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TRATAMENTO DE ESGOTOS

Esgoto é a água que contém rejeitos humanos, em geral provenientes de pias, tanques e banheiros de:
casas, edifícios, restaurantes e indústrias. Quando despejado no meio ambiente sem nenhum tratamento
prévio, principalmente o esgoto industrial, que em geral contém substâncias tóxicas, provoca a
contaminação da água, podendo comprometer irremediavelmente o ecossistema.

O esgoto precisa ser tratado antes de ser lançado no meio ambiente para que a água possa ser
reutilizada sem prejuízo para o meio ambiente e para a saúde humana.

.
Obras de saneamento básico são fundamentais para captar os efluentes domésticos,direcionar os
despejos e evitar a propagação de doenças.

Esse tratamento é feito nas chamadas Estações de Tratamento de Águas Residuais (ETARs), que tanto
podem utilizar um processo aeróbico (na presença de oxigênio) como anaeróbico (na ausência de
oxigênio).

As águas descarregadas em uma rede de esgoto provêm de três fontes principais:

Descargas pluviais (chuvas): apenas aumentam o volume das águas residuais, gerando problemas de
armazenamento.
Descargas domésticas: aumentam o volume das águas residuais e, normalmente, só precisam de
tratamentos básicos.
Descargas industriais: são as que causam mais problemas porque não são uniformes, dependem do
tipo e do tamanho da indústria e da existência ou não de tratamentos prévios dos efluentes feitos na
própria indústria antes de serem descarregados na rede pública ou nos cursos de água das proximidades.

Os efluentes industriais muitas vezes transportam


metais tóxicos, substâncias radioativas, compostos
orgânicos não-degradáveis, como óleos e gorduras, ou
seja, uma série de materiais cuja eliminação não pode
ser feita na maioria das ETARs, que estão preparadas
apenas para tratar da eliminação de sólidos em
suspensão (partículas coloidais) e da chamada carência
bioquímica de oxigênio (CBO).

Os tratamentos - que se dividem em preliminar, primário, secundário e terciário - dependem ainda de uma
série de fatores, como poluentes presentes, concentração de poluentes, capacidade do curso de água de
assimilar os desperdícios e a qualidade exigida da água para usos posteriores. Os tratamentos preliminar
e primário sã comuns em todas as ETAs; os demais são feitos apenas em algumas estações.

Tratamento preliminar

Remove sedimentos e materiais flutuantes: sólidos grosseiros, areias e gorduras.

Numa primeira fase é feita a gradagem e/ou tamisação do efluente, ou seja, uma espécie de peneiração
das partículas sólidas mais grosseiras.

Em seguida o efluente é submetido a uma flotação, isto é, é enviado para tanques nos quais é introduzido
ar de baixo para cima de modo que produza bolhas.

O movimento das bolhas de ar arrasta as areias e as gorduras para a superfície do tanque até fazê-las
transbordar através de um muro para uma área onde são aspiradas. As lamas obtidas nesse processo
(que demora cerca de dez minutos) são enviadas para um aterro sanitário.

Tratamento primário

Separa as partículas sólidas que não foram eliminadas no tratamento preliminar, o cascalho, a areia e as
partículas de argila que sedimentam pela ação da gravidade e formam lamas. Também remove os
materiais insolúveis, como óleos e gorduras, que, por serem menos densos, permanecem na superfície
do tanque e podem ser separados por processos mecânicos.

O efluente é introduzido pelo centro de grandes tanques providos de um enorme "braço mecânico" que
gira lentamente. Esse movimento circular vai empurrando o efluente para a periferia do tanque ao mesmo
tempo que os detritos se sedimentam no fundo. O processo demora em torno de dez horas para ser
concluído.

As lamas resultantes do tratamento primário, removidas do fundo do tanque, também são conduzidas a
aterro sanitário ou, conforme o caso, podem ser submetidas à digestão anaeróbica (feita por
microrganismos que não necessitam de oxigênio).

Tratamento secundário

Conjunto de tratamentos do qual participam bactérias aeróbicas responsáveis pela remoção de cerca de
90% das substâncias orgânicas solúveis, biodegradáveis.

Também visa suprir a falta de oxigênio provocada por desperdícios orgânicos (cuja degradação consome
o oxigênio dissolvido nas águas).

