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LEGISLAÇÃO DO

ENSINO SUPERIOR
Professora: Dra. Vânia de Fátima Matias de Souza
DIREÇÃO

Reitor Wilson de Matos Silva


Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho
Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho
Pró-Reitor de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva
Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi

NEAD - NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Diretoria Executiva Pedagógica Janes Fidelis Tomelin


Diretoria Operacional de Ensino Kátia Coelho
Diretoria de Planejamento de Ensino Fabrício Lazilha
Head de Projetos Educacionais Camilla Barreto Rodrigues Cochia Caetano
Head de Produção de Conteúdos Celso Luiz Braga de Souza Filho
Gerência de Produção de Conteúdos Diogo Ribeiro Garcia
Gerência de Projetos Especiais Daniel Fuverki Hey
Supervisão do Núcleo de Produção de Materiais Nádila de Almeida Toledo
Projeto Gráfico Thayla Guimarães
Design Educacional Marcus Vinicius Almeida Machado
Design Gráfico Thayla Guimarães / Ellen Jeane da Silva
Qualidade Textual Cintia Prezoto Ferreira

C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação


a Distância; SOUZA, Fátima Matias de;

Políticas Públicas, Estrutura e Legislação no Ensino
Superior. Fátima Matias de Souza;
Maringá-Pr.: UniCesumar, 2017.
43 p.
“Pós-graduação Universo - EaD”.
1. Políticas Públicas. 2. Estrutura e Legislação. 3. EaD. I. Título.

CDD - 22 ed. 379


CIP - NBR 12899 - AACR/2

NEAD - Núcleo de Educação a Distância


Av. Guedner, 1610, Bloco 4 - Jardim Aclimação - Cep 87050-900
Maringá - Paraná | unicesumar.edu.br | 0800 600 6360
sumário
01
09| POLÍTICAS EDUCACIONAIS NO CONTEXTO DO ENSINO
SUPERIOR: REFLEXÕES A PARTIR DA CONSTITUIÇÃO
BRASILEIRA DE 1988

02 19| O ENSINO SUPERIOR NA LDBEN LEI N. 9394/96

03 23| PROCESSOS DE CREDENCIAMENTO E AUTORIZAÇÃO DOS


CURSOS DE ENSINO SUPERIOR
LEGISLAÇÃO DO ENSINO SUPERIOR

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
•• Refletir acerca da construção do Ensino Superior a partir da Constituição
Federal de 1988.
•• Analisar a proposta para o ensino superior a partir da LDBEN lei 9394/96
•• Entender como se dá o processo de reconhecimento e renovação de cursos
de graduação no ensino superior.

PLANO DE ESTUDO

A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:


•• Políticas Educacionais no contexto do Ensino Superior: reflexões a partir da
Constituição Brasileira de 1988
•• O Ensino Superior na LDBEN Lei n. 9394/96
•• Processos de credenciamento e autorização dos cursos de ensino superior
INTRODUÇÃO

Discutir acerca da temática das Políticas Educacionais dirigidas ao campo do Ensino


Superior tem se constituído em uma ação necessária para as discussões educacio-
nais, uma vez que, em se tratando de uma modalidade de ensino que reflete as
necessidades e expectativas da sociedade contemporânea tratando de aspectos
que buscam o desenvolvimento nas áreas tecnológicas, na educação, na saúde, na
economia, enfim nos diversos campos de conhecimentos que levam a avanços e
transformações em todas as estruturas sociais; trazendo consigo discussões sobre
o tipo de formação mais adequada a exercício profissional do sujeito que está inse-
rido atualmente na sociedade do conhecimento em que a pluralidade de acessos
a informações se dá de forma dinâmica e mutável; cuja compreensão e busca pelo
entendimento acerca das mudanças conjunturais e estruturais pelas quais a socie-
dade brasileira tem passado, em especial nas últimas décadas e que influenciam de
maneira significativa o campo do Ensino Superior.
Pós-Universo 7

Como todas as ações do campo educacional acerca das mudanças que tem ocor-
rido a partir do processo de redemocratização do país com a Constituição Federal
de 1988, você já deve ter se questionado quais as implicações das ações político go-
vernamentais e das políticas públicas no Ensino Superior a partir desse período?
Caso ainda não tenha sido tomado por essa inquietude é um bom momento, afinal,
todas as nossas ações no campo do labor profissional estão vinculadas a essas ações
políticas.
Para ajudá-lo a refletir sobre essas questões traremos, neste momento as discus-
sões acerca da relação Política direcionados ao Ensino Superior a partir da Constituição
Federal de 1988, buscando apontamentos que te levem a compreender e proble-
matizar as relações entre o Ensino Superior e as políticas educacionais com foco na
avaliação; reconhecimento e autorização de cursos superiores no país.
8 Pós-Universo
Pós-Universo 9

POLÍTICAS
EDUCACIONAIS
NO CONTEXTO DO
ENSINO SUPERIOR:
REFLEXÕES A PARTIR
DA CONSTITUIÇÃO
BRASILEIRA DE 1988
Entender as relações entre as políticas educacionais no contexto do Ensino Superior
tem se constituído em uma análise conjuntural das relações sociais e econômicas
que enredam as perspectivas e ideologias da sociedade. É válido acenar para o fato
de que as ações realizadas no campo do Ensino Superior se constituem a partir das
necessidades, expectativas e necessidades de cada contexto histórico e social que
acometem essa modalidade de ensino.
O Ensino Superior, reconhecidamente uma modalidade de ensino que se ocupa
da formação inicial e continuada para a atuação especializada no campo profissional
tem se constituído em uma ação formativa que leva o Estado e o Governo consoli-
dar as políticas públicas a esse campo ao longo da história.
De acordo com Alexy (1997, p.65), após a análise normativa do direito à educa-
ção na atual Constituição brasileira,

““
[...] é mister se fazerem algumas considerações a respeito dele como direito
fundamental. Conceitua-se direito fundamental como aquele direito po-
sitivado por uma ordem constitucional, de forma que poderia ser exigido
judicialmente. Essa conceituação de direito fundamental é baseada em um
critério formal, que se associa a critérios materiais e estruturais.
10 Pós-Universo

Na educação brasileira, podemos ter como destaque o fato de que a questão do


direito à educação está descrito na Constituição Federal de 1988, no artigo 6, tra-
tando dos direitos sociais e educacionais descritos, em especial, no Capítulo III - Da
Educação, da Cultura e do Desporto, Seção I, a partir do artigo 205. Na dicção do art.
6º determina que “são direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, a moradia, o
lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a as-
sistência aos desamparados, na forma desta Constituição.”

atenção
As políticas educacionais, ora podem ser compreendidas como ações que
expressam a ampla autonomia de decisão do Estado, por vezes resultan-
te das relações complexas e contraditórias sujeita às demandas das classes
dominadas e de outros atores coletivos e movimentos sociais. Contudo,
apresenta indicadores que apontam para uma crescente diminuição dessa
autonomia relativa, continua a ser necessário fazer referência ao papel e
lugar do Estado-nação, mesmo que seja para melhor compreender a sua
crise atual e a redefinição do seu papel – agora, necessariamente, tendo em
conta as novas condicionantes inerentes ao contexto e aos processos de
globalização e transnacionalização do capitalismo .
Fonte: Afonso (2001).

