Anda di halaman 1dari 20

BOLETIM

GRUPO DA MULHER DA A.AC.


SER LCUC1. C FRE(UBNrl"'EU2NTE m i'; TRI.ÇO Pi~gTIÇULf.R DI,S l{"tJLHERES ~TOD~S.
UEAS HISr~RIC jI. S" .ELAS GRIThH ;ENFURECEl-1-SE , Nlo OUVEI·1 NINGU~g,
LJJlliENTAE-SE o TEj/ PO TODO ....... .
u~ dia ela c h egou ao hospital.Havia dois a n os que ' era assi s tidapar
um psiquiatra da sua zona.,Nervosa,instáveloh.té af,:;lUd-era' "ser;urar-
-se" eE1 casa, entre os neurolé~ticos e a moral-de-todos-os-dias.
"COí".1 as crianças és verclac1eirar.:wnte inconsciente .Não te dás con
ta dG como os perturbas .. " -
"O l)at rão todos os dias ee.1 CÜ::lO, d.as costas, já c he~ê'. ber:l ! h.çui e r:1
casa quero paz.; deixa-r.1e ouvir a s ioforoações. n
Ela enfia-se na cozi nha .Fez uo barulho incriveLno lava-loiça.
"Faz Denos barulh o ou fecha a porta, é'~SSÜ:2 não consigo ouvir Illrlà~
Dir.1inui De cânicanente o barull-:o.Já não c.J.ve nada .f..s Dalavras da sm
prisão quotidian~ rtlartelam-lhe o c~rebro. Está eL1peQr~da, COD aquelas
pedr2s que fazeo, r~1ui to juntéõis a c él lç c. da .1.s 'palavra s to r 'curao- lhe os
. ,
OUVlQOS ,a l lnGua
' escaldante ,os ol~os ceSos,sol etra das una a uma,
Cor.11
,)l..naGas,
', re-co mQ1.na
•. d as, i.'" J..zeram.;..nn
. "" t é),
, 1:;S
num no. ' n ...." a d a. Olh
· a para o
lava-loiças e re ~et e:lave-loiç e s,lava-loiç a s •• o.
J...s crianç a s dei taram-se. :-..s i o agens c'esf'ilar.l sobre o ecran da TU ..
Sil encio.Eln. vai-se deitar.Leis tarde depois de encerre.da a emi ~
ele acorda-a.~s n~os tateandolhe o corpo~Ela volte-se c ontra a pa ~
re d e,es t a' c e.n s aaa
. ,cansaGa . •••. mal.. s UDe vez,responaeu ... . . . c arnen t
cecanl e 'a
sensualidade in-coQunicada da s 'ono s sobre o seu corpo . SeDpre a
mesma coisa re ~ etida dia a di2,gesto Dor re sto,ee do por dedo;sus-
pensa nê), repet~ção, á consciê ncia di tn:lhe '-'as leis no-vazio da me---
m6ria.O anor c.orreu, a r.1oral s e cou-o; n ternura cos dias foi "esque---
ci daH ;o gesto senpre i2ual da s un boca fec ~a da envidraçou1he os o-
lhos, o dedo do pé é é',pena s Ur:1 c~olorosc c al o. O seu cor p o nunca falouc

-
ma o.
De:)oi s ela"e stoirou " ua diél. ao c hegar <:'.0 trabalho,c".e vassoura na

Doa verdadeira louca,asseguro-vos.Ela sritava "estou c hein " ,


"estou c heia" . Nada ncô,i s, nen sequer proccrou ex:~licar- t:1 e o çue a a-
flisia~UDa"fúria"de verdade.Esperneava,pnrtia tudo o que es-tnva n o
seu raio de alcance coo o noviôento enlouçuecido do braço . Trôs dk.s
. ,es t lraaa,o
assl..o . , c 1 aar
'" no vacuo,coc o cerca . C'nacel. o u eclco,que
J ,. • . ,
ae-
ci dio transportá-l a pnra U2 hospital ~ siqui~ tri coo
As perguntas· do r_1édico, res ponde po r um profundo ['7.1u-éiSt1o , ou f'rn':'
ses incoerentes,desconnexé'.s,sobre ns crinnçe.s,o tr c.be. lho,o L1c:rido ,
a liopeza da casao •• coo'grandes gestos retes~ d os e voz a1quebrwda~ -
Uma doente difícil~E,de~ois,a sua presençn no pnvilhão ~ ~efas-
t a p~a c.s ou -!-~raS.hS '
en f erne1rns ......... . ., 1 e.,e que.nco
Len que V122é'.- ' SãO so,
seis pê.rél un s r u::w de quarente. doentes ••• Ela fo i trctnsferic1c. p er a
u m pnvilhão fechndo, p2_rc. junto de ::::m lheres teo dif{cei s cor:10 ela.,
Enfir_1, checou UL:' die. c. este pé'.vilh ão cerc aGo de parece s, s6zinha, a--
une. cela à ? rova de som,pode r;ritnr todo a seu deses p ero seo inc o--
~odar ningu~m •• ~

PORQUE; LUITAS ; Í . LOUCUR1. DLS LULEERES NÃO "'~ SEHJ.O J, ~L?RESSJ:O DO


DESESPERO CAUSADO PELO SEU QUOTIDIJ.NO : O QUO'I'IDI J-.NO DE UI ~j. LULI-IER
:2 rJ?RE O'THi.Bl-.LEO , J_S CRIi.I',JÇJ.. S:;i. LILTE Z1_ Di. C I~SJ~,O LJ.Rlj}O ••• TODOS-
OS DI1"S, TODOS . ELI. t RESF'CJ:Jsl.VEL P ÓLJ.S CRIJJ:JÇLS .C ilLA -SE PJ.H/. PRE-
S :;RVh,l~ i. F~l,RLmJIi. F j.J~I LI 1.R " •• F i.L f..Ri.E-L2E Di.- SUl. ILPOTtN~I ;' ••• o • • •
De SIL~1JCI O IITEVITt.VEL DO SEU CORPO.FIZERAM-LBE COi,::FREEHDER QUE ,
lJE S Ti, SO':IEDI_0E , EL,;. N7.0 :: OD~:;: ?K:: SEH[O UI,: P i.FEL DE ESPOS I. ,1',:1::=, rfRJ.
BALHADORh ,DE LU'='ILi .Di. oNf.Di_ i ~i.I S.GS PI J.S,I_ ESCOL1. , ü D::;::I. DO Ci 5hl:E1I
'f.O ••••
ENFIL , UE DIl. EL!,,-S sSTOIRi.L , UE DIJ.. nJ:o JOGIX: EJ~IS ..
Ul ~ DL_ EL1.S ElTLOUQ,UECEH.
, ..

t A PA'S TORAL . ,."

