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CAPELANIA DA UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE

TRÊS DESAFIOS: INTELECTUAL, PROFÉTICO E PASTORAL


Rev. Gildásio Jesus B. dos Reis

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A Capelania da Universidade Presbiteriana Mackenzie existe há 41 anos. Teve


início em janeiro de 1975, com o saudoso Rev. Odayr Olivetti. Desde então, ao
longo destas quatro décadas, a UPM tem contado com o trabalho de pastores
que exercem a função de capelães. Nas diversas atividades realizadas
diariamente, a capelania da UPM busca atender a três grandes desafios.
1. Desafio intelectual
O homem foi criado como um ser racional. Deus nos fez à sua imagem e
semelhança, e um dos aspectos que reflete essa nossa semelhança com Deus
é nossa capacidade de pensar (Colossenses 3:10). Devemos, portanto, utilizar
nossa racionalidade de forma sensata, prudente e honrosa.
No contexto da universidade, lidamos com todo tipo de ideologias, crenças e
cosmovisões. O ceticismo é um desafio dentro da universidade. Como bem disse
William Craig “... há uma guerra intelectual em andamento nas universidades”.1
A base para muito daquilo que é ensinado tem sua origem no pensamento
humanista secular, com forte influência do marxismo, ateísmo, agnosticismo e
materialismo, apenas para citar algumas.
Como não existe neutralidade na educação, um dos desafios dentro da
universidade é o de identificar a cosmovisão dominante e fazer o contraponto
com a cosmovisão cristã.
O desafio é o de apresentar o evangelho como algo intelectualmente viável para
alunos e professores. Os cristãos precisam ser vistos dentro da universidade,
não como fanáticos religiosos, mas como pessoas inteligentes e bem
preparadas.2 É o que podemos aprender do alerta do apóstolo: “Estai sempre
preparados para responder com mansidão e temor a todo aquele que vos pedir
a razão da esperança que há em vós” (I Pedro 3.15). Pedro orienta que
estejamos preparados para apresentar argumentos racionais e boas razões que
justifiquem a nossa fé e esperança em Cristo.
2. Desafio profético

Aprendemos nas páginas do Antigo Testamento que o profeta era o instrumento


através do qual Deus falava ao povo. O profeta era a “boca” de Deus, pelo qual

1
CRAIG, William L. A Veracidade da Fé Cristã. Editora Vida Nova. São Paulo: 2004. p.13
2
CRAIG, William L. Em Guarda. Defenda a fé cristã com razão e precisão. Editora Vida Nova. São Paulo:
2011. p.19
a mensagem chegava aos homens (Dt 18.18-19). Ele não falava em seu próprio
nome, nem falava suas próprias palavras, mas falava em nome de Deus e falava
as palavras de Deus. Pedro explicou: "nunca jamais qualquer profecia foi dada
por vontade humana, entretanto homens falaram da parte de Deus movidos pelo
Espírito Santo" (2 Pedro 1.21).

Esta função profética, além de central, é um dos desafios do trabalho do capelão


na Universidade Presbiteriana Mackenzie. Aparentemente simples, tal tarefa no
campus de uma universidade se transforma num grande desafio. O Mackenzie
realiza, anualmente, aproximadamente 600 eventos, alguns deles com público
entre 50 a 200 pessoas e outros nos quais a audiência chega a 1.000. E cada
um destes eventos, realizados pelos mais de 40 cursos (Direito, Arquitetura,
Psicologia, Engenharia, Teologia, Filosofia, Administração, e tantos outros) tem
início com uma reflexão bíblica, num passo da Escritura Sagrada feita pelo
capelão. Reflexão essa que precisa revelar ou expressar a cosmovisão cristã
reformada sobre o assunto principal daquele evento. Para cada reflexão, exige-
se tempo para estudo, pesquisa e muita oração. O capelão para exercer essa
função profética precisa ser um estudioso da palavra, da cultura e dos tempos
em que ministra. Só assim, ele poderá ser a “boca de Deus” para uma sociedade
tão carente do evangelho.

3. Desafio pastoral
O uso bíblico do termo “pastor” sempre traz a ideia de cuidado, zelo, proteção.
O próprio Deus é chamado de “pastor de Israel” (Sl 80.1). Em Isaías 40.11 lemos
que ele “como pastor, apascentará o seu rebanho; entre os seus braços
recolherá os cordeirinhos e os levará no seio; as que amamentam ele guiará
mansamente”. No Novo Testamento, vemos Jesus se identificando como o “bom
pastor”, que “dá a vida pelas ovelhas” (João 10.11, 16).
A figura do pastor sempre remete a alguém que na sua função alimenta, protege,
ensina, orienta e encoraja. Em uma palavra, pastores cuidam (Hb 13.17).
No campus da Universidade Presbiteriana Mackenzie passam diariamente cerca
de 42 mil alunos. Muitos desses alunos buscam ajuda na capelania para as
muitas crises que eles enfrentam na vida. Muitos vêm de lares desestruturados,
sem uma boa formação ética e acabam sendo vítimas das más influências no
campus. Muitos vêm de outros estados, deixam seus lares e o convívio familiar
e buscam apoio e orientação na capelania.
Outras dificuldades que eles enfrentam na realidade da universidade são:
dificuldade financeira, uso de drogas, promiscuidade sexual, incertezas e
ansiedades.
Tudo isso exige um cuidado pastoral que é realizado pelos capelães. Por meio
do aconselhamento, visitação, discipulado, pregação, intercessão e ensino, a
capelania está sempre pronta a atender aos alunos. O desafio aqui é o pastoral.
Ou seja, cuidar desses jovens. E ao fazer isso a capelania se torna um braço de
apoio às suas famílias e igrejas.

Rev. Gildásio Jesus Barbosa dos Reis


Pastor da Igreja Presbiteriana do Parque São Domingos (SP), e Capelão
Universitário na Universidade Presbiteriana Mackenzie

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