Para refletirmos as questões acerca do direito à educação pública, gratuita e de qua-


lidade, há que se fazer uma análise histórica e estrutural de como a educação está
descrita na Constituição Federal brasileira. Portanto, é preciso saber que, já no artigo
1, prevê a questão da cidadania, da dignidade da pessoa humana, e a educação
como elemento indispensável da formação humana é o aporte necessário para a
efetivação desse processo de construção tanto da cidadania quanto da dignidade
da pessoa humana.
Já o artigo 3, estabelece que “uma sociedade livre, justa e solidária” se dá pela via
da educação, uma vez que são propositivas para o desenvolvimento e avanços da
nação. Sabemos que a efetivação do direito à educação depende tanto de instru-
mentos jurídicos quanto reivindicações provenientes da sociedade civil que criem,
no Estado, a necessidade de elaborar, propor e cumprir ações que efetivem e concre-
tizem essa deliberativa de construção política para o desenvolvimento educacional
da população.
Pós-Universo 11

Essa garantia também pode ser observada no artigo 205 da Constituição Federal
de 1988, na qual se tem determinado que “a educação, direito de todos e dever do
Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade,
visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cida-
dania e sua qualificação para o trabalho.”
Entenda que, mesmo tendo a Constituição de 1988 a normativa estabelecida para
a educação enquanto um “direito de todos”, essas deliberativas já estavam prescritas
em outros momentos na legislação brasileira. Historicamente, podemos destacar para
o fato de que, na Constituição de 1934, no artigo 149, já acenava para essa questão
da educação. Na Constituição de 1937, do período Vargas, pode-se observar que o
direito à educação está prescrito junto ao capítulo destinado à família, prevendo a
colaboração do Estado na manutenção desse dever. Outro destaque para a educação
naquele momento foi o fato de que a legislação brasileira estava atrelada a influên-
cia da concepção católica conforme o artigo 125, na qual se tinha a determinação de
que caberia à família ser o principal agente na educação, tendo o direito de escolha
do tipo de educação que seria fornecida, em detrimento do papel do Estado. Essas
discussões acerca do papel da educação enquanto direito e responsabilização do
Estado perduraram nas Constituições de 1946 e de 1967.
De acordo com Oliveira (2001, p. 19), essa discussão sobre o papel da família e
do Estado,

““
[...] ocupou boa parte dos debates na Constituição brasileira ao longo da his-
tória, opondo os católicos, para quem a primazia da família significava a livre
escolha do tipo de educação, ao Estado só cabendo estabelecer as condições
para sua efetivação, através por exemplo de subsídios públicos; e os liberais,
para quem o papel do Estado deveria ser primordial

O dever destes seria de garantir a escola pública a todos, sendo a opção por uma
instituição particular arcada pela família. Pode-se observar que a questão da igreja
nas deliberativas educacionais nos sistema educacional brasileiro vai se perdurar de
forma intensa até a Constituição de 1967 que, em seu artigo 168, vai definir a edu-
cação como sendo “ direito de todos e será dada no lar e na escola; assegurada a
igualdade de oportunidade, deve inspirar-se no princípio da unidade nacional e nos
ideais de liberdade e de solidariedade humana.”
12 Pós-Universo

Essa mudança de perspectiva ideológica de concepção de educação sob a


perspectiva do Estado e com influências da igreja passa a ser modificada a partir da
Emenda Constitucional nº 1, de 1969, quando “começa-se a tratar da educação como
um dever exclusivo do Estado” (OLIVEIRA, 2001, p. 23).
Já na Constitucional brasileira de 1988, observamos que a educação é papel
primordial do Estado, conjuntamente com a família. Com destaque ao artigo 205
descreve que o Estado deverá fornecer a educação gratuitamente nos estabelecimen-
tos oficiais, como estabelecer políticas públicas, visando a ampliação desse sistema,
possibilitando a colaboração com a sociedade.
De acordo com a Constituição Brasileira de 1988, no artigo 206 o ensino será mi-
nistrado com base nos seguintes princípios:

I. igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;

II. liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte


e o saber;

III. pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas e coexistência de ins-


tituições públicas e privadas de ensino:

IV. gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais.

V. valorização dos profissionais do ensino, garantindo, na forma da lei planos


de carreira para o magistério público, com piso salarial profissional e ingres-
so exclusivamente por concurso público de provas e títulos;

VI. gestão democrática do ensino público, na forma da lei

VII. garantia de padrão de qualidade (BRASIL, 1988).

Com relação à questão da gratuidade no ensino, na Constituição de 1988, segundo


Oliveira (2001, p. 23) a ampliação do alcance da gratuidade apresenta-se abrangen-
do a educação infantil, o ensino médio e o ensino superior em estabelecimentos
oficiais. Segundo o autor “estes níveis de ensino já eram gratuitos nos estabeleci-
mentos oficiais, apesar da inexistência de disposição legal nesse sentido no âmbito
federal; entretanto, é um dos principais alvos dos conservadores em suas críticas à
Constituição de 1988.
Pós-Universo 13

Outro destaque para a questão do ensino gratuito e de qualidade se dá no artigo


208, cujas deliberativas destacam que a educação será efetivada mediante a garan-
tia de:

I - ensino fundamental obrigatório e gratuito, assegurada, inclusive, sua


oferta gratuita para todos os que a ele não tiveram acesso na idade própria;
II - progressiva universalização do ensino médio gratuito. III - atendimento
educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmen-
te na rede regular de ensino; IV - atendimento em creche e pré-escola às
crianças de zero a seis anos de idade. V - acesso aos níveis mais elevados de
ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de cada um;
Vl - oferta de ensino noturno regular adequado as condições do educando;
VII - atendimento ao educando no ensino fundamental através de progra-
mas suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e
assistência à saúde. §1° O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito
público subjetivo: § 2° O não-oferecimento do ensino obrigatório pelo Poder
Público, ou sua oferta irregular importa responsabilidade da autoridade com-
petente; § 3° Compete ao Poder Público recensear os educandos no ensino
fundamental, fazer-lhes a chamada e zelar, junto aos pais ou responsáveis,
pela frequência à escola (BRASIL, 1988).

Segundo Oliveira (2001, p. 26), é preciso observar que, na Constituição de 1988,


tem-se a garantia da gratuidade estendida àqueles que não tiveram acesso à educa-
ção na idade própria, “inovando em relação às previsões constitucionais anteriores,
que restringiam a obrigatoriedade e gratuidade apenas a determinada faixa etária, e
possibilitavam a restrição do atendimento àqueles indivíduos fora desta faixa etária”.
Em relação, ainda, ao tema da gratuidade, Cury, Horta e Fávero (1996, p. 23)
apontam que “a questão da definição dos eixos público e privado, abordada sob
três pontos de vista conceituais diversos, de acordo com os grupos em conflito: o
público como estatal, como não estatal e como serviço”. De forma sintética, fazendo
um balanço geral sobre as modificações trazidas na Constituição de 1988 que am-
pliaram o direito à educação, Oliveira (2001, p. 41) ressalta a questão da “gratuidade
do ensino oficial em todos os níveis”.
14 Pós-Universo

Em relação ao acesso ao ensino superior, deve-se, portanto, garantir que haja


igualdade no acesso, que está determinado na Constituição Federal de 1988, ao de-
liberar que o ensino superior deve vincular-se ao desenvolvimento humanístico,
científico e tecnológico do país.
Segundo Lopes (1999, p. 218-219),

““
[...] a sistematização da legislação até a Constituição de 1988 não valorizou a
autonomia universitária, ressaltando-se a dependência em relação ao órgão
governamental mantenedor. Essa situação foi agravada nas universidades fe-
derais, mister na sua regulação nos períodos de exceção, visando controlar
e restringir a ação das universidades.

De acordo com Maliska (2001, p. 269), os limites constitucionais da autonomia uni-


versitária expressam-se por meio de seus componentes “a autonomia didática, a
autonomia científica, a autonomia administrativa, e a autonomia de gestão finan-
ceira e patrimonial”. Segundo o autor, a autonomia didática refere-se a definição da
relevância do conhecimento a ser transmitido, bem como de sua forma de transmis-
são; a autonomia científica, como expressão do princípio expresso no art. 206, II, a
“liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber;”
expressa por meio da autonomia coletiva da instituição (autonomia organizacional
na organização das disciplinas) e da autonomia pessoal do professor universitário,
em termos de pesquisar e ensinar o que crê ser verdade (MALISKA, 2001, p. 271).
Lopes (1999, p. 227) destaca que a autonomia de gestão financeira e patrimonial
também deve ser considerada; uma vez que se oportuniza a autonomia científi-
ca, pode-se garantir a possibilidade de sobrevivência às áreas de pesquisa que não
possuam imediata relevância política ou econômica .
Com relação à questão do financiamento relativo ao ensino superior, o artigo
213, estabelece que “as atividades universitárias de pesquisa e extensão poderão
receber apoio financeiro do Poder Público”. Maliska (2001, p. 194) destaca que “a pre-
visão de recursos públicos destinados à pesquisa e à extensão não estaria vinculada
à situação supramencionada, portanto não seriam somente as entidades comunitá-
rias, confessionais e filantrópicas que receberiam esses recursos”.
Pós-Universo 15

