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COLÉGIO ESTADUAL SANTO ANTONIO

ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E PROFISSIONAL


Lançando Objetivos! Colhendo Ideais!

CASA FAMILIAR RURAL DE PINHÃO


(Centros Familiares de Formação por Alternância – CEFFA’s)
Formando Jovens Agricultores

PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO
2017
PINHÃO – PARANÁ

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Precisamos contribuir para criar a escola que é aventura , que marcha, que não
tem medo do risco, por isso que recusa o imobilismo. A escola em que se pensa,
em que se atua, em que se cria, em que se fala, em que se ama, se adivinha, a
escola que apaixonadamente diz sim à vida. ( Paulo Freire)

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SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO......................................................................................................... 04

1.IDENTIFICAÇÃO........................................................................................................ 05

1.1.Identificação do Estabelecimento........................................................................ 05

1.2. Histórico do Colégio........................................................................................... 06

1.3. Atos oficiais........................................................................................................ 11

1.4.Histórico da Casa Familiar Rural de Pinhão........................................................ 15

1.5. Equipe Gestora................................................................................................... 19

2. DIAGNÓSTICO DA INSTITUIÇÃO........................................................................... 24

3 . FUNDAMENTOS...................................................................................................... 33

4. PLANEJAMENTO .................................................................................................. 54

5. SISTEMA DE AVALIAÇÃO ................................................................................... 68

6. EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVA..................................... 82

7. PROPOSTA PEDAGÓGICA.................................................................................... 86

8. PROJETOS.............................................................................................................. 94

9. DADOS SAEP 2017.................................................................................................. 107

10. PROPOSTA CURRICULAR ................................................................................... 114

11. APROVAÇÃO PELO CONSELHO ESCOLAR....................................................... 490

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APRESENTAÇÃO
O Colégio Estadual Santo Antonio – Ensino Fundamental e Médio (com
Qualificação em Agroecologia mediante a inserção da Casa Familiar Rural – CFR)
localizado à Rua Sete de Setembro, nº 58 – Bairro Lindouro, Pinhão – Paraná, é
uma instituição de natureza pública, mantida pela Secretaria de Estado da
Educação do Governo Estadual do Paraná - SEED, constituída com caráter
educacional, tendo suas atividades desenvolvidas à luz dos artigos 5º, incisos IX,
XIII, 6º, 205, 215 da Constituição Federal, promovendo seu alunado através da
educação e da cultura, tendo como fundamento os princípios delineados na LDB
9.394/96 em seu artigo 3º, incisos I a XI.

Ao organizar-se como entidade de caráter educacional e cultural, o Colégio


assume o papel de colaborador da missão do Estado e da Sociedade, tendo por
escopo a promoção da pessoa através da educação e da cultura, para seu
desenvolvimento pessoal, procurando torná-la apta ao exercício consciente de
seus direitos e deveres como cidadão, incluindo ainda a formação em agricultura
aos jovens do campo.

Ao manter suas atividades educacionais e culturais, oferecendo os cursos de


Ensino Fundamental (séries finais), Ensino Médio e Qualificação em Agricultura
(Casa Familiar Rural) em sistema semestral, o colégio estará proporcionando a
seus educandos condições para que os mesmos possam vivenciar os mínimos
sociais contidos no Art. 6º da Constituição Federal. Portanto, o Colégio através de
suas atividades, de suas ações, estará promovendo o bem comum, a paz e a
prática da justiça inspirado no princípio da unidade nacional e nos ideais de
liberdade, respeito e solidariedade humana e a valorização dos povos do campo e
a importância da sustentabilidade.

A educação se constitui em direito de todas as pessoas, dever do Estado e


da Família e deve ser promovida e incentivada com a colaboração da sociedade,
visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da
cidadania e sua qualificação para o trabalho e valorização das culturas do campo.

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Como Instituição Pública, educacional e cultural, o Colégio manifesta e
realiza ações formadoras e transformadoras da sociedade através de seus alunos,
dando-lhes, em consequência, condições ao pleno exercício da cidadania.

1. IDENTIFICAÇÃO

1.1. Identificação do Estabelecimento

NRE: GUARAPUAVA

Município: PINHAO

Dependência Administrativa: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

Nome: COLÉGIO ESTADUAL SANTO ANTONIO – ENSINO FUNDAMENTAL,


MÉDIO E PROFISSIONAL.

Sistema: SERIADO TRIMESTRAL

Endereço: RUA SETE DE SETEMBRO Número: 58

Bairro: LINDOURO

Cidade: PINHÃO - PARANÁ

Zona: URBANA

CEP: 85170-000

Fone: (042) – 36773970

Fax: (042) 36771286

Home-page: www.phosantoantonio.seed.pr.gov.br

E-mails: phosantoantonio@seed.pr.gov.br

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NRE: GUARAPUAVA

Município: PINHAO

Nome: CASA FAMILIAR RURAL DE PINHÃO – CENTROS FAMILIARES DE


FORMAÇÃO POR ALTERNÂNCIA – CEFFA‘s

Sistema: SERIADO TRIMESTRAL / PEDAGOGIA DA ALTERNÂNCIA

Endereço: RODOVIA 170 – CENTRO DE PRODUÇÃO

Cidade: PINHÃO - PARANÁ

Zona: URBANA

CEP: 85170-000 Foi para homenagear o nome da


localidade que a escola chamava-
Fone: (042) – 3677 - 2866 se Santo Antonio.

E-mails: cfrpinhao@pop.co

1.2. Histórico do Colégio Estadual Santo Antonio e da Casa Familiar Rural de


Pinhão – Ensino Fundamental, Médio e Profissional.

Uma instituição não tem cara e não tem alma, não tem
histórias...

Cara e histórias têm as pessoas que ali trabalham e são elas


que lhe fornecem alma.

(Luiz Fernando Veríssimo)

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O Colégio Estadual Santo Antônio tem sua história entrelaçada com as
raízes da educação da cidade de Pinhão, com um passado de vontade e de
determinação que remonta a 1988.

Até o ano de 1987, as atividades escolares foram realizadas na localidade de


Santo Antonio, Cerrinho, localizada no interior do município de Pinhão. Em
homenagem ao nome do padroeiro daquela comunidade a denominação era
Escola Estadual Rural Santo Antonio.

Inúmeras foram as razões que influenciaram na transferência da escola rural


para a cidade, das quais destacam-se: a aposentadoria da
professora, Sra. Marlene Abreu, que era residente na localidade, Foram inúmeras as razões que
influenciaram na transferência da
gerando com isso a necessidade de uma professora substituta escola rural para a cidade
(porém, não havia professora estadual residente na localidade) e
o número de alunos matriculados não alcançava o mínimo para o funcionamento
da escola; o aumento da população urbana, o que vinha gerando a necessidade
de criação de mais uma escola para atender a demanda, entretanto o Estado
negou o pedido para a criação de nova escola estadual. Diante desses fatos, a
escola rural foi transferida para a cidade, à Rua Expedicionário Antonio Pires e
passou a ser denominada Escola Estadual Santo Antonio – Ensino de 1º Grau.

Na época, teve importante participação a Prof a Luci Terezinha Martins, que


não mediu esforços para a implantação da nova escola estadual de 5 a a 8a série.
Contribuiu para isso o fato de seu esposo, Prof o Joel Neri Martins, responder pela
Inspetoria da Educação no município e estarem, politicamente, afins com o
governo estadual.

Em 1988, houve a implantação de turmas de 1ª a 6ª Desde sua transferência para a


cidade, a escola sempre
séries. No ano seguinte, devido o número de matrículas terem necessitou ampliar seu espaço
sido superior à capacidade física do estabelecimento, foi físico devido ao aumento da
demanda ano após ano.
necessário efetuar a locação de nova sala de aula. Para isso,

7
uma casa nas imediações serviu para atender os alunos da 7ª série, até que
novas salas de aula fossem construídas. Nesse período, iniciou-se a construção
de um prédio com espaço mais adequado para o atendimento da demanda.

Finalmente, em 1989, a Escola foi transferida para o novo prédio, situado à


Rua Sete de Setembro, nº 58, no Bairro Lindouro. Como o prédio possuía
somente 06 salas de aula, parte dos alunos continuou na antiga escola.

Como a demanda continuava a aumentar, em 1992 foi concluída a


construção de mais 04 salas de aula, banheiros, biblioteca e dependências
administrativas (secretaria, almoxarifado, sala de direção e sala de professores).

Até 1993, a escola atendeu alunos da Pré-escola a 8ª série. A partir do ano


de 1994, a Pré-escola e o Ensino Fundamental (1ª a 4ª série) foram
municipalizados, ou seja, o Estado deixou de atender esses segmentos, passando
para a responsabilidade do Município. Com o passar do tempo, os alunos da
Escola Municipal foram remanejados para outro prédio e a Escola Estadual Santo
Antonio passou a atender apenas os alunos de 5ª a 8ª série.

No ano 2000, foi construído o


Em 1999 a escola passou a atender também alunos do
primeiro PPP do Colégio, com
Ensino Médio e de acordo com a Resolução nº 2.522/99, a participação de professores,
funcionários, pais, alunos e
passou a denominar-se Colégio Estadual Santo Antonio –
representantes da comunidade.
Ensino Fundamental e Médio.

No ano 2000, a então gestão escolar, professores, funcionários, alunos, pais


e comunidade articularam a elaboração deste documento, que seria vigente de
2001 a 2004. Este primeiro Projeto Político-Pedagógico do colégio estabeleceu
uma série de encaminhamentos visando melhoria constante, bem como
apresentou proposição de ações a serem testadas e aperfeiçoadas em toda a
escola. Essa construção representou, portanto, o trabalho
Atualmente, a escola atende alunos
de muitas pessoas, de sua observação do dia-a-dia na do Ensino Fundamental (6ªa 9ª
escola, das oportunidades de discussão de problemas ano) e Ensino Médio

enfrentados, principalmente pelos professores e alunos e

8
pelos pais e responsáveis por alunos do Colégio.

Uma das proposições do PPP 2000 era a ampliação dos espaços físicos do
Colégio. Assim, em 2004 foi inaugurado um novo bloco de salas, onde estão 03
salas de aula, Laboratório de Ciências e Laboratório de Informática.

A partir do ano de 2006, o Colégio Estadual Santo Surge, em 1997, a Casa Familiar Rural
Antonio, passa a atender uma turma de 5ª série de Pinhão, a partir da mobilização de
entidades, associações e agricultores.
constituída por alunos de regiões rurais do município
através da Casa Familiar Rural. É uma proposta com
formação específica para jovens trabalhadores rurais.

A Associação da Casa Familiar Rural de Pinhão surgiu em 1997 com a


mobilização de entidades, associações e agricultores. Estes deram início a um
processo de educação de jovens agricultores visto que não havia, no município de
Pinhão, ensino específico nessa área.

Após essa mobilização, iniciaram-se as atividades em 1998. Até 2005, eram


atendidos jovens a partir de 13 anos, sendo a escolarização do
Núcleo Comum de responsabilidade do CEEBJA (Centro Até 2005, o atendimento e a
Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos). certificação dos alunos foram
realizados por meio da
Educação de Jovens e Adultos
Com as mudanças ocorridas em 2006, a Casa Familiar
Rural, passa a atender alunos em regime seriado na Pedagogia da Alternância,
com o Curso Técnico em Agroecologia, tendo como escola base o Colégio
Estadual Santo Antonio.

No ano de 2017, com o encerramento do convênio do Governo do Estado


através da Secretaria Estadual de Estado da Educação/SEED com a Instituição
ARCAFAR, sendo está última responsável até então, pela manutenção,
funcionamento e pela contratação de Profissionais Técnicos das Casas Familiares
Rurais/CFR, através de repasse de recursos pelo estado, há uma mudança
significativa no contexto histórico da Casa Familiar Rural de Pinhão, que a partir
daí, passa a depender não mais só da SEED e sim também do compromisso do
9
governo municipal para o seu funcionamento através do acordo firmado com o
Termo de Compromisso de Cooperação Técnica regido pela Lei nº 10.442/1993 e
Decreto nº 3106/1994.

No Termo de Compromisso compete a SEED, analisar listagem de alunos


para matrícula do 1º ano contendo no mínimo 20 (vinte) alunos de acordo com a
Resolução nº 4527/2011 – GS/SEED. Suprir professores na Escola Base
conforme matriz curricular aprovada pelo Conselho Estadual de Educação do
Curso Técnico em Agroecologia. Monitoramento, in loco, pelo NRE do
desenvolvimento da pedagogia da Alternância. Monitorar resultados por meio de
instrumentos que identifiquem, os índices de4 evasão, repetência dos alunos e os
indicadores da integração entre escolas e comunidade local. Acompanhar, com a
participação direta dos profissionais atuantes no Departamento de Educação e
Trabalho (DET/SEED), em conjunto com os NRE, o trabalho desenvolvido na
Casa familiar Rural. Fiscalizar o cumprimento das condições ajustadas no Termo
de Compromisso. Por meio da Escola Base realizará os registros e fornecerá a
certificação dos alunos da CFR. O pedagogo da Escola Base prestará
atendimento inerente a sua função aos professores (as) e alunos (as) da CFR.

Quanto ao governo municipal, fica a responsabilidade da cessão de


funcionários, no mínimo para o desempenho das funções: Coordenador da CFR
com 40 horas, 01 (um) auxiliar de serviços gerais com 40 horas, 01 (uma)
governanta ou 01(um) monitor com 20 horas para o período noturno, observando
o número de alunos e o espaço físico das CFR. Compete ainda ao governo
municipal fornecer materiais de consumo e permanentes a manutenção além, de
veículo e seu regular funcionamento e documentação pertinente para professores
realizarem as visitas às propriedades dos alunos, efetivando uma das principais
etapas da Pedagogia da Alternância.

A vigência Termo de Compromisso de Cooperação Técnica encerrar-se-a em 31


de dezembro de 2018. Podendo ser renovado de acordo com interesse das partes
envolvidas.

10
No ano de 2007, temos como elemento importante a concretização de um
sonho à equipe do Colégio, pois é instalado e inaugurado, por
meio do Paraná Digital, o Laboratório de Informática. Também Em 2007, Laboratório de
Informática e Cobertura da
são iniciadas as obras para reforma e cobertura da quadra de quadra de esportes..
esportes. Tais ambientes são de fundamental importância como
ambiente pedagógico e como espaço de aprendizagem e múltiplas relações entre
alunos e professores.

1.3. Atos Oficiais


Ensino Fundamental

Autorização de Funcionamento do Resolução 5570/1986 DOE 15/01/1987


Estabelecimento

Reconhecimento do Curso Resolução 2046/1990 DOE 08/08/1990

Renovação do Reconhecimento Resolução 428/2002 DOE 26/03/2002

Renovação do Reconhecimento Resolução 3863/2006 DOE 31/08/2006

CFR - Casa Familiar Rural de Pinhão

CEFFA‘S - Centros Familiares de Formação por Alternância.·.

Ensino Médio
Autorização de Funcionamento do Resolução 2522/1999 DOE 07/07/1999
Estabelecimento

Reconhecimento do Curso Resolução 2763/2002 DOE 16/09/2002

Renovação do Reconhecimento Resolução 1579/2007 DOE 20/04/2007

Renovação do Reconhecimento Resolução 7650/2012 DOE 06/05/2012

1.4 - Histórico da Casa Familiar Rural de Pinhão

A Associação Casa Familiar Rural de Pinhão surgiu da organização de


pequenos produtores rurais, jovens no município e entidades como: Associação
11
das Famílias de Trabalhadores Rurais de Pinhão AFATRUP, Associação Regional
das Casas Familiares Rurais do Sul do Brasil - ARCAFAR-SUL, Centro de
Estudos Supletivos CES – Pinhão. Os quais constataram a necessidade de um
maior investimento no que diz respeito à educação e formação do homem do
campo, procurando evitar ou amenizar o êxodo rural, através de alternativas que
possibilitem o desenvolvimento da propriedade.

Fundada em 03 de dezembro de 1997, tendo o inicio das atividades em


1998, com sede localizada provisoriamente no Parque Coronel Lustosa. No inicio
a associação contava com 20 famílias inscritas. Até o ano de 2005, seis turmas
formaram-se no curso de Ensino Fundamental na modalidade – Educação de
Jovens e Adultos. Também formaram-se no Curso de Qualificação em Agricultura
certificados pela ARCAFAR-SUL, totalizando 100 jovens formados.

A partir do ano de 2006, a escola passou a oferecer ensino regular em nível


fundamental em parceria com a Escola Base Colégio Estadual Santo Antônio. Em
2007 teve inicio a 1ª turma do Projeto Escola de Fábrica com ênfase em
agroecologia, num total de 20 jovens que foram preparados para o campo de
trabalho.

Em 2008 a Casa Familiar Rural (por meio de Convênios entre a Associação a


Casa Familiar Rural de Pinhão, o Governo Federal via Ministério do
Desenvolvimento Agrário e a Prefeitura Municipal) concluiu a construção de sua
sede própria, localizada no Centro de Produção, PR 170 bairro Dois Irmãos.
Possibilitando a implantação do ensino médio integrado ao curso técnico.

Através de um diagnóstico participativo envolvendo pais, jovens, entidades


parceiras e escola base, definiu-se o Curso Técnico em Agroecologia como uma
possibilidade de formação diferenciada visando atender a demanda de jovens do
campo do município de Pinhão e municípios vizinhos, sendo este último, quando
houver vagas.

12
Até o ano de 2015 formaram-se no Curso Técnico em Agroecologia 73 jovens
de diversas comunidades do município de Pinhão também da Reserva do Iguaçu,
Guarapuava e Bituruna.

Dentre as comunidades atendidas no município de Pinhão citamos: Lageado


Feio, Arroio Bonito I e II, Faxinal dos Taquaras, Faxinal dos Ribeiros, Faxinal dos
Coutos, Faxinal dos Carvalhos, Vila Rural, Assentamento Rocio, Assentamento
Quinhão G, Três Barras, Invernadinha, Pocinhos, Pinhalzinho, Faxinal do Céu,
Pimpão, Alagado do Iguaçu, Mato Queimado, Alecrim, Serrinhos, Todos os
Santos, Volta Grande, Faxinal do Silvérios, Zattarlândia, Santa Terezinha, Poço
Grande, Limeira, Serra da Cabra, Santana, Santa Emília, Guarapuavinha. Em
Bituruna a comunidade Laranjal, em Reserva do Iguaçu comunidade Santa Luzia
e Vila Copel, em Guarapuava comunidade Paiol de Telha.

O público atendido pela Casa Familiar Rural de Pinhão são jovens filhos de
pequenos agricultores familiares, assentados, acampados, ribeirinhos,
quilombolas e faxinalenses.

Funcionamento da Casa Familiar Rural

As aulas tem início na segunda-feira as 10:20, nos demais dias as 7:35,


primeira aula até as 8:25, segunda aula até as 9:15 e terceira aula até as 10:05
retornando do intervalo as 10:20, quarta aula até as 11:10 e quinta aula até as
12:00. A tarde as aulas terão inicio as 13:20, primeira aula até as 14:10, segunda
aula até as 15:00 retornando do intervalo as 15:20, terceira aula até as 16:10 e
quarta aula até as 17:00. Na sexta os jovens permanecem na escola até as 12:00
devido o transporte escolar,

Os jovens fazem seis refeições por dia: o café da manhã é servido das 6:30
as 7:00, lanche da manhã das 10:05 as 10:20.

O almoço das 12:00 as 12:30, lanche da tarde das 15:00 as 15:20, jantar
das 18:00 as 18:30 e lanche da noite das 21:00 as 21:15.

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Devem se recolher aos dormitórios no máximo até 22:30 e levantar as
6:00.

A noite as atividades complementares serão das 19:00 as 21:00. Na


segunda-feira e terça-feira uma hora de CELEM e uma hora de conteúdos
técnicos, quarta-feira prática esportiva no Colégio Base Santo Antonio, quinta-feira
dia de filme.

Nos horários de intervalos do dia, os jovens deverão cumprir as Tarefas do


Internato, a serem realizadas pelos Grupos de Trabalho que serão determinados
pelos professores e monitores no inicio do ano letivo e permanecerão juntos até o
final do ano. As atividades realizadas pelos grupos são: limpeza e organização
das salas de aula, limpeza e organização do refeitório e cozinha, lavar a louça e
ajudar servir o almoço, café, jantar e lanches, limpeza dos banheiros coletivos,
limpeza das calçadas, pátios interno e externo, manejo das atividades agrícolas e
corte de lenha.

CURSO TÉCNICO EM AGROECOLOGIA

 Habilitação: Técnico em Agroecologia

 Eixo Tecnológico: Recursos Naturais

 Carga Horária total: 4000 horas/aula

O Curso Técnico em Agroecologia tem a duração de três anos e é oferecido


de forma integrada ao ensino médio ou em concomitância externa. Tem por
objetivo a formação de profissionais para atuar em sistemas de produção em
agropecuária e produção extrativista fundamentados em princípios agroecológicos
e técnicas de sistemas orgânicos de produção. O Técnico em Agroecologia
desenvolve ações integradas unindo a preservação e a conservação de recursos
naturais à sustentabilidade social e econômica dos sistemas produtivos. Atua na

14
conservação do solo e da água. Auxilia ações integradas de Agricultura Familiar
considerando a sustentabilidade da pequena propriedade e os sistemas
produtivos. Participa de ações de conservação e armazenamento de matéria-
prima e de processamento e
industrialização de produtos agroecológicos.

Perfil profissional de conclusão Possibilidades de certificação intermediária


em cursos de qualificação profissional no itinerário formativo Infraestrutura mínima
requerida Ocupações CBO associadas Campo de atuação Normas associadas ao
exercício profissional Possibilidades de formação continuada em cursos de
especialização técnica no itinerário formativo Possibilidades de verticalização para
cursos de graduação no itinerário formativo Promove a gestão do negócio
agrícola. Coordena operações de produção, armazenamento, processamento e
distribuição dos produtos agrícolas e derivados. Coordena as interrelações das
atividades nos segmentos do agronegócio, em todas suas etapas. Planeja,
organiza, dirige e controla as atividades de gestão do negócio rural. Promove
ações integradas de gestão agrícola e de comercialização. Idealiza ações de
marketing aplicadas ao agronegócio. Executa ações para a promoção e
gerenciamento de organizações associativas e cooperativistas. Programa ações
de gestão social e ambiental para a promoção da sustentabilidade da propriedade.
Avalia custos de produção e aspectos econômicos para a comercialização de
novos produtos e serviços. Capta e aplica linhas de crédito compatíveis com a
produção. Implanta e gerencia o turismo rural. O técnico em Agroecologia poderá
atuar em: Propriedades Rurais, Empresas comerciais agropecuárias.
Estabelecimentos agroindustriais. Empresas de assistência técnica, extensão rural
e pesquisa. Parques e reservas naturais. Cooperativas e associações rurais.
Empresas de certificação agroecológica. Empresas de certificação orgânica, de
acordo com as Ocupações CBO associadas. poder

1.5. Caracterização do Atendimento

Modalidade: Ensino Fundamental Anos Finais

15
Ano Nº. de turmas Nº. de turmas tarde Nº de alunos manhã Nº de alunos tarde
manhã

6º 02 02 52 52

7º 02 02 68 65

8º 03 02 93 53

9º 02 02 64 60

Total 09 08 277 230

Modalidade: Ensino Médio

Ano Nº. de turmas Nº. de turmas Nº de turmas Nº de alunos Nº de alunos Nº de


manhã tarde noite manhã tarde alunos noite

1º 02 02 01 52 57 36

2º 02 01 01 49 30 36

3º 01 01 01 31 22 40

Total 05 04 03 132 109 112

Curso Profissional Técnico em 1º Ano 2º Ano 3º Ano


Agroecologia

Nº de turmas 01 01 01

Nº de alunos 21 23 14

Sala de Apoio à Nº de turmas Nº de turmas tarde Nº de alunos Nº de alunos tarde


Aprendizagem manhã tarde

Língua Portuguesa 01 01 24 23

Matemática 01 01 24 24

CELEM Espanhol Casa Familiar Colégio Santo Casa Familiar Colégio Santo
Rural – nº de Antônio - nº de Rural – nº de Antônio - nº de
turmas turmas alunos alunos

Básico 01 01 13 22

Aprimoramento 01 xxxxxxxxxxx 13 xxxxxxx

16
Sala de Recursos Turma ―A‖ Turma ―B‖ Turma "C" Turma ―D‖
Multifuncional

Nº de alunos 08 04 05 06

Cronograma de Atendimento Educacional AEE,

Sala de Recursos Multifuncional

SEGUNDA TERÇA QUARTA QUINTA SEXTA

1ª aula Turma A Turma C Turma A Turma C

2ª aula Turma A Turma C Turma A Turma C

3ª aula Turma B Turma D Turma B Turma D DIA SEM


VÍNCULO
4ª aula Turma B Turma D Turma B Hora-
atividade

5ª aula Hora- Hora- Hora- Hora-


atividade atividade atividade atividade

Cronograma segue orientação da SEED - podendo ter alteração no início de


cada ano letivo.

Estrutura Física do Colégio Estadual Santo Antonio

A infra-estrutura do Colégio é ampla, mas mesmo assim ainda faltam


espaços livres para os momentos de recreação. O espaço escolar é formado por
04 blocos de salas de aula (totalizando 16 salas de aula), secretaria, laboratórios
de Ciências e de Informática, Biblioteca, cozinha, sala de professores, sanitários,
cantina, Sala de apoio à aprendizagem, depósitos e almoxarifado, sala de direção

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e sala da equipe pedagógica, sala de recursos além de 01 quadra de esportes
coberta e uma quadra sem cobertura.

Quantidade Ambiente

01 Biblioteca

01 Laboratório de Ciências

01 Laboratório de Informática

14 Sala de aulas

01 Sala de Apoio a Aprendizagem

01 Sala de Recursos Multifuncional

01 Sala para a Equipe Pedagógica

Ambientes Físicos

01 Banheiro adaptado

01 Banheiro para Professores e Funcionários

01 Cantina

01 Cozinha

01 Hall de entrada

01 Pavilhão aberto e coberto

01 Quadra de esporte coberta

01 Quadra de esporte descoberta

01 Sala de atividades esportivas

01 Sala para Merenda

01 Sala para os Professores

01 Secretaria

Estrutura Física da Casa Familiar Rural

18
02 Banheiros externos

02 Salas de aula.

01 Biblioteca

01 Laboratório de Informática

01 Banheiro externo feminino

01 Banheiro externo masculino

01 Refeitório

02 Quarto coletivo feminino com banheiro

02 Quarto coletivo masculino com banheiro

01 Quarto para Monitor com banheiro

01 Sala para os Professores

01 Sala de atividades esportivas

01 Sala para Merenda e produção de suco

01 Sala para os Professores e Monitores

01 Secretaria

01 Lavanderia

Compõe ainda no espaço da Casa Familiar Rural de Pinhão, 01 (um)


hectare de terreno para produção de hortaliças e plantas medicinais.

A Casa Familiar Rural também dispõe de três veículos: 01 Gol ano 2005, 01
Fiat Uno e 01 micro ônibus utilizados para locomoção dos monitores, professores
e alunos.

1.6 EQUIPE GESTORA

Recursos Humanos

Nome Função Formação

Angélica Ida Diretora Ensino Superior/Pós -


Graduação

19
Ivone Rodrigues Correa Diretora Auxiliar Ensino Superior/Pós -
Graduação

Joaquim Felipe Chalegre Secretário Ensino Superior/Pós -


Oliveira Santos Graduação

Nome Função Formação

Ane Carolina Chimanski Professor/Pedagogo Ensino Superior/Pós -


Graduação

Lindamar Gomes Batista Sala de Recursos Ensino Superior/Pós -


Graduação

Eroni Aparecida de Camargo Professor/Pedagogo Ensino Superior/Pós -


Graduação

Leni do Carmo Maciel Professor/Pedagogo Ensino Superior/Pós -


Graduação

Equipe Técnica/Docente Casa Familiar Rural

Nome Função Formação

Emylli Pereira Engenheira Agrônoma Ensino Superior/incompleto

Fernanda Hermes Coordenadora/ Tecnóloga Ensino Superior/Pós –


em Agroecologia Graduação

Eroni Apª. De Camargo Pedagoga - Ensino Superior em


Pedagogia e Serviço Social/
Pós –Graduação

Luana da Roza Camargo Médica veterinária Ensino Superior/Pós –


Graduação Educação do
Campo

Rafael Tecnólogo em Agroecologia Ensino Superior/Pós –


Graduação

Equipe Docente

Ana Ignêz Streski Ciências Ensino Superior/Pós -


Graduação

Agnaldo Lourenço dos Artes Ensino Superior Incompleto


Santos

20
Angelina Martins Prestes Geografia Ensino Superior/Pós -
Graduação

Bruna Louise de Quadros Intérprete de Libras Ensino Superior/Pós -


dos Santos Graduação

Angela Maria de Oliveira Matemática Ensino Superior/Pós -


Graduação

Danielle Cristina Matemática Ensino Superior/Pós -


Nascimento de Paula Graduação

Edijoice Balardini Português Ensino Superior/Pós -


Graduação

Edina de Jesus Mello Educação Física Ensino Superior/Pós -


Graduação

Célia Elena Silveira Tussi Ciência/Biologia Ensino Superior/Pós –


Graduação/PDE

Gerson Trevisan Siqueira História Ensino Superior/Pós -


Graduação

Clemerson Boeira da Rocha Educação Física Ensino Superior/Pós -


Graduação

Isolete Ribas Caldas Matemática/Física Ensino Superior

Delaine Ferreira de Oliveira Língua Portuguesa Ensino Superior/Pós -


Mendes Graduação

Ivone Rodrigues Correia Português Ensino Superior/Pós -


Graduação

Dimas de Souza Química Ensino Superior/Pós -


Consechen Graduação

Jessica Vieira da Rosa Química Ensino Superior/Pós -


Graduação

Edevaldo de Oliveira L.E.M.Inglês Ensino Superior/Pós -


Gonçalves Graduação

João Carlos Batista Geografia Ensino Superior/Pós -


Morimitsu Graduação

Edvilson Luiz Santos Educação Física Ensino Superior/Pós -


Graduação

Everton Albari Santos Arte Ensino Superior/Pós -


Graduação

21
Fernanda Gonçalves Educação Física Ensino Superior/Pós -
Graduação

João Edevino Terleski Ciências Ensino Superior/Pós -


Graduação

Evani Apª. De Camargo História Ensino Superior/Pós -


Mendes Graduação

Jorge Luiz Zaluski Sociologia Ensino Superior/Pós -


Graduação

Leandro Cordeiro de Cristo Arte Ensino Superior/Pós -


Graduação

Maria Arlete França Ens. Religioso Ensino Superior/Pós -


Graduação

Geraldo Grokoski Educação Física Ensino Superior/Pós -


Graduação

Sênita Folnequim Física Ensino Superior/Pós -


Graduação

Jacomo do Amaral Biologia/Cíências Ensino Superior/Pós -


Graduação

João Adir Machado Biologia/Cíências Ensino Superior/Pós -


Graduação

Jorge Nei Neves História/Ens.Religioso Ensino Superior/Pós -


Graduação

Luciane Bobalo Matemática Ensino Superior/Pós -


Graduação

Luziane do Belém Cochuk Geografia Ensino Superior/Pós -


Graduação

Maria Angela de LIma Matemática Ensino Superior/Pós -


Graduação

Maria Apª. de Oliveira Língua Portuguesa Ensino Superior/Pós -


Santos Graduação

Maria Apª. Teressroli Matemática Ensino Superior/Pós –


Santana Graduação/Mestrado

Soeli Aparecida Ferreira Português Ensino Superior/Pós -


Graduação

Maria de Fátima Gonçalves Sociologia Ensino Superior/Pós -


Amorim Graduação

22
Maria Gisele Vargas Batista História Ensino Superior/Pós -
Graduação

Marilda de Fátima Arte Ensino Superior/Pós -


Kosmenko Graduação

Marilene Chiquito Tavares Língua Portuguesa Ensino Superior/Pós -


Graduação

Marlene Apª. Amaral L.E.M.Inglês Ensino Superior/Pós -


Bertoldo Graduação

Marlene dos Santos Física Ensino Superior/Pós -


Bertoline Graduação

Mauricio Strapação Arte Ensino Superior/Pós -


Graduação

Neli Maria Teleginski História Ensino Superior/Pós -


Graduação

Paula Apª. Moraes Arte Ensino Superior/Pós -


Penteado Graduação

Suzana Aparecida Neves Inglês Ensino Superior/Pós -


Duarte Graduação

Talita Cristina Moreira Biologia Ensino Superior/Pós -


Moraes Carraro Graduação

Rosemari Solski Cardoso Geografia Ensino Superior/Pós -


Graduação

Selson José de Souza Filosofia Ensino Superior/Pós -


Graduação

Solange Apª. Borcate Matemática Ensino Superior/Pós -


Graduação

Equipe Agente Educacional I e II

Nome Função Formação

Acatrine de Ftª. Oliveira Agente Educacional I Cursando Ensino Superior

Doracy de Ftª. Da Silva Agente Educacional I Ensino Médio

Elenir Apª. Soares Agente Educacional II Ensino Médio/Magistério

Eugenia Litka Caldas Agente Educacional I Ensino Fundamental Anos


Finais

23
Helem Fernanda Ferreira Agente Educacional I Ensino Superior

Josimar Rlisandro Reis Agente Educacional I Ensino Médio

Jossiane Camargo Gomes Agente Educacional II Ensino Superior/Pós -


Graduação

Leunice dav Apª. Correia de Agente Educacional I Ensino Superior


Lima

Maria de Lourdes Santos Agente Educacional I Cursando Ensino Superior


Correia

Nilza Gomes da Silva Agente Educacional II Ensino Superior/Pós -


Graduação

Oliria Aparecida dos Santos Agente Educacional I Ensino Médio


Mathias

Roseli Soares dos Santos Agente Educacional I Cursando Ensino Superior

Salete Antonia de Lima Agente Educacional I Ensino Superior

Solange de Ftª. Cardoso Agente Educacional II Ensino Superior/Pós -


Graduação

Vinicius dos Santos Agente Educacional II Ensino Superior/Pós -


Graduação

2. Diagnóstico da Instituição

É através de nossas próprias narrações que construímos


uma versão de nós mesmos no mundo, e é através de suas
narrações que uma cultura oferece modelos de identidade e
ação para seus membros.

(Bruner & Feldman, 1995)

2.1 - Perfil socioeconômico da Comunidade Escolar e as necessidades de


avanços da prática pedagógica

24
Levamos em consideração que em termos sociais ocorre um complexo
processo de mudança no modo de agir e pensar das pessoas, das famílias, da
comunidade, da sociedade e do mundo, sendo que esse processo influencia direta
e profundamente o fazer pedagógico da escola. Cada vez mais, as pessoas vão
se tornando individualistas, muitas vezes sem perspectivas de mudança e de
melhoria de vida. Lamentavelmente, são poucos os sujeitos do processo para os
quais a escola desenvolve seu trabalho que possuem visão positiva e/ou crítica
sobre a importância da educação escolar. Percebe-se que a maioria dos alunos
que convivem em ambiente bem estruturado, apresentam perspectiva de melhoria
de vida, buscam um ideal, a fim de realização pessoal e profissional; no entanto,
há alunos que necessitam de mais atenção e apoio, para os quais há uma
crescente exigência de se encontrar formas adequadas de mantê-los na escola,
pois, seduzidos a abandonar a escola em busca de novos atrativos, que nem
sempre são os melhores. Tal exigência (manter esses alunos em sala de aula) se
faz necessária porque, diante de um mundo exigente, competitivo, preconceituoso,
a educação escolar não é mais um diferencial (como até alguns anos atrás), mas
pré-requisito e condição básica para as aprendizagens que são cobradas pelo
mundo atual.

A busca pela construção de um novo capítulo da história da educação


brasileira, marca o nascimento de um projeto de educação protagonizado pelos
trabalhadores e trabalhadoras do campo e suas organizações sociais. Nesse
contexto o Colégio Santo Antonio, sobretudo, busca nessa construção um novo
caminho, trilhado na dinâmica do direito do aluno que trabalha na propriedade
rural e ao mesmo tempo frequenta a escola. Essa trajetória vem marcar a riqueza
de conhecimento e o resgate da cultura própria do homem do campo, que traz
consigo a vivência e o respeito pela sua própria história.

A clientela atendida por este Colégio é diversificada e a maioria dos alunos


mora em bairros próximos e em residência própria. A renda mensal familiar para

25
da maioria é de 01 salário mínimo e são beneficiários do Programa de
Transferência de Renda do Governo Federal – Bolsa Família.

 O grau de instrução dos pais dos alunos, em quase sua totalidade, é de


nível fundamental incompleto.

 Os meios de comunicação acessíveis a grande maioria dos alunos se dá


através da televisão e Internet, todavia observa-se que este último ainda é
de acesso a uma pequena parte dos nossos alunos e que acessam a
internet da escola, do celular ou em lan house.

 Parte significativa dos pais ou responsáveis participam da escola por


iniciativa própria, para saberem sobre a vida escolar dos seus filhos.
Outros, porém, procuram algumas vezes ou nunca procuram.

Partindo dessa realidade entendemos que a escola pública é resultado da


sociedade que está em constante modificação, sobretudo, o acesso ao
conhecimento não é apenas condição para a autonomia e participação efetiva dos
sujeitos, mas também condição para sua própria constituição. Os alunos que
constituem a escola são oriundos de vários modelos de famílias, cabendo à
escola em sua inserção no mundo, capacitando-os para bem intervir, para
participar ativamente na vida produtiva e social, dando-lhes condições de
compreender o mundo em que vivem em condições de respeito e dignidade.

Proporciona-se um processo de ensino-aprendizagem baseada entre o


instrutivo e o educativo que tem como propósito essencial contribuir para a
formação integral da personalidade do aluno. O instrutivo é um processo de formar
homens capazes de enfrentar e resolver os problemas, de buscar soluções diante
de uma situação problema. O educativo se empenha com a formação de valores,
sentimentos que identificam o homem como ser social, compreendendo o
desenvolvimento de convicções.

26
Partindo do pressuposto de que todo sujeito pode desenvolver a
capacidade de transformar-se e de transformar a sua realidade, seja ela qual for,
a instituição Colégio Estadual Santo Antonio, tem buscado constantemente criar
espaços que proporcione a articulação entre a prática pedagógica e as reais
necessidades na formação de cidadãos que venham atender também das
demandas educacionais do município, dentre estas, a formação do jovem do
campo. Para tanto, foi efetivada a parceria com a Casa Familiar Rural de Pinhão.

Na CFR a metodologia é diferenciada, pois, o plano de formação é feito por


eixos geradores distribuídos por alternância, onde os planos de aula são feitos de
acordo com cada tema gerador, adequando os conteúdos de forma interdisciplinar
e coerente com a realidade dos jovens fazendo com que a aprendizagem seja
significativa.

A Casa Familiar Rural utiliza alguns elementos pedagógicos que


caracterizam a Pedagogia da Alternância. Dentro destes podemos citar:

a) O Atendimento Personalizado é um elemento da Pedagogia da


Alternância onde o jovem é atendido individualmente por um monitor que avalia o
Caderno da Alternância, o Plano de Estudos e as práticas que o jovem realizou na
propriedade a partir das informações adquiridas nas aulas, as quais são avaliadas
na Visita às famílias.

b) O Caderno da Alternância, onde os pais, monitores e colegas de estudo


participam da construção do processo educativo, pois o caderno é uma forma de
comunicação, um elo entre pais e monitores.

c) O Caderno da Realidade é um instrumento que auxilia no crescimento


intelectual e de vivência das experiências, pois nele o jovem registra o que
realizou dentro da escola durante cada alternância ao longo dos três anos, sendo
futuramente um material de apoio e proporcionando a avaliação do seu
desempenho.

27
d) As Visitas às famílias que nos possibilitam conhecer a realidade do jovem, da
sua família e comunidade, sendo que estas acontecem na semana em que o
jovem está na propriedade.

e) A Visita de Estudo é um instrumento ligado ao Plano de Estudo que também


faz parte da Pedagogia da Alternância, ele é feito a partir de um tema gerador que
tem como objetivo pesquisar o conhecimento empírico que a família tem e que em
seguida é melhorado com o cientifico. Isso acontece em um outro elemento
chamado Colocação em Comum, onde os jovens debatem as informações
trazidas de suas propriedades com as informações técnicas dos monitores, em
seguida fazendo um único texto, o qual é anexado ao Caderno da Realidade.

f) Projeto Profissional de Vida do Jovem (P.P.V.J.): memorial que o jovem


passa a construir; um instrumento de sistematização do conhecimento efetivado,
advindo da vivência familiar e comunitária e nos momentos de aprofundamento
científico. Este projeto, o qual o jovem vai construindo ao longo do seu processo
formativo, busca que, ao final do curso, com a ampliação dos conhecimentos, com
as reflexões que vão sendo realizadas, lhe seja propiciada a responsabilidade com
as questões sociais, ambientais, assim como com sua vida pessoal, familiar,
comunitária e profissional. O objetivo do projeto é permanência do jovem no
campo, desenvolvendo sua propriedade, gerando renda e o mais importante com
conhecimento e qualidade de vida.

Objetivos

 Valorizar a educação como processo seguro de formação de recursos


humanos, de desenvolvimento do sistema social mais amplo;

 Propiciar conhecimentos teóricos e práticos amplos para o


desenvolvimento de capacidade de análise crítica, de orientação e
execução de trabalho no Setor Agroecológico;

28
 Formar profissionais críticos, reflexivos, éticos, capazes de participar e
promover transformação no seu campo de trabalho, na sua comunidade e
na sociedade na qual está inserida;

 Profissionalizar os alunos egressos do ensino fundamental para atuação na


área de agroecologia, conforme visão sistêmica de produção.

 Formar cidadãos críticos, reflexivos, éticos, capazes de participar e


promover transformação no seu campo de trabalho, na sua comunidade e
na sociedade na qual está inserida;

 Profissionalizar os alunos egressos do ensino fundamental para atuação


na área de agroecologia, conforme visão sistêmica de produção.

2.2 - GRÁFICOS SÓCIOECÔNOMICO DO COLÉGIO ESTADUAL SANTO ANTÔNIO

Fonte: Colégio Estadual Santo Antonio Questionário Socioeconômico - 2016

29
Fonte: Colégio Estadual Santo Antonio - Questionário Socioeconômico - 2016

Fonte: Colégio Estadual Santo Antonio - Questionário Socioeconômico - 2016

30
Fonte: Colégio Estadual Santo Antonio - Questionário Socioeconômico - 2016

CONDIÇÕES SANITÁRIAS

Fonte: Colégio Estadual Santo Antonio - Questionário Socioeconômico – 2016

31
Fonte: Colégio Estadual Santo Antonio - Questionário Socioeconômico – 2016

Fonte: Colégio Estadual Santo Antonio - Questionário Socioeconômico – 2016

POSSUEM APARELHOS ELETROELETRONICO E INTERNET

32
Fonte: Colégio Estadual Santo Antonio - Questionário Socioeconômico – 2016

OBS: APROXIMADAMENTE, 34% DA CLIENTELA DO COLÉGIO, SÃO


BENEFICIÁRIOS DO PROGRAMA DE TRANSFERÊNCIA DE RENDA DO
GOVERNO FEDERAL – BOLSA FAMÍLIA

3 - FUNDAMENTOS

3-1 - Educação

O trabalho escolar é uma ação de caráter coletivo, realizado a partir da


participação conjunta e integrada dos membros de todos os segmentos da
comunidade escolar. Portanto, afirmar que sua gestão pressupõe a atuação
participativa representa um pleonasmo de reforço a essa importante dimensão da
gestão escolar. Assim, o envolvimento de todos os que fazem parte, direta ou
indiretamente, do processo educacional no estabelecimento de objetivos, na
solução de problemas, na tomada de decisões, na proposição, implementação,
monitoramento e avaliação de planos de ação, visando os melhores resultados do

33
processo educacional, é imprescindível para o sucesso da gestão escolar
participativa, (Luck, Freitas, Girling, Keith, 2002).

Ainda de acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação


Básica, cabe, pois, à escola, diante dessa sua natureza, assumir diferentes
papéis, no exercício da sua missão essencial, que é a de construir uma cultura de
direitos humanos para preparar cidadãos plenos. A educação destina-se a
múltiplos sujeitos e tem como objetivo a troca de saberes8 , a socialização e o
confronto do conhecimento, segundo diferentes abordagens, exercidas por
pessoas de diferentes condições físicas, sensoriais, intelectuais e emocionais,
classes sociais, crenças, etnias, gêneros, origens, contextos socioculturais, e da
cidade, do campo e de aldeias. Por isso, é preciso fazer da escola a instituição
acolhedora, inclusiva, pois essa é uma opção ―transgressora‖, porque rompe com
a ilusão da homogeneidade e provoca, quase sempre, uma espécie de crise de
identidade institucional. A escola é, ainda, espaço em que se abrigam
desencontros de expectativas, mas também acordos solidários, norteados por
princípios e valores educativos pactuados por meio do projeto polí- tico-
pedagógico concebido segundo as demandas sociais e aprovado pela
comunidade educativa. Por outro lado, enquanto a escola se prende às
características de metodologias tradicionais, com relação ao ensino e à
aprendizagem como ações concebidas separadamente, as características de seus
estudantes requerem outros processos e procedimentos, em que aprender,
ensinar, pesquisar, investigar, avaliar ocorrem de modo indissociável. Os
estudantes, entre outras características, aprendem a receber informação com
rapidez, gostam do processo paralelo, de realizar várias tarefas ao mesmo tempo,
preferem fazer seus gráficos antes de ler o texto, enquanto os docentes creem
que acompanham a era digital apenas porque digitam e imprimem textos, têm e-
mail, não percebendo que os estudantes nasceram na era digital.

Partindo desse pressuposto e, no entendimento da comunidade do Colégio


Estadual Santo Antonio, a educação necessita levar em conta um processo de
ensino-aprendizagem baseado no diálogo professor-aluno, ser contextualizada de

34
forma a desenvolver a capacidade de análise das situações e a tomada de
posições quanto ao social em qualquer nível (nacional e/ou mundial), ser engajada
nos movimentos sociais de inclusão da população marginalizada, ter compromisso
com a produção cultural nacional e mundial, ser capaz de atender à dualidade da
preparação para a vivência social e para o ingresso no ensino superior no que
tange à apropriação do conhecimento, patrimônio da humanidade.

A nossa concepção de escola precisa explicitar as diferentes Há um entendimento de


finalidades e realidades que envolvem a Educação Básica que a escola prepara
para a vida e para o
(Ensino Fundamental, Médio e profissional). Há um entendimento mundo do trabalho.
de que a escola prepara para a vida e para o mundo do trabalho. Assim é preciso
desenvolver ações
Assim é preciso desenvolver ações concretas para levar nosso concretas para levar
aluno a se apropriar dos conhecimentos universalmente nosso aluno a se
apropriar dos
relevantes ao ser humano, associados à leitura crítica do mundo, conhecimentos
de modo a construir bases intelectuais para dar continuidade à universalmente
relevantes ao ser
sua vida acadêmica. Isso posto e tomando por base os preceitos humano, associados à
legais que estabelecem ser a escola pública gratuita, nossas leitura crítica do mundo,
de modo a construir
ações educacionais devem sustentar-se nos princípios a seguir bases intelectuais para
relacionados: dar continuidade à sua
vida acadêmica.
Todas as ações e vivências escolares estarão imbuídas de valores como a
solidariedade e a ética.

Os docentes, agentes educacionais I e II e alunos tratarão os integrantes da


comunidade escolar e serão por eles tratados respeitando as diferenças de
qualquer natureza.

O processo educativo desenvolvido será inclusivo, ou seja, respeitará a


pluralidade própria da sociedade humana.

O respeito à natureza e a busca do equilíbrio ecológico serão práticas


permanentes no cotidiano da vida escolar, na perspectiva do desenvolvimento
sustentável.

35
Todos os integrantes da comunidade escolar serão educadores e agirão
como tal.

A gestão da instituição será democrática, com participação da comunidade


escolar nas decisões.

O trabalho educativo será construído mediante o diálogo, principalmente no que


tange ao processo ensino-aprendizagem.

O trabalho educativo é entendido como um trabalho de humanização, de formação


de cidadãos capazes de atuar e modificar a sociedade na qual estão inseridos.

Finalmente, entendemos que, assumir a missão de recriar uma


...que na
maneira mais humana de existir, é tarefa de uma pessoa
convivência com os
precursora de uma nova ordem social, justa e promotora de outros (a pessoa) vá
aprendendo a ser feliz,
justiça e bem comum, crítica e criativa, responsável, que viva de
justamente porque
forma harmônica, consigo mesma, com os outros e com a criará perspectivas
positivas com relação
natureza. Enfim, que na convivência com os outros vá aprendendo a ser feliz,
ao futuro.
justamente porque criará perspectivas positivas com relação ao futuro.

A educação do campo deve prestar especial atenção ás raízes da mulher e


do homem e do jovem do campo , que se expressam em culturas distintas , e
perceber os processos de interação e transformação.

Para tanto a Educação Básica do Campo, a partir de práticas e estudos


científicos, deverá aprofundar a pedagogia da alternância de forma que respeite a
cultura e a identidade dos povos do campo: tempo, ciclos da terra, mística da
terra, valorização do trabalho, festas populares , etc. A escola necessita repensar
a organização de seus tempos e espaços para dar conta destes novos desafios
pedagógicos . Desafios estes, que inclui abstrair das experiências e dos debates ,
um conjunto de ideias que possam orientar o pensar (especialmente dos
educadores) sobre a prática de educação dos sujeitos do campo

36
A escola é um espaço privilegiado para manter viva a memória dos povos ,
valorizando os saberes e promovendo a expressão cultural onde ela está inserida.
Nesse sentido, é mister destacar o trabalho com os temas sobre folclore, cultura
popular, saberes da terra entre outros, relacionando tais conhecimentos com os
demais saberes e culturas.

A escola deve assumir o desafio de exigir e implementar programas que


visem o aperfeiçoamento da alfabetização e das grandes questões e causas dos
povos dos campos, incluindo questões relacionadas ao conhecimento das
políticas públicas direcionadas ao agricultor.

Cabe ressaltar também, que componentes da realidade devem ser fonte de


aprendizagem, evitando um ensino distante, engessado e que não interfira
positivamente na transformação e na melhoria do ambiente vivenciado dos alunos.

3. 2 – Homem

Os seres humanos são seres autônomos, livres, comprometidos com a


construção do conhecimento atuante e consciente do seu papel na sociedade.

Para Paulo Freire, o homem só começa a ser sujeito social, quando


estabelece contato com outros homens, com o mundo e com o contexto se
realidade que os determina geográfica, histórica e culturalmente, é nessa
perspectiva que a escola se torna um dos espaços privilegiados para a formação
do homem.

Partimos do pressuposto de Morin (2001: 40) ao se referir sobre a


complexidade do ser humano: "ser, ao mesmo tempo, totalmente biológico e
totalmente cultural", sendo assim, enquanto instituição educacional pretende-se
formar cidadãos livres, comprometidos com a construção do conhecimento
atuante e consciente do seu papel na sociedade., ao mesmo tempo que busca-se
desenvolver no aluno a o sentimento de pertença ao meio no qual encontra-se
inserido e no mundo como um todo , de modo que possa compreender a
interdependência entre os fenômenos e seja capaz de interagir de maneira crítica,

37
criativa e consciente com seu meio natural e social
Acreditamos ainda, na possibilidade de formar um cidadão mais indignado com as
manifestações e acontecimentos da vida cotidiana, um cidadão que saiba mediar
conflitos e propor soluções criativas e adequadas a favor da coletividade, que
tenha liberdade de pensamento e atitudes autônomas para buscar informações
nos diferentes contextos, organizá-las e transformá-las em conhecimentos
aplicáveis.

3.3 - Concepção de Infância

A infância é uma etapa da vida do ser humano biologicamente determinada,


sendo ela invariável, seja a criança do sexo feminino ou masculino, rica ou pobre,
negra ou branca, ―normal‖ ou ―deficiente‖, entre outras distinções. Ainda é
necessário frisar que os caracteres psicológicos não necessariamente
acompanham os biológicos e, portanto, há uma contradição ao conceituar a
infância dentro de uma perspectiva hermética apenas de crescimento e fases.
(PRESTES, 2008)

A concepção de infância surge a partir do século XVIII com as modificações


na sociedade. A visão em relação à criança muda, a partir disso. Ela deixa de ser
tratada com negligência e ganha espaço no seio familiar. Assim, ao contrário da
visão da Idade Média, em que a criança é tratada e retratada como um "adulto em
miniatura", no "Século das Luzes", surge um forte sentimento de felicidade em
relação à criança. Portanto, essa fase da vida tem suas especificidades em
relação ao cuidado e ao aprendizado. A infância do ser humano é mais longa e
incomparavelmente mais complexa - por seu conteúdo e pelo caráter das
mudanças psíquicas que têm lugar em seu desenvolvimento - do que o que
acontece com os filhotes dos animais, é uma conquista humana. A infância é o
tempo em que a criança deve introduzir-se na riqueza da cultura humana histórica
e socialmente criada reproduzindo para si qualidades especificamente humanas.
Isso permite às novas gerações subir nos ombros das gerações anteriores para
superá-las no caminho do desenvolvimento tecnológico, científico e do progresso
social. (MELLO, 2007, p. 07).

38
No Brasil o Estatuto da Criança e do Adolescente preconiza no seu artigo
4º, que toda criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais
inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta
Lei, assegurando-se-lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e
facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral,
espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade. (BRASIL, 1990).
Partindo dessa premissa, buscamos no processo ensino aprendizagem atender e
ofertar uma formação que venha de encontro com a necessidade dessa demanda
de nossa clientela que encontram-se nessa faixa etária, visto que, as crianças
serão os adultos do amanhã e, portanto, os artífices das futuras sociedades;
assim, educar a infância é a melhor e mais sólida maneira de introduzir mudanças
e transformações sociais, entendendo a infância como primeira instância de
potencialidade, da aprendizagem e aquisição de saberes.

3.4 - Concepção de Adolescência

Se buscarmos a definição de adolescência, vamos descobrir que a origem


da palavra vem do Latim ―ADOLESCENTIA‖, que significa período da vida humana
entre a infância e a fase adulta. Vamos encontrar ainda quem defina adolescência
como uma fase natural da vida marcada pelas transformações biológicas e
comportamentais. Alguns pesquisadores vão entender e descrever a adolescência
como um processo de construção social e histórico como sugerido no artigo
―Adolescência como uma construção social – Ana Bock‖.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) define adolescência como sendo o


período da vida que começa aos 10 anos e termina aos 19 anos completos. Para
a OMS, a adolescência é dividida em três fases: Pré-adolescência – dos 10 aos 14
anos. Adolescência – dos 15 aos 19 anos completos. Juventude – dos 15 aos 24
anos.

No Brasil, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)considera a


adolescência, a faixa etária dos 12 até os 18 anos de idade completos, sendo

39
referência, desde 1990, para criação de leis e programas que asseguram os
direitos desta população.

Enquanto instituição de ensino entendemos como ―Adolescência‖ o período


de transição entre a infância e a vida adulta, caracterizado pelos impulsos do
desenvolvimento físico, mental, emocional, sexual e social e pelos esforços do
indivíduo em alcançar os objetivos relacionados às expectativas culturais da
sociedade em que vive. A adolescência se inicia com as mudanças corporais da
puberdade e termina quando o indivíduo consolida seu crescimento e sua
personalidade, obtendo progressivamente sua independência econômica, além da
integração em seu grupo social. Sendo ainda, uma fase de transição, durante a
qual se perde a criança e se pode adquirir um adulto. É neste período que a
maturidade biológica e sexual é atingida, se define a identidade sexual e,
potencialmente, é onde se define o espaço social de homem ou mulher. Não
existe o adolescente padrão, mas seres humanos concretos, que buscam
caminhos de crescimento e equilíbrio, com vistas a esse período do
desenvolvimento humano, a escola sempre busca ampliar sua prática pedagógica
muito além da sala de aula, envolvendo o adolescente em projetos que visam
ampliar a sua convivência com outras pessoas e outros espaços ao qual o mesmo
se depara no seu dia a dia. Um aspecto relevante a se considerar e compreender
refere-se as diversas linguagens próprias dos adolescentes , seu dinamismo e
curiosidade, requerem do educador uma abordagem metodológica diferenciada.
Como escola, podemos afirmar também, que nos deparamos atualmente com
outro grande desafio, que é a busca da permanência do maior número
impossível de adolescente na escola, principalmente com relação à aqueles que
se encontram em conflito com a lei.

Para a eficácia na prática pedagógica em nossa escola, instrumentos e


mecanismos no fazer pedagógico do dia a dia com ações e atividades de
sensibilização, reflexão junto aos alunos e comunidade escolar através de
festivais dos diversos tipos de talentos, teatros, projetos com instituições que
trabalham com idosos, crianças e jovens. Também vem sendo criado e ampliado

40
parcerias com a Rede de Serviços de Proteção a Infância e a Adolescência do
município sempre que se faz necessário, com o objetivo de buscar uma
interlocução autêntica com esses jovens, na tentativa de compreender sua
―cultura‖ e ter empatia por sua forma específica de lidar com a realidade, ao
mesmo tempo que se trabalha de forma preventiva a evasão escolar e a prática
de infrações pelos adolescentes.

3. 5 - Concepção de Jovem

Não há um conceito único e perene de Jovem, mas segundo documentos


oficiais, jovem é a pessoa que se encontra entre os 15 e os 29 anos de idade.
Entretanto, sabemos que ser jovem não se resume à faixa etária, mas trata-se de
um conjunto amplo e complexo de fatores que se entrelaçam na constituição das
características da juventude. Muitas são as inquietações típicas dessa etapa do
desenvolvimento humano, muitas são as certezas, as dúvidas, os conflitos que
invadem a cabeça do jovem, provocando uma série de atitudes ora bastante
refletidas, ora completamente movidas por impulso, produzindo vários momentos
de instabilidade e insegurança. Esse comportamento muitas vezes não refletido,
aliado às situações de desigualdade presentes em nossa sociedade, leva milhares
de jovens ao caminho da criminalidade, gravidez juvenil, dependência química e
outras situações de vulnerabilidade social.

Mesmo diante de tantos conflitos, há uma busca por afirmação pelo jovem
nos diversos espaços aos quais pertence. Prova disso são os movimentos
juvenis, essa busca de afirmação como liderança e como cidadão de direitos vem
sendo fomentada em nosso espaço escolar através do Grêmio Estudantil, com
sua atuação ativa e participativa em todas as decisões da escola.

Na formação de nossos jovens, considera-se sempre que a juventudes


precisa ser potencializada no campo educativo. Isso nos alerta para a
necessidade de oferecermos novas oportunidades de aprendizado estabelecendo
assim, uma formação alicerçada além do conhecimento, em valores,
comportamento, visão e leitura de mundo

41
3. 6 - Concepção de Idoso

Segundo o Estatuto do Idoso, Lei Federal n.º 10.741, é considerada idosa


pessoa com 60 anos ou mais. De acordo com o Estatuto, no Brasil, tem
aumentado muito os anos de vida da população e isso tem provocado algumas
medidas necessárias por parte da sociedade e do poder público diante desse novo
quadro. Segundo o documento, o aumento da longevidade e a redução das taxas
de mortalidade, nas últimas décadas do século passado, mudaram o perfil
demográfico do Brasil. Rapidamente, deixamos de ser um ―país de jovens‖ e o
envelhecimento tornou-se questão fundamental para as políticas públicas.

Enquanto instituição escolar devemos garantir espaços de estudos,


discussão e sensibilização com a real e atual situação do idoso em nossa
sociedade.

Os idosos são pessoas que trazem impregnado nelas o testemunho de uma


geração devido ao acúmulo dos anos vividos. Independentemente da
nacionalidade, raça, cor ou condições financeiras, a natureza nos força a trilhar os
mesmos caminhos percorridos por aqueles que nos antecedem. Lembremos que
podemos ser tratados pelos nossos jovens da mesma maneira que estamos
ensinando-os a tratar os seus idosos, pois aqueles que souberem aproveitar do
convívio com os mais velhos terão muito a aprender com seus conselhos.

3.7 – O Mundo: Um contexto e muitos desafios

O que se passa hoje no Brasil é mais facilmente entendido se levarmos em


consideração o que está acontecendo como tendência mundial.

Quem acompanha, como cidadão do mundo, as ...não estamos vivendo,


somente, uma época de
discussões e análises sobre nosso tempo, já está se grandes mudanças, mas
acostumando com a ideia de que não estamos vivendo, também, uma mudança
de época.
somente, uma época de grandes mudanças, mas também, uma
mudança de época. Em outras palavras, uma mudança paradigmática, que se faz
presente e nítida nos aspectos políticos, econômicos, sociais e ideológicos. A vida

42
em nossa sociedade está em constante mudança com o surgimento de novos
costumes, novas formas de cultura e comunicação.

É nesse cenário (político-econômico-social e ideológico) antagônico,


paradoxal, acelerado, pós-moderno que os valores e as mudanças não só se
revelam amplas e profundas, como complexas. Mundo menos previsível, mais
complexo, dinâmico, criativo e pluralista, em que a mudança é componente
essencial; tudo é relativo, apenas provável, incerto e ao mesmo tempo,
complementar; tudo está em movimento, em constante fluxo de energia em
processo de mudança; lugar de instabilidade e de flutuações.

É uma mudança que contempla todas as dimensões da pessoa: mental,


comportamental, afetiva, institucional, ético-moral e espiritual.
É uma mudança que
Concepções e/ou noções de espaço, tempo, linguagem, contempla todas as dimensões
trabalho, conhecimento e educação são questionadas. da pessoa: mental,
comportamental, afetiva,
Atualmente, o desenvolvimento científico tem mostrado que a institucional, ético-moral e
possibilidade do desenvolvimento do conhecimento é mais espiritual.

abrangente do que apenas ler, escrever e calcular.

Na ótica político-econômica, prevalece um modelo de Estado mais


gerenciador que administrador, no qual o mercado passa a ser o agente regulador
das condições "de compra e venda" do bem estar pessoal e coletivo. É o
surgimento de um Estado que vai desacelerando gradualmente seu nível de
participação e grau de responsabilidade na execução das coisas públicas para dar
espaço a um mercado que assume, num processo de terceirização econômica,
em parcerias ou privativamente a prestação de serviços. É um modelo em que os
princípios da liberdade, da livre concorrência e da competição individualista
afloram como os eixos norteadores desse mercado. Vivemos sob a ideologia
neoliberal, cujo ideário prioriza os princípios de liberdade para competir e o
individualismo, tendo sempre em vista o mercado, com a maximização da
eficiência e do lucro. Consequentemente, estamos numa crescente exclusão.

43
É flagrante a exclusão social, marcada pela institucionalização da violência e
pela exploração do potencial humano, acarretando contextos sociais corruptíveis,
isentos de sanções, impunes frente ao desrespeito, à justiça e à dignidade
humana. É possível constatar que nossa sociedade não é autônoma. Vivemos
numa sociedade excludente, com dificuldade de acesso à informação em todos os
níveis desde o educacional até o tecnológico. Quanto ao engajamento, estamos
ainda engatinhando. Na agenda governamental, a preocupação se volta em
manter as metas econômicas estipuladas por políticas internacionais, garantindo
assim, o respeito internacional e uma suposta estabilidade inflacionaria. Para
manter isso, o governo articula alianças políticas que, em muitas vezes, fogem de
uma compreensão ética e de justiça, ferindo a dignidade das relações humanas.
Por isso, na agenda social, há um custo encoberto e que vem se agravando:
aumenta o desemprego, a propriedade da terra ainda é um símbolo da
desigualdade, a violência está institucionalizada, os serviços públicos não
atendem à demanda...

O Brasil real continua mal, convivendo com "um governo que vai bem". Se no
Brasil a instabilidade econômico-social é uma realidade, no município de Pinhão
não é diferente. Vivem-se profundas mudanças no mercado de trabalho. Há uma
demanda significativa de jovens que deixam o município a procura de melhores
condições de vida em outros municípios, diminuindo com isso, as chances de
abertura de espaços para trabalho. Aos jovens que ficam resta-
lhes, muitas vezes, o sub-emprego. Nos últimos anos o Brasil
vem passando por mais um
processo de reforma
Historicamente, tem-se buscado um modelo educacional
educacional, inspirado em
que corresponda a especificidade brasileira. Pode-se constatar outros modelos, com o
intuito de contribuir para o
esse processo contínuo e permanente de mudanças de
desenvolvimento da nação.
modelos, sobretudo no último século.

Nos últimos anos o Brasil vem passando por mais um


processo de reforma educacional, inspirado em outros modelos, com o intuito de
contribuir para o desenvolvimento da nação. Infelizmente, sabemos que muitas
vezes no decorrer da história, essas iniciativas visavam também corresponder às

44
exigências de investidores internacionais para assegurar financiamentos
importantes para o país.

Essa educação como "moeda de mercado" repete-se na realidade escolar


brasileira quando a finalidade da aprendizagem reduz-se a um passaporte para
uma carreira profissional. Vendem-se "pacotes" educativos, "embalados" em grifes
do mercado de acordo com as necessidades de "consumo" da clientela. É a
educação na lógica do mercado.

Mas, essa reforma educacional brasileira, tem


apresentado, por outro lado, um paradigma baseado na revisão ...a escola, imbuída de
e mudança significativa de conceitos. Em função disso, já é sua função social,
poderá contribuir com
possível constatar o aumento da escolaridade nacional, a as transformações
diminuição da evasão e a redução do analfabetismo, por atuando criticamente
para reconstruir as
exemplo. representações que os
sujeitos têm da
Em tese, há no Brasil, o desejo de atender um consenso realidade, de modo a
promover a mudança de
internacional de que a educação sirva de instrumento postura e de prática
transformador da realidade a partir de quatro pilares fundamentais: ser, dessa
diante realidade.
conviver,
fazer, conhecer.

O quadro sócio-histórico-educacional aqui exposto parece expressar uma


visão apocalíptica de sociedade, ressaltando uma gama de problemas de tal
amplitude que sugere ser intangível qualquer possibilidade de transformação para
melhor. Entretanto, é necessário registrar que ao longo das discussões que
explicitaram o referido quadro, os sujeitos envolvidos manifestaram suas visões
movidos pelo desejo de transformações. Suas reflexões sugerem que a escola,
imbuída de sua função social, poderá contribuir com as transformações atuando
criticamente para reconstruir as representações que os sujeitos têm da realidade,
de modo a promover a mudança de postura e de prática diante dessa realidade.
Isso é visível quando professores, alunos e funcionários técnico-administrativos
anunciam DESAFIOS a serem assumidos pela Escola, tais como:

45
 Assegurar o caráter público e gratuito da Escola visando à inclusão
educacional e social.

 Orientar as ações com base em pressupostos éticos entendendo que a


sociedade vive uma crise de valores no que tange ao convívio social, à
manutenção da paz, ao respeito aos direitos humanos.

1. Preparar o aluno para que se torne capaz de fazer intervenções na


sociedade no sentido de superar as desigualdades sociais.

2. Atuar diretamente em problemas da escola e da comunidade.

3. Construir a identidade e a autonomia da escola.

4. Criar condições para que os servidores atuem de modo responsável e


comprometido com a função social da escola.

5. Desenvolver no jovem a capacidade de manter auto subsistência no


campo.

6. Construir a organicidade coletiva.

Esses desafios implicam a quebra de muitos paradigmas relacionados à


função da Escola na sociedade e remetem à educação como
...a educação escolar é
condição de libertação do homem. Ter direito à liberdade, à
um espaço fundamental
justiça e à dignidade é condição indispensável para a construção para a formação do
cidadão pleno, sujeito
de uma nova ordem social.
consciente, com visão
crítica e, sobretudo,
Nessa perspectiva, a educação escolar, embora não seja a atuante na sociedade.
solução mágica para as mazelas sociais, é um espaço fundamental para a
formação do cidadão pleno, sujeito consciente, com visão crítica e, sobretudo,
atuante na sociedade urbana e rural.

Mobilizar-se nessa direção significa condenar toda e qualquer ação que


repercuta em exploração do Ser Humano e atuar para humanizar o globo e não
globalizar o homem.

46
3.8 - Sociedade

A sociedade é o conjunto de pessoas que compartilham propósitos, gostos,


preocupações e costumes, e que interagem entre si constituindo uma
comunidade, sendo uma rede de relacionamentos entre pessoas tornando
implícito o significado de sociedade que seus membros compartilham interesse ou
preocupação mútuas sobre um objetivo comum .

3.9 - Cidadania

A cidadania pode ser definida como a condição do cidadão, indivíduo que


vive de acordo com um conjunto de estatutos pertencentes a uma comunidade
politicamente e socialmente articulada.
Uma boa cidadania implica que os direitos e deveres estão interligados, e o
respeito e cumprimento de ambos contribuem para uma sociedade mais
equilibrada e justa.

Exercer a cidadania é ter consciência de seus direitos e obrigações,


garantindo que estes sejam colocados em prática. Exercer a cidadania é estar em
pleno gozo das disposições constitucionais. Preparar o cidadão para o exercício
da cidadania é um dos objetivos da educação de um país.

3.10 - Formação Humana e integral


A educação deve preparar, ao mesmo tempo, para o juízo critico das
alternativas propostas pela elite, e dar a possibilidade de escolher o próprio
caminho‖. ( Freire)

Ao falarmos da preparação do ser humano, estamos tratando de uma preparação


capaz de formar um ser critico e consciente do seu papel no mundo, construindo
o seu modo de vida livremente, tendo autonomia para organizar os modos de
existência e sendo responsável pelas suas ações, tornando-se um ser humano
ético.

47
3.11 - Cultura

É a herança social da humanidade ou ainda, de forma específica, uma


determinada variante da herança social. A cultura é um conceito que está sempre
em desenvolvimento, pois com o passar do tempo ela é influenciada por novas
maneiras de pensar inerentes ao desenvolvimento do ser humano. A cultura é
parte do que somos, nela está o que regula nossa convivência e nossa
comunicação em sociedade.

3.12 - Educação Profissional

Esta concepção de competência refere-se a um trabalhador de novo tipo,


preparado para atuar nos diversos setores da economia e participar ativamente na
sociedade, com capacidades intelectuais e práticas que lhe permitam, mais do que
adaptar-se à produção flexível, compreender os seus limites e organizar-se
coletivamente para superá-los. Ao assim compreender a categoria competência,
confere-se destaque à necessidade de desenvolver a capacidade de articular
conhecimentos teóricos e práticas laborais, reafirmando-se a compreensão que o
domínio parcial do conhecimento por parte do operador, apenas tácito ou apenas
científico, não é suficiente para que se estabeleça a competência, compreendida
na sua dimensão de práxis, posto que esta, de acordo com Vasquez (1968, p.
117), ―é atividade teórica e prática que transforma a natureza e a sociedade;
prática, na medida em que a teoria, como guia da ação, orienta a atividade
humana; teórica, na medida em que esta ação é consciente‖

3.13 - Escola

A escola é valorizada como instrumento de apropriação do saber e pode


contribuir para eliminar a seletividade e exclusão social, e é este fator que deve
ser levado em consideração, a fim de erradicar as gritantes disparidades de níveis
escolares, evasão escolar e marginalização.

48
De fato, a escola é o local que prepara a criança, futuro cidadão, para a
vida, e deve transmitir valores éticos e morais aos estudantes, e para que cumpra
com seu papel deve acolher os alunos com empenho para, verdadeiramente
transformar suas vidas.
Dermeval Saviani acredita que a escola deve lutar contra a seletividade, a
discriminação dos alunos, mas que o aluno também deve fazer sua parte, pois se
somente se considerar uma peça sem qualquer importância no sistema
conseguirá promover a mudança necessária para o bem de toda a sociedade e do
próprio sistema.

3.14 - Gestão Escolar

A gestão democrática implica um processo de participação coletiva. Sua


efetivação na escola pressupõe instâncias colegiadas de caráter deliberativo, bem
como a implementação do processo de escolha de dirigentes escolares, além da
participação de todos os segmentos da comunidade escolar na construção do
Projeto Político-Pedagógico e na definição da aplicação dos recursos recebidos
pela escola. A democratização da gestão é defendida enquanto possibilidade de
melhoria na qualidade pedagógica do processo educacional das escolas, na
construção de um currículo pautado na realidade local, na maior integração entre
os agentes envolvidos na escola – diretor, professores, estudantes,
coordenadores, técnico-administrativos, vigias, auxiliares de serviços – no apoio
efetivo da comunidade às escolas, como participante ativa e sujeito do processo
de desenvolvimento do trabalho escolar.

3.15 – Currículo

O currículo do Ensino Fundamental e Médio estão descritos nas Diretri\zs


Curriculares do Estado do Paraná, e o currículo do curso de Agroecologia esta
descrito no Plano de Curso aprovado pelo CEE do Paraná. É uma construção
social do conhecimento pressupondo a sistematização dos meios para que esta
construção se efetive, a transmissão dos conhecimentos historicamente
construídos e a forma de assimilá-los, portanto, produção, transmissão e

49
assimilação são processos que compõem uma metodologia de construção coletiva
do conhecimento escolar. (Veiga, 2002).

3.16 - Alfabetização e Letramento

Alfabetizar e letrar são duas ações distintas, mas não inseparáveis, ao


contrário: o ideal seria alfabetizar letrando, ou seja: ensinar a ler e escrever no
contexto das práticas sociais da leitura e da escrita, de modo que o indivíduo se
tornasse, ao mesmo tempo, alfabetizado e letrado .

3.17 - Conhecimento

Transformar conhecimentos implica transformar os saberes que alunos e


professores têm, tomando como ponto de partida as histórias de vida,
aproveitando seus conhecimentos e suas experiências prévias, fazendo-se
sujeitos mediadores e medidas do processo ensino aprendizagem, construindo
juntos novos conhecimentos.

3.18 - Tecnologia e o Programas e Projetos Conectados 2.0

Tecnologia é um produto da ciência e da engenharia que envolve um


conjunto de instrumentos, métodos e técnicas que visam a resolução de
problemas. É uma aplicação prática do conhecimento científico em diversas áreas
de pesquisa. Aproveitamento de todas as ferramentas disponíveis para o
desenvolvimento e crescimento de todos, como auxílio pedagógico.

Para melhor atendermos os alunos e ampliar as possibilidades do trabalho


pedagógico do corpo docente, vamos contar a partir de 2018 com o PROGRAMAS
E PROJETOS CONETCTADOS 2.0, proposto pelo governo do estado que tem
por objetivo geral, favorecer e ampliar a discussão e o uso de tecnologias
educacionais, com a comunidade escolar e como objetivos específicos, ofertar
formação com ênfase a temática ―Educação na Cultura Digital‖, abordando o
conceito de Cultura Digital e suas relações com a escola, o currículo e a

50
sociedade; ● Incentivar a prática de produção de objetos educacionais a partir do
acesso à ferramentas e aplicativos disponíveis na internet; ● Promover o
intercâmbio de práticas e diferentes abordagens de ensino com o uso de
tecnologias educacionais entre professores e gestores; ● Ampliar o parque
tecnológico das escolas estaduais; ● Acompanhar e avaliar os efeitos da
discussão e do uso de tecnologias educacionais na prática pedagógica e na
organização escolar; ● Compartilhar e divulgar as práticas desenvolvidas nas
escolas participantes com toda a comunidade escolar. SEED/CTE/DPTE

3.19 - Ensino e Aprendizagem

São dois processos indissociáveis, porém, com peculiaridades entendendo


que o perfil de aprendizagem e individualidade de cada um.

Ensinar é tarefa do professor. É processo de facilitar que outras pessoas


aprendam e cresçam. Ensinar é todo o nosso esforço de levar alguém a aprender.
Não se trata de passar informações de uma mente para outra como objetos de
uma gaveta para outra.

Aprender é adquirir domínio sobre o conteúdo ensinado, mas é mais que


isto; é traduzir na prática o que foi e está sendo ensinado. A aprendizagem
acontece dentro do indivíduo, mas seus efeitos são comprovados exteriormente
em comportamento externos.

3.20 – Avaliação

De acordo com Lukesi, na avaliação, há dois aspectos a considerar. Um é


que o professor precisa estar honestamente comprometido com o que acredita, e
isso é uma atitude subjetiva, não tem jeito. Outro aspecto é psicológico e exige
auto trabalho para não deixar que questões pessoais interfiram nas profissionais.
Evitar a subjetividade, nesse sentido, tem a ver com cuidar de si mesmo e do
cumprimento de seus compromissos( 1995), sendo assim, a avaliação deve ser
diagnóstica, formativa e contínua, onde as sequências de aprendizagem são
acompanhadas de forma eficaz, possibilitando ao aluno constatar a sua evolução

51
e controlar a sua aprendizagem. É uma atividade escolar que, pela sua
intencionalidade, pela sua função social e pedagógica deve estar clara para
alunos e professores. Os momentos específicos de avaliação fazem parte do
processo educativo, portanto sua aplicação deve ser pensada por todos e estar
em acordo com a proposta pedagógica da escola. A avaliação servirá para
constatar aprendizagem e verificar falhas e acertos no ensino. Em conformidade
com Vasconcelos: os Estudos de Recuperação devem ser entendidos como um
dos aspectos da aprendizagem no seu desenvolvimento contínuo, no qual o aluno,
com aproveitamento insuficiente, disponha de condições próprias que lhe
possibilitem a apreensão dos conteúdos básicos. Portanto, para os alunos de
baixo rendimento serão proporcionados estudos de recuperação paralela através
de atividades extra classe e/ou atendimento individual.(2008, 62)

3. 21 - Tempo e Espaço pedagógico

O Tempo e o espaço se traduz em um eixo muito importante, para o


desenvolvimento de ações que auxiliem tanto professores quanto alunos. Sendo
assim, com o objetivo de atender as prerrogativas legais e as necessidades dos
alunos, a organização do tempo e espaço se inicia com a elaboração do
calendário do ano letivo no qual deve prever todas as ações referente ao
andamento da gestão - pedagógica , dentre estas, momentos de planejamento,
encontros pedagógicos para discussão e análise do plano de ação da instituição,
acompanhamento e avaliação do desempenho escolar do aluno; formação
continuada dos professores; reflexão do currículo e melhoria da prática docente;
planejamento das atividades pedagógicas; dentre outras.

3.22 Formação Continuada

Formar-se é um processo de toda a vida; enquanto seres humanos temos a


possibilidade de aprender e, portanto, nos humanizamos permanentemente,
mediante as relações e interações que acontecem nos diversos ambientes
culturais, nos quais temos relações. Deste modo, aprender é mais do que receber
ou obter informações e conhecê-las ou compreendê-las é tornar o aprendizado

52
parte do ser, implicando desenvolver-se com ele. Formar-se é um processo de
aprendizagem que se realiza desenvolvendo-se individual e coletivamente dentro
da cultura, incorporando-a, criando e recriando-a.

3.23 - Educação Inclusiva

Trata-se de uma reestruturação da cultura, da prática e das políticas


vivenciadas nas escolas de modo que estas respondam à diversidade dos alunos.
É uma abordagem humanística,democrática, que percebe o sujeito e suas
singularidades, tendo como objetivos o crescimento, a satisfação pessoal e a
inserção social de todos.

A inclusão perpassa pelas várias dimensões humanas, sociais e políticas, e


vem gradualmente se expandindo na sociedade contemporânea, de forma a
auxiliar no desenvolvimento das pessoas em geral de maneira e contribuir para a
reestruturação de práticas e ações cada vez mais inclusivas e sem preconceitos.

3.24 - Diversidade

Um conhecimento aprofundado da escola e do meio em que esta se insere,

deve ser dos primeiros passos para garantir uma boa educação multicultural, onde
a informação relativa aos alunos dessa escola possa ser utilizada na organização
da mesma, valorizando a pedagogia diferenciada e a flexibilidade curricular,
imprescindíveis para a aprendizagem e sucesso escolar pretendidos pelos
docentes e pela própria escola.