DAQUELES
senhores,
' O Imperador romano que pr i " me,ntar~tssenções famU f a-
meiro se converteu aocrli , res ll c()m ,~ 1 nconven ientes pâ~ ,
t ian i soo t teve um, ges to lõ ' ra ,a 'lêSpOntane i dade e i nt t ' I
90 a seguir ã sua conver"- midad~iid~ vida " demésfica7 "
são: matou a ' mulher. cOSEm Referih1ôs ,iinediataménte é . '
do~ anum caldeirão deazeT "espóntaneidadell ao.; estale:).'
te, por suspe i ta de adulte bem áp 1J cade a uma esposa ;
rio. desobediénte. Evidenteménte '
Oe lá para cá" passando pe os senhores bispos refer~
la , lnqu is ição que ma tou J - ~$éi resolução dos pfobl!
na Europa, cerca de séte
mil hões de mo 1heres , a
, Igreja tudo tem 'feito peta
"dignificação da mulheril.
Soubemos, desde sempre,
que a Igreja é contra o a-
borto. em de fes a da " v ida"
(que não a nos sa). e per- I _~~~~~=~::::""..:.....j
demo-nos em discus sões , es .l-:-
quecendo-nos que t ambem não adm i te a con - mas pelá" Vida. e amor'l '~$obré ,e , dlfei-I '
tracepção. to de recer rer a let , quando a lIv rdae ". ' ,
Mas, aoora; a Igre ja em Por t uga l, pela voz oamor'i se tránsfermam em cél"iás d~ vtcf '
dosse~ s bi spos, vem c r j t i ca r o nOve Cõd.!:. ' I encl
_
aê chanta9~, '. os\ ...'s enheres ,não éS';
~ , _ í_ '
,
90 Civil. O Cód i go que vem est a betece~ um tao Interessados>Que e umacasasem ;
conjunto de dire i t os mí ni mos para as tOO,,:, ' uma <luteridade? Que acontecei"ã ào "es· ,
Iheres e criança s . pfdto. de fàn;ala"~e ã ,*,Jhet' fót re-, ,
Assim~ os bispos condenam " a prestação de ' cenheclda umail1dlvldual tdadê~ 0 , dIJel ",:::'
ai írnentos" imposta a membros da famrl ia to de tomar decisões, dé e'x isttr,vfver:
legítima. Devemos daqui deduzir que, pára Esta' perspectiva a~su'Sta ii Igreja, c611\ ,
a Igreja, só tnm dire it o a vi ver (comer, ' a, 5U,a h ,i,:rérqUi,a ex"clUS .JV,amente maSCUjl,' ~
vestir, etc)os membros " 1egft imos H da so . na e um unico chef e. ' ,.
ciedade, só est es filho s de Deus. Quantõ A IgreJa é patriarcá l , e em cada famfli
aos outros, a Igreja l ava as su a s mãos, há que manter um pátrlarca em autorfda;'
-~
como Pilatos, pois dar- l hes de comer se de. Já disseram 05 seus t eólogesque
ria proteger o pecado. Pensamos que esta \ta mulher é mulher per falta de quatida
visão nem cristã é. pois não tem a ver des lf • Que "não sofra o homem que a mo-""':
com um 'Jesu s que proteg ia as prosti t utas. l her ens;ne\ nem fale em publ ico". E,
falava a e sposas ileg ítimas e defendia mu quarenta dezenas de anos depois de Cris
Iheres adúlte ras . to, discutiam ainda os patriarcas se a-:-:
Criticam também os sanhores, bispos que as mulher teria alma. . • . I
pessoas se pos sam d ivor c ia r por mUtuo co.,!! Porque dá nossa natureza, d,z~m eles"
sentimento , f a zendo depender o mat r imón io espedficamente femInina, é a subriliss·ão
da "livre vontade dos conjugues". Por mais aobediên'e ia, ii passhlidade. Qué os ho:"
que pensemos, não cons egu i mos compreender mens s'ão a cabeça e nós o corpo que obe
de que vontade, atem das pessoas ,envolvi- dete à cabêça. ' As~tin se define a famUI
das, deveria depender a con t inuação do ' e nosso papel den t ro dela . Reprodutoras ;
casamento . E referem também a sanção da e escravas submissas.
ruptura causada por um só co~. Corr9 se
ao fim de anos de separação o casamento
existisse de fa c to !
E chegamos ao que no s parece ser o retira r
de uma máscara. Os senhores b i spos nãó
querem igualdade entre os co~s. Dizem da
legislação. tal como é feita, que vai ufo
1
lT;L\ L I ~ :
aaorto
P;;; o Que ~queo movimento de ~Jl:ulheres pen sa fazer agora?
debate
R- É uma situacão difi cil. O resultado do vo t o do Senado foi que uma
considerável p~te do m~v~llent o afirmaram queisto era simpl esmente a .
prova de que o movimento das J'lfulheres não podia con siderar o · a dia cem
si deIar o problema do aborto como um assunto do parl~ento. A dis--
cussao neste sector do movimento tem cont inuado em torno da matern±
dade, sé:::tualidadG ,' e tudo o resto, deixand0 o problema do alJorto co=
mo está ••• Contudo, há outra parte do movimento, e a qu~l pensamos
ser a pnrte mais i mportante: ela r eflecte a r adi calizaçao crGscente
das ttrulherG8 trabalhadora3, quer de se ctores de sGrviço s , quGr opera
rias. Estas mulher es refle ctiram mais sobr e esta situação e tomam 0-
assunto do aborto de forma mais consist ente . Esto se ct or considera --
que chegou a hora de as mulhero s darem u m forte empurr ã o e do se or-
ganizar em · dentl'"'o das estrlltLlras da classe trabal hadora , isto 6, os
sindicatos . Á escala nacioneJ., os sindi catos (';m I te.lia não tom~am
f) assunto do aborto desta 1TI811eir2,; dizem sempre que o assunto nao l h.es
compete . Contudo , ' ondo o movimento de mulheres é forte entre as mulhe Â
res tr abalhador~s , e onde há wna l i gaçã o entre o movimento organizadõ.
de mulheres e mulher e s delegadas sindicO,is em fábricas e locais de tna
balbo, o problema do aborto fo i lev~ntado, e bastnnte bom.
Por exomplo num grande número do cida des onde trabalhadoras e dele-
gada s sindicais fazem part o do movimento femin ista, elas orconizar~
encontros no pr6prio local de tra balho sobr e o aborto G contro.cepçao • .
Também em algmnas cidades , ondo o movimento tGm i nfluência, os s-i-n
dicatos ' sairnIn C01il posiçõ e s públ icas i dênticas ás l evant2.c1as pelo mo--
vimentv, e inscrG~\reraEl_ 110mcad31nentc e s te a ssunto nos seus estatut os--..
Pensamos quc, O,:ro s2.r dél-s c1iferenç8.s que naturalmGnte exis-com den- -
tro do Hovimento da J'I~ulher , é possível r eforça.-Io 8 unific2.-lo om t or-
no c1e", questoos o cp.mpa..nhas concrot2.s , como o. do aborto . Agora qUG ost-a
questao vai ser novamente discu ti da na C2~2~ a de deputados , ó nGces~á­
rio e possívc;); avençar para urna forte mobili zação ªe Hul hcres G pa-
r a a construGQo de l~1 movimento com roal implantaça o no SG io das Mul he-
r es GrJl Itália.
=============================================
i. :
~ c-
- IL.. \ ..~) ~O
L j:'I P v'
U .••
'l
C(
. ;.~
[ura conr in LJél ./
-, . '-r --.-..,.- .-. - ---.- --. -~- - - - - -_ .... _ _ . - .. - -- -- --.-- --- ..•- - - --.-, - - -- -- -- ----. - ~ ---~-- --. ---_ !

1
O Senado It s,liano apr ovou: c om 160 votos afi"'To.r e 1 48 contr
a le i do aborto, te nd o sido derrot ado o Par tido Democr ata ·' .:
Cristão apoia~o pe lo. Vat ic ano . "
r
- ~ legalização do Abort o tem s ido vma das prinoipais ' reivin-
c a çoes das 11ulheres It3lianas e do l~ovimento Femi n ist a , Que a - I
cab ar~ assi m de oàter uma i mportante vitóri a sobr e a c ampanha
intensiva de propaganda reaccionária ' do Vaticano e da burgue -
sia, que enca~am o aborto como crime .
l'Jo -§ntanto, nov o~ problemas se co l ocam, nomeadamente na a-
pl icaç a o de t a l lei, devido ao boicote da· burocracia médic~
conserv<:l,dor "' , Que, 'JJ) -:>'bri,ç;o da IDeSill:l 1ei? e ale gando "razoes
mora-is'J·,· · De pode ,recusar a fazê-leh As mu:H1eres--Italianasi -que- ·
tantas vezes sairamà rua para a luta, saberão novamente, atra-
vés da sua mobilização, derrotar as posições patriarcai s e re-
acctonárias da Igreja e do governo .
:' Ter os anti-conceptivos signifi Ist o porq u e os nnticonceptivos são
ca poder controlar a nossa fecundi uma f a ca de dois gUDes: podem ser
dade,Si gnific a também que podemos- us a dos pela m~lher para a sua pró-
ser outra coisa além de esposas e pria libertaçao ,nas t a1'1bén a socie ,:
mães,às vezes contra a no~sa vonta dade pode servir-se deles contra ã
de,e que p ode~os recusar a d ivisãõ nulher.Progranar os n a scimentos se-
d a s tarefas que nos impuseram e a gundo necessid ~des alhei a s não nos
que nos ligaram(o home m fora de ca t orna senhoras de nós próprias:re-
sa--mulher dentro de cas a ). - cord emos a propaganda fascist a ,que
Destinar a nós mulheres,o e nCG~ encora j a va a ter muitos filhos,só
go exclu~ivo,ou mc lhor,1!a voc a ção- porque essa era a politica de no -
de ser maelt,significou privar-nos n ento,e confronteno-la com a poli
da nos s a autonomi a e da possibili- tica actual,ago ra que há tantas b~
dade de usufruir dos direitos de ~as para alin ent c r e nos d izem:bas
pens a r, d ecidir e agir,direitos es- t a de filhos!
tes que assim se d eixaram exclusi- Não nos 6 favorável a f a lsa liz..
vament e ao home m.Bem sabemo s como berdade sexual d a qual subnerg imos
o facto de ser mulh er n o s cond icio n o s cinemas,nas r evistas,na publici
nou nas decisões tomadas s obre a dade,onde se usa o corpo d a mulher,
escolha de tr ab ~ lh o e estud o,nas livre do perigo dos ~i:hos,cono Ufl
questões f am~liares e conjugais ou, novo objecto de c onsumo.À. nn1.her ho
a,imples mente ,no que diz r e speito je deve ser uma bela e agradáveloom
80 nosso temp o l ivre. panheira,livre sim,pel os ele ctrodr::
Como se não b a stasse,o terror mésticos e o~ anticonceptivos,das
dos filhos ind e s ejados l e vou-nos a pes a das funç oe s que outros tenpos,
odiar o sexo e a ter assim uma se- nas só para ser,c 9.da vez me lhor,um
xua lidad e neg a da e reprimida,vivi- objecto d e prazer e d e consumo para
d a exclusivamente para a reprodução. o homen, g r a nde prota gonista desta
A ignorância força da do nosso sociedade patriarcãl.
corpo e a absoluta falta d e méto- Tudo isto faz part e d a r ealidade
dos anticoncepcionais s e guros,con~ d e t o dos os di as ,c ontra a qual teo0s
trang eran -nos a suportar est a dos de de lutar c o lectivane nt e para i mpor
gravidez não de s ejados e a abortar una t o;'}ad a de consciª,n cia sobre a
n a ~landestini da de, às veze s em co~ n e cessid a de de r e solver estes pr (~ê
diço e s mai s d o que de sesp era das: gas,que não são individuais n as a=
milha res d e g ulhe res morre ram por bra ngen a socied ad e inteira.
i s so e continuam a no rr. e r ain da ~ p'ara conquistar a nossa autononia
Mas g 8SmO que o ab ort o se j a le g al co0 6 pessoas e seres sexuais,quere-
e se faç a nas me lhor e s c ondiçõe s de DOS deci c. ir se e -, qunndo deven os s e r
assistª,ncia e se g u ranç a ,nen por i,ê. mes, controland o a contracepção '~
so ele deixa d e pr ovoc a r U D grave Querenos reafirmar a nossa sexuali "
tr a uma psicol ógico e físico. . da de,não tend o a p e nas CODO fi n a re
Port a nto,apre n d er a conhecer ' o produção e recusando a d ivisão so-
n oss o corpo e a contro l a r a nossa cial do con porta n e nt o ~eXual que é
fecundida d e é o primeir o p asso ps a base da nossa opressao.
ra uma íntina reflexão e Ipar a nos
t ornarmos don as de nós pró prias.
Mas,atenção!Hoje fala-se imen- -l -
s o do con trolo d os nascime nt o s ,
discute-se livre e ab e rt anente so
bre os a n ticonce p tivos,o sexo es-
tá em t oda a parte ,
Olv/nE ?, OUV/LiE /
OL1oviraento da Dulher, as :feni-- a~arradn a Gsse doníneo e passQ
nistas,s~o frequenteDente acusa- o. const i tuir UD sector explora-
das ~e dividireo os trabalhàdo~ do.
res na luta pelo Soci~lisDOtdet Na nossa sociedado , na SCC~ ( '
p or levehtareu reivi ndi caç5es es dadeca~italista,uDa socied~cc ~
pacíficas da uulhar,dividiren os de c la sses particular,assisti-
sectores ' na luta De.is iD:'?Ortante DOS ~ dua s realidndes distintas
â travar,ou ainda de levantareo Da S iutimncente ligadas.
C. frente uca lut~ secundária que 7 0r uo lado,o sistema capi~
Ce svia as culheres da luta p rin- talista oprimo e explorá o con-
cipal.Se outros ataques que süo junto dos trebnlhadores,no"qual
:fei tos à luta da é.1ulhe r, soo de se inclue~ muita s mulheres,en '
tal :forc a conservadores e patri- benefício de ur,:a classe minori ...
arc~is que pouco interesse teria téria,a bureuesin.Por outro la=
dar -lhes res posta , p e n s anos çue_ do essa me SDU sociedade capita-
lista,~ uma forDa particular
este não ~ o caso .Porque a r.:ui';' :: das sociedades patriarcais que
tos h o rJens e C1esr:~o a grande nÚl:1,2, oprimen a mulher enquanto sexo.
ro de r::mlhere s se colocn este Na sociedade caDitalista cons-
p robl e r_1a, :;J0rque Dui tos dos qu e o tatamos dois ti~os de opressna~
levantao lutas ?elo Socialisoo;e a o pre ssno do conjunto dos tra-
ainda porque p e n s a o o s que estas bal!1.ndores ençuanto classe e a -o
posiç5es resultaD ce u o a confu- o?ressno do conjunto da s mulhe -
são e de una incor_,preensno do
res enquantosexo,opressüo essa
significnc.o e ir_~portê.n cia que él,:! que ' tem co ~o suporte fundamen-
Sill_le a luta Qe.s c1ulheres contro.
tal;w estr~tura faniliar.Para
esta sociednde do repressüo,da tal,o sistema utiliza'outro gr:!!.
necessidádc da sua organizo.ção :") 0 social,o hOrr!!om ,qu e,se beE1
autónor_la, do papel c:ue esta lut D. que n~o lucre hist6ricamente
deseo penha na destruiç30 da so- COD est a opressno,visto qUG n~o
cie dade c apitalista . se liberta énqucnto oprime,~ - a -
Quoreoo s coo este priceiro arti- pesar disso,deln,agente indi-
go iniciar uo debélte que tenhél recto.Evidenteme nteçue n opres
por :funçno esclarecer qunl a-ic- s50 da l~ lh Gr pelo Ho neo ,longo-
portâl1.cia d o tlt:1ovinento da DU- de servir'aos"homens trábé:!.lha-
li, er" e COr:.10 , lonse de dividir n dores"vni,nntes de tudo,servir
luta pelo SOCiéllisDo,a reforçe.. à cle,sse que eJ::plora e que os
Se fizeruos UDa an61ise his- utiliza cono veículo dessa nes-
tórica da evoluçüo das soe ie da- Oé:!. o pre ssüo,da ' sua ideoloG~a. _
des1reparacos que o aparecioen- J. . ssiCl tn mul11Gl",nêi sociecln c'!.c C[_ ~·
to das ~ ri ~ei r a s sociedaees de pitalista é explorádn w dois
classes est~ bon lig~do ao ape- níveis :por un lado, coo o con- -
roci n ento das bases de. o pre ssão junto dos trabalhadores enquán-
(:a r.mlhe r. to pertencentes e u~n classe,
J. opress30 de. c::ulhcr nen serJ- ;.) 01' outro lado, enquanto r.:mlhe r,
pre existiu, assim cooo Q o~ros­ enquanto"pertencente a ur~ sexo.
são de UDa clasDo sobre a outra. Teo pois,sobre ela UDél opressão
COD o sursir:1 ento de t.ll-:1Q clas- 8specifica, c par de ur,lC- duplél
se expl oracora e de UDa cl3sse O ~J ressao •
eX:Jl or ada s urSG ' taL".!béD a socie- InfolizDonte ne~ to d os os
dade patriarcal,base ada no do ~ trab~lhadorGs,neD todos os jo-
oíne o do honer:.1 s o bre Q ':1ulher, :-,- ven s cm luta pela aes . t rU1çao
,- -
través de f3 Dilia ?ntriarcal,co- GGste'sisteoa,disso se aporçe-
DO fonte êe riqueza e de produ- boo c, tnt:.1b ón elos, eu c asa ou
ção de forças de t rabc.lho(?rocu- na run ,vc 1cu , 1 am o s ta"1000 1 0SLa.
ção de filhos) , 0 0 que a culher Ó e col ê boraD na Opressno CU i ',:u-
(C:Of,lT. -?)
,
" lher,contribu!ndo densa fornn - -
çao do hoceb pelo honec,tecos
para que so perpectue a ideolo- con sciência,e por isso'nos or-
eia da classe ex::,.)loraclora . TODos sanizê.r:.1os eD Lovi ,_,ent o, de que
pois, que a Bulher, enquanto tré:--- eln não sern possível san que
balhadora ten cano enir:.igo o pn - seja isualoonte uca sociedade
trno;enquanto a oulher,o seu G~ onde não exista a o pres sEo da
. .
n1~1so,quoD a
.
o p r1oe d 1ar~aoon
·'-l - Lulher pe:J o r:oE1er:1. O papel da
t e,e ' a 10eo .. 1 · , . t
o g1a OaCG1 S a,ve1cu- . oul her na destruição da estru-
lada l:1ui tas vez es pelo seu oar i ·... tura fC8ilicr bursuosa,susten-
do,lutador ou nno ~elo Socialis- t!cnlo dess a socied~ d e de cl as
mo. i. Lulher te r::; ;;ois , doi s :;?a:çeis C! ' .!..'C>"nr~
;::, e s , e vL '_H:-.....-. r'> "' .....t..u
_J....;.!..,;. n 1 •