Assim, a organização dos sistemas de ensino encontra-se prevista na redação do


art. 211, e seu financiamento no art. 212. A estruturação e o financiamento do ensino
superior são de competência da União, que exerce função normativa, redistributiva
e supletiva em relação aos Estados e Municípios, coordenando a política nacional de
educação e o repasse de recursos adicionais. Essas atribuições estão explicitamente
previstas no art. 9º da LDB.
Na LDBEN Lei nº. 9394/96, no Capítulo V, que trata da Educação Superior, destaca-
-se o artigo 43 que se tem estabelecido que a educação superior tem por finalidade:

““
[...] estimular a criação cultural e o desenvolvimento do espírito científico e
do pensamento reflexivo; formar diplomados nas diferentes áreas de conhe-
cimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação
no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação con-
tínua; incentivar o trabalho de pesquisa e investigação científica, visando o
desenvolvimento da ciência e da tecnologia e da criação e difusão da cultura,
e, desse modo, desenvolver o entendimento do homem e do meio em que
vive; promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técni-
cos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através
do ensino, de publicações ou de outras formas de comunicação; 5.suscitar o
desejo permanente de aperfeiçoamento cultural e profissional e possibilitar a
correspondente concretização, integrando os conhecimentos que vão sendo
adquiridos numa estrutura intelectual sistematizadora do conhecimento de
cada geração; estimular o conhecimento dos problemas do mundo presente,
em particular os nacionais e regionais, prestar serviços especializados à co-
munidade e estabelecer com esta uma relação de reciprocidade; promover
a extensão, aberta à participação da população, visando à difusão das con-
quistas e benefícios resultantes da criação cultural e da pesquisa científica e
tecnológica geradas na instituição (BRASIL, 1996, s/p).
16 Pós-Universo

Com relação aos tipos de cursos e programas atendidos pelo Ensino Superior estão
descritos nos seguintes artigos:

““
Artigo 44: cursos seqüenciais por campo de saber, de diferentes níveis de
Abrangência, abertos a candidatos que atendam aos requisitos estabele-
cidos pelas instituições de ensino; de graduação, abertos a candidatos que
tenham concluído o ensino médio ou equivalente e tenham sido classifica-
dos em processo seletivo; de pós-graduação, compreendendo programas de
mestrado e doutorado, cursos de especialização, aperfeiçoamento e outros,
abertos a candidatos diplomados em cursos de graduação e que atendam
às exigências das instituições de ensino; 4.de extensão, abertos a candidatos
que atendam aos requisitos estabelecidos em cada caso pelas instituições
de ensino. Art.45. A educação superior será ministrada em instituições de
ensino superior, públicas ou privadas, com variados graus de abrangência
ou especialização. Art.46. A autorização e o reconhecimento de cursos, bem
como o credenciamento de instituições de educação superior, terão prazos
limitados, sendo renovados, periodicamente, após processo regular de ava-
liação (BRASIL, 1996, s/p).

No Plano Nacional (2011-2020), o Ensino Superior no PNE está descrito na Meta 12,
na qual se tem estabelecido:

““
Meta 12: elevar a taxa bruta de matrícula na educação superior para 50%
(cinquenta por cento) e a taxa líquida para 33% (trinta e três por cento) da
população de 18 (dezoito) a 24 (vinte e quatro) anos, assegurada a qualidade
da oferta e expansão para, pelo menos, 40% (quarenta por cento) das novas
matrículas, no segmento público (BRASIL, 2014, p. 13).
Pós-Universo 17

Sobre a questão da democratização do Ensino Superior, o documento do PNE (2014-


2020), afirma que:

““
[...] a democratização do acesso à educação superior, com inclusão e quali-
dade, é um dos compromissos do Estado brasileiro, expresso nessa meta do
PNE. O acesso à educação superior, sobretudo da população de 18 a 24 anos,
vem sendo ampliado no Brasil, mas ainda está longe de alcançar as taxas dos
países desenvolvidos e mesmo de grande parte dos países da América Latina.
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2011 registrou que
a taxa bruta atingiu o percentual de 27,8%, enquanto a taxa líquida chegou
a 14,6%. O PNE (2001-2010) estabelecia, para o fim da década, o provimen-
to da oferta de educação superior para, pelo menos, 30% da população de
18 a 24 anos. Apesar do avanço observado, o salto projetado pela Meta 12
do novo PNE, que define a elevação da taxa bruta para 50% e da líquida para
33%, revela-se extremamente desafiador (BRASIL, 2014, p. 41).
18 Pós-Universo

Sobre as Estratégias para ampliar a meta 12, segundo o documento do PNE (2014-
2020), são prioridades:

““
[...] otimizar a capacidade instalada da estrutura física e de recursos humanos
das instituições públicas de educação superior, mediante ações planeja-
das e coordenadas, de forma a ampliar e interiorizar o acesso à graduação
(Estratégia 12.1); ampliar a oferta de vagas, por meio da expansão e interio-
rização da rede federal de educação superior, da Rede Federal de Educação
Profissional, Científica e Tecnológica e do sistema Universidade Aberta do
Brasil (Estratégia 12.2); fomentar a oferta de educação superior pública e gra-
tuita prioritariamente para a formação de professores para a educação básica,
sobretudo nas áreas de Ciências e Matemática, bem como para atender o
déficit de profissionais em áreas específicas (Estratégia 12.4); ampliar as po-
líticas de inclusão e de assistência estudantil (Estratégia 12.5); consolidar e
ampliar programas e ações de incentivo à mobilidade estudantil e docente
em cursos de graduação e pós-graduação, em âmbito nacional e interna-
cional (Estratégia 12.12); ampliar, no âmbito do Fundo de Financiamento ao
Estudante do Ensino Superior (FIES), e do Programa Universidade para Todos
(PROUNI), os benefícios destinados à concessão de financiamento (Estratégia
12.20); e ampliar a participação proporcional de grupos historicamente des-
favorecidos na educação superior, inclusive mediante a adoção de políticas
afirmativas, especialmente na forma da Lei nº 12.711, de 29 de agosto de
2012, e Decreto nº 7.824/2012 (Estratégia 12.9) (BRASIL, 2014, p. 41-42).

saiba mais

O Plano Nacional de Educação (2014-2024) estabelece, na meta 12, que seja


elevado para 33% a taxa líquida de matrículas na Educação Superior, até 2024.
Esse indicador mostra que a taxa líquida de matrícula na Educação alcançou
a marca de 18,1%, em 2015, dado da última Pesquisa Nacional por Amostra
de Domicílios (PNAD/IBGE). Isto é, 18,1% da população brasileira de 18 a 24
anos estão matriculados na Educação Superior (incluindo Pós-Graduação).
O indicador revela que, desde 2004, houve um crescimento continuado na
taxa líquida de matrículas. Nos últimos seis anos, de 2009 para 2015, o indi-
cador avançou apenas 3,3 pontos percentuais, o que pode ser considerado
um ritmo insuficiente para o cumprimento da meta em 2024. A taxa líquida
de matrícula na Educação Superior é maior, em toda a série histórica, entre
a população do sexo feminino. São 20,9% em 2015, contra 15,4% no indi-
cador da população do sexo masculino.
Fonte: adaptado de Brasil (2014).
Pós-Universo 19