As pessoas se diferem umas das outras. Variam na cor da pele, na altura,


na forma dos olhos, no cabelo, no sexo e em muitas outras características físicas.
Também escolhemos diferentes opções em nossas crenças religiosas, nossos
valores, nossos modos de estabelecer os laços familiares, no modo como
assumimos os papéis de homem e mulher e em tantos outros aspectos da
organização da vida em sociedade. Temos diversidades nas características de
nosso mundo subjetivo. Dentro de uma sociedade, ainda, o acesso às riquezas
materiais e simbólicas resulta em diferentes possibilidades de organizar a vida

53
4-Planejamento

Vivemos numa sociedade liberal, espantosamente dinâmica, instável,


contraditória, evolutiva. O planejamento, portanto, seja como um modo de se
pensar ou como um processo, tanto como método dialético de transformação ou
como instrumento para práxis pedagógica, constitui-se, sem dúvida, num
verdadeiro desafio.

Desafio maior quando se opta por um planejamento participativo. A


participação em processo de planejamento é, em si mesmo, o mais adequado
método educativo. De acordo com Gandin, o planejamento participativo parte da
realidade (problema / possibilidade), abre espaço para a utopia (projeção do
futuro), gera coerência entre o dizer e o fazer e pressupõe a transformação(1998).
Fazer um projeto para transformar a escola é, em última instância, fazer um
projeto para transformar pessoas. Só pessoas em processo de transformação,
capazes de relações novas, baseadas no respeito, justiça e solidariedade,
dispostas a usar a linguagem da possibilidade são capazes de transformar a
realidade. O esquema de "planejar para" está superado. Aliás, o planejamento,
assim como o entendemos, tem uma dimensão política: exige o envolvimento das
pessoas. Concebe a cidadania como um estilo de vida e a solidariedade como
pressuposto fundamental da vida humana.

Nós, Direção, Equipe Pedagógica, Professores e Funcionários, já estamos


neste processo, uma vez que nosso Projeto Político-Pedagógico (PPP) contempla
as ideias reunidas do grupo de professores, funcionários, pais, alunos e
comunidade externa, a respeito da nossa realidade sócio-política-econômica e
ideológica; sobre o ideal de homem e sociedade que sonhamos; as definições de
ações para uma educação formadora; o modelo de educação e escola que
pensamos a partir da nossa realidade de instituição educacional laica e as ações
que estaremos implementando a fim de concretizar nossos sonhos e objetivos
(programação).

54
Contempla, também, o diagnóstico realizado a partir da análise sobre a
nossa prática pedagógica e o modelo de educação e escola que acreditamos.
Desse modo, as nossas necessidades, foram evidenciadas da leitura e debate dos
aspectos mais relevantes do nosso diagnóstico.

No que diz respeito à programação, ou seja, a proposta de ação para sanar


as necessidades e realizar os sonhos e aspirações, a comunidade educativa
propôs, para cada uma delas, uma categoria que a atenda, podendo ser uma
política estratégica, uma ação concreta, uma rotina ou uma regra.

O modelo de planejamento participativo, inspirado nas obras ―A prática do


planejamento participativo‖ e ―Planejamento como prática educativa‖, ambos da
autoria de Danilo Gandin, como também, ―Planejamento – Projeto de ensino-
aprendizagem e Projeto Político-Pedagógico‖, de Celso Vasconcellos, serviram de
parâmetro formal ao nosso trabalho como um todo. Foram utilizadas como
referências de fundamentação teórica-reflexiva, as obras ―Projeto político-
pedagógico da escola: uma construção possível‖, ―Escola: espaço do projeto
político-pedagógico‖ e ―As dimensões do projeto político-pedagógico‖, organizadas
por Ilma Passos A. Veiga

Tal modelo de planejamento foi utilizado tendo em vista que planejar é um


ato constante na vida do ser humano. Sempre se buscam determinados fins e
relacionam-se alguns meios necessários para atingi-los. Trata-se de uma forma de
relação desenvolvida entre o pensar e o fazer, que depende de ações individuais e
se concretiza numa ação coletiva e compartilhada.

Partindo do princípio de que todo planejamento é uma práxis, um processo


dialético que deve contemplar tanto o horizonte — ideal a atingir — como a prática
para um determinado tempo — ações a realizar — foi que elaboramos o Projeto
Político-Pedagógico do Colégio Estadual Santo Antonio, documento básico,
orientador da Proposta e Projetos Pedagógicos dos cursos por ele ofertados, ou
seja, Ensino Fundamental (séries finais) e Ensino Médio, e, a partir de 2006,
também incluindo elementos sobre a Pedagogia da Alternância, base do trabalho

55
na Casa Familiar Rural. Nesse sentido, O Colégio Estadual Santo Antonio é a
escola-base de orientação didático-pedagógica para a Casa Familiar Rural.

Para melhor planejarmos os professores utilizam de maneira proveitosa a hora


atividade que de acordo com a Instrução N.º 10/2016 – SUED/SEED, “Constitui-
se no tempo reservado aos(as) professores(as) em exercício de docência
para estudos, avaliação, planejamento, participação em formações
continuadas, preferencialmente de forma coletiva, devendo ser cumprida
integralmente na instituição de ensino na qual o(a) profissional esteja
suprido e no mesmo turno das aulas a ele(a) atribuídas”.

A hora atividade da nossa instituição ainda não é organizada por disciplinas


afins, devido, ao número de professores que temos em comum com outras
escolas, no entanto, os professores aproveitam sua hora atividade para preparar
suas aulas, contatar profissionais de outras áreas para fazerem palestras, para
atenderem pais e alunos que estão com dificuldades de aprendizagem.

O planejamento não é apenas uma técnica, embora também o seja. Ele é


uma instância de decisões políticas (pensar), capazes de consolidar e dinamizar
ações que satisfaçam os interesses de uma coletividade e deve contemplar ações
pedagógicas (fazer) que propiciem a implementação das decisões políticas
explicitadas anteriormente. Temos clareza que é uma prática político-social que
tem os indivíduos como agentes catalisadores das intenções da coletividade.

Sendo assim, Os educadores buscam sempre atingir o 100% de alunos que


é a meta principal, como não possível devido a outros desfavores que interferem
na educação como a fragmentação da instância familiar, evasão e demais
problemas sociais que interferem direto ou indiretamente na prática escolar.

Aceitamos o planejamento como facilitador da construção coletiva e


compartilhada de nosso projeto político-pedagógico, para que o mesmo signifique
transformação, revolução, ruptura. Buscamos um melhor entendimento do que a
ruptura pode significar em matéria de gestão educacional, avaliando os custos e

56
os desgastes inerentes a toda e qualquer ruptura, para que o processo não se
transforme em quimera ou fantasia. Em vários momentos refletimos sobre seu
significado, exigências e prováveis efeitos, além de visualizar, com algum grau de
concretude, os principais obstáculos a serem superados ao romper com o
tradicional, o ultrapassado, o impregnado em indivíduos, grupos e
organizações,(VIEIRA 1997:248). O momento vivido pelo Colégio Estadual Santo
Antonio exige que seja definido o que deve ser rompido, mantido e/ou resgatado.
Há que se romper o pensar, o sentir e o agir descompromissados, pois não se
pode estagnar no genérico ou no dogmático. Há que se manter a tradição
construída em quase três décadas de trabalho educacional e, ainda, há que se
revalorizar os princípios educacionais.

Temos como meta a revisão e re-alimentação anual do projeto, a fim de


atualizá-lo, bem como avaliá-lo. É perceptível a consciência de que muitos erros e
acertos serão cometidos. Entretanto, o que nos impele de maneira otimista e
positiva, são as possibilidades de estarmos realizando, na prática, uma ―teoria‖
construída de maneira coletiva e participativa. E com isso, temos a plena certeza
de que os erros serão faróis a nos mostrar quais os caminhos devemos trilhar para
tornar nosso trabalho melhor. Não é fácil, mas vem se tornando menos difícil na
medida em que vamos colocando em prática nossos anseios, sonhos, desejos e
aspirações para uma educação efetivamente de qualidade e impregnada de
valores humanos. O PPP será informado através de documento impresso para
uso interno e via digital, postado na página da escola e no Portal dia a dia
educação.

6.0 - Avaliação Institucional

Esta instituição de ensino diante de muitas inquietações a respeito do


ensino e educação de qualidade, com a participação efetiva da família na escola
busca maneiras de realizar um trabalho com mais competência na educação e
proporcionar aos alunos, pais e comunidade um envolvimento maior, mais eficaz.
No entanto, percebe-se a escola sozinha, sem a participação efetiva desses
atores para poder auxiliar nestas mudanças não obterá êxito . Neste aspecto, a

57
escola proporciona momentos de discussões e planejamento nos quais a
comunidade escolar é convidada a participar.

Como a construção desse PPP foi realizada de modo democrático e coletivo,


participaram do levantamento geral de pontos fortes e fracos, positivos e
negativos, os funcionários técnico-administrativos e de serviços gerais. São 15
agentes educacionais I, 08 agentes educacionais II e 01 secretário. Foram
realizados encontros com este importante grupo de profissionais e as questões
levantadas foram as seguintes:

Num primeiro momento, discutiram-se os problemas enfrentados no dia-a-dia


da escola entre os agentes educacionais I e II.

Os problemas discutidos foram relacionados ao sucateamento dos


equipamentos de informática que estão muito danificados e obsoletos. Os
banheiros existentes são insuficientes para o número de alunos e estão
deteriorados com louças velhas, cerâmicas e azulejos descascados e quebrados.
Também é importante destacar a sala dos agentes educacionais I construída em
2010 e a reforma do banheiro adaptado ao aluno cadeirante e rampa de acesso à
quadra de esportes e ao Laboratório de Informática.

Outros pontos negativos falados foram sobre o atraso dos alunos


consequentemente, a demora de alguns professores para recolherem suas
turmas, a falta de higiene dos alunos nas carteiras.

Um dos pontos positivos a destacar é a Relação da Escola com a


Comunidade, pois, além de ser bem vista pela sociedade em geral pela qualidade
do ensino, são enviados agradecimentos especiais aos colaboradores além de
outros diferenciais que reforçam a visão positiva da escola. Quanto aos trabalhos
da Equipe Multidisciplinar foi solicitado ainda que sejam realizados trabalhos de
informação e prevenção com assuntos que abordem sobre bullyng, racismo,
higiene, etc

58
Com relação às Questões Profissionais em geral, a Equipe Pedagógica da
escola sempre apóia os Funcionários quando buscam auxílio. Na cozinha, é
importante destacar que a Alimentação Escolar tem sido muito boa, sendo que
atualmente, há muito mais facilidades para realizar os serviços de limpeza e
manutenção da escola.

4. 1 - Calendário Escolar

O calendário escolar desta instituição é elaborado conforme a legislação


vigente, atendendo ao disposto da LDB nº 939396, art 23 e 24 , garantindo um
total mínimo de 200 dias letivos e 800 horas. Seguindo as Instruções da SUED
SEED e aprovado pelo Núcleo Regional da Educação. A calendário da Casa
Familiar Rural, segue os mesmos trâmites do calendário do Colégio, com o
diferencial de que o da Casa Familiar Rural deve prever o regime da Pedagogia
da Alternância, organizado por semanas em regime de internato.

4.2 Ações Didático-Pedagógicas – Projetos e Programas

Nesse contexto geral, determinamos como a grande meta dos profissionais


desta instituição de ensino procurar dar sustentação às contínuas evoluções no
mundo ressaltando um ensino que crie conexão entre o que o aluno aprende nela
e o que ele faz fora dela; conexão entre o ensino formal e o mundo do trabalho,
entre o conhecimento e a vida prática do aluno. Nesse aspecto, salientamos a
importante participação da grande maioria dos professores em busca do acerto,
em tentar fazer o melhor, em querer que o processo ―dê certo‖ e em alcançar os
objetivos e metas com êxito, obtendo resultados positivos e desempenho
satisfatório. Seguindo a prescrição presente na LDB 9394/96, que em seu artigo 2º
diz:

―A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e


nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento
do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o
trabalho.‖

59
Os alunos: Pontos de vista

Nos encontros que aconteceram com os alunos para pensar sobre o


cotidiano escolar e definir possibilidades de melhorias cabe ressaltar o quanto foi
positiva a participação dos mesmos.

Os alunos debateram inúmeras questões e ao final das discussões


elaborou-se um rol de questionamentos e reivindicações que ficaram assim
organizadas:

Sugestões para o cotidiano escolar:

a) A escola poderia ter mais eventos como feiras, seminários e palestras voltados
para a adolescência (drogas, violência contra a mulher, gravidez na adolescência).

b) Que além dos alunos não poderem manusear aparelhos celulares na sala de
aula os professores também não façam uso do mesmo.

c) Que os professores proporcionem mais aulas práticas.

d) Que professores, funcionários e alunos façam uso de uniforme.

e) Que as pedagogas demonstrem mais sensibilidade e autoridade com os aluno

Sugestões pedagógicas:

a) Organização de grupos de dança, teatro e música atuantes no dia-a-dia da


escola, com o apoio dos professores e também dos colegas;

b) Implantar oficinas de teatro, de música e de dança, vídeos e atividades


culturais nas aulas vagas e nos finais de semana;

c) Efetivar projetos que levem em consideração as opiniões e as sugestões dos


alunos na elaboração e execução;

d) Promover estudos, textos e questões que se referem ao vestibular para que os


alunos do Ensino Médio tenham preparo para realizar o mesmo.

60
e) Que o momento do Hino Nacional seja realizado em dois momentos: um para
alunos do ensino Fundamental e outro para alunos do Ensino Médio.

Solicitações aos professores:

a) Que as regras de não usar o aparelho de telefone celular na sala de aula seja
respeitada também pelos professores;

b) Que haja mais criatividade nas aulas (aulas repetitivas são cansativas e não
nos levam a aprender de verdade);

c) Que os professores cumpram melhor o horário na escola.

d) Que os professores não coloquem na prova questões de conteúdos ainda não


estudados e expliquem melhor as questões;

Sugestões e questionamentos com relação à disciplina:

a) Que as regras e normas sejam cobradas e cumpridas por todos – alunos,


professores e funcionários;

b) Que se evite e elimine brigas e brincadeiras de mau gosto e que, o profissional


que cuida do pátio, realmente cuide dos alunos e não tolere o desrespeito;

c) Trabalhos com projetos relacionados às alternâncias para o bom andamento


dos convívios e aprendizagem.

Sugestões para os recursos físicos ( ambiente externo)

a) Melhorias em geral no prédio escolar: computadores, Tvs, ventiladores,etc.

b) Que se elabore um ―calendário da alimentação escolar‖, constando um


cardápio diferente, saudável e de boa qualidade.

c) Que a cantina ofereça várias opções de alimentos e que seja melhor


organizada para atender os alunos.

61
-d) Que haja melhorias nos banheiros masculino e feminino.

e) Que seja propiciado a confecção da carteirinha do estudante para ser utilizada


inclusive na hora do lanche, evitando perda e danos aos pratos, talheres e
canecas.

f) Que sejam realizadas mensalmente atividades diferenciadas.

Com produtos da merenda escolar e se necessário com aquisição de


produtos através de recursos da cota da complementação da merenda escolar,
desde que haja recursos disponível.
O Professor de Apoio à Comunicação Alternativa – PACA- é um
profissional especializado, que atua no contexto da sala de aula, nos
estabelecimentos de Ensino Fundamental, Ensino Médio e Educação de Jovens e
Adultos, onde o apoio se fundamenta na mediação da comunicação entre o aluno,
grupo social e o processo de ensino e aprendizagem, cujas formas de linguagem
oral e escrita se diferenciam do convencionado.

Também temos demanda na instituição de uma aluna com surdez que


requer acompanhamento de um profissional , Tradutor Intérprete de Libras/Língua
Portuguesa, no entanto, desde sua matricula no colégio não pode contar com tal
serviço, visto que, todo inicio de ano letivo é solicitado este profissional,
solicitação ainda não atendida, devido ao pouco número de Intérprete na rede
estadual de ensino. A aluna frequenta, em contra turno a Sala de Recurso
Multifuncional para Surdez no Colégio Estadual Professor Mário Evaldo Mórski.

4. 3 - Ações Referentes à flexibilização do Currículo

4.3.1 - Rede de Proteção

Tendo em vista que a escola é uma instituição que integra a Rede de


Proteção e tem a responsabilidade, junto aos outros agentes da rede, de
identificar, notificar, atender e manter uma atitude vigilante, de acordo com a

62
necessidade e gravidade do caso, com a proposição de ações preventivas.
Desenvolvemos ações articuladas com a rede de proteção do município, visto que,
esta envolve a ação de várias instituições/áreas governamentais ou não, que
visam atuar em questões sociais de extrema complexidade, definindo estratégias
para a prevenção, atendimento e fomento de políticas públicas para crianças e
adolescentes em situação de risco. Além da área da educação (escola), também
fazem parte da Rede de Proteção as áreas da saúde, da assistência social,
Ministério Público e da segurança pública, que, por meio de seus atores, articulam
ações no sentido de combater a violência contra a criança e o adolescente, bem
como garantir os seus direitos. Muitas são as demandas no âmbito da instituição,
que requerem um trabalho mais amplo em parcerias com mecanismos externas a
escola, visando prevenir a violação de direitos dentre estes, o acesso e
permanência na escola. Para permanência do aluno na escola, dispomos de
programa específico da mantenedora SEED :

4.3.2 - Programa de Combate ao Abandono Escolar: Sendo este, um plano


de ação destinado a combater o abandono escolar nas instituições de ensino da
Rede Estadual de Educação. Seu objetivo principal é resgatar estudantes com 5
(cinco) faltas/dias consecutivas ou 7(sete) faltas/dias alternados por meio de
ações integradas entre a escola e a Rede de Proteção à criança e ao adolescente,
para evitar que essas faltas se efetivem como evasão escolar. Objetivando,
diminuir a evasão, o trabalho da nossa instituição é diário, com levantamento de
faltas dos alunos e, com os devidos encaminhamentos realizados

4.3.3 - Estudo de caso/ Plano de atendimento/ Encaminhamentos

Situações complexas acontecem no cotidiano escolar, na maioria destas,


envolvendo alunos, e que requerem uma análise mais profunda para melhor
compreender certas atitudes e comportamentos dentro das relações que o
cercam. Sendo assim, tendo como ponto de partida, observações no cotidiano
escolar, registros, entrevista com familiares, visita domiciliar, parecer de

63
professores, equipe gestora e Conselho Escolar, pretende-se, quando se fizer
necessário tomadas de decisões referente aos alunos nas diversas situações,
tanto nas questões de aprendizagem como nas situações indisciplinares, elaborar
e realizar plano de ação prevendo as intervenções necessárias, referente a
situação apresentada do momento.

4. 3.4 - Sala de Apoio: O programa Salas de Apoio à Aprendizagem tem o


objetivo de atender às dificuldades de aprendizagem de crianças que frequentam
o 6.º. Esses alunos participam de aulas de Língua Portuguesa e Matemática no
contraturno, que têm como finalidade trabalhar as dificuldades referentes à
aquisição dos conteúdos nessas disciplinas.

4.3. 5 - Celem Espanhol: O CELEM tem como objetivo promover a aprendizagem


de Língua Estrangeira Moderna (LEM), proporcionando a compreensão de valores
sociais e conhecimentos sobre outras culturas. A organização do CELEM será na
oferta de Curso Básico em ESPANHOL diferente daquela cursada pelo aluno na
Matriz Curricular. Portanto, oferecida em contra turno.

4.3.6 - Aula de Leitura : Toda a semana de acordo com cronograma


estabelecido no início do ano letivo, é designada uma aula para o incentivo à
leitura. Considerando que a prática da leitura é benéfica para aprimorar e
desenvolver a aprendizagem em todas as disciplinas a aula de leitura abrange
todas as disciplinas em todos os horários, conforme calendário feito no início do
ano entregue aos professores, colocado na sala dos professores e nas salas de
aula.

4.3.7 - Momento do Hino : Por meio de um conjunto de atitudes de devoção para


com a sua pátria, e pela participação socio-educacional cultural pode-se identificar
um verdadeiro cidadão patriota. Dessa forma um dia da semana é cantado o Hino
Nacional, Hino do Paraná e o Hino do Pinhão.

4.3.8 - Literatura na Rua : Projeto desenvolvido na semana que antecede o dia


do Livro

64
4.3.9 - Educação Ambiental : Projeto destinado à coleta dos Resíduos Sólidos
produzidos no Colégio .

4.3.10 - Equipe Multidisciplinar: A cada ano o grupo se renova e reúnem-se


para fazer o diagnóstico das necessidades mais urgentes para agir na escola de
acordo com legislação estadual vigente para este fim

4.3.11 - SAREH
O Serviço de Atendimento à Rede de Escolarização Hospitalar objetiva o
atendimento educacional aos estudantes que se encontram impossibilitados de
frequentar a escola, em virtude de situação de internamento hospitalar ou
tratamento de saúde, permitindo-lhes a continuidade do processo de
escolarização, a inserção ou a reinserção em seu ambiente escolar.

4.3.12 - Classe de Aceleração

No ano de 2016 foi implementado a classe de Aceleração no 8º Ano que de


maneira geral, visa diminuir a defasagem idade série, corrigindo o fluxo escolar
ao readaptar alunos com dois anos ou mais de repetência no ensino regular. Tais
alunos, em função dessas múltiplas reprovações, veem-se desgarrados de seu
grupo ou classe e reunidos a crianças bem mais jovens, com interesses bem
diferentes dos seus, o que dificulta a organização escolar. A oferta deste serviço
será solicitado a SEED sempre que Instituição/Colégio e comunidade escolar
julgarem ser necessário.
4.3.14 - A Inclusão e os alunos com necessidades educacionais
A educação especial é uma educação organizada para atender específica e
exclusivamente alunos com determinadas necessidades especiais. Nosso Colégio
busca atender a todos, inclusive no momento, temos um aluno cadeirante. O
ensino especial tem sido alvo de busca por nossos educadores para promover o
convívio entre as crianças especiais e as demais crianças. O sistema regular de
ensino precisa ser adaptado e pedagogicamente transformado para atender de
forma inclusiva, pois, ainda é uma angústia de nossos professores, embora,
previsto em leis tais como: Constituição Federal de 1988; Lei nº 9394/96 LDB;

65
Parecer CNE/CEB nº 17/2001; Resolução CNE/CEB nº 02/01; Parecer CNE/CEB
nº 17/2001, Resolução CNE/CEB nº 02/01).

4.3.15 - A Inclusão dos alunos Itinerantes baseada


Quando necessário a inclusão de alunos itinerantes, as providências serão
encaminhadas de acordo com no Parecer do CNECEB 14-2011 que o considera
como itinerante crianças e jovens que vivem em grupos nessas condições por
―motivos culturais, políticos, econômicos, de saúde, tais como ciganos, indígenas,
povos nômades, trabalhadores itinerantes, acampados, circenses, artistas e/ou
trabalhadores de parques de diversão, de teatro mambembe, dentre outros‖.

4.3.16 - Programas Socioeducacionais/conteúdos obrigatórios: História e


Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena (Lei nº 11.645/08); Prevenção ao uso
indevido de drogas, Sexualidade Humana, Enfrentamento à Violência contra a
Criança e o Adolescente: Direito da Criança e do Adolescente (Lei Federal
n.°11525/07); Educação Fiscal, Educação Tributária (Decreto n.° 1143/99 –
Portaria n.° 413/02); Educação Ambiental (Lei Federal n.° 9795/99 – Decreto n.°
4281/02 ); História do Paraná. (Lei n.° 13.181/01); Música (Lei n.°11769/08 ),
Hasteamento da Bandeira do Paraná e execução do Hino do Paraná, Instrução
13/12 e Direitos Humanos, Resolução 01/12 do CNE/CP e Educação Alimentar e
Nutricional CEO.49/709 Direitos Humanos, Resolução 01/12 Direitos do Idoso e a
Educação para o Trânsito, conforme a Resolução 07/2010 CNE/CEB, a Lei
10.741/03 e Lei 503/97 Composição de Equipe Multidisciplinar no âmbito escolar,
conforme instrução n° 10/2010 SEED. Programa de Brigadas Escolares/ Defesa
Civil na escola conforme decreto 4837 de 04 de junho de 2012.

Todos os programas são trabalhados adequados aos conteúdos de cada


disciplina pelos educadores, conforme, plano de trabalho docente e livro de
registro de classe.

Educ. das Educação Educação Educação Educação


Relações para o das relações Ambiental em Direitos
Ético- Envelhecime Étnico-

66
Raciais e nto Digno e Raciais e Lei N° Humanos,
Ensino de Saudável. Ensino de 17.505/2013
História e Historia e , que
Cultura Lei n° 11.863 Cultura Afro- institui a
que institui a Brasileira e Decreto
indígena. Política
Política nº 7.177
Africana. Estadual
Lei n° Estadual de 12 de
de
11.645, de 10 dos Direitos Lei N° Maio de
Disciplina Educação
de março de do Idoso 10.639, de 9 Ambiental. 2010, o
2008. (Cedi) de janeiro de Plano
2003. Deliberaçã Nacional
Lei n° o N° de
10.741/2003 04/2013 do Educação
Estatuto do CEE/PR, em
Idoso que que Direitos
reafirma e estabelece Humanos
ratifica a as normas ea
tarefa Estaduais Resoluçã
educacional. para a o nº1 de
educação 2012
no Sistema
Estadual
do Ensino
do Paraná.

Português X X

Matemática X X

História X X X X X

Geografia X X X X X

Ed. Física X X

Inglês X X X

Arte X X X

Ciências X X X

Ens. X X X X
Religioso

Biologia X X X

Química X X X

Física X X X

67
Filosofia X X X

Sociologia X X X X

5-Sistema de Avaliação

A DELIBERAÇÃO N.º 007/99 em seu Art. 1.° A avaliação deve ser


entendida como um dos aspectos do ensino pelo qual o professor estuda e
interpreta os dados da aprendizagem e de seu próprio trabalho, com as finalidades
de acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos alunos, bem como
diagnosticar seus resultados e atribuir-lhes valor.

Após todo um processo reflexivo realizado no ano de 2014 (como forma


de concretizar anseios demonstrados no ano de 2013), com vários momentos de
debate e troca de ideias, socialização de experiências e angústias pelo grupo de
professores, chegamos num momento em que precisávamos formatar um novo
―modelo‖, que expressasse, com coerência e clareza, nossas necessidades e
anseios pela melhoria do processo avaliativo.

A avaliação é uma prática pedagógica intrínseca ao processo ensino e


aprendizagem, com a função de diagnosticar o nível de apropriação do
conhecimento pelo aluno. Ela é contínua, cumulativa e processual e deve refletir o
desenvolvimento global do aluno e é realizada em função dos conteúdos,
utilizando métodos e instrumentos diversificados, coerentes com as concepções e
finalidades educativas.

A avaliação deve utilizar procedimentos que assegurem o


acompanhamento do pleno desenvolvimento do aluno, evitando-se a comparação
dos alunos entre si e o resultado da avaliação deve proporcionar dados que
permitam a reflexão sobre a ação pedagógica, contribuindo para que a escola
possa reorganizar conteúdos / instrumentos / métodos de ensino.

68
Na avaliação do aluno devem ser considerados os resultados obtidos
durante todo o período letivo, num processo contínuo, expressando o seu
desenvolvimento escolar, tomado na sua melhor forma. Os resultados das
atividades avaliativas serão analisados durante o período letivo, pelo aluno e pelo
professor, observando os avanços e as necessidades detectadas, para o
estabelecimento de novas ações pedagógicas.

Os registros de notas da avaliação da aprendizagem serão expressos


em uma escala de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero). Para cálculo da média anual
será usado a seguinte formula:

M.A. = 1ºT + 2ºT + 3ºT = 6,0


3

Os resultados das avaliações do Ensino Fundamental, Ensino Médio


serão computados trimestralmente e pelo sistema somativo, expressos em
notas de 0,0 (zero vírgula zero) a 10,0 (dez vírgula zero) ao final de cada trimestre,
sendo que o rendimento mínimo exigido será de 6,0 (seis vírgula zero).

Atendendo o que determina a INSTRUÇÃO Nº. 15/2017 –SUED/SEED, as


metodologias utilizadas devem diversificadas, tais como: testes, pesquisas,
trabalhos em equipe em sala e extra-classe e outras que se fizerem necessárias,
fazendo preponderar o qualitativo sobre o quantitativo, atendendo as
peculiaridades e individualidades do educando. Os critérios de avaliação do
aproveitamento escolar deverão ser explicitados no Plano de Trabalho Docente -
PTD, elaborados em consonância com a organização curricular descrita na
Proposta Pedagógica Curricular ou no Plano de Curso.

Para a composição da média do período avaliativo (bimestre, trimestre ou


semestre), deverá ser obrigatoriamente proporcionado ao(a) estudante no mínimo
02 (dois) instrumentos de avaliação e 02 (dois) instrumentos de recuperação de

69
estudos, podendo chegar ao máximo de 10 (dez) instrumentos de avaliação e
de10(dez) instrumentos de recuperação, não havendo necessariamente a
vinculação de um instrumento de recuperação para cada instrumento de
avaliação.

Para a definição do número de instrumentos deverá ser considerada a


especificidade do objeto de estudo de cada disciplina/componente curricular.

O processo de avaliação, bem como as estratégias de recuperação de


estudos, devem ser estabelecidas previamente no Plano de Trabalho Docente, em
função dos critérios de avaliação definidos a partir dos conteúdos das disciplinas.

Visando ao desenvolvimento formativo e cultural do(a) estudante, a


avaliação do ensino da Educação Física e de Arte, além dos critérios específicos
quanto aos conteúdos, poderá adotar também critérios que considerem
comprometimento e envolvimento dos(as) estudantes nas estratégias
metodológicas/atividades propostas. previamente no Plano de Trabalho Docente,
em função dos critérios de avaliação definidos a partir dos conteúdos das
disciplinas

A disciplina de Ensino Religioso para o Ensino Fundamental, anos iniciais e


finais, a Sala de Apoio e os Componentes Curriculares Eletivos (escolhidos pelos
estudantes) do Ensino Fundamental, anos finais e do Ensino Médio seguirão as
instruções deste documento contemplando suas especificidades quanto aos
instrumentos, uma vez que não terão aferição de notas.

A recuperação deve ser entendida como um dos aspectos do processo


ensino-aprendizagem pelo qual o(a) docente reorganizará sua metodologia em
função dos resultados de aprendizagem apresentados pelos(as) estudantes.

A recuperação de estudos deve acontecer de forma permanente e


concomitante ao processo de ensino-aprendizagem, realizada ao longo do período
avaliativo (bimestre/trimestre/semestre), assegurando a todos os estudantes novas
oportunidades de aprendizagem.

70
A oferta de recuperação de estudos é obrigatória e visa garantir a efetiva
apropriação dos conteúdos básicos, portanto deve ser oportunizada a todos(as)
os(as) estudantes, independente de estarem ou não com o rendimento acima da
média.

Compreende-se que a recuperação de estudos é composta de dois


momentos obrigatórios: a retomada de conteúdos e a reavaliação, ficando vetada
a aplicação de instrumento de reavaliação sem a retomada dos conteúdos;

a) considerando que o processo de ensino-aprendizagem visa o pleno


desenvolvimento do(a) estudante e que o processo de recuperação de estudos
visa recuperar 100% (cem por cento) dos conteúdos trabalhados, é vetado
oportunizar um único momento de recuperação de estudos ao longo do período
avaliativo (bimestre, trimestre ou semestre);

b) fica vedado realizar apenas a recuperação das provas escritas.

Caso o(a) estudante tenha obtido, no processo de recuperação, um valor acima


daquele anteriormente atribuído, a nota deverá ser substitutiva, uma vez que o
maior valor expressa o melhor momento do(a) estudante em relação à
aprendizagem dos conteúdos; a) os resultados da recuperação deverão ser
tomados na sua melhor forma registrados no Registro de Classe on line (RCO).

A recuperação de estudos deverá contemplar os conteúdos da


disciplina/componente curricular a serem retomados, utilizando-se de
procedimentos didáticos-metodológicos diversificados e de novos instrumentos
avaliativos, com a finalidade de atender aos critérios de aprendizagem de cada
conteúdo.

A promoção é o resultado da avaliação do aproveitamento escolar do aluno,


aliada à apuração da sua frequência, ou seja para ser aprovado o aluno deverá
obter 6,0(seis vírgula zero) em todas as disciplinas e frequência igual ou superior
a 75%.

71
Esse Modelo é resultado de muita reflexão e análise e demonstra de
forma madura (pela vivência em quase três anos) de um processo que merece
melhorias e ajustes.
O objetivo principal da avaliação trimestral é permitir que haja mais
tempo para o fechamento das médias, dando aos professores e alunos a
possibilidade de trabalhar com mais calma e, portanto, com menos tensão e
menos correria.

Um dos compromissos assumidos pelos professores, ao ser


implantada a avaliação trimestral (2015), é que sejam feitas avaliações menores e
mais frequentes, evitando o acúmulo de conteúdos nas avaliações;

A partir de 2015, o sistema de avaliação será trimestral, ou seja,


teremos entrega de boletins três vezes ao ano. O professor passa a ter mais
tempo para acompanhar a aprendizagem do aluno em cada etapa da avaliação e
maior tranquilidade para a recuperação dos conhecimentos que o aluno
eventualmente não tenha conseguido (re)construir.

O conteúdo das avaliações acompanhará as aulas, sendo vantagem


para o aluno, pois diminuirá a quantidade de conceitos por provas e os mesmos
serão avaliados mais vezes, visto que, entre as avaliações, haverá um período
para que o professor retome conteúdos importantes para as provas seguintes.

O aperfeiçoamento do sistema avaliativo tem o objetivo de tornar o


estudo mais agradável e contínuo, desenvolvendo em nossos alunos o hábito de
estudar.

A média anual para aprovação, de acordo com a legislação vigente, é 6,0


(seis vírgula zero).

O professor deverá utilizar metodologias instrumentos diversificados ao


avaliar os alunos, tais como : teste, trabalhos em equipe, pesquisas em salas de
aula e extra classe e outras que fizerem necessárias, fazendo preponderar o
qualitativo sobre o quantitativo, atendendo as peculiaridades e individualidades do

72
educando. Observando que toda avaliação deverá acontecer no espaço escolar e
que o objetivo final da avaliação deverá ser a aquisição do conhecimento pelo
aluno, evitando sempre avaliar o educando pelas suas atitudes ( não trazer a
tarefa da casa, esquecer o material como cadernos e livros, etc),conforme
regulamento interno do colégio.

5. 1 - Avaliação do Curso Técnico em Agroecologia

Sistema de avaliação CASA FAMILIAR RURAL - CFR

O sistema de avaliação é trimestral. A cada trimestre o jovem será avaliado


em 10,0 pontos distribuídos da seguinte forma: 7,0 pontos sendo destes (3,0
pontos de atividades avaliativas - como: trabalhos escritos, seminários, pesquisas,
entre outras; e 4,0 pontos de avaliações provas, testes) e os outros 3,0 serão
avaliados os Elementos da Pedagogia da Alternância – EPA (participação nas
disciplinas técnicas, Plano de Estudos, Atendimento Personalizado, Visita de
Estudos, Caderno de Alternância, Colocação em Comum e Regime de internato-
organização, limpeza, higiene, participação e relacionamento humano). Estará
aprovado o jovem que alcançar, ao final do ano letivo a média 6,0 em cada
disciplina da série, e frequência igual ou superior a 75%. A recuperação deve
acontecer de acordo com a legislação vigente, explicitada em documento Projeto
Político Pedagógico da escola base. Com relação ao Estágio Profissional
Obrigatório, o Jovem deverá cumprir 100% da carga horária do estágio, prevista
para a série, em atendimento a matriz curricular aprovada para o curso. Para
obtenção da média final usa-se a mesma fórmula da escola base.

5. 2 - Recuperação de Estudos

A recuperação de estudos para o Ensino Fundamental Anos Finais,


Ensino Médio e Educação Profissional é direito dos alunos, independentemente do
nível de apropriação dos conhecimentos adquiridos. A recuperação deve ocorrer
de forma permanente e concomitante ao processo ensino e aprendizagem. Deverá
também ser organizada com atividades significativas, por meio de procedimentos

73
didático-metodológicos e instrumentos diversificados. Com relação a
recuperação do Estágio Profissional Supervisionado, em caso de rendimento
insuficiente em alguma das atividades do estágio, o aluno deverá refazer as
atividades imediatamente, respeitando o calendário escolar do ano vigente.
O aluno (estagiário) que não atingir a média 6,0 (seis vírgula zero) poderá
recuperar as etapas desenvolvidas na instituição de ensino e da instituição
Concedente, respeitando conforme abaixo:
O aluno em caso de rendimento insuficiente em alguma das atividades do
Estágio Profissional Supervisionado deverá rever os conteúdos onde os objetivos
não foram atingidos, sendo acompanhado pelo Coordenador do Estágio e pelo
Supervisor de Estágio da Concedente.

A recuperação de estudos, deverá incindir sobre os 100% dos conteúdos


trabalhados/ avaliados) Oferta de lanche ( janta) aos alunos do noturno, pois é
grande o número de alunos trabalhadores, que vêm direto do trabalho para o
colégio.. Este lanche deve ser feito

5. 3 - APROVEITAMENTO DE ESTUDOS (Deliberação 05/13 CEE PR)

Para o aproveitamento de estudos instituição de ensino poderá aproveitar


estudos, mediante avaliação, de competências, conhecimentos e experiências
anteriores, desde que diretamente relacionados com o perfil profissional de
conclusão do respectivo Curso Técnico de Nível Médio e tenham sido adquiridos
:lacionados com o perfil profissional de conclusão do respectivo Curso Técnico de
Nível Médio e tenham sido adquiridos:

I- No Ensino Médio;

II- em habilitações profissionais e etapas ou módulos de nível técnico


regularmente concluídos nos últimos cinco anos em outros cursos de
Educação Profissional Técnica de

III – em cursos destinados à formação inicial e continuada ou qualificação

74
profissional de, no mínimo, 160 horas de duração, mediante avaliação específica;

IV – em outros cursos de Educação Profissional e Tecnológica, inclusive no


trabalho, por outros meios informais ou até mesmo em cursos superiores de
graduação, mediante avaliação do estudante;

V – por reconhecimento, em processos formais de certificação profissional,


realizado em instituição devidamente credenciada pelo órgão normativo do
respectivo sistema de ensino ou no âmbito de sistemas nacionais de certificação
profissional.

VI – em outros países.

Parágrafo único. A avaliação, para fins de aproveitamento de estudos, será


realizada conforme os critérios estabelecidos no Projeto Político-Pedagógico, no
Plano de Curso e no Regimento Escolar

Critérios para solicitação do Aproveitamento de Estudos:

 ENSINO MÉDIO: Havendo aproveitamento de estudos, o estabelecimento


de Ensino de destino, Colégio Estadual Santo Antônio, transcreverá no
Histórico Escolar do aluno, a carga horária efetivamente cursada pelo
aluno, das séries, fases, ciclos ou períodos concluídos com êxito na escola
de origem, para fins de cálculo de carga horária total do curso. Conforme
DEL.Nº09/01 CEE.

 CURSOS TÉCNICOS – Modalidade Integrada – Não há previsão de


aproveitamento de estudos para esta modalidade de Ensino;

4 - PROJETO PROFISSIONAL DE VIDA DO JOVEM

75
O Projeto Profissional de Vida do Jovem (PPVJ) é uma das ferramentas
utilizadas pelas Casas Familiares Rurais para estimular e avaliar o aprendizado
dos jovens, especialmente no aspecto da aplicabilidade da formação técnica
recebida. Ele constitui-se como um plano de trabalho, devidamente elaborado, e
com foco específico para a produção. Em linhas gerais, o PPVJ apresenta uma
atividade produtiva que será assumida pelo jovem e sua família para atender
aspectos importantes: a produção de alimentos para o consumo da família e a
geração de renda através da venda do excedente.

Entende-se como projeto PROFISSIONAL porque habilita o jovem ao


trabalho profissional na área de desenvolvimento daquela experiência, já que os
conhecimentos técnicos são aprimorados em função do manejo do
empreendimento. Por exemplo, se o projeto está direcionado para a avicultura,
toda a orientação técnica é direcionada para habilitar o jovem, a saber, manejar as
aves e, além disso, estimulá-lo a buscar alternativas de ampliação da produção,
seu beneficiamento e sua comercialização.

É conhecido como Projeto de Vida, uma vez que está intimamente ligado à
necessidade da família e direciona a intervenção e atuação do jovem em função
das suas perspectivas de vida futura. Quando o jovem projeta o seu futuro e se
imagina como alguém realizado, com melhores condições de vida, ele passa a
traçar planos e metas de como alcançar esse futuro. Isso se traduz no PROJETO
que, ao ser registrado, é entendido como o PLANO DE TRABALHO para o seu
empreendimento.

O primeiro passo para a elaboração do PPVJ é fazer um levantamento


detalhado das necessidades da família e das possibilidades (vantagens) que a sua
propriedade oferece. Essa etapa é chamada de diagnóstico. De posse das
informações, chega-se a decisão sobre o possível empreendimento a ser
desenvolvido. Tomada a decisão, inicia-se uma segunda etapa chamada de
análise de viabilidade que, na prática, é uma análise real das condições que se
tem e se o empreendimento proposto terá sucesso. Isso inclui, inclusive, a análise
de mercado para onde será comercializado o excedente, já que se propõe –

76
também – a geração de renda para a família. Se definido como viável o
empreendimento, inicia-se a elaboração do Plano de Implementação: aqui se faz o
inventário da área, destacando-se o que já se tem na propriedade; define-se o
local para a instalação do empreendimento; e se faz todo o levantamento de
material e mão de obra necessária para a sua consecução.

Para a devida estruturação do Projeto (para isso é necessário um


documento escrito), deve-se definir: o nome do projeto, sua localização, uma
apresentação sobre ele (em breve explanação), a razão pela qual se fez aquela
opção – isso é a JUSTIFICATIVA do projeto, seus objetivos e metas, a forma
como o projeto será desenvolvido – isso se chama METODOLOGIA, um
cronograma de execução das ações e o seu orçamento detalhado. Com o projeto
devidamente estruturado, o jovem passa a ter um plano organizado de trabalho e
direciona suas ações para adquirir o necessário ao sucesso do seu
empreendimento.

O PPVJ é importante para a formação do jovem na CFR por dois motivos:


primeiro por revelar a aplicação do conhecimento técnico adquirido durante as
formações e, segundo, por orientar a intervenção técnica e a habilitação do jovem
para uma atividade produtiva dentro da área de formação que é a
AGROECOLOGIA.

Ter um projeto devidamente estruturado dentro da propriedade é uma


vantagem significativa para o produtor. Primeiro por demonstrar que seu trabalho
é organizado e que suas ações são direcionadas para um fim maior (tem objetivos
e metas claras de trabalho) e, segundo, porque lhe permite trabalhar com as mais
variadas possibilidades de sucesso em seu empreendimento. O PPVJ vai permitir
uma análise mais detalhada do que se tem e do que se pode realizar na
propriedade; da mesma forma, pode orientar a organização e implementação de
outras experiências produtivas para produção de alimentos e para geração de
renda para a família.

77
Na proposta de formação das CFRs, o PPVJ tem duas grandes finalidades:
a primeira é orientar a organização e desenvolvimento de empreendimentos
produtivos para o jovem e sua família e, por vezes, esses projetos podem –
inclusive – ser apresentados para financiamentos junto a bancos e/ou apoiadores
de pequenos projetos; a segunda, ele orienta o desenvolvimento de pesquisa
científica na área do empreendimento e, assim sendo, serve para orientar o
trabalho e conclusão de curso que os jovens das CFRs precisam apresentar para
receber sua certificação. Para esta última finalidade, o jovem definirá um tema de
pesquisa a partir do seu empreendimento produtivo e realizará uma pesquisa, com
orientação técnica de um profissional, devendo – até o final do curso – apresentar
seus resultados a uma Banca avaliadora que decidirá sobre a sua certificação
profissional.

O PPVJ também é um instrumento de gestão da propriedade e, por isso,


importante para a administração dos recursos e das experiências que ali se tem
ou se desenvolve. Por estar diretamente vinculado a um empreendimento, ou
melhor, por orientar a implementação do empreendimento, o PPVJ será a base
para a análise de resultados do trabalho desenvolvido na propriedade. Se nele
estão apresentados todos os procedimentos necessários ao sucesso do
empreendimento, é a partir dele que serão feitas as análises de resultados e as
avaliações de progresso, seja na formação profissional do jovem (a sua
habilitação técnica), seja no alcance e realização das metas e dos objetivos a que
ele se destina (produção e comercialização). Assumindo como ferramenta de
gestão, o PPVJ irá exigir do jovem: atualização do inventário da propriedade;
análise constante de mercado (novas perspectivas de venda, novos mercados,
formas de apresentação do seu produto, etc.); controle de estoque, de produção
e/ou de venda; controle de entrada e saída de recursos; etc. Para o manejo da
experiência, há de se considerar aquelas que primem pela melhor qualidade do
produto, sua conservação e logística de escoamento até o mercado final.

Como já mencionado anteriormente, o PPVJ deverá atender tanto a


produção de alimentos quanto a geração de renda para suprir as necessidades do

78
jovem e sua família. A manutenção do PPVJ na propriedade dependerá da sua
disponibilidade de tempo (e de sua família), dos seus conhecimentos técnicos
para o manejo e dos mercados com os quais irá trabalhar. Em meio a tudo isso,
há necessidade de investimentos financeiros, sejam eles próprios do jovem ou da
família, sejam eles oriundos de financiamentos e/ou de patrocínio. Planejar a
captação e a utilização dos recursos financeiros é importante para garantir a
continuidade do empreendimento e, principalmente, para garantir o retorno
econômico para a família.

Todo esse trabalho é tarefa da administração que, no caso específico do


Projeto Profissional é uma responsabilidade do próprio jovem e de sua família. A
função de gestão, desempenhada pelo jovem, é iniciada com a elaboração do
projeto e se segue com a implementação das ações. Dominar técnicas de gestão
de empreendimentos produtivos é importante para que o jovem e sua família
realizem todas as etapas do processo de produção, beneficiamento e
comercialização de seus produtos. Técnicas de controle de qualidade, controle de
produção, estoque e comercialização devem ser definidas para o sucesso do
empreendimento. Quais os instrumentos que podem ser utilizados para isso? –
Inicialmente, o caderno da realidade. Nele se fará todo o registro da implantação
do empreendimento e suas etapas consecutivas. Para as demais etapas, um livro
de controle de produção, estoque e comercialização, de entradas e saídas já é um
passo significativo no processo de gestão.

Realizar o PPJ, para o jovem e sua família, é um desafio. Primeiro, pelo fato
de propor uma nova rotina para a vida do jovem e sua família, com a definição do
empreendimento e com o detalhamento do seu processo de implantação com a
elaboração do projeto. Segundo, a instalação das unidades produtivas ou das
experiências de geração de renda exigirão tempo organizado, disponibilidade de
recursos e mão de obra, conhecimentos técnicos, habilidades e expertises frente
ao mercado, frente aos concorrentes. Aqui o desafio posto é que o jovem se torne
empreendedor.

79
No caso específico da CFR de Pinhão, esse processo de estruturação do
PPVJ e sua implementação não são contados como carga horária de estágio,
mesmo que o jovem está sendo capacitado para duas áreas importantes: a
elaboração de projetos produtivos e a implementação de uma experiência
produtiva que carece de intervenção técnica, de pesquisa, de aplicação de
conhecimentos. Para o registro e acompanhamento, o jovem utiliza o seu caderno
da realidade – onde fará as anotações dos procedimentos utilizados no manejo do
empreendimento, as dificuldades, os problemas surgidos, a necessidade da
orientação técnica ou os avanços e os resultados que vão sendo alcançados
periodicamente. Deve-se registrar o tempo utilizado nessas ações. Outra forma de
registro se dá através dos relatórios das visitas técnicas e/ou da intervenção
técnica direcionada ao empreendimento. A elaboração do PPVJ, é orientado pelos
monitores/técnicos e professores de acordo com cada etapa do projeto.

5. 5 - Avaliação do PPVJ

No ultimo ano de formação os jovens elaboram o PPVJ que é um dos


requisitos para a conclusão do Curso Técnico em Agroecologia. No final do ano
letivo o jovem apresenta o projeto para uma banca examinadora composta por 05
membros da sociedade (técnicos, engenheiros agrônomos, médicos veterinários,
pedagogas e professores) na qual os critérios avaliados são: oralidade, postura,
recursos utilizados, domínio do conteúdo, clareza na exposição das ideias,
conhecimentos que o jovem demonstra ter em relação ao Curso Técnico em
Agroecologia, pontos a melhorar. Cada

Profissional/membro da mesa, mediante ficha própria para este fim, avalia os


critérios do projeto do jovem atribuindo valores que vão de 3,0 à 10,0 pontos. Ao
final da apresentação é realizada a média aritmética.

Em caso do jovem estar impossibilitado de apresentar seu projeto na data


prevista ou em caso de média aritmética inferior a 6,0, o mesmo terá o prazo de
120 dias para realizar uma nova apresentação.

80
Trinta por cento da media aritmética do PPVJ poderá ser atribuída às
atividades .

5. 6 - ESTÁGIO PROFISSIONAL SUPERVISIONADO

5.6.1 - INSTRUÇÃO N.º 028/2010 – SUED/SEED

5.6.2 - LEI Nº 9.394/1996, que trata das Diretrizes e Bases da Educação Nacional;

5.6.3 - LEI Nº 11.788/2008, que dispõe sobre o estágio de estudantes;

5.6.4 - LEI Nº 8.069/1990, que dispõe sobre o Estatuto da Criança e do


Adolescente, em especial os artigos, 63, 67, 68 e 69;

5.6.5 - DELIBERAÇÃO Nº 02/2009 do Conselho estadual de Educação.

 Coordenadora do estágio: Fernanda Hermes

 Ano Letivo: 2017

5. 7 - Carga horária e período de realização do estágio

O estágio será realizado no curso Técnico em Agroecologia/Pedagogia da


Alternância durante a segunda e terceira séries do curso, totalizando 133 horas.
Fica definida a seguinte distribuição da carga horária:

 2ª série –66 horas


 3ª série –67 horas
O estágio supervisionado é uma das mais eficientes formas de propiciar ao
estudante a complementação profissional, pois o coloca em contato direto com a
realidade da indústria, com o ambiente real de trabalho e com os mais diversos
problemas técnicos. Neste período, também o aspecto humano-social é
aprimorado, em face do consequente contato com problemas sociais e culturais,
que se apresentam no ambiente de trabalho.

5. 8 - Locais de Estágio

81
De acordo com Plano de Estágio aprovado pelo NRE , no mínimo 70% do
estágio Obrigatório deverá ser realizado na área de Agricultura Familiar, sendo
que o restante poderá ser realizado em outras modalidades da Agropecuária e
Agroecologia.

Da parcela de estágio a ser realizada na área de Agricultura Familiar no


máximo 50% poderá ser realizado na propriedade da família do aluno.
Obedecendo as regras anteriores, o estágio poderá ser realizado em:
- Propriedades rurais, inclusive da família desde que assistida por profissional
vinculado aos órgãos de classe;
- Empresas agropecuárias, públicas e privadas;
- Cooperativas e órgãos de pesquisa e extensão rural;
- Outros afins.
O local deverá ter uma estrutura mínima para realização do estágio e ser
supervisionado por um profissional, preferencialmente, de nível superior ou
experiência profissional na área. Este poderá ser do próprio quadro de pessoal da
concedente, EMATER, Cooperativas, Prefeitura Municipal e demais instituições
afins, ou mesmo ser um profissional liberal, devidamente registrado no Conselho
Profissional.

6 - A EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVA

Atendendo a legislação vigente para este fim, este estabelecimento de


ensino, contempla a identificação e a eliminação das barreiras, principalmente as
de acesso ao conhecimento, deslocando o foco da condição de deficiência de
estudantes para a organização e a promoção da acessibilidade aos ambientes
escolares (arquitetônica) e à comunicação (oral, escrita, sinalizada, digital) visando
a autonomia e a independência do aluno, visto que é direito do mesmo em ter
acesso à educação de maneira efetiva mediante a adoção de medidas
necessárias que compete a esta instituição e sua mantenedora, para sua plena
participação, em igualdade de condições com os demais alunos, promovendo
oportunidades de desenvolvimento pessoal, social e profissional, sem restringir

82
sua participação em determinados ambientes e atividades com base na condição
de deficiência.
Na perspectiva inclusiva, a concepção curricular contempla o
reconhecimento e valorização da diversidade humana. Neste sentido, são
identificadas e eliminadas as barreiras arquitetônicas e atitudinais, com
investimento em medidas de apoio necessárias à conquista da autonomia e da
independência do aluno.

Assim sendo, esta instituição prevê neste documento , quando se fizer


necessário a redução do número de alunos das salas de aula nas quais estejam
matriculados alunos com deficiência.

Esta ação dependerá do grau de dependência dos alunos especiais e do


parecer do Conselho Escolar.

A acessibilidade à comunicação e à informação deve contemplar a


comunicação oral, escrita e sinalizada. Sua efetividade dá-se mediante a
disponibilização de equipamentos e recursos de tecnologia assistiva, tais como
materiais pedagógicos acessíveis, tradução e interpretação da Libras, software e
hardware com funcionalidades que atendam a tais requisitos de comunicação
alternativa. Destacamos que para que as adaptações sejam feitas, requer
repasse recursos financeiros pela mantenedora SEED e Governo Federal.

No entanto, mediante vivências no nosso cotidiano escolar, entendemos


que ainda o sistema regular de ensino precisa ser melhor adaptado e
pedagogicamente transformado para atender de forma inclusiva, pois, ainda é
uma angústia de nossos professores, embora, previsto em leis tais como:
Constituição Federal de 1988; Lei nº 9394/96 LDB; Parecer CNE/CEB nº 17/2001;
Resolução CNE/CEB nº 02/01; Parecer CNE/CEB nº 17/2001, Resolução
CNE/CEB nº 02/01).

Alguns serviços já vem sendo ofertados pela instituição atendendo, a


demanda do momento, que são:

83
6 . 1 - - Sala de Recursos Multifuncional

No momento a instituição conta com uma sala de recursos multifuncional no


período da manhã, que atende alunos da escola e de outros colégios.

A sala de recurso multifuncional, é um serviço de apoio complementar


especializado, de natureza pedagógica ofertado a estudantes que apresentam
deficiência intelectual, deficiência física neuromotora, transtornos globais do
desenvolvimento e transtornos funcionais específicos, matriculados na Rede
Pública de Ensino. O encaminhamento dos estudantes para as SEM, se efetiva a
partir da avaliação psicoeducacional no contexto escolar. Esta avaliação deverá
ser realizada pelo professor e/ou pedagogo da escola, enfocando aspectos
relativos à aquisição da língua oral e escrita, interpretação, produção de textos,
sistemas de numeração, cálculos, medidas, entre outros, bem como as áreas do
desenvolvimento, considerando as habilidades adaptativas, práticas sociais e
conceituas.

A avaliação psicoeducacional no contexto escolar é um conjunto de


procedimentos realizados no contexto escolar com intuito de investigar o processo
de ensino-aprendizagem para entender a origem dos problemas de aprendizagem
do aluno e propor intervenções pedagógicas. Desta forma, entende-se que o
processo de avaliação psicoeducacional no contexto escolar deve oferecer
informações relevantes para conhecer as necessidades educacionais dos alunos,
seu contexto escolar, familiar e social, bem como avaliar as condições de ensino-
aprendizagem e subsidiar mudanças na ação pedagógica do professor, na gestão
escolar e na indicação dos apoios pedagógicos adequados.

Quando os recursos da avaliação psicoeducacional no contexto escolar,


realizada pelos profissionais da escola (professores das disciplinas, pedagogos,
professor da Educação Especial, entre outros) não forem suficientes para
compreender as necessidades educacionais dos alunos e também para identificar
os apoios imprescindíveis, a escola poderá recorrer à avaliação de uma equipe
multiprofissional externa, composta por psicólogos, especialistas em

84
psicopedagogia, fonoaudiólogos e/ou equipe médica (clínico geral, neurologistas 8
e psiquiatras, entre outros). Assim, todos os profissionais envolvidos (equipe da
escola e equipe externa) devem realizar juntos estudo de caso e tomadas de
decisões necessárias.

6.2 Conselho de Classe

O Conselho de Classe dar-se-a de acordo com a INTRUÇÃO Nº. 15/2017,


o Conselho de Classe constitui-se parte integrante do processo avaliativo, onde
todos os sujeitos, de forma coletiva, se posicionam frente ao diagnóstico, analisam
e discutem acerca dos dados, avanços, problemas e proposições, para a tomada
de decisões que contemplem encaminhamentos relacionados às metodologias,
ações e estratégias que visem à aprendizagem e que levem em conta as
necessidades/dificuldades dos(as) estudantes.

A reunião de Conselho de Classe deverá ser registrada em Ata, a qual


deverá expressar os dados, avanços, dificuldades/necessidades e os
encaminhamentos definidos coletivamente.

A organização do Conselho de Classe compreende três etapas: Pré-


conselho (levantamento de dados), reunião do Conselho de Classe (proposição) e
Pós-conselho (encaminhamentos das ações previstas na reunião do Conselho de
Classe).

Os encaminhamentos demandados na reunião de Conselho de Classe


podem implicar em ações pertinentes: a) à Equipe Pedagógica, como orientação
aos estudantes, orientação ou retorno aos pais ou responsáveis, subsídios aos
planejamentos dos docentes, entre outras; b) aos Docentes, como a retomada do
Plano de Trabalho Docente (conteúdos, encaminhamentos metodológicos,
recursos, critérios e instrumentos de avaliação), na gestão da sala de aula, em
encaminhamentos para situações específicas ou individuais; c) à Equipe Diretiva,
dando suporte para as decisões tomadas pelo colegiado.

85
O Conselho de Classe Final é o momento em que o colegiado retoma as
ações e registros realizados (Pré-conselhos, Conselhos e Pós-conselhos), para
fundamentar, avaliar e definir, dentre os(as) estudantes com rendimento
insuficiente, aqueles que possuem ou não condições para prosseguir e
acompanhar o período/ano subsequente, desde que apresentem frequência igual
ou superior à 75% (setenta e cinco por cento) no cômputo geral do total de horas
letivas. a) neste momento, os Conselhos de Classe anteriores e os resultados dos
encaminhamentos realizados são referenciais que devem servir para definir
parâmetros – que não são quantitativos ou restritivos, mas sim qualitativos; b) os
parâmetros para promoção estão nos critérios definidos em conjunto. O parecer
dos docentes das disciplinas sobre os componentes curriculares obrigatórios ou
eletivos deve ser equânime, sendo que a situação de cada estudante a ser
discutida no Conselho Final, passa pela análise pedagógica de todos(as); c) os
professores das Atividades dos Programas que compõem a Educação Integral em
Turno Complementar deverão participar do Conselho de Classe e apresentar o
percurso formativo dos estudantes de forma a contribuir para a consolidação do
processo educativo na instituição de ensino. d) o registro na Ata final deve
expressar a relação entre os parâmetros, as discussões e os encaminhamentos
realizados durante o ano/período letivo; e) o(a) estudante aprovado por
deliberação do colegiado no Conselho de Classe Final não terá a sua nota
alterada no LRC ou RCO.

7 - Proposta Pedagógica

7.1- Regime de funcionamento

Matriz curricular

Ensino Fundamental – manhã / tarde

Ensino Médio – manhã / tarde / noite

Ensino Profissionalizante – integral

Município : PINHAO

86
Estabelecimento : SANTO ANTONIO, C E-EF M PROFIS

Período Letivo : 2016-1

Curso : ENSINO MEDIO (9) (9)

Nº Nome da Disciplina (Código SAE) Composição Curricular Carga Horária Grupo Disciplina O
Semanal das (*)
Seriações

1 2 3

1 ARTE (704) BNC 2 0 0 S

2 BIOLOGIA (1001) BNC 2 3 2 S

3 EDUCACAO FISICA (601) BNC 2 2 2 S

4 FILOSOFIA (2201) BNC 2 2 2 S

5 FISICA (901) BNC 2 2 3 S

6 GEOGRAFIA (401) BNC 2 2 2 S

7 HISTORIA (501) BNC 2 2 2 S

8 LINGUA PORTUGUESA (106) BNC 3 3 3 S

9 MATEMATICA (201) BNC 3 3 3 S

10 QUIMICA (801) BNC 3 2 2 S

11 SOCIOLOGIA (2301) BNC 2 2 2 S

12 L.E.M.-ESPANHOL (1108) PD 4 4 4 Lingua Estrangeira S


Moderna

87
13 L.E.M.-INGLES (1107) PD 0 2 2 S

Total C.H. Semanal 29 29 29

(*) Indicativo de Obrigatoriedade

Município : PINHAO

Estabelecimento : SANTO ANTONIO, C E-EF M PROFIS

Período Letivo : 2016-1

Curso : ENSINO FUND.6/9 ANO-SERIE (4039)

Nº Nome da Disciplina (Código SAE) Composição Curricular Carga Horária GrupoDisciplina O


Semanal das (*)
Seriações

6 7 8 9

1 ARTE (704) BNC 2 2 2 2 S

2 CIENCIAS (301) BNC 3 3 3 3 S

3 EDUCACAO FISICA (601) BNC 2 2 2 2 S

4 GEOGRAFIA (401) BNC 2 3 3 3 S

5 HISTORIA (501) BNC 3 2 3 3 S

6 LINGUA PORTUGUESA (106) BNC 5 5 5 5 S

7 MATEMATICA (201) BNC 5 5 5 5 S

8 ENSINO RELIGIOSO (7502) BNC 1 1 0 0 S

9 L.E.M.-INGLES (1107) PD 2 2 2 2 S

88
Total C.H. Semanal 25 25 25 25

(*) Indicativo de Obrigatoriedade

7.2 - CASA FAMILIAR RURAL

Pano de Curso Técnico em Agroecologia


IV – JUSTIFICATIVA

Visando atender uma demanda crescente de pessoas que buscam uma


formação profissional na área da agroecologia, cujo sistema de produção respeite
as dinâmicas dos ecossistemas, o Departamento de Educação e Trabalho passa a
ofertar o Curso Técnico em Agroecologia que apresenta uma concepção de
formação técnica que articula trabalho, cultura, ciência e tecnologia com respeito
ao meio ambiente, como princípios para o desenvolvimento curricular.
O Curso Técnico em Agroecologia proporciona ao aluno egresso uma perspectiva
de totalidade, onde os conteúdos das disciplinas são contextualizados, conforme visão
sistêmica do processo produtivo. Isto significa recuperar a importância de trabalhar com
os alunos os fundamentos científicos - tecnológicos presentes nas disciplinas da Base
Nacional Comum (Ensino Médio) de forma integrada às disciplinas da Formação
Específica, evitando a compartimentalização na construção do conhecimento.

A proposta encaminha para uma formação onde a teoria e prática possibilita aos
alunos compreenderem a realidade para além de sua aparência onde os conteúdos não
têm fins em si mesmos porque se constituem em sínteses da apropriação histórica da
realidade material e social pelo homem.

A organização dos conhecimentos, no Curso Técnico em Agroecologia, enfatiza o


resgate da formação humana onde o aluno, como sujeito histórico, produz sua existência
pelo enfrentamento consciente da realidade dada, produzindo valores de uso,
conhecimentos e cultura por sua ação criativa.

A integração curricular entre o Ensino Médio e o Profissional, objetiva integrar o


jovem ao contexto sócio-cultural atual, propiciando formação que possibilite uma escolha

89
profissional sintonizada com os requisitos técnicos e tecnológicos próprios de sua área de
formação. Entende-se que o ser humano pode prescindir do trabalho, uma vez que a sua
não habilitação para a vida profissional produtiva suprimiria o seu direito à auto-
realização.

O curso se justifica por um lado, devido a uma demanda estimulada por iniciativa
dos próprios agricultores da região, hoje apoiados por organizações sociais e não
governamentais, na busca de uma agricultura voltada para um desenvolvimento
sustentável. Por outro lado, entende-se que o curso pode contribuir para um processo de
conversão da agricultura convencional, para um sistema agroecológico com maior ênfase
na produção de alimentos, estimulando inclusive o processo de agregação de valor aos
produtos, a partir da intervenção na industrialização e comercialização da produção.

Nesta perspectiva o Colégio Estadual Santo Antonio – Ensino Fundamental e


Médio e a Casa Familiar Rural - de Pinhão ,com sua estrutura física (área, ambiente e
equipamentos) e humana (funcionários e professores da base nacional comum e da área
técnica) se qualifica para implantar o Curso Técnico em Agroecologia e formar
profissionais preparados para adentrar no mundo do trabalho. O curso é ministrado de
segundas a sextas-feiras, em turno integral durante o dia e, eventualmente à noite e aos
sábados, domingos e feriados; com aulas teóricas e práticas conjugadas para uma melhor
e maior aquisição de conhecimentos, sendo este curso desenvolvido através do regime
de alternância, com os alunos participando alternadamente a cada três semanas
presencialmente, uma semana vivenciada (semana de alternância) nos projetos de
desenvolvimento em sua propriedade e/ou comunidade previamente cadastrada e/ou em
propriedades de outras comunidades previamente cadastradas e conveniadas.

A concepção que orienta esta organização curricular incorpora a perspectiva de


romper com a estrutura dual que tradicionalmente tem marcado o Ensino Médio,
oferecendo ao aluno uma formação unilateral, portanto diversa da prevista pela Lei
5.692/71, ou seja: ultrapassando a formação unidimensional do técnico (FRIGOTTO,
2003).

Considerando o conhecimento em sua dimensão histórica verifica-se que a


educação em sua forma escolarizada passa ter relevância e, consequentemente, a
Instituição Escolar assume um papel fundamental na formação do indivíduo.

90
Dentro deste contexto da Educação Profissional é preciso que o professor se
identifique com o papel que desempenha na formação profissional do jovem, fazendo a
mediação entre o conhecimento existente e as possibilidades de sua dinamização, tendo
em vista a formação integral para a transformação social.

V – OBJETIVOS

 Valorizar a educação como processo seguro de formação de recursos humanos,


de desenvolvimento do sistema social mais amplo;
 Propiciar conhecimentos teóricos e práticos amplos para o desenvolvimento de
capacidade de análise crítica, de orientação e execução de trabalho no Setor
Agroecológico;
 Formar profissionais críticos, reflexivos, éticos, capazes de participar e promover
transformação no seu campo de trabalho, na sua comunidade e na sociedade na
qual está inserida;
 Profissionalizar os alunos egressos do ensino fundamental para atuação na área
de Agroecologia, conforme visão sistêmica de produção.

1. VI – DADOS GERAIS DO CURSO


Habilitação Profissional: Técnico em Agroecologia

Eixo Tecnológico: Recursos Naturais

Forma: Integrada

Carga Horária Total do Curso: 3840 horas/aulas ou 3200 horas, mais 133 horas de
Estágio Profissional Supervisionado

Regime de funcionamento: de 2ª a 6ª feira, em alternância

Regime de matrícula: Anual

Número de vagas: por turma (Conforme m² )

Período de integralização do curso: Mínimo 03 (três) anos

91
Requisitos de acesso: Conclusão do Ensino Fundamental

Modalidade de oferta: Presencial

VII - PERFIL PROFISSIONAL DE CONCLUSÃO DE CURSO


O Técnico em Agroecologia percebe de maneira sistêmica as implicações sociais,
econômicas, ambientais, políticas e técnicas de sua atuação profissional, agindo para
detectar os problemas e aplicar as soluções técnicas, de forma suficientemente criativa,
sustentável, rápida e coerente com a realidade rural. Atua em sistemas de produção
agropecuária e extrativista fundamentados em princípios agroecológicos e técnicas de
sistemas orgânicos de produção. Desenvolve ações integradas unindo a preservação e
conservação de recursos naturais à sustentabilidade social e econômica dos sistemas
produtivos. Atua na conservação do solo e da água. Auxilia ações integradas de
agricultura familiar considerando a sustentabilidade da pequena propriedade e os
sistemas produtivos. Participa de ações de conservação e armazenamento de matéria-
prima e de processamento e industrialização de produtos agroecológicos. Sendo tolerante
e receptivo á diversidade cultural, étnica, religiosa, política e social das comunidades onde
vier a se inserir no mundo do trabalho.

As disciplinas do Núcleo Comum são: Filosofia, Sociologia, História, Geografia,


Matemática, Física, Biologia, Química, Educação Física, Arte, Português, Inglês. As
disciplinas de Formação Específicas são: Agricultura Agroecológica, Gestão da
Propriedade Agroecológica, Agroindústria Familiar, Manejo Sustentável dos Solos,
Mecanização Agrícola, Segurança no Trabalho, Manejo Sustentável de Animais, Projetos
de Instalações Agroecológicas e Estagio Profissional Supervisionado.

MATRIZ CURRICULAR

Estabelecimento: Casa Familiar Rural

Município: Pinhão - Pr

Curso: Técnico em Agroecologia

Forma: Integrada Turno: Integral

92
 Carga horária:4000 Organização: Seriada: 1º, 2º e 3º Ano

 Disciplinas: 3840 horas

 Estágio Profissional Supervisionado


160 horas

 Total: 4000 horas/aulas,.

DISCIPLINAS ANO/SÉRIE HORA HORA


AULA

1º 2º 3º

01 Agricultura Agroecológica 120 80 80 280 233

02 Agroindústria Familiar _____ 80 120 200 167

03 Arte _____ _____ 80 80 67

04 Biologia 80 80 80 240 200

05 Educação Física 80 80 80 240 200

06 Filosofia 80 80 80 240 200

07 Física 80 80 _____ 160 133

08 Geografia 80 80 80 240 200

09 Gestão da Propriedade Agroecológica 80 80 _____ 160 133

10 História 80 80 _____ 160 133

11 LME. Inglês _____ _____ 80 80 67

12 Língua Portuguesa e Literatura 80 80 120 280 233

13 Manejo Sustentável de Animais 80 80 80 240 200

14 Manejo Sustentável dos Solos 80 80 ____ 160 133

15 Matemática 120 80 80 280 233

16 Mecanização Agrícola _____ _____ 120 120 100

17 Projetos de Instalações Agroecológicas 80 80 ____ 160 133

18 Química 80 80 ____ 160 133

93
19 Segurança no Trabalho ____ ____ 100 120 100

20 Sociologia 80 80 80 240 200

21 Estágio Profissional Supervisionado __ 80 80 160 133

8- PROJETOS QUE FAZEM PARTE DO COTIDIANO DO COLÉGIO

8. 1 - PROJETO DE LEITURA:

A característica básica do projeto é o objetivo compartilhado por todos


os envolvidos, que se expressa num produto final em função do qual todos
trabalham. Além disso, o projeto de leitura permite dispor do tempo de uma forma
flexível, pois este tem o tamanho necessário para conquistar o objetivo: pode ser
de alguns dias ou de alguns meses. Quando são de longa duração, têm ainda a
vantagem adicional de permitir o planejamento de suas etapas com os alunos.
São ocasiões em que eles podem decidir sobre muitas questões: controlar o
tempo, dividir e redimensionar as tarefas, avaliar os resultados em função do
plano inicial, etc.

O projeto de leitura cria situações em que linguagem oral, linguagem


escrita, leitura e produção de textos se inter-relacionam de forma contextualizada,
pois quase sempre envolvem tarefas que articulam esses diferentes conteúdos.
São situações lingüisticamente significativas, em que faz sentido, por exemplo, ler
para escrever, escrever para ler, ler para decorar, escrever para não esquecer. Ler
em voz alta em tom adequado. No projeto de leitura há em que é preciso expor ou
ler oralmente para uma gravação que se destina a pessoas ausentes, por
exemplo, uma circunstância interessante se apresenta: o fato de os interlocutores
não estarem fisicamente presentes obriga a adequação da fala ou da leitura a fim
de favorecer sua compreensão, analisando o tom de voz e a dicção, planejando as
pausas, a entonação, etc. Os projetos de leitura são excelentes situações para
contextualizar a necessidade de ler e, em determinados casos, a própria leitura
oral e suas convenções.

94
Na escola, uma prática de leitura intensa é necessária por muitas razões. Ela
pode:

 Ampliar a visão de mundo e inserir o leitor na cultura letrada.

 Estimular o desejo de outras leituras.

 Possibilitar a vivência de emoções e o exercício da fantasia e da


imaginação.

 Permitir a compreensão do funcionamento comunicativo da escrita:


escreve-se um texto para ser lido.

 Expandir o conhecimento a respeito da própria leitura.

 Aproximar o leitor dos textos e os tornar familiares — condição para leitura


fluente e para produção de textos.

 Possibilitar produções orais, escritas e em outras linguagens.

 Informar como escrever e sugerir sobre o que escrever.

 Ensinar a estudar.

 Possibilitar ao leitor compreender a relação que existe entre a fala e a


escrita.

 Favorecer a estabilização de formas ortográficas.


OBS. A cada ano o Projeto de Leitura é revisto e reestruturado para um melhor
andamento durante o ano letivo.

95
COLÉGIO ESTADUAL SANTO ANTONIO
ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E PROFISSIONAL
Lançando Objetivos! Colhendo Ideais!

CASA FAMILIAR RURAL DE PINHÃO Formando Jovens Agricultores


(Centros Familiares de Formação por Alternância – CEFFA’s)

TÌTULO: DESTINAÇÃO CORRETA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS PRODUZIDOS NO


COLÉGIO SANTO ANTONIO DE PINHÃO -PR

PROPONENTES:

Célia Elena S. Tussi

João Adir Machado

Jácomo do Amaral

TEMA: EDUCAÇÃO AMBIENTAL:

Os temas relacionados a Educação Ambiental atendendo ao que prevê a


Lei nº 17.505/2013, que institui a Política Estadual de Educação Ambiental.
Deliberação nº 04/2013 CEE/PR, que estabelece as normas Estaduais para
educação no Sistema Estadual do Ensino do Paraná.

OBJETIVOS:

1) Destinar corretamente os resíduos sólidos produzidos no Colégio Estadual


Santo Antonio;

2) Substituir (na medida do possível) produtos de descarte imediato por


produtos de vida útil mais longa (copo-garrafa);

3) Coleta e destinação do óleo vegetal usado;

4) Contribuir para a formação de cidadãos ambientalmente corretos;


96
5) Reduzir possíveis criadouros do Aedes aegypti de outros vetores;

6) Colaborar para que as atitudes realizadas sejam desenvolvidas no


ambiente doméstico;

7) Contribui para o desenvolvimento sócio econômico dos envolvidos;

8) Melhorar o local de armazenamento( local deve ser coberto).

JUSTIFICATIVA

Além de ser previsto em lei a Lei nº 17.505/2013, a educação ambiental


deve trabalhar entre outros temas a destinação correta dos resíduos.
Conscientização da comunidade escolar para o uso racional dos recursos
naturais, bem como o aumento da vida útil dos aterros sanitários, evitando
proliferação de doenças e vetores, melhorando a qualidade das águas e os
aspectos ambientais, diminuindo a poluição do solo e contribuindo para melhoria
de qualidade de vida .

PÚBLICO ALVO: Comunidade escolar e Associação de catadores.

METODOLOGIA:

Propor à comunidade escolar buscando o conhecimento e envolvimento no


projeto. Em um segundo momento fazer a apresentação do projeto aos alunos,
buscando a participação de todos.

A direção do colégio juntamente com os professores envolvidos diretamente


no projeto, deverão marcar uma reunião com a associação de catadores para
acertar os detalhes de horários e local mais adequado para o recolhimento dos
materiais.

Reunir os representantes de turmas buscando o envolvimento dos mesmos


no projeto, bem como orientá-los dos procedimentos corretos em relação à
separação dos resíduos recicláveis, e do recolhimento desses resíduos.

97
Os representantes de turmas deverão orientar os alunos de suas turmas
quanto à forma correta de separação dos resíduos recicláveis, dos não recicláveis.
Ao final do turno das aulas os representantes deverão retirar o material reciclável
coletado nas salas de aulas, levando até o pavilhão onde deverá ter um recipiente
para a coleta desses resíduos sólidos. Os funcionários agentes educacionais I,
deverão depositar esse material em local e recipiente adequado, onde as
catadoras possam ter acesso fácil para o recolhimento dos mesmos.

CRONOGRAMA:

O presente projeto será desenvolvido durante todo o ano de 2016, iniciando


no mês de abril. Podendo ser estendido para um projeto permanente, realizando
as adequações que se fizerem necessárias para melhor eficiência do trabalho
desenvolvido.

REFERÊNCIAS:

GUIMARÃES, M. Educação ambiental: no consenso um embate? Campinas:


Papirus, 2000.

FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa.


31ª ed. São Paulo: Paz e Terra, 2005. (coleção leitura)

BRASIL, Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares


nacionais: Ciências Naturais / Secretaria de Educação Fundamental. -
Brasília: MEC / SEF, 19

98
COLÉGIO ESTADUAL SANTO ANTONIO
ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E PROFISSIONAL
Lançando Objetivos! Colhendo Ideais!

CASA FAMILIAR RURAL DE PINHÃO


(Centros Familiares de Formação por Alternância – CEFFA’s)
Formando Jovens Agricultores!

Identificação da Escola

Colégio Estadual Santo Antonio

Tema: Incentivo à Leitura

Nome do Projeto: Literatura na Rua

99
Objetivos

Geral:

Melhorar a capacidade discursiva dos alunos focando a prática da leitura como


ferramenta que pode garantir a aquisição de todo e qualquer conhecimento,
independente da área.

Específicos:

- Incentivar e aprimorar a prática da leitura entre alunos do 6º ano;

- Fomentar a leitura no espaço escolar;

- Integrar a escola à comunidade;

- Propiciar aos cidadãos da nossa cidade o contato com textos, imagens, formas e sons
que não fazem parte do seu cotidiano;

- Tornar o aluno sujeito de seu aprendizado e promotor da leitura.

Justificativa

O Projeto de Leitura ―Literatura na Rua‖, é desenvolvido há 9 anos no colégio Estadual


Santo Antonio em Pinhão – Pr. Nasceu na necessidade de encontrar uma ferramenta de
incentivo à leitura para alunos de 6º Ano que chegam à escola com baixo nível de
letramento. A leitura tem sido tema de debate constante para educadores e teóricos há
muito tempo, apesar disso, observamos em avaliações como a prova Brasil, um
desempenho abaixo do que se espera. Se o nosso aluno não está compreendendo o
que lê, não está compreendendo o seu mundo e a leitura perde sua função social. Em

100
sala de aula percebe-se que a falta de boas estratégias de leitura dificulta o êxito em
outras disciplinas da grade curricular.

Diante dessa constatação negativa, a escola lança mão de todas as ferramentas


possíveis para transformar o aluno em leitor independente e aproximá-lo da leitura.

Como primeiro passo pensou-se em não reafirmar a ideia de que a leitura é somente um
conteúdo escolar, ou que só se lê na escola. Então, tirá-la de dentro da escola e levá-la
à rua para que outras pessoas tivessem acesso aos textos literários foi o que pareceu
interessante ( e deu nome ao projeto). Por conseguinte, tornar o aluno sujeito do seu
aprendizado e promotor de leitura para outros alunos e para a comunidade, seria uma
forma de incentivá-lo. A cada ano para as comemorações do dia Nacional do Livro
Infantil (18 de Abril), faz-se uma nova edição do projeto que é fundamentado em sala de
aula e ―ganha a rua‖, sempre inovando.

Público Alvo

Alunos dos 6º anos e demais alunos do Colégio, comunidade em geral.

Metodologia

A construção do projeto de incentivo à leitura tem como fundamento a função social de


leitura na vida do aluno, na escola e na comunidade. Para tanto inicia-se nas salas de
aula as atividades da seleção de obra, leitura e reflexão para elaborar com eles as ações
que serão realizadas na execução do projeto daquele ano. Nesse período toma-se as
estratégias para o ensino de leitura (Sole,1998) como condução do trabalho pedagógico.
Em todo processo conta-se com efetiva participação do aluno em todo o processo

101
preparatório e estabelece-se as formas de como atingir à comunidade com as atividades
realizadas. É necessário conhecer os gêneros com os quais se propõem lidar e isso se
dá por pesquisa, aula expositiva, vídeos, debates etc. A cada edição do projeto é
elaborado objetivos específicos e a partir deles traça-se o passo a passo.

Recursos Físicos

Obras Literárias,xérox ,tecido ,tinta, pincéis, madeira, garrafas pet .