a deseopenhar;coQo trabal~2dora _-
1~a , .
o e ?o~s ,o OOVlo en o
. t da
na luta contra e sta sociedade l ~Jl her qU GD di vi de os trab~lha
classista f o ca:;:'Ji talisClo; CO DO ~ '~u ­ dores.Lt.:.lheres o Eo n ens f'orc.D-
lher na vansuarda da luta contra divi ~ ieos pelas socied~des de
a sociedade patriarcal,e a fac í- C1 Qsses, es t ao - d· . ,... . ,
.· J'_Vlu.~G.O S
h '
~ .n
,
se-
lia que a opric e e ~ue sust enta' c ulos , Gi vis~o d~ qual resulta
essa socieda ~e de cl asses . hssi~ , ~~ grupo ~ue do ~ inn e outro
CODO ningu~ D celhor que o n ovi- que Ó o l:)rir.1ido.O Eovinento dn
Dento o perário ~ocle ser a vangu - I~lher no or Ganiz~r -s e para a

.
arda ela luta p elo soc ialis~o , ~o r
,
que e quer:.-; [_1ais sofre con e, ex-
- luta contra este sisteD~ ~ o
zar2nt e.j untanente c oo o n ovi-
::üoração capit alista , taL1bér_1 ;:1e - Dento operfrio,a juventude,o
lhor CUG a l~lher ~ocle ser a van L1ov ir.::euto car:rp onês, o movi r:ento
guarC:~ na lute, contra n fm.:íli~-:­ n egro,de que sc.nhereL1os esta
patriarca l , a ideologi3 sa c h ista, luta.
que sustentn esse De s c o ca~ita­
lisr.:o.
Estas duas lutas,longe de es -
t areo ces . 1·19aoa3, - , No pr6xino boletim pensaDO S
s s o o UDe SO,CO D -
binar1-s e o:C 'ne c essnr io que os tra él?rofundar a discussão ~~is
balhacloros , que o conjunto do s ex c o~cretn sobr e a necessidade
plorados, tor..1e c onsciência de Que ee grupo s de iulheres,sobre as
a opressno da cülher é parte da for~a s específicas que 2ssume
sua p ropr1a -
, . o ?re ss ao . w o p rossllo c:a Lulher e lançar
~ aqui que aSSUL1eo crande i o -
,-o
a 01scussao - em t o rno cas
. ,. -
var1
portância os í ~:oviDentos de Liber aS orientações existentes den-
taç~o da ICulher l as si ~ CODO as - tro do L'ovimento da Lulher.
suas reivindi c a ç o es específi c as COLi.BORJ:.. HESTA DISCUSSÃO!
c ooo nglutinadoras,orgenizado - VEl.: 1. r([!:úuIl.o E
ras desta luta,cooo instrunent os ENVIA J.R'I'IGOS!
pare a conscie n cializ a ç~o de c a -
da vez Daior nCu-_1ero êe Dulheres
i cerca das causa s da sua o ures-
são e da necessidade da lut~ a
cesenvolver.São e st a s neSDas rei
vindi
., ,.
c ações
, tão i ~portante s,aqui
Ja nno so ;?arc: a ~mlhe r, Dns para
o conjunto dos trabalha.dore s,que
s~o sisten~tica~ente ignoradas
ou caloni ada s por alguns ~arti ­
dos,:p or organizc.ções sindicais _.
taDbé~.Se n~ luta ~e la nossa l i -
bertaç~ o tec os que enfrentar-nos
cuito sveze s coe o c on ju2to ~os
h ODens,i n cluindo os que ao nosso
lado lutac ,iss o é unQ Dece s sida -
de ,na lut a con tra ~ ideolOGia
bursueza, que ' tec1 G..:i r:mlb.er deter
c ina da vis~o,ideolo s ia que pen0~ .
tra nos ?r6~rios trQb~lhadores. \ .
ho juntar~o - nos na luta p or
u ma s o ci eoaC:e livre ca e~~:)lora - ~\ .,
~J
mui her t íO/JfJt hodoro:
L2~/rroMvrnot~ ~tÃ~ . . . ~

/ú ' f!~ k~-e;Y)l.1

TODO O APOIO ArJ lO TRABALHADORAS DESPEDIDAS NA OVICULA DA PEDRUIJIA!