Para isso, criam-se nas ETARs as mesmas condições que as bactérias, os fungos e os outros
microrganismos encontram na natureza para fazer seu trabalho de decomposição. Os microrganismos
utilizados variam de ETAR para ETAR, já que cada uma trata um tipo de efluente. O microrganismo é
introduzido no efluente de uma das seguintes maneiras:

Filtração biológica: o efluente é despejado nos chamados tanques de percolação que são cilíndricos e
cheios até a borda de cascalho ou pedra de brita coberta de bactérias e protozoários. Na zona inferior,
esses tanques são providos de furos que permitem um fluxo de ar, contrário ao da água, continuamente
despejada por um braço giratório sobre as pedras. Obtêm-se assim as condições ideais para que os
microrganismos possam limpar o efluente da matéria orgânica biodegradável.
Lamas ativadas: o efluente é bombeado para um tanque com lamas ricas em bactérias e oxigênio. Em
seguida, o efluente é transportado para um tanque de sedimentação, no qual a maior parte das partículas
em suspensão e dos microrganismos precipita para o fundo na forma de lamas.
Essas lamas (como as provenientes do tratamento primário), quando conduzidas para biodigestores
anaeróbicos, produzem gás carbônico, CO2(g), e gás metano, CH4(g). O CH4(g) pode ser utilizado na
produção de energia necessária para manter as ETARs. O material sólido não-digerido em geral é
aproveitado para a produção de adubo orgânico.

Tratamento terciário

Consiste em um conjunto de tratamentos químicos e físicos especializados na remoção de poluentes


específicos, que permanecem no efluente depois de ele ter sido submetido aos tratamentos anteriores.

O tipo de tratamento depende da contaminação que se pretende remover, como, por exemplo, excessos
de nitrato, NO31-, ou fosfato, PO43-, que se não forem eliminados irão contaminar lagos, rios e oceanos.

Como é um tratamento caro, tanto na implantação como na operação, raramente é utilizado na prática.

Os diversos tipos de tratamento terciário podem ser divididos nos seguintes itens:
Adsorção: utiliza carvão ativado (cuja área superficial chega a ter aproximadamente 1 milhão de cm2/g)
para remover por adsorção seletiva moléculas polares de diversos compostos orgânicos, como fenóis,
detergentes e inseticidas.
Coagulação: é a desestabilização da dispersão coloidal pela neutralização das cargas elétricas do
disperso. Utiliza sulfato de alumínio, Al2(SO4)3, cloreto de ferro III, FeCl3, cal, CaO, ou polímeros sintéticos
para remover a turvação das águas (clarificação) provocada pelas partículas de dimensões coloidais,
principalmente pelas de argila.
Floculação: é a aglomeração dos flocos formados na coagulação numa "malha", por meio da formação
de "ligações" entre a superfície das partículas.
Diálise: utiliza a membranas permeáveis e semipermeáveis para a recuperação de produtos com
interesse econômico.
Eletrodiálise: utiliza membranas permeáveis e semipermeáveis com a ação de um campo elétrico
visando a redução de sólidos dissolvidos.
Permuta iônica: utiliza resinas de permuta iônica (trocadores de íons) na remoção de íons metálicos da
água, possibilitando sua reutilização industrial. Os zeólitos (silicato de alumínio hidratado, com sódio e
cálcio: Na2O . CaO . Al2O3 . x SiO2 . x H2O), facilmente encontrados na natureza, foram as primeiras
substâncias usadas em permuta iônica. Na presença de soluções aquosas de sais, eles trocam seus
cátions pelos cátions da solução.
A condição para que isso ocorra é que o tamanho dos íons a serem trocados seja próximo, como é o
caso, por exemplo, dos íons Cr3+ (0,61 Å), que substituem o Na1+ (1,02 Å) no retículo cristalino dos
zeólitos, na proporção de dois para um.
Outra classe de produtos utilizados em permuta iônica é a dos trocadores catiônicos, capazes de trocar
cátions presentes na solução por íons hidrônio, H3O1+(aq) (provenientes do H2SO4), ou os trocadores
aniônicos, capazes de trocar os ânions presentes na solução por íons hidróxido, OH1-(aq) (provenientes do
NaOH).
A aplicação sucessiva de substâncias dessas duas espécies permite obter uma desmineralização quase
completa da água, sem que seja preciso fazer uma destilação.
Tais trocadores de íons são facilmente regenerados, bastando submetê-los respectivamente a uma
lavagem ácida ou básica. O uso dos zeólitos na desmineralização da água apresenta o inconveniente de
enriquecê-la de sais de sódio, tornando-a inadequada para certos fins industriais. No caso do emprego
dos trocadores catiônicos e aniônicos, isso não ocorre, pois os íons H3O1+(aq) e OH-1(aq) combinam-se
formando água.
Neutralização: utiliza produtos de caráter básico ou ácido, como cal, CaO, carbonato de sódio, Na2CO3,
hidróxido de sódio, NaOH, e dolomita, CaMg(CO3)2, ácido sulfúrico, H2SO4, para neutralizar a água, que
pode estar levemente ácida ou alcalina. A água é considerada neutra quando possui a 25°C um índice de
acidez (pH) igual a 7.
Precipitação por óxido-redução: utiliza agentes oxidantes, como cloro, Cl2, hipoclorito de sódio, NaClO,
e ozônio, O3, ou agentes redutores, como dióxido de enxofre, SO2, e sulfato de ferro II, FeSO, para
remover, por exemplo, o íon cianeto, CN-1 (que é oxidado a CO2 e N2).

Antes de a água ser descarregada após tratamento preliminar, primário, secundário ou terciário, deve ser
submetida a uma desinfecção, por meio de cloração, a fim de perder a cor e as bactérias (e,
eventualmente, os vírus) causadoras de doenças.