Alunos, professores, pedagogos, funcionários

Envolvimento com a comunidade escolar

O Projeto já está em sua 8ª edição e por isso já é esperado pela escola e pela
comunidade. O envolvimento de pais dar-se-à intermediado pelos filhos que pedirão
auxílio em casa na execução das atividades. Todos os professores que desejarem,
podem envolver suas turmas, entretanto, estão previstos momentos de participação de
todos os alunos em : feira de livro; conversa com escritor e contador de histórias, visita á
exposição de poemas, apresentação de peça teatral e exposição de histórias nas
avenidas da cidade.

102
Avaliação

Considerando o objetivo de atingir a comunidade, pode-se afirmar que o projeto é muito


bem conceituado na cidade visto que tornou-se uma marca da escola é sempre
prestigiado pela mídia local: um periódico e duas emissoras de rádio. Outro fator que
representa avaliação positiva é o fato de ter sido chamado pela Universidade (Exposição
de fotos). Em relação aos alunos, principal alvo do projeto, carece de pesquisa
quantitativa para dizer resultados numéricos. Entretanto, apesar de a cada ano o público
ser novo, pode-se perceber muita integração ás atividades. Os que vivenciam a proposta
ficam marcados por uma experiência positiva de leitura, isso é fato.

ATIVIDADES DE COMPLEMENTAÇÃO CURRICULAR


Proposta Curricular em contra turno

Como objetivo de cumprir com a Lei de Diretrizes e Bases da


Educação Nacional n° 9394/96 que no inciso I, do art. 24, determina carga horária
mínima anual de 800 (oitocentas) horas, distribuídas por um mínimo de 200
(duzentos) dias de efetivo trabalho escolar, a serem cumpridos por todas
instituições de ensino, com o Calendário Escolar aprovado, para o ano de 2016, pela
Resolução n° 3660/2015 – GS/SEED, o Colégio Estadual Santo Antonio prevê na
complementação da Carga Horária dois dias sendo eles: Dia 18 de Junho com o Projeto :
Pais na escola : participantes e atuantes e para o dia 07 de Setembro com o
Projeto: 07 de Setembro

Projeto: 07 de Setembro

JUSTIFICATIVA
Este projeto visa o desenvolvimento da cidadania pelo exercício da
103
participação e integração onde o educando será possibilitado de exercer
sua criatividade, a iniciativa, a reflexão, a auto-disciplina e a solidariedade. .
A fanfarra além de proporcionar aos educandos as primeiras noções do
contexto musical, tem função muito mais importante junto à comunidade
escolar, a de proporcionar o senso de cooperação, o respeito e a disciplina.

OBJETIVO GERAL

- Desenvolver junto à comunidade escolar os valores essenciais para a


prática da cidadania, bem como a ampliação do conhecimento e cultura.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Incentivar a participação da comunidade nos eventos realizados pela
escola.
Compreender a música como forma de expressão de um povo;
Cultivar no aluno o sentimento de patriotismo tanto através da história do
país, como da sua própria;
Envolver a comunidade na comemoração dessa data;
Realizar a culminância do projeto no dia 7 de Setembro. (Desfile)

METODOLOGIA
O desenvolvimento desse projeto consistirá na realização das atividades
propostas. Atividades de registro sobre o tema, a execução dos objetivos
específicos.

AVALIAÇÃO:

Os alunos serão avaliados no decorrer do projeto através da participação,


presença, realização das atividades e apresentação na culminância do pro
104
Projeto: Pais na escola : participantes e atuantes

Justificativa

O Projeto Pais na escola : participantes e atuantes destina-se a participação


efetiva e colaborativa dos pais na escola, pois, a demonstração de interesse pela
vida escolar dos filhos é parte fundamental em seu processo de aprendizagem.Ao
perceber que pais e família se interessam por seus estudos e por suas
experiências escolares a criança sente-se valorizada, desenvolvendo-se de forma
segura e com boa autoestima.
Através deste Projeto, esperamos promover a integração, troca de
experiências, e a melhoria dos índices da qualidade da educação.

Objetivo Geral
Promover a melhoria do desempenho escolar dos alunos através de parceria entre
família e escola, .atraindo os pais para a participação e o convívio escolar;
Reconhecer através deste Projeto as múltiplas relações sociais, econômicas e
políticas na formação de cidadãos críticos, participativos e construtores de uma
sociedade mais responsável, justa, humana e fraterna.

Público Alvo: Pais e responsáveis pelos alunos do 6° ao 9º ano do EF e


Ensino Médio

Metodologia :

Os alunos representantes de turmas ficarão responsáveis pela acolhida dos pais


junto ao portão da escola, para desejar as boas vindas e encaminhar os pais às
salas de aula.
Os professores recepcionam os pais nas salas de aula, agradecem sua
participação.
105
Convidam os pais para assistir ao vídeo ―Vida de Maria‖ que mostra a história da
rotina da personagem ―Maria José‖ que retrata como o indivíduo em formação
internaliza os eventos e as experiências vividas na infância e como são
determinantes para formação daquela pessoa na vida adulta. No filme a menina
Maria foi arrancada do seu mundo lúdico, quando sua mãe a repreende por estar
escrevendo, ela corta da vida da filha os sonhos, os objetivos de uma vida melhor.
Socialização com os pais.
Apresentação de música, poema, amostra de trabalhos realizados aos conteúdos
trabalhados no trimestre. Entrega dos boletins.

9-DADOS DO SAEP 2012

106
107
108
REFERÊNCIAS

ÁLVAREZ, Manuel. O projeto educativo da escola (et al.) Porto Alegre: Artmed,
2004.

ARAÚJO, L. A. de O. Projeto político pedagógico: um novo paradigma da


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escola. Florianópolis: UDESC, 2002.

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2003.
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http://www.famema.br/ensino/capacdoc/docs/papelprofessorpromocaoaprendizage
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GUEDES,P.C.& SOUZA. Ler e escrever: compromisso de todas as áreas. 8ª Ed.
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https:WWW.yotube.com. Acessado em 11-04-16
httpspoesiaparatodasasidades.blogspot.com.br

Fonte: PORTAL EDUCAÇÃO - Cursos Online : Mais de 1000 cursos online com
certificado
http://www.portaleducacao.com.br/cotidiano/artigos/48818/sintese-do-filme-vida-
maria-com-o-planejamento-educacional#ixzz47npPMgg5

Fonte: PORTAL EDUCAÇÃO - Cursos Online : Mais de 1000 cursos online com
certificado
http://www.portaleducacao.com.br/cotidiano/artigos/48818/sintese-do-filme-vida-
maria-com-o-planejamento-educacional#ixzz47nomxmP7

DELIBERAÇÃO N.º 007/99 . Conselho Estadual de Educação – CEE. Estado do


Paraná.

DELIBERAÇÃO N.º 05/2013. Conselho Estadual de Educação – CEE. Estado do


Paraná.

https://novaescola.org.br/conteudo/190/cipriano-carlos-luckesi-qualidade-
aprendizado

112
COLÉGIO ESTADUAL SANTO ANTONIO
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
Lançando Objetivos! Colhendo Ideais!

CASA FAMILIAR RURAL DE PINHÃO


(Centros Familiares de Formação por Alternância – CEFFA’s)
Formando Jovens Agricultores!

PROPOSTA
CURRICULAR
2011-2013
PINHÃO – PARANÁ

113
10-PROPOSTA CURRICULAR

DISCIPLINAS ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

APRESENTAÇÃO

O presente documento, construído coletivamente, a partir do documento


norteador encaminhado pela Secretaria de Estado da Educação (Diretrizes
Curriculares para a Educação Básica) e resultado de amplas discussões pelos
professores da rede estadual de ensino do Estado do Paraná, servirá como
referência aos encaminhamentos didático-pedagógicos nas disciplinas curriculares
do Colégio Estadual Santo Antonio – Ensino Fundamental e Médio.

Há que se ressaltar, no entanto, que, mesmo com todas as análises e


estudos realizados, ainda é necessário o aprofundamento de modo mais
consistente que permita esclarecer e orientar os professores, através de estudos e
discussões das possibilidades didático-pedagógicas, aqui apresentadas.

Tal documento é referência para a organização do Plano de Trabalho


Docente (que representa de modo concreto os planos, os conteúdos, as
metodologias, os instrumentos de avaliação e recuperação e as referências
bibliográficas determinados pelo conjunto de professores) e também o suporte e a
sustentação para um trabalho de qualidade.

Sua organização segue a proposta apresentada pela SEED. Sendo que


também são determinados os elementos a respeito da Educação Inclusiva,
Educação do Campo e os fundamentos do Ensino Fundamental e Médio.

Na Apresentação geral da disciplina justifica-se a presença da disciplina na


educação básica, destacando-se o objeto de estudo/ensino, indicativos da
fundamentação teórico-metodológica e conteúdos estruturantes que favoreçam a
compreensão da proposta da disciplina.

114
Os Objetivos gerais têm como referência a contribuição da disciplina no
processo de escolarização ao longo da educação básica.

Os Conteúdos têm como referência os fundamentos teórico-metodológicos


da disciplina e os conteúdos estruturantes apresentados nas Diretrizes
curriculares Estaduais.

A Metodologia da disciplina é explicitada de forma coerente aos


fundamentos teórico-metodológicos dado aos conteúdos.

Também são apresentados os Critérios de avaliação buscando a coerência


entre as práticas avaliativas e os fundamentos teórico-metodológicos da disciplina.
Tais critérios orientarão o planejamento e a continuidade do processo de ensino e
de aprendizagem.

Na Bibliografia são apresentadas as referências de acordo com a


concepção da proposta.

Nesse sentido, a concepção de educação como um serviço público obriga


a planejar algumas normas para assegurar que as instituições escolares sejam
espaços onde, com base na liberdade de pensamento, as novas gerações entrem
em contato com o legado cultural de nossos antepassados, analisem as
realidades do presente e sejam promovidos os ideais que as atuais gerações
desejam, visando a construção de um mundo melhor.(SANTOMÉ, 2003, p.129)

Um currículo democrático, entre outras características, deve fazer com que


os garotos e garotas saibam que os diversos grupos de trabalhadores, de
adolescentes, de homens e mulheres resistem, defendem e reivindicam seus
direitos. Ele deve fazer com que os alunos e alunas conheçam a história das
conquistas, dos aspectos positivos que esses grupos foram capazes de promover
e obter, lutando conta situações injustas.

―A função chave da prática educativa é desenvolver na infância e na


juventude a reflexão crítica sobre o mundo natural e social em que vivemos,

115
enquanto se adquirem os recursos básicos que lhes permitam incorporar-se com
mais possibilidades à vida pública e privada em sociedade.‖ (Contreras, 1995, p.
37)

EDUCAÇÃO INCLUSIVA

―É a preocupação da escola com o atendimento à diversidade social,


econômica e cultural existente que lhe garante ser reconhecida como instituição
voltada, indistintamente, para a inclusão de todos os indivíduos‖ (...) o grande
desafio dos educadores é estabelecer uma proposta de ensino que reconheça e
valorize práticas culturais de tais sujeitos sem perder de vista o conhecimento
historicamente produzido, que constitui patrimônio de todos‖ (PARANÁ, 2005.)

A gradativa remoção das barreiras físicas da escola, com a construção ou


reformas de prédios, a produção de materiais de apoio adaptados, a substituição
da legislação que normatiza a educação especial (Deliberação nº 020/86 pela
Deliberação nº 02/03), a equiparação salarial de 6.883 professores que atuam na
rede conveniada aos dos professores QPM (corrigindo uma defasagem e
distorção histórica que dava à aqueles um tratamento injusto e desigual) e a
formação continuada dos professores, são ações concatenadas ao objetivo da
proposição de políticas que promovam o ingresso, a permanência e o progresso
do aluno com necessidades educacionais especiais.

De acordo com a LDB 9.394/96, em sua regulamentação pelas Diretrizes


Nacionais da Educação Especial (Resolução nº 02/01), a Educação Especial é
conceituada e praticada, na atualidade, como uma modalidade educacional, cuja
finalidade é oferecer recursos e serviços educacionais especializados aos alunos
que apresentam necessidades educacionais, em todo o fluxo educacional. No
entanto, como já discutido anteriormente, nem sempre foi assim.

Além disso, o movimento pela inclusão de todos os alunos não se restringe


ao atendimento daqueles com deficiências, pois decorrem dos múltiplos fatores
nela envolvidos que delimitam os grupos marginalizados e excluídos em cada um
dos momentos históricos de determinadas sociedades. Esses fatores incluem uma

116
ampla rede de significações no entrecruzamento de diferentes olhares e formas de
se efetivar esse processo; é na inter-relação de concepções e práticas que
envolvam o eu, os outros e as instituições sociais é que se definem os grupos-alvo
da inclusão. Dito isso, fica claro que políticas e práticas de inclusão não têm um
significado único e consensual, já que são determinadas por múltiplos fatores.

Entretanto, há um sem número de alunos que não atingem às expectativas


de aprendizagem e avaliação da escola em decorrência das condições
econômicas e culturais desfavoráveis que vivenciam, ou, ainda, pelo despreparo
dos profissionais da educação no trato das questões pedagógicas (as chamadas
dispedagogias). Assim, o insucesso na escola revela que não são apenas os
alunos com deficiências os que apresentam necessidades referentes ao processo
de aprendizagem e que devem ser beneficiados com recursos humanos, técnicos,
tecnológicos ou materiais diferenciados que promoverão a sua inclusão.

Adota-se como um referencial filosófico desta política a ideia de que a


inclusão educacional é mais que a presença física, é muito mais que
acessibilidade arquitetônica, é muito mais que matricular alunos com deficiências
nas salas de aula do ensino regular, é bem mais que um movimento da educação
especial, pois se impõe como movimento responsável que não se pode abrir mão
de uma rede de ajuda e apoio aos educadores, alunos e familiares (EDLER
CARVALHO, 2004).

Assim, entende-se que se respeita o direito constitucional da pessoa com


necessidades educacionais especiais e de sua família, na escolha da forma de
educação que melhor se ajuste às suas necessidades, circunstâncias e
aspirações, promovendo, assim, um processo de inclusão responsável e cidadã
(MATISKEI, 2004).

O processo de inclusão educacional exige planejamento e mudanças


sistêmicas, político-administrativa na gestão educacional, que envolve desde a
alocação de recursos governamentais até a flexibilização curricular que ocorre em
sala de aula (MATISKEI, 2004).

117
Em outras palavras, isso significa que nem todos os alunos que apresentam
necessidades educacionais especiais são pessoas com deficiências, já que há um
enorme contingente de alunos com problemas e dificuldades em seu processo de
aprendizagem, advindos de inúmeros fatores, quase sempre atrelados às
condições sócio-econômicas e/ou pedagógicas desfavoráveis. E mais: a
expressão necessidades educacionais especiais sugere a existência de um
problema de aprendizagem, mas não apenas isso. Ela indica que recursos e
serviços educacionais diferenciados daqueles comumente utilizados no contexto
escolar, para a maioria dos alunos, serão indicados. Assim, quem apresenta
necessidades educacionais especiais não são apenas os alunos, mas, também,
as escolas e sistemas de ensino.

As necessidades educacionais especiais englobam:

a) dificuldades acentuadas de aprendizagem ou limitações no


processo de desenvolvimento, vinculados a distúrbios, limitações
ou deficiências, que demandem apoios intensos e contínuos no
processo educacional, como é o caso de alunos com deficiência
mental, múltiplas deficiências e/ou transtornos de desenvolvimento
associados a graves problemas de comportamento;

b) dificuldades de comunicação e sinalização, demandando a


utilização de outras línguas, linguagens e códigos aplicáveis, como
é o caso de alunos surdos, surdo-cegos, cegos, altistas ou com
seqüelas de paralisia cerebral;

c) superdotação ou altas habilidades, que, devido às necessidades


e motivações específicas, requeiram enriquecimento,
aprofundamento curricular e aceleração.

Nessa direção, GONZALEZ (2002) nos aponta que diferentes modelos e


técnicas, oriundas de conhecidas concepções psicológicas, sempre nortearam os

118
objetivos educacionais, de caráter geral, da educação especial, os quais são
sintetizadas nas principais vertentes que seguem:

a) Modelo inatista/determinista: baseado na vertente inatista da


psicologia, foi preponderante nos primórdios do atendimento
educacional especializado; atribuía ao indivíduo com deficiência a
origem de suas dificuldades e limitações, às quais dificilmente
poderiam ser modificadas por uma ação exterior.

b) Modelo comportamental: com base na Psicologia da


Aprendizagem, fundamentada nos princípios do condicionamento
clássico, operante, centra sua ação em técnicas de intervenção e
modificação do comportamento visando a correção de ajuste obtido
por reforços inadequados;

c) Modelo cognitivo: utiliza-se de técnicas de intervenção, como a


estimulação precoce, hierarquias de experiências cognitivas e
programas para desenvolver a memória, atenção e formação de
conceitos, a fim de superar transtornos causados por déficits de
processamento da informação;
d) Modelo humanístico: baseado na Fenomenologia e Psicanálise
considera o desequilíbrio do EU e os conhecimentos e sentimentos
do paciente sobre si mesmo e sobre os demais, como envolvidos
na origem dos distúrbios e transtornos, as terapias corporais, a
musicoterapia e o relaxamento, entre outras técnicas de
intervenção, são utilizadas estratégias de superação de problemas;

e) Modelo sócio-cultural: centra o foco de sua ação nas mudanças a


serem realizadas nas instituições educativas, para atender as
necessidades sociais dos sujeitos, propõe a compreensão da
deficiência/anormalidade como uma construção social, que deriva
dos fatores e critérios que definem o sujeito como diferente/incapaz
no grupo social; tem na mediação social (com destaque ao

119
professor), o principal elemento para a superação de diferenças
individuais na aprendizagem.

É um equívoco afirmar que um aluno apresenta necessidades educacionais


especiais apenas porque manifesta um atraso cognitivo, deficiência visual ou
física, sem levar em conta que a situação de cada aluno frente à aprendizagem
escolar pode ser muito diferente, com respostas surpreendentes em alguns casos.

Assim, as decisões sobre as adequações a serem realizadas nos


componentes curriculares (objetivos, conteúdos, critérios de avaliação...), no
contexto escolar não podem estar baseadas sobre o que se entende que sejam as
características de aprendizagem próprias de cada deficiência, mas partir dos
interesses e possibilidades do aluno concreto que se encontra em sala de aula.
Em outras palavras, significa colocar em prática o ponto mais sensível e
problemático do currículo: o equilíbrio harmônico entre o que é comum e o que é
individual (PASTOR E TORRES, 1998, p. 110).

A preocupação mais relevante é que não haja uma fragmentação nesse


processo, tomando a questão da flexibilização curricular como um instrumento de
exclusão, por meio da instituição de práticas de banalização de conceitos,
esvaziamento de conteúdos e baixa expectativa avaliatória dos alunos rotulados
como deficientes, diferentes ou com necessidades especiais.

Os serviços e apoios especializados destinam-se ao atendimento de alunos


com necessidades educacionais especiais decorrentes:

- Das deficiências mentais, visual, física-neuromotora e surdez;

- Das condutas típicas de síndromes e quadros neurológicos,


psicológicos graves e psiquiátricos;

- Das altas habilidades/superdotação.

Os serviços de apoio pedagógico especializados realizam-se no contexto de


sala de aula, ou em contra-turno, por meio da oferta de recursos humanos,
técnicos, tecnológicos, físicos e materiais e tem por objetivo possibilitar o acesso e
a complementação do currículo comum ao aluno.
120
Quando realizados em classes especiais, ou instituições especializadas da
rede pública ou conveniada, são denominados serviços especializados, conforme
previsto na legislação (Res.CNE/CEB nº 01/02 e Del. CEE 02/03).

A ampliação do número de alunos com necessidades educacionais especiais


a serem atendidas no contexto da escola regular está condicionada tanto à
adoção de currículos abertos, flexíveis, quanto ao efetivo funcionamento dos
recursos e serviços de apoio pedagógicos especializados, necessários para o
acesso ao currículo e à aprendizagem e participação dos alunos com
necessidades educacionais especiais. Destacam-se alguns dos serviços de apoio
pedagógicos especializados ofertados pela SEED, no contexto regular de ensino:

- Profissional intérprete de Libras/Língua Portuguesa para surdos;

- Instrutor surdo de Libras;

- Professor de apoio permanente para alunos com deficiências


físicas neuromotoras, com graves comprometimentos na
comunicação e locomoção.

- Sala de recursos para alunos com deficiência mental, distúrbios de


aprendizagem e altas habilidades/superdotação, matriculados no
ensino fundamental.

- Centro de atendimento especializado (CAE), nas áreas da surdez e


deficiência visual.

- Centro de apoio pedagógico para atendimento às pessoas com


deficiência visual (CAP).

- Classes de educação bilíngue para surdos, matriculados nas séries


iniciais, denominadas Programa de Escolaridade Regular com
Atendimento Especializado – PERAE.

- Classe especial para alunos com deficiência mental e condutas


típicas.

- Escolas especiais.

121
- Classes hospitalares.

- Atendimento domiciliar.

Trata-se da realização de um trabalho compartilhado, visando otimizar a


provisão de serviços e recursos, para atendimento de todos os alunos em função
das necessidades individuais, reconhecendo que a escola tem como um fim
desenvolver as capacidades acadêmicas, cognitivas, afetivo-emocionais e sociais
que potencializem o desenvolvimento pessoal de todos os educandos.

EDUCAÇÃO PROFISSIONAL

A CARACTERIZAÇÃO

CASA FAMILIAR RURAL DE PINHÃO

Origem e Evolução da Pedagogia da Alternância e das Casas Familiares


Rurais

As Casas Familiares Rurais surgiram das necessidades dos agricultores, em


proporcionar aos seus filhos, uma educação que contribuísse para o
desenvolvimento de sua própria realidade.

A Alternância é um sistema de formação, cujo princípio educativo e a


aprendizagem são organizados em função do trabalho, permitindo períodos de
formação na sede da escola, em regime de internato, que se alternam com
períodos no meio familiar. O estudante vivencia, de forma alternada, experiências
de formação na sede da escola, conjugadas com as experiências que a família e a
comunidade lhe proporcionam, durante o período em que permanece em
alternância no meio familiar.

Princípios Pedagógicos e Filosóficos da Pedagogia da Alternância

Na Pedagogia da Alternância a sabedoria prática e a teoria se juntam. A


alternância ajuda a aprofundar constantemente as coisas que acontecem no dia-a-

122
dia da família, comunidade, país e mundo em geral. A Alternância ajuda a
valorizar o trabalho prático manual do agricultor como forma de reconhecer na
cultura camponesa um expoente de valor universal, indispensável ao
desenvolvimento equilibrado de todas sociedades, passado e presente.

O jovem que frequenta a CFR mantém o vínculo com o seu meio sócio-
familiar, com isso ele valoriza aquilo que as pessoas de sua comunidade fazem e
sabem. Isso acontece por meio da alternância, onde o estudante passa um tempo
na sede da escola e outro em casa, na comunidade, estudando e refletindo a sua
realidade, possibilitando, portanto, ao jovem a projeção de uma nova realidade
para o seu meio, conservando valores importantes e mudando outros valores.

O jovem exercita e vivência todas as atividades no período que passa em


casa inserido no seu meio natural. Esse ir e voltar envolve diretamente a família, o
monitor e o estudante num processo de parceria nos trabalhos da CFR,
proporcionando a esta acompanhar mais intensamente o desenvolvimento
intelectual dos estudantes.

O estímulo a uma convivência comunitária, pouco se realiza no espaço


restrito da sala de estudo, mas muito fora dela. Essa dicotomia entre teoria e
prática, vida e escola, trabalho intelectual e manual que impregna todos os
segmentos da sociedade atual é superado na Pedagogia da Alternância através
da dialética ação/reflexão, privilegiando a primazia da vida sobre a escola e o
saber popular através de um método próprio da Pedagogia da Alternância, o Plano
de Estudo.

Refletindo sobre a sua situação de vida, o estudante, através da alternância,


busca perspectiva, avalia melhor seu saber fazer, é estimulado a tomar posições
pessoais e inovar. Este participa diretamente do ensino na CFR, porque leva do
seu meio (estadia) as indagações que percebe no ambiente, devido a essa
organização em alternância. O interesse do estudante surge, se desenvolve e se
torna permanente, levando-o a uma ação responsável. Este começa a perceber os

123
problemas da comunidade como problema seus, assume ou engaja-se no esforço
para encontrar alternativas.

Dinâmica do Sistema da Pedagogia da Alternância

A alternância é uma forma para articular vários momentos:

1º) A vida do jovem no meio sócio-profissional: trabalho, pesquisa e


avaliação.

2º) A vida no Centro: espaço para analisar, refletir, comparar, questionar,


aprofundar e sistematizar os conhecimentos da realidade familiar – comunitária e
profissional, articulando-os com os conhecimentos gerais e técnicos.

3º) Retorno do jovem ao seu meio numa constante: novas ideias,


interrogações, experiências, novas pesquisas, aplicações práticas de técnicas na
produção agropecuária, de atividades no meio vivencial e de sistematização no
planejamento das atividades.

A vida do jovem e toda a realidade do meio constituem o eixo da formação.


De fato, a experiência de vida se completa com os cursos e teorias escolares.

OBJETIVOS

Objetivo Geral

Instruir os jovens do campo assumindo a proposta pedagógica com


organização curricular do Ensino Fundamental, utilizando para seu
desenvolvimento curricular a Pedagogia da Alternância, elevando a escolarização,
valorizando a cultura do campo e contribuindo para a melhoria dos índices da
qualidade de vida necessários para o exercício da cidadania das comunidades
rurais,

Objetivos Específicos

Oferecer aos jovens rurais uma formação humana integral, adequada a sua
realidade para possibilitar o exercício da cidadania plena.
124
Melhorar a qualidade de vida das famílias rurais, através da aplicação de
conhecimento técnico-científicos e tecnológicos, considerando os conhecimentos
vivenciados no contexto familiar, através da Pedagogia da Alternância.

Estimular no jovem rural o sentido de comunidade, vivência grupal e


desenvolvimento de espírito associativo e solidário, contribuindo para a melhoria
das comunidades.

Escolarizar os jovens do meio rural nos nível de 5ª a 8ª séries.

Disseminar a cultura do desenvolvimento Rural Sustentável com base em


práticas agroecológicas.

ESTRUTURA DO CURSO

O curso será ofertado na forma de organização curricular do Ensino


Fundame sendo ministrado por áreas do conhecimento e em tempo integral,
conforme o registrado na respectiva matriz curricular, com oferta em quatro séries
anuais e carga horária total de 3200 horas.

A oferta do curso em período integral é justificada pelo fato das Casas


Familiares Rurais funcionarem em regime de internato e o regime de Alternância
possibilita que o aluno no tempo Comunidade complete a carga horária necessária
para a realização do efetivo trabalho escolar. Neste momento o educando terá o
acompanhamento do professor no seu meio sócio familiar (comunidade) onde
executará o Plano de Estudo sob supervisão deste, conforme os princípios e
requerimentos que fundamentam o curso.

Organização Escolar

Para efetivar a matricula e a posterior certificação dos alunos será indicada


pela SEED uma escola/colégio Estadual próxima a CFR que ficará responsável
pela documentação e matrícula dos alunos. Esta escola será denominada
ESCOLA BASE e caberá a esta fazer as adaptações necessárias em seu Projeto

125
Político Pedagógico para a operacionalização do currículo adaptando-o ao regime
da alternância.

Organização Curricular

A organização curricular do curso de Ensino Fundamental será ofertado nas


quatro séries finais, de acordo com o previsto em sua estrutura, devendo atender
no planejamento de sua operacionalização em nível escolar, a organização dos
espaços/tempos escolares previstos na Pedagogia de Alternância, porém em
conformidade com os mínimos legais curriculares estabelecidos para cursos desse
nível de escolaridade.

Dessa forma, o atendimento dos alunos pelo professores e monitores dar-se-


á em dois momentos distintos, mas intrinsecamente articulados e planejados para
assegurar a forma de organização curricular integrada. Sendo assim, inicialmente
as atividades curriculares são realizadas nas dependências das Casas Familiares
Rurais e, na seqüência, nas comunidades rurais meio sócio-familiar dos alunos
onde executarão o Plano de Estudo (atividade de pesquisa orientada), com
acompanhamento dos professores/monitores.

Os resultados do trabalho de pesquisa realizado no campo serão trazidos


para a Casa Familiar onde será analisado e discutido em sala de aula, com todos
os alunos, sempre com a mediação dos professores das diversas disciplinas
curriculares, onde os saberes populares servirão de ponto de partida para a
aprendizagem de novos conhecimentos científicos e tecnológicos, previstos na
proposta curricular.

Assim, conforme apresenta QUEIROZ, 2004,... a formação dos sujeitos


ocorre tanto nos espaços escolares como fora deles.

Envolve saberes, métodos, tempos e espaços físicos diferenciados. Portanto


não são apenas os saberes construídos na sala de aula, mas também aqueles
construídos na produção, na família, na convivência social, na cultura e no lazer. A
sala de aula é um espaço específico de sistematização, análise e de síntese das

126
aprendizagens, constituindo-se assim, num local de encontro das diferenças, pois,
é nela que se produzem novas formas de ver, estar e se relacionar com o mundo.

Essa concepção de Tempo e Espaço Escolar descrito pelo autor se faz


fundamental para o entendimento dos princípios que fundamentam e orientam a
proposta da Pedagogia da Alternância para a formação do aluno, onde a práxis
não se faz presente somente em alguns momentos específico, mas deve permear
todo o currículo do curso.

O detalhamento de toda a operacionalização do currículo é de


responsabilidade do Colégio Estadual Santo Antonio – Escola-base à qual a Casa
Familiar Rural de Pinhão está vinculada – que, no exercício de sua autonomia
pedagógica, definiu no seu Projeto Político Pedagógico e no planejamento, todas
as atividades a serem realizadas para dar cumprimento ao respectivo calendário
escolar e à carga horária prevista para o curso.

CELEM-LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

O estudo de uma língua estrangeira proporciona o acesso a uma outra


cultura. Através dela, tomamos contato com povos, visões de mundo, hábitos e
valores que, comumente, são bastante diversos dos nossos e, por essa razão,
abrem nossa mente a outras possibilidades de ser no mundo.

Outro aspecto relevante na aprendizagem de uma nova língua é o


alargamento de possibilidade de acesso à informação. A apropriação da
127
informação, tão veloz nos dias de hoje, depende certamente de nossa habilidade
de lê-las ou ouvi-las em outros idiomas. Muitos acontecimentos do mundo chegam
rapidamente até nós através da Internet,que dá cobertura aos fatos no momento
exato de sua ocorrência. Essas comunicações são obtidas através de redes
internacionais de informação, que são ferramentas de pesquisa utilizados em
diversos países, disponíveis nas línguas locais.

Do ponto de vista de uma formação profissional, a leitura de muitas obras,


especialmente quando se faz um curso superior, precisa ser feita em outros
línguas, não sendo possível esperar a sua tradução para o português, sob pena
de não se acompanhar um curso nos níveis necessários à garantia de uma
profissionalização sólida e atualizada.

O Contato com pesquisadores de universidades estrangeiras, o acesso a


sites de revistas eletrônicas com informações atualizadas sobre focos de
investigação faz-se através de idioma estrangeiro.

O estudo de uma língua estrangeira é essencial pois, é importante que se


tenha consciência de que conhecer apenas a nossa língua materna é, certamente,
um fator restritivo ao nosso crescimento profissional e cultural.

A necessidade de aprender Inglês no Brasil se intensificou devido às


relações comerciais entre Estados Unidos e Brasil, com a vinda de professores,
acadêmicos e outros para o Brasil, a cultura do país foi também de uma certa
forma se expandindo entre os brasileiros e a população começou a desejar o
ensino de inglês para conhecer a cultura e também devido ao mercado de
trabalho.

Já a língua espanhola foi valorizada porque representava para o governo


um modelo de patriotismo e respeito daquele para às suas tradições e à história
nacional. Assim , o ensino de espanhol passou a ser incentivado no lugar dos
outros idiomas como: italiano, alemão, ucraniano e francês.

128
O Estado do Paraná a partir da década de 1970, professores estavam
insatisfeitos com a reforma do ensino. Esses movimentos ecoaram no Colégio
Estadual do Paraná, o qual contava com professores de Latim, Grego, Francês,
Inglês e Espanhol. Uma das formas, então, para manter a oferta de línguas
estrangeiras nas escolas públicas após o parecer número 581176, bem como a
tentativa de superar a hegemonia de um único idioma ensinada nas escolas, foi a
criação do centro de Línguas Estrangeiras no Colégio Estadual do Paraná, em
1982, que passou a oferecer Inglês. Espanhol, Francês e Alemão, aos alunos do
contraturno.

O reconhecimento da importância da diversidade de idiomas também


ocorreu na Universidade Federal do Paraná ( UFPR ), a partir de 1982, quando
foram incluídos nos vestibulares a Língua Espanhola, Italiana, e Alemã. Esse fato
estimulou a demanda de professores dessas línguas.

Em meados de 1980, a redemocratização do país era o cenário propício


para os professores, organizados em associações, liderassem um amplo
movimento pelo retorno da pluralidade de oferta de Língua Estrangeira nas
escolas públicas.

Em decorrência de tais mobilizações, a secretaria de Estado de Educação


criou, oficialmente, os centros de Línguas Estrangeiras Modernas ( Celem ), em 15
de agosto de 1986, como forma de valorizar o plurilinguismo e a diversidade
étnica.

Para tanto deve-se possibilitar aos alunos que utilizem uma língua
estrangeira em situações de comunicação e também inseri-los como participantes
ativos, não limitados as suas comunidades locais, mas capazes de se relacionar
com outras comunidades e outros conhecimentos. O ensino deve contribuir para
que os aluno perceba as diferenças entre os usos, as convenções, os valores de
seu grupo social, de forma crítica, percebendo que não há um modelo a ser
seguido, ou uma cultura melhor que a outra, mas apenas diferentes possibilidades
que os seres humanos elegem para regular suas vidas e que são passíveis de

129
mudanças ao longo do tempo, levando o mesmo a exercer uma atitude ao
ambiente sócio-histórico ideológico ao qual pertence.

Toda língua é uma construção histórica e cultural em constante


transformação. Como princípio social e dinâmico, a língua não se limita a uma
visão sistêmica e estrutural do código linguístico. Ela é heterogênea, ideológica e
opaca.

CONTEÚDOS BÁSICOS :

CONTEÚDOS BÁSICOS: 1º ANO


LEITURA:
. Tema do texto;
. Interlocutor;
. Finalidade do texto;
. Informatividade
. Situacionalidade;
. Informações explícitas;
. Discurso direto e indireto;
. Aceitabilidade do texto;
. Elementos composicionais do gênero;
. Léxico;
. Repetição proposital de palavras;
. Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão e negrito), figuras de
linguagem.

ESCRITA:

130
. Tema do texto;
. Interlocutor;
. Finalidade do texto;
. Discurso direto e indireto;
. Informatividade;
. Elementos composicionais do gênero;
. Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão e negrito), figuras de
linguagem;
. Acentuação gráfica;
. Ortografia;
. Concordância verbo/nominal.

ORALIDADE:
. Tema do texto;
. Finalidade;
. Papel do locutor e interlocutor;
. Aceitabilidade do texto;
. Informatividade;
. Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos,...;
. Adequação do discurso ao gênero;
. Turnos da fala;
. Variações linguísticas;
. Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos.

CONTEÚDOS BÁSICOS – 2º ANO


LEITURA

131
. Conteúdos temáticos;
. Tema do texto;
. Interlocutor;
. Finalidade do texto;
. Intertextualidade;
. Temporalidade;
. Discurso direto e indireto;
. Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;
. Aceitabilidade do texto;
. Informatividade;
. Situacionalidade;
. Polissemia;
. Léxico;
. Vozes sociais presentes no texto;
. Elementos composicionais do gênero;
. Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
recursos gráficos como: (aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;
. Semântica:
- operadores argumentativos;
- ambiguidade;
- sentido conotativo e denotativo das palavras no texto;
- expressões que denotam ironia e humor no texto.

ESCRITA
. Conteúdo temático;
. Interlocutor;
. Finalidade do texto;

132
. Aceitabilidade do texto;
. Tema do texto;
.Temporalidade;
. Informatividade;
. Situacionalidade;
. Intertextualidade;
. Discurso direto e indireto;
. Vozes sociais presentes no texto;
. Elementos composicionais do gênero;
. Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);
. Concordância verbal e nominal;
. Semântica:
- operadores argumentativos;
- ambigüidade;
- significado das palavras;
- figuras de linguagem;
- sentido conotativo e denotativo;
- expressões que denotam ironia e humor no texto.
. Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
. Polissemia;
. Processo de formação das palavras;
. Acentuação gráfica;
. Ortografia.

ORALIDADE
. Conteúdo temático;

133
. Finalidade;
. Aceitabilidade do texto;
. Informatividade;
Papel do locutor e interlocutor;
. Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual,
pausas...;
. Adequação do discurso ao gênero;
. Turnos da fala;
. Variações lingüísticas;
. Marcas lingüísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
. Elementos semânticos;
. Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc);
. Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

O discurso constituirá o conteúdo estruturante entendido como prática social sob


seus vários gêneros.

Faz-se necessário que o professor leve em consideração a experiências no


trabalho com a linguagem que o aluno já possui e que ele tenha que interagir em
uma nova discursividade, interagindo assim, elementos indispensáveis da prática
como: conhecimentos linguísticos, discursivos, culturais e sócio-pragmáticos:

- Conhecimentos linguísticos dizem respeito ao vocabulário, à fonética e às


regras gramaticais, elementos necessários para que o aluno interaja com a língua
que se lhe apresenta.

-Discursivos: diferentes gêneros discursivos que constituem a variada


gama de práticas sociais que são apresentadas aos alunos possibilitando aos
educandos modo de análise e reflexão.
134
- Culturais: tudo aquilo que sente, acredita, pensa, diz, faz e tem uma
sociedade ou seja, a forma como grupo social e vive e concebe a vida.

- Sócios-pragmáticos: valores ideológicos, sociais e verbais que envolvem


o discurso em um contexto sócio-histórico particular.

Além disso, uma abordagem do discurso e uma totalidade será realizada e


garantida através de uma atividade significativa em língua estrangeira nas quais
as práticas de leitura, escrita e oralidade, interajam entre si e constituam uma
prática social cultural.

LEITURA

 tema e finalidades do texto, interlocutor, aceitabilidade do texto,


informatividade, situacionalidade, temporalidade, referência textual, partículas
conectivas do texto, discurso direto e indireto, elementos composicionais,
sentido conotativo e denotativo , ironia e humor, polissemia, léxico e marcas
linguísticas tais como: coesão e coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficos ( aspas, travessão, negrito, etc ) e figuras
de linguagem.

ESCRITA

- tema do texto;

- interlocutor, finalidade, informatividade e elementos composicionais do gênero;

- Marcas linguísticas tais como: coesão, coerência, função das classes gramaticais
no

texto, pontuação, recursos gráficos, ( aspas, travessão e outros) e figuras de


135
linguagem;

- acentuação gráfica ( espanhol )

- ortografia;

- concordância verbal e nominal;

ORALIDADE

III- conteúdo temático, finalidade, aceitabilidade e informatividade do texto;

 papel do locutor e interlocutor;

7. elementos extralinguísticos tais como: entonação, pausas, expressões facial,


corporal e gestual;

 adequação do discurso ao gênero;

 variações linguísticas;

8) marcas linguísticas tais como: coesão e coerência, gírias e repetição;

 semântica;

 adequação da fala no contexto ( uso de conectivos, gírias, repetições, etc.)

 diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito;

ABORDAGEM METODOLÓGICAS: e RECURSOS DIDÁTICOS


/TECNOLÓGICOS:

136
Todas as atividades devem ser centradas no aluno, trabalhando
ativamente, interagindo-o nas situações do dia-a-dia e as informações globais.
Assim sendo é vista como uma atividade construtiva e criativa.

O texto apresenta-se como um espaço de temática fundamental para o


desenvolvimento intercultural,manifestado por um pensar e agir críticos com a
prática cidadã imbuída de respeito às diferentes culturas, crenças e valores.
Possibilita-se, desse modo, a capacidade de analisar e refletir sobre fenômenos
linguísticos e realizações discursivos, as quais se revelam pela história dos
sujeitos que fazem parte desse processo, apresentando assim como em princípio
gerador de unidades temáticas e de desenvolvimento das práticas linguístico-
discursivos. Portanto, é fundamental que se apresente ao aluno textos de
diferentes gêneros textuais, mas sem categorizá-los, proporcionando ao aluno a
possibilidade de interagir com a infinita variedade discursiva.

Para tanto, é importante trabalhar a partir de temas referentes a questões


sociais, tarefa que se encaixa perfeitamente nas atribuições de Língua
Estrangeira, disciplina que favorece a utilização de textos abordando assuntos
relevantes presentes na mídia nacional e internacional ou no mundo editorial:
publicitários, jornalísticos, literários, informativos, de opinião, etc, interagindo com
uma completa mistura da língua escrita, visual e oral. Sendo assim, será possível
fazer discussões orais sobre sua compreensão, bem como produzir textos orais,
escritos e ou visuais, interagindo todas as práticas discursivas nesse processo.

Ao apresentar textos literários deve-se propor atividades que colaborem


para que o aluno reflita sobre os textos e os perceba como uma prática social de
uma sociedade em um determinado contexto sócio-cultural particular.

O papel da gramática relaciona seu entendimento quando necessário, aos


procedimentos para a construção de significados utilizados na língua estrangeira:
o trabalho com a gramática, portanto, estabelece-se como importante na medida
que permite o entendimento dos significados possíveis das estruturas
apresentadas.

137
Assim, o conhecimento formal da gramática deve estar subordinado ao
conhecimento discursivo, ou seja, reflexões gramaticais devem ser decorrentes de
necessidades específicas dos alunos afim de que possam expressar-se ou
construir com os textos.

A produção escrita, ainda que restrita a construção de uma frase, a um


parágrafo, a um poema ou a uma carta, precisa fazer desta produção uma
atividade menos artificial possível: buscar leitores efetivos dentro ou fora da
escola, ou seja, elaborar pequenos textos direcionados a um público determinado.
Serão trabalhados assuntos sobre vida e sociedade da Cultura afro-brasileira,
Africana e Cultura Indígena pelo fato da realidade da origem e formação da
sociedade brasileira e latino- americana e, que no continente africano, há um país
que fala espanhol como língua oficial.

Sexualidade, drogas e meio ambiente serão temas abordados para que os alunos
conheçam e analisem de forma crítica como outras sociedades tratam tais
assuntos.

Para tanto, serão utilizados materiais didáticos disponíveis tais como: livros
didáticos, dicionários, TV multimídia, DVD's, CDS, internet, sob a ótica da
realidade dessa instituição e das propostas das diretrizes curriculares.

AVALIAÇÃO E RECUPERAÇÃO

A avaliação da aprendizagem da Língua Estrangeira está intrinsecamente


atrelada à concepção da língua e aos objetivos para o ensino dessa disciplina
defendida nas Diretrizes Curriculares. Assim, o caráter educacional da avaliação
sobrepõe-se ao seu caráter eventualmente punitivo e de controle, constituindo
num instrumento facilitador na busca de orientações e intervenções pedagógicas,
vão se atendo apenas no conteúdo desenvolvido, nas aquelas vivenciadas ao
longo do processo, de forma que os objetivos específicos explicitados nas
diretrizes sejam alcançados. Portanto, a avaliação da aprendizagem precisa
superar a concepção de mero instrumento de medição de apreensão de
conteúdos, visto que ela se configura como processual e, como tal, objetiva
138
subsidiar discussões, a cerca das dificuldades e avanços dos alunos sujeitos, a
partir de suas produções no processo de ensino e aprendizagem.

O aluno envolvido no processo de avaliação também é construtor do


conhecimento, precisa ter seu esforço reconhecido por meio de ações como: o
fornecimento de um retorno sobre seu desempenho, do erro como parte integrante
da aprendizagem. Assim, tanto o professor quanto os alunos, poderão
acompanhar o percurso desenvolvido até então e identificar bem como planejar e
propor outros encaminhamentos que vise a superação das dificuldades
constatadas.

Contudo, é importante considerar na prática pedagógica avaliações de


naturezas diversas: diagnósticas e formativas, desde que essas se articulem com
os objetivos específicos e conteúdos definidos, concepções e encaminhamentos
metodológicos, respeitando as diferenças individuais e metodológicas.

Constitui parte integrante do processo de ensino-aprendizagem, tendo


como princípio básico o respeito à diversidade de características, de necessidades
e de ritmos de aprendizagem de cada aluno. Sendo a recuperação contínua e
concomitante, deve ser realizada ao longo do ano, a cada conteúdo trabalhado, no
momento em que são constatadas as dificuldades, fazendo assim, as intervenções
necessárias. As atividades de avaliações orais serão realizadas através de
apresentações de determinados temas, avaliando-se assim a capacidade de
argumentação dos alunos. As atividades escritas e extraclasse poderão ocorrer
individuais ou em grupos estando de acordo com a necessidade do conteúdo.
Durante as avaliações ocorrerão recuperações concomitantes em que professores
e alunos retomarão pontos essenciais dos conteúdos para a revisão e fixação
destes.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

139
Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Língua Estrangeira Moderna . SEED:
Paraná,2008.
O professor de Línguas Estrangeiras. Construindo a profissão. Org. Por Wilson J.
Lafta. Pelotas: Educat, 2006.
A Língua Estrangeira em sala de aula: pesquisando o processo e o produto. Org.
Por Marília dos Santos Lima. Porto Alegre: Sagra Luzzato,2002.
O Ensino do espanhol como a Língua Estrangeira . Estudos e Reflexões .Org.

ARTE- ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A construção do conhecimento em arte se efetiva na relação entre o estético e o


artístico, materializada nas representações artísticas. Apesar de suas
especificidades, esses campos conceituais são independentes e articulados entre
si, abrangendo todos os aspectos do conhecimento em arte.

O enfoque dado ao ensino de Arte na Educação Básica fundamenta-se nos nexos


históricos entre arte e sociedade. Nesse sentido, são abordadas as concepções
de arte como ideologia, arte como forma de conhecimento, e arte como trabalho
criador, tendo como referência o fato de serem as três principais concepções de
arte no campo das teorias críticas, as quais têm no trabalho sua categoria
fundante.

Assim, torna-se importante explicitar como o ser humano transformou o mundo


construindo simultaneamente a história, a sociedade e a si próprio através do
processo do trabalho que constituiu o universo simbólico composto pela
linguagem, pela filosofia, pelas ciências e pela arte. Tudo isso, no conjunto
compõe algo que é exclusivamente humano: o mundo da cultura.O conhecimento
esta relacionado á apreensão do objeto artístico como criação sensível e
cognitiva.

140
O homem transformou o mundo e a si próprio pelo trabalho e, por ele, tornou-se
capaz de abstrair, simbolizar e criar arte. Assim, em todas as culturas, constata-se
a presença de maneiras diferentes daquilo que hoje se denomina arte, tanto em
objetos utilitários quanto nos ritualísticos, muitos dos quais vieram a ser
considerados objetos artísticos.A produção artística esta relacionada aos
processos do fazer e da criação considerando o artista no processo de criação
desde de suas raízes históricas e sociais, condições que subsidiam a produção, o
saber científico e nível de técnicas com experiências com materiais aprendendo
Arte como forma de conhecimento, ideologia e trabalho criador

O ser humano produz, então, maneiras de ver e sentir, diferentes em cada tempo
histórico e em cada sociedade. Por isso é fundamental considerar as influências
sociais, políticas e econômicas sobre as relações entre os Homens e destes com
os objetos, para compreender a relatividade do valor estético, as diversas funções
que a Arte tem cumprido ao longo da história, bem como do modo de organização
das sociedades (PARANÁ,1992,p.149).

Nestas diretrizes, entende-se cultura como toda produção humana resultante do


processo de trabalho que envolve as dimensões artística, filosófica e científica do
fazer e do conhecer.

A Arte é fonte de humanização e por meio dela o ser humano se torna consciente
da sua existência individual e social: percebe-se e se interroga, é levado a
interpretar o mundo e a si mesmo. A Arte ensina a desaprender os princípios das
obviedades atribuídas aos objetos e às coisas, é desafiadora, expõe contradições,
emoções, e os sentidos de suas construções. Por isso, o ensino da Arte deve
interferir e expandir os sentidos, a visão de mundo, aguçar o espírito crítico, para
que o aluno possa situar-se como sujeito de sua realidade histórica. Educar os
alunos em arte é possibilitar-lhes um novo olhar, um ouvir mais crítico, um
interpretar da realidade além das aparências, com a criação de uma nova
realidade, bem como a ampliação das possibilidades de fruição.

141
Sob tal perspectiva, Vásquez (1978) aponta três interpretações fundamentais da
arte a serem consideradas:

Arte como forma de conhecimento: Como conhecimento da realidade, a arte


pode revelar aspectos do real,não em sua objetividade – o que constitui tarefa
específica da ciência -, mas em sua relação com a individualidade humana. Assim,
a existência Humana é o objeto específico da arte, ainda que nem sempre o
homem seja o objeto da representação artística. A arte, como forma sensível,
apresenta não uma imitação da realidade, mas uma visão do mundo socialmente
construída através da maneira específica com que a percepção do artista a
apreende.

―A Arte só é (uma forma de) conhecimento na medida em que é criação. Tão


somente assim pode servir à verdade e descobrir aspectos essenciais da
realidade humana‖ (Vásquez, 1978, p.35-36).

Por ser conhecimento, a arte é ideologia e trabalho criador. Para compreendê-la,


então, com conhecimento, faz-se necessário aprofundar as reflexões sobre suas
outras dimensões: arte como ideologia e como trabalho criador.

Arte como ideologia: Ideologia é sempre produto de uma situação histórica e de


um tipo de sociedade: está presente em todas as maneiras de agir, pensar e se
comportar, nas relações dos homens entre si e com a natureza.

Entende-se que a ideologia está também na arte, pois, ―0 artista, tal como
qualquer outro indivíduo, é um ser social e historicamente datado e (…) por isso
mesmo, sua posição ideológica exerce um certo papel na criação artística‖
(PEIXOTO, 2003,p.36).

A arte não é, nem poderia ser neutra em relação ao contexto sócio-econômico-


político e cultural em que é criada: no movimento dialético da história, o objeto
artístico, mesmo tendo suas raízes e sua explicação no contexto em que foi
produzido por constitui ele mesmo uma nova realidade social ( que antes não

142
existia e com a qual os indivíduos começam a interagir), passa também a
determiná-lo, a nele interferir, muitas vezes de forma decisiva.

A arte desempenha também, uma função ideológica e pode se tornar elemento de


imposição de modos de ser, pensar e agir hegemônicos, pois pela mídia em geral
alcança quase toda população do país. Por isso é fundamental levar ao
conhecimento dos alunos as três principais formas de como a arte é produzida e
disseminada na sociedade contemporânea.

A primeira, denominada arte erudita, é ensinada, difundida e consagrada nos


cursos de graduação como a grande arte. Sua principal forma de divulgação e
distribuição são museus, teatros,galerias, salões de arte, bienais, etc. Legitima-se
por meio dos críticos de arte e da circulação pela venda de suas obras a uma elite
financeira. Essa forma de arte tem um campo de ação restrito, pois está disponível
quase que exclusivamente para uma pequena parcela da população que possui
grande poder aquisitivo.

A segunda, denominada arte popular, é produzida e vivenciada pela classe


trabalhadora, por grupos sociais (menos favorecidos) e étnicos, e compõe o
espaço de sociabilidade que constitui a identidade dessa classe e desses grupos.
Nesse campo, inclui-se o folclore que tem a particularidade de ser uma
manifestação artística a qual permanece por um tempo maior na história de uma
determinada cultura.

A terceira, denominada indústria cultural é também conhecida como cultura de


massa. É ela responsável pela produção e difusão em larga escala de formas
artísticas pela grande mídia. É através dela que a arte é transformada em
mercadoria para o consumo de um grande número de pessoas. Para a indústria
cultural é de pouca importância a qualidade dos produtos, pois é a uma
quantidade cada vez maior de público que se propõe a atingir, tendo por objetivo
principal a obtenção do lucro das vendas dessa mercadoria. Essa indústria se
alimenta da produção artística tanto da arte popular (cultura popular), como da
arte erudita, descaracteriza-as por meio de equipamentos e tecnologias

143
sofisticadas e as direciona para uma produção em série e consumo em grande
escala.

Assim, é de grande urgência que os professores explicitem e instiguem seus


alunos a perceber como as artes, bens da cultura humana, podem ser utilizadas
pela industria cultural como mecanismos de padronização de comportamentos e
modos de pensar, presentes por exemplo, em telenovelas e publicidade.

A arte erudita, a arte popular e a industria cultural são três formas de contato com
a arte na sociedade em que se vive. Todas se relacionam entre si e estão
permeadas por discursos ideológicos.

Arte como trabalho criador: A criação artística é uma ação intencional complexa,
ou seja, é um ato simultâneo e conjunto de inteligência, emoção, sensibilidade e
poder de decisão do homem sobre a matéria(que pode ser um som, um
movimento, uma cor, um fato, um objeto qualquer, etc) com o objetivo de nela e/ou
com ela criar uma forma/ significado que antes dessa ação não existia. Isso
implica que na obra de arte o artista objetiva-se no mundo, exterioriza-se, dá uma
forma concreta à sua visão de mundo de forma unificada.

No processo de trabalho de criação, com sua ação/intenção o artista imprime sua


subjetividade à matéria: torna materialmente visível, tateável e audível, formas
específicas que antes eram tão somente conteúdo individual/mental/emocional,
ainda que socialmente constituído. Conclui-se então que no trabalho artístico o
artista se objetiva no mundo e, ao mesmo tempo, subjetiva o mundo, fazendo com
que a arte componha o chamado mundo humanizado, ou o mundo da cultura,
portador da marca do homem.

A concepção de arte como fonte de humanização incorpora as três vertentes das


teorias críticas em arte: arte como forma de conhecimento, arte como ideologia e
arte como trabalho criador, por reconhecê-las como aspectos essenciais da arte
na sua complexidade de produto da criação humana.

144
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Os conteúdos estruturantes são apresentados separadamente para um melhor


entendimento dos mesmos, no entanto, metodologicamente devem ser
trabalhados de forma articulada e in dissociada um do outro. Os conteúdos
estruturantes da disciplina são:

Elementos Formais: Neste conteúdo estruturante, o sentido da palavra formal


está relacionado à forma propriamente dita, ou seja, aos recursos empregados
numa obra. São elementos da cultura presentes nas produções humanas e na
natureza; são matéria prima para a produção artística e o conhecimento em arte.
Esses elementos são usados para organizar todas as áreas artísticas e são
diferentes em cada uma delas( o timbre na música, a cor em artes visuais, a
personagem em teatro, ou o movimento corporal em dança).

Composição: É o processo de organização e desdobramento dos elementos


formais que constituem uma produção artística. Num processo de composição na
área de artes visuais, os elementos formais (linha, superfície, volume, luz e cor)
―não têm significados pré-estabelecidos, nada representam, nada descrevem,
nada assinalam, não são símbolos de nada, não definem nada – antes de
entrarem num contexto formal‖(OSTROWER,1983, p.65). Ao participar de uma
composição, cada elemento visual configura o espaço de modo diferente e, ao
caracterizá-lo os elementos também se caracterizam. Com a organização dos
elementos formais, por meio dos conhecimentos de composição de cada área de
Arte formulam-se todas as obras, sejam elas visuais,teatrais, musicais ou da
dança, na imensa variedade de técnicas e estilos.

Movimentos e Períodos: se caracteriza pelo contexto histórico relacionado ao


conhecimento em Arte. Esse conteúdo revela aspectos sociais, culturais e
econômicos presentes numa composição artística e explicita as relações internas
ou externas de um movimento artístico em suas especificidades, gêneros, estilos e
correntes artísticas.

145
Os conteúdos estruturantes, apesar de terem as suas especificidades,
são interdependentes e de mútua determinação. Nas aulas, o trabalho com esses
conteúdos deve ser feito de modo simultâneo, pois os elementos formais,
organizados por meio da técnica, do estilo e do conhecimento em arte, constituirão
a composição que se materializa como obra de arte nos diferentes movimentos e
períodos.

Os conteúdos básicos para a disciplina de Arte estão organizados por


área.Devido ao fato dessa disciplina ser composta por quatro áreas(artes visuais,
música, teatro e dança), o professor fará o planejamento e o desenvolvimento de
seu trabalho, tendo como referencia a formação do professor.A partir de sua
formação e de pesquisas, estudos, capacitação e experiências artísticas, será
possível a abordagem de conteúdos das outras áreas artísticas.(DCE, 2006, p.88).

Para o Ensino Fundamental as formas de relação da arte com a sociedade serão


tratadas numa dimensão ampliada, enfatizando a associação da arte com a
cultura e da arte com a linguagem e para o Ensino Médio, a partir de uma
verticalização e de um aprofundamento dos conteúdos, a ênfase será maior na
associação da arte com o conhecimento, da arte com o trabalho criador e da arte
com a ideologia. Dessa forma, o aluno da educação básica terá acesso ao
conhecimento presente nessas diferentes formas de relação da arte com a
sociedade, de acordo com a proximidade das mesmas com o seu universo. O
professor, por sua vez, ao selecionar os conteúdos específicos que irá
desenvolver, enfocará essas formas de relação da arte com a sociedade com
maior ou menor ênfase, abordando o objeto de estudo por meio dos conteúdos
estruturantes.

B. OBJETIVOS GERAIS
1- Relacionar as formas de expressão artística do cotidiano com a historia da
Arte.

146
2- Ampliar o repertorio artístico do aluno a partir dos seus conhecimentos
estéticos, aproximando-o do universo cultural da humanidade nas suas diversas
representações.

3- Desenvolver uma estética pessoal.

5ª SÉRIE/6º ANO / ÁREA DE MÚSICA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Altura Ritmo Greco-Romana

Duração Melodia Oriental

Timbre Escalas:diatônica Ocidental

Intensidade penta tônica , Pré - história

Densidade cromática Africana

Improvisação Indígena

5ª SÉRIE/6º ANO / ÁREA ARTES VISUAIS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Ponto Bidimensional Figurativa Arte Greco-Romana


Geométrica, simetria

147
Linha Técnicas: pintura, escultura Oriental

Textura Gêneros: Cenas do Arte Africana


cotidiano, histórica,
Forma Superfície religiosa, da mitologia Arte Pré-Histórica

Volume Indígena

Cor

Luz

5ª SÉRIE/6º ANO / ÁREA TEATRO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Personagem: expressões Enredo, Roteiro. Pré-história


corporais, vocais, gestuais
e faciais Espaço Cênico, adereço . Greco-Romano

Teatro Oriental

Ação Técnicas: Jogos teatrais Teatro Medieval


Direto e Indireto, Improvisão,
Manipulação, Máscara . Renascimento

Espaço Gênero: Tragédia, Comédia


e Circo.

5ª SÉRIE/6º ANO / ÁREA DANÇA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

148
Movimento Corporal Kinesfera Pré-história

Eixo Greco Romano

Tempo Ponto de Apoio Africana

Movimentos Articulares Indígena

Espaço Fluxo Livre e Interrompido

Rápido e Lento

Formação

Níveis: Alto, Médio e Baixo

Deslocamentos: Direto e
Indireto

Dimensões: Pequeno e
Grande

Técnica de Improvisão

Gênero Circular

6ª SÉRIE/7º ANO / ÁREA MÚSICA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

149
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Altura Ritmo Música Popular

Duração Melodia Étnica(ocidental e oriental)

Timbre Escalas

Instensidade Gênero: Popular Étnico,


Folclórico, indígena
Densidade
Técnicas: Vocal e
Instrumenta, mista e

Improvisação

6ª SÉRIE/7º ANO / ARTES VISUAIS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Ponto Proporção Arte popular

Linha Tridimensional Brasileira e Paranaense

Forma Figura a fundo Renascimento

Textura Abstrata Barroco

Superfície Perspectiva Indígena

Volume Técnicas: Pintura, Escultura,


Modelagem e Gravura...
Cor
Gêneros: Paisagem, Retrato,
Luz Natureza morta, cena do
cotidiano

150
6ª SÉRIE/7º ANO / TEATRO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Personagens: Representação Teatro popular

Expressões Corporais, Leitura dramática Brasileiro Paranaense


Vocais, Gestuais e
Faciais. Cenografia Teatro Africano

Ação Técnicas: Jogos teatrais, Comédia


mímicas, improvisação,
Espaço formas animadas...

Gêneros: Rua, Arena,


Caracterização.

6ª SÉRIE/7º ANO / DANÇA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Movimento Corporal Ponto de apoio Popular

Tempo Rotação Brasileira

Espaço Coreografia Paranaense

Salto e queda Africana

Peso (leve e pesado) Indígena

Fluxo (livre, interrompido e


conduzido)

Lento, rápido e moderado.

Níveis: Alto, médio e baixo.

151
Formação: direção

Gênero: folclórico, popular e


étnico

7ª SÉRIE/8º ANO / DANÇA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Movimento corporal Giro Hip Hop

Tempo e espaço Rolamento Musicais

Saltos Expressionismo

Aceleração e desaceleração Industria Cultural

Direções (frente, atrás, Dança Moderna


direita e esquerda)

Improvisação

Coreografia

Sonoplastia

Genero: indústria cultural


espetáculo

7ª SÉRIE/8º ANO / MÚSICA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

152
Altura Ritmo Industria Cultural

Duração Melodia Eletrônica

Timbre Tonal, modal e a fusão de Minimalista


ambos
Intensidade Rap
Técnicas: vocal, instrumental
Densidade e mista Rock

7ª SÉRIE/8º ANO / ARTES VISUAIS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E


PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Linha Semelhanças Indústria cultural

Textura Contrastes Arte no Séc.XX

Forma Ritmo visual Arte contemporânea

Superfície Estilização

Volume Deformação

Cor Técnicas: desenho,


fotografia,audiovisual e
Luz mista.

7ª SÉRIE/8º ANO / TEATRO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

153
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E
PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Personagem: expressões Representação no Cine ma Realismo


corporais, vocais, gestuais e Mídia
e faciais Expressionismo
Texto dramático
Ação Cinema Novo
Maquiagem
Espaço Industria Cultural
Sonoplastia

Roteiro

Técnicas: jogos
teatrais,sombra, adaptação
cênica

8ª SÉRIE/9º ANO / MÚSICA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E


PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Altura Ritmo Música popular: brasileira,

Duração Melodia Música Contemporânea

Timbre Harmonia Musica Engajada

Intensidade Técnicas: vocal, instrumental


e mista
Densidade
Gêneros: popular, folclórico
e Étnico.

8ª SÉRIE/9º ANO / ARTES VISUAIS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

154
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E
PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Linha Bidimensional Realismo

Textura Tridimensional Vanguardas

Forma Superfície Figura fundo Muralismo

Volume Ritmo visual Arte latino americana

Cor Técnica: pintura, grafite, Hip Hop


performance.
Luz
Gêneros: paisagem urbana,
cenas do cotidiano

Propaganda

8ª SÉRIE/9º ANO / TEATRO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E


PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Personagem: expressões Técnicas: monólogo, jogos


corporais, vocais, gestuais teatrais, direção, ensaio,
e faciais. teatro-fórum, ... Teatro engajado

Ação Dramaturgia Teatro do Oprimido

Teatro Pobre

155
Espaço Cenografia Teatro do Absurdo

Sonoplastia Vanguarda

Iluminação

Figurino

8ª SÉRIE/9º ANO / DANÇA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E


PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Movimemto corporal Kinesfera Vanguardas

Tempo Ponto de apoio Indústria Cultural

Espaço Peso Dança Moderna

Fluxo Dança Contemporânea

Quedas

Saltos

Giros

Rolamentos

Extensão (perto e longe)

Coreografia

Deslocamento

Gênero: performance e
moderna

ENSINO MÉDIO/ MÚSICA

156
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E


PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Altura Ritmo

Duração Melodia Indústria Cultural

Timbre Harmonia Eletrônica

Intensidade Escala Modal, Tonal e fusão Minimalista


de ambos
Densidade Música Popular brasileira

Africana
Gênero: erudito, clássico,
popular, Étnico, Vanguarda
Folclórico,pop, ...
Ocidental
Técnicas: eletrônica,
Oriental
informática e mista,
improvisação Engajada

ENSINO MÉDIO/ ARTES VISUAIS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E


PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Ponto Bidimensional Arte ocidental

Linha Tridimensional Arte oriental

Forma Figurativa e Figura fundo Arte africana

Textura Abstrato Arte brasileira

Superfície Perspectiva Arte paranaense

157
Volume Semelhanças Arte de Vanguarda

Cor Contrastes Arte popular

Luz Ritmo visual Indústria cultural

Deformação Arte contemporânea

Estilização

Técnica: Pintura, desenho,


modelagem, instalação,
performance, escultura e
arquitetura, fotografia,
gravura, História em
quadrinho...

Gêneros: Cenas do
cotidiano, paisagem,
Natureza morta, Histórica,
Religiosa e Mitológica

ENSINO MÉDIO/ TEATRO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E


PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Personagem: expressões Técnicas: jogos teatrais, Teatro do Oprimido


corporais, vocais, gestuais teatro direto e indireto,
e faciais mímica, ensaio, teatro- Teatro Pobre
fórum, Roteiro,
Ação Indústria Cultural
Encenação e leitura
Espaço Teatro Greco Romano
dramática
Teatro Medieval
Gêneros: tragédia, comédia,

158
drama e épico Teatro Brasileiro

Dramaturgia Teatro Paranaense

Representação nas mídias Teatro Popular

Caracterização e Indústria Cultural


Cenografia, Sonoplastia,
Teatro engajado
Figurino e iluminação
Teatro Dialético
Direção e Produção
Teatro Essencial

Teatro de Vanguarda

Teatro Renascentista

Teatro Latino-americano

Teatro Realista

Teatro Simbolista

ENSINO MÉDIO/ DANÇA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E


PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Movimento corporal Kinisfera Pré-História

Tempo Fluxo Greco Romana

Espaço Peso Medieval

Eixo Renascimento

Salto e queda Dança Clássica

Giro Dança Popular

Rolamento Dança Brasileira

Movimentos articulares Dança Paranaense

159
Lento, rápido e moderado Dança Africana

Aceleração e desaceleração Dança Indígena

Níveis Hip Hop

Deslocamento Indústria Cultural

Direções Dança Moderna

Planos Vanguardas

Improvisação Dança Contemporânea

Coreografia

Gêneros: espetáculo,
indústria cultural, étnica,
folclórica, populares e salão.

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

Para preparar as aulas, é preciso considerar para quem elas serão ministradas,
como, por que e o que será trabalhado, tomando a escola como espaço de
conhecimento. Dessa forma, deve-se contemplar na metodologia do ensino da
arte, três momentos da organização pedagógica:

Teorizar: fundamenta e possibilita ao aluno que perceba e aproprie a obra


artística, bem como, desenvolva um trabalho artístico para formar conceitos
artísticos.

Sentir e perceber: são as formas de apreciação, fruição, leitura e acesso à obra


de arte.

Trabalho artístico: é a prática criativa, o exercício com os elementos que compõe


uma obra de arte. O trabalho em sala poderá iniciar por qualquer um desses

160
momentos, ou pelos três simultaneamente. Ao final das atividades, em uma ou
várias aulas, espera-se que o aluo tenha vivenciado cada um deles.

Teorizar é a parte do trabalho metodológico que privilegia a cognição, em que a


racionalidade opera para apreender o conhecimento historicamente produzido
sobre arte. Tal conhecimento em arte é alcançado pelo trabalho com os conteúdos
estruturantes, elementos formais, composição, movimentos e períodos, abordados
nas Artes Visuais, Dança, Música e Teatro. Esse conhecimento se efetiva quando
os três momentos da metodologia são trabalhados.

É imprescindível que o professor considere a origem cultural e o grupo social dos


alunos e que trabalhe nas aulas os conhecimentos originados pela comunidade.
Também é importante que discuta como as manifestações artísticas podem
produzir significado de vida aos alunos, tanto na criação como na fruição de uma
obra. Além disso, é preciso que ele reconheça a possibilidade do caráter
provisório do conhecimento em arte, em função da mudança de valores culturais
que pode ocorrer através do tempo nas diferentes sociedades e modos de
produção.

Assim, o conteúdo deve ser contextualizado pelo aluno, para que ele compreenda
a obra artística e a arte como um campo do conhecimento humano, produto da
criação e do trabalho de sujeitos, histórica e socialmente datados.

Sentir e perceber: No processo pedagógico, os alunos devem ter acesso às


obras de Música, Teatro, Dança e Artes Visuais para que se familiarizem com as
diversas formas de produção artística. Trata-se de envolver a apreciação e
apropriação dos objetos da natureza e da cultura em uma dimensão estética.

A percepção e apropriação das obras artísticas se dão inicialmente pelos sentidos.


De fato a percepção e a fruição serão superficiais ou mais aprofundadas conforme
as experiências e conhecimentos em arte que o aluno tiver em sua vida.

O trabalho do professor é de possibilitar o acesso e mediar a percepção e


apropriação dos conhecimentos sobre arte, para que o aluno possa interpretar as

161
obras, transcender aparências e apreender, pela arte, aspectos da realidade
humana em sua dimensão singular e social.

Ao analisar uma obra, espera-se que o aluno perceba que, no processo de


composição, o artista imprime sua visão de mundo, a ideologia com a qual se
identifica, o seu momento histórico e outras determinações sociais. Além de o
artista ser um sujeito histórico e social, é também singular, e na sua obra
apresenta uma nova realidade social.

Trabalho artístico: a prática artística – o trabalho criador – é expressão


privilegiada, é o exercício da imaginação e criação. Apesar das dificuldades que a
escola apresenta para desenvolver essa prática, ela é fundamental pois, a arte
não pode ser apreendida somente de forma abstrata. De fato, o processo de
produção do aluno acontece quando ele interioriza e se familiariza com os
processos artísticos e humaniza seus sentidos.

Sob uma perspectiva de inclusão social considera-se a diversidade cultural de


modo que buscam contemplar demandas em que também se situam os
movimentos sociais organizados e destacam os seguintes aspectos que serão
abordados no momento em que os conteúdos propiciarem o enfoque do(s)
tema(s).

o cumprimento da Lei nº 9.795/99, que contempla os Temas Socio


Educacionais ( Meio Ambiente, Enfrentamento à Violência na Escola,
Prevenção ao uso indevido de Drogas, Educação Fiscal,
Sexualidade,incluindo gênero e diversidade sexual.

o cumprimento da Lei nº 10.639/03, que inclui no currículo oficial a


obrigatoriedade da História e Cultura Afro-Brasileira, seguidas das
Diretrizes Curriculares Nacionais para a educação das relações étnico-
raciais e para o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana;

162
o cumprimento da Lei nº 11.645/08, que inclui no currículo oficial a
obrigatoriedade do ensino da história e cultura dos povos indígenas do
Brasil.

Serão utilizados recursos didáticos- pedagógicos como a TV multimídia, CD-ROM,


Internet,desenhos,pinturas,gravuras,fotografia, propaganda visual esculturas,
instalações, produções arquitetônicas,experimentação do movimento,
improvisação, composições coreográficas, apreciação e análise de videoclipe,
imagens de obras, instrumentos musicais, mímicas,entre outros.

AVALIAÇÃO

A concepção de avaliação para a disciplina de Arte é diagnóstica e processual. È


diagnóstica por ser a referência do professor para planejar as aulas e avaliar os
alunos; é processual por pertencer a todos os momentos da prática pedagógica. A
avaliação processual deve incluir formas de avaliação da aprendizagem do ensino
( desenvolvimento das aulas), bem como a auto avaliação dos alunos.

De acordo com a LDB ( n° 9.394/96, Art.24, inciso V) a avaliação é ―contínua e


cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos
sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais
provas finais‖. Na Deliberação 07/99 do Conselho Estadual de Educação (
Capítulo I, Art. 8°) a avaliação almeja‖ o desenvolvimento formativo e cultural do
aluno‖ e deve ― levar em consideração a capacidade individual, o desempenho do
aluno e sua participação nas atividades realizadas‖.

De fato, a avaliação requer parâmetros para o redimensionamento das práticas


pedagógicas, pois o professor participa do processo e compartilha a produção do
aluno. Ou seja, a avaliação permite que se saia do lugar comum, dos gostos
pessoais, de modo que se desvincula de uma prática pedagógica como
instrumento de investigação, caracterizada pela produção de resultados ou a
163
valorização somente do natural. Ao centrar-se no conhecimento, a avaliação gera
critérios que transcendem os limites do gosto e das afinidades pessoais,
direcionando de maneira sistematizada o trabalho pedagógico.

Assim, a avaliação em Arte supera o papel de mero instrumento de medição da


apreensão de conteúdos e busca propiciar aprendizagens socialmente
significativas para o aluno. Ao ser processual e não estabelecer parâmetros
comparativos entre os alunos, discute dificuldades e progressos de cada um a
partir da própria produção, de modo que leva em conta a sistematização dos
conhecimentos para a compreensão mais efetiva da realidade.

O método de avaliação em Arte inclui observação e registro do processo de


aprendizagem, com os avanços e dificuldades percebidos na apropriação do
conhecimento pelos alunos. O professor deve avaliar como o aluno soluciona os
problemas apresentados e como ele se relaciona com os colegas nas discussões
em grupo. Como sujeito desse processo, o aluno também deve elaborar seus
registro de forma sistematizada. As propostas podem ser socializadas em sala de
aula, com oportunidades para o aluno apresentar, refletir e discutir sua produção e
a dos colegas.

Afim de se obter uma avaliação efetiva individual e do grupo, são necessários


vários instrumentos de verificação tais como: trabalhos artísticos individuais e em
grupo, pesquisas bibliográficas e de campo,, debates em forma de seminários e
simpósios, provas teóricas e práticas, registros em forma de relatórios, gráficos,
portfólio, áudio-visual, apresentação artística e outros.

Por meio desses instrumentos, o professor obterá o diagnóstico necessário para o


planejamento e o acompanhamento da aprendizagem durante o ano letivo,
visando as seguintes expectativas de aprendizagem:

A compreensão dos elementos que estruturam e organizam a arte e sua relação


com a sociedade contemporânea;

164
A produção de trabalhos de arte visando à atuação do sujeito em sua realidade
singular e social;

A apropriação prática e teórica dos modos de composição da arte nas diversas


culturas e mídias, relacionadas à produção, divulgação e consumo.

Sendo a recuperação paralela ao conteúdo deve ser realizada ao longo do


processo educativo, a cada conteúdo trabalhado, no momento em que são
constatadas as dificuldades, fazendo assim as intervenções necessárias. Ocorrerá
a recuperação de notas em dois momentos há cada bimestre.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

_________. A Arte como fonte de Humanização: dos vínculos necessários entre


arte e educação. Conferência de abertura do II Simpósio Estadual de Artes/Arte.
Secretaria de Estado da Educação do Estado do Paraná- SEED-PR, 25-
28/09/2006. Faxinal do Céu (PR).

DIRETRIZES CURRICULARES DE ARTE para Educação Básica. Governo do


Estado do Paraná, Curitiba 2008.

Projeto Político Pedagógico 2016.Escola Estadual Santo Antonio Ensino


Fundamental e Médio-Pinhão/PR.
Proposta Curricular 2016 Escola Estadual Santo Antonio Ensino Fundamental e
Médio-Pinhão/PR.

OSTROWER, Fayga. Criatividade e Processos de Criação. Petrópolis: Vozes,


1987.

OSTROWER, Fayga. Universos da Arte. Rio de Janeiro: Campus, 1983.

BIOLOGIA – ENSINO MÉDIO

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
165
A disciplina de Biologia tem como objeto de estudo o fenômeno VIDA. Ao longo da
história da humanidade muitos foram os conceitos elaborados sobre este
fenômeno numa tentativa de explicá-lo e ao mesmo tempo, compreendê-lo.

A preocupação com a descrição dos seres vivos e dos fenômenos naturais


levou o homem a diferentes concepções de VIDA, de mundo e de seu papel
enquanto parte deste mundo. Essa preocupação humana representa a
necessidade de garantir sua sobrevivência.

Assim, os conhecimentos apresentados pela disciplina de Biologia no


Ensino Médio não representam o resultado da apreensão contemplativa da
natureza em si, mas os modelos teóricos elaborados pelo homem (paradigmas
teóricos), que representam o esforço para entender, explicar, utilizar e manipular
os recursos naturais, de forma responsável e sustentável.

A Biologia, como parte do processo de construção científica deve ser


entendida e compreendida como processo de produção do próprio
desenvolvimento humano (ANDERY, 1988). Compreendida assim, é mais uma
das formas de conhecimento produzido pelo desenvolvimento do homem e
determinada pelas necessidades materiais deste em cada momento histórico.

B. OBJETIVOS GERAIS

O propósito deste Conteúdo é partir do pensamento biológico descritivo que


permite classificar os seres vivos para a análise da diversidade biológica existente
e das características e fatores que determinaram o aparecimento e/ou extinção de
algumas espécies ao longo da história.

Para compreender o funcionamento das estruturas que compõem os seres


vivos, fez-se necessário, ao longo da construção do pensamento biológico,
pensar o organismo de forma fragmentada, separada, permitindo análises
especializadas de cada função biológica, numa visão microscópica do mundo
natural.
166
Em outro momento é necessário analisar cada ser vivo como parte de um
todo, onde um, está intimamente interligado aos outros em perfeito equilíbrio.

Ampliar a discussão sobre a organização dos seres vivos, que está


baseada na visão macroscópica e descritiva desta natureza, para uma visão
evolutiva, com o propósito de compreender a construção de conceitos científicos
na Biologia.

Pretende-se com este Conteúdo Estruturante discutir a respeito dos


processos pelos quais os seres vivos sofrem modificações, perpetuam uma
variabilidade genética e estabelecem relações ecológicas, garantindo a
diversidade de seres vivos. Destaca- se, assim, à construção do pensamento
biológico evolutivo, considerando, também, os pensamentos descritivo e
mecanicista.

Perceber como a aplicação do conhecimento biológico interfere e modifica o


contexto de vida da humanidade, necessitando assim, da participação e da crítica
de cidadãos responsáveis pela VIDA.

Os conteúdos não devem ser ensinados com um fim em si mesmos, como


resultados científicos, mas que se liguem à significação humana e social.

Pretende-se compreender o processo de construção do pensamento


biológico presente na História da Ciência e reconhecer a Ciência como uma
construção humana, enquanto luta de ideias, solução de problemas e proposição
de novos modelos interpretativos, não atendendo somente para seus resultados.

Aplicar os conhecimentos adquiridos na disciplina de Biologia para resolver


problemas e modificar a realidade local, visando a melhoria da qualidade de vida.

C. CONTEÚDOS

1ª SÉRIE

167
CONTEÚDOS CONTEÚDOS
CONTEÚDOS
ESTRUTURAN ESPECÍFICOS OBJETIVOS
BÁSICOS
TES

*Classificação dos *Níveis de organização - Compreender de que forma a


Seres Vivos: dos seres vivos; vida se organiza nos diversos
critérios níveis.
*Investigação Científica
taxonômicos e
- Conhecer as principais teorias
filogenéticos. *Principais Teorias
sobre a Origem da Vida, as
sobre a Origem da Vida;
ideias de Oparin, coacervado,
Organização
*Característica dos seres heterótrofos e autótrofos,
dos Seres *Sistemas
seres vivos e tipos de a Teoria da Abiogênese e
Vivos biológicos:
reprodução; Biogênese;
anatomia,
transformação da
morfologia e - Compreender as
matéria e energia;
fisiologia. características dos seres vivos
*Citologia e Histórico: e diferenciar os tipos de
reprodução.
-Constituição química da
*Mecanismos de
célula; - Reconhecer os principais
Desenvolvimento
componentes químico da célula
Embriológico. -Visão geral da célula;
sua importância para os seres
Mecanismos
-Tamanho e forma; vivos.
Biológicos
*Mecanismos -Tipos celulares - Compreender o processo de
celulares (procarionte, divisão celular, bem como
biofísicos e eucarionte); identificar cada tipo e suas
bioquímicos. fases para entender a
-Estruturas Celulares
gametogênese;
Teorias Evolutivas. (membrana: constituição
e função, tipos de - Reconhecer na reprodução os
transporte; citoplasma, mecanismos de transmissão de
*Transmissão das organelas características e perpetuação

168
Biodiversidade características citoplasmáticas; da espécie;
hereditárias. diferenças entre célula
- Conhecer os mecanismos
vegetal e animal);
capazes de levar uma única
*Respiração celular e célula a se tornar um ser
*Dinâmica dos
fermentação: ATP, 3 complexo.
ecossistemas:
etapas da respiração,
relações entre os - Buscar compreender os
balanço energético,
seres vivos e processos biológicos em que se
tipos de fermentação e
interdependência obtém células troncos e suas
energia liberada;
com o ambiente. aplicações na medicina.
respiração anaeróbia);
Manipulação -Compreender o papel
*Fotossíntese e
Genética fundamental das pesquisas
*Organismos quimiossíntese
científicas e tecnológicas para a
geneticamente
*Núcleo, cromossomo, manutenção de nossa saúde e
modificado.
clonagem a saúde ambiental do planeta,
bem como expressar dúvidas
-componentes
ideias e conclusões sobre os
-tipos de cromossomos assuntos trabalhados.