BE1:n'esa ovlc u1e. na P ecrulha. !3ntre os traba.lhadores encontramos


n aiori a de r..1t.' .lhe res. 1:. e mpresa está dividida e D duas parte s, u ma do
e sta d o e 1.!r:la Jri vec.e; : o ' ab a stecü::1ento de' aves e a clnssific ~. ção dos
ovos. n o c.ie. 7- de t..b r i l,10 trabalhadores,dos q uai s 9 são nulhere s,
receben UDa c a rta de despedir:lento. Desde então :forr.1a ~1 pic.:.uete s à
entra d a da fábrica para e o pedir que 0 - lusar sejareocupado,coDo ~
o o bje ctivo do gerente p or parte do estado, o Dr,Loiria,que , ao
o esn o te Dp o e e r ente da parte ~ rivada.De poi s do s des pedinentos,
el a s fizeral:1 ur~1 cocluni c ado , p é:.rticipe.ran nn s nar..ifesteções contra
o e.uclerito do c ust o de vi da e no lº de Lai o. La s o p robler:m está
p or re solver e ainda não peee.rno aO serviço.Falei d e ~anhã co~ e
L~ ,~n F. ,a C.e a R .. e elns contn raD cor..!o era a vida na er.lpresn e co
n o s e tinh a desencadeado o processo de luta.Falarco d os seus Dro~
blenas, que são ta,-1b ~ =-l os' de r_mi tns r::mlheres vi ticlaS ca politica -de
des p e ~iD entos d o govern o,da s con di ç~es ~ e trabalh o,das dificulde. ;~
des que t ~ ~ enc ontrado na luta .
1;.li trabalha -s e 9 hora s Dor
din , a 20 ~OO a hora. R ecebe-s~ ao ••• e os con tratos nao sur::;er.l .
Dês. Têel tn r.1b é ;~1 c olegas h 01:1ens. "' O ~ ere nte recus a -s e a der-lh os
Eles tiran 7.500UOO ee c 6 d ia,en- ce s n o par a as que trabal haD há
quanto e la s tir t2I:1 c er c ~ de 4 . ~;oe oe is de 4 C1eses.
e 5000C$OO. Elas fala o e n~ o con- "e Dai s :r~cil par a el e contra -
cor dar::.1 : "Pois s e o trabalho ~ i - - t a r-nos' do 2 e o 2 nese s a de s pe -
gual eu cá ac h o ~ue se devia pa - dir~ n os,d Gp ois vol tar - n os a c he -
gar s al ário ieunl!lI . ::-1ar .. se q u i!3 Gr . II ,
Eui tas r.:~u l her es j.f.. o disse1"aG O DroLeiria c h e ga De SDO a di -
na s f&bricas , no s loc~is ~e tra- zer: " E s tou C2 h.f. não s ei qunnt os
balho , ne s ruas,trouxerao c arta - anos e S0E:1pre C:e s p ecli ,ue o ::le a -
zes , exisirc.nlll, t1"élbalho igual, peteceu.Veo n30 r[10 s indi cato
s ~üário igual" , nê~ s os í,")a trões d~r-ne or dens ••• er a o ~ ue falta ~
1'1 50 !.:>asar.1 e" a trD,balho i:::;uc.::.l , SD,- va 1 "-e anea çou c naD.a r ~ p olicia;
1 &1" io ieunl il nno ~ UD':: re & licic~de -" E!'ltão isto n50 ' ~ c harttaeer.1?,
n~ :~1 êi.io riél dBS er_11.Jresns o ia. s c u - Diz - no s a al~uDa s quan~o ent r a -
lheras tê8 ain~a difi c ulda~e s e o c os que tesos de pe rder Q "ideia
onnter-se a t r abalh.::r . ?or c au s~ do si n c~i c c. to , • o . " . L:", s el as con -
" s ~l
co ~ . I"ao so TJ
~a , cr e c I~e s. h s qu e t ihuQ~ n ? ortn.Con ti nua o n lutar.
- o -h ~
tên fil ~ os sentec oaiseste ~ r o= ' Ela diz:"Eu c f... àn~o De SDO es-
b le [~1é',. (~uanta .s L'lUl bere s; n~o s6 a- got edinbe do s nervo s ••• s6 c c da-
qui" ons - a o todo o le~do , nno têu ve vontaQe d e o esp O, ti:fnr .".
~ue deixar o trabal h o e voltar Se n50 entrarec ao serviço
para c asa p orqu e n ~o tê ~ quec ~ai s cul he r e s, a s do ovfc u l a ,v~o
l he s c ui de dos filhos ? pe r Gc r° s a 16rio e e po ssibili -
Os ~atr ~ e s nno f ezeo cr e c he s e - dac.e d e uoà c er tn inde:p endêncie-
, . Ca . 1~. 1:Rosa Ja
ecor-OI:.!l ·' cor..::eça a" ou-
ra isso . vir c:.os ::'::;'a i s au e "vol té'.. pôre. c e.-
l~ it a s des trabal~ad or a s têe se que ~ ~elh;r, çue o te~ lugar
tido medo de ~er o a~oi o ~s 10 ~ 16 ••• " oa s continua D. p ort n . f...
que estão n o GosoDp rego. E ce?ois vo nté'..Qe . , . de lutar , 6 grande . O a -
"Onde , çl.:"e tiua r:.1ul}:l. .3r e::acon tra ? OlO e que e p oucO. o •
trabcll1o? f'-r epet:e:'1 c UD sr a nde cora ço de solid~.ri-
edade y~i daqui d o erupo para
todas voçês e para L1'U.~ tas r.1Ulh2. ' . .
res nas ne s o é'l.S condi çoes de de-
sel-:!pre g o.

"CONTRA OS DESPEDILm~TOS!"

II DI:í:1.EI'AO LO T!:.{li.BAL~~ O l:; l .Ri. TODJ.S J.S 1.:ULI1ZHES!"

"A THAB1:.LEO IG.UAL , SJ-LfillIO IGUiL!"


I ~ui tas
i-1ulheres levarat'.1 estas pc.lavre.s escr ita s e m pano no lº de
Eaio G êstão COD vocês para continu.ar a lutar!.

- i ·
u/~8, prNas poÚt/cas.", nilmero ~zldo,t;UmprlndO".". no InttltutoPenal r. (Retrato do presicJio de mulheres. por

~IM laWHll Bruce em BanQ!-I, .memoa tota/mente'".ne da comun/dadtl dIIs dllma/s pre-
'/JS, confinadas' num pevilhão e submetidas a um ,..gu"m."t~dJlerente. No ","/dio
.0mOl tHMomlnsdas "as subWHI/vn", lá que o termo /)leia' politicas' proibido ele
.er usa o. Eua eleliniçAo que nos 'Imposta não Nclarece multa coisa, para I' dem.l. pre..., ,
um I.,mo vago mas qwlmplica em arlmlls ho"J"lIan~., a ponto dII.lltmlo. suJei,.. • ouvir as
ugÍlln,.. declarações dIIamizatla: " EIH. dia", que vocês sicl'~",. m.s para mim vocfs
. lrês presas politicas.)

1..0 uma Qtandll bNteira. tIM'.,


nIo aIO nIo. Eu gosto multo dtt l'OO.Is"; ..~í9. dizem que WICII4 . . ·subvers/V8S, mas lU acho
Pr. mim wocf. são prHa' /gual e do .o,..,humanos cM cam. e
- ~. . . .., mâiCianos fiem nada". E frant. à pergunta: ..",.. por que wx:fs68tio dizendo is-
ec lO, o que wuiI. acham que quer diz., subversive?", e/as não sabem r"ponder. E.... demons-
tlllÇÕ" • •'ato vem de uma inflma minoria QOm quem podflmo••• tabalflcer um cantato mais
tegu/aF. A m.HNi1 Icaba In/luenc/ada, pela " " " n d . altttam4,lca dila sUcessivas administra-
ções carcerArias. Recen temente, por ocas/iô tfi nossa greve de fome, em outubro/novembro do
ano p/l.Ssddo, a versão qUfl o. carcereiros difundiram é que (az/.mos lIquele movimento contra
eles, pOfq, .t ·',-.io queríamos nos "misturar", Ora, o que motivou nossa reivindicação de sermos
trans/lJfidáS pJfI o Presídio Polft/co ds Frei Caneca, 'oi Justamente o. isolamento e a consequen-
te Insegurança • que estamos ~ubmetldas nesle período, NOlSa reivindicação não foi atendida e
as med/4Bs lomadas - conSlruçio de uma portari., que nos separa mal. ,Inda do resto do pre-
°
. s/dlo e 00118 sistemállco de nOlllS lIisltas de amigos - só acentua,am nosso isolamento e
nos.. condlylo de corpo'estranho dentro desse prHldlo,
EmbOta .epar~iJ!Js das demaiIJ p,esss por muros, grades e gJardas, estamos, no entanto, ln-
.1Jf1da no mes/TI :' m eio, compartilhando do mesmo micro mundo, numa po./çjo de Impotentes .~
eIJptJCtadoras, '#ia podemos portanto perdlJf a oportunlda. de passar - furto, tráfico e
consumo de drogas, roubo e assalto, pelolJ quais a ma/OIia delas •• encontra na prisão --oà fren-
te tI$Se nosso d/lpoimento, calr;sdo na vivência adquirida ao longo dss tentativas que fazemos

·
pera romp!, eSsas Nrreiras , tentativas que nos levaram li conhffCfJr cada dia mais eUlis mu/he-
ra; e sua própria problemática ,

No.
io há mulher tão oprimida como a mulher marginai. Não há ser humano tão ferido em
!II. a dignidade, rão carente de amor.pr6prio quanto a mulher marginei.(Prowmlente de
um meio de misérl•• sub-emprego, a Ilnh. dMsÓfi. do que ch.m. honra se sírua na . . 8DO . allÜ. ;
°
'rágll película da anatomia temlnina, hlmem, cuJo mmplmento • conceituado mo- ~ a..iz061 •• t1.bftL.
ralme.1t. no seguinte termo: ~ me perdi", ao, 1" 12 ou 13."os). E logo ...m a maternidade e a Uquato DO .... oorrentu
árdua lut. pela vida, dentro do càminho que. ,oclededelhe resfllVou: reproduzindo de fOlma es-
teriotipada
d.,. °
próprios valores dessa .oclfH1ade, O P,.StJlllo .ttavés do 'UOfJSSO acon6mico, E
crime - (ur/o, tráfico e consumo de drogas, ,oubo e aSB.lto, pelo, qu.l. a maioria
conl,ám na pi/ião - é o único meio de que dispõem pMI e/lng" es,a mat. geral da aoc'1fH1ade "
pode."~
se en- , ... 4I'on~40 ·0. lor.t ••
.