Coleção Delta
Interatividade química
Cidadania, participação e transformação
Martha Reis
F.T.D.

ÁGUA DOCE A PARTIR DA ÁGUA DO MAR

Acredita-se atualmente que a água dos oceanos possa ser a solução para a demanda cada vez maior de
água doce (principalmente nas grandes cidades, onde o consumo aumenta mais rápido que a
disponibilidade de água doce) pela implementação de processos de dessalinização.

Os processos que já demonstram funcionalidade em larga escala são a destilação e o congelamento, que
retiram a água do sal, e a eletrodiálise, que retira o sal da água. Além desses, também merecem
destaque a osmose reversa e a permuta iônica.
A escolha e a aplicação de um desses métodos dependem de vários fatores: resultado desejado,
qualidade da água do mar em termos de poluição, forma de energia disponível de mais baixo custo na
região, volume de água a ser produzido, existência ou não de mão-de-obra especializada no local,
freqüência de uso da instalação, capital inicial de que se pode dispor. Assim, não existe um método que
seja melhor que os demais: cada um apresenta vantagens e desvantagens.

Destilação
Nesse processo, todo o calor necessário para fazer a água mudar de fase de agregação é transmitido à
água que circula no condensador (que atua como fluido refrigerante) e, portanto, é perdido. Nos sistemas
industriais, procura-se evitar essas perdas de calor, obtendo-se a ebulição da água a baixas temperaturas
(um tipo de destilação a vácuo) utilizando-se o calor do vapor de água fornecido aos condensadores para
aquecer a água que será destilada a seguir.
A água obtida por esse processo torna-se praticamente isenta de sais, ou seja, a água do mar, que
contém aproximadamente 35 kg de sal por m3, após a destilação passa a ter uma concentração de sais
de apenas 10 g por m3.
A maioria das modernas usinas de dessalinização por destilação utiliza um processo denominado
destilação rápida em faces múltiplas no qual a água do mar entra na aparelhagem por cima e passa por
tubos verticais, entre os quais circula vapor aquecido. A água do mar aquecida é enviada em seguida para
uma câmara de baixa pressão, onde sofre vaporização, ainda que a temperatura esteja abaixo de 100oC.
O vapor é condensado sobre um tubo espiralado (condensador), que é esfriado pela água do mar que
está entrando (e que, por sua vez, é aquecida para ser enviada às câmaras de baixa pressão, num
processo cíclico).
Desse modo, há bom aproveitamento do calor. A água condensada, que já perdeu parte dos sais que
tinha inicialmente, após a primeira etapa, é encaminhada para outras câmaras para que o processo se
repita.
Nessas câmaras, a pressão vai diminuindo sucessivamente, de modo que a água obtida na última etapa é
a destilada.
A água destilada é imprópria para consumo humano. Para torná-la potável, é necessário acrescentar-lhe
uma quantidade específica de determinados sais.
A usina de dessalinização por destilação de Guantanamo (base norte-americana em Cuba) foi construída
pela marinha americana quando o governo cubano lhe cortou o suprimento de água doce; atualmente
apresenta uma produção estimada em mais de oito milhões de litros de água doce por dia.

Há várias usinas de dessalinização construídas em todo o mundo: Austrália, Groenlândia, Estados


Unidos, América do Sul. A maioria delas é pequena e serve a guarnições militares em regiões isoladas, a
projetos de perfuração de poços de petróleo em desertos, a plataformas de petróleo localizadas em meio
ao oceano, a estabelecimentos construídos em ilhas, ou a instalações industriais.