O ENSINO SUPERIOR
NA LDBEN Lei
nº9394/96
Quando olhamos para os caminhos da história da educação brasileira, vamos en-
contrar propostas e estratégias de governo que orientam e dimensionam o ensino a
partir de diferentes pressupostos e matrizes ideológicas e políticas. É evidente que o
ensino tem sido, segundo Silva (2003), um instrumento de efetivação dos preceitos
de governo, caracterizado pela prevalência da descentralização ou da centralização
do papel do Estado para com a educação, como exemplo podemos citar as indica-
ções no campo educacional inseridas nas Reformas Francisco Campos, de 1931, e
Gustavo Capanema, de 1942.
No entanto, podemos destacar como fatos importantes no campo educacional,
o Ato Adicional de 1834, no qual tivemos efetivamente a instauração da dualidade
de competência em relação aos assuntos de educação. Nesse período, a discussão se
dava pela orientação de que as Províncias, em seus respectivos territórios, ficaram res-
ponsabilizadas pelo ensino primário e secundário. A competência do Governo Geral
passou a ser entendida como a de promover, na capital do Império, o ensino de todos
os graus, e a de prover o ensino superior em todo o país. Esta situação começa a ser
revertida a partir de 1915, com o final do período de vigência da Reforma Rivadávia
Correia, e se consolida pós 1930, segundo Geraldo Bastos Silva, “com a absoluta pree-
minência federal sobre todo o sistema nacional de ensino superior e secundário”
(SILVA, 1969, p. 195-229).
Outro documento legislativo que provocou mudança no campo educacional se
deu a partir da Lei nº 4.024/60, que buscou delinear um modelo federativo da ad-
ministração da educação nacional. Já nas Leis nº 5.692/71 e nº 5.540/78, nota-se a
consolidando e busca pelo sistema educacional, em que o destaque para o ensino
superior ficou sob a tutela da União, e o ensino de 1º e 2º graus a cargo dos Estados.
20 Pós-Universo

Já na Lei nº 9.394/96, tem-se a ampliação do princípio federativo, aumentando


a responsabilidade da administração municipal na gerência e condução da educa-
ção básica da sua população, bem como transferindo para os sistemas estaduais a
supervisão e a gerência dos Conselhos Estaduais de Educação sobre as Instituições
de Ensino Superior mantidas pelos Estados, pelo Distrito Federal e pelos municípios.
A expansão do ensino superior brasileiro, no período 1960-1980, segundo Madeira
(1981), teve destaque aos fatos que ocorreram

““
[...] de 1960 a 1964 – correspondendo a um período de grave crise econômi-
ca, social e política, em que a demanda por ensino superior começa a fazer
pressão; de 1964 a 1969 – compreendendo a consolidação do regime militar,
em que a demanda reprimida continua a aumentar o seu poder de pressão;
de 1969 a 1974 – correspondendo ao período do chamado “milagre brasilei-
ro”, em que o governo responde às pressões com a expansão dos cursos, das
unidades e das vagas; de 1974 a 1980 – período em que o governo aciona
mecanismos para conter a expansão que ele próprio incentivara no período
anterior. Entre 1960 e 1974, as instituições de ensino superior cresceram 286%,
o número de cursos por elas mantidos, 176%, e o número de alunos, 1.059%.
Entre 1969 e 1974, a demanda por ensino superior – considerada em termos
do número de inscritos nos concursos vestibulares cresceu 237% e a oferta
de vagas, 240% (MADEIRA, 1981, p. 20-21).

Há que se observar que a crise e a reestrutuação do Estado e da educação superior


não são fenômenos exclusivos do Brasil, “nem apenas de países de Terceiro mundo
ou da América Latina, mas uma realidade presente e comum à maioria dos países de
todas as dimensões, graus de desenvolvimento” (SGUISSARGI, 1999, p. 25).
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei nº 9.394/96, apresenta-se
como uma reordenação do sistema educacional por inteiro e abre um conjunto de
inovações que podem fazer o acesso ao ensino superior menos elitista. Por exemplo,
a obrigatoriedade de cursos noturnos nas instituições públicas, a regulamentação
e institucionalização da educação a distância, a criação dos Institutos Superiores
de Educação para a formação do magistério para o ensino fundamental e médio,
o apoio aos programas de educação superior continuada, os cursos superiores se-
quenciais, entre outros.
Pós-Universo 21

reflita

O Ensino Superior tem se efetivado por meio da relação entre os interesses


do Estado, do mercado e das demandas internacionais, daí a expansão dos
programas governamentais de ampliação de vagas.

De acordo com a pesquisa realizada por Barros (2015),

““
[...] em dez anos, as matrículas em cursos superiores (presenciais e a distân-
cia) mais que dobraram: de 3.036.113, em 2001, passaram para 6.379.299, em
2010. A democratização pode apresentar significados diferentes e peculiares
para cada indivíduo. Portanto, estes significados são decorrentes da ideo-
logia dos sujeitos e da forma como eles compreendem a realidade política
e social na qual estão inseridos. Nessa perspectiva, a partir de 2003, obser-
va-se que diversos programas foram implementados para colaborar com a
chamada democratização da Educação Superior no país. De certa maneira,
apesar dos limites encontrados, tais medidas representaram um avanço
para este nível de educação. o Programa Universidade para Todos (ProUni), o
Programa de Financiamento Estudantil (Fies), o Programa de Apoio a Planos
de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni),promovem
o aumento da oferta de cursos superiores a distância e as políticas de cotas
vêm exercendo papel importante, porém limitado na redistribuição de opor-
tunidades(BARROS, 2015, p. 362-363).

Assim, o que percebemos é que o Ensino Superior vai se sustentando em ações po-
lítico-governamentais vinculadas a ações de reestruturação e redimensionamento
dos recursos destinados a esse campo, numa parceria intensa estabelecida a partir do
público-privado, configurada por meio de uma ampliação de vagas e acessos cons-
tituída pelas demandas do mercado em buscar uma produção de conhecimentos
desenvolvimento em determinadas áreas.
22 Pós-Universo
Pós-Universo 23

PROCESSOS DE
CREDENCIAMENTO E
AUTORIZAÇÃO DOS
CURSOS DE ENSINO
SUPERIOR
O Brasil tem vivenciado variadas experiências na área da avaliação, principalmente a
partir da década de 90, quando da emergência das políticas educacionais de orienta-
ção liberal-conservadora. É importante ressaltar que essas experiências se pautaram,
principalmente, pelas lógicas da descentralização, da responsabilização e da merito-
cracia e, atualmente, as avaliações externas continuam com esses mesmos propósitos
(AFONSO, 2005; BAUER, 2006; DIAS SOBRINHO, 2000; SOUSA, 2003; SOUSA, ARCAS,
2010; PERONI, 2009).
Libâneo, Oliveira e Coschi (2017, p. 33-34), por sua vez, vão afirmar que “as atuais
políticas educacionais e organizativas devem ser compreendidas no quadro mais
amplo das transformações econômicas, políticas, culturais e geográficas que carac-
terizam o mundo contemporâneo”.
Peroni (2009, p. 286) destaca que a

““
avaliação externa em larga escala tem ocupado um espaço central na políti-
ca educacional brasileira em todos os níveis de ensino nas últimas décadas.
A posição de destaque da avaliação externa, no seio das políticas educacio-
nais em nosso país, vem sendo utilizada especialmente como mecanismo de
“controle” da qualidade, o que muitos autores denominaram Estado Avaliador.
24 Pós-Universo

Afonso (2005, p. 49) destaca que o termo ‘Estado Avaliador’ significa que “o Estado
vem adaptando um ethos competitivo, neodarwinista, passando a admitir a lógica
do mercado, através da importação para o domínio público de modelos de gestão
privada, com ênfase nos resultados ou produtos dos sistemas educativos”. Assim, as
políticas educacionais no país passam a consolidar ações deliberadas a partir das
avaliações em larga escala, sendo elas as avaliações nacionais, estaduais e munici-
pais. Entre as avaliações nacionais estão o Sistema de Avaliação da Educação Básica
(SAEB) e o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES).

atenção

Segundo o art. 1º da Portaria Normativa n° 40 de 2007, consolidada em 29


de dezembro de 2010, a aplicação dos indicadores dos instrumentos de
avaliação dos cursos ocorrem exclusivamente no sistema e-MEC, devendo
apresentar um breve histórico do curso (criação, modalidades de oferta;
áreas de atuação na extensão e áreas de pesquisa, se for o caso); explicitar
os documentos que serviram de base para análise da avaliação (PDI, PPC,
relatórios de autoavaliação e demais relatórios da IES). O Conceito do Curso
é calculado, com base na média aritmética ponderada dos conceito das di-
mensões: Organização Didático-Pedagógica; Corpo Docente e Tutorial e
Infraestrutura. (BRASIL)

O estabelecimento das políticas educacionais na atualidade da educação brasileira


no nível nacional, é prescrito pelo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica
(IDEB) que, segundo Barreto (2001, p. 60):

““
Quando os sistemas de avaliação incorporam elementos importantes da
cultura escolar e os professores sentem que esta é feita a seu favor e não
contra eles, como na Suécia, os procedimentos utilizados terminam sendo
assimilados pelos docentes como um indicador importante para a melho-
ria do seu trabalho. Nesses casos, a insistência no caráter complementar das
duas modalidades de avaliação, a saber, a padronizada, mais precisa e com
condições de comparabilidade, mas necessariamente restrita, e a do profes-
sor e da escola, que contempla aspectos mais abrangentes da formação do
aluno, parece vir contribuindo para reafirmar junto ao magistério a sua dig-
nidade profissional.
Pós-Universo 25

De acordo com o Decreto nº 5.773/06, as instituições de educação superior, de


acordo com sua organização e respectivas prerrogativas acadêmicas, são credencia-
das como:

““
I - faculdades;

II - centros universitários; e

III - universidades.

