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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO GESTÃO E TECNOLOGIAS


APLICADAS À EDUCAÇÃO / GESTEC

Área de Concentração 1: Gestão da Educação e Redes Sociais

GTE025 - Políticas Públicas, Direitos Humanos e Educação

Professor: José Cláudio Rocha

MEDIAÇÃO EM CONFLITOS ESCOLARES –


Transformando a Guerra Fria Nas Escolas em
Uma Paz Quente!
PROJETO DE PESQUISA

TEREZINHA GUERRA JACOB

Salvador - Ba

2018
MEDIAÇÃO EM CONFLITOS ESCOLARES Transformando a Guerra Fria Nas Escolas em Uma Paz Quente!
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1. JUSTIFICATIVA:

O presente estudo tem como objetivo assentar as bases de uma intervenção


científica de mediação escolar no âmbito do Colégio Estadual Kléber Pacheco de
Oliveira, situado no município de Lauro de Freitas, unidade em que a postulante atua
como docente no ensino fundamental II e médio. A mediação em Âmbito escolar nos
é apresentada como uma técnica de resolução de conflitos, com potencial educativo
e qualificador para a formação de habilidades sociais basilares para a vida em
comunidade. A escola contemporânea tem-se deparado com inúmeras
problemáticas sociais que a obrigaram a refletir sobre si mesma. Entre a tradição à
qual a escola se prende, do paradigma da instrução (Trindade & Cosme, 2010), e a
pressão de ser uma plataforma de mudança social, impondo-lhe novas funções e
novos papéis, que permitam atender à diversidade de responsabilidades
socioeducativas conferidas, ao que Nóvoa (2005) denomina de transbordamento das
funções escolares, vemos emergir o complexo desafio da busca de novas e eficazes
fórmulas de gestão do seu espaço social, relacional e cultural, numa lógica de
socialização, de contemplação dos Direitos Humanos, de inclusão e de qualidade
socioeducativa. A socialização traduz o esforço de transmissão – apropriação de
normas e regras de comportamento necessárias à vida em comunidade, sendo que
a articulação das normas, valores e saberes adquiridos refletem esse quadro de vida
social (Almeida, 2004). Contudo, os conflitos e as rupturas relacionais, que se
revelam nos índices de indisciplina, de exasperação e de violência, constituem tanto
uma fratura à normatividade escolar, como colocam em causa a cultura disciplinar,
que se espera que aí exista (Quaresma, 2010). A necessidade de promover a
convivência, pela gestão positiva das relações e dos conflitos, e não somente a sã
coexistência, na acepção de Sanches (2005), tornou-se uma prerrogativa da escola.
Esta dimensão social assume-se também uma questão educativa, pedagógica e
organizacional. O estudo sobre a abordagem dos conflitos tem conquistado grande
relevância na investigação das Ciências da Educação, mais propriamente na
sociologia da escola, centrando-se nas suas caraterísticas organizacionais (Nóvoa,
1995), e estendendo-se do nível de análise micro (sala de aula) para um nível macro
(Torres & Palhares, 2010), onde a própria escola é objeto de estudo e de
intervenção. Esta constitui, tal como os sujeitos da comunidade educativa, um ator
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evolutivo, uma unidade de mudança e um pilar central da melhoria (Bolívar, 2000;


2003). Postulado esta premissa, reconhece-se que qualquer intervenção pela
mudança e melhoria questiona os clássicos parâmetros organizacionais da escola
(Canário, 2010) e deve influir ao nível da sua cultura organizacional - nas conexões
e relações decorrentes das normas, das práticas, dos valores e das crenças
partilhados pelos indivíduos (Barroso, 2005) - que tende a cristalizar-se e,
consequentemente, a obstaculizar as próprias mudanças que a evolução da
sociedade lhe impõe. Os projetos de mediação de conflitos na escola (PMCE)
afiguram-se como dispositivos de intervenção de melhoria (como processo de
mudança e não tanto como situação final a alcançar, na acepção de Caritas (2002).
Assim, para além do interesse pessoal, associado à experiência profissional, como
mediadora, interessou-nos aprofundar o conhecimento, estruturado de forma
científica, desta intervenção, através de um estudo de caso. Nesta investigação nos
proporemos a trabalhar numa lógica de investigação aplicada, porquanto o projeto
de intervenção pela mediação visa uma ação transformadora e a investigação sobre
o projeto tem por finalidade a apreensão dessa transformação, dispondo-se a
conhecê-la e a difundir esse conhecimento na forma de um produto replicável.
Dadas as exigências inerentes à implementação do PMCE, requerem-se mudanças,
tanto a nível interpessoal, como a nível organizacional. Trata-se de uma intervenção
em termos de escola, em que indivíduos e organização aprendem novos
procedimentos, usufruem de novas estruturas e beneficiam de processos de
melhoria. Desta forma, a mediação não se limita à técnica de resolução de conflitos,
ou se foca na dimensão educativa, assume-se também como uma cultura
colaborativa de gestão das relações interpessoais pautadas por diferenças e
semelhanças no seio da escola. Atendendo à (possível) amplitude dos projetos de
mediação de conflitos, definimos três dimensões de análise do nosso objeto de
estudo: - a dimensão processual referente ao processo de implementação do PMCE
e ao cumprimento de cada etapa predefinida, numa ótica de avaliação. Trata-se de
compreender a mecânica e a dinâmica próprias dos projetos desta natureza; - a
dimensão interpessoal/social que se reporta à aquisição ou ao estímulo de atitudes e
comportamentos favoráveis a uma sã convivência. Relaciona-se a aprendizagem
dos princípios, valores e habilidades de mediação pelos indivíduos com o
crescimento e o desenvolvimento pessoal, assim como com a melhoria do âmbito
relacional e social escolar; - a dimensão organizacional relativa às condições
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institucionais necessárias para o bom funcionamento das estruturas e procedimentos


