou comunidade; religiosidade; estar casado
ou com companheiro fixo; ter filhos pequenos21,24,25. As escolas onde os estudantes
relataram um clima escolar mais positivo tiveram menos estudantes com problemas
de uso de álcool e menos estudantes envolvidos em violência e comportamentos de
risco25.
Fatores estressores de media a baixa exposição são considerados normais e
necessários sendo de fundamental importância prevenir a vitimização grave no início
da vida27. A compreensão que se deve ao estado dinâmico de tensão entre
indivíduos, famílias, comunidades e culturas, não sendo um estado permanente do
ser é o desenvolvimento característico definido como resiliência18.
Adultos
Idosos
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS.
ambientes sociais. Outro fator importante observado são que as duas definições
para suicídio, tanto a de Sidman5, fuga e esquiva, e a de *Hayes, Strosahl e Wilson3,
comportamento verbal e Durkein4,30, o suicídio como um produto da sociedade e a
sociedade industrial como altamente repressora, podem ser observados e
adaptados nos resultados apresentados na pesquisa
O reconhecimento de problemas sociais como fatores que predispõem
indivíduos ao comportamento suicida, sendo aqui considerada a ideação, tentativa e
consumação do ato, é apontado e evidenciado neste trabalho, no entanto falta uma
analise mais minuciosa sobre o estabelecimento e manutenção dessas relações.
A pesquisa teve como foco de revisão o ambiente social, por isso não ficou
concentrado há uma fase do desenvolvimento específica, faixa etária, cultura, país
ou classificação dos maiores índices de suicídio. Devido ao processo de
aprendizagem, eventos aversivos determinarão nossos comportamentos
aumentando ou diminuindo a probabilidade deles se repetirem em situações
semelhantes. Sendo o fator que possibilitará cada individuo agir impulsivamente
contra a própria vida a sua sensibilidade a exposição e a intensidade das vivências
aversivas experienciadas ao longo da vida.
Embora haja uma grande quantidade de pesquisas sobre o tema ambiente
social e suicídio, há uma escassez de pesquisas empíricas que estudam como
esses ambientes são estabelecidos e mantidos, assim como publicações na
abordagem da psicologia analítica comportamental.
Identificar aspectos do convívio social que tem colaborado para a ocorrência
do comportamento suicida sugere um caminho que possa minimizar as estatísticas
de suicídio. O conhecimento construído nesse estudo esta relacionado a
contribuição da psicologia ao país, como descreve no site do CFP Brasil sobre a
atuação do órgão: “[...] propõe a luta pelo fim de todas as formas de violência
presentes nas instituições, nos locais de isolamento, na intolerância à diversidade
cultural, religiosa, sexual e racial e na criminalização dos movimentos sociais”42.
A mudança neste contexto é desafiadora, complexa e de longo prazo, mas
para que se perpetue e de fato colabore para uma maior humanização das relações,
começa por ações cotidianas, individuais, desde questionamentos a pesquisas que
*
Hayes SC, Strosahl KD, Wilson KG. Acceptance and commitment therapy: an experiential approach to
behavior change. New York: The Guilford Press. 1999. Apud (3)
16
deem visibilidade necessária e aponte novos caminhos para uma sociedade mais
sustentável em todas as suas vertentes.
6. REFERÊNCIAS.
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2007.
11. Costa CE, Cançado CRX, Zamignani DR, Arrabal-Gil SRS. Comportamento em
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Disponivel em: http://www.scielosp.org/pdf/csc/v22n9/1413-8123-csc-22-09-
3099.pdf
14. Fonseca MH, Fonseca SG, Gomes CS, Nogueira DMG, Soares LS. Bullying:
Forma de violência e exclusão escolar. 2012. [Acessado em: 2018 janeiro 24].
Disponivel em: http://www.redalyc.org/pdf/2730/273023568100.pdf
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17. Gómez FE, Pamplona VZ, Hernández VB, Suárez CMH, Sánchez OAN, García
GRP. Violencia doméstica y riesgo de conducta suicida en universitarios
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id=S0036-36342010000300005
21. Araújo LC, Vieira KFL, Coutinho MPL. Ideação suicida na adolescência: um
enfoque psicossociológico no contexto do ensino médio. 2010. [Acessado em:
2018 janeiro 14]. Disponivel em:
18
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-
82712010000100006
23. Wendt GW, Saraiva C, Lisboa M. Agressão entre pares no espaço virtual:
definições, impactos e desafios do cyberbullying. 2013. [Acessado em: 2018
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24. Goldston DB, Molock SD, Whitbeck LB, Murakami JL, Zayas LH, Hall GCN.
Cultural Considerations in Adolescent Suicide Prevention and Psychosocial
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25. Denny SJ, Robinson EM, Utter J, Fleming TM, Grant S, Milfont TL, et al. . Do
Schools Influence Student Risk-taking Behaviors and Emotional Health
Symptoms?. 2011. [Acessado em: 2018 março 01]. Disponivel em:
http://www.jahonline.org/article/S1054-139X(10)00312-5/fulltext
27. Geoffroy MC, Boivin M, Arseneault L, Renaud J, Perret LC, Turecki G, et al. .
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29. Borowsky IW, Taliaferro LA,McMorris BJ. Suicidal Thinking and Behavior Among
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19
30. Hatzenbuehler ML. The Social Environment and Suicide Attempts in Lesbian,
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https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3081186/pdf/zpe896.pdf
31. Santos MAF ,Siqueira MVS ,Mendes AM. Sofrimento no trabalho e imaginário
organizacional: ideação suicida de trabalhadora bancária. 2011. [Acessado em:
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32. Alves RA, Pinto LMN, Silveira AM , Oliveira GL , Melo EM. Homens, vítimas e
autores de violência: a corrosão do espaço público e a perda da condição
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reflexões bioéticas. 2015. [Acessado em: 2018 janeiro 14]. Disponivel em:
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36. Castillo RL, Cifuentes SV, Briceño ML, Noriega KR. Características del
comportamiento suicida en cárceles de Colombia. 2014. [Acessado em: 2018
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37. Patel V. Building social capital and improving mental health care to prevent
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39. Sousa GS, Silva RM, Figueiredo AEB, Minayo MCS, Vieira LJES. Circunstâncias
que envolvem o suicídio de pessoas idosas. 2013. [Acessado em: 2018 janeiro
20
40. Silva RM, Mangas RMN, Figueiredo AEB, Vieira LJES, Sousa GS, Cavalcanti
AMTS et al. Influências dos problemas e conflitos familiares nas ideações e
tentativas de suicídio de pessoas idosas. 2015. [Acessado em: 2018 fevereiro
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41. Minayo MCS, Cavalcante FG, Mangas RMN, Souza JRA. Autópsias psicológicas
sobre suicídio de idosos no Rio de Janeiro. 2012. [Acessado em: 2018 janeiro
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