Congelamento Quando a água do mar congela, os cristais formados são constituídos de água pura, pois o
sal se separa da água espontaneamente, ficando depositado entre os cristais de gelo. A observação
desse fenômeno levou técnicos de vários países a desenvolver o método de obtenção de água doce por
congelamento. Nesse caso, o processo consiste em retirar calor da água do mar em vez de fornecê-lo. A
retirada de calor de um sistema também exige um consumo de energia, que, como no caso da destilação,
pode ser reduzido, desde que a fusão do gelo seja utilizada para retirar calor da nova porção de água a
ser congelada. O mais promissor é o denominado processo de refrigerante secundário, que consiste em
obter o resfriamento da água do mar fazendo um hidrocarboneto liquefeito e imiscível em água, como o
butano, C4H10(cujo ponto de fusão sob pressão de 1 atm é igual a -138oC), passar pelo interior da água
salgada. O butano, em contato com a água do mar, que se encontra a uma temperatura mais elevada que
seu ponto de fusão, sofre evaporação, ajudando a retirar o calor da água, que se transforma em gelo. O
gelo formado é então lavado em uma unidade separadora para retirar o sal que se deposita na superfície
dos cristais. O refrigerante (butano) vaporizado passa por uma câmara de compressão e sofre
aquecimento, sendo então encaminhado à unidade que contém o gelo lavado, ao qual fornece calor. Com
o calor, o gelo funde-se e o refrigerante liquefaz-se, podendo ser novamente utilizado. O rendimento de
uma usina de congelamento de médio porte é de ~ 760 mil litros de água dessalinizada por dia.
Eletodiálise Pode-se conseguir a dessalinização sem a utilização de calor, usando somente meios
eletroquímicos. Esse processo, porém, só dá bons resultados com soluções de pequena concentração
salina. Assim, é utilizado principalmente para dessalinizar a água salobra (ligeiramente salgada) do
subsolo. A eletrodiálise baseia-se no fato de que os sais dissolvidos na água se decompõe em íons
positivos e negativos. Esse processo usa uma grande câmara dividida em muitos compartimentos por
finas membranas plásticas permeáveis de dois tipos: as que se deixam atravessar apenas por íons
positivos e as que se deixam atravessar apenas por íons negativos. Em uma das extremidades da
câmara é ligado um eletrodo positivo e na outra extremidade, um eletrodo negativo. Quando se faz passar
por uma corrente elétrica pela água salobra contida na câmara, os íons negativos são arrastados para o
eletrodo positivo, em cujo caminho há apenas as membranas permeáveis a íons negativos. Por sua vez,
os íons positivos são arrastados para o eletrodo negativo, atravessando membranas permeáveis apenas
a íons positivos. A água purificada é retirada pelo centro da câmara, e a salmoura, pelas
extremidades.Uma usina de médio porte que opera com eletrodiálise pode produzir, a partir de água
salobra, cerca de 1 milhão de litros de água doce por dia. Há uma usina desse tipo em operação em
Bengazi, na Líbia. Osmose reversa No processo de osmose, um líquido puro (ou o solvente de uma
solução menos concentrada) atravessa espontaneamente uma membrana semipermeável em direção a
uma solução mais concentrada numa tentativa de igualar as concentrações das soluções em ambos os
lados da membrana. Assim, se separarmos em uma câmara água salgada e água doce, por meio de uma
membrana semipermeável, a água doce passará espontaneamente através da membrana com
determinada pressão, na tentativa de diluir a água salgada. Para impedir que a água doce atravesse a
membrana semipermeável em direção à água salgada (ou seja, para impedir o fenômeno da osmose), é
preciso exercer uma pressão no sentido inverso igual à pressão exercida pela água doce. Essa pressão
capaz de impedir que a osmose ocorra é denominada pressão osmótica. Porém, quando exercemos uma
pressão sobre a água salgada, superior à pressão osmótica, ocorre o fenômeno denominado osmose
reversa, isto é, o solvente começa a atravessar a membrana semipermeável no sentido da solução mais
concentrada (água salgada) para a mais diluída (no caso, a água doce). É justamente nisso que consiste
o processo de dessalinização por osmose reversa. Para realizar a osmose reversa, a água deve ser
submetida a grandes pressões, o que em geral só se consegue com o auxílio de motores elétricos, e isso
encarece muito o custo do processo. Se fosse possível obter pressões de forma barata, a osmose reversa
poderia ser bem mais importante do que o é importante. Já pensou em utilizar ventos e marés para obter
a energia necessária ao acionamento dos motores, mas até o momento não se obteve um resultado
satisfatório.

A ingestão de água destilada não é recomendada porque provoca um desequilíbrio hídrico nas células do
organismo. A água destilada penetra nas células por um processo espontâneo de osmose (do solvente
para a solução), podendo romper a parede celular.
Permuta iônica
É um método químico de grande seletividade que permite retirar certos sais de uma solução.
Baseia-se na propriedade de certos minerais, denominados zeólitos, e de algumas resinas sintéticas
retirarem da água os íons dos sais dissolvidos, substituindo-os por outros.
No caso, são utilizados os chamados trocadores catiônicos e os trocadores aniônicos, que substituem
respectivamente os cátions dos sais por íons hidrônio, H3O1+, e os ânions dos sais por íons hidróxido,
OH1-.
A aplicação sucessiva de trocadores catiônicos e aniônicos permite obter uma desmineralização quase
completa da água, porque íons H3O1+ reagem com os íons OH1- formando água. Após serem utilizadas, as
moléculas dos zeólitos ou dos trocadores iônicos podem ser reutilizadas.
Esse processo, porém, apresenta custo mais elevado e por enquanto sua aplicação em grandes
instalações é inviável financeiramente.
As usinas de dessalinização existentes no mundo produzem um total de cerca de 190 milhões de litros
por dia, uma pequena fração da demanda mundial diária de água.A maior dessas usinas fica em Ash
Shuwikh, no Kuwait, país árabe da Ásia. Ela produz aproximadamente 23 milhões de litros de água por
dia.