de mediação, e sobretudo, à integração da mediação na estrutura formal da escola,
que a legitima e lhe confere reconhecimento. Nesta dimensão incluem-se processos
de ação e de mudança, formal e social, em consequência da adoção de um novo
método de intervenção, potenciadores de qualidade socioeducativa e,
consequentemente, de melhoria de escola. Ao influir desta maneira na cultura de
escola, almeja-se que aí emerja uma cultura de mediação. Deste modo, para além
do objetivo de perceber como o PMCE se acomoda na cultura de escola, interessa
perscrutar como a cultura de escola se vai conformando ao PMCE.

2. OBJETIVOS GERAL & ESPECÍFICOS

Após definido o objeto de estudo e considerando todas as dimensões que lhe são
inerentes, construímos a seguinte questão como objetivo geral da investigação:

1. Quais os aprimoramentos processuais, interpessoais e organizacionais


do modelo de mediação de conflitos em âmbito escolar, por nós
planejado, numa ótica de melhoria de escola, após a sua efetiva
aplicação, em contextos vinculados à doutrina dos Direitos Humanos?

Como instrumental e foco ancilar desta questão de partida estabelecemos um


conjunto de objetivos específicos, inter-relacionados com as três dimensões de
análise do PMCE – Projeto de Mediação de Conflito Escolar.

Na dimensão processual visaremos:

A) Identificar as caraterísticas do projeto de mediação;

B) Compreender as necessidades, problemas e motivações que justificam


o projeto;

C) Analisar as etapas e as atividades relevantes para a concretização do


projeto;

D) Analisar as percepções dos envolvidos no projeto sobre as atividades,


quanto à sensibilização, à formação, às estruturas de mediação e às sessões
de mediação;

E) Analisar os resultados da sensibilização, da formação, das atividades de


mediação e das sessões de mediação.

Na dimensão interpessoal/social procuraremos:


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F) Perceber o impacto da intervenção naqueles que participam ativamente no


projeto;

G) Indagar os efeitos e benefícios do projeto nas relações interpessoais e na


convivência escolar.

Na dimensão organizacional pretenderemos:

H) Perceber em que moldes a mediação se integra na cultura de escola;

I) reconhecer o contributo da mediação no cumprimento da missão da escola;

J) Compreender como a comunidade educativa acolhe a mediação de


conflitos;

K) Avaliar as consequências do projeto na escola, tendo em conta um ponto


de partida e um ponto de chegada.

Nos objetivos elencados remarca-se a opção pelo estudo de caráter


qualitativo, fundamentado em processos descritivos e compreensivos da realidade
em análise e em avaliação – as representações, os significados, as crenças, as
práticas e os resultados em torno do PMCE – exigindo-se um estudo aprofundado,
pormenorizado e avaliativo.

3. CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO

O presente estudo tem como objetivo a implementação da mediação escolar


no âmbito do Colégio Estadual Kléber Pacheco de Oliveira situado no município de
Lauro de Freitas, unidade em que atuo como docente no ensino fundamental II e
médio, como forma de incentivo ao diálogo e consequentemente a promoção da
cultura da paz no ambiente escolar. Reconhecemos neste ambiente escolar um
conjunto de fatores favoráveis à adoção do PMCE, seja pela articulação dos
objetivos de ambos (do nosso projeto e da direção desta escola), seja pelos recursos
e pela autonomia que os gestores do município confere à escola para selecionar
projetos inovadores, cuja implementação visa responder às problemáticas
detectadas e aos objetivos definidos em termos de qualidade e melhoria. Deve-se
ressaltar que os objetivos gerais deste PMCE, centrados na melhoria da qualidade
da aprendizagem, traduzida no sucesso educativo dos alunos e no combate ao
abandono escolar, convergem para objetivos de realização pessoal e comunitária de
cada indivíduo, numa ótica de igualdade de oportunidades. A aposta na formação
integral dos jovens está, por isso, integrada na lógica deste programa, bem como a
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melhoria do clima e cultura de escola estão aí subjacentes. Como professora efetiva