As instituições são credenciadas originalmente como faculdades. O creden-


ciamento como universidade ou centro universitário, com as consequentes
prerrogativas de autonomia, depende do credenciamento específico de ins-
tituição já credenciada, em funcionamento regular e com padrão satisfatório
de qualidade.

As universidades se caracterizam pela indissociabilidade das atividades de


ensino, pesquisa e extensão. São instituições pluridisciplinares de formação
dos quadros profissionais de nível superior, de pesquisa, de extensão e de
domínio e cultivo do saber humano, que se caracterizam por:

I - produção intelectual institucionalizada mediante o estudo sistemático dos


temas e problemas mais relevantes, tanto do ponto de vista científico e cul-
tural quanto regional e nacional;

II - um terço do corpo docente, pelo menos, com titulação acadêmica de


mestrado ou doutorado; e

III - um terço do corpo docente em regime de tempo integral.

§ 1º A criação de universidades federais se dará por iniciativa do Poder


Executivo, mediante projeto de lei encaminhado ao Congresso Nacional.

§ 2º A criação de universidades privadas se dará por transformação de ins-


tituições de ensino superior já existentes e que atendam ao disposto na
legislação pertinente.
26 Pós-Universo

São centros universitários as instituições de ensino superior pluricurriculares,


abrangendo uma ou mais áreas do conhecimento, que se caracterizam pela
excelência do ensino oferecido, comprovada pela qualificação do seu corpo
docente e pelas condições de trabalho acadêmico oferecidas à comunida-
de escolar. Os centros universitários credenciados têm autonomia para criar,
organizar e extinguir, em sua sede, cursos e programas de educação supe-
rior (BRASIL, 2006, s/p).

A respeito do Reconhecimento de Cursos Superiores, o Decreto n. 5.773/2006 dispõe


sobre o exercício das funções de regulação, supervisão e avaliação de instituições de
ensino superior e cursos superiores de graduação e sequenciais no sistema federal
de ensino.

““
§ 1º A regulação será realizada por meio de atos administrativos autorizati-
vos do funcionamento de instituições de educação superior e de cursos de
graduação e seqüenciais. § 2º A supervisão será realizada a fim de zelar pela
conformidade da oferta de educação superior no sistema federal de ensino
com a legislação aplicável.

§ 3º A avaliação realizada pelo Sistema Nacional de Avaliação da Educação


Superior - SINAES constituirá referencial básico para os processos de regu-
lação e supervisão da educação superior, a fim de promover a melhoria de
sua qualidade.

Art. 2º O sistema federal de ensino superior compreende as instituições fe-


derais de educação superior, as instituições de educação superior criadas e
mantidas pela iniciativa privada e os órgãos federais de educação superior.

Art. 3º As competências para as funções de regulação, supervisão e avalia-


ção serão exercidas pelo Ministério da Educação, pelo Conselho Nacional de
Educação - CNE, pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais
Anísio Teixeira - INEP, e pela Comissão Nacional de Avaliação da Educação
Superior - CONAES, na forma deste Decreto.

Parágrafo único. As competências previstas neste Decreto serão exercidas


sem prejuízo daquelas previstas na estrutura regimental do Ministério da
Educação e do INEP, bem como nas demais normas aplicáveis (BRASIL, 2006).
Pós-Universo 27

Art. 4o Ao Ministro de Estado da Educação, como autoridade máxima da educação


superior no sistema federal de ensino, compete, no que respeita às funções discipli-
nadas por este Decreto:

““
I - homologar deliberações do CNE em pedidos de credenciamento e recre-
denciamento de instituições de educação superior;
II - homologar os instrumentos de avaliação elaborados pelo INEP;

III - homologar os pareceres da CONAES;

IV - homologar pareceres e propostas de atos normativos aprovadas pelo


CNE; e

V - expedir normas e instruções para a execução de leis, decretos e regula-


mentos (BRASIL, 2006)

Art. 5º No que diz respeito à matéria objeto deste Decreto, compete ao Ministério da
Educação, por intermédio de suas Secretarias, exercer as funções de regulação e su-
pervisão da educação superior, em suas respectivas áreas de atuação.
Art. 6º No que diz respeito à matéria objeto deste Decreto, compete ao CNE:

““
I - exercer atribuições normativas, deliberativas e de assessoramento do
Ministro de Estado da Educação;
II - deliberar, com base no parecer da Secretaria competente, observado o
disposto no art. 4º, inciso I, sobre pedidos de credenciamento e recreden-
ciamento de instituições de educação superior e específico para a oferta de
cursos de educação superior a distância;

III - recomendar, por sua Câmara de Educação Superior, providências das


Secretarias, entre as quais a celebração de protocolo de compromisso, quando
não satisfeito o padrão de qualidade específico para credenciamento e re-
credenciamento de universidades, centros universitários e faculdades;

IV - deliberar sobre as diretrizes propostas pelas Secretarias para a elaboração,


pelo INEP, dos instrumentos de avaliação para credenciamento de instituições;

V - aprovar os instrumentos de avaliação para credenciamento de institui-


ções, elaborados pelo INEP;

VI - deliberar, por sua Câmara de Educação Superior, sobre a exclusão de de-


nominação de curso superior de tecnologia do catálogo de que trata o art.
5º, § 3º, inciso VII;
28 Pós-Universo

VII - aplicar as penalidades previstas no Capítulo IV deste Decreto;

VIII - julgar recursos, nas hipóteses previstas neste Decreto;

IX - analisar questões relativas à aplicação da legislação da educação supe-


rior; e

X - orientar sobre os casos omissos na aplicação deste Decreto, ouvido o


órgão de consultoria jurídica do Ministério da Educação.

Art. 7º No que diz respeito à matéria objeto deste Decreto, compete ao INEP:

I - realizar visitas para avaliação in loco nos processos de credenciamento e


recredenciamento de instituições de educação superior e nos processos de
autorização, reconhecimento e renovação de reconhecimento de cursos de
graduação e seqüenciais;

II - realizar as diligências necessárias à verificação das condições de funciona-


mento de instituições e cursos, como subsídio para o parecer da Secretaria
competente, quando solicitado;

III - realizar a avaliação das instituições, dos cursos e do desempenho dos


estudantes;

IV - elaborar os instrumentos de avaliação conforme as diretrizes da CONAES;

V - elaborar os instrumentos de avaliação para credenciamento de institui-


ções e autorização de cursos, conforme as diretrizes do CNE e das Secretarias,
conforme o caso; e

VI - constituir e manter banco público de avaliadores especializados, confor-


me diretrizes da CONAES (BRASIL, 2006).