-cariótipo

-aplicações da clonagem

*Ácidos nucléicos:

-estrutura

-DNA

-síntese protéica: RNA;

* Mutações;

* Divisão Celular:

-procarióticos

169
-eucarióticos

-mitose e suas fases

-meiose e suas fases

-diferença entre mitose


animal e vegetal;

*Noções de alterações
cromossomiais
(processos de formação,
influência da divisão
celular)

*Reprodução:

-assexuada e sexuada

-hermafroditismo

-partenogênese

-métodos contraceptivos

-DST‘s

-fecundação

-desenvolvimento
embrionário

-anexos embrionários

-células tronco

-biotecnologia

*Histologia Animal.

170
2ª SÉRIE

CONTEÚDOS
CONTEÚDOS CONTEÚDOS
ESTRUTURAN OBJETIVOS
BÁSICOS ESPECÍFICOS
TES

*Classificação dos *Classificação dos Seres - Compreender as semelhanças


Seres Vivos: Vivos e diferenças que existem entre
critérios os diversos grupos de seres
*Categorias de
taxonômicos e vivos escrevendo corretamente
Classificação
filogenéticos. a nomenclatura científica.
*Regras de
- Conhecer as características
Organização Nomenclatura;
dos vírus e saber como se
dos Seres *Sistemas
*Apresentação dos 5 prevenir das principais viroses.
Vivos biológicos:
reinos e domínios;
anatomia, - Entender a importância das
morfologia e *Vírus. bactérias e suas relações com o
fisiologia. homem e o ambiente, bem
Características gerais,
como sua patogenia.
importância para o
ambiente e suas - Conhecer as principais classes
*Mecanismos de
relações com o homem dos protozoários e as principais
Desenvolvimento
dos reinos: doenças causadas por eles.
Embriológico.
Mecanismos *Reino Monera. - Entender as principais
Biológicos características, classes,
*Reino Protista.
*Mecanismos importância para o homem e
celulares *Reino Fungi. ambiente e também as micoses
biofísicos e causadas.
*ReinoVegetal.
bioquímicos.
-comparar principalmente
*Reino Animal.
Teorias Evolutivas. répteis e aves que antecederam

171
*Anatomia e fisiologia os mamíferos.
comparada dos animais.
*Transmissão das
características
Biodiversidade
hereditárias.

*Dinâmica dos
ecossistemas:
relações entre os
seres vivos e
Manipulação interdependência
Genética com o ambiente.

*Organismos
geneticamente
modificado.

3ª SÉRIE

CONTEÚDOS
CONTEÚDOS CONTEÚDOS
ESTRUTURAN OBJETIVOS
BÁSICOS ESPECÍFICOS
TES

*Classificação dos *Genética: - Reconhecer em Mendel o


Seres Vivos: principal responsável pelo início
*Históricos e Noções
critérios e evolução da genética.
fundamentais;
taxonômicos e
Mendelismo; principais - Compreender os heredograma
filogenéticos.
termos utilizados em como uma forma de representar

172
Organização genética as características e as formas.
dos Seres
*Sistemas *Monoibridismo com - Reconhecer a importância dos
Vivos
biológicos: dominância completa, testes de DNA nos casos de
anatomia, monoibridismo sem determinação da paternidade,
morfologia e dominância investigação criminal e
fisiologia. identificação de indivíduo.
(genealogia ou
heredograma); - Aplicar conhecimentos de
probabilidade matemáticos para
*Mecanismos de *Aplicações da
resolver problemas do gênero.
Desenvolvimento probabilidade em
Embriológico. genética; 2ª Lei de - Estudar as causas das
Mecanismos
Mendel; diibridismo, diferentes anomalias humanas
Biológicos
alelos múltiplos, herança determinadas pela herança
*Mecanismos do sexo, herança restrita ligada ao sexo.
celulares ao sexo, herança
- Compreender que a ação de
biofísicos e influenciada pelo sexo;
vários genes pode influenciar
bioquímicos.
*Principais anomalias em uma única característica.
Teorias Evolutivas. humanas; causas e
- Compreender o processo de
consequências;
Biodiversidade Linkage associando ao aumento
principais casos.
da variabilidade genética.
*Transmissão das
*Polialelia e Grupos
características - Compreender como e onde
Sanguíneos.
hereditárias. ocorre a fixação de energia e a
*Interação Gênica. passagem desta energia pelos
níveis tráficos;
Manipulação *Linkage e Mapeamento
*Dinâmica dos
Genética Genético. - Entender a importância do
ecossistemas:
equilíbrio dos ecossistemas
relações entre os *Sexo e Herança
para a vida em nosso planeta;
seres vivos e Genética.
interdependência - Conscientizar que algumas
*Alterações
com o ambiente. medidas podem diminuir os
Cromossomiais.
efeitos causados pelo homem

173
*Evolução. no ambiente.

*Organismos *Ecologia - Compreender os direitos e os


geneticamente deveres em relação à questão
*Conceitos de
modificado. ambiental.
população, comunidade
e ecossistema, biosfera, - Relacionar degradação
habitat e nicho ambiental com agravos à saúde
ecológico; humana;

*Fatores bióticos e - Compreender as principais


abióticos; relações ecológicas verificadas
no mundo vivo.
*Transferência de
matéria e energia nos
ecossistemas;

*Cadeias e teias
alimentares;

*Ciclos biogeoquímico e
desequilíbrios
ambientais;

*Legislação ambiental.

*Relações harmônicas e
desarmônicas;

*Biomas

D. METODOLOGIA

174
Como proposta metodológica para o ensino de Biologia, propõe-se a
utilização do método da prática social que parte da pedagogia histórico-crítica
centrada na valorização e socialização dos conhecimentos da Biologia às
camadas populares, entendendo a apropriação crítica e histórica do conhecimento
enquanto instrumento de compreensão da realidade social e atuação crítica para a
transformação da realidade (SAVIANI, 1997; LIBÂNEO, 1983).

Pretende-se que os conteúdos sejam abordados de forma integrada


destacando os aspectos essenciais do objeto de estudo da disciplina,
relacionando-os a conceitos oriundos das diversas ciências de referência da
Biologia. Tais relações deverão ser desenvolvidas ao longo do Ensino Médio num
aprofundamento conceitual e reflexivo, com a garantia do significado dos
conteúdos para a formação do aluno neste nível de ensino.

O uso de diferentes imagens como vídeo, transparências, fotos e as


atividades experimentais, são recursos utilizados com freqüência nas aulas de
Biologia e requerem uma problematização em torno da questão demonstração-
interpretação. Analisar quais os objetivos, expectativas a serem atingidas, além da
concepção de ciência que se agrega a estas atividades, pode contribuir para a
compreensão do papel do aluno frente a tais atividades.

As aulas demonstrativas como um importante recurso, entretanto é


preciso permitir a participação do aluno e não apenas tê-lo como observador
passivo.

A atividade prática, como resolução de problemas ou de hipóteses, pode


trazer uma concepção de Ciência diferente, como interpretação da realidade,
sendo as teorias e hipóteses, consideradas explicações provisórias.

E. AVALIAÇÃO

175
Como recurso para diagnosticar as idéias primeiras do aluno, é
recomendável favorecer o debate em sala de aula. Este oportuniza a reflexão e
contribui para a formação de um sujeito investigativo, interessado, que busca
conhecer e compreender a realidade. Dizer que o aluno deve superar suas
concepções anteriores implica em promover ações pedagógicas que permitam tal
superação.

Critérios de avaliação específicos da Disciplina.

Cada critério pode orientar avaliações das diferentes dimensões dos


conteúdos, mas, ao utilizá-lo como subsidio, deve-se adequá-los para a situação
concreta de sala de aula, considerando-se quais conceitos, procedimentos e
atitudes foram efetivamente discutidos e promovidos.

Por meio dos instrumentos de avaliações, o aluno poderá interpretar,


produzir textos, debater, relacionar, refletir, analisar, justificar, argumentar,
defender seus pontos de vista e posicionar-se diante de cada evento apresentado.

O aluno poderá utilizar, individual e coletivamente, diferentes fontes de


informações para buscarem dados e explicações sobre um tema em estudo,
propondo síntese e comparando o valor relativo das diferentes fontes.

Interpretar processos de recuperação ou de degradação em ambiente da


sua região ou em local distante, utilizando conhecimento sobre exploração de
recursos naturais e interferência do ser humano nos ciclos naturais.

Reconhecer relações entre as funções de nutrição, as reguladoras e as


reprodutivas no organismo humano, tanto no seu funcionamento normal como em
situações de risco.

176
Comparar exemplos de utilização de tecnologias em diferentes situações
culturais, avaliando o papel da tecnologia no processo social e explicando as
transformações de matéria, energia e vida.

Em situações coletivas, participar de debates para a solução de problemas,


colocando suas idéias e reconsiderando sua opinião em face de evidências
obtidas por diferentes fontes de informação, inclusive de caráter histórico,
elaborando sínteses como conclusão de trabalhos.

Para que os objetivos sejam alcançados, é necessário buscar o quantitativo


e o qualitativo da compreensão do conhecimento pelo aluno, considerando as
mais diversas formas de apreensão tais como: audiovisuais, literários,
bibliográficos, sensoriais, do próprio cotidiano do aluno, o conhecimento empírico,
entre outros.

Recuperação

A recuperação dar-se-á de forma concomitante por meio da recuperação de


conteúdos durante o período e ao final do semestre realizar-se-á uma recuperação
por meio do instrumento avaliação escrita.

G. DESAFIOS EDUCACIONAIS CONTEMPORÂNEOS

Sabemos que o conhecimento é produto da realidade social, objetiva e


concreta. Portanto, os Desafios Educacionais Contemporâneos inseridos na
escola e nas políticas educacionais, hoje são marcos legais. Sendo assim, tais leis
e lutas históricas e coletivas da humanidade não serão negadas pela escola. São
chamados ao currículo quando fazem parte da totalidade de um conteúdo nele
presente e como necessidade para a explicação de fatos sociais, seja por
questões de violência, drogas, sexualidade, meio ambiente, ou por questões das
relações étnico-raciais, ou, ainda a Educação Fiscal como meio de possibilitar o
pleno exercício da cidadania.

177
Educação para o envelhecimento Digno e saudável. Lei nº 11863 que institui
a política Estadual dos Direitos do Idoso (Cedi) Lei nº 10.741/2003 Estatuto
do idoso que reafirma e ratifica a tarefa educacional.

História e Cultura Afro-Brasileira (Lei 10.639/03)

De acordo com a Lei 10.639/03, em seu artigo 1º, a Lei 9394/96, passa a
ser acrescida dos seguintes artigos 26-A, 79-A e 79-B. Tais artigos versam:

Art. 26A – Nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, oficiais e


particulares, torna-se obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira.

§ 1º O conteúdo programático a que se refere o caput deste artigo incluirá o


estudo da História da África e dos africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura
negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional resgatando a
contribuição do povo negro nas áreas sociais, econômica e política pertinente à
História do Brasil.

§ 2º Os conteúdos referentes à História e Cultura Afro-Brasileira serão ministrados


no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de Educação
Artística e de Literatura e História Brasileira.

Art. 79-A (VETADO).

Art. 79-B – O calendário escolar incluirá o dia 20 de novembro como ―(Dia


Nacional de Consciência Negra).

Cumprir a lei é responsabilidade de todos e não apenas do professor em sala de


aula. Exige-se assim, um comprometimento solidário dos vários elos do sistema
de ensino brasileiro junto com diretrizes, pareceres e resoluções. É preciso
lembrar que convivem no Brasil, de maneira tensa, a cultura e o padrão estético
negro e africano e um padrão estético e cultural branco europeu. O fato de 45% de
a população brasileira ser composta de negros não tem sido suficiente para
eliminar ideologias, desigualdades e estereótipos racistas.

178
Para reeducar as relações étnico-raciais, no Brasil e necessário decidir que
sociedade queremos construir daqui para frente. É preciso compreender que a
educação das relações étnico-raciais impõe aprendizagens entre brancos e
negros, trocas de conhecimentos, quebra de desconfianças, projetos conjuntos
para a construção de uma sociedade justa, igual e equânime. Pedagogia de
combate ao racismo e a discriminações tem como objetivo fortalecer entre os
negros e despertar entre os brancos a consciência negra.

Entre os negros, poderão oferecer conhecimentos e segurança para


orgulharem-se da sua origem africana; para os brancos, poderão permitir que
identifiquem a participação e a importância da história e da cultura dos negros do
seu jeito de ser, viver, e de se relacionar. Para isso, há necessidade de
professores qualificados para o ensino das diferentes áreas de conhecimento,
sensíveis e capazes de direcionar positivamente as relações entre pessoas de
diferentes etnias, no sentido do respeito e da correção de posturas, atitudes,
palavras preconceituosas, na busca da equidade para a construção de uma
sociedade mais justa e sem preconceito.

SUGESTÕES DE TEMAS

São sugeridas algumas temáticas possíveis, a serem desenvolvidas no


ensino de Biologia, que contemplam as relações étnico-raciais e o ensino de
História e Cultura afro-brasileira e africana:

 Estudo sobre as teorias antropológicas;

 Desmitificação das teorias racistas, destituindo de significado a pseudo-


superioridade racial;

 Estudo das características biológicas (biótipo) dos diversos povos;

 Contribuições dos povos africanos e de seus descendentes para avanços


da Ciência e da Tecnologia;
179
 Análise e reflexão sobre o panorama da saúde dos africanos, in loco. Essa
análise deve considerar os aspectos políticos, econômicos, ambientais,
culturais e sociais intrínsecos à referida situação. O professor de Biologia
pode abordar os conflitos entre epidemias/ endemias e o atendimento à
saúde, entre as doenças e as condições de higiene proporcionadas à
população, bem como o índice de desenvolvimento humano (IDH).

Educação Ambiental Lei Nº 17.505/2013 que institui a política Estadual de


Educação Ambiental. Deliberação 04/2013 do CEE/PR, que estabelece as
normas Estaduais para a Educação no Sistema estadual do Ensino no
Paraná.

Educação em Direitos Humanos, Decreto Nº 7.177 de 12 de Maio de 2010, o


Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos e a Resolução Nº de 2012.

. REFERÊNCIAS

ALMEIDA, M. J. P. M. Discursos da ciência e da escola: ideologia e leituras


possíveis. Campinas: Mercado de Letras, 2004.
ANDERY, M. A. [ET AL]. Para compreender a ciência. São Paulo: EDUC, 1988.
APPLE, M. W. Ideologia e currículo. Porto Alegre: Artmed, 2006.
ARROYO, M. G. A função do ensino de Ciências. in: Em Aberto, ano 7, no 40,
out/dez, Brasília, 1988.
DESCARTES, R. Discurso do método. são Paulo: Paulus, 2002.
FERNANDES, J. A. B. Ensino de ciências: a biologia na disciplina de ciências.
Revista da Sociedade Brasileira de Ensino de Biologia, ano 1, no 0, ag/2005.
FERREIRA, M. S. [et al]. Trajetória histórica da disciplina escolar Ciências no
Colégio de Aplicação da UFRJ (1949-1968). Revista Pro-posições. Faculdade de
Educação / UNICAMP, vol. 12, n 1, (34) – março/2001.
FRIGOTTO, G. [et al]. Ensino Médio: ciência, cultura e trabalho. Secretaria de
Educação Média e Tecnológica – Brasília: MEC, SEMTEC, 2004.
180
FUTUYMA, D. J. Biologia Evolutiva. São Paulo: SBG e CNPq, 1992.
KRASILCHIK, M. O professor e o currículo das ciências. São Paulo: Editora da
Universidade de São Paulo, 1987.
LIBÂNEO, J. C. Tendências pedagógicas na prática escolar. in: Revista da ANDE,
no 6, p. 1-19, 1983.
LOPES, A. Bachelard: o filósofo de desilusão. Cad. Cat. Ens. Fís. v.13, n.3, dez.
1996.
LOPES, A. Conhecimento escolar: ciência e cotidiano. Rio de Janeiro: EdUERJ,
NARDI, R [org]. Questões atuais no Ensino de Ciências. São Paulo: Escrituras
Editora, 2002.
POPPER, K. R. A sociedade aberta e seus inimigos. Belo Horizonte: Itatiaia, 1987.
PRETTO, N. D. L. A ciência nos livros didáticos. Campinas: Editora da Unicamp,
1985.
RAW, I. Aventuras da microbiologia. São Paulo: Hacker Editores / Narrativa Um,
2002.
REALE. G. e ANTISERI, D. História da filosofia. São Paulo: Paulus, 2005.
RONAN, C.A. História ilustrada da ciência: A ciência nos séculos XIX e XX. vol IV.
tradução Jorge Enéas Fortes. Rio de Janeiro: Jorga Zahar Editor, 1987.
SIMMONS, J.C. 1949 - Os 100 maiores cientistas da história: uma
classificação dos cientistas mais influentes do passado e do presente. Rio
de Janeiro: DIFEL, 2002.

CIÊNCIAS-ENSINO FUNDAMENTAL

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A ciência vem sendo construída a partir da evolução do pensamento


humano, estando sempre presente na história da humanidade, embora nem
sempre sistematizada.

A descoberta do fogo e a atividade agrícola foram grandes propulsores do


desenvolvimento científico, que com o tempo passou a ser sistematizado, mas só
a partir do surgimento da imprensa começa a ser divulgado (primeiras
publicações). Primeiramente o conhecimento científico estava atrelado às
181
religiões, mas aos poucos vai alcançando sua independência, somente a partir da
revolução industrial o pensamento científico sofre grandes interferências,
impulsionando o desenvolvimento de novas tecnologias. A partir de então participa
efetivamente da melhoria das condições de vida da população ou de uma parcela
da mesma, no entanto os maiores avanços científicos só vão ocorrer a partir do
século XX, avanços estes determinados pela relação tecnologia-ciência.

Como disciplina, a ciência só foi inserida no currículo escolar brasileiro pelo


Decreto nº. 19.890/31, apesar de restrita a apenas algumas séries. Só com a Lei
nº. 4.024/61, a disciplina se torna obrigatória em todas as séries do ginasial com o
objetivo de formação científica – metodológica, focando as necessidades do
mercado de trabalho e o desenvolvimento econômico do país. Na década de 80
ocorre a inserção de temas como Educação Ambiental, Saúde, relações entre
indústria e a agricultura e entre a ciência e as tecnologias, mas estas ações não
conseguiram efeitos sociais relevantes.

No Paraná, na década de 90, é implantado o Currículo Básico para a


Escola Pública do Estado do Paraná, objetivando responder às necessidades
sociais históricas e estando focado na pedagogia Histórico-Crítica. São propostos
três eixos norteadores: Noções de Astronomia, Transformação e Interação da
Matéria e Energia e Saúde:Qualidade de Vida. Nesta década, toda educação é
influenciada devido a Lei Federal nº. 9.394/96 (LDB) que dá a escola um caráter
empresarial, dentro do modelo Neoliberal da Educação. O ensino de ciências teve
seu objeto de estudo redirecionado, ocorrendo um esvaziamento de seus
conteúdos clássicos, com base nos PCNs (Parâmetros Curriculares Nacionais),
cujos eixos temáticos estabelecidos eram: Terra e Universo, Vida e Ambiente, Ser
Humano e Saúde, Tecnologia e Sociedade, devendo ser incluídos ainda os temas
transversais (hoje chamados de Conteúdos Sócio educacionais). Perdeu-se de vista
os valores regionais. A partir de 2003, inicia-se o processo de reformulação da
política educacional do Estado do Paraná, buscando o resgate de conteúdos
específicos e saberes historicamente constituídos.

182
Conforme Chassot a ciência é uma construção humana, e tem suas
aplicações, é falível, intencional, estando diretamente relacionada com o avanço
da tecnologia e com as relações sociais. A ciência utiliza-se de métodos numa
constante busca de explicações para os fenômenos naturais.

A disciplina de ciências é indispensável para a compreensão e explicitação


dos fenômenos da natureza e suas interferências no mundo. Estabelece relações
entre os diferentes conhecimentos físicos, químicos e biológicos, buscando
responder a problemas reais, interferindo na prática social.

O ensino de ciências tem como objeto de estudo o conhecimento científico


que resulta da investigação da natureza. Do ponto de vista científico, entende-se
por Natureza o conjunto de elementos integradores que constitui o Universo em
toda sua complexidade. Ao ser humano cabe interpretar racionalmente os
fenômenos observados na Natureza, resultantes das relações entre elementos
fundamentais como tempo, espaço, matéria, força, campo, energia e vida.

Desta forma a organização do currículo de ciências tem sofrido a


interferência das concepções de ciências adotadas ao longo da história. O que se
quer é que os conteúdos de ciências sejam entendidos como uma expressão
complexa da realidade, compreendidos e adquiridos em meio a um dinamismo
social.

O processo de ensino e de aprendizagem de Ciências deve sempre


valorizar a dúvida, a contradição, a diversidade, a divergência, o questionamento
das incertezas e certezas, priorizando sua função social. Portanto entendemos
que o ensino de ciências deve estar focado nos seguintes objetivos:

1. Instigar a curiosidade, criatividade e a observação do aluno;

2. Respeitar os conhecimentos prévios dos alunos;

3. Incentivar uma postura crítica e participativa às novas tecnologias;

183
4. Buscar a compreensão do processo de produção do conhecimento
científico no transcorrer da história, a fim de que o aluno possa
estabelecer relações e interações necessárias;

5. Determinar as múltiplas intenções existentes no processo de


produção do conhecimento científico;

6. Resgatar o caráter problematizador e provisório do conhecimento


científico reconhecendo as contribuições e a legitimidade deste
conhecimento;

7. Permitir aos alunos estabelecer relações entre o mundo natural


(conteúdo), o mundo construído pelo homem (tecnologias) e seu
cotidiano (sociedade);

8. Perceber a aplicabilidade dos conhecimentos científicos na prática


social, levando o aluno a posicionar-se e a estabelecer relações
entre o conhecimento historicamente produzido e os novos
conhecimentos;

9. Estabelecer relações entre os conteúdos estruturantes, entre estes e


os específicos e desses com as diversas áreas do conhecimento,
possibilitando ao aluno perceber-se como sujeito histórico e parte
integrante de um meio que interfere direta ou indiretamente no seu
contexto social.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES, BÁSICOS E ESPECÍFICOS

5ª série / 6º ANO

CONTEÚDO CONTEÚDO BÁSICO CONTEÚDO ESPECÍFICO


ESTRUTURANTE

ASTRONOMIA Universo Ocorrências astronômicas como fenômeno da

184
Sistema solar natureza.

Movimentos terrestres A reflexão sobre os modelos científicos que


abordam a origem e a evolução do universo.
Movimentos celestes
Teorias geocêntricas e heliocêntricas.
Astros
Movimentos de rotação e translação dos planetas
constituintes do sistema solar.

MATÉRIA Constituição da matéria Constituição e propriedades da matéria, suas


transformações.

Constituição do planeta Terra, no que se refere à


atmosfera e crosta, solos, rochas, minerais, manto
e núcleo.

Composição da água presente no planeta.

SISTEMAS BIOLÓGICOS Níveis de organização Sistemas orgânicos e fisiológicos como um todo


integrado.

Reconhecimento as características gerais dos


seres vivos.

Teoria celular como modelo de explicação da


constituição dos organismos.

O conhecimento dos níveis de organização


celular.

ENERGIA Formas de energia Conceito de energia

Conversão de energia Conversão de uma forma de energia em outra.

Transmissão de energia Transmissão de energia.

Reconhecimento das particularidades sobre


energia mecânica, térmica, luminosa, nuclear, no
que diz respeito a possíveis fontes e processos de
irradiação, convecção, condução.

Formas de energia relacionadas aos ciclos de


matéria na natureza

BIODIVERSIDADE Organização dos seres Reconhecimento da diversidade das espécies e


vivos sua classificação.

185
Ecossistema

Evolução dos seres vivos A distinção entre ecossistema, comunidade e


população.

Conhecimento a respeito da extinção de espécies.

Entendimento a respeito da formação de fósseis.

RELAÇÕES CONCEITUAIS E OU CONTEXTUAIS: vulcões, tsunamis,


terremotos, desertos, fósseis, Instrumentos astronômicos, história da astronomia,
inovação tecnológica, fermentação, contaminação da água, minerais e a
tecnologia: jóias, relógios e outros, mineração, sismógrafos, panela de pressão,
balões e aviões, vigilância epidemiológica, biotecnologia dos fungos,
automedicação: antibióticos, história da ciência, institutos Oswaldo Cruz, Butantã,
Pasteur, e outros, projeto Tamar, medicamentos, pasteurização. Dengue e saúde
pública no Brasil

TEMAS COMTEMPORÂNEOS: meio ambiente nos seguintes conteúdos: poluição


do solo, queimadas, desmatamento, desertificação, manejo do solo para
agricultura, compostagem, contaminação do solo,lixo tóxico, aquecimento global,
biotecnologia, plástico biodegradável, lixo e o ambiente, coleta seletiva de lixo,
tratamento de esgotos, aranha-marrom no Paraná, vacinas e soros, história da
penicilina,

6ª série / 7º ANO

CONTEÚDO CONTEÚDO BÁSICO CONTEÚDO ESPECÍFICO


ESTRUTURANTE

ASTRONOMIA Astros Compreensão dos movimentos celestes a partir


do referencial do planeta Terra.
Movimentos terrestres
Comparação dos movimentos aparentes do céu,
Movimentos celestes noites e dias, eclipses do Sol e da Lua.

186
Movimentos terrestres e estações do ano.

MATÉRIA Constituição da matéria Composição fisico-química do Sol e a sua


produção de energia.

Entendimento da constituição do planeta Terra


primitivo.

Compreensão da constituição da atmosfera


terrestre primitiva, dos componentes essências ao
surgimento da vida.

Conhecimento dos fundamentos da estrutura


química da célula.

SISTEMAS BIOLÓGICOS Célula Constituição da célula

Morfologia e fisiologia dos Os tipos celulares.


seres vivos
Compreensão dos fenômenos da fotossíntese.

Processos de conversão de energia na célula.

Relações entre os órgãos e sistemas animais e


vegetais a partir do entendimento dos
mecanismos celulares.

ENERGIA Formas de energia Conversão e transformação da energia

Transmissão de energia Conceito de energia luminosa.

Relação entre a energia luminosa solar e sua


importância para com os seres vivos.

Fundamentos da luz, as cores, e a radiação


ultravioleta e infravermelha.

Conceito de calor como energia térmica e suas


relações com sistemas endotérmicos e
ectotérmicos.

BIODIVERSIDADE Origem da vida Conceito de biodiversidade sua amplitude de


relações com os seres vivos,o ecossistema e os
Organização dos seres processos evolutivos.
vivos
Classificação dos seres vivos, categorias

187
Sistemática taxonômicas e filogenéticas.

interações e sucessões ecológicas, cadeia


alimentar, seres autótrofos e heterótrofos.

Eras geológicas e teorias a respeito da origem da


vida, geração espontânea e biogênese.

RELAÇÕES CONCEITUAIS E OU CONTEXTUAIS: efeito estufa, ação do vento,


luminosidade, tornados, camada de ozônio.

Desafios educacionais: MEIO AMBIENTE (Lei nº 9795/99).

TEMAS CONTEMPORÂNEOS: Ação humana nos ecossistemas, Espécies


exóticas, desenvolvimento industrial, impactos ambientais, desmatamento,
exploração da caça e pesca, tráfico de animais e vegetais, poluição do ar,
instrumentos de vôo, aquecimento global, resíduos químicos no ambiente, uso de
agrotóxicos na agricultura, Instituições governamentais e ONG, tecnologia na
produção vegetal – estufas, e degradação de petróleo, polinização provocada
pelo homem, hidroponia, interferência do ser humano na produção de frutos de
comercialização, saneamento básico, comercialização da carnes exóticas, a
Amazônia e os frutos exóticos, animais em extinção, proteção, preservação e
conservação dos ecossistemas, conservação dos aqüíferos, tratamento da água,
poluição da água, chuva ácida, reservas ambientais – APA, unidades de
conservação, código florestal brasileiro, fauna brasileira ameaçada de extinção,
ocupação da mata atlântica, exploração da Amazônia, conservação da mata ciliar,
exploração da mata das araucárias, tráfico de animais.

7ª SÉRIE / 8º ANO

CONTEÚDO CONTEÚDO BÁSICO CONTEÙDO ESPECÍFICO

188
ESTRUTURANTE

ASTRONOMIA Origem e evolução do Teorias sobre os modelos científicos que abordam


Universo a origem e a evolução do universo.

Relação entre as teorias e sua evolução histórica.

Classificação cosmológica (das galáxias,


aglomerados,etc.)

MATÉRIA Constituição da matéria Conceito de matéria e sua constituição, com base


nos modelos atômicos.

Conceito de átomo, íons, elementos químicos,


substâncias, ligações químicas, reações químicas.

Conceito das leis da conservação da massa.

Compostos orgânicos e relações destes com a


constituição dos organismos vivos.

SISTEMAS BIOLÓGICOS Célula Mecanismos celulares e sua estrutura.

Morfologia e fisiologia dos Estrutura e funcionamento dos tecidos.


seres vivos
Sistemas: digestório, cardiovascular, respiratório,
locomotor, excretor e urinário.

ENERGIA Formas de energia Energia química e suas fontes, modos de


transmissão e armazenamento.

Fundamentos da energia química com a célula


(ATP e ADP).

Fundamentos da energia mecânica e suas fontes,


modos de transmissão e armazenamento.

Fundamentos da energia nuclear e suas fontes,


modos de transmissão e armazenamento.

BIODIVERSIDADE Evolução dos seres vivos Entendimento das teorias evolutivas.

189
RELAÇÕES CONCEITUAIS e ou CONTEXTUAIS:: A ação de substâncias
químicas no organismo, gases. Raças e preconceitos raciais, fome e desnutrição,
questões de higiene, tecnologia e testes diagnósticos, obesidade, anorexia e
bulimia, melhoramento genético e transgenia, alimentos transgênicos, exames
sangüíneos, transfusões e doações sangüíneas, soros e vacinas, medicamentos,
hemodiálise, terapia gênica, CTNBio, influência da alimentação na saúde,
consumo de drogas, métodos contraceptivos, Organização Mundial da Saúde.

Desafio educacionais: Meio Ambiente( Lei nº 9795/99) (saneamento básico);


Prevenção ao uso de drogas( no conteúdo célula, morfologia e fisiologia dos seres
vivos – locomoção digestão);História e cultura afro brasileira( Lei nº 10639/03) e
Indígena(Lei nº 11.645/2008).

8ª SÉRIE

CONTEÚDO CONTEÚDO BÁSICO CONTEÚDO ESPECÍFICO


ESTRUTURANTE

ASTRONOMIA Astros e gravitação Classificação cosmológica (Galáxias, Estrelas,


universal Planetas, Asteróides, Meteoros, Meteoritos, entre
outros).

Leis de Kepler para as órbitas dos planetas.

Leis de Newton no tocante a gravitação universal.

Fenômenos terrestres relacionados à gravidade,


como as marés.

MATÉRIA Constituição da matéria Propriedades da matéria, massa, volume,


densidade, compressibilidade, elasticidade,
divisibilidade, indestrutibilidade, impenetrabilidade,
maleabilidade, ductibilidade, flexibilidade,
permeabilidade, dureza, tenacidade, cor, brilho,
sabor, textura e odor.

SISTEMAS BIOLÓGICOS Sistemas nervoso, sensorial, reprodutor e

190
Morfologia e fisiologia dos endócrino.
seres vivos
Mecanismos de herança genética, os
Mecanismos da herança cromossomos, genes, os processos de mitose e
genética meiose.

ENERGIA Formas de energia Sistemas conversores de energia, as fontes de


energia e sua relação com a Lei da conservação
Conservação da energia da energia.

Relações entre sistemas conservativos.

Conceitos de movimento, deslocamento,


velocidade, aceleração, trabalho e potência.

Conceito de energia elétrica e sua relação com o


magnetismo.

BIODIVERSIDADE Interações ecológicas Fundamentos teóricos que descrevem os ciclos


biogeoquímicos, bem como, as relações
interespecíficas e intraespecíficas.

RELAÇÕES CONCEITUAIS E OU CONTEXTUAIS:, fontes de energia renováveis


e não-renováveis, Ilhas de calor, máquinas simples– alavancas, polia,
engrenagens.instrumentos de medidas, tecnologias em produtos de eletrônica,
dessalinização, panela de pressão, ligas metálicas, biodiesel, corantes e
tingimento de tecidos, estações de tratamento de esgoto, biogás, adubos e
fertilizantes químicos, coleta seletiva e reciclagem, usinas geradoras de energia,
instrumentos e escalas termométricas, acidentes, forno microondas, lâmpadas,
chuveiro elétrico, consumo de energia elétrica residencial, bússola, microfone e
alto-falante, pára-quedas e asa deltas, tecnologia da comunicação, reprodução
humana assistida, projeto Genoma Humano, gravidez precoce, DSTs, Pilhas,
baterias e questões ambientais, Código de Trânsito – acidentes de trânsito.

191
RELAÇÕES INTERDISCIPLINARES: taxas de natalidade, mortalidade e
fecundidade, medidas de grandezas, o contexto da Revolução científica,
instrumentos musicais, órgãos sensoriais e a arte.

TEMAS CONTEMPORÂNEOS: MEIO AMBIENTE (aterro sanitário, estações de


tratamento de esgoto, biogás, adubos e fertilizantes químicos, coleta seletiva e
reciclagem, usinas geradoras de energia, consumo de energia elétrica residencial,
pilhas, baterias e questões ambientais);

Diversidade, sexualidade e gênero: gravidez precoce, DSTs;

Desafios educacionais: prevenção e uso de drogas (no conteúdo célula,


morfologia e fisiologia dos seres vivos – sistema nervoso e sensorial)

METODOLOGIA

Esta proposta de encaminhamento metodológico orienta-se por uma


abordagem crítica, que considere a prática social do sujeito histórico, priorizando
na escola os conteúdos historicamente constituídos. Essa abordagem propõe
conteúdos estruturantes, básicos e específicos, por considerar o professor, autor
do planejamento e de suas ações pedagógicas.

Para tanto, as relações entre os conteúdos estruturantes (relações


conceituais), relações entre os conteúdos estruturantes e outros conteúdos
pertencentes a outras disciplinas (relações interdisciplinares) e relações entre
os conteúdos estruturantes e as questões sociais, tecnológicas, políticas, culturais
e éticas (relações de contexto) se fundamentam e se constituem em importantes
abordagens que direcionam o ensino de Ciências para a integração dos diversos
contextos que permeiam os conceitos científicos escolares.

192
A integração de conceitos científicos escolares tem, além da abordagem
por meio das relações, a história da ciência, a divulgação científica e as atividades
experimentais como aliadas nesse processo.

Nesse sentido, os conteúdos específicos elencados, nesta proposta,


devem ser tratados ao longo dos quatro anos do Ensino fundamental, desde que
se repeite o nível cognitivo dos alunos, a realidade local, a diversidade cultural, as
diferentes formas de apropriação dos conteúdos específicos por parte dos alunos
e, adote uma linguagem coerente com a faixa etária, aumentando gradativamente
o aprofundamento desses conteúdos.

Também devem ser explorados aspectos relacionados à historicidade da


produção do conhecimento, identificando a intencionalidade da produção científica
e sua aplicabilidade tendo em vista a relação entre as intenções existentes na
produção cientifica e sua utilidade para a sociedade, estabelecendo diálogos
também com outras disciplinas. Para isso o professor deverá utilizar as seguintes
metodologias:

Problematizações; Observação da rotina familiar; observação do ambiente;


incitação à discussão, análise e reflexões; aulas práticas (experimentações e
simulações); produções (textos, poesias, desenhos, histórias em quadrinhos, entre
outros), registros, sistematizações, sínteses; leituras; confecção de painéis,
murais; interpretação de dados; uso de gráficos, tabelas e esquemas; elaboração
de modelos; pesquisas bibliográficas; entrevistas; trabalho de campo; jogos;
visitas a diferentes locais; debates; seminários; palestras; fóruns; conversação
dirigida; uso de recursos audiovisuais como o computador; vídeos diversos;
DVD‘s; CD-ROM‘s; Programas de TV; desenvolvimento de projetos específicos
individuais ou coletivos; feiras; dentre outros.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃOE RECUPERAÇÃO

193
A avaliação e a recuperação se dará ao longo do processo de ensino e
aprendizagem, possibilitando ao professor, por meio de uma interação diária com
os alunos, verificando em que medida estes se apropriaram dos conteúdos.

A avaliação será sistemática obedecendo a critérios prévios relacionados


ao projeto político pedagógico da escola, onde serão realizados aos objetivos
estabelecidos no processo pedagógico.

Serão utilizados diferentes instrumentos avaliativos onde serão observados


se o aluno interpreta, produz, relaciona, analisa, justifica, argumenta e defende
seu ponto de vista.

O professor precisa estabelecer critérios e selecionar instrumentos para


analisar a aprendizagem a fim de investigar se os objetivos propostos foram
alcançados.

A recuperação de estudos é realizada de forma permanente e


concomitante, onde o professor retoma o conteúdo com os alunos a partir de uma
investigação do que não foi apropriado havendo recuperação de trabalhos e
avaliações de acordo com o regimento do colégio.

194
BIBLIOGRAFIA

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Desenvolvimento., 1997

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Jorge Zahar Editor, 1994.

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ZUBEN, Fernando von e. Meio Ambiente, Cidadania e Educação. Tetra Pak Ltda, 200

EDUCAÇÃO FÍSICA-ENSINO FUNDAMENTAL E MEDIO


APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

196
1. DIMENSÃO HISTÓRICA DA DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO FÍSICA

Na tentativa de situar historicamente a trajetória da disciplina de


Educação Física, optou-se por retratar os fatos ocorridos à partir do século XIX,
devido às transformações sociais pelas quais, o Brasil passava, dentre elas, o fim
da exploração escrava e as políticas de incentivo à imigração, principalmente o
crescimento das cidades exigindo uma série de medidas com vistas à aplicar os
preceitos de moralidade, bem como instaurar a ordem social, adaptando o modo
de viver dos novos cidadãos das cidades à nova configuração da sociedade.

Com a proclamação da República, entre as muitas propostas de mudança,


veio à tona a discussão sobre as instituições escolares e as políticas educacionais
praticadas pelo antigo regime. Ainda no final do século XIX, Rui Barbosa,
Deputado Geral do Império, emitiu um Parecer sobre o projeto denominado
―Reforma do Ensino Primário e várias instituições complementares da Instrução
Pública‖ no ano de 1882, onde, entre outras conclusões, afirmou a importância da
ginástica para a formação do cidadão, equiparando-a em categoria e autoridade
com as demais disciplinas. A partir de então, a Educação Física tornou-se
componente obrigatório dos currículos escolares. Cumpre destacar que a
burguesia brasileira depositou na ginástica a responsabilidade de promover,
através dos exercícios físicos, a saúde do corpo, o pudor e os hábitos condizentes
com a vida urbana. Ao estabelecer relações entre o surgimento da Educação
Física brasileira e a influência da ginástica identifica-se os marcos para a
constituição histórica da disciplina enquanto componente curricular nas escolas.

As práticas pedagógicas escolares de Educação Física, foram fortemente


influenciadas pela instituição militar e pela medicina, emergentes dos séculos XVIII
e XIX. Os exercícios sistematizados pela instituição militar foram reelaborados
pelo conhecimento médico numa perspectiva pedagógica. Para atender aos
objetivos de adquirir, conservar, promover e restabelecer a saúde por meio dos
exercícios físicos, foram importadas da Europa, práticas conformativas, como o

197
modelo de saúde e os sistemas ginásticos. Estes, foram fundamentais para o
surgimento e incorporação da Educação Física brasileira nos currículos escolares.

Nesse modelo de saúde, os estudos das ciências biológicas sobre o


corpo, embasados por uma visão mecanicista e instrumental, visavam, com a
Educação Física, um controle mais eficiente que resultasse no aumento de sua
eficácia mecânica. Melhorar o funcionamento do corpo dependia de técnicas
construídas com base no conhecimento biológico, conhecimento este, que atribuía
à Educação Física a tarefa de construir corpos saudáveis e dóceis que
permitissem uma melhor adaptação dos sujeitos ao processo produtivo, tendo
como referência o conhecimento médico-científico.

Por não existir um plano nacional de Educação Física, a prática nas escolas
se dava pelo do Método Francês de ginástica adotado pelas Forças Armadas e
tornado obrigatório a partir de 1931. A Educação Física se consolidou,
especificamente no contexto escolar, a partir da Constituição de 1937, sendo,
então, utilizada com o objetivo de doutrinação, dominação e contenção dos
ímpetos da classe popular, enaltecendo o patriotismo, a hierarquia e a ordem.
Além desses objetivos, a Educação Física seguiu à guisa dos princípios
higienistas para um corpo forte e saudável, com atividades ligadas à formação de
um corpo masculino robusto, delineado para a defesa e proteção da família e da
pátria. As atividades dirigidas à mulher, por sua vez, deveriam desenvolver ―a
harmonia de suas formas feminis e às exigências da maternidade futura‖
(CASTELLANI FILHO, 1991, p.58).

Ainda na década de 30, o esporte começou a se popularizar confundindo-


se com a Educação Física. Houve um incentivo as práticas desportivas com o
intuito de promover políticas nacionalistas pensadas para o país. Uma série de
medidas foram implantadas para ressaltar o sentimento de valorização da pátria
por meio dos esportes. Entre estas medidas podemos ressaltar a criação de
grandes centros esportivos, a importação de especialistas que dominavam as
técnicas de algumas modalidades esportivas.

Com a promulgação da Lei Orgânica do Ensino Secundário, em 1942,


198
também conhecida como Reforma Capanema, instituiu-se, no ensino secundário,
um primeiro ciclo denominado ginasial, com duração de quatro anos, e um
segundo ciclo de três anos, com duas opções, o clássico e o científico. Essa
reforma ampliou a obrigatoriedade da Educação Física até os 21 anos de idade,
objetivando formar mão-de-obra fisicamente adestrada e capacitada para o
mercado de trabalho. Impunha-se, assim, mais uma obrigação para a juventude
brasileira, além da defesa da nação, seus deveres para com a economia.

A partir de 1964, o esporte passou a ser tratado com maior ênfase no Brasil,
devido aos acordos feitos entre o MEC e o Departamento Federal de Educação
Americana. Este fato permitiu que muitos professores da disciplina frequentassem
cursos de pós-graduação nos Estados Unidos na área esportiva. O esporte
consolidou sua hegemonia no interior da Educação Física, quando os currículos
passaram a tratá-lo com maior ênfase, através do método tecnicista centrado na
competição e no desempenho. Neste contexto, os chamados esportes olímpicos
(vôlei, basquete, handebol e atletismo entre outros) foram priorizados com o
objetivo principal de formar atletas para representar o país em competições
internacionais. Essa prioridade se baseava na teoria da pirâmide olímpica, que
pressupõe fornecer condições para a formação de atletas, para aqueles que
apresentassem talento natural, se destacando até chegar ao topo da pirâmide
como atletas de alto nível, em condições de competir em nome do país.

A Educação Física continuou tendo caráter obrigatório na escola, com a


promulgação da Lei 5692/71 através de seu artigo 7º e, pelo Decreto 69450/71, a
disciplina passou a ter legislação específica. Instituiu-se, assim, a integração da
disciplina como atividade escolar regular e obrigatória no currículo de todos os
cursos e níveis dos sistemas de ensino.

Ainda nesse período, a Educação Física era perspectivada, aos olhos do


regime militar, como importante momento de formação do homem que serviria ao
projeto de Brasil. A disciplina estava, então, ligada à aptidão física, considerada
importante para o desenvolvimento da capacidade produtiva da classe
trabalhadora, e ao desporto, pela intenção de tornar o país uma potência olímpica.
199
Na área pedagógica, uma das primeiras referências a ganhar destaque
entre os profissionais foi a psicomotricidade, por buscar uma suposta legitimação
da disciplina na escola. Os fundamentos da psicomotricidade foram defendidos em
contraposição às perspectivas teórico-metodológicas direcionadas à
automatização e ao rendimento motor, expressos no modelo didático da
desportivização da Educação Física.

A Educação psicomotora surgiu com a finalidade de valorizar a formação


integral da criança. Tal perspectiva, centrada na educação ―pelo movimento‖, fez
com que o papel da Educação Física ficasse subordinado a outras disciplinas
escolares, ou seja, o movimento era apenas um meio para ensinar matemática,
português, dentre outras disciplinas, contribuindo assim, para a negação de
conteúdos até então tidos como próprios da disciplina.

Em meados dos anos 80, já se pôde falar não só de uma comunidade


científica na Educação Física, mas também da delimitação de tendências ou
correntes, suscitando os primeiros debates voltados à uma criticidade. Boa parte
dessa comunidade constituiu, em seus trabalhos, discursos e publicações sob a
denominação de ―progressista‖, visando a construção de um movimento renovador
na disciplina. Surgem então, várias proposições extremamente relevantes, e,
como consequência, interrogações acerca de sua legitimidade, enquanto campo
de conhecimento. Tais propostas dirigiram suas críticas aos paradigmas da
aptidão física e da esportivização. Dentre as correntes ou tendências
progressistas destacam-se as abordagens:

- Desenvolvimentista - defende a idéia de que o movimento é o principal meio e


fim da Educação Física. Constitui-se no ensino de habilidades motoras de acordo
com uma sequência de desenvolvimento. Sua base teórica é, essencialmente, a
psicologia do desenvolvimento e aprendizagem.

- Construtivista - no âmbito da Educação Física, a psicomotricidade influenciou a


perspectiva construtivista interacionista com vistas à formação integral, incluindo
as dimensões afetivas e cognitivas ao movimento humano. Esta abordagem,
embora preocupada com a cultura infantil, fundamenta-se também na psicologia
200
do desenvolvimento.

As duas abordagens citadas acima não se vinculam a uma teoria crítica


da educação, no sentido de fazer da crítica do papel da educação na sociedade
capitalista, uma categoria central. As duas propostas seguintes estão mais
diretamente vinculadas às discussões da pedagogia crítica brasileira, passando a
incorporar discussões nas ciências humanas, principalmente a partir das
contribuições da sociologia e filosofia da educação.

- Crítico Superadora – baseia-se nos pressupostos da pedagogia histórico-critica


desenvolvida por Demerval Saviani. Nessa proposta, o objeto da área de
conhecimento da Educação Física é a Cultura Corporal, concretizando-se nos
seus diferentes conteúdos, quais sejam: o esporte, a ginástica, os jogos, as lutas e
a dança. O conhecimento é sistematizado em ciclos e propõe que este seja
tratado de forma historicizada e espiralada, considerando o grau de complexidade.

- Crítico Emancipatória – parte de uma concepção de movimento denominada de


dialógica. O movimentar-se humano é entendido como uma forma de
comunicação com o mundo. A crítica se dá através de uma ressignificação do
movimento, sem considerar questões sócio-econõmicas.

Já no início da década de 90, um momento significativo para o Estado do


Paraná foi a elaboração do Currículo Básico. Seu processo de elaboração, deu-se
num contexto nacional de redemocratização do país e resultou de um trabalho
coletivo dos profissionais comprometidos com a Educação pública do Paraná, no
sentido de responder às necessidades sociais e históricas da Educação brasileira
no primeiro grau.

O currículo da Educação Física está embasado na pedagogia histórico-


crítica da Educação. Tendência esta, denominada, por alguns teóricos, como
Educação Física progressista, revolucionária e crítica, com os fundamentos
teóricos pautados no materialismo histórico-dialético. O documento propôs, assim,
um modelo de superação das contradições e injustiças sociais.

O Currículo Básico se caracterizou por uma proposta avançada onde a

201
instrumentalização do corpo deveria dar lugar à formação humana do aluno em
todas as suas dimensões. No entanto, apresentava uma rígida listagem de
conteúdos que limitava o trabalho do professor, enfraquecendo seus pressupostos
teórico-metodológicos.

Essa contradição interna do documento, a insuficiente oferta de formação


continuada necessária à implementação da proposta e, posteriormente, as
mudanças de políticas públicas de educação assumidas pelas novas gestões
governamentais no estado, enfraqueceram a força político pedagógica do
Currículo Básico. Em função desse contexto a prática de ensino da Educação
Física na escola recaía ainda com ênfase nas dimensões tradicionais, ou seja,
com enfoque biológico, mecânico ou na dimensão psicológica.

No mesmo período, foi elaborado também o documento de Reestruturação


da Proposta Curricular do Ensino de Segundo Grau para a disciplina de Educação
Física. A proposta também fundamentou-se na concepção histórico critica de
educação e, naquele momento, pretendia-se o resgate do compromisso social da
ação pedagógica da Educação Física. Vislumbrava-se a perspectiva de mudança
e transformação de uma sociedade fundamentada em valores individuais para
uma sociedade mais igualitária.

Esta proposta representou um marco para a disciplina, destacando a


importância da dimensão social da Educação Física, possibilitando a consolidação
de um novo entendimento em relação ao movimento humano como expressão da
identidade corporal, como prática social e como uma forma do homem se
relacionar com o mundo, apontando a produção histórica e cultural dos povos,
relativos à ginástica, à dança, aos desportos, aos jogos, bem como, às atividades
que correspondam às características regionais.

Todos esses avanços teóricos da Educação Física sofreram um retrocesso


na década de 90 quando após a discussão e aprovação da Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional (LDB), apresentou-se a proposta dos Parâmetros
Curriculares Nacionais (PCN‘s) para a disciplina de Educação Física.

Com uma política educacional fortemente marcada pela concepção


202
neoliberal, o documento elaborado para o Ensino Fundamental pelo Ministério da
Educação e do Desporto apresentou-se como um referencial curricular comum à
elaboração de propostas curriculares com a função de subsidiar propostas de
Estados e Municípios. No entanto, o que deveria ser um referencial curricular,
tornou-se um currículo ―mínimo‖, ultrapassando a ideia de parâmetros para propor
objetivos, conteúdos, métodos, avaliação e temas transversais. O tempo
pedagógico de aprendizagem dos alunos do Ensino Fundamental era determinado
por ciclos com base em conteúdos atitudinais, procedimentais e conceituais,
priorizando assim, uma abordagem psicológica e sociológica dos conteúdos
atenuando o desenvolvimento do pensamento crítico.

Os Parâmetros Curriculares Nacionais de Educação Física do Ensino


Fundamental buscaram romper com as perspectivas da aptidão física,
fundamentado em aspectos técnicos e fisiológicos, destacando outras questões
consideradas relevantes relacionadas as dimensões culturais, sociais, políticas,
afetivas no tratamento dos conteúdos, baseada em concepções teóricas que
discutem corpo e movimento. Porém, o documento não apresenta uma coerência
interna de proposta curricular, analisada por alguns críticos como ecletismo
teórico. Ou seja, há elementos da pedagogia construtivista piagetiana, abordagem
tecnicista com a ideia de eficiência e eficácia e também a perspectiva da saúde e
qualidade de vida do aluno pautada na aptidão física.

Nos Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio, há a


descaracterização dos conhecimentos historicamente construídos, ao propor
temas amplos que desviam a centralidade e importância dos conhecimentos
próprios de cada conteúdo de tradição da Educação Física. Verifica-se, portanto,
uma desvalorização da teoria, em nome de questões imediatistas e abstratas,
presentes na pedagogia das competências.

Por fim pode-se dizer que os Parâmetros Curriculares Nacionais de


Educação Física dos Ensinos Fundamental e Médio, trazem uma proposta confusa
e acrítica com uma redação aparentemente progressista. Porém, as diversas
concepções pedagógicas ali apresentadas atendem a interesses que visam a um

203
processo de individualização e adaptação à sociedade, ao invés da construção e
abordagens dos conhecimentos que possibilitem a formação do sujeito em todas
as suas dimensões.

Uma integração maior entre os conteúdos e as práticas corporais de forma


mais reflexiva e contextualizada, podem acontecer por meio dos Elementos
Articuladores, através da Cultura Corporal, que não podem ser entendidos como
conteúdos paralelos, nem tampouco trabalhados apenas teoricamente e/ou de
maneira isolada , mas que podem transformar o ensino da Educação Física na
escola.

Considerando o contexto histórico citado até o momento, onde a Educação


Física transitou em diversas perspectivas teóricas, desde as mais reacionárias até
as mais críticas, torna-se possível sistematizar propostas pedagógicas que
orientem estas diretrizes, com vistas à avançar sobre a visão hegemônica que
aplicou e continua aplicando à Educação Física a função de treinar o corpo, sem
qualquer reflexão sofre o fazer corpora

1. 1 IMPORTÂNCIA DA DISCIPLINA

A inclusão de estudantes oriundos das classes populares, culminou com a


necessidade de maiores discussões, sobre o papel real da escola pública na
sociedade, e o que se almeja num futuro onde a participação do sujeito seja justa
e as oportunidades sejam iguais para todos.

Para isso, segundo Frigotto (2004),os sujeitos da Educação Básica, crianças,


jovens e adultos, em geral oriundos das classes assalariadas, urbanas ou rurais,
de diversas regiões e com diferentes origens étnicas e culturais, devem ter acesso
ao conhecimento produzido pela humanidade que, na escola, é veiculado pelos
conteúdos das disciplinas escolares.
204
A disciplina de Educação Física visa considerar os diferentes contextos e
experiências, onde as vivências são trabalhadas e seus conteúdos sejam
elaborados de forma a superar as diferenças, e que, a interdisciplinaridade possa
servir como apoio no entendimento das múltiplas dimensões da vida humana.

Deve-se salientar que a Educação Física deve estar além da preocupação


única das práticas consideradas por muitos como principais, como aptidão física,
aprendizagem motora, performance esportiva, entre outras. Há um leque de
possibilidades a serem trabalhados, e não devem ser deixadas de lado, devido a
uma cultura ultrapassada que avalia apenas o movimento técnico, mas que não
leva em consideração formas básicas de expressões trazidos de culturas e
exteriorizados pela expressão corporal em jogos e brincadeiras, danças, lutas,
ginásticas e esportes.

2. FUNDAMENTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS

A Educação Física é parte do projeto geral de escolarização e, como tal,


deve estar articulada ao Projeto Político Pedagógico da escola. Se a atuação do
professor é na quadra e em outros lugares do ambiente escolar, seu compromisso
é com a escola, com o projeto de escolarização ali instituído, sempre em favor da
formação humana.

Isto posto, e considerando o contexto histórico da disciplina de Educação


Física nos seus vários momentos de afirmação, pode-se afirmar que este é um
momento oportuno de superação de formas anteriores de concepção e atuação
junto às escolas públicas. Neste sentido, ―a superação é entendida como ir além, e
não como negação do que precedeu‖. Assim, as formas anteriores – algumas já
consagradas – de atuação e concepção, devem ser objeto de análise, de crítica,
de reorientação, quando for o caso, levando à reflexão sobre a permanência e/ou
transformação daquelas formas.

Portanto, pensar a Educação Física a partir de uma mudança significa uma


reflexão sobre a insuficiência do atual modelo de ensino, o qual muitas vezes não

205
contempla a enorme riqueza das manifestações corporais produzidas. Devemos
considerar a disciplina de forma mais abrangente, propiciando uma Educação
voltada para uma consciência crítica, onde o trabalho, enquanto categoria, é um
dos princípios fundantes das reflexões acerca da disciplina de Educação Física
nestas diretrizes curriculares.

Antes de tudo, o trabalho é um processo de que participam o


homem e a natureza, processo em que o ser humano, com
sua própria ação, impulsiona, regula e controla seu
intercâmbio material com a natureza. Defronta-se com a
natureza como uma de suas forças. Põe em movimento as
forças naturais de seu corpo – braços e pernas, cabeça e
mãos - a fim de apropriar-se dos recursos da natureza,
imprimindo-lhes forma útil à vida humana. Atuando assim
sobre a natureza externa e modificando-a, ao mesmo tempo
modifica sua própria natureza. (MARX, 2001, p. 211)

Desde o início dos tempos, a vida humana em sociedade vêm se


desenvolvendo pelas relações homem-natureza e homem-homem. Para garantir
sua sobrevivência, reprodução e povoamento do planeta, a humanidade
necessitou conhecer a natureza, conquistar diferentes meios naturais, ocupando-
os e explorando-os em sua diversidade de fauna, flora, relevo, e intempéries de
toda sorte. Isso só foi possível graças às migrações sazonais, às extensas
caminhadas em busca da subsistência, à superação dos obstáculos geográficos,
entre outras coisas, para as quais o corpo humano foi o veículo essencial.

Assim, no estabelecimento dessa relação com a natureza e com o grupo


social de pertencimento, os seres humanos desenvolveram habilidades físicas e
estratégias de organização fundamentais para superar obstáculos e garantir a
sobrevivência. Correr, saltar, rastejar, erguer e carregar peso, muitas vezes foram
essenciais, inicialmente, para abater uma caça, transportá-la para ―casa‖, escapar
de uma perseguição e deixar de ser presa, alcançar lugares distantes onde os
frutos fossem abundantes. A título de exemplo, pode-se citar as dificuldades
enfrentadas pelos Tuaregs – povos nativos das bordas do deserto do Saara - que
em busca da sobrevivência pastoreiam animais em regiões extensas, com solo
pobre e acidentado, o que requer desse povo uma grande resistência corporal, já
206
que a sua atividade exige com que se desloquem dezenas de quilômetros
diariamente, tornando a maratona uma pequena corrida.

Outras manifestações corporais e culturais se concretizavam por meio do


corpo humano para celebrações dos frutos do trabalho. As danças comemorativas
das colheitas, danças de guerra, danças religiosas, dentre outras, são exemplos
disso.

O trabalho é, então, para o ser humano, o momento histórico em que há


um salto qualitativo na própria conformação da experiência humana. Este salto foi
concomitante com a constituição da materialidade corporal humana.

O aprofundamento na história leva a compreender que


a atividade prática do homem, motivada pelos desafios
da natureza, desde o erguer-se da posição
quadrúpede até o refinamento do uso da sua mão, foi
motor da construção da sua materialidade corpórea e
das habilidades que lhe permitiram transformar a
natureza. Este agir sobre a natureza, para extrair dela
sua subsistência, deu início à construção do mundo
humano, do mundo da cultura. Por isso, ‗cultura‘
implica apreender o processo de transformação do
mundo natural a partir dos modos históricos da
existência real dos homens nas suas relações na
sociedade e com a natureza. (ESCOBAR, 1995, p. 93)
Por ser o trabalho um ato humano, social e histórico, assumiu diferentes
papéis ao longo de sua existência. Na sociedade capitalista tornou-se alienante,
desumanizador e dependente de um corpo estereotipado, disciplinado. Essas
características do corpo (do trabalhador) passaram a ser fundamentais para
atender aos interesses do modo de produção capitalista.
Propõe-se, então, as discussões teóricas a respeito da área de
conhecimento e da disciplina de Educação Física à luz do trabalho como a
categoria fundante da relação homem-natureza e da constituição da materialidade
corporal humana. Nesse sentido, a construção histórica do ser humano e de sua
materialidade corporal, constitui segundo Escobar (1995) ―... um acervo de
atividades comunicativas com significados e sentidos lúdicos, estéticos, artísticos
místicos, agonistas [...]‖ ( p. 93).

207
Assim, quando se fala da necessidade de compreender a Educação Física
em um contexto mais amplo significa um entendimento de que esta área do
conhecimento é parte integrante de uma totalidade composta por interações que
se estabelecem na materialidade das relações sociais, políticas, econômicas e
culturais dos povos.

A partir do entendimento da categoria trabalho, fundamental para pensar a


Educação Física, é importante que o professor reconheça as maneiras como o
capitalismo dita as formas de pensar e agir sobre o corpo, influenciando
diretamente na prática pedagógica da Educação Física.

3. ELEMENTOS ARTICULADORES DOS CONTEÚDOS ESTRUTURANTES


PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA

3.1- Cultura Corporal e Corpo

As manifestações que envolvem o corpo enquanto ser pensante, atuante,


que agem em prol de uma beleza subjetiva, e onde a mídia expõe esse mesmo
corpo como um objeto de consumo e uma ferramenta produtiva, devem ser
tratados na Educação Física de modo que sejam desmistificadas algumas
perspectivas que ocasionam deslumbramentos, e que podem atuar negativamente
na construção da personalidade e caráter dos sujeitos. Para isso, toda e qualquer
situação que envolva as discussões sobre o corpo, devem estar atreladas, nas
prática corporais, e se possível, tratados com ênfase e bom senso, uma vez que a
sociedade atual, assim como endeusa certos padrões estéticos, por outro lado,
crucifica os que fogem desses mesmos padrões.

3.2- Cultura Corporal e Ludicidade

Os estudantes chegam com uma ideia pré-concebida de que o brincar é


coisa de criança, e quando se deparam com o lúdico, impõem uma certa

208
resistência, devido a cultura altamente esportivista estar impregnada no dia a dia
escolar.

A ludicidade deve ser colocada como um elemento articulador,servindo


como elo nas interações socais em todas as fases de suas vidas. O fato de
relegá-la ao segundo plano, impede que aquisições importantes como a
socialização, a construção da autonomia, e o conhecimento de fatores inseridos
no contexto escolar (brincadeiras violentas dentro da escola, bullyng, etc), sejam
esquecidos, culminando com sérias consequências no desenvolvimento escolar
como um todo.

3.3- Cultura Corporal e Saúde

Entender a ausência de saúde apenas quando se apresenta algum


distúrbio, é um fato corriqueiro, mesmo porquê, dificilmente uma pessoa comum
tem por hábito estudar moléstias e distúrbios sem estar cursando medicina. Mas
nada impede que uma pequena parte, possa ser ensinada na prática pedagógica.
Sexualidade, doping, sedentarismo, lesões, assim como o conhecimento anátomo-
fisiológico do seu próprio ,entre outros, podem ser relacionados com temas
comuns da prática geral . Má alimentação, e ausência de exercícios físicos são
fatores que predispõem os sujeitos a uma infinidade de doenças sérias e fatais.
Dentro dessa perspectiva, considera-se fundamental a inclusão de temas
relacionados à saúde, visando a responsabilidade e o cuidado com a própria vida.

3.4 -Cultura Corporal e Mundo do Trabalho

O mundo do trabalho torna-se elemento articulador dos Conteúdos


Estruturantes da Educação Física, na medida em que concentra as relações
sociais de produção/assalariamento vigentes na sociedade, em geral, e na
Educação Física, em específico.

Outra dimensão relacionada, diretamente, à reordenação do mundo do trabalho é


o caráter de (in)utilidade que a Educação Física tem assumido no processo de
formação do aluno.

Com a reestrutura produtiva, o trabalhador preterido deve contornar as


209
tarefas laborais com a máxima flexibilidade, isto é, deve saber trabalhar em
equipe, tomar decisões rapidamente, ter noções, ainda que gerais, de informática,
a fim de manusear as novas tecnologias.

3.5 -Cultura Corporal e Desportivização

O processo de desportivização das práticas corporais é um fenômeno cada


vez mais recorrente, impulsionado pela supervalorização do esporte na atual
sociedade. A desportivização deve ser analisada à luz da padronização das
práticas corporais. Isso significa que o primeiro objetivo de tornar qualquer
atividade num esporte é colocá-la sob normas e regras padronizadas e
subjugadas a federações e confederações, para que sua difusão seja ampla em
todo o planeta, deixando o aspecto criativo da expressão corporal num segundo
plano.

3.6 -Cultura Corporal – Técnica e Tática

As técnicas e táticas compõem os elementos que constituem e identificam


o legado cultural das diferentes práticas corporais, por isso, não se trata de negar
a importância do aprendizado das diferentes técnicas e elementos táticos. Trata-
se, sim, de conceber que o conhecimento sobre estas práticas vai muito além dos
elementos técnicos e táticos. Do contrário, corre-se o risco de reduzir ainda mais
as possibilidades de superar as velhas concepções sobre o corpo, baseadas em
objetivos focados no desenvolvimento de habilidades motoras e no treinamento
físico, por meio das conhecidas progressões pedagógicas.

3.7 -Cultura Corporal e Lazer

O lazer possui um duplo processo educativo que pode ser visto como veículo de
educação (educação pelo lazer) ou como objeto de educação (educação para o
lazer). Na escola, o professor deve procurar educar para o lazer, conciliando a
transmissão do que é desejável em termos de valores, funções e conteúdos. O
ideal seria o lazer desenvolvido fora das obrigações escolares, ou seja, no
contraturno, onde poderia haver uma potencialização do desenvolvimento pessoal
210
e social dos sujeitos, mas infelizmente, existem nas cidades menores , alunos
oriundos do interior, que são dependentes de transporte escolar.

A discussão do lazer permeia todos os Conteúdos Estruturantes, ou seja, o


professor, ao tratar do esporte, por exemplo, poderá trazer para a reflexão
questões como: para um jogador (profissional) de qualquer modalidade esportiva,
a atividade que desenvolve caracteriza-se como lazer? E para os espectadores, tal
atividade é lazer? A mesma reflexão pode ser desenvolvida em qualquer um dos
Conteúdos Estruturantes, o professor pode instigar seus alunos a buscarem: quais
são os espaços e equipamentos necessários para determinadas práticas
corporais? Esses espaços que existem perto da escola ou de casa são
padronizados ou possibilitam outras experiências corporais para além do esporte?

Dessa maneira, o professor de Educação Física pode trabalhar com seus alunos o
conceito de lazer, para isso, apresenta seus aspectos históricos, proporcionando
uma compreensão mais ampla de seu significado.

3.8 -Cultura Corporal e Diversidade

Aqui, propõe-se uma abordagem que privilegie o reconhecimento e a ampliação


da diversidade nas relações sociais. Por isso, as aulas de Educação Física podem
revelar-se excelentes oportunidades de relacionamento, convívio e respeito entre
as diferenças, de desenvolvimento de ideias e de valorização humana, para que o
outro seja considerado.

Em relação ao reconhecimento das diferenças, também é preciso valorizar as


experiências corporais do campo e dos povos indígenas. Esses registros culturais
têm riquíssimos acervos, muitas vezes esquecidos porque predominam os
modelos urbanos de educação do corpo. Assim, torna-se pertinente valorizar as
práticas corporais de cada segmento social e cultural nas escolas do campo e
indígenas, tanto quanto nas escolas urbanas.

Busca-se, com isso, uma conscientização das diferenças existentes entre


as pessoas, tendo o respeito e o convívio social como pressuposto básico de
211
convivência.

3.9 -Cultura Corporal e Mídia

A atuação do professor de Educação Física é de suma importância para


aprofundar a abordagem dos conteúdos, considerando as questões veiculadas
pela mídia em sua prática pedagógica, de modo a possibilitar ao aluno discussão
e reflexão sobre: a supervalorização de modismo, estética, beleza, saúde,
consumo; os extremos sobre a questão salarial dos atletas; os extremos de
padrões de vida dos atletas; o preconceito e a exclusão; a ética que permeia os
esportes de alto nível, entre outros aspectos que são ditados pela mídia.

4. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

A partir de todas essas demandas, foram definidos os Conteúdos


Estruturantes, como aqueles saberes (conhecimentos de grande amplitude,
conceitos ou práticas) que identificam e organizam os campos de estudos de uma
disciplina escolar, considerados basilares e fundamentais para a compreensão de
seu objeto de estudo, constituem-se historicamente e são legitimados socialmente,
por isso não são, desde sempre os mesmos.

Assim sendo, optou-se por contemplar diferentes conteúdos estruturantes


para o Ensino Fundamental e para o Ensino Médio, tendo como princípio básico o
reconhecimento das características de seus alunos, considerando as diferentes
experiências com o conhecimento sistematizado. Enquanto o aluno do Ensino
Fundamental começa a estabelecer uma relação mais evidente com sua
expressividade corporal, o que implica um reconhecimento de seu corpo e suas
diferentes possibilidades de manifestá-lo, o aluno do Ensino Médio, já possui
condições de manter relações entre essa expressividade com os diversos
problemas que envolvem a sociedade e seus conteúdos estruturantes.

Logo, o conteúdo estruturante adotado para o Ensino Fundamental, é― A


Expressividade Corporal‖ que, através dos conteúdos específicos, permitem
aflorar as diferentes manifestações corporais que se tornam essenciais quando a
212
educação do corpo, nesta fase, se constitui como alicerce do projeto educativo.
Para o Ensino Médio, os conteúdos estruturantes adotados foram: Ginástica;
Esporte; Dança; Lutas e Jogos. Estes conteúdos estruturam o projeto educativo
justamente devido à capacidade de abstração de seus alunos, e, também, à quase
completa construção de sua expressividade corporal.

Como exemplo, o professor do Ensino Fundamental ao trabalhar a


expressividade corporal manifestada em práticas esportivas, pode discutir como é
tratado o corpo masculino e o feminino nesta prática, que expressões estes corpos
podem manifestar, reservando diferentes formas de comunicação por meio da
corporalidade. O professor do Ensino Médio, por sua vez, ao trabalhar o conteúdo
estruturante esporte, enfatizará os determinantes histórico-sociais que o
mantiveram como expressão de disputas ideológicas, ao se aplicar a técnica como
única possibilidade de fruição, sem considerar a possibilidade de recriação.

4.1 ESPORTES

O esporte individual e coletivo deve ser tratado como desenvolvimento


prático e fenômeno social. A sociedade atual, através de suas várias
manifestações culturais e da informação de massas requer a participação das
pessoas em atividades coletivas organizadas. O esporte, em suas várias
manifestações e abordagens, pode contribuir para o aprimoramento desta
integração.

Assim, deve ser abordado tanto como prática quanto como objeto de estudo
e reflexões que estão destacadas a seguir, possibilitando ao aluno do Ensino
Médio, mais do que praticá-lo, realizar uma leitura crítica das relações sociais que
se constituem na sociedade e se manifestam nas práticas esportivas.

A profissionalização esportiva também expressa seus significados e


sentidos e deve ser analisada criticamente, no que se refere às consequências
dos contratos de trabalho que levam à migração e a desterritorialização prematura
de meninos e meninas; às exigências de esforço e resistência física levados a
limites extremos; à exacerbação da competitividade, etc.

213
Propiciar aos alunos o direito e o acesso à prática esportiva, adaptando o
esporte à realidade escolar, deve ser ação cotidiana dos professores da rede
pública. Os valores que privilegiem o coletivo em detrimento do individual
pressupõem o compromisso com a solidariedade e respeito humano, a
compreensão de que jogo se faz a dois, e de que é diferente jogar com o
companheiro e jogar contra o adversário (COLETIVO DE AUTORES, 1992, pg.
71).

4.2 JOGOS e BRINCADEIRAS

Os jogos são importantes no desenvolvimento do ser humano, uma vez


que, ainda na infância, possibilitam a compreensão da realidade através do
imaginário e servem ao reconhecimento das relações que o cercam.

No decorrer da vida, quando os conhecimentos vão sendo apreendidos e


relacionados entre si, o aumento da complexidade dos jogos e das brincadeiras
demandam ações, também mais complexas, que requerem raciocínio lógico,
socialização, expressão corporal, dramatização, senso de equipe como resgate e
potencialização de valores e como possibilidade de recriação.

A pluralidade de possibilidades pode ampliar a percepção de maneiras


diferenciadas de interpretação da realidade intensificando a curiosidade, o
interesse e a intervenção daqueles que estão envolvidos na realização de
diferentes brincadeiras, pois quando brincamos aprendemos a nos mover entre a
liberdade e os limites, os nossos e os estabelecidos pelo grupo no qual nos
inserimos.

Para o Ensino Médio, o jogo, além de seu aspecto lúdico, contribui na


discussão a respeito das regras, reconhecendo as possibilidades de ação e
organização coletiva. As aulas de Educação Física devem contemplar as mais
variadas formas de jogo, onde as relações sociais sejam evidenciadas sem que
ocorra a subordinação de um sobre os outros, a exemplo dos jogos cooperativos.
Desse modo, torna-se interessante o reconhecimento das formas particulares que
o brinquedo e a brincadeira tomam em distintos contextos em momentos
históricos, cabendo à escola valorizar pedagogicamente os jogos oriundos das
214
culturas locais e regionais que identificam determinada sociedade.

4.3 GINÁSTICA

A prática da ginástica, na escola, depara-se com dificuldades relacionadas,


principalmente, à escassez de materiais e à concepção que a tem fundamentado.
Esta concepção é aquela divulgada amplamente pela mídia, que faz a apologia do
culto ao corpo, ditando padrões estéticos. É preciso dar novo contexto a esta
manifestação da cultura corporal. A ginástica deve dar condições ao aluno de
reconhecer as possibilidades de seu corpo, afastando-se da ginástica meramente
competitiva, com movimentos obrigatórios, presos à perspectiva técnica dos
exercícios repetitivos.

Cabe lembrar que uma profunda discussão sobre a ginástica laboral deva
ser feita com o intuito de esclarecer os alunos sobre os interesses reais das
empresas que se utilizam desta forma de atividade física, para que o rendimento
laboral seja cada vez maior. Se pensarmos na relação entre a formação do
trabalhador, seu corpo e a atividade laboral, daí decorrente, fica evidente o
processo de domesticação pelo qual o corpo do trabalhador tem sido submetido.
De acordo com NOZAKI (2004) a Educação Física cumpriu importante papel na
preparação do novo trabalhador que surgia sob o sistema fordista de produção,
preparando a força de trabalho com vistas a aumentar os lucros da empresa
capitalista. Assim sendo, a ginástica foi importante manifestação, por vincular o
corpo aos objetivos de domesticação e regulação impostos pelo capital.

É importante entender, ainda, que a ginástica compreende uma gama de


possibilidades, desde a ginástica imitativa de animais, ginástica geral, até as
esportivizadas: ginástica olímpica e rítmica.

O aluno do Ensino Médio deve reconhecer estas possibilidades. No entanto,


deve-se considerar a participação de todos, a criação espontânea de movimentos
e coreografias. Os espaços para a prática da ginástica podem ser locais livres

215
como pátios, campos, bosques. O material pode ser improvisado, de acordo com a
realidade e a performance não deve ser o objetivo final da prática.

4.4 LUTAS

Trabalhar com as lutas no interior da escola deve se constituir num momento onde
os alunos do Ensino Médio, possam explorar suas potencialidades, a partir das
mais variadas formas de conhecimento da cultura humana, historicamente
produzida e repletas de simbologias. As chamadas artes marciais, possuem
características bastante distintas das lutas ocidentais. Nas lutas orientais, a grande
ênfase dada é para a busca da felicidade interior, a realização plena do espírito.
(Cardoso et. all., 2005) Para as lutas ocidentais, o principal objetivo está na
dominação do adversário, a vitória em qualquer competição. (ibidem, 2005).

O processo de escolarização desta atividade pode ser um caminho para o


esclarecimento dos propósitos aos quais servem as lutas, inclusive apontando as
transformações pelas quais passaram ao longo dos anos, distanciando-se, em
grande parte, da sua finalidade inicial ligadas as técnicas de ataque e defesa, com
o intuito de autoproteção e em combates militares.

4.5 DANÇA

A dança pode refletir os diversos aspectos culturais dos povos e pode ser
abordada sob inúmeras possibilidades, seja como manifestação expressiva do
corpo através das danças típicas nacionais e regionais, ou aquelas voltadas à
composição técnica, ambas as abordagens considerando o ponto de vista cultural,
a contribuição para a saúde e a manifestação social.

Uma dança que retratada bem as questões culturais segundo Fiamoncini e


Saraiva (2003) é a afro-brasileira. Essa dança é composta por ricos elementos,
provindas das manifestações que retomam toda a cultura milenar de aldeias e

216
tribos africanas. A espiritualidade é presente, principalmente no momento em que
se observa o culto aos orixás. A dança se faz presente para incorporar os orixás
invocados, estes apresentam comportamentos semelhante aos seres humanos e
geralmente estão associados a elementos da natureza, como a água, o ar, a terra
e o fogo. O ritmo caracteriza-se por uma batida forte, com utilização de tambores,
atabaques e outros elementos de percussão.

Na escola, devem-se ofertar as mais diversas modalidades de dança,


privilegiando a experiência de maneira livre e espontânea. A técnica deve servir
como instrumental, para possibilitar a recriação coreográfica coletiva a partir de
tematizações, de acordo com as necessidades da realidade. Como exemplo, é
possível problematizar a erotização que algumas formas de dança assumiram,
com a finalidade de tornarem-se um produto com ampla divulgação e aceitação
por parte do público jovem. Num segundo exemplo, o professor poderá trabalhar
com a dança desvelando de que forma o funk se constituiu historicamente e vem
se constituindo ainda hoje. Poderá, também, resgatar com os alunos o que
entendem por funk, quais suas principais características, quais suas diferentes
vertentes. O professor terá possibilidade de reconstruir, em conjunto com os
alunos, coreografias que representem o funk como manifestação da cultura
corporal, um conhecimento historicamente construído, que é reflexo de inúmeros
fatores da sociedade.

5. ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

Os pressupostos do materialismo histórico dialético configuram a Cultura


Corporal, objeto de estudo da Educação Física, relacionando o movimento
humano, historicamente constituído, ao cotidiano escolar em todas as suas formas
de manifestações culturais, políticas, econômicas e sociais. Para tanto, utiliza-se
da metodologia Crítico Superadora onde

―o conhecimento deve ser tratado metodologicamente


de forma a favorecer a compreensão dos princípios da
lógica dialética materialista: totalidade, movimento,
mudança qualitativa e contradição. É organizado de
modo a ser compreendido como provisório, produzido
217
historicamente e de forma espiralada vai ampliando a
referência do pensamento do aluno‖(COLETIVO DE
AUTORES, 1992:40).

Esta metodologia permite ao educando ampliar sua visão de mundo por


meio da cultura corporal, superando a perspectiva anterior, pautada no tecnicismo
e na esportivização das práticas corporais. Como exemplo, ao se tratar do
histórico de determinada modalidade, na perspectiva tecnicista apresentava-se os
fatos de forma anacrônica e acrítica. Já para a proposta Crítico Superadora este
mesmo conhecimento é transmitido, levando-se em conta o momento político,
histórico, econômico e social em que estava inserido.

Esta abordagem metodológica encontra sua referência na pedagogia


histórico crítica estando centrada no princípio da igualdade entre os seres
humanos, em termos reais e não formais. Essa metodologia entende a educação
como possibilidade de se alcançar transformações sociais, pois educação e
sociedade relacionam-se dialeticamente (SAVIANI, 1991).

Desta perspectiva os conteúdos não precisam ser organizados numa


seqüência baseada em pré-requisitos, mas sim, abordados segundo o princípio da
complexidade crescente, onde um mesmo conteúdo pode ser discutido tanto na
primeira como na terceira série do Ensino Médio, mudando, portanto, o grau de
complexidade que possivelmente o professor irá apresentar, estabelecendo
diferenças de entendimento e de relações entre o conteúdo e possíveis elementos
articuladores.

Assim, os conteúdos devem oportunizar o deras mais elementares, as


possibilidades de apropriação e recriação, conforme a cultura local. Poderia,
ainda, discutir em que o jogo se diferencia do esporte, principalmente quanto a
liberdade do uso de regras. Já o professor do Ensino Médio, ao trabalhar com o
mesmo Conteúdo Estruturante, poderia inserir questões envolvendo as diversas
dimensões sociais, através de jogos que requeiram maior capacidade de
abstração por parte do aluno.

Um jogo de representação, utilizando imagens (de revistas ou jornais) que


218
provocassem reflexão, poderia ser proposto, considerando os conhecimentos
assimilados desde o ensino fundamental. A partir daí, o professor poderá
problematizar as relações de poder que se evidenciaram, que semelhanças o jogo
proposto pode representar em outras esferas da sociedade, que conflitos surgiram
no decorrer de sua prática e como foram solucionados.