desta escola, temos observado de forma pontual e não ponderada que o quotidiano
da escola regista atos de indisciplina e violência que se traduzem em confrontos
verbais e físicos, quer entre pares, quer entre alunos/professores e
alunos/funcionários. Têm-se registado o envolvimento de encarregados de
educação, familiares e conhecidos de alunos em casos de violência na escola e no
espaço contíguo. Os conflitos que têm origem em contexto fora da escola e que se
expressam dentro do espaço escolar, têm origem diversa, nomeadamente são
originados por: questões de natureza parental; famílias multiproblemáticas; crianças
institucionalizadas; rivalidade / conflito entre pessoas de origem diferente ou de
bairros rivais. “Registramos informalmente neste domínio concreto da indisciplina /
violência uma insuficiência de formação dos recursos humanos, uma inexistência de
atividades ocupacionais que compromete a concretização de estratégias efetivas de
prevenção e intervenção junto dos alunos no sentido de reforçar as suas
competências sociais e, consequentemente, diminuir situações de indisciplina e
violência. Sendo a escola o local privilegiado para o desenvolvimento das relações
interpessoais e aprendizagens, é na relação com os outros que as crianças / os
alunos vão aprender a valorizar atitudes e comportamentos e construir referências
para o modo de interagir em sociedade. Desta forma, deverá a escola proporcionar
atividades educativas diversificadas e espaços com qualidade que favoreçam a
formação de cidadãos responsáveis, críticos e ativos.

3.1. População do estudo


A população do estudo constituiu-se por professores, pessoal não docente e
alunos da escola supracitada.

3.2 Sujeitos participantes


Na medida em que a participação nas etapas de implementação do PMCE é
voluntária, os grupos de sujeitos desta pesquisa serão definidos por auto-seleção
(Guimarães & Sarsfield Cabral, 2010). Exceção verificada na etapa da
sensibilização, na qual professores e assistentes operacionais receberão
convocatória para estarem presentes na sessão. Segundo a teoria dos projetos de
mediação de conflitos, teremos por base limitadas referências para a organização de
cada grupo de participantes (professores, alunos, pessoal não docente e
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encarregados de educação). Valorizaremos, assim, sobretudo a participação


voluntária. Encontramos esta ideia em Flick (2005, p. 66), segundo o qual “(…) os
indivíduos, grupos, etc., são antes selecionados de acordo com o seu nível
(esperado) de geraram novas ideias para elaboração da teoria, face ao seu grau de
elaboração presente (…) e têm de ser escolhidos por critério teóricos”. Entre as
estratégias de amostragem de amplitude ou de profundidade, apresentadas pelo
autor citado, optaremos pela segunda. Através desta visa-se realizar as análises
mais profundas que se puder e até onde for possível. Este tipo de grupo de
participantes, adequado ao estudo de caso, apresenta, segundo esse autor, “(…)
uma subjetividade desenvolvida em resultado da aquisição de determinados
volumes de conhecimento e da evolução de modos específicos de ação e de
perceção” (Idem, p. 73). Ora, neste estudo nos interessará compreender como se
constrói, como se desenvolve e quais os efeitos de um PMCE, numa lógica de
processo, através das ações, percepções e vivências daqueles que na escola
participarão na sua implementação. Não nos interessará então a generalização nos
moldes tradicionais (leia-se, segundo a abordagem metodológica quantitativa), mas
a relevância que este caso possa ter para enriquecer a teoria em torno do PMCE.
Por isso, optaremos pelos participantes estratégicos que, por virem a estar
diretamente envolvidos no PMCE, constituirão uma fonte privilegiada de informação!

3.3 Coleta de dados

As técnicas e os instrumentos de recolha de informação ajudam a desvendar


fenômenos ou factos e permitem captar a realidade em todo o seu dinamismo.
Concordámos com Oliveira (2010, p. 78), para quem “(…) não existe um padrão
determinado para quantidade e questões ou itens a serem pesquisados, devendo o
pesquisador(a) formular seus instrumentais de acordo com os seus objetivos”.