Art. 8º No que diz respeito à matéria objeto deste Decreto, compete à CONAES:

““
I - coordenar e supervisionar o SINAES;
II - estabelecer diretrizes para a elaboração, pelo INEP, dos instrumentos de ava-
liação de cursos de graduação e de avaliação interna e externa de instituições;

III - estabelecer diretrizes para a constituição e manutenção do banco público


de avaliadores especializados;

IV - aprovar os instrumentos de avaliação referidos no inciso II e submetê-los


à homologação pelo Ministro de Estado da Educação;
Pós-Universo 29

V - submeter à aprovação do Ministro de Estado da Educação a relação dos


cursos para aplicação do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes
- ENADE;

VI - avaliar anualmente as dinâmicas, procedimentos e mecanismos da ava-


liação institucional, de cursos e de desempenho dos estudantes do SINAES;

VII - estabelecer diretrizes para organização e designação de comissões de


avaliação, analisar relatórios, elaborar pareceres e encaminhar recomenda-
ções às instâncias competentes;

VIII - ter acesso a dados, processos e resultados da avaliação; e

IX - submeter anualmente, para fins de publicação pelo Ministério da Educação,


relatório com os resultados globais da avaliação do SINAES (BRASIL, 2006).

atenção

Credenciamento de Universidades: a) Públicas Federais credenciamen-


to concedido por cinco anos e renovado periodicamente, após processo
regular de avaliação; b) Privadas: sua criação dar-se-á por transformação
de instituições de ensino superior já credenciadas e em funcionamento. O
Recredenciamento, para as IES do sistema federal de ensino, ocorrer após
cinco anos da criação, Descredenciamento, Suspensão Temporária das
Atribuições de Autonomia, Intervenção na Instituição: decorrentes de rea-
valiação de eventuais deficiências, de irregularidades identificadas pelas
comissões de avaliação ou de processo administrativo disciplinar concluí-
do, após esgotado o prazo para saneamento (BRASIL).

Do Credenciamento e Recredenciamento de Instituição de Educação Superior LDBEN


Lei nº 9394/96, Art. 12. As instituições de educação superior, de acordo com sua or-
ganização e respectivas prerrogativas acadêmicas, serão credenciadas como:

““
I - faculdades;
II - centros universitários; e

III - universidades.

Art. 13. O início do funcionamento de instituição de educação superior é


condicionado à edição prévia de ato de credenciamento pelo Ministério da
Educação.
30 Pós-Universo

§ 1º A instituição será credenciada originalmente como faculdade.

§ 2º O credenciamento como universidade ou centro universitário, com as


conseqüentes prerrogativas de autonomia, depende do credenciamento
específico de instituição já credenciada, em funcionamento regular e com
padrão satisfatório de qualidade.

§ 3º O indeferimento do pedido de credenciamento como universidade ou


centro universitário não impede o credenciamento subsidiário como centro
universitário ou faculdade, cumpridos os requisitos previstos em lei.

§ 4º O primeiro credenciamento terá prazo máximo de cinco anos, para facul-


dades e centros universitários, e de dez anos, para universidades, nos termos
de ato do Ministro de Estado da Educação. (Redação dada pelo Decreto nº
8.754, de 2016)

Art. 14. São fases do processo de credenciamento:

I - protocolo do pedido junto à Secretaria competente, instruído conforme


disposto nos arts. 15 e 16;

II - análise documental pela Secretaria competente;

III - avaliação in loco pelo INEP;

IV - parecer da Secretaria competente;

V - deliberação pelo CNE; e

VI - homologação do parecer do CNE pelo Ministro de Estado da Educação.

Art. 15. O pedido de credenciamento deverá ser instruído com os seguintes


documentos:

I - da mantenedora:

a) atos constitutivos, devidamente registrados no órgão competente, que


atestem sua existência e capacidade jurídica, na forma da legislação civil;

b) comprovante de inscrição no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas do


Ministério da Fazenda - CNPJ/MF;

c) comprovante de inscrição nos cadastros de contribuintes estadual e mu-


nicipal, quando for o caso;
Pós-Universo 31

d) certidões de regularidade fiscal perante as Fazendas Federal, Estadual e


Municipal;

e) certidões de regularidade relativa à Seguridade Social e ao Fundo de


Garantia do Tempo de Serviço - FGTS;

Art. 16. O plano de desenvolvimento institucional deverá conter, pelo menos,


os seguintes elementos:

I - missão, objetivos e metas da instituição, em sua área de atuação, bem como


seu histórico de implantação e desenvolvimento, se for o caso;

II - projeto pedagógico da instituição;

III - cronograma de implantação e desenvolvimento da instituição e de cada


um de seus cursos, especificando-se a programação de abertura de cursos,
aumento de vagas, ampliação das instalações físicas e, quando for o caso, a
previsão de abertura dos cursos fora de sede;

IV - organização didático-pedagógica da instituição, com a indicação de


número de turmas previstas por curso, número de alunos por turma, locais
e turnos de funcionamento e eventuais inovações consideradas significa-
tivas, especialmente quanto a flexibilidade dos componentes curriculares,
oportunidades diferenciadas de integralização do curso, atividades práticas
e estágios, desenvolvimento de materiais pedagógicos e incorporação de
avanços tecnológicos;

V - perfil do corpo docente, indicando requisitos de titulação, experiência no


magistério superior e experiência profissional não-acadêmica, bem como os
critérios de seleção e contração, a existência de plano de carreira, o regime
de trabalho e os procedimentos para substituição eventual dos professores
do quadro;

VI - organização administrativa da instituição, identificando as formas de par-


ticipação dos professores e alunos nos órgãos colegiados responsáveis pela
condução dos assuntos acadêmicos e os procedimentos de auto-avaliação
institucional e de atendimento aos alunos;
32 Pós-Universo

VII - infra-estrutura física e instalações acadêmicas, especificando:

a) com relação à biblioteca: acervo de livros, periódicos acadêmicos e científicos


e assinaturas de revistas e jornais, obras clássicas, dicionários e enciclopédias,
formas de atualização e expansão, identificado sua correlação pedagógica
com os cursos e programas previstos; vídeos, DVD, CD, CD-ROMS e assina-
turas eletrônicas; espaço físico para estudos e horário de funcionamento,
pessoal técnico administrativo e serviços oferecidos;

b) com relação aos laboratórios: instalações e equipamentos existentes e a


serem adquiridos, identificando sua correlação pedagógica com os cursos
e programas previstos, os recursos de informática disponíveis, informações
concernentes à relação equipamento/aluno; e descrição de inovações tec-
nológicas consideradas significativas; e

c) plano de promoção de acessibilidade e de atendimento prioritário, ime-


diato e diferenciado às pessoas portadoras de necessidades educacionais
especiais ou com mobilidade reduzida, para utilização, com segurança e au-
tonomia, total ou assistida, dos espaços, mobiliários e equipamentos urbanos,
das edificações, dos serviços de transporte; dos dispositivos, sistemas e meios
de comunicação e informação, serviços de tradutor e intérprete da Língua
Brasileira de Sinais - LIBRAS;

VIII - oferta de educação a distância, sua abrangência e pólos de apoio


presencial;

IX - oferta de cursos e programas de mestrado e doutorado (BRASIL, 2006).

““
Do Credenciamento Específico para Oferta de Educação a Distância
Art. 26. A oferta de educação a distância é sujeita a credenciamento especí-
fico, nos termos de regulamentação própria.
§ 1º O pedido observará os requisitos pertinentes ao credenciamento de ins-
tituições. (Redação dada pelo Decreto nº 8.754, de 2016)

§ 2º O pedido de credenciamento de instituição de educação superior para


a oferta de educação a distância deve ser instruído com o comprovante do
recolhimento da taxa de avaliação in loco e documentos referidos em regu-
lamentação específica.

§ 3º Aplicam-se, no que couber, as disposições que regem o credenciamento


e o recredenciamento de instituições de educação superior (BRASIL, 2006).
Pós-Universo 33

§ 4º A Secretaria competente poderá instituir processo simplificado de creden-


ciamento específico para oferta de educação a distância para as instituições
federais e estaduais de educação superior, exclusivamente no âmbito de
programas ou ações conduzidas pelo Ministério da Educação (Incluído pelo
Decreto nº 8.754, de 2016) (BRASIL, 2016).

Da Autorização, do Reconhecimento e da Renovação de Reconhecimento


de Curso Superior.

Art. 27. A oferta de cursos superiores em faculdade ou instituição equipa-


rada, nos termos deste Decreto, depende de autorização do Ministério da
Educação.

§ 1º O disposto nesta Subseção aplica-se aos cursos de graduação e seqüenciais.

§ 2º Os cursos e programas oferecidos por instituições de pesquisa científi-


ca e tecnológica submetem-se ao disposto neste Decreto.