A metodologia crítico superadora aponta para as seguintes estratégias de


ensino: prática social, problematização, instrumentalização, catarse e o retorno à
prática social.

A PRÁTICA SOCIAL caracteriza-se como uma preparação, uma


mobilização do aluno para a construção do conhecimento escolar. É uma primeira
leitura da realidade, um contato inicial com o tema a ser estudado.

O interesse do professor por aquilo que os alunos já conhecem é uma


ocupação prévia sobre o tema que será desenvolvido. É um cuidado preliminar
que visa saber quais as ―pré-ocupações‖ que estão nas mentes e nos sentimentos
dos escolares. Isso possibilita ao professor desenvolver um trabalho pedagógico
mais adequado, a fim de que os educandos, nas fases posteriores do processo,
apropriem-se de um conhecimento significativo para suas vidas. (GASPARIM,
2002, p. 15-16). Já a PROBLEMATIZAÇÃO trata-se de um desafio. É a criação
de uma necessidade para que o educando, por meio de sua ação, busque o
conhecimento. É o momento que a prática social é posta em questão, analisada,
interrogada, levando em consideração o conteúdo a ser trabalhado e as
exigências sociais de aplicação desse conhecimento. (GASPARIM, 2002, p. 35-
36).

A INSTRUMENTALIZAÇÃO é o caminho por meio do qual o conteúdo


sistematizado é posto à disposição dos alunos para que o assimilem e o recriem
e, ao incorporá-lo, transformem-no em instrumento de construção pessoal e
profissional. (GASPARIM, 2002, p. 53).

Para Saviani (1999, p. 81) a instrumentalização consiste na apreensão ―dos


instrumentos teóricos e práticos necessários ao equacionamento dos problemas

219
detectados na prática social‖, e que foram considerados fundamentais na fase da
problematização. Considera que a aprendizagem não é neutra, mas política,
ideológica, direcionada intencionalmente as classes trabalhadoras. Teoricamente,
a construção do conhecimento efetua-se de um ponto de vista oposto ao das
elites. Trata-se, ―da apropriação pelas camadas populares das ferramentas
culturais necessárias à luta que travam dioturnamente para se libertar das
condições de exploração em que vivem‖.

Uma vez incorporados os conteúdos e os processos de sua construção,


ainda que de forma provisória, chega o momento em que o aluno é solicitado a
mostrar o quanto se aproximou da solução dos problemas, anteriormente
levantados.

A CATARSE é a fase em que o educando sistematiza e manifesta o que


assimilou, isto é, que assemelhou a si mesmo, os conteúdos e os métodos de
trabalho usados na fase anterior. Agora traduz oralmente ou por escrito a
compreensão que teve de todo processo de trabalho. Expressa sua nova maneira
de ver o conteúdo e a prática social. É capaz de entendê-los em um novo
patamar, mais elevado, mais consistente e mais bem estruturado (GASPARIM,
2002, p. 127-128).

Para Saviani (1999, p. 81-82), catarse é a expressão elaborada da nova forma de


entendimento da prática social a que se ascendeu. [...] Trata-se da efetiva
incorporação dos instrumentos culturais, transformados agora em elementos
ativos de transformação social [...].

O RETORNO À PRATICA SOCIAL é o ponto de chegada do processo


pedagógico na perspectiva histórico crítica. Representa a transposição do teórico
para o prático dos objetivos da unidade de estudo, das dimensões do conteúdo e
dos conceitos adquiridos.

Professor e alunos modificam-se intelectualmente e qualitativamente em relação a


suas concepções sobre o conteúdo que reconstruíram, passando de um estágio
de menor compreensão científica a uma fase de maior clareza e compreensão
dessa mesma concepção dentro da totalidade. (GASPARIM, 2002, pp. 144).
220
Para melhor compreensão da metodologia aqui apresentada, descreve-
se um exemplo relacionada ao Conteúdo Estruturante Lutas com o conteúdo
específico da Capoeira:

A capoeira é uma prática corporal da cultura afro-brasileira, que possui


elementos importantes para o entendimento da história do Brasil. Através dela
podemos pensar nossa história também sob o olhar dos afro-descendentes, fato
pouco retratado na história tradicional. A partir desse conteúdo pode-se lançar um
olhar para outras temáticas diretamente envolvidas. O assunto a ser abordado é
Jogando Capoeira.

A capoeira, como conteúdo específico, pode também vir a ser excludente,


caso não seja respeitadas as limitações e possibilidades corporais, sociais e
culturais de cada aluno/aluna.

Nesta proposta de aula tem-se como objetivo que os alunos compreendam


como a capoeira, que outrora foi uma manifestação cultural e de libertação, pôde
se tornar elitizada, competitiva, sem ter a preocupação com a individualidade de
cada participante. Outro importante objetivo com esta aula é a possibilidade de
vivenciar a capoeira, sem a preocupação de utilizar-se da técnica como parâmetro
único e exclusivo.

Tão logo os objetivos estejam traçados, o professor buscará mapear aquilo


que os alunos já conhecem sobre o tema. Dessa forma, um interessante
questionamento a ser realizado aos alunos é: como eu posso praticar a capoeira
sem nunca ter freqüentado uma academia, portanto sem dominar a técnica?

Na problematização o professor poderá questionar, junto aos alunos, se a


capoeira esportivizada é inclusiva ou excludente, se a capoeira enquanto
manifestação da Cultura Corporal, pode ou não ser mercadorizada e de que
maneira pode ser inserida na lógica de mercado. Neste momento fica mais
evidenciada a possibilidade de se estabelecer relação entre o conteúdo
estruturante e os diversos problemas da vida social, sejam de ordem econômica,
social ou cultural.

221
No momento em que os questionamentos são lançados, e os alunos
provocados a refletir, a instrumentalização, ganha destaque por possibilitar ao
aluno o contato com o conhecimento sistematizado, historicamente construído.
Assim, o professor poderá começar a atividade solicitando aos alunos que se
dividam em duplas. Em seguida eles terão que decidir quem será a presa e quem
será seu predador correspondente. Feita esta decisão, aquele que for a presa,
deverá fazer gestos que o identifiquem, para que o predador possa tentar encostar
sua mão nas costas do animal. A brincadeira tem algumas regras onde a presa e
seu predador poderão moverem-se apenas executando 1 passo para trás ou para
frente, 1 passo para o lado direito ou esquerdo. O principal objetivo deste primeiro
momento é que os alunos ―ginguem‖ sem saber o que estão fazendo, e assim sem
preocuparem-se com a correta execução do movimento. senvolvimento de uma
visão ampliada dos conhecimentos a serem apreendidos pelo aluno. Numa
perspectiva dialética são apresentados de forma simultânea. O que muda de uma
unidade para outra é a amplitude do conhecimento sobre cada conteúdo.

Ao romper-se com a linearidade dos conteúdos, deve-se considerar a


espiralidade do conhecimento. Os conteúdos são tratados simultaneamente,
constituindo-se referências que vão se ampliando no pensamento dos alunos, ou
seja, lidam com os mesmos dados nas diferentes séries, o que muda são as
referências e o aprofundamento do pensamento sobre eles. Em cada fase amplia-
se o grau de complexidade.

Como exemplo: ao trabalhar o Conteúdo Estruturante Jogo, o professor do


Ensino Fundamental apresentaria à seus alunos as formas mais variadas de jogo,
considerando suas regras mais elementares, as possibilidades de apropriação e
recriação, conforme a cultura local. Poderia, ainda, discutir em que o jogo se
diferencia do esporte, principalmente quanto a liberdade do uso de regras. Já o
professor do Ensino Médio, ao trabalhar com o mesmo Conteúdo Estruturante,
poderia inserir questões envolvendo as diversas dimensões sociais, através de
jogos que requeiram maior capacidade de abstração por parte do aluno.

Um jogo de representação, utilizando imagens (de revistas ou jornais) que

222
provocassem reflexão, poderia ser proposto, considerando os conhecimentos
assimilados desde o ensino fundamental. A partir daí, o professor poderá
problematizar as relações de poder que se evidenciaram, que semelhanças o
jogo proposto pode representar em outras esferas da sociedade, que conflitos
surgiram no decorrer de sua prática e como foram solucionados.

A metodologia crítico superadora aponta para as seguintes estratégias de


ensino: prática social, problematização, instrumentalização, catarse e o retorno à
prática social.

A PRÁTICA SOCIAL caracteriza-se como uma preparação, uma


mobilização do aluno para a construção do conhecimento escolar. É uma primeira
leitura da realidade, um contato inicial com o tema a ser estudado.

O interesse do professor por aquilo que os alunos já conhecem é uma


ocupação prévia sobre o tema que será desenvolvido. É um cuidado preliminar
que visa saber quais as ―pré-ocupações‖ que estão nas mentes e nos sentimentos
dos escolares. Isso possibilita ao professor desenvolver um trabalho pedagógico
mais adequado, a fim de que os educandos, nas fases posteriores do processo,
apropriem-se de um conhecimento significativo para suas vidas. (GASPARIM,
2002, p. 15-16).

Já a PROBLEMATIZAÇÃO trata-se de um desafio. É a criação de uma


necessidade para que o educando, por meio de sua ação, busque o
conhecimento. É o momento que a prática social é posta em questão, analisada,
interrogada, levando em consideração o conteúdo a ser trabalhado e as
exigências sociais de aplicação desse conhecimento. (GASPARIM, 2002, p. 35-
36).

A INSTRUMENTALIZAÇÃO é o caminho por meio do qual o conteúdo


sistematizado é posto à disposição dos alunos para que o assimilem e o recriem
e, ao incorporá-lo, transformem-no em instrumento de construção pessoal e
profissional. (GASPARIM, 2002, p. 53).

Para Saviani (1999, p. 81) a instrumentalização consiste na apreensão ―dos


223
instrumentos teóricos e práticos necessários ao equacionamento dos problemas
detectados na prática social‖, e que foram considerados fundamentais na fase da
problematização. Considera que a aprendizagem não é neutra, mas política,
ideológica, direcionada intencionalmente as classes trabalhadoras. Teoricamente,
a construção do conhecimento efetua-se de um ponto de vista oposto ao das
elites. Trata-se, ―da apropriação pelas camadas populares das ferramentas
culturais necessárias à luta que travam dioturnamente para se libertar das
condições de exploração em que vivem‖.

Uma vez incorporados os conteúdos e os processos de sua construção,


ainda que de forma provisória, chega o momento em que o aluno é solicitado a
mostrar o quanto se aproximou da solução dos problemas, anteriormente
levantados.

A CATARSE é a fase em que o educando sistematiza e manifesta o que


assimilou, isto é, que assemelhou a si mesmo, os conteúdos e os métodos de
trabalho usados na fase anterior. Agora traduz oralmente ou por escrito a
compreensão que teve de todo processo de trabalho. Expressa sua nova maneira
de ver o conteúdo e a prática social. É capaz de entendê-los em um novo
patamar, mais elevado, mais consistente e mais bem estruturado (GASPARIM,
2002, p. 127-128).

Para Saviani (1999, p. 81-82), catarse é a expressão elaborada da nova forma de


entendimento da prática social a que se ascendeu. [...] Trata-se da efetiva
incorporação dos instrumentos culturais, transformados agora em elementos
ativos de transformação social [...].

O RETORNO À PRATICA SOCIAL é o ponto de chegada do processo


pedagógico na perspectiva histórico crítica. Representa a transposição do teórico
para o prático dos objetivos da unidade de estudo, das dimensões do conteúdo e
dos conceitos adquiridos.

Professor e alunos modificam-se intelectualmente e qualitativamente em relação a


suas concepções sobre o conteúdo que reconstruíram, passando de um estágio
de menor compreensão científica a uma fase de maior clareza e compreensão
224
dessa mesma concepção dentro da totalidade. (GASPARIM, 2002, pp. 144).

Para melhor compreensão da metodologia aqui apresentada, descreve-


se um exemplo relacionada ao Conteúdo Estruturante Lutas com o conteúdo
específico da Capoeira:

A capoeira é uma prática corporal da cultura afro-brasileira, que possui


elementos importantes para o entendimento da história do Brasil. Através dela
podemos pensar nossa história também sob o olhar dos afro-descendentes, fato
pouco retratado na história tradicional. A partir desse conteúdo pode-se lançar um
olhar para outras temáticas diretamente envolvidas. O assunto a ser abordado é
Jogando Capoeira.

A capoeira, como conteúdo específico, pode também vir a ser excludente,


caso não seja respeitadas as limitações e possibilidades corporais, sociais e
culturais de cada aluno/aluna. Nesta proposta de aula tem-se como objetivo que
os alunos compreendam como a capoeira, que outrora foi uma manifestação
cultural e de libertação, pôde se tornar elitizada, competitiva, sem ter a
preocupação com a individualidade de cada participante. Outro importante objetivo
com esta aula é a possibilidade de vivenciar a capoeira, sem a preocupação de
utilizar-se da técnica como parâmetro único e exclusivo.

Tão logo os objetivos estejam traçados, o professor buscará mapear aquilo


que os alunos já conhecem sobre o tema. Dessa forma, um interessante
questionamento a ser realizado aos alunos é: como eu posso praticar a capoeira
sem nunca ter frequentado uma academia, portanto sem dominar a técnica?

Na problematização o professor poderá questionar, junto aos alunos, se a


capoeira esportivizada é inclusiva ou excludente, se a capoeira enquanto
manifestação da Cultura Corporal, pode ou não ser mercadorizada e de que
maneira pode ser inserida na lógica de mercado. Neste momento fica mais
evidenciada a possibilidade de se estabelecer relação entre o conteúdo
estruturante e os diversos problemas da vida social, sejam de ordem econômica,
social ou cultural.

225
No momento em que os questionamentos são lançados, e os alunos
provocados a refletir, a instrumentalização, ganha destaque por possibilitar ao
aluno o contato com o conhecimento sistematizado, historicamente construído.
Assim, o professor poderá começar a atividade solicitando aos alunos que se
dividam em duplas. Em seguida eles terão que decidir quem será a presa e quem
será seu predador correspondente. Feita esta decisão, aquele que for a presa,
deverá fazer gestos que o identifiquem, para que o predador possa tentar encostar
sua mão nas costas do animal. A brincadeira tem algumas regras onde a presa e
seu predador poderão moverem-se apenas executando 1 passo para trás ou para
frente, 1 passo para o lado direito ou esquerdo. O principal objetivo deste primeiro
momento é que os alunos ―ginguem‖ sem saber o que estão fazendo, e assim sem
preocuparem-se com a correta execução do movimento.

Num segundo momento, deve-se demonstrar alguns golpes que são efetuados
entendendo que a técnica faz parte das muitas práticas já inventadas pela
humanidade. Dessa forma é papel do professor transmiti-la aos seus
alunos/alunas. Caso o professor não possua elementos suficientes para transmitir
os gestos técnicos, pode solicitar a um de seus alunos que o auxilie na
demonstração.

Deve-se reconstruir com os alunos os movimentos apresentados na


atividade onde se representavam presa e predador, considerando que a atividade
deve ser desenvolvida sempre respeitando as possibilidades de cada um, o que
significa que qualquer um pode praticar capoeira, não necessitando qualquer
conhecimento prévio, o que significa ter participado de determinado grupo.

Como forma de visualizar de que forma se deu a apreensão dos conhecimento por
parte dos alunos, o professor poderá propor a formação de uma roda, onde todos
possam ―jogar‖ a capoeira. Este momento é imprescindível, já que se constitui na
catarse, ou seja, a estratégia que representa a capacidade de síntese e recriação
dos alunos.

Ao conjunto de ações desenvolvidas ao longo de toda a aula aplicou-se a


metodologia, que na perspectiva da cultura corporal, denomina-se crítico
226
superadora. Sugere-se que, para melhor desenvolvimento da aula, sejam
utilizados materiais que caracterizam a parte musical de uma aula de capoeira,
tais como berimbau, caxixi e pandeiro. Estes instrumentos podem ser construídos
com materiais alternativos, onde um prato de flor pode virar o pandeiro, ou um
cano, arame e o fundo de uma garrafa plástica podem constituir o berimbau. Os
mais variados espaços escolares podem ser utilizados para realização desta aula
(quadra, pátio, sala, gramado, etc.).

O exemplo de aula apresentado é um recorte de um conjunto de aulas que


possibilitariam uma melhor compreensão da capoeira enquanto manifestação da
Cultura Corporal, podendo ser desmembrado em outros assuntos em outras aulas.

Na aula anterior à apresentada neste documento, o professor poderia


contextualizar a capoeira, focando o processo de marginalização e exclusão dos
povos afro-descendentes da época da escravatura. Para tal objetivo, desenvolver-
se-ia a instrumentalização através de jogos em que os educandos representariam
os papeis de capitão do mato e escravo. Os jogos iriam desde a interpretação e
solução de histórias propostas pelo professor, por meio da expressão corporal, até
brincadeiras de pega – pega.

Espera-se que o professor possa desenvolver um bom trabalho com seus


alunos e alunas, sempre lembrando das preocupações e questões centrais
colocadas nestas diretrizes que devem nortear suas ações.

6. TEMAS SOCIOEDUCACIONAIS

Os temas sócioeducacionais selecionados para o trabalho interdisciplinar


na disciplina de Educação Física são:

 Educação para o Envelhecimento Digno e Saudável. Aparado pela Lei nº


11,645 que institui a Politica Estadual dos Direitos do Idoso(CEDI). Lei
10,741/2003 Estatuto do Idoso que reafirma e retifica a tarefa educacional.

227
 Educação em Direitos Humanos, Decreto n° 7,177 de 12 de maio de 2010,
o Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos e a Resolução n° 1 de 2012.

7. AVALIAÇÃO E RECUPERAÇÃO

A avaliação da aprendizagem em Educação Física tem conduzido os


professores à reflexão, ao estudo e ao aprofundamento, visando buscar novas
formas de entendimento e compreensão de seus significados no contexto escolar,
contudo:

Na Educação Física, a avaliação da aprendizagem


escolar tem gerado dificuldades, principalmente pelas
limitações apresentadas nas explicações teóricas por
se buscar esse entendimento à luz de paradigmas
(referências filosóficas, científicas, políticas)
tradicionais, insuficientes para a compreensão deste
fenômeno educativo em uma perspectiva mais
abrangente. (Taffarel et al., 1992, p. 97-98).

Apesar da vasta literatura existente, a avaliação da aprendizagem em


Educação Física denota claramente os aspectos quantitativos de mensuração do
rendimento do aluno, através de gestos técnicos, destrezas motoras e qualidades
físicas, visando principalmente a seleção e a classificação. Muitas vezes, o único
critério para aprovação e reprovação é o de assiduidade dos alunos nas aulas.

Nesse sentido, Luckesi (1995) tem chamado à atenção para o fato de que a
escola está praticando a verificação e não a avaliação, principalmente pelo fato de
que a aferição da aprendizagem escolar está sendo utilizada, na maioria das
vezes, para classificar os alunos em aprovados e reprovados. E conclui que,
mesmo que haja ocasiões em que se deem oportunidades para os alunos se
recuperarem, a preocupação recai unicamente em rever os conteúdos
programáticos para recuperar a nota.

Ao propor reflexões sobre a avaliação no ensino de Educação Física


nestas Diretrizes, objetiva-se favorecer a busca da coerência entre a concepção
defendida e as práticas avaliativas que integram o processo de ensino e

228
aprendizagem. Nesta perspectiva, a avaliação deve estar colocada a serviço da
aprendizagem de todos os alunos, de modo que permeie o conjunto das ações
pedagógicas e não como um elemento externo a este processo.

De acordo com as especificidades da disciplina de Educação Física, a


avaliação deve estar vinculada ao Projeto Político Pedagógico da Escola, com
critérios estabelecidos de forma clara, a fim de priorizar a qualidade e o processo
de ensino e aprendizagem, sendo contínua, identificando, dessa forma, os
progressos do aluno durante o ano letivo, levando-se em consideração o que
preconiza a LDB 9394/96 pela chamada avaliação formativa em comparação à
avaliação tradicional, qual seja, somativa ou classificatória, com vistas à
diminuição das desigualdades sociais e com a luta por uma sociedade justa e
mais humana.

A partir da avaliação diagnóstica, tanto professor quanto os alunos


poderão revisitar o processo desenvolvido até então para identificar lacunas no
processo de ensino e aprendizagem, bem como planejar e propor outros
encaminhamentos que visem a superação das dificuldades constatadas.

Será um processo contínuo, permanente e cumulativo, onde o professor


estará organizando e reorganizando o seu trabalho tendo no horizonte as diversas
manifestações corporais, evidenciadas nas formas da ginástica, do esporte, dos
jogos, da dança e das lutas,

levando os alunos a refletirem e a se posicionarem criticamente com o intuito de


construir uma suposta relação com o mundo.

CONTEÚDOS – 6º Ano

229
Conteúdos Estruturantes:
* Ginástica
* Esporte
* Jogos e Brincadeiras
* Lutas

Conteúdos Básicos:
* Exame Biométrico
* Testes Físicos
* Alimentação para uma vida saudável
* Jogos recreativos
* Voleibol
* Futsal
* Atletismo
* Handebol
* Basquetebol
* Jogos de mesa
* Lutas de Aproximação
* Ginástica Geral
* Pesquisar a origem e histórico das lutas

CONTEÚDOS – 7° ANO

230
Conteúdos Estruturantes:
* Ginástica
* Esporte
* Jogos e Brincadeiras
* Lutas

Conteúdos Básicos:
* Exame Biométrico
* Testes Físicos
* Sedentarismo/Stress
* Jogos recreativos
* Voleibol
* Futsal
* Basquetebol
* Handebol
* Atletismo
* Jogos de mesa
* Lutas de Aproximação (noções teóricas e presenciais

CONTEÚDOS – 8º ANO

231
Conteúdos Estruturantes:
* Ginástica
* Esporte
* Jogos e Brincadeiras
* Dança
* Lutas
Conteúdos Básicos:
* Exame Biométrico
* Testes Físicos
* Frequência Cardíaca
* Monitoramento
* Frequência Cardíaca de Treinamento
* Pressão Arterial
* O corpo em movimento: Ossos, Músculos e principais Lesões na pratica de
atividades
físicas
* Jogos recreativos
* Voleibol
* Basquetebol
* Handebol
* Futsal
* Atletismo
* Jogos de mesa
* Ginástica Geral
* Tênis de Mesa
* Xadrez
* Danças Folclóricas (embasamento teórico)
* Capoeira ( embasamento teórico e observação)

CONTEÚDOS – 9º ANO

232
Conteúdos Estruturantes:
* Ginástica
* Esporte
* Jogos e Brincadeiras

* Dança

* Lutas

Conteúdos Básicos:

* Exame Biométrico
* Testes Físicos
* Jogos recreativos
* Voleibol
* Futsal
* Basquetebol
* Handebol
* Atletismo
* Jogos de mesa
* Índice de Massa Corporal
* Noções Básicas de Anatomia (ossos e músculos)
* Danças Circulares Sagradas
* Capoeira

233
CONTEÚDOS – Ensino Médio

Conteúdos Estruturais:
*Ginástica
*Esporte
* Jogos e Brincadeiras

* Dança

* Lutas

Conteúdos Básicos:
* Exame Biométrico
* Testes Físicos
* Saúde e Qualidade de Vida

* Coluna Vertebral ( Vícios Posturais)


* Benefícios da Atividade Física
* A Mídia e o Esporte
* Jogos recreativos
* Voleibol
* Futsal
* Handebol
* Basquetebol
* Jogos de mesa
* jogos de raquetes

* Lutas com aproximação

* Lutas que mantêm à distância

* Lutas com instrumento mediador

* Capoeira

7. REFERÊNCIAS
234
BRACHT, Valter. A constituição das teorias pedagógicas da educação física. In:
Caderno Cedes, ano XIX, n. 48, Agosto/99.

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FIAMONCINI, L; SARAIVA, M. do. Dança na escola a criação e a co-educação em


pauta. In: KUNZ, E. Didática da Educação Física 1. 3 ed. Ijuí: Ed. Unijuí, 2003 p.
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235
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Ramalhete. Petrópolis: Vozes, 1987.

GASPARIN, J. L. Uma didática para a pedagogia histórico-crítica. Campinas:


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LEI 11.863. Educação para o Envelhecimento Digno e Saudável.

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LIBÂNEO, J. C. Democratização da Escola Pública: a Pedagogia Crítico-


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MARX, K. O Capital: Crítica da economia política. 18 ed. Trad. Reginaldo


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SOARES, Carmem Lúcia. Imagens do corpo ―educado‖ : um olhar sobre a

236
ginástica do século XIX. In. FERREIRA NETO, Amarílio (org). Pesquisa Histórica
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SAVIANI, D. Pedagogia Histórico-Crítica: Primeiras Aproximações. São Paulo:


Cortez/Autores Associados, 1991.

_____. Escola e Democracia. 32. ed. Campinas: Autores Associados, 1999.


VAZ, Alexandre Fernandes; PETERS, Leila Lira; LOSSO, Cristina Doneda.
Identidade cultural e infância em uma experiência curricular integrada a partir do
resgate das brincadeiras açorianas. Revista da Educação Física UEM, Maringá, v.
13, n.1, p. 71-77, 2002.

ENSINO RELIGIOSO – ENSINO FUNDAMENTAL


APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

O foco no sagrado e em diferentes manifestações possibilita a reflexão sobre


a realidade contida na pluralidade desse assunto, numa perspectiva de
compreensão sobre sua religiosidade e a do outro, na diversidade universal do
conhecimento humano e de suas diferentes formas de ver o sagrado.

Com isso, a disciplina pretende contribuir para o reconhecimento e respeito


às diferentes expressões religiosas advindas da elaboração cultural dos povos,
bem como possibilitar o acesso às diferentes fontes da cultura sobre o fenômeno
religioso.

Não se pode negar a trajetória histórica do Ensino Religioso no Brasil, mas


diante da sociedade atual, esta disciplina requer uma nova forma de ser vista e
compreendida no currículo escolar.

Tendo em vista que o conhecimento religioso insere-se como patrimônio da


humanidade, e em conformidade com a legislação brasileira que trata do assunto,
o Ensino Religioso, em seu currículo, pressupõe promover aos educandos a
237
oportunidade de processo de escolarização fundamental para se tornarem
capazes de entender os movimentos religiosos específicos de cada cultura,
possuir o substrato religioso, de modo a colaborar com a formação da pessoa.

A sociedade civil, hoje, reconhece como direito os pressupostos desse


conhecimento no espaço escolar, bem como a valorização da diversidade em
todas as suas formas, pois a sociedade brasileira é composta por grupos muito
diferentes.

O Ensino Religioso, tratado nesta perspectiva, contribuiu também para


superar a desigualdade étnico-religiosa e garantir o direito Constitucional de
liberdade de crença e expressão, conforme Art. 5º, inciso VI, da Constituição
Brasileira. Porém, isso deu-se na medida em que a disciplina de Ensino Religioso
e o corpo docente também contribuíram para que, no dia-a-dia da escola, o
respeito à diversidade fosse construído.

O Ensino Religioso pautou-se historicamente no ensino do catolicismo que


expressava a proximidade do Império com a Igreja Católica. Depois, com o
advento da República, a nova constituição separou o Estado da Igreja e o ensino
passou a ser laico. Mesmo assim, a presença das aulas de religião foi mantida nos
currículos escolares, isso se deve ao poder da Igreja Católica junto ao Estado.

Tal influência pode ser constatada em todas as constituições do Brasil, nas


quais o Ensino Religioso foi citado, expressando a representatividade
hegemonicamente cristã no processo de definição dos preceitos legais. Em
consequência disso, desde a época do Império, a doutrina cristã tem sido
preterida na organização do currículo de Ensino Religioso.

Assim, o currículo dessa disciplina propõe-se a subsidiar os alunos, por meio


dos conteúdos, à compreensão, comparação e análise das diferentes
manifestações do sagrado, com vistas à interpretação dos seus múltiplos
significados. A disciplina de Ensino Religioso subsidiará os educandos na
compreensão de conceitos básicos no campo religioso e na forma como a

238
sociedade sofre inferências das tradições religiosas ou mesmo da afirmação ou
negação do sagrado.

Por fim, destaca-se que os conhecimentos relativos ao sagrado e as suas


manifestações são significativas para todos os alunos durante o processo de
escolarização, por propiciarem subsídios para a compreensão de uma das
interfaces da cultura e da constituição da vida em sociedade.

OBJETIVOS
O Ensino Religioso visa a propiciar aos educandos a oportunidade de
identificação, de entendimento, de conhecimento, de aprendizagem em relação às
diferentes manifestações religiosas presentes na sociedade, de tal forma que
tenham a amplitude da própria cultura em que se insere. Essa compreensão deve
favorecer o respeito à diversidade cultural religiosa, em suas relações éticas e
sociais diante da sociedade, fomentando medidas de repúdio a toda e qualquer
forma de preconceito e discriminação e o reconhecimento de que, todos nós,
somos portadores de singularidade.

O Ensino Religioso permitirá que os educandos possam refletir e entender


como os grupos sociais se constituem culturalmente e como se relacionam com o
Sagrado. E, ainda, compreender suas trajetórias, suas manifestações no espaço
escolar, estabelecendo relações entre culturas, espaços e diferenças, para que no
entendimento destes elementos o educando possa elaborar o seu saber,
passando a entender a diversidade de nossa cultura, marcada pela religiosidade.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE
O Ensino Religioso, assim como as demais áreas de conhecimento, que são
discutidas ao longo do Ensino Fundamental, contribuem para o desenvolvimento
do sujeito. A Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional (LDB) tem como
meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo, assim como a

239
compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das
artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade, também do
desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de
conhecimento, habilidades e a formação de atitudes e valores.
Finalmente, e não menos importante, no fortalecimento dos vínculos
familiares, dos laços de solidariedade e de respeito à diversidade cultural e
religiosa em que se assenta a vida social.

Portanto, compreende-se que o conhecimento religioso é um patrimônio da


humanidade e que, legalmente, institui-se na escola, pressupondo promover aos
educandos oportunidade de se tornarem capazes de entender os movimentos
específicos das diversas culturas, sendo o substantivo religioso um forte elemento
de colaboração na constituição do sujeito.

Assim, os conteúdos estruturantes propostos para o Ensino Religioso são: a


paisagem religiosa, Universo simbólico religioso e o texto sagrado, apropriados
das instâncias que ajudam a compreender o sagrado. Cumpre observar que tais
conteúdos estruturantes não têm tradição no currículo de Ensino Religioso, uma
vez que se estas diretrizes pretendem romper com os conteúdos que
historicamente tem sido tratado nesta disciplina.

Para melhor compreender a relação do sagrado com os conteúdos


estruturantes, apresenta-se o seguinte esquema:

PAISAGEM RELIGIOSA

Por paisagem religiosa define-se o lugar ou os espaços geográficos que


remetem às experiências do sagrado que, por força dessas experiências
anteriores, remetem a uma gama de representações sobre o
Transcendente/Imanente.

240
Os espaços considerados sagrados são muito fortes, pois é nesse local que
o sagrado se manifesta. Para mulheres/homens religiosos a natureza não é
exclusivamente natural, ela sempre está carregada de um valor sagrado.

A ideia de que existem espaços sagrados e que pode existir um mundo no


qual as imperfeições estarão ausentes, conduz os seres humanos a suportar as
dificuldades diárias.

As pessoas consagram certos espaços porque necessita viver e conviver


num espaço sagrado, ele precisa locomover-se num mundo sagrado.

Para as Religiões, os espaços não são somente uma relação concreta, física,
entre os povos e o sagrado, há uma relação pré-estabelecida entre ações e
práticas. Nesse sentido, não podem ser ignorados o imaginário e os estereótipos
próprios de cada civilização impregnados de seus valores, identidade, etc.

Os seres humanos necessitam de diversos espaços físicos com sentido


sagrado para manifestar a sua fé. Com esse lugar definido ele organiza ritos,
festas, homenagens, etc., em prol desse objeto.

Não se pode esquecer que nos momentos em que os grupos se reúnem para
unir-se ao sagrado, os espaços passam a assumir significados diversos,
transformando-se num lugar especialmente simbólico, que resulta das crenças
existentes entre essas Tradições Religiosas.

A paisagem religiosa é fruto do espaço social e cultural construído ao longo


do tempo através das vivências dos inúmeros grupos humanos e, portanto, a
paisagem sagrada consiste em uma imagem socialmente construída. E por isso se
faz necessária a sua correta compreensão para entender um dos elementos que
perpassa pelo estudo do sagrado.

241
Universo Simbólico Religioso

É importante compreender a realidade complexa que configura o universo


simbólico enquanto chave de leitura das diferentes manifestações do sagrado no
coletivo, tendo em vista as significações de determinados símbolos religiosos.

Os símbolos são linguagens que expressam sentidos, possuem a função de


comunicar e exercem um papel relevante para a vida imaginativa e para a
constituição das diferentes religiões no mundo. O símbolo pode ser definido como
qualquer coisa que veicula uma concepção, podendo ser uma palavra, um som,
um gesto, um ritual, um sonho, uma obra de arte, uma notação matemática, entre
tantas outras coisas.

A cultura, de modo geral, se sustenta por meio dos símbolos que são
criações humanas e que possuem a função básica de comunicar ideias.

Os símbolos são parte essencial da vida humana, todo humano se constitui e


se constrói por meio de inúmeras linguagens simbólicas.

Abrangendo toda a linguagem do sagrado, os símbolos são a base da


comunicação e constituem o veículo que aproxima o mundo vivido,
cotidianamente, do mundo misterioso dos deuses, deusas, encantados, enfim,
toda a linhagem de seres suprassensíveis que habitam o território do inefável. O
símbolo é um elemento importante porque para o estudo do sagrado é um
instrumento importante.

TEXTO SAGRADO

Os textos sagrados expressam ideias, formas de viabilizar a disseminação e


a preservação dos ensinamentos de diferentes tradições/manifestações religiosas
e isto acontecem por meio de diferentes maneiras, como por exemplo, uma dança
sagrada, pinturas sacras, textos orais e escritos entre outros.

242
Ao articular os textos sagrados aos ritos, as festas religiosas, as situações de
nascimento e morte, as diferentes tradições/manifestações religiosas visam criar
mecanismos de unidade e de identidade do grupo de seguidores, de modo a
assegurar que os ensinamentos sejam consolidados e transmitidos às novas
gerações e ou novos adeptos.

Podem ser retomados em momentos coletivos e individuais para responder


as problemáticas do cotidiano, bem como para orientar a conduta de seus
seguidores.

Algumas tradições/manifestações religiosas não possuem texto sagrado


escrito, eles são transmitidos pela tradição oral e ou revividos em diferentes
rituais.

Os textos sagrados registram os fatos relevantes da tradição / manifestação


religiosa, as orações, a doutrina, a história, constituindo-se em sedimento, no
substrato social para os seguidores, orientando suas práticas.

Assim, o que caracteriza um texto como sagrado é o reconhecimento pelo


grupo de que transmite uma mensagem vinda do ente sagrado ou ainda favorece
uma aproximação entre os adeptos e o sagrado.

A compreensão, interpretação e significação do texto podem ser modificadas,


conforme a passagem do tempo, ou ainda para corresponder às demandas do
tempo presente. Pode, também, sofrer alterações causadas pelas diversas
interpretações secundárias, diferentes do texto original.

Como conteúdo estruturante, o texto sagrado é uma referência importante


para o tratamento dos conteúdos propostos para o Ensino Religioso, pois permite
identificar como a tradição/manifestação atribui as práticas religiosas o caráter
sagrado, em que medida orientam e ou estão presentes nos ritos, nas festas, na
organização das religiões, nas explicações da morte e da vida.

243
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Paisagem Religiosa

Universo Simbólico Religioso

Texto Sagrado

CONTEÚDOS BÁSICOS

6º ANO

Organizações Religiosas

Lugares Sagrados

Textos Sagrados orais ou escritos

Símbolos Religiosos

7º ANO

Temporalidade Sagrada

Festas Religiosas

Ritos

Vida e Morte

Mediante as abordagens presentes na disciplina, estas serão discutidas junto aos


temas sócios educacionais apresentados, tais como os seguintes: Direitos
Humanos – Resolução 01/12 – CNE/CP; História Cultura Afro-Brasileira e Cultura
Indígena – Lei nº (11.645/08); Direito da Criança e do Adolescente; Violência
contra a Criança e o Adolescente – Lei federal nº (11.525/07) e Estatuto da
Criança e adolescente nº 8069/90; Enfrentamento à Violência na Escola;
Prevenção ao Uso Indevido de Drogas – Lei nº (11343/06); Estatuto do Idoso – Lei
nº(10.741/03); História do Paraná – Decreto nº 1143/99, Portaria 413/02;
Educação Alimentar e Nutricional – nº (Lei 11.947/09); Educação Tributária e
244
Fiscal – Decreto nº1143/99 – Portaria 413/02; Educação Ambiental – Lei federal nº
(9.795/99), Decreto nº 4.281/02 e Deliberação 04/13; Educação para o Trânsito –
Lei (9.503/97); Música - Lei nº (11.769/08); Sexualidade Humana – Lei nº
(11.733/97); incluindo Gênero e Diversidade Sexual; Hasteamento de Bandeiras e
execução de Hinos (Somente para as escolas estaduais) – Instrução 13/12
SUED/SEED e Lei nº (12.031) de 21/09/09; Brigadas Escolares – Decreto nº
4.837/12.

METODOLOGIA
As práticas pedagógicas desenvolvidas pelo professor/professora da
disciplina poderão fomentar o respeito às diversas manifestações religiosas,
ampliando e valorizando universo cultural dos estudantes. Uma das formas de
romper com a vinculação entre a disciplina de Ensino Religioso e as aulas de
religião é superar práticas que tradicionalmente têm marcado o seu currículo, seja
em relação aos fundamentos teóricos, ao objeto de estudos, aos conteúdos
selecionados, ou ainda em relação ao encaminhamento metodológico adotado
pelos professores.

Dessa forma, pretende-se assegurar a especificidade dos conteúdos da


disciplina, sem desconsiderar a sua aproximação com as demais áreas do
conhecimento. Pode-se citar, por exemplo, que os espaços sagrados podem
também constituir conteúdos de geografia, de arte, no entanto, o significado
atribuído a esses espaços pelos adeptos desta ou daquela religião, será tratado,
de forma mais aprofundada nas aulas de Ensino Religioso, tendo como foco o
sagrado.

Nesse propósito, convém destacar que todo o conteúdo a ser tratado nas
aulas de Ensino Religioso contribuirá para a superação: do preconceito à ausência
ou à presença de qualquer crença religiosa; de toda forma de proselitismo, bem
como da discriminação de qualquer expressão do sagrado, pois a linguagem a ser

245
utilizada nas aulas de Ensino Religioso é a pedagógica e não a religiosa, referente
a cada expressão do sagrado, adequada ao universo escolar.

Ao adotar esta abordagem em relação aos conteúdos, o professor/professora


estabelecerá uma relação pedagógica com os conhecimentos que compõem o
universo sagrado das manifestações religiosas, como construção histórico-social,
agregando-se ao patrimônio cultural da humanidade.

AVALIAÇÃO E RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS


Dentre as orientações metodológicas para a disciplina de Ensino Religioso,
faz- se necessário destacar os procedimentos avaliativos a serem adotados, uma
vez que este componente curricular não tem a mesma orientação que a maioria
das disciplinas no que se refere a atribuição de notas e ou conceitos. Ou seja, o
Ensino Religioso não se constitui como objeto de reprovação, bem como não terá
registro de notas ou conceitos na documentação escolar, isso se justifica pelo
caráter facultativo da matrícula na disciplina.

Cabe ao professor/professora a implementação de práticas avaliativas que


permitam acompanhar o processo de apropriação de conhecimentos pelos
estudantes, tendo como parâmetro os conteúdos tratados e os seus objetivos.

Diante da sistematização das informações provenientes dessas avaliações,


os professores terão elementos para planejar as necessárias intervenções no
processo de ensino e aprendizagem.

Mesmo que não haja aferição de notas ou conceitos que impliquem na


reprovação ou aprovação dos estudantes, estas diretrizes orientam que os
professores procedam ao registro formal do processo avaliativo, adotando
instrumentos que permitam à escola, ao aluno, aos seus pais ou responsáveis,
identificarem seus conhecimentos obtidos na disciplina.

Com essa prática, os alunos, especificamente, terão a oportunidade de


retomar os conteúdos, como também poderão perceber que a apropriação dos
conhecimentos dessa disciplina lhes possibilita conhecer e compreender melhor a

246
diversidade cultural da qual a religiosidade é parte integrante, bem como
possibilitará a articulação desta disciplina com os demais componentes
curriculares, os quais também abordam aspectos relativos à cultura.

BIBLIOGRAFIA

CISALPIANO, Murilo. Religiões. São Paulo: editora Scipione Ltda., 1994.


ELIADE, Mircea. O sagrado e o profano: a essência das religiões. São Paulo:
Martins Fontes, 1992.
_______. Tratado de história das religiões. 2ª edição, São Paulo: Martins
Fontes, 1998.
HINNELS, John R. Dicionário das religiões. São Paulo: Cultrix, 1989.
MACEDO, Carmen Cinira. Imagem do eterno: religiões no Brasil. São Paulo:
Editora Moderna Ltda., 1989.
OTTO, R. O Sagrado, Lisboa: Edições 70, 1992.
PEDRO, Aquilino de. Dicionário de termos religiosos e afins. Aparecida, SP:
Santuário, 1993.
DCE, Ensino Religioso – Governo do Estado do Paraná.

FILOSOFIA-ENSINO MÉDIO

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Na atual polêmica mundial, acerca dos valores éticos, políticos e
epistemológicos, a filosofia tem um espaço a ocupar e permite compreender ideias
fundamentais. A filosofia gira basicamente em torno de problemas e conceitos
criados no decorrer de sua história, os quais por sua vez devidamente utilizados
geram discussões promissoras e criativas que desencadeiam ações e
transformações. É por essa razão que eles permanecem atuais.
A Filosofia pode terminar por desencadear, o que não pode ser interpretado
como significando que deve voltar-se de modo exclusivo para o engendramento
de ações e transformações.
Essa linha de argumentação está na Declaração de Paris para a Filosofia,
aprovada nas jornadas internacionais, quando sublinha:
247
(...) ação filosófica formando espíritos livres e reflexivos capazes de resistir
às diversas formas de propaganda, fanatismo, exclusão e intolerância, contribui
para a paz e prepara cada um para assumir suas responsabilidades face às
grandes interrogações contemporâneas (...)
Consideramos que a atividade filosófica – que não deixa de discutir
livremente nenhuma idéia, que se esforça em precisar as definições exatas das
noções utilizadas, em verificar a validade dos raciocínios, em examinar com
atenção os argumentos dos outros – permite a cada um aprender e pensar por si
mesmo (...)
Neste sentido entendemos que, pelo menos, três atitudes caracterizam o
pensamento filosófico:
Pensar sem restrições – isto significa que o limite não vem de textos sagrados,
mitos, tradições ou poder, mas do próprio discurso argumentativo.
Pensar a totalidade – a modernidade cartesianamente fragmentou o saber criando
uma fratura entre o mundo do sujeito res cogitans e o mundo da extensão res
extensa. A epistemologia contemporânea procura religar os saberes, dando
uma noção de totalidade.
O modelo argumentativo – por excelência é a dialética no sentido socrático. A
racionalidade filosófica se expressa e se desenvolve na capacidade
argumentativa.
Portanto, a disciplina de Filosofia pode oferecer um suporte fundamental
para o desenvolvimento de pessoas capazes de se auto-determinar, de interpretar
a realidade de maneira adequada, de refletir, de julgar criticamente, de interpretar
os sistemas simbólicos e de re-elaborar o saber de maneira pessoal e construtiva,
possibilitando a formação de sujeitos autônomos, éticos e plenos em sua
cidadania.
Baseado nestes apontamentos entende-se a importância do ensino de
Filosofia na Escola é proporcionar aos alunos a possibilidade de compreender a
complexidade do mundo contemporâneo.
Os sujeitos da educação básica devem ter acesso ao conhecimento
produzido pela humanidade que, na escola, é vinculado pelos conteúdos das
disciplinas escolares. A escola é o lugar de socialização do conhecimento, dando
oportunidade no desenvolvimento do conhecimento científico, filosófico e artístico.
Os conteúdos disciplinares devem ser tratados de forma contextualizada,
interdisciplinar que contempla de forma clara e objetiva perspectivas dentro da
sociedade contemporânea, propiciando a compreensão da produção científica, a
reflexão filosófica e a criação artísticas dentro do contexto histórico.
Essa concepção de escola orienta para uma aprendizagem específica,
colocando em perspectiva o seu aspecto formal e instituído, o qual diz respeito
248
aos conhecimentos historicamente sistematizados e selecionados para compor o
currículo escolar. Neste sentido a escola deve incentivar a prática pedagógica
fundamentada em diferentes metodologias, valorizando concepções de ensino, de
aprendizagem e de avaliação que permitam conscientização e transformação
libertadora.
Um projeto educativo deve atender os sujeitos dentro de sua condição
social, econômica, seu pertencimento étnico e cultural e às possíveis
necessidades especiais para a aprendizagem. Essas características devem ser
tomadas como potencialidades para promover a aprendizagem dos
conhecimentos que cabe à escola ensinar, para todos.

2. Conteúdos Estruturante, Básicos e Específicos:

1ª série:
2.1 - Mito e Filosofia:
Saber Mítico; Saber filosófico, relação entre mito e Filosofia, atualidade do mito, o
que é Filosofia.
Conteúdos Específicos.

A origem da Filosfia
A utilidade da filosofia
Cosmogonia e teogonia
Do mito ao saber filosófico
1-5 Os filósofos pré-socráticos.
1-6 Filosofia e natureza.

2.2 - Teoria do Conhecimento:

A Possibilidade e o Problema do Conhecimento: - ―Conhecimento‖ como


Justificação teórica; Teoria e prática; As fontes do conhecimento; Platão e
Protágoras: relativismo e racionalismos; Filosofia e história; Filosofia e
matemática; As formas de Conhecimento: Conhecer para transformar;
A Questão do Método - Filosofia e Método: - As Críticas de Aristóteles a Platão; A
lógica aristotélica; Descartes e as regras para bem conduzir a razão; Filosofia e
Matemática; História: o contexto de descartes;

249
Perspectiva do Conhecimento: - Penso, logo existo; Hume e a experiência no
processo de conhecimento; Kant e a crítica da razão; Crítica da Razão
pura; Kant e o iluminismo; Kant e a física.
O Conhecimento e a Lógica: Lógica formar, informal, proposição e os tipos de
lógica.
O problema da verdade.

2ª série:
2.3 – Ética:

Conteúdo Estruturante. ÉTICA.

Ética e Moral; Pluralidade Ética; Ética e Violência; Razão, Desejo e Vontade;


Liberdade: autonomia do sujeito e necessidade das normas; relações entre
comunidade e poder; liberdade e igualdade política; política e ideologia; esfera
pública e privada; esfera pública e privada; cidadania formal e/ou participativa.

1.1. Ética e moral.


1.1.1 Liberdade e determinismo.
1.1.2. Ação e verdade.
1.2. A Ética no período clássico.
1.3. Aristóteles e o eudaimonismo.
1.4. A Ética cristã.
1.5. A moralidade em Kant: o imperativo categórico.
1-6 O utilitarismo.
1.7. A Ética contemporânea.
1.7.1. Ética do discurso.
1.7.2. Questões da Ética contemporâneo

Decreto 7.352, de 4 de novembro de 2010.


250
Dispõe sobre a política de educação do campo e o Programa Nacional de
Educação na Reforma Agrária - PRONERA.
1.7.2.2 A bioética.
1.7.2.1.1. Tecnologia genética.
1.7.2.1.2.1O meio ambiente.
1.7.2.1.2Direitos humanos.
1.7.2.3.1 Responsabilidade social.
. Lógica e pensamento.

4. Ciência e poder.
5. Os mitos da ciência.
6. O positivismo.
7. Linguagem e cultura.
8. A escola de Frankfurt.
9. Fenomenologia.
Conteúdo Estruturante.

2.4 Filosofia Política.

Política e Ideologia;
Política e Cidadania;
Cidadania formal e/ou participativa.
Direitos Humanos:
O mundo da prática;
A democracia como ideologia;
A violência;
Preconceito.

251
3ª série:
2.5 - Filosofia da Ciência:

Concepção de Ciência o progresso da ciência – 0 que é ciência?; Filosofia e


ciência, senso comum e ciência; O universo de Ptolomeu; Galileu e o novo espírito
cientifico; Descobertas.
Ciência e Ideologia;
Ciência e Ética;
Contribuições e limites da ciência;
A questão do método Científico;
Pensar a Ciência – Filosofia da Ciência; Diferença entre ciência comum e
revolucionária; Revoluções científicas; Progresso na Ciência; As conseqüências
sociais e políticas de uma nova ciência;
Bioética – Conceito o que é; Bioética Geral, especial, clínica ou de decisão;
Tendências na Bioética; Dimensão histórica da Bioética; Aborto e a Bioética;
Educação sexual.

2.6 – Estética:

Pensar a Beleza – Busca da beleza; Necessidade da estética; A estética entre os


gregos: Platão, Sócrates e Aristóteles; A estética no renascimento, no mundo
Moderno, Contemporâneo; surgimento do belo e as principais idéias dos filósofos
a respeito da Estética. Cultura da estética e o belo hoje.
Filosofia e Arte;
Estética e Sociedade;
Categorias Estéticas – feio, belo, sublime, cômico, grotesco, gosto, etc.;
A Universalidade do gosto – O mercado do gosto; Gosto como um fato social; o
Juízo do gosto na Filosofia, na arte; Deivd Hume, Kant o que pensam sobre o

252
belo; Universalização e exigência do gosto e do belo; Belo clássico; Materialismo
histórico.
A Arte – A necessidade da Arte; Arte e sociedade; pensamento de Karl Mannheim
e Ernst Fischer; Hegel e o espírito absoluto; A arte e a manifestação do espírito;
As diversas formas de arte para Hegel;

Além desses conteúdos – procurar-se-á dar uma visão de toda a


filosofia, suas correntes, Pensamentos, O principais filósofos, seus
métodos, teorias e Idéias, bem como questões temáticas atuais, para
que o educando possa chegar ao final de cada etapa consciente de ter
obtido uma filosofia de qualidade. Serão contemplados os conteúdos
básicos referente aos desafios contemporâneos dentro de cada
conteúdo estruturante.

Os conteúdos contemporâneos, tais como: Igualdade de Gênero,


cultura Afro Brasileira e Africana, a questão dos idosos e seus direitos,
a questão Indígena deverão ser tratados com imparcialidade e
respeito, buscando apresentar as multiformes facetas dos temas
abordados e dar a comunidade escolar a clara noção da necessidade
de inclusão e respeito à diversidade de nossa sociedade e o dever de
trato igualitário a todos os seres humanos, especialmente à aqueles
que menos oportunidades encontram em sua existência cidadã.

Esses conteúdos deverão ser apresentados para apreciação nas aulas


durante os períodos comemorativos de cada um em particular através
de aulas expositivas, pesquisas e trabalhos em grupos, bem como por
meio de atividades relacionadas aos mesmos. Isso poderá ocorrer pelo
Livro Didático, Portal Dia A Dia, ou ainda, outros instrumentos que
possibilitem o acesso eficiente os conteúdos, segundo suas
peculiaridades.

3. Objetivos:

Proporcionar espaço para debates e diálogos sobre a Origem do pensamento


racional, bem como a leitura de textos clássicos da Literatura e da Filosofia, com o
objetivo de despertar a reflexão crítica e a participação cidadã.

253
Propiciar aos alunos um contato com a Filosofia naquilo que ela tem de específico,
a partir de seus principais problemas e autores.
Desenvolver um aparato conceitual que os habilitem a trafegar pelos temas
especificamente filosófico, levando-os a terem uma ação filosófica, formando-lhes
espíritos livres e reflexivos capazes de resistir às diversas formas de propaganda,
fanatismo, exclusão e intolerância, contribuindo para a paz e preparando-os para
assumir suas responsabilidades face às grandes interrogações contemporâneas.
Reelaborar conceito e elaborar novos conceitos falado e escrito; de problematizar
situações discursivas; de argumentar filosoficamente; formular raciocínio lógico,
coerente e crítico; de desmistificar a realidade; de Perceber o que está por trás
das ideologia e posicionar-se; Fazer um elo entre a teoria e a pratica, o abstrato e
o empírico.
Proporciona ao educando a capacidade de desenvolver sua estrutura cognitiva
exercitando a criatividade para empregá-la coletivamente de forma consciente de
sua cidadania; de reconhecer-se sujeito ético, autônomo, reconhecendo
momentos de realização pessoal, superando as dificuldades para encontrar o
equilíbrio da sua existência enquanto ser humano e compreender as diversas
culturas e sua linguagem, valorizando-as, sem apontar uma hierarquia de valores
sem apontar uma referência, mas sim dentro do seu próprio contexto.
Conhecer a origem e os conceitos filosóficos, explicando o significado de Filosofia
e como filosofar no contexto atual; Adquirir senso crítico filosófico perante os
desafios históricos e atuais; Conhecer o conceito filosófico dos primeiros filósofos
gregos e as características de suas escolas, procurando explicar suas idéias
principais; Mostrar as principais características, os métodos, o pensamento e a
influência dos principais filósofos em todas as etapas da história da filosofia;
entender o papel da filosofia no processo do conhecimento, identificando seus
elementos básicos e fundamentais;
Apresentar os textos clássicos da mitologia grega de forma a denotar a
importância do mito para o surgimento da filosofia no contexto do helenismo.
Quais as condições que proporcionaram a passagem do mito ao logos
(pensamento racional), bem como suas complicações no mundo contemporâneo.
Compreender e entender os conteúdos programáticos: Mito e Filosofia, Teoria do
Conhecimento, Ética, Filosofia Política, Filosofia da Ciência e Estética. Enfim,
Pensar filosoficamente é estabelecer uma amizade com o pensamento do outro,
através do diálogo, procurando os fundamentos da verdade, da liberdade do ser
humano. ―Não se ensina filosofia, ensina-se a filosofar‖. (Kant).
4. Metodologia da Disciplina:

A abordagem teórica metodológica deve ocorrer mobilizando os estudantes


para o estudo da filosofia sem doutrinação, dogmatismo e niilismo. O ensino de
254
Filosofia deverá dialogar com os problemas do cotidiano, com o universo do
estudante – as ciências, arte, história, cultura – a fim de problematizar e investigar
os conteúdos estruturantes e seus conteúdos básicos sob a perspectiva da
pluralidade filosófica, tomando como referência os textos filosóficos clássicos e
seus comentadores.
Quanto a metodologia a ser utilizada na disciplina, seguiremos aqui a
sugestão de Deleuze e Guattari; o método consistirá:
Numa SENSIBILIZAÇÃO do aluno para o tema proposto; para tanto serão
utilizados filmes, jornais, revistas, livros ou quaisquer outros meios que
possam vir a ser utilizados; Só pensamos quando somos instigados a isso
por problemas. Pensar é uma necessidade vital motivada pelos problemas;
portanto, não basta que o professor apresente aos estudantes problemas
artificiais, mas sim que sejam vividos pelos alunos. Através da
sensibilização acima proposta o aluno possa fazer o movimento do
pensamento e assim possa despertar o interesse por um determinado
tema. Em outras palavras iluminação com recursos gerais.
PROBLEMATIZAÇÃO: tornar aquilo que foi sensibilizado num problema,
evidenciar o que há de problema naquela situação levantada pelo filme,
quadro, livro, etc. Também na problematização se verifica o conceito
importante envolvidos no problema; Quanto mais intensa e múltipla for essa
problematização, mais elementos a classe e cada educando terão para
produzir sua própria experiência de pensamento.
Recorrendo-se aos clássicos da filosofia (autores e obras), será levada a cabo
uma INVESTIGAÇÃO de como a tradição postulou e tentou resolver esses
problemas. Aqui o professor faz uso da história da filosofia, recorrendo a
filósofos que em sua época e em seu contexto pensaram sobre o tema que
está sendo abordado. A história da filosofia e os filósofos, tomados como
ferramentas para compreender melhor aquele tema ou problema que está
sendo investigado, ganham um sentido e um significado especial, não
sendo apenas mais um conteúdo a ser abordado simplesmente.
Como um corolário dos três passos anteriores, o aluno passará para a
formulação e/ou ressignificação de conceitos, sob a forma de um texto
lógico e metodologicamente estruturado. Esta etapa também chamada de
CONCEITUAÇÃO consiste no exercício da experiência filosófica
propriamente dita. O Educando recria os conceitos estudando, refazendo
ele mesmo o pensamento que levou à sua criação, desde o problema
inicial, ou ainda ele é estimulado a criar um novo conceito, que ofereça uma
outra forma de equacionar o problema enfrentado. Concluindo: É esse tipo
de autonomia e liberdade de pensamento que as aulas de filosofia no
ensino médio de modo especial nestes primeiros anos podem oportunizar
os estudantes ao entendimento e o gosto em filosofar, formando assim
jovens conscientes.

255
Além destas quatro dimensões utilizarei de uma forma metodológica,
Estratégia e Recursos Materiais que contemple todo o processo filosófico de
uma forma coerente: Será utilizado o livro didático público da Secretaria do
Estado da Educação, pois, o mesmo é completo, prático, objetivo e conteúdo são
básicos e fundamentais. A metodologia utilizada será constituída também de aulas
expositivas, leitura, análise e interpretação de textos clássicos, Laboratório
informática, Pesquisas, trabalho individuais em grupo, apresentações; serão
utilizados também música, CD, DVD, TV- Rádio, poesia, xerox, livros de referência
Projeto e Pesquisas. Neste Processo metodológica contemplarei todos estes
aspectos e estarei aberto a novas propostas seja dos alunos, Equipe Pedagógica,
Ensino e Direção.

5. Avaliação e recuperação

Na complexidade do mundo contemporânea com suas múltiplas


particularidades e especializações, espera-se que o estudante possa
compreender, pensar e problematizar os conteúdos básicos do conteúdo
estruturante diversos elaborando respostas aos problemas suscitados e
investigados. Com a problematização e investigação o estudante desenvolverá a
atividade filosófica com os conteúdos básicos e poderá formular suas respostas
quanto toma posição e de forma escrita ou oral, argumenta, ou seja, cria
conceitos. Portanto, terá condições de ser construtor de ideias com caráter
inusitado e criativo, cujo resultado pode ser avaliado pelo próprio estudante e
professor
A avaliação deve ser concebida na sua função, isto é, ela não tem
finalidade em si mesma, mas sim tem a função de subsidiar e mesmo redirecionar
o curso da ação no processo ensino-aprendizagem, tendo em vista garantir a
qualidade que professores, estudantes e a própria instituição de ensino estão
construindo coletivamente. Sendo assim, apesar de sua inequívoca importância
individual, no ensino de Filosofia, avaliação não se resumiria apenas a perceber
quanto o estudante assimilou do conteúdo presente na história da filosofia, do
texto ou dos problemas filosóficos, nem inclusive a examinar sua capacidade de
tratar deste ou daquele tema. A avaliação será harmônica com a metodologia de
trabalho, contínua e dar-se-á por meio da participação nas atividades e em grupo,
apresentações de seminários, testes escritos e orais, relatórios, auto avaliações,
elaboração de textos filosóficos, pesquisas Laboratório informática levando em
conta a capacidade de leitura e interpretação, assim como a produção e o
desenvolvimento de conceitos na ação educacional Portanto, a avaliação estará
presente em todos os momentos no processo ensino-aprendizagem, como
processo contínuo, gradual e permanente que representa um instrumento, eficaz,

256
prático, possibilitando democratizar e auto avaliar os conteúdos educacionais,
pois, deverá ser levada em conta a participação em todos os seus aspectos.

A avaliação no ensino de Filosofia, se este curso quer que o aluno passe por
uma experiência filosófica, que, portanto, seja um processo consciente do aluno, a
este chamaríamos processo metacognitivo. Não é só um processo cognitivo, de
se conhecer determinada coisa, como o conceito de liberdade, hoje e no século
XVII, mas, também, qual é o processo pelo qual ele passou para chegar a
conhecer esse determinado conceito. Por isso é metacognitivo, que não só está
preocupado em produzir conteúdo filosófico, mas está a todo momento se revendo
como processo de filosofar, são as duas coisas ao mesmo tempo.
Devemos fazer o aluno consciente do processo avaliativo, todo o momento ele
deveria estar sabendo quais os critérios que estão sendo usados para avaliá-lo;
quais são os objetivos a serem alcançados naquele momento, atividade ou
exercício. Nesse sentido, talvez, pudéssemos dizer que a avaliação , de alguma
forma,é ela também filosófica.
Talvez aí também coubesse, entre todas as técnicas possíveis, a questão da
auto-avaliação. Havendo a seriedade necessária aos alunos para encararem a
auto avaliação, maturidade para que percebam que é necessário que haja critérios
e que estes têm relação com os objetivos do curso ou da atividade específica,
talvez, em algum momento o professor ache ser possível propor uma auto-
avaliação de determinado aspecto dos alunos.
Tendo em vista que o Colégio adotou o sistema trimestral de avaliação, segue
abaixo a forma como esta ocorrerá durante o trimestre:

Avaliação Valor

Avaliação descritiva e objetiva 6,0

Pesquisa, apresentação de 2,0


trabalho e outras produções

Atividades em sala de aula e extra 2.0


classe

Total 10,0

6. Avaliação e Recuperação Concomitante:

257
A recuperação concomitante será feita após a retomada de conteúdos que não
foram apropriados pelos alunos Mesmo que os alunos tenham atingido a média,
será feita retomada de conteúdos. Será oportunizado ao aluno a recuperação de
100% do valor avaliado.

7. Referências:
ARISTÓTELES. A Política. Edição bilíngüe, grego-português. Tradução
Antonio C. Amaral e Carlos Gomes. Lisboa: Veja, 1998.
ARISTÓTELES. Ética a Nicomaco. Os Pensadores. São Paulo: Nova
Cultural Ltda, 2000.
BACHELARD, G. O ar e os sonhos. Ensaios sobre a imaginação do
movimento. São Paulo: Martins Fontes, 1990.
BRASÍLIA, Secretaria de Educação Básica. Orientações Curriculares do
Ensino Médio; Brasília: MEC/SEB, 2004.
DELEUZE, G.; GUATTARI, F. O que é filosofia? Rio de Janeiro: Ed. 34,
1992. 288 p. (Coleção Trans).
DIRETRIZES Curriculares da Educação Básica do Estado do Paraná –
Filosofia – 2008.
HUME, David. Investigação Sobre o Entendimento Humano. São Paulo:
Abril Cultural, 1973 (col. Os Pensadores).
KANT. Dissertação de 1770. Carta a Marcus Herz. Tradução,
apresentação e notas de Leonel Ribeiro dos Santos e Antonio Marques. Lisboa:
IN/CM,F . C. S. H. da Univ. de Lisboa, 1985.
MAQUIAVEL, Nicolau. O Príncipe. Trad.: Pietro Nassetti. São Paulo: Ed.
Martin Claret, 2005.
PLATÃO; República. São Paulo: Abril Cultural, 1972.
ROUSSEAU, Jean-Jacques. Do Contrato Social. Tradução de Lourdes
Santos Machado. 4. ed. São Paulo: Nova Cultural, 1987. (Os Pensadores).
Filosofia no Ensino Médio ( Cedic)
ASPIS, R. O professor de Filosofia: o ensino da Filosofia no Ensino Médio
como experiência Filosófica. In: CADERNOS CEDES, N, 64. A filosofia e seu
ensino. São Paulo: Cortez; Campinas: CEDES, 2004.

LIVRO DIDÁTICO PUBLICO – Filosofia – Ensino Médio; Secretaria do


Estado da Educação – Ano 2006 – Paraná.

258
FÍSICA-ENSINO MÉDIO

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
O ensino da Física na atual perspectiva história apresenta-se como uma
disciplina útil e rica que permite a compreensão desta ciência como auxílio aos sujeitos no
contexto humano e científico.

Entende-se também que a experimentação pode contribuir significativamente


para o entendimento dos fenômenos físicos, uma maneira de interagir professor e aluno
no contexto escolar, valorizando o conhecimento empírico do educando e promovendo-o
até conseguir alcançar o conhecimento científico.

OBJETIVOS GERAIS

Promover a formação de sujeitos que agreguem uma visão da natureza, das


produções e das relações humanas no seu cotidiano.

Educar para a cidadania contribuindo para o desenvolvido de um sujeito crítico,


capaz de admirar a beleza da produção científica ao longo da história e compreender a
necessidade desta dimensão do conhecimento, para o estudo e o entendimento do
universo de fenômenos que o acerca.

CONTEÚDOS

1.ª SÉRIE

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: MOVIMENTO

CONTEÚDOS BÁSICOS OBJETIVOS

259
- Formular uma visão geral da ciência e compreender a visão
de mundo dela decorrente.
 Momentum e inércia
- Compreender a limitação do modelo clássico no estudo dos
movimentos de partículas subatômicas.
 Conservação da - Compreender o conceito de massa nas translações, como
quantidade de uma construção científica ligada à concepção de força,
movimento entendendo-a como uma constante de movimento e o
(momentum) momentum como uma medida dessa resistência.

- Compreender o conceito de massa nas translações, como


uma construção científica ligada à concepção de força,
 Variação da quantidade
entendendo-a como uma resistência à variação do movimento,
de movimento =
ou seja, uma constante de movimento e o momentum como
impulso
uma medida dessa resistência.

- Compreender o conceito de momento de inércia nas


 2.ª Lei de Newton rotações, relacionando este conceito à massa do objeto e
à distribuição dessa massa em relação ao eixo de
rotação.
- Associar força à variação da quantidade de movimento
 3.ª Lei de Newton e de um objeto ou de um sistema, à variação da
condições de equilíbrio velocidade de um objeto (aceleração ou desaceleração) e
à concepção de massa e inércia.
- Entender as medidas das grandezas, como velocidade,
quantidade de movimento, etc., como dependentes do
referencial e de natureza vetorial.
- Perceber, no cotidiano, movimentos simples que
acontecem devido à conservação de uma grandeza ou
quantidade, neste caso a conservação da quantidade de
movimento translacional ou linear.
- Compreender a conservação da quantidade de
movimento para os movimentos rotacionais.
- Perceber que os movimentos acontecem sempre uns
acoplados aos outros, tanto os translacionais como os
rotacionais.
- Perceber a influência da dimensão de um corpo no seu
comportamento perante a aplicação de uma força em
pontos diferentes deste corpo.
- Apropriar-se da noção de condições de equilíbrio
estático, identificado na 1ª lei de Newton e as noções de
equilíbrio estável e instável.
- Reconhecer e representar as forças de ação e reação
nas mais diferentes situações.

260
 Energia e o - Conceber a energia como uma entidade física que pode
Princípio da se manifestar de diversas formas e, no caso da energia
Conservação da mecânica, em energia cinética, potencial elástica e
Energia potencial gravitacional;
- Perceber o trabalho como uma grandeza física
relacionada à transformação/variação de energia;
- Compreender a potência como uma medida de
eficiência de um sistema físico.

 Gravitação - Associar a gravitação com as leis de Kepler;


- Identificar a massa gravitacional diferenciando-a da
massa inercial, do ponto de vista clássico.
- Compreender o contexto e os limites do modelo
newtoniano tendo em vista a Teoria da Relatividade
Geral.

2.ª SÉRIE

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: TERMODINÂMICA

CONTEÚDOS BÁSICOS OBJETIVOS

 Leis da Termodinâmica: - Compreender a Teoria Cinética dos Gases como um modelo


construído e válido para o contexto dos sistemas gasosos com
comportamento definido como ideal e fundamental para o
desenvolvimento das ideias na termodinâmica.
- Lei Zero da
Termodinâmica - Formular o conceito de pressão de um fluido e extrapole o
conceito a outras aplicações físicas.

- Entender o conceito de temperatura como um modelo


- 1ª Lei da baseado nas propriedades de um material.
Termodinâmica
- Diferenciar e conceituar calor e temperatura, entendendo o

261
calor como uma das formas de energia.

- 2.ª Lei da - Compreender a primeira lei como a manifestação do Princípio


Termodinâmica da Conservação de Energia, bem como a sua construção no
contexto da termodinâmica e a sua importância para a
Revolução Industrial a partir do entendimento do calor como
forma de energia.

- Associar a primeira lei à ideia de produzir trabalho a partir de


um fluxo de calor.

- Compreender os conceitos de capacidade calorífica e calor


específico como propriedade de um material identificável no
processo de transferência de calor, bem como o conceito de
calor latente.

- Identificar dois processos físicos reversíveis e os


irreversíveis.

- Compreender a entropia, uma grandeza que pode variar em


processos espontâneos e artificiais, como uma medida de
desordem e probabilidade.

 A natureza da Luz e - Entender o estudo da luz no contexto do eletromagnetismo.


suas propriedades
- Conceber a luz como parte da radiação eletromagnética,
localizada entre as radiações de alta e baixa energia, que
manifesta dois comportamentos, o ondulatório e o de partícula,
dependendo do tipo de interação com a matéria.

- Entender os processos de desvio da luz, a refração que pode


ocorrer tanto com a mudança do meio quanto com a alteração
da densidade do meio, além do processo de reflexão, no qual
a luz é desviada sem mudança de meio.

- Entender os fenômenos luminosos como os de reflexão total,


reflexão difusa, dispersão e absorção da luz, dentre outros
importantes para a compreensão de fenômenos cotidianos que
ocorrem simultaneamente na natureza.

- Associar fenômenos cotidianos relacionados à luz como, por


exemplo: a formação do arco-íris, a percepção das cores, a cor
do céu dentre outros, aos fenômenos luminosos estudados.

- Compreender a luz como energia quantizada que, ao interagir


com a matéria, apresenta alguns comportamentos que são
típicos de partículas (por exemplo, o efeito fotoelétrico) e
outros de ondas (por exemplo, a interferência luminosa), ou
seja, entenda a luz a partir do comportamento dual;

262
- Extrapolar o conhecimento da dualidade onda-partícula à
matéria, como por exemplo, ao elétron.

3.ª SÉRIE

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: ELETROMAGNETISMO

CONTEÚDOS BÁSICOS OBJETIVOS

 Carga, corrente - Compreender a teoria eletromagnética, suas ideias,


elétrica, campo e ondas definições, leis e conceitos que a fundamentam.
eletromagnéticas - Compreender a carga elétrica como um conceito central no
eletromagnetismo.

- Compreender que a carga tanto cria quanto sente o campo


 Força eletromagnética
de outra carga, mas o campo de uma carga não se altera na
presença de outra carga.

- Compreender as leis de Maxwell como um conjunto de leis


 Equações de Maxwell:
que fornecem a base para a explicação dos fenômenos
 Lei de Gauss para eletromagnéticos.
eletrostática - Entender o campo como uma entidade física dotado de
energia.
 Lei de Coulomb
- Apreender o modelo teórico utilizado para explicar a carga e
 Lei de Àmpere o seu movimento, a partir das propriedades elétricas dos
materiais.
 Lei de Gauss
magnética - Associar a carga elétrica elementar à quantização da carga
elétrica.
 Lei de Faraday
- Conhecer as propriedades elétricas dos materiais, como por
 Ondas exemplo, a resistividade e a condutividade.
Eletromagnéticas - Conhecer as propriedades magnéticas dos materiais.

- Entender corrente elétrica e força como entes físicos que


aparecem associados ao campo.

- Reconhecer as interações elétricas como as responsáveis


263
pela coesão dos sólidos, pelas propriedades apresentadas
pelos líquidos e propriedades dos gases.

- Compreender a força magnética como o resultado da ação


do campo magnético sobre a corrente elétrica.

- Entender o funcionamento de um circuito elétrico,


identificando os seus elementos constituintes.

- Conceber a energia potencial elétrica como uma das muitas


formas de manifestação de energia, como a nuclear e a eólica.

- Compreender a potência elétrica como uma medida de


eficiência de um sistema elétrico.

 Perceber o trabalho elétrico como uma grandeza física


relacionada à transformação/ variação de energia
elétrica.

METODOLOGIA

O ensino da Física exige uma compreensão globalizada dos conteúdos que


contribui na inter-relação teoria e prática, para tanto faz-se necessário dar prioridade a
alguns aspectos fundamentais metodológicos, conceitos históricos, evolução processual
dando ênfase no tratamento disciplinar, produção científica e interdisciplinaridade. E para
que isso aconteça de forma eficaz, os conteúdos serão desenvolvidos, utilizando-se
frequentemente de recursos audiovisuais, pesquisas em livros e revistas de divulgação
científica, laboratório de informática para pesquisas ou simulação de fenômenos e
experimentos que demonstram os fenômenos físicos, para que o aluno comprove a teoria
estudada.

No decorrer das atividades serão abordados os temas que contribuam na


educação para a cidadania dos sujeitos, buscando integrar esses temas ao Ensino de
Física, são eles a Educação para o Envelhecimento digno e saudável( Lei 11.863) que
institui a política Estadual dos Direitos dos Idosos, ( Lei 10.741/2003) Estatuto do Idoso

264
que reafirma e ratifica a tarefa educacional, Educação em Direitos Humanos (Decreto
7.177-12/2010, resolução01/2012), a História da Cultura Afro-Brasileira (Lei.10.639/03) e
a cultura indígena (Lei 11.645/08), bem como os desafios educacionais, como Meio
Ambiente (Lei no. 9.795/99), Enfrentamento à Violência na Escola, Prevenção ao uso
indevido de Drogas, Educação Fiscal (decreto 1.143/99 – portaria no. 413/02), Educação
Sexua

AVALIAÇÃO E RECUPERAÇÃO

A avaliação e recuperação deve ser realizada com caráter diversificado,


levando em consideração todos os aspectos: a compreensão dos conceitos físicos, a
capacidade de análise textual, tendo a possibilidade de expressar-se, a capacidade de
elaborar um relatório sobre um experimento ou qualquer evento que envolva a Física.

Portanto, ela será realizada de forma diagnóstica, para que se possa conhecer
melhor o aluno e quais os conhecimentos empíricos sobre o assunto a ser abordado ele
traz consigo. Deve ser contínua, para que se possa acompanhar o progresso de cada
aluno quanto à compreensão de aspectos históricos, filosóficos e culturais, assim como
da evolução das ideias em ciência, e mais precisamente da Física.

Enfim, a avaliação será um instrumento para auxiliar o processo ensino-


aprendizagem, verificando o progresso do aluno bem como o trabalho do professor.

Serão utilizados como instrumentos avaliativos: trabalhos individuais ou em


grupo, seminários, provas, pesquisas, atividades extraclasse e relatórios de atividade
experimental,seguindo os critérios avaliativos abaixo.

1.ª SÉRIE

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: MOVIMENTO

CONTEÚDOS BÁSICOS OBJETIVOS

Espera-se que o aluno:

- Formule uma visão geral da ciência e compreenda a visão de

265
 Momentum e inércia mundo dela decorrente.

- Compreenda a limitação do modelo clássico no estudo dos


movimentos de partículas subatômicas.
 Conservação da
quantidade de - Compreenda o conceito de massa nas translações, como
movimento uma construção científica ligada à concepção de força,
(momentum) entendendo-a como uma constante de movimento e o
momentum como uma medida dessa resistência.

- Compreenda o conceito de massa nas translações, como


 Variação da quantidade uma construção científica ligada à concepção de força,
de movimento = entendendo-a como uma resistência à variação do movimento,
impulso ou seja, uma constante de movimento e o momentum como
uma medida dessa resistência.

- Compreenda o conceito de momento de inércia nas


 2.ª Lei de Newton
rotações, relacionando este conceito à massa do objeto e
à distribuição dessa massa em relação ao eixo de
rotação.
 3.ª Lei de Newton e - Associe força à variação da quantidade de movimento
condições de equilíbrio de um objeto ou de um sistema, à variação da
velocidade de um objeto (aceleração ou desaceleração) e
à concepção de massa e inércia.
- Entenda as medidas das grandezas, como velocidade,
quantidade de movimento, etc., como dependentes do
referencial e de natureza vetorial.
- Perceba, no cotidiano, movimentos simples que
acontecem devido à conservação de uma grandeza ou
quantidade, neste caso a conservação da quantidade de
movimento translacional ou linear.
- Compreenda a conservação da quantidade de
movimento para os movimentos rotacionais.
- Perceba que os movimentos acontecem sempre uns
acoplados aos outros, tanto os translacionais como os
rotacionais.
- Perceba a influência da dimensão de um corpo no seu
comportamento perante a aplicação de uma força em
pontos diferentes deste corpo.
- Aproprie-se da noção de condições de equilíbrio
estático, identificado na 1ª lei de Newton e as noções de
equilíbrio estável e instável.
- Reconheça e represente as forças de ação e reação
nas mais diferentes situações.

 Energia e o - Conceba a energia como uma entidade física que pode


Princípio da se manifestar de diversas formas e, no caso da energia
266
Conservação da mecânica, em energia cinética, potencial elástica e
Energia potencial gravitacional;
- Perceba o trabalho como uma grandeza física
relacionada à transformação/variação de energia;
- Compreenda a potência como uma medida de eficiência
de um sistema físico.

 Gravitação - Associe a gravitação com as leis de Kepler;


- Identifique a massa gravitacional diferenciando-a da
massa inercial, do ponto de vista clássico.
- Compreenda o contexto e os limites do modelo
newtoniano tendo em vista a Teoria da Relatividade
Geral.

2.ª SÉRIE

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: TERMODINÂMICA

CONTEÚDOS BÁSICOS OBJETIVOS

Espera-se que o aluno:

- Compreenda a Teoria Cinética dos Gases como um modelo


construído e válido para o contexto dos sistemas gasosos com
 Leis da Termodinâmica: comportamento definido como ideal e fundamental para o
desenvolvimento das ideias na termodinâmica.

- Formule o conceito de pressão de um fluido e extrapole o


- Lei Zero da conceito a outras aplicações físicas.
Termodinâmica
- Entenda o conceito de temperatura como um modelo
baseado nas propriedades de um material.

- 1ª Lei da - Diferencie e conceitue calor e temperatura, entendendo o


Termodinâmica calor como uma das formas de energia.

- Compreenda a primeira lei como a manifestação do Princípio


da Conservação de Energia, bem como a sua construção no
267
contexto da termodinâmica e a sua importância para a
Revolução Industrial a partir do entendimento do calor como
- 2.ª Lei da forma de energia.
Termodinâmica
- Associe a primeira lei à ideia de produzir trabalho a partir de
um fluxo de calor.

- Compreenda os conceitos de capacidade calorífica e calor


específico como propriedade de um material identificável no
processo de transferência de calor, bem como o conceito de
calor latente.

- Identifique dois processos físicos reversíveis e os


irreversíveis.

- Compreenda a entropia, uma grandeza que pode variar em


processos espontâneos e artificiais, como uma medida de
desordem e probabilidade.

 A natureza da Luz e - Entenda o estudo da luz no contexto do eletromagnetismo.


suas propriedades
- Conceba a luz como parte da radiação eletromagnética,
localizada entre as radiações de alta e baixa energia, que
manifesta dois comportamentos, o ondulatório e o de partícula,
dependendo do tipo de interação com a matéria.

- Entenda os processos de desvio da luz, a refração que pode


ocorrer tanto com a mudança do meio quanto com a alteração
da densidade do meio, além do processo de reflexão, no qual
a luz é desviada sem mudança de meio.

- Entenda os fenômenos luminosos como os de reflexão total,


reflexão difusa, dispersão e absorção da luz, dentre outros
importantes para a compreensão de fenômenos cotidianos que
ocorrem simultaneamente na natureza.

- Associe fenômenos cotidianos relacionados à luz como, por


exemplo: a formação do arco-íris, a percepção das cores, a cor
do céu dentre outros, aos fenômenos luminosos estudados.

- Compreenda a luz como energia quantizada que, ao interagir


com a matéria, apresenta alguns comportamentos que são
típicos de partículas (por exemplo, o efeito fotoelétrico) e
outros de ondas (por exemplo, a interferência luminosa), ou
seja, entenda a luz a partir do comportamento dual;

- Extrapole o conhecimento da dualidade onda-partícula à


matéria, como por exemplo, ao elétron.

268
3.ª SÉRIE

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: ELETROMAGNETISMO

CONTEÚDOS BÁSICOS OBJETIVOS

Espera-se que o aluno:

Compreenda a teoria eletromagnética, suas ideias, definições,


leis e conceitos que a fundamentam.