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Martha Reis
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TRATAMENTO DE ÁGUA PARA CONSUMO

A água potável é aquela que pode ser consumida pelas pessoas, sem pôr em risco sua saúde, e que
apresenta certas características físicas, químicas e bacteriológicas que são padronizadas nas Estações
de Tratamento de Água (ETAs). A água captada pelas ETAs para tratamento e posterior distribuição
provém de vários mananciais, como rios, represas, lagos ou subsolo, e está sujeita à poluição. A água
que evapora para a atmosfera (proveniente de oceanos, lagos, rios etc.) entra em contato com os gases
poluentes produzidos pelos veículos de transporte e pelas indústrias (como os óxidos de enxofre e
nitrogênio). Quando essa água precipita na forma de chuva, neve ou granizo, ela reage com esses
compostos tóxicos, dando origem às chuvas ácidas que vão contaminar as águas destinadas às ETAs. A
água proveniente de precipitações, ao atravessar a atmosfera, arrasta as partículas sólidas que se
encontram em suspensão. A água, ao penetrar no solo, pode dissolver e arrastar compostos químicos
tóxicos e matéria orgânica das mais diversas origens, poluindo as reservas subterrâneas. Muitas vezes,
as águas de rios e represas destinadas às ETAs recebem diretamente resíduos domésticos, que são
recolhidos por sistemas de esgotos (oficiais ou clandestinos), causando turvação e contaminação da
água. Diante de todos esses fatores, antes de ser distribuída para as residências, a água precisa passar
por uma série de tratamentos para melhorar seu aspecto e eliminar os tipos mais comuns de
contaminantes. A água captada nos mananciais é encaminhada através de túneis para o tanque de
entrada das ETAs. Grades colocadas em lugares estratégicos impedem a passagem de peixes, plantas e
detritos. Conforme as condições locais, essa captação é feita aproveitando-se a ação da gravidade ou,
quando isso não é possível, com o auxílio de bombas que elevam a água captada a um nível de cerca de
seis metros acima do manancial para que ela seja levada a correr pela ação da gravidade por um sistema
de grades que faz uma filtração prévia. Iniciam-se então os seguintes tratamentos.

A quantidade de água de um rio ou de uma represa depende da quantidade de chuva na região e,


portanto, da estação climática. Durante um período de estiagem, o nível de água costuma baixar muito.
Quando isso ocorre, normalmente falta água na cidade. Por isso é preciso armazenar a água durante os
períodos de chuva, para que ela não venha a faltar na época da estiagem. Isso é feito em reservatórios
próprios ou, algumas vezes, em barragens e açudes.

Coagulação ou floculação.
Muitas das impurezas contidas na água ficam dispersas uniformemente, não sofrendo sedimentação pela
ação da gravidade (são de natureza coloidal). Esse fenômeno pode ser explicado pelo fato de as
partículas possuírem a mesma carga elétrica e, portanto, sofrerem repulsão mútua. Isso impede que elas
se aproximem e se choquem, formando aglomerados de dimensões maiores que poderiam precipitar
naturalmente. Para resolver o problema, adicionam-se os chamados coagulantes químicos, que
neutralizam a carga elétrica das partículas, promovendo a colisão entre elas, num processo denominado
coagulação ou floculação.
Diante de todos esses fatores, antes de ser distribuída para as residências, a água precisa passar por
uma série de tratamentos para melhorar seu aspecto e eliminar os tipos mais comuns de contaminantes.

O coagulante mais usado no Brasil é o sulfato de alumínio, Al2(SO4)3(s), que é adicionado à água com
óxido de cálcio, CaO(s).

O óxido de cálcio reage com a água formando hidróxido de cálcio.

1 CaO(s) + 1 H2O(l) → 1 Ca(OH)2(aq)

O sulfato de alumínio reage com o hidróxido de cálcio formando hidróxido de alumínio, Al(OH)3(ppt), que
promove a aglutinação dos partículas em suspensão ou em dispersão coloidal, facilitando sua deposição
sob a forma de flóculos.

1 Al2(SO4)3(aq) + 3 Ca(OH)2(aq) → 2 Al(OH)3(ppt) + 3 CaSO4(aq)

Para que haja uma distribuição uniforme das substâncias adicionadas, a água é submetida a uma forte
agitação, provocada por agitadores mecânicos ou por uma série de chicanas (saliências existentes nas
paredes da canaleta), dispostas de tal modo que obrigam a água a mudar constantemente de direção,
descrevendo uma trajetória em ziguezague.

Sedimentação ou decantação.
A água contendo os flóculos de impurezas segue diretamente para os decantadores ou tanques de
sedimentação.

Trata-se de tanques enormes através dos quais a água se desloca lentamente, chegando a ficar retida
durante cerca de quatro horas, tempo suficiente para que os flóculos formados - compostos de lamas,
argila e microrganismos - se sedimentem, uma vez apresentam densidade maior que a da água.

O material sedimentado acumula-se no fundo do tanque, formando um lodo gelatinoso, que


periodicamente é removido pela parte inferior para que não comprometa a boa qualidade da água.

Filtração em leito de areia e cascalho.