Condicionados ao processo de intervenção do PMCE e atendendo aos objetivos da


pesquisa, trataremos de identificar as informações a recolher sobre a construção, o
desenvolvimento e os resultados do projeto e a partir daí utilizar dispositivos de
recolha de dados cientificamente adequados. Segundo Dias (2005), em qualquer
pesquisa deve-se decidir por técnicas e instrumentos que garantam: obter respostas
precisas, suficientes e significativas; facilidade, rapidez e economia de tempo na
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aplicação; menor risco de distorção pela não influência do investigador;


confidencialidade e respeito pela privacidade; maior liberdade nas respostas; e,
ainda propiciem coerência. Para aceder à informação aplicar-se-á três técnicas de
investigação. Uma mais próxima da investigação quantitativa, a técnica de inquérito
por questionário, ainda que através dos questionários tenhamos recolhido dados
qualitativos. As outras duas técnicas são típicas da abordagem qualitativa, a
entrevista e a análise documental. Com esta diversidade procuraremos, por um lado,
obter sobre o assunto em estudo um conhecimento mais alargado, com
possibilidade de contraste, do que o proporcionado por um único método e, por outro
lado, atender aos objetivos da pesquisa e às condições que se ofereceram para a
sua aplicação.

4. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO E ESTRUTURA

A estrutura deste trabalho será organizada em duas partes, cada uma


composta por quatro capítulos. Na primeira parte apresentaremos uma revisão da
literatura a conferir enquadramento teórico ao projeto de investigação desenvolvido,
sendo a segunda parte reservada para o projeto de investigação empírica. O
primeiro capítulo diz respeito à apresentação e desenvolvimento da problemática do
conflito e da convivência na escola como objeto de pesquisa nas Ciências da
Educação. Neste primeiro ponto, importa construir um quadro teórico, enquanto
contributo para o mapeamento da análise do tema inserido nos debates da escola
contemporânea. O segundo capítulo abordará à mediação de conflitos e à sua
posição na esfera da Mediação. Aproveita-se para apresentar a mediação como um
novo modelo de intervenção social, embora estejamos conscientes de que o debate
em torno do conceito de mediação não esteja completo. Dadas as virtudes atribuídas
à mediação, enquanto metodologia e processo transformador, nos interessará
destacar as suas caraterísticas essenciais para aí se enquadrar a mediação de
conflitos em contexto escolar. O terceiro capítulo irá focar na mediação escolar, bem
como nos projetos de mediação de conflitos. No quarto capítulo iremos caracterizar
os projetos de intervenção pela mediação, recorrendo a literatura especializada que
permite reconhecer as suas especificidades, desde o desenho, às fases e etapas de
implementação, até à avaliação. Estes conhecimentos são indispensáveis para a
elaboração, implementação e avaliação do projeto, assim como para a investigação
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em curso, permitindo identificar e completar os eixos categoriais da pesquisa. No


quinto capítulo apresentamos a justificação do trabalho de pesquisa, no que diz
respeito à problemática e à questão de partida, aos objetivos e às questões
norteadoras da investigação, e ainda, às opções e estratégias epistemológicas. Este
estudo terá por base a opção pela metodologia de estudo de caso, porquanto se
pretende captar a complexidade, das dimensões processual, interpessoal/social e
organizacional do PMCE, enquanto processo que tem um ponto de partida e um
ponto de chegada. Por fim, retrataremos as técnicas, os instrumentos e o processo
de recolha de dados atendendo, quer à especificidade do processo de investigação -
intervenção, quer à opção pela abordagem metodológica qualitativa, que congregará
dados quantitativos e qualitativos. Terminaremos com a proposta de triangulação e
relevância da cientificidade da investigação. Reservamos o sexto capítulo para a
apresentação da análise dos dados quantitativos, obtidos pelos inquéritos por
questionário, e dos dados qualitativos, recebidos pelas entrevistas e análise
documental. A diversidade destes dados confere em si mesma uma complexidade: a
sua gestão em prol da resposta à nossa questão de partida, que sistematiza a
orientação de análise nas três áreas dominantes do PMCE. A análise dos dados
quantitativos reportar-se-á ao primeiro ciclo de intervenção, sobretudo nas duas
primeiras dimensões de análise do projeto (processual e interpessoal/social), já a
análise dos dados que obteremos pelas entrevistas visará as três dimensões de
análise do estudo (processual, interpessoal/social e organizacional) e, por fim, a
análise dos documentos estruturantes e estratégicos da escola nos remeterá,
preferencialmente, para a terceira dimensão de análise, a organizacional. Neste
capítulo revelaremos o trabalho empírico e construiremos um conhecimento real e
aprofundado do projeto através das diversas fontes de informação. O oitavo e último
capítulo, após a análise dos dados, reuniremos as ideias fundamentais tecidas
através do conhecimento construído no capítulo anterior, no sentido de responder às
questões norteadoras da investigação, que se encontram no capítulo da
metodologia. A triangulação da análise dos dados visará reconhecer a importância
da concretização do projeto em estudo, tendo em atenção uma dinâmica cuidada, de
legalidade e de proximidade, em articulação com os desafios que a escola e os
indivíduos enfrentam.
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