- Compreenda a carga elétrica como um conceito central no


eletromagnetismo.

 Carga, corrente - Compreenda que a carga tanto cria quanto sente o campo de
elétrica, campo e ondas outra carga, mas o campo de uma carga não se altera na
eletromagnéticas presença de outra carga.

- Compreenda as leis de Maxwell como um conjunto de leis


que fornecem a base para a explicação dos fenômenos
 Força eletromagnética eletromagnéticos.

- Entenda o campo como uma entidade física dotado de


energia.
 Equações de Maxwell: - Apreenda o modelo teórico utilizado para explicar a carga e o
seu movimento, a partir das propriedades elétricas dos
 Lei de Gauss para
materiais.
eletrostática
- Associe a carga elétrica elementar à quantização da carga
 Lei de Coulomb elétrica.
 Lei de Àmpere - Conheça as propriedades elétricas dos materiais, como por
exemplo, a resistividade e a condutividade.
 Lei de Gauss
magnética - Conheça as propriedades magnéticas dos materiais.

 Lei de Faraday - Entenda corrente elétrica e força como entes físicos que
aparecem associados ao campo.

269
- Reconheça as interações elétricas como as responsáveis
pela coesão dos sólidos, pelas propriedades apresentadas
pelos líquidos e propriedades dos gases.

- Compreenda a força magnética como o resultado da ação do


campo magnético sobre a corrente elétrica.

- Entenda o funcionamento de um circuito elétrico,


identificando os seus elementos constituintes.

- Conceba a energia potencial elétrica como uma das muitas


formas de manifestação de energia, como a nuclear e a eólica.

- Compreenda a potência elétrica como uma medida de


eficiência de um sistema elétrico.

- Perceba o trabalho elétrico como uma grandeza física


relacionada à transformação/ variação de energia elétrica.

A recuperação será realizada paralelamente com cada atividade avaliativa


realizada, após retomada de conteúdo, proporcionando sempre a chance do aluno
recuperar o conteúdo não apreendido.

REFERÊNCIAS

Diretrizes Curriculares da Educação Básica – Física.

PENTEADO, Paulo César M., PENTEADO, Carlos Magno A. Torres. Física – Ciência e
Tecnologia, – São Paulo: Moderna, 2005.

EISBERG, R.; RESNICK R. Física quântica. Rio de Janeiro: Editora Campus, 1979.

MARTINS, R. A. O Universo: teorias sobre a origem e a evolução. 5. ed. São Paulo:


Moderna, 1997.

MENEZES, L.C. A matéria – Uma aventura do Espírito: Fundamentos e Fronteiras do


Conhecimento Físico. São Paulo: Editora Livraria da Física, 2005.

270
GEOGRAFIA-ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Contextualizando a Geografia como a ciência que tem como pressupostos, dentre


outros, a análise, organização, planejamento e gestão do espaço (CORRÊA, 2003),
remete-se, portanto a importância do professor e do aluno conhecerem e reconhecerem a
realidade do local ao qual estão inseridos.

A ciência Geográfica, dentre outros pressupostos, estuda as relações e transformações


do homem em seu meio, sendo assim o espaço o resultado histórico e técnico dessas
alterações, e suas discussões acerca do pensamento geográfico evoluem a partir das
mudanças nas suas concepções. Apesar de o homem desde seus primórdios alterar o
seu ambiente, a Geografia só começa a tomar corpo como ciência a partir do século XV,
período que se iniciam as grandes navegações. Dessa maneira, a Geografia era somente
descritiva, onde as potências Ibéricas do período, financiavam viagens marítimas, e
descobertas, terras, rotas, povos, entre outros era relatado. Nesse período a ciência
Geográfica teve grandes contribuições, entre elas podemos citara de Humboltd, Hetner,
Ratzel, La Blache, entre outros, foram de grande importância para a Geografia que hoje
conhecemos como Tradicional (MORAES, 2008). Enquanto na Europa principalmente
na Alemanha e França a Ciência geográfica já estava sistematizada desde o séc. XIX, no
Brasil só iria ser consolidada em 1930. Nesse contexto as pesquisas relacionadas a área
da Geografia eram desenvolvidas buscando compreender e descrever o ambiente físico-
nacional objetivando os interesses do Estado. Essa forma de abordagem perpetuou por
boa parte do século XX, caracterizando-se na escola pelo caráter
decorativo/enciclopedista, voltada pela descrição do espaço, na formação e fortalecimento
do nacionalismo, essa corrente Teórica e Metodológica é conhecida como Geografia
Tradicional.No entanto as mudanças no campo econômico, político, social e cultural,
associados ao modo de produção após a 2ª Guerra Mundial exigiu-se uma nova postura
do pensamento geográfico. As discussões que se sobressai nessa época centraram-se
em torno da Geografia Crítica, voltada para o método do materialismo dialético histórico.
A Geografia Crítica como linha teórica metodológica, deu novas interpretações aos
conceitos geográficos e ao objeto de estudo da Geografia.

271
No Paraná a Geografia Crítica sofreu avanços e retrocessos, somente como política
educacional desenvolvida a partir do início da década de 2000, que enfatiza a importância
do professor pensador, crítico, conhecedor e pesquisador da sua disciplina, que podemos
voltar os estudos relacionando o objeto de estudo da disciplina e os conteúdos a serem
trabalhados.

Desta forma entendemos que a Geografia é de grande importância aos docentes e


discentes em virtude que essa nos auxilia a entender de maneira racional e reflexiva a
nossa realidade vivenciada em posturas e sentidos nos conduzindo a entender o nosso
ambiente socioespacial, econômico, ambiental e cultural. Contudo para essa
compreensão, faz-se necessário problematizar os conteúdos aos discentes, possibilitando
a esses a compreensão do objeto de estudo da Geografia; o espaço geográfico e as
relações contraditórias entre homem e o seu ambiente, sendo nosso intuito principal
despertar o interesse dos alunos quanto a sua análise, compreendendo de maneira
reflexiva e racional da realidade vivida e manifestada de diferentes formas segundo o
nosso sistema. Dessa maneira entendemos o espaço geográfico como um local
apropriado pela sociedade, composto por objetos (naturais, culturais e técnicos) e ações
(relações sociais, culturais, políticas e econômicas) inter-relacionados (SANTOS, 1996),
sendo um conjunto indissociável de sistemas e objetos que responde a condições sociais
e técnicas presentes num dado momento histórico (SANTOS, 2008). Sendo assim o
espaço Geográfico é um produto da apropriação, transformação e tecnificação do meio
vivido, no decorrer de seu processo histórico. Portanto a construção histórica do
espaço está intrinsecamente ligada a Geografia, sendo extremamente importante, para
alunos e professores, conhecer o passado para entendermos nosso presente, pois,
conforme Lefébvre, apud Corrêa (2003), o espaço nada mais é que o local da reprodução
das relações sociais de produção. Nessa perspectiva o estudo da Geografia deve
contribuir, entre outras coisas, para leitura da realidade espacial, voltada para produção e
transformação do espaço. Para que isso aconteça o professor de Geografia deverá ter
domínio dos conceitos relacionados a Geografia, tais como, paisagem, lugar, território,
região, escala, globalização, entre outros, bem como, relacioná-los sempre a partir da
realidade do educando, possibilitando que esse analise o seu local de maneira racional e
crítica para posteriormente fazer uma análise mais correta do global.

Oliveira (1989, p.142) ressalta que é necessário: ―compreender o espaço


produzido pela sociedade em que vivemos hoje, suas desigualdades e
272
contradições, as relações de produção que nela se desenvolvem e a apropriação
que essa sociedade faz da natureza‖. Para a compreensão espacial é importante
destacar e entender, dentre outros, os conceitos básicos da ciência Geográfica:
sociedade, natureza, território, região, paisagem e lugar. Sendo imprescindível a
interpretação destes conceitos, uma vez que, o espaço geográfico não pode ser
entendido sem uma relação com os agentes que envolvem os mesmos.
Assumindo uma concepção crítica para o ensino da Geografia apontamos
os conteúdos estruturantes da Geografia nas seguintes dimensões do espaço:
econômica, política, socioambiental, cultural e demográfica. Dessa maneira
procuramos visar um estudo capaz de fornecer aos alunos conhecimentos
específicos de Geografia, com os quais esses lhes serviam como base para uma
análise crítica das relações socioespaciais, nas diversas escalas geográficas, do
local ao global. Esse pensamente se faz presente nas Diretrizes Curriculares
(2009), visto que os conceitos estruturantes são os saberes relacionados a
campos de estudos de uma ciência, considerados fundamentais para
compreensão do seu objeto no ambiente da Educação Básica. É importante
salientar que os conteúdos estruturantes se e reúnem em seus conteúdos básicos
e específicos, os grandes conceitos geográficos, o que contribui para a
compreensão do espaço geográfico. Assim a Geografia na Educação
Básica, principalmente nos anos finais do Ensino Fundamental e durante todo o
Ensino Médio, deve contribuir no desenvolvimento do modo de pensar e construir,
trabalhando com intuito desenvolver no discente sua capacidade de fazer a leitura
espacial da realidade em que vive. A Geografia possibilitará ao aluno a
compreensão desse espaço, uma vez que ele faz parte do mesmo. Nesse sentido,
adquirindo o saber geográfico, esse será capaz de entender e explicar as
relações, enfocando as dinâmicas, as transformações e compreendendo os
processos sociais, físicos e biológicos que abrangem os modos de produzir, de
existir e de perceber o ambiente e a sociedade.

Nesse sentido, visando uma melhor aprendizagem por parte dos alunos os
conteúdos serão divididos em bimestres, os quais seguem abaixo.

273
ENSINO FUNDAMENTAL

Series Finais

5ª Série ou 6º Ano

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:

1 – Dimensão econômica do espaço geográfico

2 – Dimensão política do espaço geográfico.

3 – Dimensão socioambiental do espaço geográfico.

CONTEÚDOS BÁSICOS

1. Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e


produção.

2. Formação das paisagens naturais e culturais.

3. A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re) organização do espaço


geográfico.

6ª Serie ou 7º Ano

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

1 – Dimensão econômica do espaço geográfico

2 – Dimensão política do espaço geográfico.

3 – Dimensão socioambiental do espaço geográfico.

4 – A dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico.

274
CONTEÚDOS BÁSICOS

1. A formação, mobilidades das fronteiras e a reconfiguração do território brasileiro.

2. A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e


produção.

3. As diversas regionalizações do espaço brasileiro.

4. As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.

5. A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da


população.

6. Movimentos migratórios e suas motivações.

7. O espaço rural e a modernização da agricultura.

8. A distribuição das atividades produtivas, a (re) organização do espaço geográfico.

7ª Serie ou 8º Ano

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

1 - Dimensão socioambiental do espaço geográfico.

2 - A dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico.

3 - Dimensão econômica do espaço geográfico

4 - Dimensão política do espaço geográfico.

CONTEÚDOS BÁSICOS

-As diversas regionalizações do espaço geográfico.

-A formação mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios do continente


americano.
275
-A distribuição espacial das atividades produtivas, A (re) organização

organização do espaço geográfico.

-Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e


produção.

9. Sociedade, consumo e questão ambiental

10. Consumo e consumismo

11. A crise ambiental contemporânea.

12. Crescimento econômico e desenvolvimento

13. Países desenvolvidos e subdesenvolvidos

14. As desatualizações regionais

15. O mundo subdesenvolvido e suas desigualdades

16. Dependência tecnológica

17. As condições de vida no mundo subdesenvolvido

18. O mundo desenvolvido

19. Supremacia econômica e tecnológica

20. As multinacionais

21. Qualidade de vida no mundo desenvolvido.

8ª Serie ou 9º Ano

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

1 – Dimensão econômica do espaço geográfico

2 – Dimensão política do espaço geográfico.


276
3 – Dimensão socioambiental do espaço geográfico.

4 – A dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico.

CONTEÚDOS BÁSICOS

1. As diversas regionalizações do espaço geográfico.

2. A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.

3. O comércio mundial e as implicações socioespaciais.

4. A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios.

5. As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.

6. Os movimentos migratórios mundiais e suas motivações.

7. O espaço em rede: produção, transporte e comunicações na atual configuração


territorial.

ENSINO MÉDIO

1ª SÉRIE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
 Dimensão econômica do espaço geográfico

 Dimensão política do espaço geográfico

 Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico

 Dimensão socioambiental do espaço geográfico

CONTEÚDOS BÁSICOS

1- A formação e transformação das paisagens.

277
2- A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologia de exploração
e produção.

3- A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)organização do espaço


geográfico.

4- A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.

5- A transformação técnico- científica – informacional e os novos arranjos no espaço


da produção.

6- Espaço rural e a modernização da agricultura.

7- O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual configuração


territorial.

8- Formação, mobilização das fronteiras e a reconfiguração dos territórios.

9- O comércio e as implicações sócio-espaciais.

2ª SÉRIE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

1– Dimensão econômica do espaço geográfico

2- Dimensão política do espaço geográfico

3- Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico

4- Dimensão socioambiental do espaço geográfico

CONTEÚDOS BÁSICOS

IV- As diversas regionalização do espaço geográfico.

V- O espaço rural e s modernização da agricultura.

VI- A circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações.

VII-As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista.

278
VIII- A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a
urbanização recente.

IX- Os motivos migratórios e suas movimentações.

X- As manifestações sócios-espaciais da diversidade cultural.

XI- O comércio e as implicações sócio-espacias.

3ª SÉRIE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

22. Dimensão econômica do espaço geográfico

23. Dimensão política do espaço geográfico

24. Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico

25. Dimensão socioambiental do espaço geográfico

CONTEÚDOS BÁSICOS

 A revolução técnico-científica-informacional e os novos arranjos no espaço.

 A circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações.

 Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios.

 A transformação demográfica, a distribuição espacial da população e os


indicadores estatísticos.

 Os movimentos migratórios e suas motivações.

 As manifestações sócio-espaciais da diversidade cultural.

 As diversas regionalizações do espaço geográfico.

 As implicações sócio-espaciais do processo de mundialização.

 A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.


279
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

Entendemos que a melhor metodologia aquela que contribui para a nossa


prática pedagógica, que estabelece o diálogo entre aluno/professor e o
conhecimento vivido pelos discentes nos mais diversos ambientes em suas
relações sociais. Essa possibilita compreender o conteúdo – conhecimento
científico e que problematiza a situação, estimulando o aluno a reflexão racional.
Diante dessa concepção realizaremos uma metodologia crítica e dinâmica,
interligando teoria, prática e realidade, entendendo que ambas não podem ser
trabalhadas de forma isoladas. Desta forma é imprescindível que a Geografia
contemple um estudo que vise abordar a totalidade dos conceitos fazendo uma
inter-relação entre os conteúdos estruturantes e os conhecimentos específicos.

Além dos trabalhados em sala de aula e dentro do espaço físico da escola,


poderemos realizar, quando possível, aulas de campo, que ajudarão o aluno a
fazer as relações entre teoria, prática e a realidade. Também estaremos
aproveitando a localização da escola para realizar alguns trabalhos voltados para
a realidade do discente e que contemple seus conhecimentos vivenciados no dia-
a-dia.

Em nosso trabalho docente serão desenvolvidos diferentes trabalhos


acerca dos conteúdos História e Cultura Afro e Indígena, conforme as leis
10.639/03 e 11.645/08, tais como saídas de campo, DVD's, pesquisas e
abordagem da importância e contribuição desses povos no contexto histórico e
atual de formação e apropriação do espaço e cultura brasileira, desmistificando
assim estigmas existentes a esses povos que é tão comum em nossa região.

Em nosso trabalho com os discentes, será dado grande importância a


questão ambiental, conforme a lei 9795/99, tal como; degradação histórica e atual,
sua importância econômica, preservação de nossa diversidade e desenvolvimento
280
sustentável. Será dado ênfase principalmente a questão ambiental de nossa
região, enfocando como nós individualmente podemos contribuir para a
preservação de nosso ambiente, além de como essa pode gerar empregos e bem
estar a nossa sociedade local e extra-local.

Assim, em nosso trabalho docente buscaremos aulas que estimulem os


alunos a buscar, pesquisar, encontrar soluções e formular novos problemas, e,
acima de tudo, valorizar as diversidades existentes em nosso ambiente escolar e
social.

RECURSOS MATERIAIS

Nesse contexto, visando uma melhor aplicabilidade metodológica,


utilizaremos diferentes materiais didáticos, incluindo, entre outros, livros, textos
complementares, jornais, revistas, mapas, maquetes, fotos, músicas, entrevistas e
recursos audiovisuais. Também utilizaremos como recursos tecnológicos a TV
multimídia pen drive, Data-Show e a sala de ambiente de informática, com o uso
da internet, simuladores e softwares, jogos, entre outros, além da interpretação de
mapas, gráficos e tabelas, que Tudo isso para construirmos uma aula de maneira
interativa, aliando o ensino sistematizado da disciplina ao contexto tecnológico que
vivemos. auxilie a compreensão das temáticas abordadas. Tudo isso para
construirmos uma aula de maneira interativa, aliando o ensino sistematizado da
disciplina ao contexto tecnológico que vivemos.

AVALIAÇÃO E RECUPERAÇÃO

Nossos procedimentos avaliativos bem como os de recuperação serão


pautados na busca, acompanhamento e desenvolvimento integral da
aprendizagem do aluno, voltada a compreensão conceitual e desenvolvimento da
capacidade de pensar, explicar, escrever, criticar e transformar, acerca do
281
conteúdo desenvolvido dentro e fora de sala de aula, além daqueles de vivência e
sistematização ao longo dos anos pelos discentes.

A avaliação será continuada , contemplando critérios e práticas, tais como


leitura , interpretação e produção de textos , leitura e interpretação de diferentes
tipos de mapas, pesquisa e apresentação de trabalhos, produção de cartazes,
atividades desenvolvidas nos cadernos relatórios de campo e imagens,
confecção de maquetes e desenhos,. Destas atividades serão elencadas no
mínimo duas que terão valor 2,0 em cada bimestre. As provas dissertativas e
objetivas dos assuntos contemplados em nossa proposta de trabalho terão valor
3,0 sendo bimestral . Esses diferentes critérios foram escolhidos em virtude de
contemplar as diferentes formas de se comunicar dos alunos, buscando atender
as diversidades presentes em nossa sala de aula.

A recuperação das atividades desenvolvidas será de maneira


concomitante à atividade realizada.

REFERÊNCIAS BÁSICAS E A SEREM CONSULTADAS

ALMEIDA, Lúcia Marina Alves de.; RIGOLIN, Técio Barbosa. Geografia Geral e do
Brasil: Ensino Médio. São Paulo, 2009.

CORRÊA, R, L. O Espaço Urbano. São Paulo: Ática, 2003.

____________ Espaço, um conceito-chave da Geografia. In: CASTRO, Iná Elias.;


GOMES, Paulo César da Costa.; CORRÊA, Roberto Lobato. (org) Geografia:
Conceitos e Temas. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2003. p. 15-47.

GAMA, Else Marilia Silva Ferreira.; CASTRO, Sílvia Regina Barbosa de. Coleção
Elos, Geografia: Ensino Fundamental. São Paulo: IBEP, 2006.

MORAES, Antõnio Carlos Robert. Geografia: pequena história crítica. São Paulo:
Ed. Hucitec, 2008.

282
OLIVEIRA, Ariovaldo Umbelino. Situação e tendências da Geografia. IN:
____________. (Org.). Para onde vai o ensino da Geografia? São Paulo:
Contexto, 1989. P. 24-29.

SANTOS, M. Por uma Geografia nova. São Paulo: Hucitec, 1996.

____________ A Natureza do Espaço: Técnica e Tempo, Razão e Emoção. São


Paulo: USP, 2008. P. 17-128; 143-168.

Secretaria do Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação


Fundamental da Rede de Educação Básica do Estado do Paraná. Curitiba: SEED,
2009.

Universidade Estadual do Centro Oeste. Programa de Avaliação Continuada -


PAC. UNICENTRO, 2009.

HISTÓRIA-ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO


APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A análise histórica da disciplina, bem como as novas demandas sociais para


o ensino de História se apresentam como indicativos para a elaboração de
Diretrizes Curriculares, na medida em que possibilitam reflexões a respeito dos
contextos históricos em que os saberes foram produzidos e repercutiram na
organização do currículo da disciplina.

Neste documento, a organização do currículo para o ensino de História terá


como referência os conteúdos estruturantes, entendidos como os saberes que
aproximam e organizam os campos da História e seus objetos. Os conteúdos
estruturantes são identificados no processo histórico da constituição da disciplina
e no referencial teórico atual que sustenta os campos de investigação da História
política, econômico-social e cultural, à luz da Nova Esquerda Inglesa e da Nova
História Cultural, inserindo conceitos relativos à consciência histórica.

283
Em princípio, destaca-se que as diretrizes curriculares que agora se
apresentam, recusam uma concepção de História como verdade pronta e
definitiva, vinculada a uma determinada vertente do pensamento humano, sem
diálogo com outras vertentes, pois não se pode admitir que o ensino de História
seja marcado pelo dogmatismo e pela ortodoxia. Por outro lado, recusam-se
também as produções historiográficas que afirmam não existir objetividade
possível em História, sendo, portanto, todas as afirmativas igualmente válidas.
Cumpre destacar ainda que os consensos mínimos construídos no debate entre
as vertentes teóricas não são meras opiniões, mas fundamentos do conhecimento
histórico que serão tidos como referenciais para a construção deste documento de
diretrizes.

A História tem como objeto de estudos os processos históricos relativos às


ações e às relações humanas praticadas no tempo, bem como os sentidos que os
sujeitos deram às mesmas, tendo ou não consciência dessas ações. Já as
relações humanas produzidas por estas ações podem ser definidas como
estruturas sócio-históricas, ou seja, são as formas de agir, de pensar ou de
raciocinar, de representar, de imaginar, de instituir, portanto, de se relacionar
social, cultural e politicamente.

As relações condicionam os limites e as possibilidades das ações dos


sujeitos de modo a demarcar como estes podem transformar constantemente as
estruturas sócio-históricas. Mesmo condicionadas, as ações dos sujeitos permitem
espaços para suas escolhas e projetos de futuro. Deve-se considerar também
como objeto de estudos, as relações dos seres humanos com os fenômenos
naturais, tais como as condições geográficas, físicas e biológicas de uma
determinada época e local, os quais também se conformam a partir das ações
humanas.

284
OBJETIVOS

A finalidade da História é expressa no processo de produção do


conhecimento humano sob a forma da consciência histórica dos sujeitos. É
voltada para a interpretação dos sentidos do pensar histórico dos mesmos, por
meio da compreensão da provisoriedade deste conhecimento. Esta provisoriedade
não significa relativismo teórico, mas que, além de existirem várias explicações
e/ou interpretações para um determinado fato, algumas delas são mais válidas
historiograficamente do que outras.

Portanto, para Chartier, a cultura não é situada nem acima, nem tampouco
abaixo das relações econômicas e sociais. ―Todas as práticas sejam econômicas
ou culturais, dependem das representações utilizadas pelos indivíduos para darem
sentido a seu mundo.‖ (HUNT, 1995, p. 25.)

A Nova História Cultural se utiliza das categorias de representação e


apropriação para a produção do conhecimento histórico. Representação,
considerada a pedra angular da Nova História Cultural, conceito superior ao de
mentalidade, é entendida como as diferentes formas através das quais as
comunidades, partindo de suas diferenças sociais e culturais, percebem e
compreendem sua sociedade e sua própria História.

A apropriação, por sua vez, ―tem por objetivo [sic] uma História sociail das
interpretações remetidas para as suas determinações fundamentais (que são
sociais, institucionais e culturais) e inscritas nas práticas específicas que as
produzem‖ (CHARTIER, 1987, p. 26.).

Dessa forma, a Nova História Cultural se baseia na correlação entre práticas


sociais e representações, na qual

As noções complementares de ‗práticas e representações‘ são bastante


úteis, porque através delas podemos examinar tanto os objetos culturais
produzidos, os sujeitos produtores e receptores de cultura, os processos que
envolvem a produção e difusão cultural, os sistemas que dão suporte a estes
285
processos e sujeitos, e por fim as normas a que se conformam as sociedades
quando produzem cultura, inclusive através da consolidação de seus costumes
(BARROS, 2004, p. 81-82).

O ensino de História na Educação Básica, pode se beneficiar dessa corrente


historiográfica, na medida em que esta valoriza a diversificação dos documentos
(imagens, canções, objetos arqueológicos, entre outros), na construção do
conhecimento histórico, permitindo também relações interdisciplinares com outras
áreas do conhecimento.

Da mesma forma, a abordagem local, assim como os conceitos de


representação, prática cultural, apropriação, por um lado, e circularidade cultural e
polifonia, por outro lado, possibilitam aos alunos e aos professores, tratarem esses
documentos através de problematizações mais complexas em relação à História
tradicional, desenvolvendo uma consciência histórica que leve em conta a
diversidade das práticas culturais dos sujeitos, sem abandono do rigor do
conhecimento histórico.

Estabelecer articulações entre abordagens teórico-metodológicas distintas,


resguardadas as diferenças e até a oposição entre elas, por entender que esse é
um caminho possível para o ensino de História, uma vez que possibilita aos
alunos compreender as experiências e os sentidos que os sujeitos dão às
mesmas. Por exemplo, a macro-história e a micro-história são abordagens que
podem ser combinadas: uma História das experiências ligadas ao sofrimento e à
miséria, sempre injustos, de uma localidade, de uma família, de um indivíduo
mostra pontos de vista e ações de um determinado passado que permitem uma
reavaliação dialética das explicações macro-históricas, as quais analisam e
propõem ações que visam à superação das condições de vida dos sujeitos do
presente, apontando para expectativas futuras.

Para que esta articulação esteja presente na abordagem curricular de


História, estas diretrizes elegem como síntese dessa proposição, a idéia de
consciência histórica. Entende-se que a consciência histórica é uma condição da
286
existência do pensamento humano, pois sob esta perspectiva os sujeitos se
constituem a partir de suas relações sociais, em qualquer período e local do
processo histórico, ou seja, a consciência histórica é inerente à condição humana
em toda a sua diversidade.

Para o ensino de História existem quatro tipos de consciência histórica,


sendo elas a consciência histórica: tradicional, exemplar, crítica e genética2.
Estas coexistem no mundo contemporâneo, não somente na historiografia de
referência, mas também na vida prática dos sujeitos, seja nas escolas, nos meios
de comunicação, nas famílias e nas demais instituições.

As concepções que marcam a produção historiográfica, a partir da adoção de


referenciais teóricos e de métodos, permitem a compreensão de que o
conhecimento histórico possui diferentes formas de explicar o seu objeto de
investigação, constituídos nas experiências dos sujeitos. Ao se apropriar dessas
produções e concepções, o ensino de História contribui para a formação de uma
consciência histórica crítica dos alunos, uma vez que o estudo das experiências
do passado, nessa perspectiva, permite formar pontos de vista históricos por
negação aos tipos tradicional e exemplar de consciência histórica. A ruptura com
os modelos históricos que pautam suas produções na linearidade temporal e na
redução das interpretações a causas e conseqüências, permite a ampliação das
possibilidades de explicação e compreensão do fato histórico.

Ao optar pelas contribuições das correntes historiográficas identificadas como


Nova História Cultural e Nova Esquerda Inglesa como referenciais teóricos das
diretrizes curriculares de História, objetiva-se propiciar aos alunos, ao longo da
Educação Básica, a formação da consciência histórica. Para que esse objetivo
seja alcançado, a abordagem dos conteúdos, nessa perspectiva, possibilita que o
professor explore os novos métodos de produção do conhecimento histórico e
amplie as possibilidades: de recortes temporais, do conceito de documento, de
sujeitos e de suas experiências, de problematização em relação ao passado. Além
disso, permite que o aluno elabore conceitos que o permitam pensar

287
historicamente, superando também a idéia de História como algo dado, como
verdade absoluta.

DIMENSÃO POLÍTICA

O interesse pela dimensão do político na História confunde-se com a própria


história da ciência de referência.

Segundo Barros (2004), o que autoriza classificar um estudo dentro da


História política é o enfoque no poder, não apenas estatal, mas também no estudo
dos micro-poderes presentes no cotidiano (família, escola, fábricas, prisões,
hospitais, hospícios, etc.). São perceptíveis aqui as influências do pensamento de
Michel Foucault. Outras contribuições teóricas que favoreceram a releitura da
História política foram os escritos de Gramsci, Geertz, Bourdieu, entre outros.

Segundo Falcon, ―o estudo do político vai compreender a partir daí não mais
apenas a política em seu sentido tradicional mas, em nível das representações
sociais ou coletivas, os imaginários sociais, a memória ou memórias coletivas, as
mentalidades, bem como as diversas práticas discursivas associadas ao poder‖
(1997,p. 76). Essa nova forma de abordar a dimensão do político se viabiliza a
partir da aproximação do mesmo com a História cultural.

Este conteúdo estruturante, dentro da concepção apresentada nestas


Diretrizes Curriculares, visa, a partir de conceitos como práticas, representações,
hegemonia, entre outros, propor uma nova forma de trabalhar com a dimensão
política, rompendo com o ensino tradicional da História, até então centrado nos
chamados ―grandes homens‖, nas batalhas, tratados, datas, etc. Para que isto
ocorra, ressalta-se a importância de inserir o sujeito comum na História a partir do
estudo de espaços e de relações sociais, pautadas pelas relações de poder.

DIMENSÃO ECONÔMICO-SOCIAL

A dimensão econômico-social da História se faz presente, desde o início do


século XX, em estudos de Marc Bloch [1886-1944] e Lucien Febvre [1878-1956],
288
fundadores da Revista dos Annales (1929). Estes autores, influenciados pelo
marxismo, procuraram desenvolver uma teoria que superasse a visão
essencialmente política da História, isto é, uma teoria que se opusesse à História
tradicional de base rankeana.

A partir dessas publicações, as pesquisas na área da História ganharam um


novo impulso. Historiadores optaram por aproximar a História de outras áreas das
ciências humanas como a sociologia, a geografia, a psicologia, a economia,
incorporando outras dimensões e articulando, assim, diversos aspectos da
sociedade na análise do processo histórico.

Como conseqüências destas medidas, surgem novas metodologias para a


produção do conhecimento histórico. Tais produções chegam ao seu auge na
década de 1950, criaram modelos explicativos para a História do Brasil, a partir do
viés econômico, influenciando toda uma geração de historiadores. Subordinava
todas as relações ao viés economicista.

Uma das possibilidades de superar esta abordagem economicista e


reducionista que tem marcado o ensino de História, preservando a análise da
dimensão econômico-social, é através da busca de ampliação de seu referencial
teórico-metodológico. Daí a importância, por exemplo, da Nova Esquerda Inglesa,
quando propõe a articulação entre a dimensão econômico-social com o cultural.

DIMENSÃO CULTURAL

Ao se propor a cultura como uma das dimensões para o estudo da História,


entende-se essa dimensão como aquela que permite conhecer os conjuntos de
significados que os homens conferiram à sua realidade para explicar o mundo.

Frente às mudanças ocorridas nos últimos 30 anos, os modelos de


explicação do passado têm sido questionados. As verdades totalizantes e as
certezas absolutas se perderam em meio a uma dinâmica social que não se
apegava mais à razão. Essa crise os paradigmas explicativos ocasionou rupturas

289
profundas na História, permitindo a inclusão de diferentes propostas e abordagens
que incluíam a cultura como ponto de partida para a análise histórica.

Grandes influenciadores desta mudança foram os estudos de Norbert Elias,


Michel Foucault, Pierre Boudieu e Mikhail Bakhtin, que, particularmente,
possibilitaram novas tendências no estudo da História. Tanto temas já clássicos da
historiografia, como por exemplo as relações de classe presentes da obras de
Robert Darnton [1939- ] e Edward Thompson, como o trabalho com novas fontes,
metodologias e temáticas, apontadas nas pesquisas de Roger Chartier e Carlo
Ginzburg foram favorecidos por aqueles estudos.

No Brasil, estudos pioneiros são Casa Grande e Senzala (1933), de Gilberto


Freyre [1900-1987] e Raízes do Brasil (1936), de Sérgio Buarque de Holanda
[1921- 1982]. Ambos considerados precursores de uma História cultural, tanto do
ponto de vista teórico como metodológico.

A dimensão cultural é múltipla e complexa, assim sendo, quando articulada


às outras dimensões amplia as possibilidades de explicação do passado e a
construção de novas interpretações históricas na escola, em consonância com os
pressupostos já apontados na fundamentação teórico-metodológica.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Conteúdos estruturantes são saberes, conhecimentos construídos


historicamente e considerados fundamentais para a compreensão do objeto e
organização dos campos de estudos de uma disciplina escolar. Deles derivam os
conteúdos específicos que compõem o trabalho pedagógico e a relação de
ensino-aprendizagem no cotidiano da escola. A fim de atender a proposta de
organização curricular desse documento, os conteúdos estruturantes são
apresentados aqui como dimensões.

Assim, as dimensões da vida humana que podem constituir enfoques


historiográficos e das quais este documento entende como significativos para o

290
conhecimento da História, no Ensino Fundamental, são: a dimensão política, a
dimensão econômico-social e a dimensão cultural.

É importante ressaltar que tais dimensões visam à busca de grandes


sínteses. O aluno não pode ficar a mercê de compreender a História através de
recortes com sentido fechado em si, mas deve ser estimulados a compreender
fenômenos de amplo efeito sobre diferentes recortes sincrônicos, diacrônicos,
permanências e continuidades, a partir de movimentos de inter-relações, onde os
conteúdos não sejam tomados de forma isolada, pois

(...) apesar de falarmos freqüentemente em uma ―História Econômica‖,


em uma ―História Política‖, em uma ―História Cultural‖, e assim por
diante, a verdade é que não existem fatos que sejam exclusivamente
econômicos, políticos ou culturais. Todas as dimensões da realidade
social interagem, ou rigorosamente sequer existem como dimensões
separadas. Mas o ser humano, em sua ânsia de melhor compreender o
mundo, acaba sendo obrigado a proceder a recortes e a operações
simplificadoras, e é neste sentido que devem ser considerados os
compartimentos que foram criados pelos próprios historiadores para
enquadrar os seus vários tipos de estudos históricos.

(BARROS, 2004, p.15).

Em síntese, os conteúdos estruturantes aqui apresentados (político,


econômico-social e cultural), em suas respectivas dimensões, articulações ou
inter-relações, estão em consonância com os fundamentos teórico-metodológicos
da disciplina, propostos nesta Diretriz Curricular.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

A explicitação relativa aos referenciais teóricos que sustentam estas


Diretrizes Curriculares, bem como, a definição dos conteúdos estruturantes,
orientam a organização e o tratamento a ser dado aos conteúdos específicos de
História no Ensino Fundamental. Permitem, também, apreender as contribuições,
291
limites e possibilidades que se abrem para a disciplina, a partir de diversos
contextos históricos.

Para que haja coerência entre a concepção teórica, o tratamento e a


organização dos conteúdos neste documento, foram apresentados os conteúdos
estruturantes, entendidos como as dimensões política, econômico-social e cultural,
a partir das contribuições teóricas e metodológicas da Nova Esquerda Inglesa e da
Nova História Cultural.

5ª SÉRIE / 6ºANO

Produção do conhecimento histórico

 O historiador e a produção do conhecimento histórico,

 Tempo, temporalidade,

 Fontes, documentos,

 Patrimônio material e imaterial,

 pesquisa.

Arqueologia no Brasil

 Lagoa Santa: Luzia (MG)

 Serra da Capivara (PI)

 Sambaquis (PR)

Surgimento, desenvolvimento da humanidade e grandes migrações

 Teorias do surgimento do homem na América

 Mitos e lendas da origem do homem


292
 Povos ágrafos, memória e história oral

Povos indígenas no Brasil e no Paraná

As primeiras civilizações na América

 Olmecas, Mochicas, Tiwanacus, Maias, Incas e Astecas

 Ameríndios da América do norte

As primeiras civilizações na África , Europa e Ásia

 Egito, Núbia, Gana e Mali

 Hebreus, gregos e romanos

6ª SÉRIE / 7º ANO

A chegada dos europeus na América

 (des) encontros entre culturas

 resistência e dominação

 escravização

 catequização

Formação da sociedade brasileira e americana

 América portuguesa

 América espanhola

 América franco-inglesa

293
 Organização político-administrativa (capitanias hereditárias, sesmarias)

 Manifestações culturais (sagrada e profana)

 Organização social (família patriarcal e escravismo)

 Escravização de indígenas e africanos

 Economia (pau-brasil, cana-de-açúcar e minérios)

Expansão e consolidação do território

 Missões

 Bandeiras

 Invasões estrangeiras

Consolidação dos estados nacionais europeus e Reforma Pombalina

 Reforma e contra-reforma

Colonização do território “paranaense”

 Economia

 Organização social

 Manifestações culturais

 Organização política-administrativa.

7ª SÉRIE / 8º ANO

Movimentos de contestação

 Quilombos (BR e PR)

 Irmandades: manifestações religiosas-sincretismo

 Revoltas Nativistas e Nacionalistas

294
 Inconfidência mineira

 Conjuração baiana

 Revolta da cachaça

 Revolta do maneta

 Guerra dos mascates

Independência das treze colônias inglesas da América do Norte

Diáspora africana

Revolução Francesa

 Comuna de Paris

Chegada da família real ao Brasil

 De Colônia à Reino Unido

 Missões artístico-científicas

 Biblioteca nacional

 Banco do Brasil

 Urbanização na Capital

 Imprensa régia

Invasão napoleônica na Península Ibérica

O processo de independência do Brasil

 Governo de D. Pedro I

 Constituição outorgada de 1824

 Unidade territorial

 Manutenção da estrutura social

 Confederação do Equador

 Província Cisplatina

295
 Haitianismo

 Revoltas regenciais:

 Malês, Sabinada, Balaiada, Cabanagem, Farroupilha

A construção da Nação

 Governo de D. Pedro II

 Criação do IHGB

 Lei de Terras, Lei Euzébio de Queiróz – 1850

 Início da imigração européia

 Definição do território

 Movimento Abolicionista e emancipacionista

Revolução Industrial e relações de trabalho (XIX e XX)

 Luddismo

 Socialismos

 Anarquismo

Relacionar: Taylorismo, Fordismo, Toyotismo

Emancipação política do Paraná (1853)

 Economia

 Organização social

 Manifestações culturais

 Organização política-administrativa

 Migrações: internas (escravizados, libertos e homens livres pobres) e


externas (europeus)

 Os povos indígenas e a política de terras

296
A Guerra do Paraguai e/ou a Guerra da Tríplice Aliança

O processo de abolição da escravidão

 Legislação

 Resistência e negociação

 Discursos:

 Abolição

 Imigração – senador Vergueiro

Branqueamento e miscigenação (Oliveira Vianna, Nina Rodrigues,


Euclides da Cunha, Silvio Romero, no Brasil, Sarmiento na Argentina)

8ª SÉRIE / 9º ANO

Os primeiros anos da República

 Idéias positivistas

 Imigração asiática

 Oligarquia, coronelismo e clientelismo

 Movimentos de contestação: campo e cidade

 Movimentos messiânicos

 Revolta da vacina e urbanização do Rio de Janeiro

 Movimento operário: anarquismo e comunismo

 Paraná:

 Guerra do contestado

 Greve de 1917 – Curitiba

 Paranismo: movimento regionalista – Romário Martins, Zaco


Paraná, Langue de Morretes, João Turim

Questão Agrária na América Latina

 Revolução Mexicana
297
Primeira Guerra Mundial

Revolução Russa

Crise de 29

A “Revolução” de 30 e o Período Vargas (1930 a 1945)

 Leis trabalhistas

 Voto feminino

 Ordem e disciplina no trabalho

 Mídia e divulgação do regime

 Criação do SPHAN, IBGE

 Futebol e carnaval

 Contestações à ordem

 Integralismo

 Participação do Brasil na II Guerra Mundial

Ascensão dos regimes totalitários na Europa

Movimentos populares na América Latina

Segunda Guerra Mundial

Populismo no Brasil e na América Latina

 Cárdenas – México

 Perón – Argentina

 Vargas, JK, Jânio Quadros e João Goulart – Brasil

Independência das colônias afro-asiáticas

Guerra Fria

O Regime Militar no Paraná e no Brasil

 Repressão e censura, uso ideológico dos meios de comunicação

 O uso ideológico do futebol na década de 70

298
 o tricampeonato mundial

 a criação da liga nacional (campeonato brasileiro)

 Cinema Novo

 Teatro

 Itaipu, Sete Quedas e a questão da terra

Guerra Fria e os Regimes Militares na América Latina

 Política de boa vizinhança

 Revolução Cubana

 11 de setembro no Chile e a deposição de Salvador Allende

 Censura aos meios de comunicação

 O uso ideológico do futebol na década de 70

 A copa da Argentina – 1978

Movimentos de contestação no Brasil

 Resistência armada

 Tropicalismo

 Jovem Guarda

 Novo sindicalismo

 Movimento Estudantil

Redemocratização

 Constituição de 1988

 Movimentos populares rurais e urbanos: MST (Movimento dos sem Terra),


MNLM (Movimento Nacional de Luta pela Moradia), CUT (Central Única dos
Trabalhadores), Marcha Zumbi dos Palmares, etc.

 Mercosul

 Alca

299
Fim da bipolarização mundial

 Desintegração do bloco socialista

 Neoliberalismo

 Globalização

 11 de setembro nos EUA

África e América Latina no contexto atual

O Brasil no contexto atual

 A comemoração dos ―500 anos do Brasil‖: análise e reflexão

CONTEUDOS
1ª SÉRIE
- Histografia – Conceitos e concepções;
- Introdução ao Estudo da História;
- Primeiras Sociedades (Brasil);
- Branco, negro, Índio;
- Princípio da Humanidade Geral;
- Civilizações Antigas (Ocidentais, Orientais);
- As primeiras civilizações;
- A Civilização Grega
- Cidades/Estados/Guerras/ Herança cultural
- A Civilização Romana e suas origens da monarquia à Republica/ Luta de
classes.
- O Império Romano / divisão do Império / Herança cultural / Religião
Romana.

2ª SÉRIE
- Sociedade feudal / Transição para o Capitalismo
- Feudo / Trabalhadores / Economia
- Estado Moderno
- Absolutismo / Mercantilismo / Expansão marítima / Renascimento e
Humanismo;
- Reforma / Contra Reforma
300
- Brasil Colonial / As capitanias hereditárias / Governo geral;
- O escravo africano / Revoltas, Quilombo dos Palmares;
- O Iluminismo / A Revolução Industrial;
- A Independência dos Estados Unidos
- A Revolução Francesa;

3ª SÉRIE
- A Primeira Guerra Mundial
- A Crise de 1929 e Nazifacismo;
- O Brasil de Vargas;
- Segunda Guerra Mundial;
- Guerra Fria;
- O Brasil em tempos de democracia;
- Os anos de chumbo no Brasil;
- Neoliberalismo e Globalização;
-
METODOLOGIA

Quando se pretende que o ensino de História contribua para a construção da


consciência histórica é imprescindível que o professor retome constantemente
com os seus alunos como se dá o processo de construção do conhecimento
histórico, ou seja, como é produzido a partir do trabalho de um pesquisador que
tem como objeto de estudos os processos históricos relativos às ações e as
relações humanas praticadas no tempo, bem como os sentidos que os sujeitos
deram às mesmas de forma consciente ou não. Para estudá-las o historiador
adota um método de pesquisa de forma que possa problematizar o passado, e
buscar, por meio dos documentos e das perguntas que faz aos mesmos,
respostas às suas indagações. A partir desse trabalho o historiador produz uma
narrativa histórica, que tem como desafio contemplar a diversidade das
experiências políticas, econômico-sociais e culturais.

Ao planejar as suas aulas, caberá ao professor problematizar, a partir do


conteúdo que se propôs a tratar, a produção do conhecimento histórico,
301
considerando que a apropriação deste conceito pelos alunos é processual, e deste
modo exigirá que seja constantemente retomado. Neste sentido, algumas
questões poderão ser feitas pelo professor e seus alunos: Como o historiador
chegou a essa interpretação? Que documentos/fontes o ajudaram a chegar a
essas conclusões? Existem outras pesquisas a esse respeito? Que dimensões
contemplou em sua análise? O político, o ecônomico-social, o cultural? Onde
podem ser identificados? Existem aspectos que ainda podem ser pesquisados?
Quais?

O professor terá que ir muito além do livro didático, uma vez que as
explicações ali apresentadas são limitadas. Isso não significa que o livro didático
deva ser abandonado pelo professor, mas problematizado junto aos alunos,
identificando-se os seus limites e possibilidades para se aprender História. Implica
também na busca de outros referenciais que possam complementar o conteúdo
tratado em sala de aula. Para que os alunos possam ampliar o conteúdo
apresentado pelos livros didáticos o uso da biblioteca é fundamental. Nesta
perspectiva, não cabe o modelo de trabalho em História restrito a cópia do que os
livros trazem, tal procedimento exigirá que o professor problematize o que
pretende que os alunos investiguem, com vistas a ampliar, refutar ou validar a
análise de determinado conteúdo trazido no livro didático de História.

AVALIAÇÃO E RECUPERAÇÃO

Ao propor reflexões sobre a avaliação no ensino de História nestas diretrizes


objetiva-se favorecer a busca da coerência entre a concepção de História
defendida e as práticas avaliativas que integram o processo de ensino e de
aprendizagem. Nesta perspectiva, a avaliação deve estar colocada a serviço da
aprendizagem de todos os alunos, de modo que permeie o conjunto das ações
pedagógicas, e não como um elemento externo a este processo.

(...) para que a avaliação sirva à democratização do ensino, é [preciso]


modificar a sua utilização de classificatória para diagnóstica. Ou seja, a avaliação
deverá ser assumida como um instrumento de compreensão do estágio de
302
aprendizagem em que se encontra o aluno, tendo em vista tomar decisões
suficientes e satisfatórias para que possa avançar no seu processo de
aprendizagem (2002, p. 81).

A partir da avaliação diagnóstica, tanto o professor quanto os alunos poderão


revisitar as práticas desenvolvido até então para identificar lacunas no processo
de ensino e aprendizagem, bem como planejar e propor outros encaminhamentos
que visem a superação das dificuldades constadas.

Tendo como referência os conteúdos de História que efetivamente foram


tratados em sala de aula e que são essenciais para o desenvolvimento da
consciência histórica, apresenta-se a seguir alguns apontamentos a serem
observados pelo professor que permitam analisar se:

- os conteúdos e conceitos históricos estão sendo apropriados pelos alunos;

- o conceito de tempo foi construído de forma a permitir o estudo das diferentes


dimensões e contextos históricos propostos para este nível de ensino;

- os alunos empregam os conceitos históricos para analisar diferentes contextos


históricos;

- compreendem a História como prática social, da qual participam como sujeitos


históricos do seu tempo;

- analisam as diferentes conjunturas históricas, a partir das dimensões econômico-


social, política e cultural;

- compreendem que o conhecimento histórico é produzido com base em um


método, da problematização de diferentes fontes documentais, a partir das quais o
pesquisador produz a narrativa histórica;

- explicita o respeito à diversidade étnico-racial, religiosa, social e econômica, a


partir do conhecimento dos processos históricos que os constituíram;

303
- compreende que a produção do conhecimento histórico pode validar, refutar ou
complementar a produção historiográfica já existente.

CONTEÚDOS SÓCIO EDUCACIONAIS

Os conteúdos sócio educacionais deverão ser inseridos nos planos de aula


da Disciplina de História, sendo que cabe ao professor, definir como e em quais
momentos estará desenvolvendo os mesmos. Estes conteúdos poderão ser
trabalhados no dia a dia de forma diferenciada, através de diálogos com os
alunos, utilizando materiais diversificados, tais como: documentários, revistas,
livros, músicas e muitos outros. Pode-se ainda elaborar seminários, palestras e
projetos ou experiências pedagógicas. Tais projetos podem ser extensivos a
outras turmas e até mesmo a toda a comunidade escolar.

Tendo em vista a importância dos temas sócio educacionais, torna-se de


grande importância desenvolver um amplo trabalho de pesquisa e elaboração de
estatísticas, para posterior tomada de decisões frente as situações de risco. Existe
ainda a possibilidade de se realizar trabalhos em conjunto com a Equipe
Multidisciplinar, pessoas ou instituições da comunidade.

Temas a serem desenvolvidos:

- Meio ambiente

- Enfrentamento à Violência na escola

- Prevenção ao uso indevido de drogas

- Educação Fiscal

- Educação Sexual

- Direitos humanos

- Cultura Afro-brasileira (Lei nº 1.639/03)

- Cultura Indígena (Lei nº 11.645/08)

304
BIBLIOGRAFIA

FONSECA, Selva Guimarães. Didática e prática de ensino de história.


Campinas: Papirus, 2003. p.29-38.
_____. Caminhos da história ensinada. 5 ed. Campinas: Papirus, 2000.
FONSECA, Thais Nivia de Lima e. História e ensino de história. Belo Horizonte:
Autêntica, 2003.
KARNAL, Leandro (org.). História na sala de aula: conceitos, práticas e
propostas. São Paulo: Contexto, 2003.
SCHMIDT, Maria Auxiliadora; CAINELLI, Marlene. Ensinar história. São Paulo:
Scipione, 2004. (Pensamento e ação no magistério).
CARVALHO, José Murilo de. A formação das almas: o imaginário da República
no Brasil. 2ª
ed. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.
DE DECCA, Edgar. 1930 o silêncio dos vencidos: memória, história e revelação.
São Paulo: Brasiliense, [ s.d.].
THOMPSON, Edward P. A formação da classe operária inglesa. Rio de Janeiro.
Paz e Terra, 1987.
AQUINO, Rubim Santos Leão de et alli. Sociedade brasileira: uma história
através dos movimentos sociais. Rio de Janeiro: Record. [s.d.]
HOBSBAWN, Eric. A era dos extremos: o breve século XX. São Paulo:
Companhia das Letras, 2002.
NOSSA HISTÓRIA. A guerra do Paraguai. São Paulo, ano 2, n. 13, nov./2004.
NOSSA HISTÓRIA. É carnaval! São Paulo, ano 2, n. 16, fev./2005.
NOSSA HISTÓRIA. Pra frente Brasil! São Paulo, ano 2, n. 14, dez./2004.
NOSSA HISTÓRIA. Pré-história do Brasil. São Paulo, ano 2, n.22, ago./2005.
OLIVEIRA, Ricardo Costa de (org.) A construção do Paraná Moderno: políticos
e política no governo do Paraná de 1930 a 1980. Curitiba: SETI, 2004.
WACHOWICZ, Ruy. História do Paraná. 10 ed. Curitiba: Imprensa Oficial do
Paraná, 2002.

305
LINGUA ESTRANGEIRA-INGLÊS- ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

O cenário do ensino de Línguas Estrangeiras no Brasil e a estrutura do


currículo escolar sofrem constantes interferências da organização social no
decorrer da história. As formas de ensinar e o currículo são cotidianamente
instigados a atender às expectativas e demandas sociais contemporâneas e a
garantir às novas gerações a aprendizagem dos conhecimentos historicamente
produzidos. Além desse fatores, que propiciam uma certa dinamicidade no
currículo e nas formas de ensinar, o Estado, pode expedir orientações que visem
mudanças curriculares, que se justificam também pela atualização dos debates e
produções teórico-metodológicos para o ensino de línguas.

2 - CONTEÚDOS:

 Conteúdos Estruturantes

Na disciplina de Língua Estrangeira Moderna, o Conteúdo Estruturante é o


Discurso como prática social e, é a partir dele que advêm os conteúdos básicos:
os gêneros discursivos a serem trabalhados nas práticas discursivas, assim como
os conteúdos básicos que pertencem às práticas da oralidade, leitura e escrita.

De acordo com as Diretrizes Curriculares para o Ensino de Língua


Estrangeira Moderna - LEM (SEED/PR, 2006) o trabalho com a LE fundamenta-se
na diversidade de gêneros discursivos e busca alargar a compreensão dos
diversos usos da linguagem, bem como a ativação de procedimentos
interpretativos no processo de construção de significados possíveis.

Com este viés, o papel do professor é focalizar o conteúdo estruturante da


língua estrangeira, ou seja, o discurso, possibilitando ao aluno a formação de uma
consciência crítica e transformadora da realidade. A obra desenvolve, portanto, a
criticidade do aluno. Sob tal perspectiva, convém mencionar Rangel (2006), que
afirma que é de extrema importância fornecer artifícios para os alunos

306
aprenderem, na prática escolar, a fazer escolhas éticas entre os discursos que
circulam à sua volta.

 Conteúdos Básicos

Para o trabalho com as práticas de leitura, escrita, oralidade e análise


linguística, serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos. Tais
conteúdos devem ser abordados a partir de um gênero, conforme suas esferas
sociais de circulação: cotidiana, científica, escolar, imprensa, política,
literária/artística, produção e consumo, publicitária, midiática, jurídica. Caberá ao
professor fazer a seleção de gêneros, nas diferentes esferas, de acordo com o
Projeto Político Pedagógico, com a Proposta Pedagógica Curricular, com o Plano
de Trabalho Docente, ou seja, em conformidade com as características da escola
e com o nível de complexidade adequado a cada uma das séries.

 Conteúdos Específicos

Para selecionar os conteúdos específicos, é fundamental considerar o


objetivo de ensino e o gênero escolhido. Como exemplo: ora a história em
quadrinho será levada para sala de aula a fim de discutir o conteúdo temático, a
sua composição e suas marcas lingüísticas; ora aparecerá em outra série para um
trabalho de intertextualidade; ora para fruição, ou seja, dependerá da intenção, do
objetivo que se tem com esse gênero.

Destaca-se, ainda, que ao escolher um gênero nem sempre todas as práticas


serão abordadas, por exemplo: no Ensino Médio é possível levar a fábula
contemporânea para trabalhar a prática de leitura, não sendo necessário que o
aluno produza uma fábula.

No Plano de Trabalho é o lugar da criação pedagógica do professor, onde os


conteúdos receberão abordagens contextualizadas histórica, social e
politicamente, de modo que façam sentido para os alunos nas diversas realidades
regionais, culturais e econômicas, contribuindo com sua formação cidadã, uma

307
das metas pricipais na proposta dos conteúdos básicos de Língua Estrangeira
Moderna.

Sugestões de gêneros discursivos: crônica, lendas, contos, poemas, fábulas,


biografias, classificados, notícias, reportagem, entrevistas, cartas, artigos de
opinião, resumo, textos midiáticos, palestra, piada, debates, folhetos, horóscopo,
provérbios, charges, tiras, músicas, filmes, trailers...

A partir do texto escolhido para desenvolver as práticas discursivas, define-se


os conteúdos específicos a serem estudados, norteados pelo gênero do texto. O
trabalho com textos e contexto de uso, isto é, autênticos, sem uma mudança
metodológica, não é capaz de suscitar consciência crítica da língua nem promover
a construção dos significados – engajamento discursivo – nas práticas
socioculturais. Caberá ao professor trabalhar o texto em seu contexto social de
produção e selecionar itens gramaticais que indiquem a estruturação da língua.
Isso não quer dizer fazer uso do texto apenas para ensinar gramática, mas tê-lo
como conteúdo a ser explorado para, a partir dele, produzir outros textos. Propõe-
se, assim, que o professor aborde nas aulas de língua estrangeira os vários tipos
de textos, em atividades diversificadas, tais como:

• Corporação de unidades temáticas, linguistas e composicionais de um texto com


outros textos;
• Interpretação da estrutura de um texto a partir das reflexões da sala de aula;
• Leitura e análise de textos e países que falam o mesmo idioma estudado na
escola e dos aspectos culturais que ambos veiculam;
• Leitura e análise de textos publicados nacional e internacionalmente sobre um
mesmo tema e das abordagens de tais publicações;
• Comparação das estruturas fonéticas, bem como das formações sintáticas e
morfológicas da língua estrangeira estudada com a língua materna;
• Utilização de recursos visuais;
• Utilização de atividades lúdicas, como: jogos, vídeos, clipes musicais;
• Dramatização de diálogos e textos curtos;
308
• Atividades orais e escritas;
• Leitura de textos abordando assuntos relevantes presentes na mídia nacional ou
internacional;

Além de descortinar os valores subjacentes no livro didático, recomenda-se


que o professor utilize outros materiais disponíveis na escola: livros didáticos,
dicionários, revistas, vídeos, DVD e CD-ROM, Internet, TV pendrive etc

 Conteúdos de forma seriada

6º ANO

Conteúdo Conteúdos Básicos Abordagem teórico Avaliação e Recuperação

Estruturante metodológica

Discurso como

prática social Leitura Práticas de leitura de Realizar leitura


textos de
compreensiva do texto,
diferentes gêneros.
Identificação do tema do levando em consideração
Utilização de materiais
argumento principal. diversos a sua condição de

Interpretação observando: ( fotos, gráficos, produção.

quadrinhos...)
conteúdo veiculado, fonte, Localizar informações

para interpretação de
intencionalidade e explícitas no texto.
textos.
intertextualidade do texto. Emitir opiniões a
Análise dos textos
Linguagem não verbal. levando em respeito do que leu.

consideração a Conhecer e utilizar a


complexidade
língua estudada como
dos mesmos.
instrumento de acesso a
Questões que levam o

309
aluno a informações de outras

interpretar e compreender o culturas e de outros grupos

texto. sociais.

Leitura de outros textos


para a

observação das relações

dialógicas.

Oralidade Apresentação de Utilizar seu discurso


pequenos
de acordo com a
textos produzidos pelos
Variedades linguísticas. alunos. situação de

Intencionalidade do texto. Seleção de discursos de produção.(formal e

outros
Exemplos de pronúncias e do uso informal)

como: entrevista, cenas de


de vocábulos da língua estudada Apresentar clareza nas

desenhos, reportagem.
em ideias.

Análise dos recursos


diferentes países
próprios

da oralidade.

Dramatização de pequenos

diálogos.

Escrita Discussão sobre o tema a Produzir textos atendendo


ser
as circunstâncias de
produzido.
Adequação ao gênero: elementos produção proposta.
Leitura de textos sobre o
composicionais, elementos tema. Diferenciar a linguagem

310
formais e marcas linguísticas. Produção textual. formal da informal.

Clareza de ideias Revisão textual.

Reestrutura e reescrita

textual.

Estudo dos
conhecimentos
Análise Linguística Utilizar, adequadamente
linguísticos a partir de
gêneros selecionados recursos linguísticos,

Coesão e coerência. para leitura ou escrita de como o uso da pontuação,

textos produzidos
Função dos pronomes, artigos, o uso do artigo, dos

pelos alunos, das


numerais, adjetivos, palavras pronomes, etc.
dificuldades
interrogativas, substantivos, Conhecer e ampliar o
apresentadas pela turma.
preposições, verbos, concordância vocabulário.
Leitura de textos diversos
verbal e nominal e outras que

categorias como elementos do permitam ampliar o domínio


da língua.
texto.

Pontuação e seus efeitos de

sentido no texto.

Vocabulário: alimentos, animais,


objetos da escola, profissões;

Identificação pessoal;

Alfabeto;

Verbo to be, forma afirmativa,


negativa e interrogativa;

Números de 1 a 20;

Cores;

311
Países e Nacionalidades;

Family;

Imperative;

Genitive Case;

Can ability;

Dates, Ordinal Numbers, Monthes,


Days of the week.

Sugestões de gêneros discursivos para a 6º ano:

História em quadrinho, piada, poemas, exposição oral ( diálogos), comercial de TV, diário, quadrinhas,
bilhetes, fotos, horóscopo, carta, textos midiáticos, e-mail, cartaz, lista de compras, avisos, música, etc.

7º ANO

Conteúdo Conteúdos Básicos Abordagem teórico Avaliação e Recuperação

Estruturante metodológica

Discurso como Práticas de leitura de


textos de
prática social Leitura Realizar leitura compreensiva
diferentes gêneros.
do texto, levando em
Inferências de informações
Identificação do tema, do consideração a sua condição
implícitas.
argumento principal. de produção.
Utilização de materiais
Interpretação observando: conteúdo diversos Localizar informações

veiculado, fonte, intencionalidade (fotos, gráficos, explícitas no texto.

quadrinhos...)
e intertextualidade do texto. Emitir opiniões a respeito do

312
Linguagem não verbal. para interpretação de que leu.
textos.
Conhecer e utilizar a língua
Análise dos textos, levando
em estudada como instrumento de

consideração o grau de acesso a informações de outras

complexidade dos mesmos. culturas e de outros grupos

Questões que levam o sociais.

aluno a
Refletir e transformar o seu

interpretar e compreender
conhecimento, relacionando
o
as novas informações aos
texto.
saberes já adquiridos.
Leitura de outros textos
para a

observação das relações


dialógicas.

Oralidade Apresentação de textos Utilizar seu discurso de acordo

produzidos pelos alunos. com a situação de produção.

Variedades linguísticas. Seleção de discursos de (formal e informal).


outros
Intencionalidade do texto. Apresentar clareza nas ideias.
como: entrevista, cenas de
Exemplos de pronúncias e de
desenhos, reportagem.
uso de vocábulos da língua
Análise dos recursos
estudada em diferentes países próprios da

oralidade.

Dramatização .

313
Escrita Discussão sobre o tema a Produzir textos atendendo as
ser
Adequação ao gênero: circunstâncias de produção
produzido.
elementos composicionais, proposta.
Leitura de textos sobre o
elementos tema. Diferenciar a linguagem

formais e marcas linguísticas. Produção textual. formal da informal.

Clareza de ideias. Revisão textual.

Adequar o conhecimento Reestrutura e reescrita


textual.
adquirido à norma padrão

Análise Linguística Estudo dos conhecimentos Utilizar, adequadamente

linguísticos a partir: recursos linguísticos, como o

Coesão e coerência. - de gêneros selecionados uso da pontuação, do artigo,


para
Função dos pronomes, artigos, dos pronomes, etc.
leitura ou escrita.
numerais, adjetivos, palavras Ampliar o vocabulário.
- de textos produzidos
interrogativas, advérbios, pelos alunos. Utilizar as flexões verbais para
preposições,
- das dificuldades indicar diferenças de tempo e modo.
verbos, substantivos, substantivos apresentadas pela

contáveis e incontáveis, turma.


concordância
Leitura de textos diversos
verbal e nominal e outras categorias que

como elementos do texto. permitam ampliar o


domínio da
Vocabulário.

língua.
Pontuação e seus efeitos de
sentido

no texto.

314
Verbo There to be;

Music, kind and instruments;

Present Continuous;

Datas Comemorativas;

Simple Present;

Advérbios de Frequencia;

Partes do Corpo;

Esportes;

Object Pronouns;

Clothes;

Meios de Transportes;

Questions Words;

Countable and Uncountable nouns.

Sugestões de gêneros para a 7º ano: entrevista, notícia, música, tiras, textos midiáticos, propaganda,
charges, provérbios, diário, cartoon, narrativa, música, etc.

8º ANO

Conteúdo Conteúdos Básicos Abordagem teórico Avaliação e

315
Estruturante Metodológica Recuperação

Discurso como

prática social Leitura Práticas de leitura de Realizar leitura compreensiva


textos
do texto, levando em
de diferentes gêneros.
Identificação do tema, do consideração a sua condição de
Inferências de informações
argumento principal e dos produção.
secundários. implícitas.
Localizar informações explícitas
Interpretação observando: conteúdo Utilização de materiais
veiculado, fonte, e implícitas no texto.
diversos (fotos, gráficos,
intencionalidade Emitir opiniões a respeito do
quadrinhos...) para
e intertextualidade do texto. que leu.
interpretação de textos.
Linguagem não- verbal. Ampliar, no indivíduo, o seu
Análise dos textos visando
horizonte de expectativas.
reflexão e transformação.
Conhecer e utilizar a língua
Questões que levam o
aluno a estudada como instrumento de

interpretar e compreender acesso a informações de outras

o
culturas e de outros grupos

texto.
sociais.

Leitura de outros textos


Refletir e transformar o seu
para a
conhecimento, relacionando as
observação das relações
novas informações aos saberes já
dialógicas.
adquiridos.

Oralidade Apresentação de textos Utilizar seu discurso de acordo

produzidos pelos alunos. com a situação de

Variedades linguísticas. Seleção de discursos de produção(formal, informal).


outros,

316
Intencionalidade do texto. como: entrevista, cenas de Apresentar clareza nas ideias.

Exemplos de pronúncias e de desenhos, recortes de Desenvolver a oralidade


vocábulos da língua filmes,
através da sua prática.
estudada em diferentes países. reportagem.

Análise dos recursos


próprios

da oralidade.

Dramatização.

Escrita Discussão sobre o tema a Produzir textos atendendo as


ser
circunstâncias de produção
produzido.
Adequação ao gênero: elementos proposta.
composicionais, Leitura de textos sobre o
tema. Diferenciar a linguagem formal
elementos formais e marcas
linguísticas. Produção textual. da informal.

Clareza de ideias. Revisão textual.

Adequar o conhecimento Reestrutura e reescrita


adquirido à norma
textual.
padrão.

Análise Lingüística Estudo dos conhecimentos Utilizar, adequadamente recursos

linguísticos a partir: linguísticos, como o uso da

Coesão e coerência. -de gêneros selecionados pontuação, do artigo, dos


para
Função dos pronomes, artigos, pronomes, etc.
numerais, adjetivos, leitura ou escrita.
Ampliar o léxico.
verbos, preposições, advérbios, - de textos produzidos
locuções adverbiais, pelos Utilizar as flexões verbais para

palavras interrogativas, substantivos, alunos. indicar diferenças de tempo e

317
substantivos - das dificuldades modo.
apresentadas
contáveis e incontáveis, question
tags, falsos pela turma.

cognatos, conjunções, e outras Leitura de textos diversos


categorias como que

elementos do texto. permitam ampliar o


domínio
Pontuação e seus efeitos de
sentido no texto. da língua.

Vocabulário.

Revisão Presente Simples e


Contínuos;

Futuro: Wll;

Adjetivos;

Comparativo e Superlativo;

Profissões;

Simple Past;

Regular and Irregular Verbs;

Tv Programs;

Past Continuous.

Sugestões de Gêneros discursivos para a 8º ano: reportagem, slogan, sinopse de filme, textos
midiáticos, anúncio publicitário, outdoor, blog, etc.

9ºANO

Conteúdo Conteúdos Básicos Abordagem teórico Avaliação e Recuperação

318
Estruturante metodológica

Leitura Práticas de leitura de Realizar leitura


Discurso textos de
compreensiva do texto,
como diferentes gêneros.
Identificação do tema, do argumento levando em consideração a
prática Inferências de informações
principal e dos secundários. sua condição de produção.
social implícitas.
Localizar informações
Utilização de materiais
Interpretação observando: conteúdo diversos explícitas e implícitas no

veiculado, fonte, intencionalidade e (fotos, gráficos, texto.

intertextualidade do texto. quadrinhos...)para Emitir opiniões a respeito

interpretação
do que leu.

de textos.
Ampliar, no individuo, o seu

Análise dos textos, levando


Linguagem não- verbal. horizonte de expectativas.
em
Conhecer e utilizar a língua
consideração o grau de
Realização de leitura não linear dos estudada como instrumento
complexidade dos mesmos.
diversos textos. de acesso a informações de
Questões que levam o
aluno a outras culturas e de outros

interpretar e compreender grupos sociais.


o

texto.

Leitura de outros textos,


através de

pesquisas, para a
observação das

relações dialógicas.

Reconhecer as variantes

Oralidade Apresentação de textos lexicais.

319
produzidos pelos alunos. Utilizar seu discurso de

Variedades linguísticas. Seleção de discursos de acordo com a situação de


outros,
Intencionalidade do texto. produção(formal, informal).
como: entrevista, cenas de
Exemplos de pronúncias e de Apresentar clareza nas ideias.
vocábulos desenhos,
Desenvolver a oralidade
da língua estudada em países recortes de filmes,
diversos. através de sua prática.
documentários,
Finalidade do texto oral.
reportagem, etc.
Elementos extralinguísticos:
entonação, Análise dos recursos
próprios da
pausas, gestos.
oralidade.

Dramatização de textos.

Escrita Discussão sobre o tema a Produzir textos atendendo


ser
as circunstâncias de
produzido.
Adequação ao gênero: elementos produção proposta.
Leitura de textos sobre o
composicionais, elementos formais e tema. Diferenciar a linguagem
marcas linguísticas.
Produção textual. formal da informal.
Paragrafação.
Revisão textual. Estabelecer relações entre
Clareza de ideias.
Reestrutura e reescrita partes do texto,
Adequar o conhecimento adquirido à textual
identificando repetições ou
norma padrão.
substituições.

Análise Linguística

Estudo dos Utilizar, adequadamente


conhecimentos
Coesão e coerência. recursos linguísticos, como o
linguísticos a partir:
Função dos pronomes, artigos, uso da pontuação, do artigo,
- de gêneros selecionados

320
numerais, para dos pronomes, etc.

adjetivos, verbos, preposições, leitura ou escrita. Ampliar o vocabulário.


advérbios,
- de textos produzidos Utilizar as flexões verbais
locuções adverbiais, palavras pelos
para indicar diferenças de
interrogativas, alunos.
tempo e modo
substantivos, substantivos contáveis e - das dificuldades
apresentadas
incontáveis, question tags, falsos
pela turma.
cognatos, conjunções e outras
categorias Leitura de textos diversos
que
como elementos do texto.
permitam ampliar o domínio
Pontuação e seus efeitos de sentido da
no
língua.
texto.

Vocabulário.

Revisão Simple Past;

Reflexive Pronouns;

Modal Verbs;

Wheather;

Present Perfect;

Kind of Movies;

Word Formation: Suffixes, Prefixes;

Noun Phrases;

Relative Pronouns;

First and Second Conditional;

Collocations;

Passive Voice.

321
Sugestões de gêneros discursivos para a 9º ano: reportagem oral e escrita, textos midiáticos, histórias
de humor, músicas, charges, entrevistas, depoimentos, narrativa, imagens, etc.

Ensino Médio

2º ano

Conteúdo Conteúdos Básicos Abordagem teórico Avaliação e Recuperação

Estruturante metodológica

Discurso como Leitura Práticas de leitura de textos


de
prática social Realizar leitura compreensiva
diferentes gêneros.
Identificação do tema, do do texto, considerando a
argumento principal e dos Relevância dos
secundários. conhecimentos prévio construção de significados

Interpretação observando: dos alunos. Inferências de possíveis e a sua condição de

conteúdo veiculado, fonte, informações


produção. Perceber informações
intencionalidade e
intertextualidade do texto. implícitas. Utilização de
explícitas e implícitas no texto.
materiais
Linguagem não- verbal. Argumentar a respeito do que
diversos ( fotos, gráficos,
As particularidades do texto em quadrinhos...) leu. Ampliar, no indivíduo, o seu
registro formal e informal.
para interpretação de textos. horizonte de expectativas.
Finalidades do texto.
Análise dos textos, levando Estabelecer relações dialógicas
Estética do texto literário. em
entre os diferentes textos.
Realização de leitura não linear consideração o grau de
dos diversos textos. complexidade Conhecer e utilizar a língua

dos mesmos. estudada como instrumento de

322
Questões que levam o aluno a acesso a informações de outras

interpretar , compreender e culturas e de outros grupos


refletir sobre
sociais.
o texto.

Leitura de outros textos,


através de

pesquisa, para a observação


das

relações dialógicas.

Oralidade Apresentação de textos Reconhecer as variantes


produzidos pelos alunos.
lexicais.
Seleção de discursos de
Variedades linguísticas. outros como: entrevista, Utilizar seu discurso de acordo

cenas de desenhos,
Intencionalidade do texto. com a situação de produção
reportagens, recortes de

Particularidade de pronúncias da filmes, documentários, etc. (formal , informal).

língua estudada em diferentes Análise dos recursos próprios Apresentar clareza nas ideias.
países. da oralidade.
Desenvolver a oralidade através
Finalidade do texto oral. Dramatização de textos.
da sua prática.
Elementos extralinguísticos:

entonação, pausas, gestos.

Escrita Discussão sobre o tema a ser Produzir e demonstrar na produção


produzido. textual, a construção de significados.

Leitura de textos sobre o Produzir textos atendendo as


Adequação ao gênero: elementos tema. circunstâncias de produção proposta.

composicionais, elementos formais Produção textual. Diferenciar a linguagem formal da

323
e marcas linguísticas. Revisão textual. informal.

Paragrafação. Reestrutura e reescrita textual. Estabelecer relações entre partes do texto,


identificando repetições ou substituições.
Clareza de ideias.

Adequar o conhecimento
adquirido à norma padrão.

Análise Linguística Estudo dos conhecimentos


linguísticos
Utilizar, adequadamente recursos
a partir: linguísticos, como o uso da pontuação,
Revisão de tempos verbais; do artigo, dos pronomes, etc.
- de gêneros selecionados
Used to; para leitura ou escrita. Ampliar o vocabulário.

Modal Verbs; - de textos produzidos Utilizar as flexões verbais para indicar


pelos alunos. diferenças de tempo e modo.
Prepositions;

-das dificuldades
Occupations;
presentadas pela turma.

Comparisions;

Conditional;
Leitura de textos diversos

Simple Present; que permitam ampliar o


domínio da língua.
Simple Past;

Wheater;

Present Perfect;

Reflexive Pronoun;

Idioms;

Future with going to;

Acentuação (espanhol)

Vocabulário.

Sugestões de gêneros discursivos para o Ensino Médio:

324
crônica, lendas, contos, poemas, fábulas, biografias, classificados, notícias, reportagem, entrevistas, cartas,
artigos de opinião, resumo, textos midiáticos, palestra, piadas, debates, folhetos, horóscopo, provérbios,
charges, tiras, etc.

3º ano

Conteúdo Conteúdos Básicos Abordagem teórico Avaliação e Recuperação

Estruturante metodológica

Discurso como Leitura Práticas de leitura de textos


de
prática social Realizar leitura compreensiva
diferentes gêneros.
Identificação do tema, do do texto, considerando a
argumento principal e dos Relevância dos
secundários. conhecimentos prévio construção de significados

Interpretação observando: dos alunos. Inferências de possíveis e a sua condição de

conteúdo veiculado, fonte, informações


produção. Perceber informações
intencionalidade e
intertextualidade do texto. implícitas. Utilização de
explícitas e implícitas no texto.
materiais
Linguagem não- verbal. Argumentar a respeito do que
diversos ( fotos, gráficos,
As particularidades do texto em quadrinhos...) leu. Ampliar, no indivíduo, o seu
registro formal e informal.
para interpretação de textos. horizonte de expectativas.
Finalidades do texto.
Análise dos textos, levando Estabelecer relações dialógicas
Estética do texto literário. em
entre os diferentes textos.
Realização de leitura não linear consideração o grau de
dos diversos textos. complexidade Conhecer e utilizar a língua

dos mesmos. estudada como instrumento de

Questões que levam o aluno a acesso a informações de outras

interpretar , compreender e culturas e de outros grupos


refletir sobre
sociais.
o texto.

Leitura de outros textos,

325
através de

pesquisa, para a observação


das

relações dialógicas.

Oralidade Apresentação de textos Reconhecer as variantes


produzidos pelos alunos.
lexicais.
Seleção de discursos de
Variedades linguísticas. outros como: entrevista, Utilizar seu discurso de acordo

cenas de desenhos,
Intencionalidade do texto. com a situação de produção
reportagens, recortes de

Particularidade de pronúncias da filmes, documentários, etc. (formal , informal).

língua estudada em diferentes Análise dos recursos próprios Apresentar clareza nas ideias.
países. da oralidade.
Desenvolver a oralidade através
Finalidade do texto oral. Dramatização de textos.
da sua prática.
Elementos extralinguísticos:

entonação, pausas, gestos.

Escrita Discussão sobre o tema a ser Produzir e demonstrar na produção


produzido. textual, a construção de significados.

Leitura de textos sobre o Produzir textos atendendo as


Adequação ao gênero: elementos tema. circunstâncias de produção proposta.

composicionais, elementos formais Produção textual. Diferenciar a linguagem formal da

326
e marcas linguísticas. Revisão textual. informal.

Paragrafação. Reestrutura e reescrita textual. Estabelecer relações entre partes do texto,


identificando repetições ou substituições.
Clareza de ideias.

Adequar o conhecimento
adquirido à norma padrão.

Análise Linguística Estudo dos conhecimentos


linguísticos
Utilizar, adequadamente recursos
a partir: linguísticos, como o uso da pontuação,
Revisão Simple Past e Present do artigo, dos pronomes, etc.
Perfect; - de gêneros selecionados
para leitura ou escrita. Ampliar o vocabulário.
Modal Verbs;
- de textos produzidos Utilizar as flexões verbais para indicar
Past Perfect; pelos alunos. diferenças de tempo e modo.

Prepositions; -das dificuldades


presentadas pela turma.
Noun Phrases;

Collocations;

Leitura de textos diversos


Direct and Indirect speech;
que permitam ampliar o

Passive voice; domínio da língua.

Shopping;

Relative Pronouns;

Acentuação (espanhol)

Vocabulário.

Sugestões de gêneros discursivos para o Ensino Médio:

crônica, lendas, contos, poemas, fábulas, biografias, classificados, notícias, reportagem, entrevistas, cartas,
artigos de opinião, resumo, textos midiáticos, palestra, piadas, debates, folhetos, horóscopo, provérbios,
charges, tiras, etc.

327
3 - METODOLOGIA DA DISCIPLINA:

 História e Cultura Afro Brasileira e Indígena

Em 10 de março de 2008, a Lei nº11.645/08 se responsabilizou por alterar e


estabelecer novas diretrizes e bases à educação nacional, tornando obrigatório a
temática ―História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena‖ nas salas de aula. No
currículo escolar deve ser ensinado tanto no Ensino Fundamental como no Ensino
Médio diversos aspectos da história e cultura, que caracterizam a formação da
população brasileira a partir desses dois grupos étnicos, enfatizando contribuições
de ambas as culturas, no que se refere às áreas sociais, política, econômica e
cultural da História do Brasil.

A implementação da Lei 11.645/08 representou uma reformulação nas


práticas pedagógicas pois significou a busca pela qualidade social e relevância
dos africanos, afro brasileiros e indígenas na constituição do povo brasileiro. Esta
Lei salientou a importância da escola em desenvolver e disseminar ações voltadas
para a valorização das matrizes culturais presentes na formação do nosso País.

Sendo assim, é necessário que haja um trabalho de discussão sobre a


relação entre os nativos do continente e entre o Brasil e África através de recusos
audiovisuais, tais como: textos, imagens, músicas (ex: Redemption Song, de Bob
Marley) e vídeos (ex: Amistad, Brincando nos campos do Senhor e Quando
Deus visita a aldeia, este disponivel em sítios de domínio público), biografias, etc.
Há também a possibilidade de comparação entre os nativos norte americanos e
sul americanos, sua cultura e sua situação nos dias atuais.

 Temas Educacionais Contemporâneos

Meio Ambiente

328
No âmbito das políticas públicas voltadas à Educação, muitas ações são
destinadas ao meio ambiente. As questões ambientais incluem-se dentre os temas
contemporâneos que exigem uma abordagem interdisciplinar, contemplando uma
nova articulação das conexões entre as ciências naturais, sociais e exatas.

Nesse contexto fica evidente a importância do papel da Educação Ambiental


no despertar da consciência para a cidadania, pois é ela que através do seu
princípio de abordagem holística da realidade, vai levar os alunos a reconhecer e
compreender a relação entre o seu cotidiano pessoal e a questão ambiental, com
alcance muito mais amplo. Com base nos preceitos e na perspectiva das diretrizes
da Política Nacional de Educação, (Lei nº9795/99), que coloca como um dos
objetivos fundamentais da Educação Ambiental, a necessidade do
desenvolvimento de uma compreensão integrada do meio ambiente em suas
múltiplas e complexas relações envolvendo aspectos ecológicos, psicológicos,
legais, políticos, sociais, econômicos, científicos, culturais e éticos.