Pelo extremo oposto à entrada do tanque, a água, praticamente isenta de flóculos e de partículas em
suspensão, transborda do decantador para tanques menores e menos profundos: os chamados filtros
rápidos. Esses filtros são constituídos de uma camada de areia, geralmente de uns 75 cm de altura,
depositada sobre uma camada de cascalho, com cerca de 30 cm de altura, que, por sua vez, se encontra
sobre uma base de tijolos especiais dotados de orifícios drenantes.

Ao atravessar o leito filtrante - da camada de areia em direção aos drenos de tijolos no fundo do filtro -, a
água fica livre das partículas que não foram eliminadas nos estágios anteriores. Só depois a água é
levada a grandes reservatórios para o tratamento final com cloro para matar as bactérias.

Um aparelho especial instalado no próprio filtro avisa quando a obstrução máxima dos poros do filtro é
atingida, para que seja feita a lavagem automática do sistema.

Arejamento da água.
A areação ou arejamento tem como objetivo introduzir gás oxigênio, O2(g) , que atua removendo o gosto
ruim e o cheiro desagradável eventualmente presentes na água. Nesse processo, a água é geralmente
pulverizada ou projetada em fios através do ar.

Arejamento da água

Esterilização ou cloração
A maioria das partículas em suspensão, incluindo as bactérias, fica retida nas etapas de decantação e de
filtração; no entanto, sempre resta uma pequena porcentagem de microrganismos patogênicos para
serem eliminados.

Além disso há a necessidade de manter certa concentração de substância desinfetante em toda rede de
água.

Assim, após sofrer filtração, sedimentação e arejamento, a água é desinfetada em tanques de cloração,
que realizam a desinfecção biológica, usando em geral o cloro, que mata os microrganismos,
principalmente os patogênicos.

O cloro é adicionado em quantidades calculadas previamente, para que sua concentração final na água
seja a adequada, mantendo, contudo, um nível residual que assegure uma desinfecção em situações
imprevistas de aumento de concentrações bacteriológicas. A ação bacteriológica do cloro é, na verdade,
conseqüência da ação do ácido hipocloroso, HClO(aq), que libera os ânions hipoclorito, ClOl-(aq), que atuam
como desinfetantes e constituem o chamado "cloro livre" da água.
1 Cl2(g) + 2 H2O(l) 1 HClO(aq) + 1 H3O1+(aq) + 1 Cl1-(aq)

1 HClO(aq) + 1 H2O(l) → 1 H3O1+(aq) + 1ClO1-(aq)

O cloro é o desinfetante mais usado por ser barato e eficiente. Sendo uma substância volátil, sua
presença na água não é muito duradoura, o que dificulta a manutenção de uma concentração uniforme de
cloro por toda a rede de abastecimento. Em compensação, é justamente a volatilidade do cloro que
permite a fácil remoção dessa substância da água por simples fervura, quando a água que chega às
residências se encontra com excesso dessa substância.

A água que contém cloro apresenta um leve odor característico, mas em geral é insípida. Às vezes,
porém, a água clorada pode apresentar um sabor desagradável, que resulta da reação do cloro com as
impurezas ou com os detritos (de origem orgânica) acumulados nos reservatórios domiciliares.

Para evitar que isso aconteça, as cisternas ou caixas-d'água precisam ser mantidas fechadas e devem
ser lavadas periodicamente.

Há outras substâncias de ação desinfetante que também são utilizadas de modo mais restrito no
tratamento da água, como, por exemplo, permanganato de sódio, NaMnO4(s), permanganato de potássio,
KMnO4(s), iodo, I2(s), e gás ozônio, O3(g).

Os permanganatos, quando utilizados, são adicionados antes da filtração, a fim de evitar que passem
para a rede distribuidora, uma vez que são substâncias altamente tóxicas e irritantes. O iodo é aplicado
somente em casos particulares de contaminação, como a provocada por certos protozoários, por
exemplo, as amebas. O ozônio é bastante eficiente, mas sua utilização é limitada por causa do alto custo
se sua obtenção, que requer grande gasto de energia elétrica.

Todo o longo processo de potabilização da água é acompanhado paralelamente por uma análise de
laboratório que efetua diariamente estudos químicos (alcalinidade, acidez), físicos (percentagem de cloro)
e biológicos (presença de microrganismos) para garantir a qualidade da água.

Por fim, a água purificada passa, através de túneis, para as estações de bombeamento, de onde é levada
sob pressão até casas, edifícios e fábricas.

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Martha Reis
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ANTI-SÉPTICOS

Bactérias são microorganismos existentes em quase tudo ao nosso redor: na pele, nas coisas que
manuseamos e em muitos alimentos que ingerimos.

Até meados do século XIX, os médicos enfrentavam um grande desafio. Cirurgias, por menores que
fossem, eram extremamente perigosas para o paciente, pois o local da incisão poderia ser alvo de
infecção causada por bactérias presentes na pele e nos instrumentos cirúrgicos. A própria noção da
existência de microorganismos ainda era bastante tênue na ocasião.