Art. 28. As universidades e centros universitários, nos limites de sua autonomia,


observado o disposto nos §§ 2º e 3º deste artigo, independem de autoriza-
ção para funcionamento de curso superior, devendo informar à Secretaria
competente os cursos abertos para fins de supervisão, avaliação e posterior
reconhecimento, no prazo de sessenta dias.

§ 1º Aplica-se o disposto no caput a novas turmas, cursos congêneres e toda


alteração que importe aumento no número de estudantes da instituição ou
modificação das condições constantes do ato de credenciamento (BRASIL,
2006).

““
Art. 29. São fases do processo de autorização:

I - protocolo do pedido junto à Secretaria competente, instruído conforme


disposto no art. 30 deste Decreto;
II - análise documental pela Secretaria competente;

III - avaliação in loco pelo INEP; e

IV - decisão da Secretaria competente.

§ 1º No caso de curso correspondente a profissão regulamentada, a Secretaria


abrirá prazo para que o órgão de regulamentação profissional, de âmbito
nacional, possa oferecer subsídios à decisão do Ministério da Educação, em
caráter opinativo, no prazo de sessenta dias. (Incluído pelo Decreto nº 8.754,
de 2016)
34 Pós-Universo

§ 2º A Secretaria competente poderá dispensar a realização de avaliação in


loco, conforme regulamento. (Incluído pelo Decreto nº 8.754, de 2016)

§ 3º Poderão ser instituídos processos de autorização simplificados para a


oferta de cursos superiores para instituições que comprovem alta qualifica-
ção para o ensino ou para a pesquisa, com base em avaliação realizada pelo
Poder Público, conforme regulamento. (Incluído pelo Decreto nº 8.754, de

““
2016).

Art. 30. O pedido de autorização de curso deverá ser instruído com os se-
guintes documentos:
I - comprovante de recolhimento da taxa de avaliação in loco;

II - projeto pedagógico do curso, informando número de alunos, turnos, pro-


grama do curso e demais elementos acadêmicos pertinentes;

III - relação de docentes, acompanhada de termo de compromisso firmado


com a instituição, informando-se a respectiva titulação, carga horária e regime
de trabalho; e

IV - comprovante de disponibilidade do imóvel.

Art. 31. A Secretaria competente receberá os documentos protocolados e


dará impulso ao processo.

§ 1º A Secretaria realizará a análise documental, as diligências necessárias à


completa instrução do processo e o encaminhará ao INEP para avaliação in
loco (BRASIL, 2006).

Do Reconhecimento

Art. 34. O reconhecimento de curso é condição necessária, juntamente com o regis-


tro, para a validade nacional dos respectivos diplomas.
Parágrafo único. O reconhecimento de curso na sede não se estende às uni-
dades fora de sede, para registro do diploma ou qualquer outro fim. (Incluído
pelo Decreto nº 6.303, de 2007) (BRASIL, 2006).

Art. 39. A obtenção de conceitos insatisfatórios nas avaliações do SINAES, inclusive


em eixos, dimensões, índices e indicadores de qualidade poderá ensejar a celebração
de protocolo de compromisso, na forma estabelecida pelos art. 60 e art. 61. (Decreto
nº 8.754, de 2016)
Pós-Universo 35

DA AVALIAÇÃO
Art. 58. A avaliação das instituições de educação superior, dos cursos de gradua-
ção e do desempenho acadêmico de seus estudantes será realizada no âmbito do
SINAES, nos termos da legislação aplicável.
§ 1º O SINAES, a fim de cumprir seus objetivos e atender a suas finalidades
constitucionais e legais, compreende os seguintes processos de avaliação
institucional:

I - avaliação interna das instituições de educação superior;

II - avaliação externa das instituições de educação superior;

III - avaliação dos cursos de graduação; e

IV - avaliação do desempenho acadêmico dos estudantes de cursos de


graduação.

§ 2º Os processos de avaliação obedecerão ao disposto no art. 2o da Lei no


10.861, de 2004.

Art. 59. O SINAES será operacionalizado pelo INEP, conforme as diretrizes da CONAES,
em ciclos avaliativos com duração inferior a:
I - dez anos, como referencial básico para recredenciamento de universida-
des; e

II - cinco anos, como referencial básico para recredenciamento de centros


universitários e faculdades e renovação de reconhecimento de cursos.

§ 3º A avaliação, como referencial básico para a regulação de instituições e


cursos, resultará na atribuição de conceitos, conforme uma escala de cinco
níveis.(Incluído pelo Decreto nº 6.303, de 2007) (BRASIL, 2006).

Parágrafo único. No sistema federal de ensino, a autorização para o funcio-


namento, o credenciamento e o recredenciamento de universidade ou de
instituição não-universitária, o reconhecimento de cursos e habilitações ofe-
recidos por essas instituições, assim como a autorização prévia dos cursos
oferecidos por instituições de ensino superior não-universitárias, serão tor-
nados efetivos mediante ato do Poder Executivo, conforme regulamento.
(Redação dada pela Medida Provisória nº 2.216, de 2001) (BRASIL, 2006).
36 Pós-Universo

saiba mais

São modalidades de atos autorizativos:


a) Credenciamento e Recredenciamento
• a IES solicita o credenciamento junto ao MEC. Sendo credenciada como
faculdades, centros universitários e universidades.

• O primeiro credenciamento ocorre no prazo máximo de três anos, para


faculdades e centros universitários, cinco anos, para as universidades.

• Ocorre ao final de cada ciclo avaliativo do Sinaes.


b) Autorização
• A IES solicita ao MEC a autorização. Exceto universidades e centros uni-
versitários que, por terem autonomia, independem de autorização para
funcionamento de curso superior, apenas informando à secretaria com-
petente os cursos abertos para fins de supervisão, avaliação e posterior
reconhecimento.

c) Reconhecimento e Renovação de Reconhecimento


• O reconhecimento é solicitado com 50% da carga horária dos cursos,
sendo critério para validade do diploma.

• A renovação do reconhecimento deve ser solicitada pela IES ao final de


cada ciclo avaliativo do Sinaes, junto à secretaria competente.

Para Saber mais sobre esses assuntos acesse: <http://portal.mec.gov.br/


component/content/article?id=117:qual-a-diferenca-entre-os-atos-au-
torizativos-credenciamento-autorizacao-e-reconhecimento>.
atividades de estudo

1. A história das políticas públicas com foco na educação brasileira tem se efetivado na
Constituição brasileira com diferentes focos de acordo com cada perspectiva social e
ideológica do Governo. Tendo essa compreensão, assinale F para as questões Falsas
e V para as afirmativas Verdadeira.

( ) A Constituição de 1934 foi a pioneira em colocar a educação como “direito de


todos”.
( ) A Constituição de 1937, inseriu o direito à educação no capítulo destinado à família,
prevendo a colaboração do Estado na manutenção desse dever.
( ) As Constituições de 1946 e de 1967 colocavam que a educação pública deveria
ser dirigida apenas para as elites.
( ) A Constituição de 1988 estabelece igualdade de condições para o acesso e per-
manência na escola.
( ) A Constituição de 1988 passa a afirmar que o Estado deve priorizar uma educa-
ção centrada na garantia de padrão de qualidade.

Assinale a alternativa correta:


a) V-V-F-V-F.
b) V-F-F-V-F.
c) V-V-F-F-F.
d) V-V-V-V-V.
e) F-F-F-F-F.

2. Na LDBEN Lei nº 9394/96, no Capítulo V, que trata da Educação Superior, destina-se


as finalidades à educação. Sobre esse assunto, é correto afirmar que:

a) ( ) Estimular a criação cultural e o desenvolvimento do espírito científico e do


pensamento reflexivo
b) ( ) Formar diplomados apenas no campo das licenciaturas, aptos para a inserção
em setores profissionais e para a participação no desenvolvimento da socieda-
de brasileira
c) ( ) Colaborar somente com a formação continuada
d) ( ) Neutralizar o trabalho de pesquisa e investigação científica, visando o desen-
volvimento da ciência e da tecnologia e da criação e difusão da cultura,
e) ( ) O entendimento do homem e do meio em que vive deve estar associado
apenas as ideologias marcadas pelo governo vigente.
atividades de estudo

3. Sobre o Reconhecimento de Cursos Superiores o Decreto n. 5.773/2006, é correto


afirmar que:

( ) A regulação será realizada por meio de atos administrativos autorizativos do fun-


cionamento de instituições de educação superior e de cursos de graduação e
sequenciais.