Há farto material para explorar o tema Educação Ambiental. Desde


propagandas, campanhas publicitárias, imagens, músicas (ex: The 3 R’s
(Reduce, Reuse, Recycle) de Jack Johnson, Heal the World de Michael Jackson
e Beds are burning, do grupo australiano Midnight Oil) e documentários (ex: Uma
Verdade Inconveniente, do ex vice-presidente americano Al Gore)

Enfrentamento à violência na Escola

Com efeito, o combate à violência deve buscar primordialmente suas raízes,


que obviamente se encontram além dos limites da escola, que acima de tudo
precisa assumir sua missão legal e constitucional de promover, junto aos
educandos, "o pleno desenvolvimento da pessoa" e "seu preparo para o
exercício da cidadania", e não se tornar em mais um foco de opressão e
desrespeito aos direitos fundamentais de crianças e adolescentes.

329
Com respaldo nos dispositivos constitucionais que tratam da educação, tanto
o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069/90) quanto a e Lei de
Diretrizes e Bases da Educação (Lei nº 9.394/96) trazem a fórmula mais adequada
para o combate à violência nas escolas: o envolvimento dos alunos, de suas
famílias e da comunidade, com sua integração cada vez maior ao ambiente
escolar e participação efetiva no debate acerca dos problemas relacionados à
escola e em sua solução.

Há inúmeros recursos que podem ser trabalhados para evitar que a violência
torne-se um caso crônico em nossas Escolas. Anúncios educativos, manchetes,
imagens, músicas (ex: We’re going to be friends, de Jack Johnson e Where is
the love? do Black Eyed Peas), vídeos (ex: O Contador de Histórias, Violência,
Comunidade e Escola e Violência que Rola, disponíveis em sítios de domínio
público.)

Prevenção ao uso indevido de drogas

Nos programas de prevenção mais adequados, o uso de drogas deve ser


discutido dentro de um contexto mais amplo de saúde. As drogas, a alimentação,
os sentimentos, as emoções, os desejos, os ideais, ou seja, a qualidade de vida
entendida como bem-estar físico, psíquico e social, são aspectos a serem
abordados no sentido de levar o jovem a refletir sobre como viver de maneira
saudável.
Este é, sem dúvida, o principal Desafio Educacional Contemporâneo. A partir
da problemática das drogas, vem por consequência o problema da violência e da
sexualidade irresponsável. Um dos mais nocivos entorpecentes é o álcool. A
bebida ingerida de modo desenfreado gera a maioria dos acidentes de trânsito,
homicídios e suicídios entre os jovens. Isso sem contar que, sob o efeito de álcool,
o risco de manter relações sexuais sem proteção aumenta substancialmente.
Logo, é de suma importância um trabalho de conscientização sobre o
consumo de drogas por meio de recursos, como: Internet, TV Pendrive,
campanhas publicitárias nacionais e internacionais, videoclipes (ex: Untitle, da
330
banda americana Simple Plan) e vídeos (ex: A Corrente do Bem, Juventude
livre do tabaco, partes I, II e III, este último disponível em sítios de domínio
público).

Educação Fiscal

A Educação Fiscal tem por missão "conscientizar a sociedade, através da


escola da função sócio-econômica do tributo. Além disso, busca o despertar do
cidadão para acompanhar a aplicação dos recursos postos à disposição da
Administração Pública, tendo em vista o benefício de toda a população".

O Desafio Educacional concernente à Educação Fiscal considera que os


conhecimentos sobre a função social dos tributos asseguram a capacidade do
exercício da cidadania vinculada ao desenvolvimento econômico do Estado e a
distribuição justa dos recursos públicos para todos. Sendo assim, é um desafio,
enquanto processo de inserção e resgate de valores na sociedade. Para a
compreensão desse conteúdo é necessário que os conhecimentos sejam
vivenciados nos estabelecimentos de ensino públicos e particulares como tema
social contemporâneo, inseridos no projeto político pedagógico das escolas e
trabalhados de forma integrada aos conteúdos programáticos dos componentes
curriculares.

Através de textos, gráficos e vídeos (por exemplo, Clube dos sem férias e
Que história é essa? , disponíveis em sítios de domínio público),gráficos
comparativos entre tributos no Brasil e nos Estados Unidos, diferença de preços
de produtos (automóveis, eletrônicos, etc.) em diferentes países

 Educação Sexual

A educação sexual busca ensinar e esclarecer questões relacionadas ao


sexo, livre de preconceito e tabus. Antigamente e ainda hoje, falar sobre sexo
provoca certos constrangimentos em algumas pessoas, mas o tema é de extrema

331
importância, pois esclarece dúvidas sobre preservativos, DSTs, organismo
masculino e feminino, anticoncepcionais e gravidez.

A educação sexual ajuda a diminuir a incidência de doenças sexualmente


transmissíveis, gravidez precoce e comportamentos abusivos. É o que indica um
estudo feito pela Associação Americana de Psicologia (APA, na sigla em inglês),
que concluiu que ensinar crianças e adolescentes sobre sexo não estimula a
sexualidade precoce. Pelo contrário: ajuda a saciar a curiosidade natural da idade
e contribui para que eles tenham informações adequadas para tomar decisões
com mais responsabilidade.

Com o auxílio de materiais audiovisuais (vídeos, reportagens, manchetes,


anúncios) esperamos que haja mobilização e conscientização dos jovens quanto
aos riscos que correm no caso de uma relação impensada.

Gênero e Diversidade Sexual

A sociedade brasileira vive profundas transformações que não podem ser


ignoradas por nenhuma instituição democrática. Cresce no país a percepção da
importância da educação como instrumento necessário para enfrentar situações
de preconceitos e discriminação e garantir oportunidades efetivas de participação
de todos nos diferentes espaços sociais. A escola brasileira vem sendo chamada
a contribuir de maneira mais eficaz no enfrentamento do que impede ou dificulta a
participação social e política e que, ao mesmo tempo, contribui para a reprodução
de lógicas perversas de opressão e incremento das desigualdades.

Não por acaso, em nossas escolas, temos assistido ao crescente interesse


em favor de ações mais abrangentes no enfrentamento da violência, do
preconceito e de discriminação contra as diversas preferências sexuais.
Cada vez mais a homofobia é percebida como um grave problema social, e a
escola é considerada um espaço decisivo para contribuir na construção de uma
consciência crítica e no desenvolvimento de práticas pautadas pelo respeito à
diversidade e aos direitos humanos. Reside aí a importância de se promoverem
ações que forneçam a profissionais da educação diretrizes, orientações
332
pedagógicas e instrumentos para consolidarmos uma cultura de respeito à
diversidade de orientação sexual e de identidade de gênero.

Neste caso, é necessário atividades de formação e sensibilização junto a


profissionais de educação da rede pública e estudantes da educação básica, além
do desenvolvimento de materiais de orientação para educadores.

6 – REFERÊNCIAS:

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Educação Básica.


Diretrizes Curriculares da Educação Básica - Língua Estrangeira Moderna. Paraná,
2008
PARANÁ: Diretrizes Curriculares Estaduais para a Disciplina de Língua Estrangeira
Moderna: Secretaria de Estado da Educação: Paraná, 2009
Educando para as Relações Étnico-Raciais II / Secretaria de Estado da
Educação. Superintendência da Educação. Diretoria de Políticas e Programas
Educacionais. Coordenação de Desafios Educacionais Contemporâneos. –
Curitiba: SEED – PR, 2008.
Educação ambiental / Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da
Educação. Departamento da Diversidade. Coordenação de Desafios Educacionais
Contemporâneos. - Curitiba: SEED – PR, 2008.
Enfrentamento à violência na escola / Secretaria de Estado da Educação
Superintendência da Educação. Diretoria de Políticas e Programas Educacionais.
Coordenação de Desafios Educacionais Contemporâneos. - Curitiba: SEED – PR,
2010.
Prevenção ao uso indevido de drogas na escola/ Secretaria de Estado da
Educação. Superintendência da Educação. Diretoria de Políticas e Programas
Educacionais. Coordenação de Desafios Educacionais Contemporâneos. -
Curitiba: SEED – PR, 2010.
Diversidade Sexual na Educação: problematizações sobre a homofobia nas
escolas / Rogério Diniz Junqueira (organizador). – Brasília: Ministério da
Educação, Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade,
UNESCO, 2009.

LÍNGUAPORTUGUESA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO


APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

333
Pensar o ensino da Língua e da Literatura implica pensar também nas
contradições, nas diferenças e nos paradoxos do quadro complexo da
contemporaneidade. A rapidez das mudanças ocorridas no meio social e a
percepção das inúmeras relações de poder presentes nas teias discursivas que
atravessam o campo social, constituindo-o e recebendo, concomitantemente, seus
influxos, estão a requerer dos professores, uma mudança de posicionamento no
que se refere a sua própria ação pedagógica.

A linguagem deve ser vista como uma ação entre sujeitos historicamente e
socialmente situados dentro de uma relação dialógica, para Geraldi (1991) ― a
linguagem não é um trabalho de artesão, mas trabalho social e histórico seu e
dos outros e é para os outros e com os outros que ela se constitui‖. Isso toma
proporções maiores quando pensamos nas diferentes formas de expressão dessa
linguagem, na variedade de gêneros discursivos e nos inúmeros suportes que nos
apresentam esses textos.

Se é na linguagem que o homem se reconhece humano, interage, troca


experiências, compreende a realidade em que está inserido e o seu papel como
participante da sociedade, o ensino da língua materna há que construir no
ambiente escolar as condições que instrumentalizarão os falantes aprendizes para
essa interação social. É no trabalho com o texto que surge a possibilidade de
mudança, na qual o professor assume uma postura interlocutiva com seu aluno,
com as diferentes esferas sociais onde circulam tais gêneros e com a própria
flexibilidade da linguagem, considerando o texto oral, escrito e todas as outras
linguagens.

O ensino de Língua Portuguesa, portanto, pauta-se em seu conteúdo


estruturante: O discurso como prática social difundido na Prática da Leitura, na
Prática da Oralidade, na Prática da Escrita e também considerando reflexões de
análise linguística onde a estrutura da língua é analisada com o intuito de melhorar
as práticas sociais da língua.

334
CONTEÚDOS BÁSICOS :

Os conteúdos Básicos para 6º ano Ensino Fundamental são:


Gêneros Discursivos
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística,
serão Adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas
esferas sociais de circulação. Caberá ao professor fazer a seleção de gêneros,
nas diferentes esferas, de acordo com o Projeto Político Pedagógico, com a
Proposta Pedagógica Curricular, com o Plano Trabalho Docente, ou seja, em
conformidade com as características da escola e com o nível de complexidade
adequado a cada uma das séries.

Vide relação dos gêneros ao final deste documento.

LEITURA
• Tema do Texto;
• Interlocutor;
• Finalidade;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
Identificação dos elementos constitutivos do gênero ( tema, estilo e
estrutura do texto)
• Elementos composicionais do gênero;
• Léxico;
• Repetição proposital de palavras;
• Marcas Linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras
de linguagem.
ESCRITA
• Tema do texto;
335
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Informatividade;
• Elementos composicionais do gênero;
• Marcas Linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras
de linguagem.
• Acentuação gráfica;
• Ortografia;
• Concordância verbal/nominal;
Uso da letra maiúscula
• Sentido conotativo e denotativo;
Organização do texto, considerando aspectos estruturais ( apresentação do texto,
paragrafação)

ORALIDADE
• Tema do texto;
• Finalidade;
• Papel do locutor e interlocutor;
• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Variações linguísticas;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos
semânticos.

Reconhecimento e utilização da forma composicional pertencente a cada gênero (


elementos da narrativa, argumentatividade e exposição)

336
Os conteúdos Básicos para 7º ano Ensino Fundamental são:
Gêneros Discursivos

Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística,


serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas
esferas sociais de circulação. Caberá ao professor fazer a seleção de gêneros,
nas diferentes esferas, de acordo com o Projeto Político Pedagógico, com a
Proposta Pedagógica Curricular, com o Plano Trabalho Docente, ou seja, com
conformidade com as características da escola e com o nível de complexidade
adequado a cada uma das séries. Vide relação dos gêneros ao final deste
documento.

LEITURA
• Tema do Texto;
• Interlocutor;
• Finalidade;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Situcionalidade;
Reconhecimento os efeitos de sentido decorrentes do tratamento estético do
texto literário.
• Informações explícitas;
• Discurso direto e indireto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Repetição proposital de palavras;
• Léxico;
• Marcas Linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras
de linguagem.
337
ESCRITA
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Discurso direto e indireto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Marcas Linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras
de linguagem.
• Acentuação gráfica;
• Ortografia;
• Concordância verbal/nominal;
Utilização adequada à linguagem formal e informal, de acordo com a situação
de produção.
ORALIDADE
• Tema do texto;
• Finalidade;
• Papel do locutor e interlocutor;
• Elementos extralinguísticos: entonação, gestos faciais, pausas, postura..;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Variações linguísticas;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos
semânticos.

Os conteúdos Básicos para 8º ano Ensino Fundamental são:


Gêneros Discursivos

338
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise lingüística,
serão Adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas
esferas sociais de circulação. Caberá ao professor fazer a seleção de gêneros,
nas diferentes esferas, de acordo com o Projeto Político Pedagógico, com a
Proposta Pedagógica Curricular, com o Plano Trabalho Docente, ou seja, com
conformidade com as características da escola e com o nível de complexidade
adequado a cada uma das séries. Vide relação dos gêneros ao final deste
documento.

LEITURA

• Conteúdo temático com a leitura compreensiva, global, crítica e analítica


de textos verbais e não verbais;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Situacionalidade;
• Intertextualidade;
• Vozes sociais presentes no texto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Marcas Linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras
de linguagem;
• Semântica:
- operadores argumentativos;
- ambiguidade;
- sentido conotativo e denotativo das palavras no texto;
- expressões que denotam ironia e humor no texto.
• Léxico.
339
ESCRITA
• Conteúdo temático;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Informatividade;
• Situcionalidade;
• Vozes sociais presentes no texto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Marcas Linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);
• Concordância verbal e nominal;
• Semântica;
• Operadores argumentativos;
• Ambiguidade;
• Significado das palavras;
• Figuras de linguagem;
• Sentido conotativo e denotativo;
• Expressões que denotam ironia e humor no texto.

Os conteúdos Básicos para 9º ano Ensino Fundamental são:


Gêneros Discursivos

Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística,


serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas
esferas sociais de circulação. Caberá ao professor fazer a seleção de gêneros,
nas diferentes esferas, de acordo com o Projeto Político Pedagógico, com a
Proposta Pedagógica Curricular, com o Plano Trabalho Docente, ou seja, com
conformidade com as características da escola e com o nível de complexidade

340
adequado a cada uma das séries. Vide relação dos gêneros ao final deste
documento.

LEITURA
• Tema do Texto;
• Interlocutor;
• Finalidadedo texto;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Situacionalidade;
• Intertextualidade;
• Temporalidade;
• Discurso direto e indireto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;
• Palavras e/ou expressões que denotam ironia e humor no texto;
• Polissemia;
• Marcas Linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras
de linguagem;
• Léxico.
Identifica argumentos identificados no texto para sustentar uma tese.
ESCRITA
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
341
• Situcionalidade;
• Intertextualidade;
• Temporalidade;
• Discurso direto e indireto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;
• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
• Palavras e/ou expressões que denotam ironia e humor no texto;
• Polissemia;
• Marcas Linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras
de linguagem.

Os conteúdos Básicos para Ensino Médio são:

Gêneros Discursivos

Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística,


serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas
esferas sociais de circulação. Caberá ao professor fazer a seleção de gêneros,
nas diferentes esferas, de acordo com o Projeto Político Pedagógico, com a
Proposta Pedagógica Curricular, com o Plano Trabalho Docente, ou seja, com
conformidade com as características da escola e com o nível de complexidade
adequado a cada

uma das séries. Vide relação dos gêneros ao final deste documento.

LEITURA
• Tema do Texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
342
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Situacionalidade;
• Intertextualidade;
• Temporalidade;
• Referência Textual;
• Partículas conectivas do texto;
• Discurso direto e indireto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;
• Palavras e/ou expressões que denotam ironia e humor no texto;
• Polissemia;
• Marcas Linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras
de linguagem;
• Léxico.
ESCRITA
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Situcionalidade;
• Intertextualidade;
• Temporalidade;
• Referência textual;
• Partículas conectivas do texto;

343
• Discurso direto e indireto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;
• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
• Palavras e/ou expressões que denotam ironia e humor no texto;
• Polissemia;
• Marcas Linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
• texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de
linguagem;
• Acentuação gráfica;
• Ortografia;
• Concordância verbal/nominal.

ORALIDADE
• Conteúdo temático;
• Finalidade;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Papel do locutor e interlocutor;
• Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual,
pausas;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Variações linguísticas;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, semântica;
• Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc);
• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou escrito.

344
TABELA DE GÊNEROS CONFORME AS ESFERAS DE COMUNICAÇÃO

ESFERAS SOCIAIS DE CIRCULAÇÃO :


COTIDIANA:
Diário
Adivinhas
Exposição Oral
Álbum de Família
Fotos
Anedotas
Músicas
Bilhetes
Parlendas
Cantigas de Roda
Piadas
Carta Pessoal
Provérbios
Cartão
Quadrinhas
Cartão Postal
Receitas
Causos
Relatos de Experiências Vividas
Comunicado
Trava-Línguas

345
Convites
Curriculum Vitae

LITERÁRIA / ARTÍSTICA
Letras de Músicas
Autobiografia
Narrativas de Aventura
Biografias
Narrativas de Enigma
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CONTEÚDOS BÁSICOS: 1º ANO


LEITURA:
. Tema do texto;
. Interlocutor;
. Finalidade do texto;
. Informatividade
. Situacionalidade;
. Informações explícitas;
. Discurso direto e indireto;

351
. Aceitabilidade do texto;
. Elementos composicionais do gênero;
. Léxico;
. Repetição proposital de palavras;
. Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão e negrito), figuras de
linguagem.
ESCRITA:
. Tema do texto;
. Interlocutor;
. Finalidade do texto;
. Discurso direto e indireto;
. Informatividade;
. Elementos composicionais do gênero;
. Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão e negrito), figuras de
linguagem;
. Acentuação gráfica;
. Ortografia;
. Concordância verbo/nominal.
ORALIDADE:
. Tema do texto;
. Finalidade;
. Papel do locutor e interlocutor;
. Aceitabilidade do texto;
. Informatividade;
. Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos,...;

352
. Adequação do discurso ao gênero;
. Turnos da fala;
. Variações linguísticas;
. Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos.

CONTEÚDOS BÁSICOS – 2º ANO


LEITURA
. Conteúdos temáticos;
. Tema do texto;
. Interlocutor;
. Finalidade do texto;
. Intertextualidade;
. Temporalidade;
. Discurso direto e indireto;
. Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;
. Aceitabilidade do texto;
. Informatividade;
. Situacionalidade;
. Polissemia;
. Léxico;
. Vozes sociais presentes no texto;
. Elementos composicionais do gênero;
. Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
recursos gráficos como: (aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;
. Semântica:
- operadores argumentativos;
- ambiguidade;

353
- sentido conotativo e denotativo das palavras no texto;
- expressões que denotam ironia e humor no texto.

ESCRITA
. Conteúdo temático;
. Interlocutor;
. Finalidade do texto;
. Aceitabilidade do texto;
. Tema do texto;
.Temporalidade;
. Informatividade;
. Situacionalidade;
. Intertextualidade;
. Discurso direto e indireto;
. Vozes sociais presentes no texto;
. Elementos composicionais do gênero;
. Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);
. Concordância verbal e nominal;
. Semântica:
- operadores argumentativos;
- ambiguidade;
- significado das palavras;
- figuras de linguagem;
- sentido conotativo e denotativo;
- expressões que denotam ironia e humor no texto.

354
. Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
. Polissemia;
. Processo de formação das palavras;
. Acentuação gráfica;
. Ortografia.
ORALIDADE
. Conteúdo temático;
. Finalidade;
. Aceitabilidade do texto;
. Informatividade;
Papel do locutor e interlocutor;
. Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual,
pausas...;
. Adequação do discurso ao gênero;
. Turnos da fala;
. Variações linguísticas;
. Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
. Elementos semânticos;
. Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc);
. Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE
O discurso constituirá o conteúdo estruturante entendido como prática social sob
seus vários gêneros.

Faz-se necessário que o professor leve em consideração a experiências no


trabalho com a linguagem que o aluno já possui e que ele tenha que interagir em

355
uma nova discursividade, interagindo assim, elementos indispensáveis da prática
como: conhecimentos linguísticos, discursivos, culturais e sócio-pragmáticos:

- Conhecimentos linguísticos dizem respeito ao vocabulário, à fonética e às


regras gramaticais, elementos necessários para que o aluno interaja com a língua
que se lhe apresenta.

-Discursivos: diferentes gêneros discursivos que constituem a variada


gama de práticas sociais que são apresentadas aos alunos possibilitando aos
educandos modo de análise e reflexão.

- Culturais: tudo aquilo que sente, acredita, pensa, diz, faz e tem uma
sociedade ou seja, a forma como grupo social e vive e concebe a vida.

- Sócios-pragmáticos: valores ideológicos, sociais e verbais que envolvem


o discurso em um contexto sócio-histórico particular.

Além disso, uma abordagem do discurso e uma totalidade será realizada e


garantida através de uma atividade significativa em língua estrangeira nas quais
as práticas de leitura, escrita e oralidade, interajam entre si e constituam uma
prática social cultural.

LEITURA

 tema e finalidades do texto, interlocutor, aceitabilidade do texto,


informatividade, situacionalidade, temporalidade, referência textual, partículas
conectivas do texto, discurso direto e indireto, elementos composicionais,
sentido conotativo e denotativo , ironia e humor, polissemia, léxico e marcas
linguísticas tais como: coesão e coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficos ( aspas, travessão, negrito, etc ) e figuras
de linguagem.

356
ESCRITA

- tema do texto;
- interlocutor, finalidade, informatividade e elementos composicionais do gênero;
- Marcas linguísticas tais como: coesão, coerência, função das classes gramaticais
no texto, pontuação, recursos gráficos, ( aspas, travessão e outros) e figuras de
linguagem;
- acentuação gráfica ( espanhol )
- ortografia;
- concordância verbal e nominal;

ORALIDADE

XII- conteúdo temático, finalidade, aceitabilidade e informatividade do texto;

 papel do locutor e interlocutor;


8. elementos extralinguísticos tais como: entonação, pausas, expressões facial,
corporal e gestual;
 adequação do discurso ao gênero;
 variações linguísticas;
9) marcas linguísticas tais como: coesão e coerência, gírias e repetição;
 semântica;
 adequação da fala no contexto ( uso de conectivos, gírias, repetições, etc.)
 diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito;

ABORDAGEM METODOLÓGICAS: e RECURSOS DIDÁTICOS


/TECNOLÓGICOS:
Todas as atividades devem ser centradas no aluno, trabalhando
ativamente, interagindo - o nas situações do dia-a-dia e as informações globais.
Assim sendo é vista como uma atividade construtiva e criativa.
357
O texto apresenta-se como um espaço de temática fundamental para o
desenvolvimento intercultural, manifestado por um pensar e agir críticos com a
prática cidadã imbuída de respeito às diferentes culturas, crenças e valores.
Possibilita-se, desse modo, a capacidade de analisar e refletir sobre fenômenos
linguísticos e realizações discursivos, as quais se revelam pela história dos
sujeitos que fazem parte desse processo, apresentando assim como em princípio
gerador de unidades temáticas e de desenvolvimento das práticas linguístico-
discursivos. Portanto, é fundamental que se apresente ao aluno textos de
diferentes gêneros textuais, mas sem categorizá-los, proporcionando ao aluno a
possibilidade de interagir com a infinita variedade discursiva.

Para tanto, é importante trabalhar a partir de temas referentes a questões


sociais, tarefa que se encaixa perfeitamente nas atribuições de Língua
Estrangeira, disciplina que favorece a utilização de textos abordando assuntos
relevantes presentes na mídia nacional e internacional ou no mundo editorial:
publicitários, jornalísticos, literários, informativos, de opinião, etc, interagindo com
uma completa mistura da língua escrita, visual e oral. Sendo assim, será possível
fazer discussões orais sobre sua compreensão, bem como produzir textos orais,
escritos e ou visuais, interagindo todas as práticas discursivas nesse processo.

Ao apresentar textos literários deve-se propor atividades que colaborem


para que o aluno reflita sobre os textos e os perceba como uma prática social de
uma sociedade em um determinado contexto sócio - cultural particular.

O papel da gramática relaciona seu entendimento quando necessário, aos


procedimentos para a construção de significados utilizados na língua estrangeira:
o trabalho com a gramática, portanto, estabelece-se como importante na medida
que permite o entendimento dos significados possíveis das estruturas
apresentadas.

Assim, o conhecimento formal da gramática deve estar subordinado ao


conhecimento discursivo, ou seja, reflexões gramaticais devem ser decorrentes de

358
necessidades específicas dos alunos a fim de que possam expressar-se ou
construir com os textos.

A produção escrita, ainda que restrita a construção de uma frase, a um


parágrafo, a um poema ou a uma carta, precisa fazer desta produção uma
atividade menos artificial possível: buscar leitores efetivos dentro ou fora da
escola, ou seja, elaborar pequenos textos direcionados a um público determinado.
Serão trabalhados assuntos sobre vida e sociedade da Cultura afro-brasileira,
Africana e Cultura Indígena pelo fato da realidade da origem e formação da
sociedade brasileira e latino- americana e, que no continente africano, há um país
que fala espanhol como língua oficial.

Sexualidade, drogas e meio ambiente serão temas abordados para que os alunos
conheçam e analisem de forma crítica como outras sociedades tratam tais
assuntos.

Para tanto, serão utilizados materiais didáticos disponíveis tais como: livros
didáticos, dicionários, TV multimídia, DVD's, CDS, internet, sob a ótica da
realidade dessa instituição e das propostas das diretrizes curriculares.

AVALIAÇÃO E RECUPERAÇÃO

A avaliação da aprendizagem da Língua Estrangeira está intrinsecamente


atrelada à concepção da língua e aos objetivos para o ensino dessa disciplina
defendida nas Diretrizes Curriculares. Assim, o caráter educacional da avaliação
sobrepõe-se ao seu caráter eventualmente punitivo e de controle, constituindo
num instrumento facilitador na busca de orientações e intervenções pedagógicas,
vão se atendo apenas no conteúdo desenvolvido, nas aquelas vivenciadas ao
longo do processo, de forma que os objetivos específicos explicitados nas
diretrizes sejam alcançados. Portanto, a avaliação da aprendizagem precisa
superar a concepção de mero instrumento de medição de apreensão de
conteúdos, visto que ela se configura como processual e, como tal, objetiva
subsidiar discussões, a cerca das dificuldades e avanços dos alunos sujeitos, a
partir de suas produções no processo de ensino e aprendizagem.
359
O aluno envolvido no processo de avaliação também é construtor do
conhecimento, precisa ter seu esforço reconhecido por meio de ações como: o
fornecimento de um retorno sobre seu desempenho, do erro como parte integrante
da aprendizagem. Assim, tanto o professor quanto os alunos, poderão
acompanhar o percurso desenvolvido até então e identificar bem como planejar e
propor outros encaminhamentos que vise a superação das dificuldades
constatadas.

Contudo, é importante considerar na prática pedagógica avaliações de


naturezas diversas: diagnósticas e formativas, desde que essas se articulem com
os objetivos específicos e conteúdos definidos, concepções e encaminhamentos
metodológicos, respeitando as diferenças individuais e metodológicas.

Constitui parte integrante do processo de ensino-aprendizagem, tendo


como princípio básico o respeito à diversidade de características, de necessidades
e de ritmos de aprendizagem de cada aluno. Sendo a recuperação contínua e
concomitante, deve ser realizada ao longo do ano, a cada conteúdo trabalhado, no
momento em que são constatadas as dificuldades, fazendo assim, as intervenções
necessárias. As atividades de avaliações orais serão realizadas através de
apresentações de determinados temas, avaliando-se assim a capacidade de
argumentação dos alunos. As atividades escritas e extraclasse poderão ocorrer
individuais ou em grupos estando de acordo com a necessidade do conteúdo.
Durante as avaliações ocorrerão recuperações concomitantes em que professores
e alunos retomarão pontos essenciais dos conteúdos para a revisão e fixação
destes.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Língua Estrangeira Moderna . SEED:


Paraná,2008.
O professor de Línguas Estrangeiras. Construindo a profissão. Org. Por Wilson J.
Lafta. Pelotas: Educat, 2006.

360
A Língua Estrangeira em sala de aula: pesquisando o processo e o produto. Org.
Por Marília dos Santos Lima. Porto Alegre: Sagra Luzzato,2002.

MATEMÁTICA-ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO


APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Este documento assume a postura metodológica que permite a


apropriação de um conhecimento em Matemática mediante a configuração
curricular, que promove a organização de um trabalho escolar, que se inspire e se
expresse em articulações entre os conteúdos específicos pertencentes ao mesmo
conteúdo estruturante e entre conteúdos específicos pertencentes a conteúdos
estruturantes diferentes, de forma que as significações sejam reforçadas,
refinadas e intercomunicadas, partindo do enriquecimento e das construções de
novas relações.

Nesse contexto, ao trabalhar os conteúdos Circunferência e Círculo,


ambos do conteúdo estruturante Geometria, o professor pode buscar na Álgebra,
mais precisamente nos conceitos de equações, elementos para abordá-los. Para o
conteúdo porcentagem, os conceitos da Álgebra também serão elementos
básicos.

Nesse caso, entende-se não ser necessário estudar a Álgebra


isoladamente dos demais conteúdos.

OBJETIVOS GERAIS

Sendo assim, pode-se afirmar que os objetivos básicos da Educação


Matemática visam desenvolvê-la enquanto campo de investigação e de produção
de conhecimento - natureza científica - e a melhoria da qualidade do ensino e da
aprendizagem da Matemática - natureza pragmática. Para Miguel e Miorim (2004,
p.70) ―a finalidade da Educação Matemática é fazer com que o estudante
compreenda e se aproprie da própria Matemática concebida como um conjunto de
resultados, métodos, procedimentos, algoritmos, etc.‖. Outra finalidade apontada

361
pelos autores ―é fazer com que o estudante construa, por intermédio do
conhecimento matemático, valores e atitudes de natureza diversa, visando a
formação integral do ser humano e, particularmente, do cidadão, isto é, do homem
público‖(id. 2004, p. 71).

Esta é a Educação Matemática proposta para estas Diretrizes


Curriculares de Matemática para a educação básica. Este campo de investigação
prevê a formação de um estudante crítico, capaz de agir com autonomia nas suas
relações sociais e, para isso, é necessário que ele se aproprie de conhecimentos,
dentre eles, o matemático. Para Ribnikov (1987), a Matemática enquanto ciência
tem singularidades qualitativas nas leis que definem seu desenvolvimento. No
entanto, são as generalizações, abstraídas a partir delas, que a caracterizam
como uma das formas para as pessoas adquirirem sua consciência social. Assim,
tem-se presente a ideia de que, pelo conhecimento do conteúdo matemático, o
estudante se apropria de conhecimentos que possibilita a criação de relações
sociais.

METODOLOGIA

TENDÊNCIAS EM EDUCAÇÃO MATEMÁTICA

Resolução de Problemas

Uma das razões de ensinar Matemática é abordar os conteúdos


matemáticos a partir da resolução de problemas, meio pelo qual, o estudante terá
a oportunidade de aplicar conhecimentos previamente adquiridos em novas
situações. Na solução de um problema, o estudante precisa ter condições de
buscar várias alternativas que almejam a solução.

De acordo com Schoenfeld (1997), os professores podem se envolver


em práticas metodológicas que apontam para resolução de problemas, as quais
tornam as aulas de Matemática mais dinâmicas e não restringem o ensino de
Matemática a modelos clássicos de ensino, tais como, exposição oral e resolução
de exercícios. Ainda, na visão do autor, a resolução de problemas pode possibilitar
362
aos estudantes, compreender os argumentos matemáticos e ajudar a vê-los como
um conhecimento passível de ser apreendido por todos os sujeitos presentes no
processo de ensino e da aprendizagem.

É importante lembrar que a resolução de exercícios e resolução de


problemas são metodologias diferentes. Enquanto na resolução de exercícios os
estudantes dispõem e utilizam mecanismos que os levam, de forma imediata, à
solução, na resolução de problemas, isto não ocorre de forma imediata pois,
muitas vezes, é preciso levantar hipóteses e testá-las. Desta forma, uma mesma
situação pode ser um exercício para alguns e um problema para outros,
dependendo dos seus conhecimentos prévios.

Etnomatemática

A Etnomatemática surgiu em meados da década de 1970, quando


Ubiratan D'Ambrósio propôs que os programas educacionais necessitavam dar
ênfase às matemáticas produzidas pelas diferentes culturas. O papel da
etnomatemática é reconhecer e registrar questões de relevância social que
produzem conhecimento matemático. Esta tendência leva em consideração que
não existe um único saber, mas vários saberes distintos e nenhum menos
importante que outro. As manifestações matemáticas são percebidas através de
diferentes teorias e práticas, das mais diversas áreas, que emergem dos
ambientes culturais.

A etnomatemática considera uma organização da sociedade que


permite o exercício da crítica e a análise da realidade. Nesse sentido, é um
importante campo de investigação que, por meio da Educação Matemática,
prioriza um ensino que valoriza a história dos estudantes através do
reconhecimento e respeito de suas raízes culturais. D‘Ambrósio (2001, p.42)
afirma que ―reconhecer e respeitar as raízes de um indivíduo não significa ignorar
e rejeitar as raízes do outro, mas num processo de síntese reforçar suas próprias
raízes‖. O seu enfoque precisa relacionar-se a uma questão maior, como o

363
ambiente do indivíduo e as relações de produção e trabalho, assim como se
vincular a manifestações culturais como arte e religião.

Modelagem Matemática

Essa abordagem tem como pressuposto que o ensino e a


aprendizagem da Matemática pode ser potencializado quando se problematizam
situações do cotidiano. A Modelagem Matemática, ao mesmo tempo em que
propõe a valorização do aluno no contexto social, procura levantar problemas que
sugerem questionamentos sobre situações de vida.

De acordo com Barbosa (2001, p. 6), a Modelagem Matemática é


entendida como sendo ―um ambiente de aprendizagem no qual os alunos são
convidados a indagar e/ou investigar, por meio da Matemática, situações oriundas
de outras áreas da realidade. Essas se constituem como integrantes de outras
disciplinas ou do dia-a-dia; os seus atributos e dados quantitativos existem em
determinadas circunstâncias‖.

Para Bassanezi (2002, p. 16) ―a Modelagem Matemática consiste na


arte de transformar problemas reais com os problemas matemáticos e resolvê-los
interpretando suas soluções na linguagem do mundo real‖.

Diante das possibilidades de situações diferenciadas de aprendizagens


oriundas da Modelagem Matemática, esta tendência contribui para a formação do
estudante ao possibilitar maneiras pelas quais os conteúdos de Matemática sejam
abordados na prática docente, cujo resultado será um aprendizado significativo. A
abordagem Matemática, por meio da Modelagem Matemática, em fenômenos
diários, sejam eles, físicos, biológicos e sociais, contribuem para análises críticas
e compreensões diversas de mundo.

Mídias Tecnológicas

No contexto da Educação Matemática, os ambientes de aprendizagem


gerados por aplicativos informáticos, dinamizam os conteúdos curriculares e
364
potencializam o processo de ensino e da aprendizagem. O uso de mídias tem
suscitado novas questões, sejam elas em relação ao currículo, à experimentação
Matemática, às possibilidades do surgimento de novos conceitos e de novas
teorias matemáticas (Borba, 1999). Atividades realizadas com o uso do lápis e do
papel, ou mesmo o quadro e o giz como a construção de gráficos, por exemplo,
com o uso dos computadores ampliam as possibilidades de observação e
investigação, visto que algumas etapas formais de construção são sintetizadas
(D'Ambrósio, 1988).

Os recursos tecnológicos, sejam eles o software, a televisão, as


calculadoras, os aplicativos da Internet entre outros, têm favorecido as
experimentações matemáticas, potencializando formas de resolução de
problemas.

Aplicativos de modelagem e simulação têm auxiliado estudantes e


professores a visualizarem, generalizarem e representarem o fazer matemático de
uma maneira passível de manipulação, pois permitem construção, interação,
trabalho colaborativo, processos de descoberta de forma dinâmica e o confronto
entre a teoria e a prática.

Borba e Penteado (2001) consideram as ferramentas tecnológicas


interfaces importantes no desenvolvimento de ações em Educação Matemática.
Destacam que abordar atividades matemáticas com os recursos tecnológicos
enfatizam um aspecto fundamental na proposta pedagógica da disciplina: a
experimentação. De posse dos recursos tecnológicos, os estudantes conseguem
desenvolver argumentos e conjecturas relacionadas às atividades com as quais se
envolvem, sendo as conjecturas resultado dessa experimentação.

A Internet, segundo Tajra (2002) é outro recurso que também pode


favorecer a formação de várias comunidades virtuais que, relacionadas entre si,
promovem trocas e ganhos de aprendizagem. Muitas destas comunidades
abrangem o campo da Matemática e envolvem professores, alunos e interessados
na área.No Paraná o site da disciplina de Matemática
365
(http://www.matematica.pr.gov.br), do Portal Dia a Dia Educação
(http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br), é uma das iniciativas voltadas ao uso
desse recurso.

Enfim, o trabalho realizado com as Mídias Tecnológicas, insere formas


diferenciadas de ensinar e aprender, e valoriza o processo de produção de
conhecimentos.

História da Matemática

É importante entender a História da Matemática no contexto da prática


escolar como componente necessária de um dos objetivos primordiais da
Matemática. Sendo assim se faz necessário que os estudantes compreendam a
natureza da Matemática e a sua relevância na vida da humanidade. Não se trata
com esta tendência histórica de, apenas, retratar curiosidades ou um conjunto de
biografias de matemáticos famosos, mas sim, de vincular as descobertas
matemáticas aos fatos sociais e políticos, às circunstâncias históricas e às
correntes filosóficas que determinavam o pensamento e influenciavam no avanço
científico de cada época.

Considera-se a História da Matemática como um elemento orientador


na elaboração de atividades, na criação das situações-problema, na fonte de
busca, na compreensão e como elemento esclarecedor de conceitos matemáticos.
Possibilitam o levantamento e a discussão das razões para a aceitação de certos
fatos, raciocínios e procedimentos por parte do estudante. Para Miguel e Miorim
(2004) a história permite refletir sobre as explicações dadas aos porquês da
Matemática, bem como, para a promoção de ensino e da aprendizagem da
Matemática escolar baseado na compreensão e na significação. É pela História da
Matemática que se tem a possibilidade do estudante entender como o
conhecimento matemático é construído historicamente.

Elaborar problemas, partindo da História da Matemática, é oportunizar


ao aluno conhecer a Matemática como campo do conhecimento que se encontra

366
em construção e pensar em um ensino, não apenas em resolver exercícios
repetitivos e padronizados, sem nenhuma relação com os outros campos do
conhecimento. É também, uma possibilidade de dividir com eles as dúvidas e
questionamentos que levam à construção da Ciência Matemática.

No decorrer das atividades serão abordados a História da Cultura Afro-


Brasileira e a cultura indígena, bem como os desafios educacionais, como Meio
Ambiente, Enfrentamento à Violência na Escola, Prevenção ao uso indevido de
Drogas, Educação Fiscal e Educação Sexual.

6º ANO

CONTEÚDOS CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS


ESTRUTURANTES

- Sistemas de – Uma história muito antiga


Numeração – E o nosso sistema de numeração

– Ideias associadas à adição


– Ideias associadas à subtração
- Calculando com
números naturais – Ideias associadas à multiplicação
– Ideias associadas à divisão
– Revolvendo problemas
– Potenciação de números naturais

367
– Divisibilidade: – Noção de divisibilidade
Divisores e múltiplos
– Critérios de divisibilidade

NÚMEROS E ÁLGEBRA – Divisores, fatores e múltiplos de


um número natural

– Números primos

– Decomposição em fatores primos

– Mínimo múltiplo comum

– Inteiro e partes do inteiro

 Frações – Frações de uma quantidade

NÚMEROS E ÁLGEBRA – Números mistos e frações

Impróprias

– Frações equivalentes

– Comparação de frações

368
– Operações com frações
– Números Decimais e
Porcentagens – Inversa de uma fração

– Potenciação e raiz quadrada de

frações

– A notação decimal

– Numerais decimais e o

registro de medidas

– Números decimais na

forma de frações

– Comparando números

decimais

– Adição e subtração de

números decimais

– Multiplicando e

dividindo por 10, 100, 1000...

– Multiplicação de

números decimais

– Divisão de números

Naturais com quociente decimal

– Divisão de números

Decimais

– O que é porcentagem

– Calculando porcentagens

– A forma decimal das

Porcentagem

369
GEOMETRIAS
– Ponto, reta e plano
26. Geometria e as
ideias intuitivas – A reta

27. Geometria Plana – Giros e ângulos


e Espacial
– Polígonos

– Triângulos e quadriláteros

- Unidades de medida de
comprimento
GRANDEZAS E - Medindo
comprimentos e - transformação das unidades de
MEDIDAS superfícies medida de comprimento

- Perímetro de um polígono

- Unidades de medida de superfície

- Áreas das figuras geométricas


planas como: retângulo, quadrado,
paralelogramo, triângulo, trapézio.

370
 Volume e - Medindo o espaço ocupado
capacidade
- Volume do paralelepípedo
 Medidas de tempo retângulo

- Unidades de medida de volume

- Unidades de medida de
capacidade

- Transformação das unidades de


medida de capacidade

7ºANO

CONTEÚDOS CONTEÚDOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS


ESTRUTURANTES BÁSICOS

– O conjunto dos - Onde encontramos números


números inteiros negativos?
– Comparando números
– Reta numérica
– Distância na reta numérica
– Adição e subtração com números
negativos
– Multiplicação e divisão com
números negativos
– Potenciação com base negativa
– Raiz quadrada
– Expressões Numéricas

371
– O conjunto dos - O conjunto dos números racionais
números racionais – A reta numérica
- Adição algébrica de números
racionais

NÚMEROS E ÁLGEBRA - Multiplicação de números


racionais
– Divisão de números racionais
– Potenciação de números
racionais
– Raiz quadrada exata de números
racionais
– Estudo das média

– Proporcionalidade – O que é grandeza?


– Comparando grandezas
– Grandezas diretamente
proporcionais
- Grandezas inversamente
proporcionais
– Escalas, plantas e mapas

– Estudando – Igualdade
equações
– Equações
– Conjunto universo e conjunto
solução de uma equação
– Equações equivalentes
– Equações do 1º grau com uma
incógnita
– Usando equações na resolução
de problemas
– Aplicação das equações: As
fórmulas matemáticas
– Equação do 1º grau com duas
incógnitas
– Sistema de duas equações do 1º
grau com duas incógnitas

372
- Inequações – Desiqualdades
– símbolos e propriedades
– Inequações
– Resolução de inequações

– Sólidos – Poliedros
Geométricos
– Prismas e pirâmides
– Poliedros regulares
– Cilindros, cones e esferas
– Uma, duas, três dimensões
- Área – medida de superfície
– Conversões entre as unidades de
– Áreas e Volumes medida de superfície
-Área do paralelogramo e área do
triângulo
– Cálculos de áreas
– Relações entre as unidade de
medida, de volume e de
capacidade
– Construindo e
interpretando
gráficos – Porcentagens e gráficos
- Pesquisa – Construindo um gráfico de
Estatística; setores
– Pictogramas
– Média
- Média Aritmética;
– Moda
- Moda e mediana
– Estudando um orçamento familiar
- Juro Simples

373
GEOMETRIAS

TRATAMENTO DA
INFORMAÇÃO

374
8º ANO

CONTEÚDOS CONTEÚDOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS


ESTRUTURANTES BÁSICOS

– Conjuntos – Números naturais


Numéricos – Números inteiros
– Números racionais
– Representação dos números
racionais
– Números irracionais
– Pi – um número irracional
– Números reais
– Os números reais e as
operações
– Potenciação e – Expoentes inteiros
Notação – Propriedades das potências
– Potências de base 10
– Multiplicação por potências de
base 10
– Notação científica

NÚMEROS E ÁLGEBRA – Cálculo algébrico – Variáveis


– Expressões algébricas
– Monômios e polinômios
– Operações e expressões
algébricas
– Multiplicação de polinômios
– Produtos notáveis
- Fatoração
– O método de adição
– Sistemas de - O método da substituição
Equações
- Resolução de problemas

– Sistema – Localização
Cartesiano
– Sistema cartesiano

375
– Ângulos e – Retas e ângulos
polígonos
– Soma dos ângulos internos de
um triângulo

– ângulos de um triângulo
isósceles

– Ângulos de um triângulo
equilátero

– ângulos de um polígono

– Ângulos dos polígonos


regulares

– Área de triângulos

– Circunferência e – Caracterização
círculo
– Usando circunferência para
GEOMETRIAS traçar triângulos

GEOMETRIAS - Cordas

– Arco e ângulo central

- Comprimento de um arco

- Construindo polígonos regulares

TRATAMENTO DA - Gráfico e - Analise e construção de vários


INFORMAÇÃO Informação; tipos de gráficos
- População e
amostra. - Montagem de tabelas que
representem uma situação prática.

9º ANO

CONTEÚDOS CONTEÚDOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS


ESTRUTURANTES BÁSICOS

– Potenciação e – Revendo a potenciação


radiciação – Revendo as propriedades das
potências
– Radiciação
– Expoentes racionais
376
– Propriedades dos radicais
– Simplificação dos radicais
– Adição e subtração de radicais
– Cálculo com radicais
– Racionalização
NÚMEROS E ÁLGEBRA
– Teorema de – O teorema de Pitágoras
Pitágoras – Teorema de Pitágoras,
quadrados e triângulos

– Equação do 2º – Equações
grau – Resolvendo equações do 2º grau
– Forma geral de uma equação do
2º grau
– Trinômios quadrados perfeitos e
equações do 2º grau
– Fórmula geral de resolução da
equação do 2º grau
– Resolução de problemas
– Soma e produto das raízes de
uma equação do 2º grau
– Equações irracionais
- Equações biquadradas

– Conceito de função
– As funções e suas aplicações
– Da tabela para a lei de formação
da função
FUNÇÕES – Funções – Interpretando gráficos
– Construindo gráficos de funções
– Noções de – Qual é a chance
probabilidades – As probabilidades e a estatística
– População e amostra

– Porcentagem e – Revendo porcentagens,


Juro descontos e acréscimos
– Juro

TRATAMENTO DA
INFORMAÇÃO

377
- Congruência e – Polígonos congruentes
semelhança de – Congruência de triângulos
figuras – Semelhança
– Semelhança de triângulos
– Aplicando a semelhança de
triângulos
– Teorema de Tales

GRANDEZAS E MEDIDAS

– Relações métricas – Relações métricas nos triângulos


nos triângulos retângulos
retângulos

– Trigonometria no – As razões trigonométricas


triângulo retângulo – As razões trigonométricas e os
ângulos de 30°, 45° e 60°

CONTEÚDOS DA 1ª ANO DO ENSINO MÉDIO

Conteúdos Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos


Estruturantes

- Conjunto dos números - Números Reais


reais
- Números e - Noção de conjuntos
álgebra - Função afim
- Igualdade de conjuntos
- Funções - Função quadrática
- Subconjuntos e a relação de
- Função Exponencial inclusão

- Função Logarítmica - conjuntos numéricos

378
- Função Modular - Intervalos

- Progressão Aritmética - Reta real

- Progressão Geométrica - Definição de função;

- Domínio, contradomínio e conjunto


imagem

- Funções definidas por fórmulas


matemáticas

- Função crescente e decrescente

- Gráfico de uma função.

- Definição de função afim

- Função afim crescente e


decrescente

- Gráfico da função afim

- Zeros da função afim

- Aplicações da função afim

- Definição de função quadrática

- Zeros da função quadrática

- Gráfico da função quadrática

- Vértice da parábola, imagem e


valor máximo e mínimo

- A parábola e suas intersecções


com os eixos

- Problemas envolvendo função


quadrática

- Módulo de um número real

- Definição de função modular

- Revisão de potenciação

- Função exponencial

- Equações exponenciais

379
- Gráficos função exponencial

- Aplicações função exponencial

- Definição de logaritmo

- função logarítmica

- Equações logarítmica

- Gráficos função logarítmica

- Aplicações função logarítmica

- Introdução a sequências

- Progressão aritmética

- Função afim e progressão


aritmética

- Problemas de progressão
aritmética

- Progressão geométrica –
introdução

- Problemas de progressão
geométrica

- Problemas envolvendo PA e PG.

CONTEÚDOS 2º ANO DO ENSINO MÉDIO

Conteúdos Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos


Estruturantes

- Função Trigonométrica - Trigonometria no triângulo


retângulo
- Função - Matrizes e determinantes

380
- Números e - Sistemas lineares - Revisão do Teorema de Pitágoras
Álgebra
- Relações trigonométricas num
triângulo retângulo

- Cálculo de seno, cosseno e


tangente

- Lei Seno

- Lei Cosseno

- Aplicações de seno, cosseno,


tangente, Lei seno e Lei cosseno.

- Noção de ângulo

- Arco de circunferência

- Ângulo central

- Medidas de arcos de circunferência

- Redução ao 1º quadrante

- Arcos complementares e
suplementares

- Equação trigonométrica

- Círculo trigonométrico

- Funções trigonométricas

- Função seno

- Função cosseno

- Função tangente

- Relação fundamental da
trigonometria

- Gráfico e conjunto das funções


seno, cosseno e tangente

- Aplicações das funções seno,


cosseno e tangente

- Introdução de matrizes

- Linhas e colunas

381
- Matriz quadrada

- Matriz linha e matriz coluna

- Matriz transposta

- Igualdade e desigualdade de
matrizes

- Adição de matrizes

- Propriedades da adição

- Subtração de matrizes

- Multiplicação de número real por


matriz

- Multiplicação de um número real


por matriz

- Multiplicação de matrizes

- Matriz transposta

- Determinantes – introdução

- Determinante de matriz quadrada


de ordem 1

- Determinante de matriz quadrada


de ordem 2

- Determinante de matriz quadrada


de ordem 3

- Propriedades dos determinantes

- Regra de Chió

- Introdução a sistemas lineares

- Equações lineares

- Sistema de equações lineares

- Sistemas lineares 2x2

- Sistemas lineares 3x3

- Escalonamento de sistemas
lineares

382
-

CONTEÚDOS 3º ANO DO ENSINO MÉDIO

Conteúdos Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos


Estruturantes

- Geometria plana - Introdução a geometria plana

- Geometrias - Geometria espacial - introdução a geometria espacial

- Tratamento de - Geometria analítica - Noção de poliedros


informação
- Geometria não-euclidianas - Poliedros convexo e não convexo
- Números e
álgebra - Análise combinatória - A relação de Euler

- Binômio de Newton - Poliedros regulares

- Estudo das Probabilidades - Prismas

- Números Complexos - Pirâmides

- Estatística - Introdução a corpos redondos

- Cilindro

- Cone

- Esfera

- Introdução a geometria analítica

- Referencial cartesiano

- Distância entre dois pontos

- Ponto médio

- Baricentro de um triângulo

- Área do triângulo

383
- Condição de alinhamento de três
pontos

- Equação geral da reta

- Posições relativas entre duas retas

- Equação reduzida

- Introdução a geometria não


euclidianas

- Introdução a análise combinatória

- Princípio fundamental da contagem

- Permutação simples e fatorial de


um número

- Arranjo simples

- Combinação simples

- Permutação com repetição

- Problemas envolvendo vários tipos


de agrupamentos

- Números binomiais

- Binômio de Newton

- Triângulo de Pascal

- Introdução a probabilidade

- Espaço amostral e evento

- Cálculo de probabilidade

- Aplicações de probabilidades em
problemas

- Introdução a números complexos

- Números imaginários

- Propriedades dos números


complexos

- Introdução a estatística

384
- Frequências

- Média aritmética

- Desvio padrão

- Problemas envolvendo estatística


na probabilidade

AVALIAÇÃO / RECUPERAÇÃO

A pesquisa em Educação Matemática tem permitido a discussão e


reflexão sobre a prática docente e o processo de avaliação. Historicamente, as
práticas avaliativas tem sido marcadas pela pedagogia do exame em detrimento
da pedagogia do ensino e da aprendizagem (LUCKESI, 2002).

Com o objetivo de superar tal prática, considera-se que a avaliação


deve acontecer ao longo do processo do ensino-aprendizagem, ancorada em
encaminhamentos metodológicos que abram espaço para interpretação e
discussão, que considerem a relação do aluno com o conteúdo trabalhado, o
significado desse conteúdo e a compreensão alcançada por ele.

Para isso é preciso que o professor estabeleça critérios de avaliação e


recuperação claros e que os resultados sirvam para intervenções no processo
ensino-aprendizagem, quando necessárias. Assim, a finalidade da avaliação e
recuperação é proporcionar aos alunos novas oportunidades para aprender e
possibilitar ao professor refletir sobre seu próprio trabalho, bem como fornecer
dados sobre as dificuldades de cada aluno.

No processo avaliativo, é necessário que o professor faça uso da


observação sistemática para diagnosticar as dificuldades dos alunos e criar

385
oportunidades diversificadas para que possam expressar seu conhecimento. Tais
oportunidades devem incluir manifestações escritas, orais e de demonstração,
inclusive por meio de ferramentas e equipamentos, tais como materiais
manípuláveis, computador, calculadora e TV- PENDRIVE.

Alguns critérios devem orientar as atividades avaliativas propostas pelo


professor. Essas práticas devem possibilitar ao professor verificar se o aluno:

 comunica-se matematicamente, oral ou escrito;


 compreende, por meio da leitura, o problema matemático;
 elabora um plano que possibilite a solução do problema;
 encontra meios diversos para a resolução de um problema matemático;
 realiza o retrospecto da solução de um problema.

Dessa forma, no processo pedagógico, o aluno deve ser


estimulado a:

 partir de situações-problema internas ou externas à matemática;


 pesquisar acerca de conhecimentos que possam auxiliar na solução dos
problemas;
 elaborar conjecturas, fazer afirmações sobre elas e testá-las;
 preservar a busca de soluções, mesmo diante de dificuldades;
 sistematizar conhecimento construído a partir da solução encontrada,
generalizando, abstraindo e desvinculando-o de todas as condições
particulares;
 socializar resultados obtidos, utilizando, para isso, uma linguagem
adequada;
 argumentar a favor ou contra os resultados (PAVANELLO &
NOGUEIRA,2006, p.29).

386
O professor deve considerar as noções que o aluno traz, decorrentes da
sua vida cotidiana, de modo a relacioná-las com os novos conhecimentos
repassados de modo científico.

Assim, será possível que as práticas avaliativas finalmente superem a


pedagogia do exame para se basearem numa pedagogia do ensino e da
aprendizagem. Sendo assim, a avaliação deve ser diagnóstica tendo como
instrumento de investigação a prática pedagógica, com uma dimensão formadora,
tendo em vista que o objetivo principal desse processo é a aprendizagem
significativa por meio da verificação, reflexão sobre a ação da prática pedagógica.
F. BIBLIOGRAFIA

BARBOSA, J. C. Modelagem matemática e os professores: a questão da


formação. Bolema: Boletim de Educação Matemática, Rio Claro, n.15, p.5-23,
2001.
BASSANEZI, R. C. Ensino-aprendizagem com modelagem matemática: uma
nova estratégia. São Paulo: Contexto, 2002.
D'AMBRÓSIO, U., BARROS, J. P. D. Computadores, escola e sociedade. São
Paulo: Scipione, 1988.
D‘AMBRÓSIO, U. Etnomatemática arte ou técnica de explicar e conhecer.
São Paulo: Ática, 1998.
D'AMBRÓSIO, U. Etnomatemática: elo entre as tradições e a modernidade. Belo
Horizonte: Autêntica, 2001.
D‘AMBRÓSIO, U. Um enfoque transdisciplinar à educação e a história da
Matemática. In: BICUDO, M. V.; BORBA, M. Educação Matemática: pesquisa em
movimento. São Paulo: Cortez, 2004. p.13-29.
_____. Prefácio do livro Educação Matemática: representação e construção em
geometria. In: FAINGUELERNT, E. Educação Matemática: representação e
construção em geometria. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1999.
DUARTE, N. O compromisso político do educador no ensino da matemática: In:
DUARTE, N.; OLIVEIRA, B. Socialização do saber escolar. São Paulo: Cortez,
1987. p.15.
FIORENTINI, D. Alguns modos de ver e conceber o ensino da matemática no
Brasil.
Revista Zetetiké. Campinas, ano 3, n.4, p. 1-37. 1995.

387
LINS, R. C. Álgebra. Revista Nova Escola. ed. 166 outubro de 2003. Disponível
em: http://novaescola.abril.com.br/index.htm?ed/166_out03/html/algebra, acesso
em 29 de maio de 2006.
LOPES, C. A. E.; FERREIRA, A. C. A estatística e a probabilidade no currículo de
matemática da escola básica. In: Anais do VIII Encontro Nacional de Educação
Matemática. Recife: UFPE, 2004, p. 1-30.
LORENZATO, S.; FIORENTINI, D. O profissional em educação matemática.
Disponível em:
<http://sites.unisanta.br/teiadosaber/apostila/matematica/O_profissional
_em_Educacao_Matematica-Erica2108.pdf> Acesso em: 23 mar.2006.
LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar. 14. ed. São Paulo: Cortez,
2002.
MACHADO, N. J. Interdisciplinaridade e Matemática. Revista Quadrimestral da
Faculdade de Educação - UNICAMP - Pro-posições. Campinas, n. 1 [10], p. 25-
34, mar. 1993.
MEDEIROS, C. F. Por uma educação matemática como intersubjetividade. In:
BICUDO,
RAMOS, M. N. Os contextos no ensino médio e os desafios na construção de
conceitos. (2004)
RIBNIKOV, K. História de las matemáticas. Moscou: Mir, 1987.
SCHOENFELD, A. H. Heurísticas na sala de aula. In: KRULIK. S. ; REYS, R. E. A
resolução de problemas na matemática escolar. São Paulo: Atual, 1997.
SCHUBRING, G. O primeiro movimento internacional de reforma curricular em
matemática e o papel da Alemanha. In: VALENTE, W. R. (Org.). Euclides Roxo e
a modernização do ensino de Matemática no Brasil. São Paulo: SBEM, 2003,
p. 11-45.
TAJRA, SANMYA FEITOSA. Comunidades virtuais: um fenômeno na sociedade
do conhecimento. São Paulo: Érica, 2002.
VYGOTSKY, L. S. Pensamento e linguagem. 3.ed. São Paulo: Martins
Fontes, 2000.

QUÍMICA – ENSINO MÉDIO


Apresentação da disciplina

388
O desenvolvimento dos saberes e práticas ligadas á transformação da
matéria e presentes nas diversas civilizações foram estimulados por necessidades
humanas, tais como: a comunicação, o domínio do fogo e, posteriormente o
domínio do processo de cozimento necessário à sobrevivência, bem como a
fermentação, o tingimento e a vitrificação.

Na Europa a alquimia chegou ―[...] através de traduções de textos Árabes, os


quais, por sua vez, já eram traduções e adaptações de velhos textos helenísticos
ou de tradições caldaicas‖ (Afonso-Goldfarb, 2001, p.29)

Os alquimistas Europeus buscavam o elixir da vida eterna e a Pedra Filosofal


(prática de transmutação dos metais em ouro). Dedicavam-se a esses
procedimentos, mas agiam de modo hermético, oculista, uma vez que a sociedade
da época era contra essas práticas por acreditar tratar-se de bruxaria.

Dentre as descobertas e avanços científicos, nas ultimas quatro décadas do


século XX passou-se a conviver com a crescente miniaturização dos sistemas de
computação, com o aumento de suas eficiências e a ampliação de seu uso , o que
constitui uma era de transformações nas ciências que vem modificando a maneira
de se viver. Esse período marcado pela: descoberta de novos materiais,
engenharia genética, exploração da biodiversidade, obtenção de diferentes
combustíveis, pelos estudos especiais e pela farmacologia, marca o processo da
consolidação cientifica, com destaque à Química, que participa das diferentes
áreas das ciências e colabora no estabelecimento de uma cultura cientifica, cada
vez mais arraigada no capitalismo e presente na sociedade e, por conseguinte, na
escola

A química busca a compreensão e a aprovação do conhecimento químico por


meio do contato do aluno com o objeto de estudo da Química (substancia e
materiais) sustentado pela tríade composição, propriedades e transformações,
presentes nos conteúdos que estruturastes a matéria e sua natureza,
biogeoquímica química sintética.

389
A abordagem do ensino será norteada pela construção reconstrução de
significados dos conceitos científicos, vinculados aos contextos históricos,
políticos, econômicos, sociais e culturais.

É através do ensino da química que proporcionamos o atendimento dos


princípios, leis, teorias, e na seqüência do conhecimento adquirido suas
aplicações praticas, suas implicações ambientais, sociais, políticas e econômicas.
Ressaltando assim o conhecimento cientifico e o seu contexto tecnológico e
social, fornecendo suporte para que o conhecimento seja assimilado pelo aluno de
forma significativa.

A finalidade do estudo de química é:

- Desenvolver atitudes e valores em uma perspectiva humanística diante das


questões sociais relativas á ciência e a tecnologia;

- Auxiliar na aprendizagem dos conceitos científicos e de aspectos relativos á


natureza da ciência.

- Ensinar os alunos a relacionar suas experiências escolares em ciência com


problemas reais;

- Levar os alunos a verbalizar, ouvir e argumentar;

- Desenvolver habilidades de raciocínio lógico.

2 Conteúdos Estruturantes / Básicos da Disciplinas

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
- Matéria e sua natureza;
- Biogeoquímica;
- Química Sintética

CONTEÚDOS BÁSICOS
MATÉRIA (Matéria e sua natureza / biogeoquímica) constituição da matéria;

390
- Estados de agregação
- Natureza elétrica da matéria
- Modelos atômicos (Rutherford, Thompson, Dalton, Bohr....)
- Estudos de Metais;
- Tabela Periódica;
- SOLUÇÃO (Matéria e sua natureza – Biogeoquímica – Química Sintética)
SUBSTANCIAS SIMPLES E COMPOSTAS
- Misturas;
- Métodos de separação;
- Solubilidade;
- Concentração;
- Forças inter moleculares;
- Temperatura e pressão;
- Densidade;
- Dispersão e suspensão;
- Tabela Periódica.
VELOCIDADE DAS REAÇÕES (Matéria e sua Natureza – biogeoquímica)
- REAÇÕES QUÍMICAS:
- Leis das reações químicas;
- Representação das Reações Químicas
- Condições Fundamentais para ocorrência que interferem na velocidade das
reações;
- Lei da velocidade das Reações químicas.
EQUILIBRIO QUÍMICO (Matéria e sua Natureza – Biogeoquímica)
- Reações químicas reversíveis;
- Concentração;
- Relações matemáticas e o equilíbrio químico;
- Deslocamento de equilíbrio;
- Equilíbrio químico em meio aquoso;
- Tabela periódica.
LIGAÇÃO QUÍMICA (Matéria e sua Natureza – Biogeoquímica – Química
Sintética)
Tabela Periódica:
391
- Propriedade dos materiais;
- Tipos de ligações químicas em relação ás propriedades dos materiais;
- Solubilidade e as ligações química;
- Interações entre moleculares e as propriedades das substâncias
moleculares;
- Ligações de Hidrogênio;
- Ligações Metálicas;
- Ligações sigma e PI;
- Ligações polares e apolares;
- Alotropia.
REAÇÕES QUÍMICAS (Matéria e sua Natureza – Biogeoquímica – Química
Sintética)
Reações de Oxi – Reeducação
Reações endotérmicas e exotérmicas.
DIAGRAMAS DAS REAÇÕES EXOTERMICAS E ENDOTERMICAS
- Variação de entalpia;
- Calorias;
- Equações termoquímicas;
- Princípios da termodinâmica;
- Lei de Hess;
- Entropia e energia livre;
- Calorimetria;
- Tabela Periódica.
RADIOATIVIDADE (Matéria e sua natureza – Biogeoquímica – Química Sintética)
- Modelos Atômicos Químicos (Radioativos);
- Tabela Periódica;
- Reações Químicas;
- Velocidades das Reações;
- Emissões Radioativas;
- Leis das reações Químicas;
- Cinética das reações Químicas;
- Fenômenos Radioativos (Fusão e fissão nuclear);
GASES (Matéria e sua Natureza – Biogeoquímica)
392
- Estados Físicos da Matéria;
- Tabela periódica;
- Propriedades dos Gases (Densidade / Difusão / e Efusão, Pressão x
Temperatura, Pressão x Volume e Temperatura x Volume);
- Modelo de Partículas para os materiais gasosos;
- Misturas Gasosas;
- Diferenças entre gás e vapor;
- Leis dos Gases;
FUNÇÕES QUÍMICAS (Matéria e sua Natureza – Biogeoquímica – Química
Sintética)
- Funções Orgânicas;
- Funções Inorgânicas;
- Tabela Periódica.
3 – Metodologia da Disciplina:

A Química será tratada com os alunos de modo a possibilitar entendimento


do mundo e sua interação.

Proporcionará a compreensão e a apropriação do conhecimento químico


por meio do contato com o aluno, numa relação dialógica. Este processo será
planejado, orgnizado e dirigido pelo professor, onde a aprendizagem dos
conceitos se realizará no sentido da organização do conhecimento científico.

O conteúdo químico será abordado, através de aulas experimentais no


laboratório do Colégio, através de testes orais e escritos, trabalhos individuais e
em equipes, trabalhos de pesquisas, relatórios, debates e produções de textos.

Utilizar-se de equipamentos como: vídeo, TV pendrive, computador, e


laboratório (Química – Informativa) é de vital importância para o homem na
descoberta de conhecimentos. É através desses recursos que a disciplina de
Química tentará aprimorar os conteúdos básicos da mesma.

Quanto à inclusão, o professor deverá investigar as dificuldades


apresentadas pelos alunos e assim trabalhar de maneira a atender as
necessidades e dificuldades apresentadas.

393
Os Desafios Educacionais, Cidadania e Direitos Humanos, Educação
Ambiental (Lei n° 9,795/99), Educação Fiscal, Enfrentamento à Violência na
Escola, Prevenção do uso Indevido de Drogas, Cultura Indígena (Lei n° 11,645/08)
Cultura Afro Brasileira (Lei n°10,639/03), Educação Sexual (Gênero e Diversidade
Sexual), serão contemplados no decorrer do ano letivo. Estes serão trabalhados
de acordo com a necessidade, ou seja, na medida relevante em cada conteúdo.

Por exemplo: Prevenção ao Uso Indevido de Drogas e Educação Sexual


(Incluindo Gênero e Diversidade Sexual) poderá ser aplicado no conteúdo das
Funções Orgânicas e nas Funções Inorgânicas, Educação Ambiental.

Percebemos a importância, quanto ao envolvimento do conteúdo de


química em relação às questões ambientais, políticas econômicas, éticas, sociais
e culturais, possibilitaremos aos alunos leituras de textos e pesquisas,
promovendo discussões e reflexões, condições para que eles desenvolvam uma
postura crítica em relação ao mundo em que vivem.

4 – Avaliação e Recuperação

A avaliação deve ser concebida de forma processual e formativa, sob


condicionantes do diagnóstico e da continuidade. Esse processo ocorre de forma
recíproca, no dia-a-dia, no transcorrer da própria aula e, não apenas de modo
pontual, portanto está sujeito as alterações durante o processo da avaliação.

O professor dever usar instrumentos que contemplem cada conteúdo e o


objetivo de ensino.

Os alunos serão avaliados através de provas, testes, leitura e interpretação


de textos, pesquisas bibliográficas, interpretação da tabela periódica e relatórios
das aulas práticas.

a caso, recuperando os conteúdos / objetivos e consequentemente a recuperação


de notas.

- Instrumentos de Avaliação

394
- Anotações (registros das atividades elaboradas)
- Exercícios de aprendizagem, desenvolvidas no decorrer das aulas;
- Relatório das aulas práticas;
- Pesquisas bibliográficas;
- Provas escritas;
- Apresentação oral de trabalhos e exercícios propostos.
Esses instrumentos serão adequados de acordo com cada conteúdo e objetivo
de ensino.

- Critérios de avaliação:

1. Matéria – constituição da matéria – Estados de Agregação – Natureza


elétrica da Matéria – Modelos Atômicos – Tabela Periódica – Ligações Químicas –
Funções Químicas:

- Perceber que a Química está presente no dia-a-dia;

- Perceber que a energia sempre acompanha as transformações da matéria;

- perceber como as pesquisas cientificas se entrelaçam, tendo como


consequências novos modelos e novas teorias;

- Entender os diferentes modelos atômicos;

- Entender o histórico da Evolução dos Modelos Atômicos e saber dar valor a


cada um deles na constituição atômica;

- Reconhecer a importância dos elementos químicos no cotidiano;

- Entender, diferenciar e caracterizar as ligações químicas;

- Entender a necessidade em classificar substancias com propriedades


funcionais semelhantes a reuni-las em grupos ou famílias;

- Compreender a importância e a nomenclatura das funções inorgânicas (ácidos,


bases, sais e óxidos);

- Reconhecer ácidos e bases mediante alterações de cores de alguns


indicadores químicos e determinação do ph;

395
- Reconhecer tipos de drogas;

2. Soluções: Termoquímica – Cinética Química – Equilíbrio Químico –


Eletroquímica – Radioatividade:

- Compreender as formas pelas quais a Química influência no dia-a-dia;

- Notar a importância no calculo das substancias químicas que são utilizadas ou


produzidas nas reações e definir esses cálculos;

- Entender os conceitos químicos associando-os aos processos químicos


inseridos no cotidiano;

- Reconhecer novas fontes de energia;

- Perceber que os estudos das quantidades de calor, liberados ou absorvidos


durante as reações químicas, auxiliam na compreensão de fatos observados no
dia-a-dia;

- Entender o conceito de velocidade de uma reação química;

- Compreender as condições necessárias para a ocorrência de uma reação


química por meio dos conceitos de contato e afinidade química entre os
reagentes;

- Entender o que é equilíbrio químico, por meio dos conceitos de velocidades


diretas e inversas de uma reação química;

- Diferenciar os processos que ocorrem em uma pilha dos que ocorrem na


eletrólise;

- Compreender a corrosão como processo eletroquímico, entendendo a


necessidade prática e a importância na proteção ou retardamento na corrosão de
alguns materiais;

- Conhecer, os processos químicos relativos ao funcionamento das pilhas e


baterias, relacionando-os ao descarte correto desses materiais e suas
consequências ambientais;

396
- Conhecer, por meio de exemplos, os principais efeitos provocados pelas
emissões radioativas;

- Refletir sobre os avanços tecnológicos, ressaltando o compromisso com a vida


e com o ambiente.

3 – Química Orgânica

- Perceber a evolução da Química Orgânica por meio de sínteses e analises;

- Compreender que o átomo de carbono tem características que o destacam dos


demais elementos.

- Perceber a importância de diversos hidrocarbonetos na vida diária por meio da


observação de seu uso e suas aplicações;

- Nomear e formular um composto orgânico;

- Identificar e definir as diversas funções orgânicas;

- Conhecer as aplicações e obtenções das principais funções orgânicas;

- Compreender os aspectos químicos das drogas e de sua interação com o


organismo, envolvidas em questões psicológicas, sociais e econômicas;

- Perceber e compreender que a estrutura e as características das moléculas


influem diretamente nas propriedades físicas;

- Entender como e quando as reações químicas orgânicas ocorrem;

- Definir e classificar os Glicídios, Lipídios, Aminoácidos e Proteínas;

- Perceber a importância dos Glicídios, Lipídios, Aminoácidos e Proteínas na


vida diária;

- Definir e identificar um polímero;

- Reconhecer que a utilização e a aplicação dos polímeros estão diretamente


relacionados com as propriedades deles;

- Perceber a importância dos polímeros na vida diária;

- Identificar as principais reações orgânicas;

397
- Associar o estudo de polímeros e as sínteses orgânicas com a importância
destes na industria química..

REFERÊNCIAS

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MATEUS, L, Alfredo. Químico na cabeça – 3ª reimpressão – Belo Horizonte – ed.


UFMG.

DCES

ROSSEL, J.B. Química Geral. São Paulo. M. C. Grawhil, 1981.

SARDELA, A; MATEUS, E. Dicionário escola de química. 3º ed. São Paulo. Ática,


1992.

SOCIOLOGIA-ENSINO MÉDIO

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A Sociologia, desde a sua constituição como conhecimento sistematizado,


tem contribuído para a ampliação do conhecimento dos homens sobre sua própria
condição de vida e fundamentalmente para a análise das sociedades, ao compor,
consolidar e alargar um saber especializado pautado em teorias e pesquisas que
esclarecem muitos dos problemas da vida social.

A ciência sociológica gestou das transformações que incitaram a ordem


social industrial do ocidente para longe dos modos de vida, características das
sociedades antecedentes. As constantes mudanças no mundo é a preocupação
central da análise da sociologia. O estudo sociológico responsabiliza-se de

398
mapear as transformações que ocorreram no passado e delinear as linhas mais
significativas de desenvolvimento que estão ocorrendo atualmente.

O ensino de Sociologia está relacionado com o desenvolvimento de uma


compreensão dinâmica e complexa sobre a realidade social. Sua especificidade
no ensino médio refere-se à formação de uma conscientização dos diferentes
ambientes culturais, possibilitando novas perspectivas para os fundamentos do
nosso próprio comportamento, capaz de despertar junto aos educandos e
educandas uma postura questionadora e crítica sobre o funcionamento das
coletividades humanas, seus múltiplos contextos de vida e interação.

Neste sentido, trata-se objetivamente debater os principais problemas que


interessam e afetam o conjunto das sociedades atuais, contribuindo para reflexão
do mundo e da materialidade que os cercam. Procura explicar as diferentes
esferas societais, a organização social, discutindo seu papel político, ideológico,
cultural, religioso e econômico. No entanto, é preciso estabelecer um exercício
fundamental que abrange as ciências sociais, do estranhamento e
consequentemente o da desnaturalização dos fenômenos, rompendo com o
pensamento de senso comum, propiciando uma visão relativizadora sobre a
alteridade.

Em síntese, a finalidade desta disciplina tem como pressuposto teórico


contribuir para compreensão da heterogeneidade civilizacional, oferecendo aos
educandos e educandas alternativas frente aos processos de dominação e
exclusão vigentes nas sociedades contemporâneas, possibilitando assim uma
transformação do próprio sujeito.

O tratamento dos conteúdos pertinentes à Sociologia fundamenta-se e


sustenta-se em teorias originárias de diferentes tradições sociológicas, cada uma
delas com seu potencial explicativo - a ciência, dessa forma, pode ser mobilizada
para a conservação ou para a transformação da sociedade, para a melhoria ou
para a degradação humana. Neste sentido, a Sociologia como disciplina escolar,
desdobramento da ciência de referência, deve acolher essa particularidade (das

399
diferentes tradições ―explicativas‖) e ao mesmo tempo recusar qualquer espécie
de ―síntese‖ teórica.

B. OBJETIVOS GERAIS

Possibilitar ao aluno de Ensino Médio ter acesso a conhecimentos


elaborados de forma rigorosa, complexa e crítica, acerca da realidade social na
qual está inserido e uma alteração qualitativa da sua prática social.

Considerar as diferentes perspectivas dos grupos e classes compreendidos


por determinada situação histórica, bem como, ao considerar as diferentes
interpretações sistematizadas sobre essas diferentes perspectivas.

Reconstruir dialeticamente o conhecimento que o aluno do Ensino Médio já


dispõe - uma vez que está imerso numa prática social – num outro nível de
compreensão: da consciência das determinações históricas nas quais ele existe e,
mais do que isso, da capacidade de intervenção e transformação dessa prática
social.

C. CONTEÚDOS

1ª Ano
Conteúdos Estruturantes: Processo de Socialização e as Instituições Sociais.
Conteúdos Básicos:
 O Surgimento da Sociologia e as Teorias Sociológicas Clássicas
 Processo de socialização
 Instituições sociais: Familiar, Escolar, Religiosa, Estado e Governo
 Instituições de Reinserção (prisões, manicômios, educandários, asilos, etc)

2º Ano
Conteúdos Estruturantes: Cultura e Indústria Cultural.

400
Conteúdos Básicos:
 Desenvolvimento antropológico do conceito de cultura e sua contribuição na
análise das diferentes sociedades
 Diversidade cultural
 Culturas afro-brasileiras e africanas
 Culturas indígenas
 Identidade
 Indústria cultural
 Meios de comunicação de massa
 Sociedade do consumo
 Indústria cultural no Brasil
 Questões de gênero

Conteúdos Estruturantes: Trabalho Produção e Classes Sociais


Conteúdos Básicos:
 Conceito de trabalho e o trabalho nas diferentes sociedades
 Desigualdades sociais; estamentos; castas; classes sociais
 Organização do trabalho na sociedade capitalista e suas contradições
 Globalização e neoliberalismo
 Relações de trabalho
 Trabalho no Brasil

3º Ano
Conteúdos Estruturantes: Poder, Política e Ideologia;
Conteúdos Básicos:
 Conceitos de poder e ideologia
 Conceito de dominação e legitimidade

401
 As expressões da violência na sociedade contemporânea
 Formação e desenvolvimento do estado moderno
 Democracia; autoritarismo; totalitarismo
 Estado no Brasil

Conteúdos Estruturantes: Direito, Cidadania e Movimentos Sociais.


Conteúdos Básicos:
 Conceito de cidadania
 Direitos civis, políticos e sociais
 Direitos humanos
 Movimentos sociais no Brasil
 A questão das ONG‘s.

TEMAS SOCIOEDUCACIONAIS

No decorrer do ano letivo, os temas socioeducacionais discriminados


abaixo, serão trabalhados assim que o conteúdo explorado permitir essa abertura
e através de projetos e atividades interdisciplinares desenvolvidos na escola, tais
como: palestras, vídeos, relatórios, pesquisas, gráficos, apresentações culturais
entre outras atividades.
f) História e cultura afro-brasileira, africana e indígena (Lei nº 11.645/08);
g) Prevenção ao uso indevido de drogas, sexualidade humana;
h) Educação ambiental L.F. nº 9795/99, Dec. nº 4201/02. (Instrução nº
009/2011-SUED/SEED);
i) Educação fiscal;
j) Enfrentamento à violência contra criança e o adolescente;
k) Direito das Crianças e Adolescentes L.F. nº11525/07;
l) Educação Tributária Dec. nº 1143/00, Portaria nº413/02.

402
D. FUNDAMENTOS TEÓRICOS-METODOLÓGICOS
Toda ciência, como um produto histórico, está em constante processo de
construção e se vale do conhecimento acumulado pelos intelectuais que lançaram
as bases teórico-metodológicas do pensar a realidade com método e arguto
espírito de indagação. São clássicos, diz o sociólogo norte-americano Robert
Merton (1970), os pensadores que requerem releituras e impulsionam o
pensamento, fazem avançar as ideias, suscitam aspectos novos de análise, enfim,
surpreendem o leitor.

Encontram-se na galeria de sociólogos clássico-tradicionais, entre outros, o


francês Émile Durkheim (1858-1917), o alemão Max Weber (1864-1920) e, por
suas contribuições de destaque sem ser sociólogo, o filósofo alemão Karl Marx
(1818-1883) – sem mencionar a contribuição de outros como o escritor político
francês Charles Tocqueville (1805-1859), que percebeu democrática, a sociedade
moderna; o filósofo inglês Herbert Spencer (1820-1903), considerado o fundador
da teoria evolucionista; e o italiano Vilfredo Pareto (1848-1923), com sua teoria
das elites sociais.

Os clássicos são a ponta de lança que arremessa o conhecimento da realidade


social e ainda os faz presentes na Sociologia contemporânea. Pensaram a
sociedade europeia da sua época, valendo-se da ciência para compreender o
sentido da crise que a acometia e cada qual lhe lançou um olhar: Marx analisou a
dinâmica das relações sociais presentes no capitalismo; Durkheim identificou a
divisão do trabalho social na sociedade industrial como prenúncio da era moderna;
e Weber concebeu a sociedade ocidental qual um feixe de possibilidades
históricas carreadas pelo processo de racionalização capitalista. São considerados
clássicos porque suas ideias ainda detêm força explicativa para uma realidade em
transformação, e suas obras têm coerência interna, segundo o sociólogo inglês
Anthony Giddens (1990).