cap/falis ti,
O mundo. percebido c.'esde sempre com o dividido .m duas categorias : a dos otários e e dos
malandros, O oléllo·' ° pobre iludido que acha que podll vencer na "Ida atravla do suor de seu
rOMD, 'o pat.t... que se deíX8 explor.r. Malandro não 8. Ilude, a vida .. lHO ',mal, esperlÓtl. Pa,.
aque"s que sabem p.sssr. p.rna nos outros, E; atr.vI. das ap.flnclas.. não do esses O§ valo-
m que a sociedade'aplica e transmite? O malandro sabe melhor d/ISO que ninguém. Conhece.
f'
Vioffnc/a da sociedade, conhece a policis, conhffCfJ a genêncla e a 'alI• • • sCrúPUIOSl dos pa-
trões, sabe da exploração, saba do cinismo, mil ou mesmo ingenuidade de alguns Juizes, Não
aceita 08 valor., apregoados porque sabe quais sio os .,.,dadei rOl1 valores da sociedade em que
vive. E os aplica na sua fOlma mais crua, sem a sofisticação da classe dominante, Pasaar e perna
nos outros, Inclusive entre eles mesmos , O malandro não se .ente culpado, o malandro nunca
está ar,.".ndido, Se por acaso, se ragenera é por puro pragmatismo: não vale. pena se ,rrlscar
e
de novo. O m.landro se 8uto-Iegltlma, o malandro tem orgulho amo, próprio, .
Mas a mulh., do m,landro não. A mulher marginal quando diz: "eu não presto" (e ela sempre
. diz iSSO), ela o diz com alncerid'óe, acreditando nisso, N'o que e/. tenha uma visão do mllndo pruf.uo t&l.aTer.. brIlc. - banp
dlter.nte da ,eua compann.lros , n'o que ela,. ,inta arrependida, Par. e/a também o mundo 'Se des ..bro -1977
" :.~ - .... ....... ," .. f .

divide em ot.rIos 9 ma/afldfO$. S6 que e/anio é Mm uma coisa nem out:s. ~/a é ,/gtllm que se
ptKdeu, e portanto uma muihIN que não pr&!ta. Ela se erUJa,. com fatalidade. s/lbfl que fi o rebo-
talho disso tudo qW41stá ai. A socledadtt lhe reservou ",m papol qll6 nBo é de bom tom nomoar
em .eus lalÕfJII. Putll, prostituta. pro.tltui/-Ie, tlJo a. termos mal$ Qf:HIsl'lOll. que se poda ,U '8(.
E .st•• um ,dos leu! pr/naipela melol de vida. . .
homem á.auto-'1sJoriza por aquilo qll6 tar, por aquilO que coMtról. O homem I valo-

,
O rlzedo de uma forma dlnAmlca. Para o hOmfHlf, -'SI ml/andro pc.de /UI( uma arte. A
mufher-. valorlzada de ume IOIma estática. oomo. de um.obi6to em expo,/çio. $e
eI. filo Pffl81lc:hB 01 requisitos ps.ra ser uma I>oa npo48 e mia, .1. pode se tomar. um
esc6rla, utlUl~. 9 de$prauda por mllCh08 de toda ali categorial! social., /naulI;.". a '1M
pr6prla. Para a trlU~, " ' marginal nunU ..r. uma arte, ser. sempre uma desonra.
, E CtIa vi.,. sozinha com sus dtlsonn. &ninha Clla HUS I/Iho•. A carga IJocial da crl&çio CIos fi·
lhos qUII a Bocledado joga to(ÚJ nN ombros das mul"""~.cobfando-fh .. I) ~I miti co de mie
pura e dedicada, torna-56 mais pesada ainda pare a mulher marginei. S gpenu ./a e SflUS fllh~. ·
Sem apoio do msrido. lIem qUIIlquer apoio social. Pelo cont"'/o, a elas se fJfIgallté o reconhect·
menro d&lIua mat,midade. Nunca são cMsidfJllJdu boas mies. O própriO malandro vai recrlml-
n~//Js'porefitarem pnSl!S; ',<vgl1/1doos filhos a sua proprlB sorte. Ele, o homem. pode, Seja m ..
Ia" dro, operárIo, estudant9, o homem sempre pode S8 afastar dos filhos se 6sslm oeltll1;( SIlB
ocupaçjo. A mulher nunca. E$~a 6lC/l:i.!ncia qll6 oonflíttilJ todas as mulhe,as, atinge mais ainda
aquelas que não porJfJm $8 OftIulhar do 116U rrnt/c de vida, mesmo que o faça panJ sustento dos fi-
Ihos. --, _'

...... . Num prealdio leminlflo <II opress~ da soçledade patriarcal S9 torna caricata. Embora não hala
-~ pelo menos na atual gealão - II vlolénc/. IIslca comum nos prasídios masctJ1inos, a PfIIíten-
-- cIM'a dtt8angu 6 um dos pr8$ldioa msls rep.'"fIs:;lvos do sistema penitenciário: Não há nenhum
respeito Pfll.tI mulheres; 6ncaradas como "mulhates da "ida" 1111. d,vem ser transformadas em
"muJ~es direita,"; São tt/llada, com Rluito m!!ls desprezo e com muito mais perseguição do
...
~
o,
que °
homens em cumprfmfinto de pena. Nos presidias masculinos p/Igmatlsmo do sistema
°
peni tenciário 18'II-a quo se faça vista (lICJ8S. para IJomossexual/smo II o consumo de droga,.
_ Aqui, esses: 7Dmill!leres são -vlgllJdas dia e noite, suiBltas s contlnuos vexames e punições, /n-
--:::"'_ - - ,:(;IIIS/"" por motivo. e:rtra f8(lulamentares. que dep6ndem da JdIN.'ncrazJa dD dlrotor 9m exerci-
cio: Ao ptmtrálio dQa homens, -não t'm d/mito. 'I/s/tas Intimas e o namoro é vigiado nos dia! de
visita. fegulamen,.do:-.ó pode namorar d08" 8 dllli58 form•. A compen,ação aflitiva do rllla-
clonam8nto" 'ho",~UJ(ual, que fJf1Inde pme procura, • um jogo'-perigoso. E IJtulJlmlJlJI. são
ameaÇlldas de pUlflfjáo al6 por dirigirem a pals."a 4 colega com quem ..e suspeita mantfl{ uma.
laçáo ilOITIoss.xUIII. Se o 'tNtldo ou o .hort do banho de .01 ..,io multo curto., NO punida.
com D " (1;If/CII, Se n60 vão • acota alo 'f8I/CII~. Uma humilhação grotesca ... tornou corriquei-
ra: qusndçrlJ gCl8l'da encontra 10(1400 no ch40 do banheiro um -pano ,ulo de fluxo menstrul/,
tedas aI mulheres daquela g.leria do obrlglldH a levantal'.ala e a. que eBtl'lflrem menstrua-

. ". "A"
das são trMeadas até q.ue li CUlparl~ $J tJPtWsflnte.

,
,
~sfú,rn;das
-.

deS,de a lnt'ncJa com a vlollnc/a ., IJ humilhação, olas não se revoltam.


-: Quando leagem 6 com desespero, 6 com uma forms #plc8 e exclusiva de prasldro'$o- t-
ínlnl,no; elas , . auto mutilam, cortam 0' próprios braços com gilete. Não 'ilO~S
;

, -- w.Iu ~.Ia. tlMtam cortar; nioNIão ptetendendo se suicidar. Cortam a pele do ,


amebraqc, Itumtt ,.,{JtiVfl deles~da de SfHI.1b1l1U1 O.
carcera/roa, f~to criança pequena,
tendo com . -cabsça 114,parede. Enfl fen6meno I ...ustadotamen'e comum: há dtJzenQ de mu-
-,
.. :" IhlHes no presidio ÇOm oa bnlÇOs cheios de cicatriz••• Multa. Ignoram que os espancamentos na
prisão ~ nu d~egacllt.(ondfl quase todas do barberllmentetorturactaa), .. Ilegal. Acham Que
faz perte da pena d1I pri,io, que é mulro I14tural que a pc.lfcla as Hpenque. FnJnto. uma sugH-
tão nO$SS de d(Jr:unci~ ai) juiz o e.pancamento solrldo duranfe uma noite Inteira, na gestão de
Ima Marifla Kaddlm, um. das pteslla meis esclarecidas 8ft surplermcJeu: "mas as lIuardastlnham
razão. eu tinha mesmo fumado maconha".
Por ouflO f.do (> petemallsmo oom o qual os carcentlros procuram envolvê-Ias acentua. sub-
missão. Tratam 0$ guardas e C/iteforas de "r/azlnho", "pedrinho", "madrinha". E a politica de SIS-
tema p,nltenfiá,io de estimular a alcaguetaQ(tf1I, de dividir os presos e assim resguardar SI.IIJ s"
flurança. é inçrIVelmBnte bem suc&dlda noe presidias femlnlttQ.s. Ouase toclas alcagllel8m e as
que não o fs1.em dlfetamente dão o seNiço perB uma a/caguele conhsclda. Não confiam em nin-
guém e o famoso código do malandro aqui não tem vez: não discriminam nem mesmo aquela
q"e se infiltra numa transgressão dl, cipUna" IIpenas para -aluáaf B administração a dar o lia-
grante.. As outras slo punidas, 'ranafel/das para Agua Santa - a puniçâo máxima - e a alca-
guete Inflltradtl continua reinando no presidio. É claro que durante algum tempo permanece um
lancor dlssimulaçlo que & logo (lsq&HH;ltlo INI duconflança geral /I ela volta a 6tH' aceita coraia/-
mente. -