O médico Joseph Lister descobriu, em 1867, que soluções aquosas de fenol matavam bactérias e, a partir
de daí, passou a utilizar tais soluções para desinfetar instrumentos cirúrgicos e a pele dos pacientes, no
local da incisão, antes da cirurgia. Iniciava-se o uso de anti-sépticos, substâncias capazes de matar as
bactérias quando aplicadas numa superfície.

Uma vez que o fenol comum é tóxico, outros fenóis passaram a ser utilizados como anti-séptico com o
passar do tempo. Atualmente, muitas outras substâncias e misturas de substâncias são empregadas
como anti-sépticos. É o caso de uma solução aquosa de etanol a 70%, usada para desinfetar a pele antes
da aplicação de uma injeção, e de alguns produtos de limpeza doméstica que, ao serem aplicados sobre
pias, pisos, azulejos e louças sanitárias, realizam sua desinfecção.

QUÍMICA DO COTIDIANO
Na abordagem do cotidiano
TITO E CANTO
MODERNA

ESCASSEZ DE ÁGUA POTÁVEL


A água vem sofrendo agressões de todos os tipos há muito tempo e já começa a dar sinais de
esgotamento. Vários estudos indicam que se algo não for feito logo, poderemos sofrer uma crise muito
séria no abastecimento de água potável.

A importância da água está relacionada à sua necessidade imprescindível para a manutenção de toda
espécie de vida.
• A água representa 70% da massa do corpo humano.
• Uma pessoa pode ficar até 50 dias sem comer, mas morre após 4 dias sem água.
• A morte por desidratação – que atinge principalmente crianças – ocorre após uma perda percentual de
água relativamente pequena.
Perda de 1% a 5% de água: sede, pulso acelerado, fraqueza.
Perda de 6% a 10% de água: dor de cabeça, fala confusa, visão turva.
Perda de 11% a 12% de água: delírio, língua inchada, morte.
A importância da água é ainda maior devido às suas propriedades únicas.

A água pode ser encontrada na natureza em todas as fases de agregação: sólida, líquida e gasosa e seus
pontos de fusão e de ebulição são bastante elevados.
Sua capacidade de conduzir calor (condutividade térmica) é alta, assim como a sua capacidade de
estocar calor (capacidade calorífica).

Por exemplo: enquanto é necessária 1 caloria para elevar a temperatura de 1 g de água líquida de 1° C
(de 15° C para 16° C), são necessários 540 cal para evaporar 1 g de água.
Essas características são importantes porque garantem que a fase de agregação líquida da água –
justamente aquela mais necessária ao desenvolvimento da vida – seja a mais comum.
Outra propriedade importantíssima da água é que a fase líquida apresenta densidade maior que a fase
sólida.
Assim, quando a temperatura ambiental cai para baixo de zero, ocorre o congelamento da água na
superfície dos lagos e mares e a água congelada, por ter densidade menor, fica na superfície. Abaixo da
camada de gelo formada, a água permanece na fase líquida, permitindo a continuidade da vida animal e
vegetal.
Assim que chega o verão e a temperatura aumenta, o gelo derrete.

Se ocorresse o contrário, ou seja, se a água na fase sólida fosse mais densa que a água na fase líquida,
o gelo formado no inverno (principalmente no hemisfério norte) iria para o fundo dos lagos e mares,
nessas condições dificilmente o gelo se fundiria quando chegasse o verão e, em pouco tempo, a vida
animal e vegetal estaria comprometida.

Outro fato importante é que a água atinge uma densidade máxima a 4° C, ou seja, ainda na fase líquida.
Assim, durante a primavera ou o outono, quando as temperaturas das águas dos lagos e mares caem
para valores próximos a 4° C, as águas superficiais se tornam mais densas que as águas mais profundas
e se deslocam para o fundo, misturando as espécies dissolvidas, num movimento vertical.

Por fim, outra característica única da água – e que a torna vulnerável às atividades humanas – é que ela é
um solvente universal, ou seja, é o destino final de tudo poluente que tenha sido lançado, não apenas
diretamente na água, mas também no ar e no solo.
A quantidade de água doce disponível para consumo e uso humano é extremamente escassa:

Distribuição de água no planeta 1000L de água


97,5% nos oceanos 975 L
1,8% em geleiras 18 L
0,6% nas camadas subterrâneas 6L
0,015% nos lagos e rios 150 mL
0,005% de umidade do solo 50 mL
0,0009% em vapor na atmosfera 9 mL
0,00004% em matéria viva 0,4mL
Pela tabela concluímos que cada 1000 L de água existentes no planeta, apenas 6,15 L estão
potencialmente disponíveis para consumo humano.
A situação, no entanto, é ainda mais grave, pois 92% da água doce que retiramos do meio ambiente é
destinada às atividades agrícolas e industriais.
Na verdade, 69% ou 4,24 L a cada 1000 L são destinados à agricultura, 23% ou 1,42 L a cada 1000 L são
destinados as industrias e apenas 8% ou 0,49 L, menos de 0,5 L, a cada 1000 L, são destinados ao uso
doméstico como: beber água, cozinhar alimentos, higiene pessoal, higiene da casa etc.
Só nos últimos 15 anos a oferta de água limpa disponível/habitante diminuiu aproximadamente 40%.
Para entender à demanda crescente de alimentos devido ao crescimento populacional, a ONU acredita
que nos próximos anos o uso de água na agricultura aumente. Se isso ocorrer, a oferta de água para
consumo humano deverá diminuir ainda mais.
Estima-se que no máximo em 20 anos deverá ocorrer uma crise relacionada a disponibilidade de água,
semelhante á crise do petróleo de 1973.
O Brasil possui 12% da água doce disponível no mundo, mas sua distribuição não é eqüitativa.