Para apreciar a contribuição desses autores em estabelecer um corpo de


conhecimento da Sociologia, parte-se da premissa que a produção teórica é um
constructo e corresponde a uma interpretação da realidade vivida e observada.
403
Logo, há uma implicação intrínseca entre teoria e metodologia científica, por trás
das ideias de cada autor há que se reconhecer uma concepção de ciência, uma
concepção de realidade, uma concepção da sociedade histórica sobre a qual se
debruçaram.

Valendo-se da variedade de ideias-intérpretes da realidade social, a Sociologia faz


uso de múltiplas metodologias no ajuste à singularidade do seu objeto. Ao avançar
na modernidade, ora exacerbada, tem chegado a algumas sínteses sob a
concepção de ciência renovada, que reconhece no conhecimento uma verdade
provisória, encontra a razão metodológica na perenidade dos melhores métodos
indutivos e é contemplada pela articulação de diversos temas. Pode-se falar em
Sociologia e Sociologias: sociologia do trabalho, da religião, do lazer, do
conhecimento, sociologia urbana, sociologia rural. Umas mais e outras menos
resultam de diferentes metodologias analíticas.

Muitas das questões sociais colocadas pelo acelerado processo de mudanças em


nível micro e macrossociais, das últimas quatro décadas, dizem respeito aos
fenômenos ligados à globalização econômica e à exclusão social, ao crescimento
do desemprego, à ruptura da trajetória de constituição da sociedade salarial e,
também, aos avanços da ciência e das tecnologias de informação. Ao estabelecer
Diretrizes para o encaminhamento da Sociologia no Ensino Médio, o objetivo é
propiciar aos alunos as bases para a compreensão de como as sociedades se
organizam, estruturam-se, legitimam-se e se mantêm, habilitando-os para uma

atuação crítica e transformadora.

A Sociologia crítica procura separar-se de uma Sociologia positiva onde o senso


comum e a rotina diária são fontes de informação e medida última da verdade,
produzindo, portanto, um conhecimento genuíno e privilegiado. O cientista social
como o ―estabelecedor‖ de significados mantém-se distante do objeto observado.
Ocorre com o pensamento positivo tal qual ocorre com a sociedade de mercado,
que separa os objetos do trabalho vivo da fonte objetiva, do próprio trabalho. Esse
é o cenário similar para a atividade de rotina, a regularidade dos fenômenos, as

404
raízes epistemológicas do modo como é experimentado pelo senso comum,
raciocina Bauman (1977).

A Sociologia crítica procura colher da sociedade os elementos de não


racionalidade presentes nas sociedades capitalistas, sobretudo aquelas do
capitalismo avançado em níveis de alto consumismo, característicos da indústria
cultural e da cultura de massa. Ela se desafia exercitando oposições e
desenvolvendo o espírito crítico, capaz de observar dialeticamente a realidade em
seus movimentos contraditórios e paradoxais.

A sociologia também tem como objetivo debater assuntos como História e


Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena, as relações de gênero e Diversidade
sexual, a Educação do campo e abordar temas socioeducacionais como
enfrentamento da violência na escola, prevenção do uso de drogas, educação
fiscal, saúde na escola, PETI.

O ensino da Sociologia pressupõe metodologias que coloquem o aluno como


sujeito de seu aprendizado, não importa que o encaminhamento seja a leitura, o
debate, a pesquisa de campo, ou a análise de filmes, mas importa que o aluno
esteja constantemente provocado a relacionar a teoria com o vivido, a rever
conhecimentos e a reconstruir coletivamente novos saberes.

Dois encaminhamentos metodológicos são próprios do conhecimento


sociológico: a pesquisa de campo e o uso recursos áudio - visuais, especialmente,
vídeos e filmes.

Na Sociologia, devemos atentar especialmente para as problematizações,


contextualizações e análises que podem ser realizadas a partir de diferentes
recursos:

 Exercício de leitura e produção de textos, reportagens de revistas, jornais


entre outros;

 Pesquisa envolvendo internet e biblioteca;

405
 Pesquisa de Campo (a pesquisa deve ser iniciada a partir da discussão
com o grupo de alunos devidamente orientados sobre o tema a ser
pesquisado e o seu enfoque. Em seguida, deverá partir do referencial
teórico, fontes bibliográficas, realização de um roteiro para conduzir a
observação ou entrevistas. Coleta de dados, organização dos dados e
sistematização para análise. Pesquisa quantitativa ou qualitativa.

 Recursos áudio - visuais, (DVDs, vídeos, CDs, documentários e filmes)


devem passar previamente pela explicação do professor, descrevendo o
que se quer trabalhar, observar, analisar.

 Utilização de letras de músicas;

 Trabalhos em grupos;

 Debates; seminários;

E. AVALIAÇÃO

O processo de avaliação no âmbito do ensino da Sociologia deve perpassar


todas as atividades relacionadas à disciplina. A apreensão de alguns conceitos
básicos da ciência, articulados com a prática social; a capacidade de
argumentação fundamentada teoricamente; a clareza e coerência na exposição
das ideias, seja no texto oral ou escrito, são alguns critérios possíveis de serem
verificados no decorrer do curso. Também a mudança na forma de olhar para os
problemas sociais assim como iniciativa e a autonomia para tomar atitudes
diferenciadas e criativas, que rompem com a acomodação e o senso comum, são
dados que informarão aos professores, o alcance e a importância de seu trabalho
no cotidiano de seus alunos.

As formas de avaliação em Sociologia, portanto, acompanham as próprias


práticas de ensino e de aprendizagem da disciplina, seja a reflexão crítica nos
debates, que acompanham os textos ou filmes, seja a participação nas pesquisas

406
de campo, seja a produção de textos que demonstrem capacidade de articulação
entre teoria e prática.

A RECUPERAÇÃO dos estudos será trabalhada de forma concomitante às


atividades e as avaliações solicitadas e deverá acontecer a partir de uma lógica
onde os conteúdos selecionados para o ensino são importantes para a formação
do aluno, então, é preciso investir em todas as estratégias e recursos possíveis
para que ele aprenda. Para isso, o professor irá: retomar ao conteúdo, modificar
os encaminhamentos metodológicos, para assegurar a possibilidade de
aprendizagem. Nesse sentido, a recuperação da nota será uma simples
decorrência da recuperação de conteúdos.

E. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALVES, R. Filosofia da Ciência. São Paulo: Ars Poética, 1996.
AZEVEDO, F. Princípios de sociologia: pequena introdução ao estudo da
sociologia geral. 11ª ed. São Paulo: Duas Cidades, 1973.
ANDERSON, P. Um mapa da esquerda na Europa Ocidental. Rio de Janeiro:
Contraponto, 1996.
__________, Balanço do Neoliberalismo. São Paulo: Paz e Terra1995.
ARON, R. As etapas do Pensamento Sociológico. 6° ed. São Paulo: Martins
Fontes, 2002.
BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e
Bases da Educação Nacional. Diário Oficial [da República Federativa do Brasil],
Brasília, DF, v. 134, n. 248, 23 dez. 1996.
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2001.
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Fundamental e Médio – Pinhão-PR.
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TOMAZI, Nelson Dacio. Sociologia para ensino médio. Volume Único. Editora
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_________. Ciência e Política: duas vocações. São Paulo: Martin Claret, 2002.

_________. Sociologia. São Paulo: Ática, 1979.


WEFFORT, F. Os clássicos da política: 3° Ed. São Paulo: Ática, 2003.

E - ORGANIZAÇÃO CURRICULAR CONTENDO AS INFORMAÇÕES


RELATIVAS À ESTRUTURA DO CURSO TÉCNICO EM AGROECOLOGIA

Descrição de cada disciplina contendo ementa:

1. AGRICULTURA AGROECOLÓGICA

Carga horária total: 280 h/a – 233 h

EMENTA: Princípios do desenvolvimento rural sustentável. Histórico da


Agroecologia. Formas de agricultura. Modelos alternativos de agricultura.
Princípios ecológicos na agricultura. Horticultura. Grandes culturas agroecológica.
Base ecológica do manejo de pragas e doenças. Ecologia do manejo de ervas

409
daninhas. A ciclagem de nutrientes. Uso e conservação da água, uso e
conservação de energia, preservação florestal. Métodos de Irrigação.

CONTEÚDOS:

- Agricultura:

 Convencional;

 Modelos Alternativos: agroecológica, biodinâmica e natural;

 Princípios, evolução, práticas adotadas, resultados e problemas;

 Introdução a produção agroecológica específica em olerícolas, frutíferas,


cereais e pastagens, silvicultura, jardinagem e sistemas agroflorestais;

 Economia das hortaliças;

 Classificação botânica e comercial;

 Variedades e cultivares de interesse agroecológico;

- Grandes Culturas:

 Sistemas de produção;

 Transporte;

 Armazenamento;

 comercialização;

 Princípios ecológicos na agricultura:

 Solo e adubação agroecológica;

 Tratos culturais;

 Dinâmica de nutrientes;
410
 Água;

 Energia;

 Biologia do solo;

 Biodiversidade;

- Manejo de pragas e doenças;

- Manejo ecológico dos recursos naturais;

 A ciclagem de nutrientes no agroecossistema através de adubação verde


e da compostagem;

 Métodos de Irrigação:

 Infiltração e disponibilidade da água no solo;

 Aspectos climáticos relacionados com a irrigação;

 Sistemas de irrigação por superfície, pressurizados;

 Efeito da água no rendimento das culturas.

BIBLIOGRAFIA

AMIN, S. A questão agrária e o capitalismo. Rio de Janeiro: Paz e terra, 1977.

AGENDA 21: Conferência das Nações Unidas sobre o meio ambiente e


desenvolvimento. 2. ed. Brasília: Senado Federal, 1997.

FROEHLICH, J. M. DIESEL, V (orgs). Desenvolvimento rural: tendências e


debates contemporâneos. Ijuí: UNIJUÌ, 2006.

GUILHERME VELHO, O Sociedade e agricultura. Rio de Janeiro: Zahar, 1982.

KAUTSKY, K. A questão agrária: a evolução da agricultura na sociedade


capitalista. São Paulo: Proposta, 1980.
411
MARX, K. O 18 brumário e cartas a Kugelmann. 6. ed. Rio de Janeiro: Paz e
terra, 1997.

_____.O capital. São Paulo: Formos, 19_

PHILIPPI JR, A. PELICIONI, C F (orgs). Educação ambiental e


sustentabilidade. Barueri, SP: Manole, 2005.

PLANO INTEGRADO DE DESENVOLVIMENTO RURAL DO ESTADO DO


PARANÁ. Rio de Janeiro: Coleção Professor de

Matemática, 1991.

REIJNTJES, C. Agricultura para o futuro: uma introdução à agricultura


sustentável e de baixo uso de insumos externos. 2. ed. Rio

de Janeiro: AS-PTA Leusden: ILEIA, 1999.

VEIGA, J. E. O que é reforma agrária. São Paulo: Brasiliense, 1881.

ALMEIDA, J; NAVARRO, Z. Reconstruindo a agricultura: idéias e ideais na


perspectiva do desenvolvimento rural sustentável. 2.

ed. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 1998.

BRANDENBURG, A, FERREIRA, A. D. (orgs.). Para pensar outra agricultura.


Curitiba: UFPR, 1998.

BRANDENBURG, A. A agricultura familiar, ONG’s e desenvolvimento


sustentável. Curitiba/PR: Ed, UFPR, 1999.

CARNEIRO, M. J. Ruralidade: novas identidades em construção. XXXV -


Congresso da SOBER: 1997.

1981.ALMEIDA, J. A construção social de uma nova agricultura. Porto Alegre:


Editora da UFRGS, 1999.

ENGELS, F.. O problema camponês na França e na Alemanha. In: SILVA, J. G.;

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FOLADORI, G. Limites do desenvolvimento sustentável. Campinas: UNICAMP,
2001.

LAMARCHE, H. (coord.). A agricultura familiar. Volume I. São Paulo: Unicamp,


1993.

_____. A agricultura familiar: do mito à realidade. Volume II. São Paulo:


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MALUF, R; CARNEIRO, M J. (orgs). Para além da produção. Rio de Janeiro:


MAUAD, 2003.

MARTINE, G; GARCIA, R. C. Os impactos sociais da modernização agrícola.


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MARTINS, J. S. (org). Introdução crítica à sociologia rural. São Paulo: Hucitec,


1986.

MARTINE, G. A trajetória da modernização agrícola: a quem beneficia. In: Lua


Nova, São Paulo: CEDEC, 1991. n.23.

2. AGROINDÚSTRIA FAMILIAR

Carga horária total: 200 h/a – 167 h

EMENTA: Conceito de agricultura familiar. Importância sócio-econômica. Teorias sobre a


agricultura familiar. Extensão rural e agricultura familiar. Fundamentos de Higiene para a
manipulação de alimentos; Noções da conservação e armazenamento; Noções de
Processamento e Industrialização; Legislação aplicada a produtos de origem animal e
vegetal; serviços de inspeção Municipal, Estadual e Federal.

CONTEÚDOS:

 Conceito de agricultura familiar;

 Teorias sobre agricultura familiar;


413
 Agricultura familiar e desenvolvimento;

 Programas públicos para a agricultura familiar;

 Extensão rural e agricultura familiar;

 Indústria rural – importância socioeconômica;

 Fundamentos de higiene, sanitização na agroindústria;

 Água;

 Detergentes e sanitizantes;

 Efluentes e águas residuais;

 Instalações;

 Equipamentos e utensílios;

 Matéria-prima;

 Processamento de leite e derivados;

 Processamento de carnes e subprodutos;

 Processamento de frutas;

 Processamento de hortaliças;

 Processamento de temperos;

 Fabricação de sabão e sabonete;

 Conservação e armazenamento da matéria-prima e produtos


agroindustriais;

 Alterações físico-químicas e microbiológicas;

 Aditivos;

414
 Embalagens;

 Controle de qualidade;

 Legislação aplicada a produtos de origem animal e vegetal

BIBLIOGRAFIA

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[631.116, W686e]

3. ARTE

Carga horária total: 80 h/a - 67 h

EMENTA: Linguagens da Arte: música, teatro, dança e artes visuais. Estrutura


morfológica e sintática das diferentes linguagens. História e movimentos das
diferentes linguagens. O impacto do desenvolvimento tecnológico na produção,
divulgação e conservação de obras de arte. Expressões artísticas culturais da
sociedade rural.

CONTEÚDOS:

 Linguagens da Arte:

 Música;

 Teatro;

 Dança;

 Artes visuais;

 Música:

416
 Estrutura morfológica (som, silêncio, recursos expressivos, qualidades
sonoras, movimento, imaginação);

 Estrutura sintática (modalidades de organização musical);

 Organização sucessivas de sons e ruídos, linhas rítmicas, melódicas


e tímbricas;

 Organizações simultâneas de sons e ruídos, sobreposições rítmicas,


melódicas, harmonias, clusters, contraponto, granular, etc.);

 Estruturas musicais (células, repetições, variações, frases, formas,


blocos, etc.);

 Textura sonora (melodias acompanhadas, polifonias, poliritmia,


pontilhismo, etc);

 Estéticas, estilos e gêneros de organização sonora, criação, execução


e fruição de músicas;

 Fontes de criação musical (corpo, voz, sons da natureza, sons do


quotidiano, paisagens sonoras, instrumentos musicais -acústico,
eletroacústico, eletrônicos e novas mídias);

 História da música;

 Impacto da ciência e da tecnologia na criação, produção e difusão da


música;

 A interação da música com as outras linguagens da arte;

 A música brasileira: estética, gênero, estilos e influências;

 Apropriação e releitura pela indústria cultural das expressões


artísticas culturais da sociedade rural;

- Teatro:

417
 Introdução à História do Teatro;

 Personagem;

 Expressões corporais, vocais, gestuais e faciais;

 Ação;

 Espaço cênico;

 Representação;

 Sonoplastia, iluminação, cenografia, figurino, caracterização,


maquiagem e adereços,

 Jogos teatrais;

 Roteiro;

 Enredo;

 Gêneros;

 Técnicas;

 Apropriação e releitura pela indústria cultural das expressões


artísticas culturais da sociedade rural;

 Dança:

 Movimento corporal;

 Tempo;

 Espaço;

 Ponto de apoio;

 Salto e queda;

418
 Rotação;

 Formação;

 Deslocamento;

 Sonoplastia;

 Coreografia;

 Gêneros;

 Técnicas;

 Apropriação e releitura pela indústria cultural das expressões


artísticas culturais da sociedade rural;

 Artes visuais:

 Ponto;

 Linha;

 Superfície;

 Textura;

 Volume;

 Luz;

 Cor;

 Composição figurativa, abstrata, figura-fundo,


bidimensional/tridimensional, semelhanças, contrastes, ritmo visual,
gêneros e técnicas;

 O impacto do desenvolvimento científico e tecnológico na produção,


divulgação e conservação das obras de arte:

419
- Rádio, cinema, televisão, internet (popularização, massificação e novos padrões
de valorização);

 Novos conhecimentos e produtos químicos e físicos e preservação;


tecnologia digital e novos parâmetros estéticos;

 Apropriação e releitura pela indústria cultural das expressões artísticas


culturais da sociedade rural.

BIBLIOGRAFIA

BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes,1992.

BARBOSA, A. M. (org.) Inquietações e mudanças no ensino da arte. São


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WISNIK, José Miguel. O som e o sentido: uma outra história das músicas. São
Paulo: Companhia das Letras, 1989.

4. BIOLOGIA

Carga horária total: 240 h/a - 200 h

EMENTA: Classificação dos seres vivos, componentes celulares e suas


respectivas funções. Sistemas que constituem os grupos de seres vivos.
Biodiversidade, biotecnologias e genética. Microbiologia e produção de
alimentos. Impactos da monocultura no equilíbrio das espécies.

CONTEÚDOS:

28. Origem da vida;

29. Evolução;

30. Formas de organização dos seres vivos;

421
31. Metabolismo, reprodução e adaptação;

32. Tipos celulares procariontes e eucariontes;

33. Vírus:

34. Estrutura morfológica,

35. Ciclo de vida,

36. Aspectos de interesse sanitário e econômico;

37. Reino Monera:

38. Estrutura dos moneras;

39. Reprodução;

40. Nutrição;

41. Metabolismo celular energético;

42. Fotossíntese;

43. Quimiossíntese;

44. Respiração;

45. Fermentação;

46. Controle do metabolismo pelos genes;

47. Aspectos históricos e ambientais relacionados às bactérias;

48. Doenças causadas por bactérias;

49. Emprego na indústria;

50. Armas biológicas;

51. Reino Protista:

422
52. Reprodução e nutrição;

53. Algas e protozoários,

54. aspectos evolutivos;

55. Aspectos históricos e ambientais relacionados à descoberta dos


protozoários;

56. Saneamento básico e meio ambiente: tratamento e abastecimento de


água, coleta, destinação e tratamento de esgoto;

57. Doenças causadas por protozoários;

58. Impactos da ação do homem sobre os ―habitats‖ naturais;

59. Reino Fungi:

60. Estrutura e organização dos fungos;

61. Reprodução e nutrição;

62. Tipos de fungos, líquens, emprego nas industrias e aspectos econômicos


e ambientais;

63. Doenças causadas por fungos;

64. Emprego na indústria de alimentos, medicamentos e cosméticos.

65. Reino Plantae:

66. Aspectos evolutivos da classificação das plantas;

67. Relações dos seres humanos com os vegetais;

68. Desmatamento;

69. Agricultura;

70. Plantas medicinais;

423
71. Indústria;

72. Biopirataria de princípios ativos;

73. Reino Animalia:

74. Aspectos evolutivos da classificação dos invertebrados e vertebrados;

75. Citologia:

76. Bioquímica celular;

77. Célula e estruturas celulares;

78. Osmose;

79. Difusão;

80. Núcleo e estruturas nucleares – DNA e RNA;

81. Síntese de proteínas;

82. Mitose e Meiose;

83. Gametogênese;

84. Tipos de reprodução;

85. Embriologia:

86. Classificação dos animais pelo desenvolvimento embrionário;

87. Anexos embrionários;

88. Embriologia animal comparada;

89. Aspectos da sexualidade humana;

90. Substâncias teratogênicas;

91. Fertilização in vitro;

424
92. Aborto;

93. Histologia:

94. Animal e vegetal;

95. Principais tipos de tecidos e suas funções;

96. Fisiologia e anatomia;

97. Principais aspectos do funcionamento dos sistemas e órgãos do corpo


humano;

98. Ecologia:

99. Conceitos básicos;

100. Estudo dos biomas.

101. Estudo das cadeiras alimentares.

102. Impacto da monocultura no equilíbrio entre as espécies.

103. Componentes abióticos e bióticos;

104. Cadeias e teia alimentar:

105. Fluxo de energia e matéria;

106. Biosfera;

107. Biomas:

108. Principais características e implicações ambientais;

109. Ecossistema:

110. Dinâmica das populações;

111. Relações ecológicas:

425
112. Relações entre o homem e o ambiente;

113. Implicações do desequilíbrio ambiental;

114. Genética:

115. leis, tipos de herança genética,

116. conceitos básicos da hereditariedade;

117. Projeto GENOMA;

118. Clonagem;

119. Transgenia;

120. Bioética;

121. Biotecnologia:

122. Impacto das novas tecnologias no desenvolvimento do conhecimento em


Biologia: materiais, equipamentos e modelos para compreensão da
dinâmica da vida.

BIBLIOGRAFIA

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questão ambiental: diferentes abordagens. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2003.

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MACHADO, Ângelo. Neuroanatomia Funcional. Rio de Janeiro/São Paulo:


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2000.

RAW, I. Aventuras da microbiologia. São Paulo: Hacker Editores/Narrativa


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RONAN, C.A. História ilustrada da ciência: A ciência nos séculos XIX e XX.
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____________. História ilustrada da ciência: da renascença à revolução

científica. V.3. Rio de Janeiro: Jorga Zahar, 1987.

427
____________. História ilustrada da ciência: Oriente, Roma e Idade Média.
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SELLES, S. E. Entrelaçamentos históricos na terminologia biológica em livros


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conhecimento universal: a aula e os campos do conhecimento. Curitiba:
Champagnat, 2004.

SOBOTTA, Johannes. Atlas de Anatomia Humana. 21.ed. Rio de Janeiro:


Guanabara Koogan, 2000.

5. EDUCAÇÃO FÍSICA

Carga horária total: 240 h/a - 200 h

EMENTA: A Educação Física como instrumento de saúde, sociabilidade,


formação e expressão de identidades para a cooperação e competitividade.
Movimento, força, resistência, equilíbrio, energia, harmonia, ritmo e coordenação
através dos diferentes tipos de esportes, ginástica, jogos e danças.

CONTEÚDOS:

 Ginástica geral e de manutenção:

 Ginástica aeróbica;

 Ginástica localizada;

 Ginástica laboral;

 Alongamento;

 Exercícios para a melhoria das qualidades físicas;

 Exercícios de correção postural;

428
 Avaliação postural;

 Técnicas de relaxamento;

 Percepção corporal (leitura corporal);

 Jogos:

 Cooperativos;

 Dramáticos;

 Lúdicos;

 Intelectivos;

 Esporte:

 Fundamentos técnicos;

 Regras;

 Táticas;

 Análise crítica das regras;

 Origem e história;

 Para quem e a quem serve;

 Modelos de sociedade que os reproduziram;

 Incorporação na sociedade brasileira;

 O esporte como fenômeno cultural;

 O esporte na sociedade capitalista;

 Competições de grande porte: Pan, olimpíada, copa do mundo;

 Massificação do esporte;
429
 Esportes radicais;

 Lutas;

d) Recreação:

 Brincadeiras;

 Gincanas;

 Tradições rurais;

 Dança:

 De salão;

 Folclórica;

 Popular;

 Tradições rurais;

 Qualidade de vida:

 Higiene e saúde;

 Corpo humano e sexualidade;

 Primeiros socorros;

 Acidentes e doenças do trabalho;

 Caminhadas;

 Alimentação;

 Avaliação calórica dos alimentos;

 Índice de massa corporal;

 Obesidade;
430
 Bulimia;

 Anorexia;

 Drogas lícitas e ilícitas e suas conseqüências;

 Padrões de beleza e saúde.

BIBLIOGRAFIA

Damiani. (Org.). Práticas Corporais: Gênese de um Movimento Investigativo em


Educação Física.. 1 ed. Florianópolis: NAUEMBLU CIÊNCIA & ARTE, 2005.

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1980.

MARCELLINO, Nelson Carvalho. Estudos do lazer: uma introdução. 3ª ed.


Campinas, SP: Autores Associados, 2002.
431
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manifestações mídiaticas, novas formas de produção do conhecimento no espaço
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Investigativo em Educação Física. 1 ed. Florianópolis: Nauemblu Ciência & Arte,
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SOARES, Carmen Lúcia . Notas sobre a educação no corpo. Educar em


Revista, Curitiba, n. 16, 2000, p. 43-60.

______. Imagens da Educação no Corpo: estudo a partir da ginástica Francesa


no séc. XIX. 1 ed. Campinas: Editora Autores Associados, 1998.

PALLAFOX, Gabriel Humberto Muñhos; TERRA, Dinah Vasconcellos. Introdução


à avaliação na educação física escolar. Pensar a Prática. Goiânia. v. 1. no. 1. p.
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VAZ, Alexandre Fernandez; PETERS, Leila Lira; LOSSO, Cristina Doneda.


Identidade cultural e infância em uma experiência curricular integrada a partir do
resgate das brincadeiras açorianas. Revista de Educação Física UEM, Maringá,
v. 13, n. 1, 2002, p. 71-77.

VAZ, Alexandre Fernandez, SAYÃO Deborah Thomé, PINTO, Fábio Machado


(Org.).Treinar o corpo, dominar a natureza: notas para uma análise do esporte
com base no treinamento corporal. Cadernos CEDES, n. 48,ago. 1999, p. 89-108.

6. FILOSOFIA

Carga horária total: 240 h/a - 200 h

432
EMENTA: Diferentes perspectivas filosóficas na compreensão do conhecimento
humano. O estado e a organização social. Ética e Estética. Cosmologia: A relação
homem X natureza.

 Mito e filosofia:

XIII- Desenvolvimento do pensamento racional do homem;

XIV- Desenvolvimento do pensamento científico;

 Teoria do conhecimento:

XV- O problema do conhecimento;

XVI- Filosofia e método em Platão, Aristóteles, Decartes, Hume, Kant,


Marx e Hegel.

 Ética:

XVII- Virtude;

XVIII- Liberdade;

XIX- As questões éticas do mundo moderno;

 Cosmologia:

XX- Relação homem X natureza;


XXI- Relação homem X produção da sobrevivência;
XXII- Emergência do conceito de sustentabilidade;
XXIII- Apropriação desigual;
 Filosofia política:

XXIV- O que é o político;

XXV- A questão do Estado e a democracia;

XXVI- Liberalismo clássico;

433
XXVII- Neoliberalismo;

XXVIII- Socialismo científico;

XXIX- Social democracia;

 Estética:

XXX- A beleza;

XXXI- O gosto;

 Novas tecnologia e reestruturação produtiva:

XXXII- A revolução informacional e novas possibilidades de controle e


condicionamentos da liberdade;

XXXIII- Os desafios do controle da informação.

BIBLIOGRAFIA

CHAUÍ, Marilena. O que é Ideología? 30ª ed. São Paulo, Brasiliense , 1989,
125p. (Col. Primeiros Passos, 13).

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TCHÊ, 1985, série Nova Política.

7. FÍSICA

Carga horária total: 160 h/a - 133 h


434
EMENTA: Movimento, Termodinâmica e eletromagnetismo e seus elementos:
distância, velocidade, tempo, aceleração, espaço, força, temperatura, calor,
ondas, ótica e eletricidade para a compreensão do universo físico.

CONTEÚDOS:

 Momentum e inércia;

 Intervalo de tempo;

 Deslocamento;

 Referenciais;

 Conceito de velocidade;

 2ª Lei de Newton:

 Grandezas físicas;

 Vetores – direção e sentido de uma grandeza física vetorial;

 3ª Lei de Newton e condições de equilíbrio;

 Centro de gravidade;

 Equilíbrio estático;

 Força;

 Aceleração;

 Massa gravitacional e inercial;

 Lei da gravitação de Newton;

 Leis de Kepler;

 Leis de Newton;

435
 Energia e o princípio da conservação da energia;

 Variação da energia de parte de um sistema-trabalho e potência;

 Fluídos:

 Massa específica;

 Pressão em um fluido;

 Princípio de Arquimedes;

 Viscosidade;

 Peso aparente;

 Empuxo;

 Oscilações:

 Ondas mecânicas;

 Fenômenos ondulatórios;

 Refração;

 Reflexão;

 Difração;

 Interferência;

 Efeito Dopller;

 Ressonância;

 Superposição de ondas;

 Lei zero da Termodinâmica:

 Temperatura;
436
 Termômetros e escalas termométricas;

 Equilíbrio térmico;

 Lei dos gases ideais;

 Teorias cinética dos gases;

 1ª Lei da Termodinâmica:

 Capacidade calorífica dos sólidos e dos gases;

 Calor específico;

 Mudança de fase;

 Calor latente;

 Energia interna de um gás ideal;

 Trabalho sobre um gás;

 Calor como energia;

 Dilatação térmica;

 Coeficiente de dilatação térmica;

 Transferência de energia térmica: condução, convecção e radiação;

 Diagrama de fases;

 2ª Lei da Termodinâmica:

 Máquinas térmicas;

 Eficiência das máquinas térmicas – rendimento;

 Máquina de Carnot – ciclo de Carnot;

 Processos reversíveis e irreversíveis;


437
 Entropia;

 3ª Lei da Termodinâmica:

 Entropia;

 Entropia e probabilidade;

 Propriedades elétricas dos materiais;

 Processos de eletrização;

 Propriedades Magnéticas dos materiais – imãs naturais;

 Efeito magnético da corrente elétrica e os demais efeitos;

 Lei de Ampere;

 Lei de Gauss;

 Lei de Coulomb;

 Lei de Faraday;

 Lei de Lenz;

 Força de Lorenz;

 Indução eletromagnética;

 Transformação de energia;

 Campo eletromagnético;

 Ondas eletromagnéticas;

 Corrente elétrica;

 Capacitores;

 Resistores e combinação de resistores;


438
 Leis de Ohm;

 Leis de Kirchhoff;

 Diferença de potencial;

 Geradores;

 Dualidade onda – Partícula;

 Fenômenos Luminosos: Refração; difração; reflexão; interferência;


absorção e espalhamento;

 Formação de imagens e instrumentos óticos.

BIBLIOGRAFIA

ARRIBAS, S. D. Experiências de Física na Escola. Passo Fundo: Ed.


Universitária, 1996.

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Atas do X SNEF, 25-29/ janeiro 1993, p. 708-711. 8-711.

8. GEOGRAFIA

Carga horária total: 240 h/a - 200 h

EMENTA: As relações de produção sócio - histórica do espaço geográfico em


seus aspectos econômicos, sócias, políticos e culturais; Relações de poder que
determinam fronteiras constroem e destroem parcelas do espaço geográfico nos
diferentes tempos históricos; Análises de questões socioambientais a partir das
transformações advindas no contexto social, econômico, político e cultural;
Formação demográfica das diferentes sociedades; Migrações, novas
territorialidades e as relações político-econômicas dessa dinâmica. Geografia
urbana: território ocupado e o direito à cidade. Geografia rural-paisagem, território,
relações econômicas e sociais no campo. Interação campo x cidade. Impactos
das novas tecnologias na produção, conhecimento e controle do espaço
geográfico. Mudanças Climáticas e influência na produção.

CONTEÚDOS:

9. Modos de produção e formações socioespaciais;

10. A revolução técnico-científico-informacional e o novo arranjo do espaço da


produção;

11. A revolução tecnológica e seu impacto na produção, conhecimento e controle


do espaço geográfico: tecnologia da informação e a perspectiva macro e
micro dos territórios

12. Distribuição espacial da indústria nas diversas escalas geográficas;

443
13. Oposição Norte-Sul e aspectos econômicos da produção;

14. Formação dos blocos econômicos regionais;

15. Urbanização e a hierarquia das cidades: habitação, infra - estrutura, territórios


marginais e seus problemas (narcotráfico, prostituição, sem – teto, etc),

16. mobilidade urbana e transporte.

17. Apropriação do espaço urbano e rural, a distribuição desigual de serviços e


infra estrutura urbana e rural.

18. Novas Tecnologias e alterações nos espaços urbano e rural;

19. Mudanças da base agrícola e seus impactos: obras infra - estruturais e seus
impactos sobre o território e a vida das populações.

20. Industrialização dos países pobres: diferenças tecnológicas, econômicas e


ambientais;

21. Tecnologias que mudam a paisagem do campo e impacta a vida dos grupos
sociais no campo.

22. A Nova Ordem Mundial no início do século XXI: oposição Norte-Sul;

23. Fim do Estado de Bem-estar social e o Neoliberalismo;

24. Os atuais conceitos de Estado-Nação, país, fronteira e território;

25. Regionalização do espaço mundial;

26. Redefinição de fronteiras: conflitos de base territorial, tais como: étnicos,


culturais, políticos, econômicos, entre outros;

27. Movimentos sociais e reordenação do espaço urbano;

28. Conflitos rurais e estrutura fundiária;

29. Movimentos rurais;

444
30. Questão do clima, da segurança alimentar e da produção de energia.

BIBLIOGRAFIA

ARCHELA, R. S.; GOMES, M. F. V. B. Geografia para o ensino médio: manual


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1997. GOMES, P. C. da C. (Orgs.) Explorações geográficas. Rio de Janeiro:
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HAESBAERT, R. Territórios alternativos. Niterói: EdUFF; São Paulo : Contexto,


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MOREIRA, R. O Círculo e a espiral: a crise paradigmática do mundo moderno.


Rio de Janeiro: Cooautor, 1993.

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metodologia das Ciências Sociais. São Paulo : Brasiliense, 1986.

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A.(Org.) A Geografia na sala de aula. São Paulo: Contexto, 1999.

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Curitiba:Vicentina, 1982.

9. GESTÃO DA PROPRIEDADE AGROECOLÓGICA

Carga horária total: 160 h/a - 133 h

EMENTA: Instrumentos de gestão de propriedade rural. Tipos de organização da


propriedade e da produção rural. Ecologia Agrícola. Planejamento. Tipologia dos
sistemas produtivos. Biossegurança. Instrumentos de gestão Ambiental. A
Legislação para o setor agrícola. Agricultura Familiar.

CONTEÚDOS:

m) Aspectos ambientais no meio urbano e rural;

 Evolução da gestão ambiental no Brasil;

 Modelo atual de gestão ambiental: a Política Nacional do Meio Ambiente


(Lei n6.938/81 e atualizações);

 Sistema Nacional do Meio Ambiente – SISNAMA;

n) PNMA – Programa Nacional de Meio Ambiente;

o) EIA/RIMA;
447
p) Instrumentos de gestão ambiental instrumentos (plano de ordenamento
territorial, plano de manejo, plano de bacia, etc.);

- Modelos de gestão na perspectiva histórica;

q) Relações de origem (Clube de Roma, Relatório Founex, Relatório


Brundtland);

- Elementos organizacionais alvo da gestão;

 Planejamento ambiental e gestão ambiental;

- Principais escolas de gestão;

- Ferramentas de gestão: participação, negociação em modelos de


governança;

- Gestão de conflitos;

- Tendências atuais na gestão ambiental (responsabilidade social e


ambiental, certificação ambiental e compromissos internacionais);

- Interação entre atores públicos e privados;

- Cultura e valores culturais;

- Comportamento social organizado e coletivo;

- Forças políticas e contexto da governança;

- Formas e estratégias de poder;

- Poder, autoridade e organizações;

- Conformidade e socialização;

- Capacidade de intervenção da sociedade e fatores políticos;

- Justiça social;

448
- Responsabilidade social;

- Atitudes e comportamento pró meio ambiente;

- Gestão ambiental em rede;

- Aprendizagem da governança ambiental;

- Impactos da tecnologia sobre o ambiente e a sociedade;

- Indicadores de mudança ambiental;

- Gestão da produção agrícola e agroindustrial: vantagens comparativa,


preços, mercado, importação e exportação;

- Agricultura familiar: cultura tradicional, produção, transformação,


agregação de valores, comercialização, a complementação da renda
familiar.

BIBLIOGRAFIA
AMIN, S. A questão agrária e o capitalismo. Rio de Janeiro: Paz e terra, 1977.

AGENDA 21: Conferência das Nações Unidas sobre o meio ambiente e


desenvolvimento. 2. ed. Brasília: Senado Federal, 1997.

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CORONA, H. M. P. Resistência inovadora: a pluriatividade no sudoeste


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ao programa de Mestrado em Sociologia da UFPR.

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GOMES, I. Z. 1957 A revolta dos posseiros. Curitiba: Criar Edições, 1987.

GUILHERME VELHO, O Sociedade e agricultura. Rio de Janeiro: Zahar, 1982.

KAUTSKY, K. A questão agrária: a evolução da agricultura na sociedade


capitalista. São Paulo: Proposta, 1980.

MARX, K. O 18 brumário e cartas a Kugelmann. 6. ed. Rio de Janeiro: Paz e


terra, 1997.

_____.O capital. São Paulo: Formos, 19_

PHILIPPI JR, A. PELICIONI, C F (orgs). Educação ambiental e


sustentabilidade. Barueri, SP: Manole, 2005.

PLANO INTEGRADO DE DESENVOLVIMENTO RURAL DO ESTADO DO


PARANÁ. Rio de Janeiro: Coleção Professor de

Matemática, 1991.

REIJNTJES, C. Agricultura para o futuro: uma introdução à agricultura


sustentável e de baixo uso de insumos externos. 2. ed. Rio

de Janeiro: AS-PTA Leusden: ILEIA, 1999.

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causas. São Paulo: Ediouro, 1986.

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perspectiva do desenvolvimento rural sustentável. 2.

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BRANDENBURG, A, FERREIRA, A. D. (orgs.). Para pensar outra agricultura.


Curitiba: UFPR, 1998.

BRANDENBURG, A. A agricultura familiar, ONG’s e desenvolvimento


sustentável. Curitiba/PR: Ed, UFPR, 1999.

BRUMER, A. A participação das mulheres na produção familiar agrícola.


Workshop ―O desenvolvimento de uma outra agricultura:

acesso à terra e a meios de produção, a questão da fome e a integração social‖.


Curitiba:1995

CARNEIRO, M. J. Ruralidade: novas identidades em construção. XXXV -


Congresso da SOBER: 1997.

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Editora da UFRGS, 1999.

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1993.

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LÊNIN, V. I. Desenvolvimento do capitalismo na Rússia: processo de


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MALUF, R; CARNEIRO, M J. (orgs). Para além da produção. Rio de Janeiro:


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MARTINE, G; GARCIA, R. C. Os impactos sociais da modernização agrícola.


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MARTINS, J. S. (org). Introdução crítica à sociologia rural. São Paulo: Hucitec,


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MENDRAS, H. Sociedades camponesas. Rio Janeiro: Zahar, 1978.

MORIN, E. Ciência, cientista e sociedade In: Ciência com consciência.


Europa/América: Apartado 8, 1994.

10. HISTÓRIA

Carga horária total: 160 h/a - 133 h

EMENTA: Processo de construção da sociedade no tempo e no espaço;


Formação cultural do homem; Ascensão e consolidação do capitalismo; Produção

452
científica e tecnológica e suas implicações; Aspectos históricos, políticos, sociais e
econômicos do Brasil e do Paraná – a partir das relações de trabalho, poder e
cultura. Processo de urbanização: a apropriação dos territórios, a apropriação das
cidades, a questão habitacional e marginalização. História do uso e ocupação do
solo para agricultura e agropecuária. História da alimentação no contexto mundial
e regional. Hábitos alimentares em diferentes culturas.

CONTEÚDOS:
 A construção do sujeito histórico;
 A produção do conhecimento histórico;
 O mundo do trabalho em diferentes sociedades;
 O Estado nos mundos antigo e medieval;
 As cidades na História;
 Relações culturais nas sociedades Grega e Romana na Antiguidade:
mulheres, plebeus e escravos;
 Relações culturais na sociedade medieval europeia: camponeses, artesãos,
mulheres, hereges e outros;
 Formação da sociedade colonial brasileira;
 A construção do trabalho assalariado;
 Transição do trabalho escravo para o trabalho livre: a mão de obra no
contexto de consolidação do capitalismo nas sociedades brasileira e
estadunidense;
 O Estado e as relações de poder: formação dos Estados Nacionais;
 Relações de dominação e resistência no mundo do trabalho contemporâneo
(séc. XVIII e XIX);
 Desenvolvimento tecnológico e industrialização;
 Reordenamento das relações entre estados e nações, poder econômico e
bélico. A posição do Brasil do cenário mundial: educação, ciência e
tecnologia: processo histórico e dependência científica
 Movimentos sociais, políticos, culturais e religiosos na sociedade moderna;
 O Estado Imperialista e sua crise;
 O neocolonialismo;
453
 Urbanização e industrialização no Brasil;
 O trabalho na sociedade contemporânea;
 Relações de poder e violência no Estado;
 Urbanização, consolidação do Paraná como Estado agrícola e o processo de
industrialização;
 Urbanização e industrialização no século XIX;
 Movimentos sociais, políticos e culturais na sociedade contemporânea: é
proibido proibir?;
 Urbanização e industrialização na sociedade contemporânea;
 Brasil Atual: divida externa, desigualdades sociais e o papel do Estado..
 Globalização e Neoliberalismo;
 Simbolismo da alimentação.

 História da alimentação humana da pré-história à atualidade.

 História da Alimentação no Brasil: influências indígena, africana, portuguesa e


de outros imigrantes;

 Determinações endógenas e exógenas do perfil agrícola e agrário do Paraná.

BIBLIOGRAFIA

A CONQUISTA DO MUNDO. Revista de História da Biblioteca Nacional. Rio de


Janeiro, ano 1, n. 7, jan. 2006.

ALBORNOZ, Suzana. O que é trabalho. São Paulo: Brasiliense, 2004.

AQUINO, Rubim Santos Leão de et al .Sociedade brasileira: uma história através


dos movimentos sociais. Rio de Janeiro: Record. [s.d.]

BAKHTIN, Mikhail. A cultura popular na Idade Média e no Renascimento: o


contexto de François Rabelais. São Paulo: Hucitec, 1987.

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2000.

BARCA, Isabel (org.). Para uma educação de qualidade: actas das Quartas
Jornadas Internacionais de Educação Histórica. Braga: Centro de Investigação em
Educação(CIEd)/ Instituto de Educação e Psicologia/Universidade do Minho, 2004.

BARRETO, Túlio Velho. A copa do mundo no jogo do poder. Nossa História. São
Paulo,ano 3, n. 32, jun./2006.

BARROS, José D‘Assunção. O campo da história: especialidades e abordagens.


2ª ed. Petrópolis: Vozes, 2004.

BENJAMIN, Walter. Magia e técnica, arte e política. São Paulo: Brasiliense,


1994,v.1

FONTANAM Josep. A história dos homens..Tradução de Heloisa J. Reichel e


Marclo F. da Costa. Bauru. Edusc. 2004

11. LEM: INGLÊS

Carga horária total: 80 h/a - 67 h

EMENTA: O discurso enquanto prática social em diferentes situações de uso.


Práticas discursivas (oralidade, leitura e escrita) e análise linguística.

CONTEÚDOS:

 Oralidade:

 Aspectos contextuais do texto oral;

 Intencionalidade dos textos;

455
 Adequação da linguagem oral em situações de comunicação, conforme as
instâncias de uso da linguagem;

 Diferenças léxicas, sintáticas e discursivas que caracterizam a fala formal


e informal;

 Compreensão do texto de maneira global e não fragmentada;

 Contato com diversos gêneros textuais;

 Entendimento do aluno sobre o funcionamento dos elementos


linguísticos/gramaticais do texto;

 Importância dos elementos coesivos e marcadores de discurso;

 Provocar outras leituras;

 A abordagem histórica em relação aos textos literários;

 Trabalho com o texto visando provocar reflexão, transformação;

 Adequar o conhecimento adquirido à norma padrão;

 Clareza na exposição de ideias;

 Utilização dos recursos coesivos;

 Elementos de coesão e coerência, incluindo os conteúdos relacionados


aos aspectos semânticos e léxicos;

 Conteúdos relacionados à norma padrão: concordância verbal e nominal,


regência verbal e nominal, tempos verbais;

 Gêneros discursivos: jornalísticos, charges, cartas, receitas, cartoons,


informativos, literários;

 Interdiscurso: intertextualidade, intencionalidade, contextualização, etc;

 Particularidades linguísticas: aspectos pragmáticos e semânticos no uso

456
das diferentes línguas;
 Gêneros Textuais diversificados (narrativos, imprensa, divulgação
científica, da ordem do relator, da ordem do expor, instrucionais ou
prescritivos, lúdicos, narrativa gráfica visual, midiáticos, correspondência,
etc);
 Imagens, fotos, pinturas, esculturas;
 Mapas, croqui, recado, aviso, advertência, textos não verbais no geral, etc.

BIBLIOGRAFIA
AMOS, Eduardo; PRESCHER, Elizabeth; PASQUALIN, Ernesto. Sun – Inglês
para o Ensino Médio 1. 2ª Edição . Rischmond: 2004.

AMOS, Eduardo; PRESCHER, Elizabeth; PASQUALIN, Ernesto. Sun – Inglês


para o Ensino Médio 2. 2ª Edição . Rischmond: 2004.

AMOS, Eduardo; PRESCHER, Elizabeth; PASQUALIN, Ernesto. Sun – Inglês


para o Ensino Médio 3. 2ª Edição. Rischmond: 2004.

MURPHY,RAYMOND. Essenssial Grammar in use. Gramática Básica da


língua inglesa.Cambridge: Editora Martins fontes.

MURPHY,RAYMOND. English Grammar in use. 3ª ed. Ed. Cambridge University


(Brasil).

ZAMARIN, Laura; MASCHERPE, Mario. Os Falsos Cognatos. 7ª Edição.


BERTRAND BRASIL: 2000.

12. LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURA

Carga horária total: 280 h/a - 233 h


EMENTA: O discurso enquanto prática social em diferentes situações de uso.
Práticas discursivas (oralidade, leitura e escrita) e análise linguística. Literatura:
História da literatura. Literatura brasileira.

457
CONTEÚDOS:

 Oralidade:

10) Coerência global;

11) Unidade temática de cada gênero oral;

12) Uso de elementos reiterativos ou conectores (repetições, substituições


pronominais, sinônimos, etc.);

13) Intencionalidade dos textos;

14) As variedades linguísticas e a adequação da linguagem ao contexto de


uso: diferentes registros, grau de formalidade em relação à fala e à escrita;

15) Adequação ao evento de fala: casual, espontâneo, profissional,


institucional, etc; (reconhecimento das diferentes possibilidades de uso da
língua dados os ambientes discursivos);

16) Elementos composicionais, formais e estruturais dos diversos gêneros


discursivos de uso em diferentes esferas sociais;

17) Diferenças lexicais, sintáticas e discursivas que caracterizam a fala formal


e a informal;

18) Papel do locutor e do interlocutor na prática da oralidade;

19) Participação e cooperação;

20) Turnos de fala;

21) Variedades de tipos e gêneros de discursos orais;

22) Observância da relação entre os participantes (conhecidos,


desconhecidos, nível social, formação, etc.);

458
23) Similaridades e diferenças entre textos orais e escritos;

24) Ampla variedade X modalidade única;

25) Elementos extralinguísticos (gestos, entonação, pausas, representação


cênica) X sinais gráficos;

26) Prosódia e entonação X sinais gráficos;

27) Frases mais curtas X frases mais longas;

28) Redundância X concisão;

29) Materialidade fônica dos textos poéticos (entonação, ritmo, sintaxe do


verso);

30) Apreciação das realizações estéticas próprias da literatura improvisada,


dos cantadores e repentistas;

31) Leitura:

32) Os processos utilizados na construção do sentido do texto de forma


colaborativa: inferências, coerência de sentido, previsão, conhecimento
prévio, leitura de mundo, contextualização, expressão da subjetividade por
meio do diálogo e da interação;

33) Intertextualidade;

34) A análise do texto para a compreensão de maneira global e não


fragmentada (também é relevante propiciar ao aluno o contato com a
integralidade da obra literária);

35) Utilização de diferentes modalidades de leitura adequadas a diferentes


objetivos: ler para adquirir conhecimento, fruição, obter informação,
produzir outros textos, revisar, etc;

36) Construção de sentido do texto: Identificação do tema ou ideia central;

459
37) Finalidade;

38) Orientação ideológica e reconhecimento das diferentes vozes presentes no


texto;

39) Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários;

40) Contato com gêneros das diversas esferas sociais, observando o conteúdo
veiculado, possíveis interlocutores, assunto, fonte, papéis sociais
representados, intencionalidade e valor estético;

41) Os elementos linguísticos do texto como pistas, marcas, indícios da


enunciação e sua relevância na progressão textual;

42) A importância e a função das conjunções no conjunto do texto e seus


efeitos de sentido;

43) Os operadores argumentativos e a produção de efeitos de sentido


provocados no texto;

44) Importância dos elementos de coesão e coerência na construção do texto;

45) Expressividade dos nomes e função referencial no texto (substantivos,


adjetivos, advérbios) e efeitos de sentido;

46) O uso do artigo como recurso referencial e expressivo em função da


intencionalidade do conteúdo textual;

47) Relações semânticas que as preposições e os numerais estabelecem no


texto;

48) A pontuação como recurso sintático e estilístico em função dos efeitos de


sentido, entonação e ritmo, intenção, significação e objetivos do texto;

49) Papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomada e


sequenciação do texto;

460
50) Valor sintático e estilístico dos tempos verbais em função dos propósitos
do texto, estilo composicional e natureza do gênero discursivo;

51) Análise dos efeitos de sentido dos recursos linguístico-discursivos;

52) Em relação ao trabalho com literatura:

53) Ampliação do repertório de leitura do aluno (textos que atendam e


ampliem seu horizonte de expectativas);

54) Diálogo da Literatura com outras artes e outras áreas do conhecimento


(cinema, música, obras de Arte, Psicologia, Filosofia, Sociologia, etc);

55) O contexto de produção da obra literária bem como o contexto de sua


leitura;

56) Escrita:

57) Unidade temática;

58) Escrita como ação/interferência no mundo;

59) Atendimento à natureza da informação ou do conteúdo veiculado;

60) Adequação ao nível de linguagem e/ou à norma padrão;

61) Coerência com o tipo de situação em que o gênero se situa (situação


pública, privada, cotidiana, solene, etc);

62) Relevância do interlocutor na produção de texto;

63) Utilização dos recursos coesivos (fatores de coesão: referencial,


recorrencial e sequencial);

64) Importância dos aspectos coesivos, coerentes, situacionais, intencionais,


contextuais, intertextuais;

65) Adequação do gênero proposto às estruturas mais ou menos estáveis;

461
66) Elementos composicionais, formais e estruturais dos diversos gêneros
discursivos de uso em diferentes esferas sociais;

67) Fonologia;

68) Morfologia;

69) Sintaxe;

70) Semântica;

71) Estilística;

72) Pontuação;

73) Elementos de coesão e coerência;

74) Marcadores de progressão textual;

75) Operadores argumentativos;

76) Função das conjunções e sequenciação, etc;

77) Análise linguística:

78) Adequação do discurso ao contexto, intenções e interlocutor (es);

79) A função das conjunções na conexão de sentido do texto;

80) Os operadores argumentativos e a produção de efeitos de sentido


provocados no texto;

81) O efeito do uso de certas expressões que revelam a posição do falante em


relação ao que diz (ou o uso das expressões modalizadoras (ex:
felizmente, comovedoramente, principalmente, provavelmente,
obrigatoriamente, etc.);

462
82) Os discurso direto, indireto e indireto livre na manifestação das vozes que
falam no texto; Importância dos elementos de coesão e coerência na
construção do texto;

83) Expressividade dos substantivos e sua função referencial no texto;

84) A função do adjetivo, advérbio e de outras categorias como elementos


adjacentes aos núcleos nominais e predicativos;

85) A função do advérbio: modificador e circunstanciador;

86) O uso do artigo como recurso referencial e expressivo em função da


intencionalidade do conteúdo textual;

87) Relações semânticas que as preposições e os numerais estabelecem no


texto;

88) A pontuação como recurso sintático e estilístico em função dos efeitos de


sentido, entonação e ritmo, intenção, significação e objetivos do texto;

89) Recursos gráficos e efeitos de uso, como: aspas, travessão, negrito, itálico,
sublinhando, parênteses, etc;

90) Papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e


sequenciação do texto;

91) Valor sintático e estilístico dos modos e tempos verbais em função dos
propósitos do texto, estilo composicional e natureza do gênero discursivo;

92) A elipse na sequência do texto;

93) A representação do sujeito no texto (expresso/elíptico,


determinado/indeterminado, ativo/passivo) e a relação com as intenções
do texto;

94) O procedimento de concordância entre o verbo e a expressão sujeito da


frase;

463
95) Os procedimentos de concordância entre o substantivo e seus termos
adjuntos;

96) Figuras de linguagem e os efeitos e sentido (efeitos de humor, ironia,


ambiguidade, exagero, expressividade, etc);

97) As marcas linguísticas dos tipos de textos e da composição dos diferentes


gêneros;

98) As particularidades linguísticas do texto literário;

99) As variações linguística;

 Literatura:

100) A literatura como expressão da sociedade;

101) A literatura e o processo histórico;

102) Processo de desenvolvimento literário no Brasil;

103) Literatura Colonial;

104) Literatura Nacional.

BIBLIOGRAFIA

BAGNO, Marcos. A Língua de Eulália. São Paulo: Contexto, 2004.

_______. Preconceito Lingüístico. São Paulo: Loyola, 2003.

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Portuguesa e políticas lingüísticas: séculos XVI e XVII. In BASTOS, Neusa

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2002.

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Criar, 2003

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São Paulo: Cortez, 1988.

GARCIA, Wladimir Antônio da Costa. A Semiologia Literária e o Ensino. Texto


inédito (prelo).

GERALDI, João W. Concepções de linguagem e ensino de Português. In: João W.


(org.). O texto na sala de aula. 2.ed. São Paulo: Ática, 1997.

________. Concepções de linguagem e ensino de Português. In: _____, João


W.(org.). O texto na sala de aula. 2ªed. São Paulo: Ática, 1997.

_____. Portos de passagem. São Paulo: Martins Fontes, 1991.

HOFFMANN, Jussara. Avaliação para promover. São Paulo: Mediação, 2000.


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KLEIMAN, Ângela. Texto e leitor: aspectos cognitivos da leitura. 7ªed. Campinas,
SP: Pontes, 2000.

KOCH, Ingedore; TRAVAGLIA, Luiz C. A coerência textual. 3ªed. São Paulo:


Contexto, 1990.

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KRAMER . Por entre as pedras: arma e sonho na escola. 3ªed. São Paulo: Ática,
2000.

LAJOLO, Marisa. Leitura e escrita com o experiência – notas sobre seu papel na
formação In: ZACCUR, E. (org.). A magia da linguagem. Rio de Janeiro: DP&A:
SEPE,1999.

LAJOLO, Marisa O que é literatura. São Paulo: Brasiliense, 1982.

MARCUSCHI, Luiz Antônio. Da fala para a escrita. São Paulo: Cortez,2001.

SODRÉ, Nelson Werneck. Hhistória da Literatura Brasileira. 10ª Ed. Rio de


Janeiro: Graphia, 2002.

13 – MANEJO SUSTENTÁVEL DE ANIMAIS

Carga horária total: 240 h/a - 200 h

EMENTA: Introdução à Zootecnica; Importância sócio - econômica; Principais


espécies de interesse Zootécnico convencional e adaptadas a produção orgânica;
Sistemas de criação animal; Noções e técnicas de manejo animal de forma
convencional e com respeito aos princípios agroecológicos; Noções e técnicas de
manejo sanitário animal; Noções e técnicas de forragicultura; Noções e técnicas
de nutrição animal; Noções de melhoramento animal.

CONTEÚDOS:

 Definição e conceituação de zootecnia;

466
 Importância sócio econômica da criação de animais domésticos;

 Estudo de animais domésticos:

 Domesticação;

 Estágios;

 Fases;

 Atributos dos animais domésticos;

 Origem dos animais;

 Taxonomia zootécnica;

 Atributos étnicos:

 Morfológicos;

 Fisiológicos;

 Influencia do meio ambiente sobre os animais de interesse zootécnicos;

 Sistemas de criação:

 Intensivo;

 Semi -intensivo;

 Extensivo;

 Orgânico;

 Noções de melhoramento animal;

 Anatomia e fisiologia do aparelho reprodutor masculino e feminino das


espécies de interesse zootécnico;

 Reprodução animal aplicada:

467
 Tipos de monta;

 Métodos de analise e coleta de sêmen;

 Inseminação artificial;

 Transferência de embrião;

 Nutrição animal:

 Anatomia e fisiologia do aparelho digestivo de monogástricos


ruminantes;

 Alimentos: definição, composição e classificação;

 Nutrição animal:

 Estudo dos nutrientes;

 Estudo dos principais alimentos aditivos utilizados na alimentação


animal;

 Métodos de balanceamento das rações;

 Sanidade animal: Epidemiologia, farmacologia, desinfetante e


desinfecção;

 Principais doenças infecto contagiosas e parasitárias;

 Defesa sanitária animal;

 Noções e técnicas de forragicultura:

 Aspectos ecológicos do manejo animal;

 Confinamento versus pastoreio natural;

 Manejo ecológico de pastagens e de criações animais;

 Pastoreio rotativo;

468
 Raças animais mais adequadas ao manejo ecológico;

 Etologia aplicada à produção animal;

 Recuperação e enriquecimento de pastagens degradadas;

 Manejo e controle ecológico de ecto e endoparasitas nos animais


domésticos;

 Manejo ecológicos de insetos;

 Doenças e plantas espontâneas: manejo integrado de pragas e doenças;

 Métodos Biológicos; uso da biodiversidade no manejo de doenças;

 Etologia. Processos fisiológicos em defesas orgânicas de animais;

 Ambiência x Saúde animal;

 Interação Hospedeiro-agente-Ambiente em sistemas agroecológicos;

 Etiopatogenia e profilaxia das principais doenças de animais de produção;

 Práticas de manejo sanitário em sistemas agroecológos;

 Produção animal e contaminação ambiental;

 Produção orgânica de produtos de origem animal;

 Biotecnologia x agroecologia;

 Legislações vigentes em manejo sanitário animal.

BIBLIOGRAFIA

FOOD AND AGRICULTURE ORGANIZATION (FAO). Disponível em


<www.fao.org/ >

FORTES, E. Parasitologia veterinária. 3. ed. São Paulo: Icone, 1997 686p.

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clínica buiátrica. Disponível em:
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1990.

HIRSH, D. Microbiologia veterinária. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003.

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INSTITUO PANAMERICANO DE PROTECCION DE ALIMENTOS Y ZOONOSIS


(PANALIMENTOS) Disponível em<http://www.panalimentos.org/>

ALES, M.N.G. Criação de galinhas em sistemas agroecológicos.


INCAPER:Vitória, 2005. 284p.

ALBINO, L.F.T. et al. Criação de frango e galinha caipira. 2ª ed, Viçosa:


Aprenda Fácil, 2005. 208p.

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applications. 3rd ed. Redwood: c1993. 563p.

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Nottingham University Press, 1994. 249p.

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e prospecção. Viçosa: Suprema, 2003 206 p.

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Applied Science, c1988. 527p.

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SP; MARTINS, Maria Therezinha. Progress in microbial ecology: Proceedings

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to September 01, 1995. São Paulo: SBM/ICOME, 1997. 621p.

MAKKAR, Harinder P.S.; MCSWEENEY, Christotpher S. Methods in gut


microbial ecology for ruminants. Dordrecht: International Atomic Energy
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MOUNTFORT, Douglas O; ORPIN, Colin G. Anaerobic fungi: biology, ecology,


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AMINOV, LAURA T. SKERLOS, TERENCE M. BRADLEY,† RODERICK I.
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and management for pollination. Fortaleza, Universidade Federal do Ceará.

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Oxford University.

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Brown, J.C & C. Albrecht. 2001. The effect of tropical deforastation on


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Meliponini) in central Rondonia, Brazil. Journal of Biogeography 28:623-634.

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conservation of plant-pollinator interactions. Annual Review of Ecology and
Systematics 29:83-112.

14 – MANEJO SUSTENTÁVEL DOS SOLOS

Carga horária total: 160 h/a - 133 h

EMENTA: Origem e formação do solo. Identificação do solo. Fertilidade do solo.


Degradação. Manejo. Rotação e consorciação de culturas. Adubação

CONTEÚDOS

 Origem e Formação dos Solos,

 Propriedades físicas dos solos,

 Propriedade química dos solos,

472
 Identificação dos solos

 Identificação dos solos da região pelo sistema brasileiro de classificação


dos solos:

 Morfologia;

 Química;

 Indicadores de qualidade do solo;

 Atributos diagnósticos;

 Horizontes diagnósticos;

 Fertilidade do solo;

 Aptidão de uso dos solos:

 Classes de aptidão X homem meio;

 Degradação do solo;

 Manejo agroecológico do solo e sua recuperação;

 Rotação e consorciação de culturas;

 Adubação verde: de inverno, de verão, coquetéis de adubação verde;

 Matéria orgânica no solo;

 Estrutura do solo e espaço poroso;

 Relação massa-volume dos constituintes do solo;

 Mecânica do solo: consistência, tensão e deformação;

 Erosão do solo;

 Água no solo: propriedade da água, retenção;

473
 Potencial da água no solo;

 Movimento de água no solo;

 Controle de erosão hídrica;

 Práticas conservacionistas;

 Manejo do solo e a sustentabilidade agrícola.

BIBLIOGRAFIA

AZUMBUJA, João M. Veleda de. O solo e o clima na produtividade agrícola.


Guaíba: Agropecuária, 1996. 164p.

BERTONI, José, LOMBARDI, Francisco Neto. Conservação do solo. Ed.Icone:


São Paulo, 1999. 355p.

OSAK, Flora. Calagem e adubação. Curitiba. 1990. 503 p.

PRIMAVESE, Ana. Manejo ecológico do solo. 9ª. ed. São Paulo: Nobel, 1984.
549 p.

RAY, Bernardo Van. Avaliação da Fertilidade do Solo. Piracicaba: F. F. Potassa,


1981. 142 p.

BARRETO, Geraldo Benedito. Irrigação. Campinas: ICEA,1974. 185 p.

BASTOS, Edna. Manual de irrigação. 2ª. ed. São Paulo: Ícone, 1987 103 p.

LAMPARELLI, Rubens A.C. Geoprocessamento e Agricultura de Precisão.


Guaíba: Agropecuária, 2001. 119 p.

15. MATEMÁTICA

Carga horária total: 280 h/a - 233 h

474
EMENTA: História da Matemática. Números e Álgebra, Geometria, Funções e
Tratamento de Informação, Análise Combinatória, Probabilidade e Resolução de
Problemas.

CONTEÚDOS:

- Números e álgebra:
 Geometria plana;

 Geometria espacial;

 Geometria analítica;

 Noções básicas de geometria não-euclidiana;

 Aplicações de computação gráfica, softwares de geometria, produção de


gráficos e gráfico tipo 3D;

 Funções e tratamento de informação:

 Probabilidade;
 Pesquisa on-line de estatística;
 Probabilidade;
 Matemática financeira;
 Porcentagem;
 Juros simples e juros compostos;
 Conjuntos numéricos (representação, operações e tipos de conjuntos);
 Intervalos numéricos;
 Função afim (conceito, domínio imagem e contra domínio);
 Plano cartesiano;
 Gráficos;
 Função constante;
 Função modular;
 Função quadrática (conceito, domínio, imagem, zeros da função, vértice,
estudo do sinal, estudo do gráfico, ponto máximo e ponto mínimo),

475
 Função exponencial (rever potenciação e propriedades), gráficos, equações
exponenciais e inequações;
 Sequências numérica:
 Progressão aritmética (termo geral, representação, soma e interpolação);
 Progressão geométrica (termo geral, representação, soma finita e infinita e
interpolação);
 Trigonometria: do triangulo retângulo, no circulo trigonométrico;
 Matrizes (definição, representação algébrica, tipos, operações);
 Determinantes (matriz quadrada de 2ª e 3ª ordem, regra de Sarrus,
matrizes quadradas maiores);
 Sistemas lineares (definição, expressão matricial e classificação);
 Análise combinatória (definição, fatorial, principio de contagem);
 Arranjos e permutações;
 Combinações;
 Binômio de Newton (números binomiais, triangulo de Pascal, termo geral);
 Polinômios;
 Números complexos;
 Geometria:
 Geometria plana;

 Geometria espacial;

 Geometria analítica;

 Noções básicas de geometria não-euclidiana;

 Aplicações de computação gráfica, softwares de geometria, produção de


gráficos e gráfico tipo 3D;

 Geometria analítica:
 Distância entre dois pontos;
 Distância entre ponto e reta;
 Equação da reta;
 Condição de paralelismo e perpendicularismo;
476
 Equação da circunferência;
 Probabilidade,
 Estatística (frequência, analise de gráficos e tabelas);
 Geometria plana (rever polígonos, perímetros e áreas);
 Geometria espacial: poliedros, relação de Euler, prismas, pirâmides,
cilindros, cones e esfera.
BIBLIOGRAFIA

ABRANTES, P. Avaliação e educação matemática. Série reflexões em educação


matemática. Rio de Janeiro:MEM/USU/GEPEM, 1994.

BARBOSA, J. C. Modelagem matemática e os professores: a questão da


formação Bolema: Boletim de Educação Matemática, Rio Claro, n.15, p.5-23,
2001.

BASSANEZI, R. C. Ensino-aprendizagem com modelagem matemática: uma


nova estratégia. São Paulo: Contexto, 2002.

BICUDO, M. A. V.; BORDA, M. C. (Orgs.) Educação matemática pesquisa em


movimento. São Paulo: Cortez, 2004.

BORBA, M. C.; PENTEADO, M. G. Informática e educação matemática. Belo


Horizonte: Autêntica, 2001.

BORBA, M. Educação Matemática: pesquisa em movimento. São Paulo: Cortez,


2004. p.13-29.

_____. Prefácio do livro Educação Matemática: representação e construção em


geometria. In: FAINGUELERNT, E. Educação Matemática: representação e
construção em geometria. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1999.

BOYER, C. B. História da matemática. São Paulo: Edgard Blücher, 1996.

CARAÇA, B. J. Conceitos fundamentais da matemática. 4.ed. Lisboa: Gradiva,


2002.

477
COURANT, R. ; ROBBINS, H. O que é matemática? Uma abordagem elementar
de métodos e conceitos. Rio de Janeiro: Ciência Moderna, 2000.

DANTE, L. R. Didática da resolução de problemas. São Paulo: Ática, 1989.

D‘ AMBRÓSIO, B. Como ensinar matemática hoje? Temas e debates. Rio Claro,


n. 2, ano II, p. 15 – 19, mar. 1989.

D‘AMBRÓSIO, U., BARROS, J. P. D. Computadores, escola e sociedade. São


Paulo: Scipione, 1988.

D‘AMBRÓSIO, U. Etnomatemática arte ou técnica de explicar e conhecer.

São Paulo: Ática, 1998.

D‘AMBRÓSIO, U. Etnomatemática: elo entre as tradições e a modernidade. Belo


Horizonte: Autêntica, 2001.

16. MECANIZAÇÃO AGRÍCOLA

Carga horária total: 120 h/a - 100 h

EMENTA: Tratores e motores. Máquinas para uso agrícola. Fundamentos da


mecanização agrícola. Análise econômica e operacional em mecanização
agrícola. Planejamento da mecanização agrícola na propriedade de economia
familiar. Equipamentos para a agricultura familiar.

CONTEÚDO:

 Tratores e motores:

 Histórico da mecanização;

 Tratores;

 Motores;

 Máquinas de uso agrícola:


478
 Preparo do solo;

 Implantação de culturas;

 Condução de culturas;

 Colheita;

 Fundamentos da mecanização agrícola;

 Análise operacional:

 Capacidade de máquinas e implementos agrícolas;

 Rendimento operacional de máquinas e implementos agrícolas;

 Avaliação da capacidade de campo;

 Uso econômico das máquinas agrícolas;

 Análise econômica em mecanização agrícola;

 Planejamento da mecanização agrícola na propriedade de economia familiar;

 Equipamentos para a agricultura familiar.

BIBILOGRAFIA

ANTUNES, O T. Manual de Mecanização Agrícola. Sertão. RS: Escola


Agrotécnica Federal de Sertão (EAFS), Série Cadernos Didáticos. 1997.

BALASTREIRE, L.A. Máquinas Agrícolas. São Paulo: Manole, 1987. 307p.

BERETTA, Claudio Catani. Tração animal na agricultura. São Paulo: Nobel,


1988, 103p.

GADANHA JUNIOR, C.D. et al. Máquinas e implementos agrícolas do Brasil.


São Paulo: NSI/IPT, 1991. 468p.

MECANIZAÇÃO AGRÍCOLA - TRAÇÃO ANIMAL; PULVERIZADORES MANUAIS.


Brasília: Empresa Brasileira de Assistência Técnica e Extensão Rural, 1983.
479
SAAD, Odilon. Máquinas e técnicas de preparo inicial do solo. 2ª reimp. São
Paulo: Nobel, 1989. 98p.

______. Seleção do Equipamento Agrícola. 4. ed. São Paulo: Nobel, 1983.


126p.

SILVEIRA, G.M. O preparo do solo: implementos corretos. Rio de Janeiro: Globo,


1989, 243p.

SILVEIRA, G.M. Máquinas para a pecuária. São Paulo: Nobel, 1997, 167p.

FROTA, A.; Schifer, S.R. Manual de conforto térmico. 2ª ed., São Paulo, Studio
Nobel. 1981.243p. 1995.
NAAS, I. A. Princípios de conforto térmico animal. Editora Ícone. São Paulo,
1989.183p.

17 – PROJETOS DE INSTALAÇÕES AGROECOLOGIA

Carga horária total: 160 h/a - 133 h

EMENTA: Ação dos elementos do Clima sobre os animais. Ambiência e conforto


animal. Reação fisiológica e metabólica. Meios de prevenção do estresse.
Instalações bioclimáticas. Condicionamento térmico natural e artificial.

CONTEÚDOS:

 Princípios agroecológicos que orientam as construções rurais;

 Materiais de construções;

 Representação em escala;

 Telhados e madeiramento;

 Legislação pertinente;

 Estábulos;

480
 Pocilgas;

 Aviários;

 Silos;

 Esterqueiras;

 Orçamentos;

 Influencia do meio ambiente sobre os animais de interesse zootécnicos;

 Sistemas de criação:

 Intensivo;

 Sem - intensivo;

 Extensivo;

 Orgânico;

 Noções de desenho técnico:

 Normas brasileiras aplicadas ao desenho técnico;

 Figuras planas;

 Projeções ortogonais;

 Cortes e representações ortogonais;

 Instrumental;

 Escalas, linhas e cotas;

 Perspectiva (vista);

 Dimensões e notações;

 Estudo de Layout;

481
BIBLIOGRAFIA

GALETTI, Paulo A. Mecanização Agrícola, Preparo do Solo. Campinas: ICEA.


1981. 220 p. 2 volumes.

MIALHE, Luiz Geraldo. Manual de Mecanização Agrícola. São Paulo:


Agronômica Ceres, 1974. 301 p.

SILVEIRA, Gastão Moraes da. O preparo do solo, implementos, carretos. 3ª.


ed. São Paulo: Globo, 1989. 243 p.

SILVEIRA, Gastão Moraes da. As máquinas para plantar. Rio de Janeiro: Globo,
1989. 257 p.

CARNEIRO, Orlando. Construções Rurais. 12ª ed. São Paulo: Nobel, 1985. 719
p. 3 exemplares

GUIA DO TÉCNICO AGROPECUÁRIO. Construções e Instalações Rurais.


Campinas: ICEA, 1982. 158 p.

18. QUÍMICA

Carga horária total: 160 h/a - 133 h

EMENTA: Substâncias e materiais em sua composição, propriedades e


transformações: matéria e sua natureza, biogeoquímica, química sintética.
Química do solo.

CONTEÚDOS:
 História da Química;

 Perspectivas da química moderna: novos materiais e impacto sobre o


desenvolvimento científico de diferentes áreas;
482
 Ligações químicas;

 Funções inorgânicas;

 Matéria, corpo, objeto e sistemas;

 Substâncias e misturas;

 Métodos de separação;

 Estrutura atômica;

 Tabela periódica;

 Reações químicas;

 Soluções e Colóides;

 Termoquímica;

 Equilíbrio químico;

 Eletroquímica;

 Química orgânica e características do carbono;

 Classificação e formação de cadeias carbônicas;

 Funções orgânicas: hidrocarbonetos, álcoois, fenóis, aldeídos, cetonas,


ácidos carboxílicos, sais e anidridos de ácidos, aminas, amidas,
nitrocompostos, etc.;

 Composição química de diversos tipos de solo.

 Reações orgânicas;

 Polímeros;

 Isomeria.

483
BIBLIOGRAFIA

CAMPOS, Marcelo de Moura. Fundamentos de Química Orgânica São Paulo: Editora da


Universidade de São Paulo, 1980.

CARVALHO, Geraldo Camargo de. Química Moderna, volumes 1, 2 e 3.São Paulo: Editora
Scipione,2000.

COMPANION, Audrey Lee. Ligação Química. São Paulo: Edgard Blucher, 1975.

FELTRE, Ricardo. Química, volumes 1,2 e 3. São Paulo: Moderna, 1996.

FERNANDEZ,J. Química Orgânica Experimental. Porto Alegre: Sulina, 1987.

GALLO NETTO, Carmo. Química, volumes I,II e III. São Paulo: Scipione, 1995.

19. SEGURANÇA NO TRABALHO E CONTROLE AMBIENTAL

Carga horária total: 120 h/a - 100 h

EMENTA: Problemas ambientais contemporâneos. Importância da conservação


ambiental pelas indústrias de origem animal e vegetal. Efeito da degradação do
meio ambiente em agroindústrias. Impacto Ambiental ocasionado pelo lançamento
de resíduos. Avaliação de impactos ambientais. Legislação Ambiental. Resolução
CONAMA. Normas de segurança e condições de trabalho com equipamentos
agrícolas

CONTEÚDOS:

- Segurança do indivíduo no ambiente do trabalho;

- Ambiente insalubre;

484
- Fatores que afetam direta e indiretamente a saúde do trabalhador;

- Legislação e normas referentes à segurança no trabalho;

- Comportamento e atitudes de segurança em ambientes perigosos e


insalubres;

- EPIs;

 Normas de segurança aplicadas no uso de máquinas;

 Resíduos agrícolas: os tipos de resíduos agrícolas;

 Destino adequado dos resíduos;

 Legislação vigente;

- Histórico do problema dos resíduos;

- Noções básicas de tratamento de resíduos;

- Origem e natureza dos resíduos;

- Origem e produção de resíduos: classificação, quantidade, conjunto, variação


na composição dos efluentes, parte energética do resíduo;

- Legislação: Legislação Brasileira para resíduos, relatórios de impacto


ambiental: RIMA.

BIBLIOGRAFIA
BRANCO, S. M.; HESS, M. L. Tratamento de Resíduos. In: Aquarone, E.;
Borzani, W.; Lima, U. A.; Biotecnologia – Tópicos de Microbiologia Industrial.
Vol. II. Edgard Blucher, São Paulo, 1975.

VILLEN, R. A. Tratamento Biológico de Efluentes. In: Lima, U. A.; Aquarone, E.;


Borzani, W.; Schmidell, W.; Biotecnologia Industrial. Processos Fermentativos e
Enzimáticos. Vol. III. Edgard Blucher, São Paulo, 2001.

485
20. SOCIOLOGIA

Carga horária total: 240 h/a - 200 h

EMENTA: O surgimento da Sociologia; Processo de socialização e instituições


sociais; Cultura e indústria cultural; Trabalho, produção e classes sociais; Poder,
política e ideologia; Cidadania e movimentos sociais a partir das diferentes teorias
sociológicas. Sociologia Rural: A ciência e a contribuição da sociologia. Objeto da
sociologia rural, contexto histórico e principais abordagens. Histórico da questão
agrária, agrícola e social no Brasil. O estado e as políticas para a agricultura.
Movimentos e organizações sociais e perspectivas para o campo. Agricultura
familiar. Novas ruralidades e a reconstrução dos espaços rurais. Estudos de
situações da realidade local e regional.

CONTEÚDO:

 Modernidade (renascimento, reforma protestante, iluminismo, revolução


francesa e revolução industrial);

 desenvolvimento das ciências;

 senso comum e conhecimento cientifico;

 teóricos da sociologia: Conte, Durkheim, Weber, Engels e Marx;

 Produção sociológica brasileira;

 Conceito de Estado;

 Estado moderno;

 Conceito de: poder, dominação, política, ideologia e alienação;

 Democracia;

 As expressões da violência na sociedade moderna;

486
 Conceitos de: direito, movimento social, cidadania, direitos humanos,
socialização, instituição familiar, instituições escolares, instituições religiosas
e instituições políticas;

 Diversidade cultural, cultura de massa, cultura erudita e popular;

 Sociedade de consumo e desigualdade social;

 Trabalho nas diferentes sociedades;

 Mudanças nos padrões de sociabilidade provocados pela globalização;


desemprego, subemprego; cooperativismo; agronegócios; produtividade;
capital humano; reforma trabalhista;

 Revolução eletrônica/informacional: os impactos da automação no trabalho e


no quotidiano das pessoas, organizações e Estados;

 Organização internacional do trabalho;

 Neoliberalismo;

 Estatização e privatização;

 Relações de mercado, avanço científico e tecnológico e os novos modelos de


sociabilidade;

 A ciência e a contribuição da sociologia: o pensamento


positivista/evolucionista na constituição das ciências sociais, limites e
possibilidades;

 Objeto da sociologia rural, contexto histórico e principais abordagens;

 A consolidação da sociologia e a emergência da sociologia rural


norteamericana na perspectiva funcionalista;

 O pensamento marxista sobre o desenvolvimento rural no capitalismo e as


perspectivas para a agricultura no socialismo;

487
 O pensamento chayanoviano e a perspectiva para o desenvolvimento do
campesinato;

 Histórico da questão agrária, agrícola e social no Brasil;

 Os processos sociais agrários e a formação da sociedade brasileira: a


herança histórica, ocupação regional e as relações sociais de produção;

 O estado e as políticas para a agricultura: A modernização do campo como


estratégia para o desenvolvimento brasileiro: as políticas públicas para o meio
rural;

 A modernização do meio rural brasileiro: transformações na base técnica,


econômica, social e cultural;

 Movimentos e organizações sociais e perspectivas para o campo, os


movimentos de resistência a ditadura militar à consolidação dos movimentos
sociais no campo na década de 1980 e suas respectivas organizações –
sindicatos, associações, cooperativas, implicações na dinâmica atual dos
movimentos sociais e de suas organizações;

 Agricultura familiar: o campesinato, a agricultura familiar e a agricultura


patronal no Brasil: definindo conceitos e ampliando possibilidades de análise;

 O debate sobre a agricultura familiar hoje no Brasil e as condições de sua


reprodução social e econômica;

 Novas ruralidades e a reconstrução dos espaços rurais;

 A crise ambiental e social e as novas perspectivas para o desenvolvimento


rural sustentável: multifuncionalidade, pluriatividade, agricultura ecológica;

 Relações de gênero no meio rural e suas implicações atuais.

BIBLIOGRAFIA

488
ANTUNES, R.(Org.). A dialética do trabalho: Escritos de Marx e Engels. São
Paulo:Expressão Popular, 2004.

AZEVEDO, F. Princípios de sociologia: pequena introdução ao estudo da


sociologia geral. 11ª ed. São Paulo: Duas Cidades,1973.

BOBBIO,N. A teoria das formas de governo. 4ª ed. Brasília: Unb,1985.

DURKHEIM,E. Sociologia. São Paulo: Ática, 1978.

ENGELS,F. A origem da família, da propriedade privada e do Estado. Rio de


Janeiro: Civilização Brasileira,1978.

POCHMANN, M. O emprego na globalização. São Paulo: Bomtemp

489
11-APROVAÇÃO PELO CONSELHO ESCOLAR

490

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