E.
" '.' m telmos de criatividade no ,,.dbalho 9IJtlllidades recreallvo-cultura/s ,o presídio teml- ,
nino lie caracteriza pefal!ldlgfncla. As promoções comuns nos presídios mascuflno$
como diverso4 cursos. competições esportivas, banda de música própria, g~m ío ,e-
creativo Inexisto aqui. Há I/ma sede do grémio sempre techada e que só funcionou
dUss vezes nos últimos 7 anos. por pouca,; semslI8$ . Como todas as outras atlvldades fof sus-
penso pela força dos mexericos. O grupo ~ danÇiJ. o cuno de maquilagem dUla no máximo dois
meses, Bld C;U8 dai iíl'um _ano ou doia, a Iniciativa de a/gumaa os rassusci te. A quec/nt dtJ vóleí se
transformou d9finWvamente em vantl de roup..
O tempo li todo dedicado ao trabalho duro. al/enedo. Psra al udv-os filhos e comprar cigarro
receb6m Cr$ :;00, 00, cobrindo o desenho de um tapare. que lá fora será vendido a Cri 20.000.00.
ao
A Indústria - montar uma peça de máquina de ..ClIIV&I- pagll CTT. o milhelro. E as bolses
de super-mercscJo Pélrs semm co/edas tendllm CrI 70,00 o milhelro.
São 170 mulheres sozinhas, perdidas nll selva de sUll.próprla con'll""'cla. As em/zatillll do
poucss, rarlssimas as que sobrevivem aos mexerlcos.Junte-se a essa cenaiChtmufheres massa-
cradas, personalidades mutlladaa. sem i'I9IIhuma lIida afetiva, a adoçjo do lema "sa/ve-se
quem puaer" . Niio S6 pode esperar dtJ/as a adequação /I nenhum padrão i tioo. A prIncipal aspira·
çác) á~las é ser madame, ter empregada, dtV conforto aos f/lhos, ,a'a queis torem os meios. Fa-
lar em Vi'lflf Integralmente enquanto ser humano, falar em feminismo, torna-se ocioso e fútil.
Quafquer ponderação sobre s vida de/as soará r40 oca quanto o proselitísmo que 0' missioná-
rios usavam junto a08 /ndlca. E o triste ê que no ClISO não &e trats de uma cultura própria a pre-
SflNar. - rrs ta,sfl ao contrário. das formas aberraI/lias que & cultura dominante assume no mll/'
bsix:; ~~!rato da sociedade. Socifldadp que depois de condenar essas mulheres â miséria, 80 cII-
mfl li a prostituição, condena-liI$ à pena de prisão, para Rssim -se tranquilIzar e perpetuar; cri-
mjnos~s seo os que estão na cf;dela.
Entrevista

"OS FROBLEELS ( UE OS P i.IS P OEE 1_ SE~~Uf.LIDj. DE DOS FILi:-:OS"

. (Entrevista coo ur.1a rapari ea de 16 anos, do liceu.)

Grup o da Lulher:- Os teus p ais p oeD o bst áculos ii realização da tua


vida se:h.'Ual? •• Ç.. uais são?

J:-Os n eus pais (tal CO D O a grande Daioria)põen tde'facto,obst~­


c ul os ii realização da ninha vida sexual.No' entanto, não o faze r.r-
abertanente,pois e m o in.'I-}a casa o tena sexo,~ tabú.Nunca concora-
darnn con igo iicerca de qual quer teDa relaéionado CO D o sexo;fa-
zer:1-no i o plicitanente e n G.lguns conselhos,tais cODo"ten cuidado
que vai >::lui ta desgraça p elo r.1undo","~ p reciso te.r a cabeça no
lugar", "não sigâs os c a.~1 inhos da tua iro n", etc.
No dia a dia,essa tent a tiva de oposição expriDe-se por s6 n e
deixareo s a fr à noite de vez en quando(con o p retexto de que não
·
f 1Câ b en a llr-1a nen1na
. ) ,en querereo que eu Va, aqu1. e a l'
e m c~ o e-
les,e o' tentare~ i ~p edir que o e rela cion e COD pe ssoas que nao co-
n he c e n iotc.

G. E . : -Coelo reages perante os lir.1i tes que eles te i op õ en '?

J. : - As n inhns re a cções são variáveis: ou tento expl icar-lh es c~ue­


estão errados (o que nOrI::1aln ente ten como conse quê n c ia ur.la expIo--
sã o de berros)raz ão pela qual co,-1eço a desistir de o fazer;ou fa-
ço o que pens o que est~ c ·a r to se!'::! eles snberen ; ou ainda , s ai o de
c a sa contra as or d ens deles,o ~ue dá b arulh o quando c heso .

G.I1.:-Qual a causa , na tua o p inião,do seu procedia e n to'?

J.:-Penso que o procedin e nt o delos se deve a vários factoros:pri-


n eiro una educaç~o extren a n ente rígida, na Dulhe~,(contra a q ual
elas y rotestaram, n as fa z e n exactac ente o ne s mo ) ,e ducação essa çu~
i ü Dl ica necessáriao ente a aceitação de ~~ conjunto de padrões n o-
rais o p ostos aos o eus;segundo, p orque de ncorão coo esses padrões
Dorais eles ide alizar a~ una vida,na qual os filhos deseDpenh ari-
am determinado papel;a realidade saiu-lhes diforente,razão p ela
qual elos pensan que falharam- na nossa ecucação'e tentao r e~ e d i-­
ar a que stão tentando i ncut ir-nos,ca da vez nai~,esses p adrões n o-
rais.Penso ainda que existe o ut ro factor bastante i oportante:os
p ais em 'geral, e os meus e D particular, ser.'1pre d erar::. UH::\ grande i r.1-
-I-
A •
p or ~an c1a
, •~
a V1ca em La 8 ~
"" L1·~a , qu e '~ or razoes
- ,
ae ,.
var1B •
oraeo , nunca
foi r:1ui to intensa e l.:1 n inha cas a t ora eles senton -se :frustrados e
tên at ~ ciún es qunndo o e veêo dar afecto a outras poss oas,e so-
b re tudo quando esso. a1'e ct ividade ~ bast ante profunda .

G. E .:-Qua l a solu ção ou so luções que vest a c urt o e a l ongo :;? razo,
? ara resolve r o p roblema ?

J.:-F e n so que a c urto praz o e no sentido de ' u D el1.tendinent o, a ú-


ni ca tentativa para a resolução do ? roblo Da t~ falar com os p ais
e deC1onstrar- lhe s por a+b que estão e rrados; :;:':'e1'1.so p ortanto, que
isto não irá res o lver i n tegralüent e a questão p orque nno Ó nur:1
ano nem e r.1 dois que se vai Dodificar u r:Ja r:1aneira de pense.r que
dura h ó t:rintajde Quálquer naneira , p e n so que ajuda uo Douco. P en-
so tanb ~ D ttlO entanto ,que este. solução têD u n cara ct er bc. s tante
subjectivo,na Dedida e [J ' que e::dsten pais coo quen at~ 50 p ode fa-
lar sob re teDas soxuais,e h ã outros que não -este úl tiuo a co nte ce
cor.:d go.Como altern a tiva, p enso que 56 exis te ur_1a soluçno :os e eus"
~ ais fc.zere o una vi~a e eu o ut ra( na c eeida e o que estou econ6o i -
c aDe nte dependente) que De p orr..1i ta a gir do e.cor do C01:.1 aqui lo que
penso. (continua )
,
~ _ ..- ;Ent:eVista-cont'.'; '0 " - • _. -· · ~··i

I ~~~a,,: ;::~!~~n~u~Oe~r~b!:n~e:s;~~g~/:~~~~ng~~;;~~o~~~~O!~~;;~s_1
queça~os da é p oca e n que t!nhuDos 16 anos de idôde. E isto néo

I sõ para cot:!:Jr eenderno s as :::.""eSr..18S "reivindicações "que n6s fize- - -


1:10S r.:ms tar.1bér.1 nara COL:1") reendernos outras aue eles ver..hnn a fa-
l. zer e que a n6s~nunca n;s 9a ssaraü p ela cabeça.

Ul: GRiJJDE I_BHLÇO ?C:J.L TI ;DO GRUPO Df. LULEER Di. l .. i~ .C.

1
A NOSSA SfíLA---é no edifício d a Associação Ac ad énica de
Coinbra,no 4 Q piso -- sala 15.

REtT.NUm-NOS t .~d.as as 4ªfeiras, às 17h e 3On. Discutinos vários


tenas sobre a nulher,sobre os nossos problenas
e as tarefas que daí advên.

O NOSSO BOLETlllI: é aberto a · todas as nulheres que nele queiratl


participar.Colabora e escreve para o boletin.

LIVRfi.RIA-------Tenos a funcionar na nossa sala una livraria -


con títulos sobre a nulher-c/ 10% de desconto.
---------- - ---------------------~~-- -- ----------------------------
" NAQUILO QUE SE CHA!\~A HISTÓRIA, AS MULHERES FIGUR lill.~ ÚI\fIC1\J~\1E Ji!TE '
A TíTULO DE GRANDES Ii.NA11TES,DE INTRIGUIST AS OU El-WEl\1ENlillOR/i.S:
A HISTÓRIA DAS I-t1ULHEB.ES P ASSA "lPELA C.AJ'tiA, LE=SE NA HORIZONTAL.
A DOS GRANDES HmmNS, PELO COI';rTR ÁR.IO-- NÃO SE F./lLA DOS OUTROS
HOMENS SENÃO HA BEIl POUCO TE11PO--APREI\l])E-SE NA VERTICAL.
SÃO ~\PRESE:ri1TlillOS DE PÉ,lVI.ESIm TENDO SIDO INSPIRADOS DEIT ADOS n
l'\nnie e fU'l...ne
t-....-t \\Sr:-
I, '\/l/~
LI I ,

f"'"
~,
O J....,
t.,·r~ ~.
~

.-
( ·-1·. .· r'f'\ r) CI r r\.1 !~( I 1
'c_ . _ .'