• 9,6% encontra-se na região amazônica (o que equivale a 80% da água doce disponível no país) e
atende a 5% da população.
• 2,4% encontra-se distribuída no resto do país (o que equivale a 20% da água doce do Brasil) e atende a
95 % da população.
Esse fato, aliado ao descanso das autoridades, faz com que 50% da população brasileira não tenha
acesso à água tratada.
A má distribuição e o mau aproveitamento da água não são problemas exclusivos do Brasil.
Por exemplo, em algumas partes dos Estados Unidos, o uso doméstico de água atinge 600 L por
habitante por dia. Já em alguns países africanos, o uso de água não vai além de 10 L por habitante por
dia.
Conclusão: a escassez de água de boa qualidade está diretamente relacionada à má qualidade de vida,
ao subdesenvolvimento, a doenças e à miséria.
A nossa atenção se volta então os oceanos, que contêm maior parte de água do planeta (975 L a cada
1000 L).
O problema da água do mar é a grande quantidade de sais dissolvidos, principalmente cloreto de sódio,
algo em terno de 35 g de sal a cada Kg de água.
Ocorre que o ser humano pode ingerir água com no máximo 5 g de sal por Kg de água (os oceanos
apresentam uma quantidade 7 vezes menor).
Se uma pessoa beber apenas água do mar, ela irá morrer, porque o organismo não tem meios para
eliminar todo o sal ingerido.

A água do mar também não pode ser usada na agricultura ou na indústria, pois o excesso de sal mataria
as plantações, deterioraria maquinários, entupiria válvulas e explodiria caldeiras.

Assim, para poder utilizar a água do mar, é necessário primeiro retirar-lhe o sal. Isso é perfeitamente
possível, mas custa caro porque requer um gasto de energia – outro recurso escasso – muito grande.
Um exemplo é a destilação simples, que consiste em separar a água do sal por evaporação e
posteriormente condensação. É necessário, porém, o fornecimento de energia para evaporar a água.
Nos Estados Unidos, por exemplo, estima-se que o custo de produção de 4 mil litros de água doce a partir
da água do mar seja de aproximadamente 1 dólar e o de água potável a partir de mananciais, de
aproximadamente 30 centavos de dólar.
Além disso, a dessalinização só pode abastecer regiões secas que ficam próximas ao litoral. Levar a água
dessalinizada para cidades distantes do mar ou situadas em montanhas tornaria seu preço proibitivo.
Outro problema é que a qualidade da água (inclusive a dos oceanos) tem se deteriorando de forma
crescente, principalmente nos últimos 50 anos, após a 2ª Guerra Mundial, com o aumento significativo
dos processos de urbanização e industrialização.
Um dos problemas mais sérios é a poluição biológica que ocorre devido à presença de microorganismos
patogênicos, especialmente na água potável.
Várias doenças como a cólera, a febre tifóide, a diarréia e a hepatite A são transmitidas pela água.
O tratamento e a desinfecção da água destinada ao abastecimento público, junto à coleta e ao tratamento
de esgoto, são medidas responsáveis pelo aumento da expectativa de vida da população moderna. Mas,
considerando que 4 bilhões de pessoas em todo o mundo ainda não têm acesso à água potável tratada e
quase 3 bilhões de pessoas vivem em áreas sem coleta ou tratamento de esgoto, então fica claro por
que:
• 250 milhões de casos de doenças são transmitidas pela água por ano;
• 10 milhões desses casos resultam em mortes, sendo que desse total, 50% são crianças.

COLEÇÃO DELTA
INTERATIVIDADE QUÍMICA
Cidadania, participação e transformação.
MARTHA REIS
FTD
ÁGUA DURA

O calcário (CaCO3) e a dolomita (MgCO3 . CaCO3) são dois minerais abundantes na natureza e muitas
vezes são encontrados em regiões nas quais é feita a captação de água para o uso humano, a qual deve
ser tratada antes de ser consumida.

Essa água, denominada água dura, contém íons Ca2+ e


Mg2+. Ela não é apropriada nem para uso doméstico, nem
para uso industrial. O CaCO3 é praticamente insolúvel em
água, porem ao reagir com o CO2 do ar atmosférico forma
um sal solúvel, que fica dissolvido na água.

CaCO3 + CO2 + H2O Ca(HCO3)2

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