Tipos
Grau histológico
Carcinoma ductal: Forma-se nos ductos que levam o leite dos lóbulos para o
mamilo (papila).
o Carcinoma ductal in situ (intraductal): Proliferação dentro de um ducto
que não ultrapassa a membrana basal e não invade o estroma. Pode se
apresentar como massa palpável, derrame papilar ou alteração em
mamografia (microcalcificações e formação nodular não palpável). Pode
ser dividido em comedocarcinoma (pior prognóstico), micropapilar,
cribiforme e sólido;
Doença de Paget: A doença de Paget é um tipo raro de carcinoma
in situ que se inicia nos ductos do mamilo.
o Carcinoma ductal invasor: Representa 65 a 85% dos cânceres de mama.
Forma nódulo sólido ou área de condensação no parênquima, com lesões
espiculadas ou circunscritas;
Tumor do tipo Tubular: Tumores do tipo carcinoma tubular (2% dos
casos), não exibe mitoses nem necroses e suas células formam
túbulos regulares e bem definidos. Apresenta excelente
prognóstico, mesmo quando é multicêntrico (50% dos casos),
estando a sobrevida livre da doença por 10 anos superior a 95%.
Tumor do tipo medular: Representa 5% dos casos e possui um
excelente prognóstico. Abundante em mitoses e com grande
quantidade de linfócitos, geralmente só ocorre após a menopausa.
Tumor do tipo mucionoso: Representa 5% dos casos, recebe esse
nome pela quantidade de mucina que recobre um pequeno número
de células tumorais bastante diferenciadas entre si. Também tem
com bom prognóstico com mais de 85% de sobrevida maior que 5
anos.
Carcinoma lobular: Começa nos bulbos (pequenos sacos) que produzem o leite
materno e infiltra nos tecidos vizinhos;
o Carcinoma lobular in situ: Tumor de baixa proliferação no interior de
ductos terminais e lóbulos. Representa 2 a 6% dos casos. Não costuma ter
qualquer manifestação clínica evidente, nem é encontrado na
mamografia, sendo um achado ocasional de biópsias mamárias indicadas
por imagem suspeita. É considerado marcador de risco, sendo a biópsia
excisional suficiente para terapêutica. É bilateral entre 15 a 40% dos
casos;
o Carcinoma lobular invasor: Apresenta-se como adensamento ou
endurecimento local mal-definido; em lesões avançadas, pode haver
retração de pele e fixação. Calcificações não estão comumente presentes.
Representa 5 a 10% dos casos.
Sarcoma: Forma-se nos tecidos conjuntivos.
Assim como qualquer tipo de cancro, o cancro da mama pode se espalhar para outras
partes do corpo, ocorrendo a chamada metástase. Por esta razão, é muito importante
detectá-lo o quanto antes, principalmente nos estágios iniciais, aumentado assim, as
chances de tratamento menos agressivo e de cura. Em casos mais avançados, aconselha-
se a quimioterapia como forma de combate ao tumor. Os locais mais comuns de
metástases a distância ou disseminação do cancro de mama são a pele , linfonodos,
ossos , pulmão e fígado.
No homem
Homens também podem desenvolver câncer de mama, mas sem a genética favorável
o risco é de menos de 1%. No homem o risco está exclusivamente associado a
alterações no BRCA2 (gene nomeado pelo nome em inglês: BReast CAncer 2), quando
o risco sobe para 7% de desenvolver a doença. Alteração no gene BRCA1 não
aumentam o risco.
Epidemiologia
No Brasil
É o tipo de câncer mais comum nas mulheres seguido pelos cânceres de colo uterino,
cólon e reto, pulmão e estômago. Segundo a OMS esse é um índice similar nos países
desenvolvidos. É também uma das causas mais comuns de mortes por câncer em
mulheres, mesmo não sendo o mais letal, em virtude da grande quantidade de casos.
A maioria dos casos de câncer de mama no Brasil ocorrem em São Paulo (39.8% dos
casos), depois vem o Rio de Janeiro (28.7%), Rio Grande do Sul (19.8%), Bahia
(14.3%), Roraima (9.7%), Pará (7.7%), Acre (4.8%), Rio Grande do Norte (2.1%) e
Espírito Santo (0.9%).[carece de fontes?]
Entre 2000 e 2008 o número de casos em São Paulo aumentou 41,8%, sendo 44.312
dos casos registrados em mulheres e 397 em homens, a grande maioria dos casos entre
mulheres de 40 a 60 anos, sendo apenas 10% dos casos em mais jovens. Em 2003 São
Paulo teve a maior quantidade de novos casos diagnosticados, com 94 a cada 100.000
habitantes, seguida pelo Distrito Federal com 86,1/100.000 e Porto Alegre com
66,5/100.000. Um dos motivos possíveis para esse elevado número de casos nas capitais
é o alto consumo de álcool e tabaco e maior intoxicação com estimulantes dos
hormônios femininos e com pesticidas nos alimentos.
Prognóstico
Mortalidade
Apesar de ser a neoplasia que mais mata mulheres, está longe de ser a doença mais
letal tanto em quantidade quanto em gravidade. No mundo, tanto problemas cardíacos
quanto derrame cerebral matam mais de dez vezes mais do que câncer de mama. Além
disso, cerca de 22% dos casos regride mesmo sem intervenção.
Hormônios femininos
Sintomas
Prevenção
Mulheres com mais de 40 anos devem fazer o auto-exame pelo menos uma vez por ano.
Em caso de suspeita ou anualmente após os 40 anos deve ser feita uma mamografia,
porém, no Brasil, mais de 75% dos mamógrafos estão em clínicas particulares, restritos
apenas aos que possuem planos de saúde ou condições financeiras para pagar o exame.
A dificuldade na realização de mamografia e a demora no atendimento hospitalar
desmotiva muitas mulheres a fazerem diagnósticos preventivos.
Tratamento
O tratamento depende do estadiamento do câncer e pode ser feito com
radioterapia, quimioterapia e/ou cirurgias. Frequentemente é necessário realizar uma
mastectomia no seio afetado.
Apoio psicológico
O bem estar emocional é muito importante para manter um organismo saudável com
um sistema imunológico eficaz e uma regeneração mais rápida de doenças. 15% das
pacientes desenvolvem um episódio de depressão maior em menos de 10 dias após o
diagnóstico. Outros transtornos psicológicos como transtornos de ansiedade também são
comuns. Pacientes depressivas e desesperançosas tinham prognóstico pior mesmo
quando as outras variáveis eram levados em conta.
Reconstrução da mama
Reconstrução feita em uma mulher de 57 após câncer de mama bilateral com mastectomia
sem danos aos mamilos.