A ~rimeir~ coisa que me veio ~


r~
\.... l '

-
lhes sejam dadas oportunid~des
nemór i3. quando pensei escrever pari acederem a outros sectores
este artig n foi um. episóctio que técnicos e artisticos que os pre.J
li h3 tempos7 n 'lr :r :J.do por r.1[~rguª . co:q.ceitosy~p vindo a instituir
rite Dur~s. E soore du~s mulbe- ao longo dós anos,sooretudo nos
res gUG,~um~ noite, ~ssistiam 3. países de long~ tradiç5.o machis
l.,Ull3. 8eSS8.0 de cin ema numa sala t3.s.
do bairro, ~ntes da guerr a. Elas A propósito de tudo ' isto,f~~
nunca tinham ido ~o cinema e ig- mos com manuela Serr3., que, jun-
liorav9.m a existência das actuali tamente com Hª Teresa I'1 0rais
dades.Assim,viram um filme com romperam o cerco ªos preconcei
duas p~rtes distint~ s ,um3. antes tos e d 3.s proíoiçoes e apresen
do interva10( as actu~lid~des) e : tar~ um. projecto para a reali r;
aoutr3. depois(o próprio filme) o zaçao de um filme soore as :
Como ligar ~s duas éoisas?N9.o foi "r.!1 ulheres em Portugal"o qual ~e
preciso mui to tempo . Depois de u:ra rã feito' maiori tãriamente por :-~ ;.).
curt~ h6"i:it~ç9.o e de várias nipo r:mlheres; soore mulheres m~s p.B., -,
teses elas conse guiram integr~r' ·ra · todos.
perfeitamente ~s ~étu~lid~des na Ter~ o filme c ono ooectivos
n3.rr~tiva do filme .Rápidamente " "contriouir p~ra estimular e 11
el~s criaram o ~ próprio filme, profunªar o conhecimento,a cog
no qu~l,entre outr~s peripéci~s, preens~o e o deo~te púolico SQ
os personagens ~ssistiarn. a um d.l2. ore a condiç~o feminina no no.§.
safio de futebol,e,enquanto isso ~ c so~pafs. e servir de instrumento
acontecia o chefe de governo ml.2Jll. educacional par ~ eulheres,homens
gurava,algures,uma ponte,enquanto e jovens de ambos os sexos nos
noutro ' sítio qu~lquer h~via uma locais onde viveD,trabalhan~
inundação,etc. estudarn.;mostrar a participaçao
É evidente que espectador 2.:ê; ':' e n contribuiç3.o das nulheres
cõmo estªs- criativas a este pon'· ' ' ' p3.ra · o desenvolvimento do seu
to- já nao existem,m3.s persiste p::l.Í s , dec'Jr:Jentar algumas aI ter-
3. necessidade d e um cinema diri- n~tivas criad3.s pel3.s mulheres
gido particularmente às mulheres portugue s~s,p:J.rticul 3.rmen te d.l2.
c f e ito por elo.s,que lhes fale @ poi s do 25 Abril,visando ~ SUl!)
ma lingu~gem simples e própria ração dos entro.ves e limites a
que elas possam entenC:er fácilmen que estCLIIl. submotid8.s".
te. No cinema,como n a maioria dos A Nª teresa Horais é jorn~-
outros sectores cri a tivos,as mu- lista e tem participado noutros
lheres continuam a desempéY1~ar ~ sectores ao nível d e comunica-
pa pel bast3.nte secundário.Em Fr~ ç9.0 visual,public a çõ es ,ensino
ça,como em Portugal,cerc'- de 70% Universitário.Esteve 2 an os .
do pessoal dos laboratórios S9.0 nos E. U. A. onde trabalhou em
mulheres e os trao~lhos técnicos video e fez Vll filme soore ~
mai s delicados e ingratos(monta- mulher na 1V1Grica Latina.Prat~
gem do neg~tivo,tir a gem das có- cou ainda jorna lisno ' no Chile
pi:::ts, e tc) S9.0 quase exclusivamente (govtOlrno do Allende), E. U. A. e ,
executadoR por mulheres.~ preciso França.N~ Portugo.l,após o 25
s~ber também que, dur ante a produ de.: Abril foi técnica da conü:: '- ~
Ç20 de um filme,sectores funda- s~o Interninisterial p2ra ani~
mcn~~is como 3. assistêgcia,a anQ m:::tç30 sócio-cultural,produzinoo
t a ç o.o e a mon t agem es t ~ o normal- um fime (contlnua
... . na p._ )
m8nt e 3. C8.T ·,... ..i r'le Ulul}1 eres sem qm
., - . ,. - -.

8r~ ouper 8
nffi . "Aul9.S e ;J.zeitomr!': :: 8õ8~ 8 fH:Bt6t:íaf3 Í't~ algUtltls nti=
com Aid9. FerreinsobreD. experiôn l~ e res, o p~blico fe~ in in a pode -
ci a l1UlJ.3. eoco 1 2 ~) cl.o Cic lo' P'.J..~ epar~ r á icl e:nt i fic3..r-se , deocobrindo
tç,rió c en Cnba ( ~l81-:'.tejo ), cujn s.trD.vé s do f i me que I.1uitos dos
TIontD.gen fui feina por ~:bY'.ue l 3. S§. ur ob12D2s au e c3.da v.:c.a er~l"' e nt3.
r~a . ;0 Deu dia~a dia n~ o s~o parti-
A r~9.!' uelo. Se n :' ::" frequentou o cul a:.~icl.acleo d3.. OU9.. vid8. i nd i v i-
I nst itut des ArT.s de Difus i on CD d U9.1 1 gl1tos c orrosp ol1G.en 3. uma
Bru.xela 0 1 ondcc·,. :r.8o.1izou um poquª oitu3.çD.o o oc i 9..1 e c ultuual COnUI:l
no fillie·de e xer cíci o . Apóo o 25 a Euito.s outran..:Dul heres .
de .t1~ 'bY'l'
~ 1 1 '~ .J.. ePír'(')
.. o C' COou ..,
'-'C>,;;; '- • •Por '''''''0 ::''' -"' C
+".Q'!'ll _ m~
..1..'-'_p" tn""'eDo("'<
"L ~Y'ro
--J.J ç 0e"'lt'-'"r
. :>J. 0 0 n; t ,, !C' - ~ ' "
'-~ .Loi " ' •• 0._ L._. "

fo i 3ssi stente dc TIo n t~ gon cn çao presente das TIulhe re s portu-


IlDe uG , p;} tri:::l o Auto ridade ", de guo f3 2S , sob uns. perspect iva 11 is-
roaliz:J.ç:l.O eD. "S. Pe dr o Cé2 COV3" tóric ~ , ind o buocar a o p3.osaQo
G e18 T8:1.1izo.ÇQO e Llor:t8geI1 CD. "O 3.1gunas r 9.íz eo cultura i s ,:) oóc i o
Bom Povo Portuguôs ", taclos c1c Rui - cc onóT:üCD..O quc expliquen o n o--
S l· !:'lOes
- . o.uo- v i ~'lG nG. i c1 o,s I.lulhcreo l'l[t 80 -
A Nanue 1 0, d iz-noo: c i od2éle portugL.le S[1 c o n tenp or~:n.e2
-
T1 •
.I~ l..un pr o J C c . o que D a
t ' , t r e s sm o s . :mnl;l; +
Ao z 9.renos
~ . ..
cono t e, .porq ue d una ~
iTenho s.pr(i8en t['.ndo 2,,0 Inotj. tnt o Sl uU8..çn.o Cl BcrlInn a or l a ~ o cwa i
Port uguês - -'l.e Oi nOB2 e chegou o DQ COIlO " no. tu!.~ 21" 9 Corr e opon d end o
Llento de o concre tiz ar ••. EntrQ ao papo l soc i a l traçado p a ro, as
tsnt o conhe ci c, Te l'GS2 quo tinh3. I.mll1erc '~j, "
s.
l..wa i deia id2uticD.. h ninha . - E quanto g oquipa t6cnic ~ ?
/ilÉn do LP . C. ap:..~e ser,t6.nos o "
nosso p,~ ojecto h Ftlnc"'. açc.w ~
Gv.lben T!1 . S. - O filLleserSl f e ito b D..o icQ-
, n ent e lJor I1ulh ero s o que n20 G:X -
kian e CO l"1 t ~ Ct 3.TJ08 c on outrg,o :in o l ' Á d 1
tit uç~eo e grupo~ n2 Fr 3nç2 ~ ' n; c u~r~ 8. prose~ça. e 10D e~ s na
B6 l g ica, 112 Roiando. e n oo E.U.~ . e~ulp2, cono t e c n ~c? s ou 1n t e r -
- "POr1 ';'Ollt "1r q 1 00UDo'''' Cq r'l ct~-·!Y:L.J;:'-qQ nO SLlO na PEopl a a cçâo.
,-
!'lsticas " .L:c> .. . :'
":>d '"

do - fi-- l me-- ? 6 -.; ~ _. c; "SoorG ~


a 1""'a
- 1 iz "' ç!'l0 , ll
v
ti cer.J...U __
-" ~
- --" - -
q >Jr< c--
...: ...
tuaçoes que no s parecen dever
- H. S . - S81""8. un filne ') 6.o:i.col'lel':Ie .' ter o con trolo i deológico d? Q n u
docuf1 cntn l~ Fl'J.S pensfJ.BOS re co rre:' 1 heres - I.130IlO o t rabalho c18
,-t .i lc çao
'!a.. -C' - t 1 ~
- .. ,.
G.._ Ior J.'.ecCS3.r lO, por ~ e C3Dara , poiS el: re no s OXlO C: u -
t ' . t
xemp _ l o na recri ~ ç8. o 0. 0 si tU:1.çõ e;: .,~ - ,
do nao09.do.
J6 i n ic t'ánl0S UE t rc.ba lho do IB§
qftio o, e inv e8tiG3 ç~ 0 1 c om flulhe -, ~
p ~j-:E ~ nl]u~gcI1 80p e clfica .

_.-
re s d e a l gu..u3.s Eegio es . COJ.'.tac'CQ"
mo S c OTI s. Coopere.t i VCl. de ll.r Y3io -
l as.-e 9 om Menvite fo.l3lTI. ()s COB
L1ulh crcs ligJ.d9.s :l 1..lli13. volhCl. 11 i .9
to' ~~ ,-, . '-' lu+~
~ _ : " • u ... ~n
:.A. _ '!'. l'-' 0 on ~o~nn
I.,; ~ •. ,<J " • ~ ~
_ _ u U _ , '"

t rabo. l ho • 1:'0 i UI1e. lL~tn cU:c"' i oGr-L c


qü. 8 gost~"\· :- E':.TI0 8 d e rc co T:.struir
porque f OY'Q.L1 Qus.se 2XC lu s i V ::u:.1G::2 ~ ,;
te Bu lhc;~EF: qu e p::r tj.ci psY8I:1 e se
defront:t.c·""·l c om !:', C'-ur-Lr d i i R8pU-
b lic ana e~ qu2~to os honens f i ca-
r3E. no c o.f é . Tr9.. t 9.rcno s t~.IJ.béI1
d2S DulhBrcs d'J. cid ndo e ds s auo
""" !')'Y' 'l l_ ,l,.... :. ce rIr')o,J...L
J!~ w ..:' ''' ~ 0 " oc .,tJ..:._
q ' ''''
\ ........... ~7'. l'~'"ld''''s
__ . . c~L __n';
t. .....
_\.0

z onas ru'Y'~üs .
i\ est:.. . utu:c a tOB8.t ic o. elo f ime
gi!,o,r2. 3. yolt s d o qU2tro c ixoo
E. •
b ;:;SlCOS 1 l, n t·1m.ane nu~ 8 l_lga ' d.os que
S20 : e c1u c aç20 ~ t ~J. h ~lh0 9 se xo
e v ida social e po li t ic a .
~presen t ~ l do dforcntes 3ituo.-
LUTAR CO NTR A O AUl':ffiNTO DO CUSTO DE VIDA •••• ~iIA S :NÃO SÓ •