( ) A supervisão será realizada a fim de zelar pela conformidade da oferta de educa-


ção superior no sistema federal de ensino com a legislação aplicável.

( ) A avaliação realizada pelo Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior


- SINAES constituirá referencial básico para os processos de regulação e supervi-
são da educação superior, a fim de promover a melhoria de sua qualidade.

( ) O sistema federal de ensino superior, somente as instituições de educação básica


da educação.

( ) A educação superior pode ser instituições criadas e mantidas pela iniciativa privada
e os órgãos federais de educação superior.

Assinale a alternativa correta


a) V-V-V-V-V.
b) V-V-V-F-V.
c) V-V-V-F-F.
d) V-V-F-F-F.
e) F-F-F-F-V.
resumo

Discutimos as questões relativas aos avanços do ensino superior ao longo da legislação brasileira,
o que significa que foi possível entender que as finalidades do ensino superior foram se estrutu-
rando a partir das necessidades de qualificação e estruturação do sistema educativo com foco
no desenvolvimento do campo social, educacional e político da sociedade.

Ao transitar pela história, verificamos que o Ensino Superior no país teve sua construção sus-
tentada num primeiro momento com o objetivo de formar profissionais para atuarem no setor
público, bem como para preparar profissionais liberais.

Os anos 1930 e 1940 foram marcados pelo ensino centrado no “populismo”, chegando nos anos
de 1960 e 1970 tendo um avanço rumo à expansão do ensino superior, tanto nas IES públicas
quanto privadas. Já na década de 90, o ensino superior volta a ser reconfigurado e a buscar novos
rumos e caminhos.

Assim, chegamos a Lei n. 9394/96 no seu artigo 43, tendo a descrição de que a finalidade do
ensino superior deve estar atrelada como prioridade para o ensino, extensão e pesquisa, contem-
plando os elementos da ciência, como os componentes do ensino por meio de ações educativas
com foco na formação e busca pelo modelo de ensino de qualidade. A LDBEN trouxe, então, ao
ensino superior, o processo regular de avaliação dos cursos de graduação e das próprias institui-
ções de ensino superior, instituiu a efetividade dos credenciamentos e recredenciamentos. Outra
ação efetiva foi que a lei também estabeleceu as finalidades para o Ensino Superior.

Entendemos que o contexto do ensino superior se deu efetivamente a partir da década de 90,
quando o MEC passou a regulamentar e criar dispositivos legais reguladores que oportunizaram
o avanço tanto na ampliação de instituições de ensino superior quanto na organização qualifica-
da para com a organização do projeto pedagógico e o plano de desenvolvimento institucional.
material complementar

Título: Educação Superior no Brasil: Estudos, Debates, Controvérsias

Autor: Edson de Oliveira Nunes.

Editora: Garamond

Sinopse: esse livro, um sólido balanço da situação atual da educação superior no Brasil, reúne
pesquisas desenvolvidas desde 2001 pelo Observatório Universitário - um núcleo de pesquisas
da Universidade Candido Mendes dedicado ao estudo das políticas públicas dirigidas ao setor.
Coordenado por Edson de Oliveira Nunes, o Observatório Universitário tem atuado em diversas
frentes e firmou-se como referência nacional para o debate sobre a
educação superior: apesar de sua vocação acadêmica e do caráter
técnico de seus trabalhos, também desenvolve pesquisas aplica-
das e prestou serviços a diferentes instituições educacionais, órgãos
públicos e privados. No período de 2002 quando seu coordenador
foi nomeado para o Conselho Nacional de Educação (CNE), vários
estudos serviram como subsídio a debates e como fundamento
técnico a pareceres e resoluções do CNE.

NA WEB

Para saber mais sobre as questões da avaliação no ensino, você é convidado a navegar no link a
seguir, nele você irá encontrar algumas reflexões desenvolvidas acerca da avaliação de sistemas
e da avaliação no ensino.

Disponível em: <https://acervodigital.unesp.br/bitstream/123456789/65807/1/u1_d29_v3_t03.


pdf>.
_____________________________________________________________ _____

O texto disponibilizado na web: Política de avaliação da Avaliação da Educação Superior


Implementada no Brasil: Questionando o SINAES, temos alguns questionamentos sobre o sistema
de avaliação, com foco na questão da qualidade na educação.

Disponível em: <http://www.aforges.org/wp-content/uploads/2016/11/13-Celia-Haas_Politica-


de-avaliacao-da-educacao-superior.pdf>.
referências

AFONSO, A. J. Avaliação educacional: regulação e emancipação: para uma sociologia das polí-
ticas avaliativas contemporâneas. 3. ed. São Paulo: Cortez, 2005.

______. Reforma de Estado e Políticas Educacionais: Entre a Crise do Estado-Nação e a Emergência


da Regulação Supranacional. Educação & Sociedade, ano XXII, n. 75, Ago./2001. Disponível em:
<http://www.scielo.br/pdf/es/v22n75/22n75a03>. Acesso em: 7 fev. 2018.

ALEXY, R. Teoria de los derechos fundamentales. Tradução Ernesto Garzón Valdés. Madrid:
Centro de Estudios Constitucionales, 1997.

BARRETO, E. S. S. A Avaliação na Educação Básica: entre dois modelos. Educação e Sociedade,


Campinas, v. 22, n. 75, 2001.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Presidência da República,


1988. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm>. Acesso
em: 7 fev. 2018.

______. Decreto n° 8.754, de 10 de maio de 2016. Altera o Decreto no 5.773, de 9 de maio de


2006, que dispõe sobre o exercício das funções de regulação, supervisão e avaliação de institui-
ções de educação superior e cursos superiores de graduação e sequenciais no sistema federal de
ensino. Presidência da República, 2016. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_
ato2015-2018/2016/decreto/D8754.htm>. Acesso em: 7 fev. 2018.

______. Decreto nº 5.773, de 9 de maio de 2006. Dispõe sobre o exercício das funções de
regulação, supervisão e avaliação de instituições de educação superior e cursos superiores de
graduação e sequenciais no sistema federal de ensino. Presidência da República, 2006. Disponível
em: <http://www2.mec.gov.br/sapiens/portarias/dec5773.htm>. Acesso em: 7 fev. 2018.

______. Instrumentos de Avaliação dos Cursos de Graduação Presencial e a Distância. Brasília,


MEC, INEP, DAES, SINAES, 2016. Disponível em: <http://cpa.ufsc.br/files/2017/02/Instrumento-
Curso-2016.pdf>. Acesso em: 7 fev. 2018.

______. Lei nº 9.394/96, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da edu-


cação nacional. Presidência da República, 1996. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/leis/l9394.htm>. Acesso em: 7 fev. 2018.
referências

______. Medida Provisória n° 2.216-37, de 31 de agosto de 2001. Altera dispositivos da Lei


no 9.649, de 27 de maio de 1998, que dispõe sobre a organização da Presidência da República e
dos Ministérios, e dá outras providências. Presidência da República, 2001. Disponível em: <http://
www.planalto.gov.br/ccivil_03/mpv/2216-37.htm>. Acesso em: 7 fev. 2018.

______. Observatório Nacional do PNE. Brasília, 2014. Disponível em: <http://www.observa-


toriodopne.org.br/>. Acesso em: 7 fev. 2018.

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PERONI, V. M. V. Avaliação institucional em tempos de redefinição do papel do Estado. R BPA E.


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para o Brasil? CIPEDES - Separata da Revista Avaliação, n. 4, v. 4, 1999, pp. 15-27.

SILVA, I. G. Democracia e participação na “reforma” do Estado. São Paulo: Cortez, 2003.


resolução de exercícios

1. a) V-V-F-V-F

2. a) Estimular a criação cultural e o desenvolvimento do espírito científico e do pen-


samento reflexivo

3. b) V-V-V-F-V

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