DIREITO A EDUCAÇÃO
Gravataí
2018
INTRODUÇÃO
De acordo com a Constituição Federal de 1988, o artigo 208 deixa claro que
“toda criança tem assegurado o direito a educação a partir dos 6 anos”. Ou seja, é
dever do Estado que toda criança tenha direito e acesso aos conhecimentos
produzidos pela humanidade, ou seja, o conhecimento científico. Quando instaurou-
se a Idade Moderna, a pedagogia nasceu como ciência e o Estado começou a
nortear a Educação separando esta responsabilidade, antes da Igreja. Neste período
assim como hoje, o objetivo da educação é formar bons cidadãos, integrando-os no
mercado de trabalho e ensinando os conhecimentos científicos formando-o para o
exercício da cidadania.
Estabelecida a Pedagogia como Ciência, criou-se a necessidade de gestão
desta aprendizagem, onde foram estabelecidas diretrizes curriculares de forma a
nortear educadores na prática da função com o auxílio da observação e
documentação para poderem gerir o desenvolvimento dos alunos. É indispensável a
avaliação processual para que o educador possa assim realizar os ajustes
necessários para que todos aprendam, avancem e se desenvolvam igualmente,
tornando o aluno um protagonista do processo de aprendizagem. Destaca-se assim
a importância dos conhecimentos prévios visando uma articulação entre o conteúdo
escolar e o cotidiano possibilitando assim um planejamento adequado às
necessidades cognitivas dos aluno e mapeamento dos alunos com considerações
sobre esses saberes prévios.
As avaliações, sejam elas formativas, durante o processo educacional ou
processuais, assumindo várias formas que vão da observação até a aplicação de
exames de conhecimento tem como objetivo o diagnóstico das experiências de
aprendizagem. “Avaliar é o ato de diagnosticar uma experiência, tendo em vista
reorientá-la para produzir o melhor resultado possível; por isso, não é classificatória
nem seletiva; ao contrário, é diagnóstica e inclusiva. O ato de examinar, por outro
lado, é classificatório e seletivo e, por isso mesmo, excludente, já que não se destina
à construção do melhor resultado possível; tem a ver, sim, com a classificação
estática do que é examinado.”( LUCKESI, dez 2002).
Professores que organizam seus registros sobre os alunos e usam bons
instrumentos de acompanhamento, podem assim solucionar melhor os desafios que
a aprendizagem apresenta. As diferentes teorias da aprendizagem concordam ao
afirmar que a mesma se dá por meio das apropriações realizadas pelo sujeito
podendo utilizar-se dos diversos “pontos de ancoragem” (conforme Ausubel -1980)
apresentados pelos conhecimentos prévios para servir de ponto de partida para o
sujeito receber novas ideias e conceitos possibilitando ao aprendiz a mudança de
seu conhecimento prévio adquirindo novos significados.
Cabe ao professor realizar um estudo sobre as diretrizes que serão aplicadas
a cada ano, tomando decisões e fazendo escolhas pensando sempre na
aprendizagem dos alunos e não, mecanicamente seguir o currículo escolar e o
índice do livro didático. É necessário avaliar o que é de fato importante aos
estudantes e ordenar o que será apresentado e os principais conceitos de modo a
promover uma boa interação disso com os conhecimentos prévios dos aprendizes.
Relacionando a educação, a escola e a sociedade, podemos conceituar a
escola como uma instituição social com origem e desenvolvimento na modernidade,
tendo em vista que o historicamente o ensino público sofre com a precarização
decorrente da ação do Estado. Mas ainda assim, a instituição escolar tem a
finalidade social e política de contribuir para a organização da sociedade brasileira,
criando um processo de conscientização e possibilitando que o sujeito possa
conhecer e interpretar o mundo e o integre no mundo social adulto.
2. A LDB e as políticas públicas