~ Respond~ndo ao a pelo c:de algunas a uoen to do cus t o de vida (que não


organizaçoes de 'Mulheres, t a i s co- e una questão que d ig!l espe cifi-
no 0'- ~mM e a m.UR, várias centena s C~len te à n ulhcr nas a todos os
de Dulheres sa ir~ à rua p ara lutar T~ ab alh adores no seu conjuntoD,
"CONTRA O AUl'.'IEI\1TO DO CUSTO DE VIDA'J :ião p08n eIl cau sa o tr abal ho do-
Sen dúv id a que 8.S nanif estaçõ es cor n é s tico,se não exi gen o d ireito
respond er ~ ao justo repúd i o da po- ao trabàl ho para tod as as nulhc'"
lit ic a de austeridade d o governo qffi res e salário i gual(e s tao . n±n
at a c a c ada ve z Dais as conquist as reivindi caçõ es das nnlhere§ ) es
dos t rabalhadores e o seu n í ve l de tar ~~ a l egitinar ~ situaçao de
vida. " dona de ca sa" e nao a criticar
No ent anto,visto qu e est a c~pa~~a este p ape l que !l soc i edade caPi
t en s id o l evant ada por or ganizaçõ es tali s t a des tina par9, 9, ]~;.u lher.
de Dulhcres pen§ 2nos que é i n port an É o nesno que ' diz ernos: "SoBos
te d i scut i-la ,nao con o d i s cutir imns don9,s de c 9,ca , sentinos o cust n "
con una organiz a ção Sindical ou con de vida a auoent ar é vanos :J. l.:~_,.
un par tido,n!ls colo ca:t:do~ a l gw1s prQ c ontr a este aill~ento
~
.O que aqui
, ,. t
blenas que lli~a organiz açao de n ulhe se poe e~ causa. e W1 l c~en e es
res ,que as nulheres no seu conjunto t a ques t ao ,nas guanto 3 sernoo
não poden de ix ~r de l ado , esque cidos, d onas de cas a ,nao se d iz nada"
D2S que t em A gra2'ld e 'lnpor t ancla
A. e qm - cono se i s to foss e destino fa-
por i sso nao pOdeno s i :~orar. tal da Dulher e nada tiv8 ooenos
De que parten o ~,mr1 r.: : ', UHiR para. a f aze r par a o nod ifi car .
leval'! t ar" e spe c ific gnente para as nu Nós ach!lDos qu e t enos que a~ '
lher es " una tal pa l avra. de or den? t er ar esta s i tu3ção,não querenos
Qual quer mulher dona de c asa ou tra fic o.r p3rs.das?e por is so t anben
b!l lhador!l'~ue t enha participado nas dizenos que a ne lh or f orna de a
n2nife s t~çoes o pode re s pondsr .Dirá: nulher lutar contr a as d i f icul-
_é que sao as I:ml beres que v ao ao ; . dad es econónic as é ex i gir direi
nercado , à praça,sao e l as quen t en' t o ao efl1?rego , salár i o i guQ.I,c !lí
que "'governar a ca.sa" ,f 3zer !lS con- jun t ar- oe á luta nai s geral dos
pras ,trat ar da v i d a donést ica., i sso tr ab a l hadores c ontra a a uoteri-
é o que tenos en conuo ·e é por i sso dado do governo .Cono n ulhere s
que sentinos nai s do pert o o a.ill~e n ­ c1izeDos:
to dos preços. -LUTIffi CONTRA O AUl'.1IENTO DO CUSTO
I s to é verdade . Na realidade , aqui DE VIDA É I I 'POR TAr1TE, ]I,L\S CODO
l o que w1iu na rua centena s de nuJhe nuDleros teno o que exi gir o d i
res p!lr lut ar contra o aill~ent o do r ed to 8,0 tr ab:tll1o e a. i gu a ld o.de
custo de v i da foi a s u a s ituaç20 es de s21ário, eota dev eri a ser a
pec ific 3.de " don3. cle casa" de ser 'eJâ luta f und a..uent o.l qu e ao organi
a c uoprir o "trab!ll ho donéstic o". z ações de TIulhe r es , o MDH o a
11as é sen à.úvi da per i goso e nesno lJl\.U R i nc luídas , devcriac. propor
i ncorre cto que d i gamos a todas est ao 3.S n ulhere s .

. .../
./ ó~ ~
fl~~' "
I:ml here s "vanos l ut3.r c ontr a o c u s -
to de v id !]." sen que nos punharJ.os en :
qU!lnto nul he r es n a i s nenhUTI3. quest3."!'o.
~· - I'\.
../1~Z~'ÍO \ . if({.,
\~ .'
f~ ' ~ \'l . \~. 'J. ~ l/I
'\1 , V)';/
Será i ncorrecto ficarnos por aqui • y 'O 0)\ '
I1uitas nul here s ,nó s tanbén ,c ol o- " L . r ("\ /'I~
\~ 't..L ' ~. l
~\Vi) nV L1_.".$\ /
1
CaI'lOS l ogo, de seguida , outra questão :
.:/
,
-porque e que sonos nos, 2.S nul hereo
a cunpr i r i as tarefas donést i cas a ~ . ~~0
ir ã praça ? Porque é que ·é a nulher
at i rada para esta s ituação? 7 \)
Qua ndo o tín~ e a TIV!".i:; f a zen re u-
n iões da mulher para discutir o a v-
nento do custo de v i da e es c9~ot~ ( J)
o fac t o de todas elas clLOpr ir en tr~
b!llho - donést ic o ,i sto é,para l á de~
re m'.ir er!. par a. d i scutir e ro pudi'l.r o "~(~)",._,\
\ .
OS NOSSOS POEMA~ .. .
A viagen ao fundo da noite, e beijaDos as lácrinas
ao fundo de n i n , apertaDos a s nãos
sem De afundar e a3rada - ~os proje ct ar futuros,
de n érgulho e ~ ne r~ulho, recodar passados .
nado, e n a ? erco, Passac os por cima d o qtie nos cerca
te encontro do nosso cerco
da cor da água, e o rom::'Jemos,
verde e trans p arente, p ouco â'pOUCO,
on de entrei. devagar,
âlegrer;1ente
Palavras e frases aoS ~i lhares CODO crian ças n os tro c a c os
constroem-se C D ti, e e des cobri'::loS t
saltar" Desco'0rire.n- n os!
dentro de i:1Ü..1 , clue as apanÍ'lo Icinoradas fo c os,
e as junto, ás ordeno Ignorâr:1os t agora
e conpreeuGo , o cerco,
e res p ondo ' e correClos,
te falo, te digo, tu centro de oir.1 ,
faço s~ltar palavras ninha s, eu'eD ti,
que saiete! das tuas, te constru o,
e r,1e si n to beD destróis o çue não consigo'
De aDraz de te ver assi ~ , afastar,
Dinh~ in:1ã,
,
E, fi nalnente , y or detras
tão ?Grto de Din das cort inas nos a g á n os,
afastada p or al s o q'L",e veo cortinas que agora afastar:1os
de onde ? p or quê? e se queinan
de r.1ir": , ao calor da fogueira
de ti que e o frente de n6s aquece
obstácul os çue n os afestao , Dentro de nÓs QUEn:l• •
q ue guardan os ?oréo .
Que coisa esta! nos faze o dor •••
••• e cont a n os hi stórias /'1. T..
uma à outra,
outra e 'una ~ais.
E nos rir..1os,
t a ~.1bér~1 chorar.10 s. oe, •

• • • / e/turas .. . .
NJ..O j~ CC l'J?ECE :F CR i .CLSO : DBPEIJDE DE N6s FRÓPHIJcS O'
~a da l ~ lher
; ode evitar o ab orto, a p licando ue contrace pt ivo
que r.:1':üs l.he conv~ n . Estl't '-ª Ediçg o ab orda tar.1b~ D p roblen as .
lieados ao ciclo oenstrual , élO corrinento e às doenças trans
Jrii'tidas sext:'.alr,1ente, e o é.uto-exaf:-:!l e dos seios.
Do livro ~ue todas a s mulhere s devem ler!
Preço: 30. ee EC:i ç~o ::0 Gruyo Lut ó nof.1o de Eulhe resO'
CHÓlJICi. Di. 1.:1.1 S VELEJ. FH.0li'ISS7.0 DO L:urmc .de Jeanne Cordelier !

Uma denúncia viva do nunGo da ? ros ti tuição G C3 cO De rcializaç~o


do cor1J
~
O da i ~ulher O' ~re
TI
çO:L
"'62 • Uu
~r,

Ul ·':j.~ 1. 'I'UJTC:; CUTRJ.S- Natalia Baran sl:aia


SELJd TJ" IGUfL
Coo?erativa Editora c.e Lulh er o s :;,:>reço: 90 .. 00
LAINi, l :.m -TDES - de Laria Vel h o da fosta.
LI, LüJER ;:m EL 0ES I .RROLLO SCCI I.L - A. ~Collontai- PREÇO:75. cO
ESTES LIVHCSE LJITOS OU'-:'HO S ::':-0DE S CCLPRf- LOS lU.. nos;:)!. s~.
...
convt"damos-te a fazer
A
'

comentários:
LEIAM! LEIAM! A POSIC~Õ
J
J>A
T~UA .so~« O A&oIlTO ~ ~~ J:orocAA-
J=IAS .506RE A CNoLv9\õ ~ Fno PESbE
o E~1OZQ~ Ao p~

REALIDADE E.YUE A I6i.fjA e.scoJ\lDEl

1bfo,s ~ AC-A&AA CoM O A-ATlGo ))0 CÓPiG-o


PetJ'~ ~UE rJ06 íOR.tIA 'C,.p"Í11INasA~" COM PeNAS
oe lo J\ i /yJo~ J)€ P12-i!tÃo ~ I

AIA-O G<)SJ'E1 HAJ)/IIt


~S' PAL.\"KAS' 1)0 ~ -
DRE NA :r:GfU;JA •• •
ACH-o ~ YOtI D1S'e(Jf11R1
c..oH EtAS'. _ •

Anda mungkin juga menyukai