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Curso de Pós-Graduação em

Direito Previdenciário
Theodoro Vicente Agostinho
www.professortheodoro.com.br
CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS INCIDENTES SOBRE A
FOLHA-DE-SALÁRIOS E DEMAIS RENDIMENTOS
Salário-de-contribuição
Possui um conceito mais abrangente do que remuneração.
As contribuições para o RGPS incidem sobre uma base
denominada salário-de-contribuição.

O salário-de-contribuição é uma base de cálculo da


contribuição previdenciária tanto em relação aos segurados
e empregadores domésticos, quanto para as empresas e
entidades a elas equiparadas.

Art. 28, I da Lei 8.212/91 conceitua o salário-de-


contribuição.
“Salário-de-contribuição é a remuneração...”
O que é remuneração?

Remuneração

Salários Gorjetas Complementos Salariais


(parte fixa paga pelo (parte variável para por (férias, 13º salário, horas
contratante) terceiros) extras, etc)
Situação
• 1) O proprietário da empresa GANHO FÁCIL S.A., lhe procura para uma consulta
profissional, uma vez que, foi procurado pela empresa CASA DOS INCENTIVOS
Ltda. que lhe oferecia uma forma diferenciada e econômica de oferecer benefícios
pecuniários a seus funcionários sem os elevados custos previdenciários.

• A estratégia parece perfeita: um eficiente plano de marketing, com consistente


motivação aos funcionários e, como conseqüência, um vantajoso planejamento
tributário. O pagamento do citado benefício, é feito através de empresa
intermediária de "marketing de relacionamento", a qual recebe os recursos do
empregador ou tomador de serviço e os repassam aos empregados (beneficiários)
através de cartões magnéticos.

• Com esses cartões, os empregados podem, até o limite do prêmio com que foram
agraciados, adquirir os bens ou serviços que desejarem. Os cartões, que são
recarregáveis e pré-pagos, têm um crédito a ser utilizado. O cartão oferecido a
empresa permite compras da mesma forma que um débito automático, mediante a
digitação de uma senha, e são aceitos em centenas de estabelecimentos. Diante dessa
situação, o proprietário da empresa lhe questiona:
QUESTIONAMENTO

• Esse benefício pode ser legalmente oferecido a


seus funcionários?

• Conforme alegado, a empresa está realmente


isenta do recolhimento de contribuições sociais
sobre estas verbas?
POSICIONAMENTOS

• RECEITA: qualquer remuneração paga a um


empregado, que seja fruto de seu trabalho, deve ser
tributada, com fulcro no art. 28 da 8212/91:
• Art. 28. Entende-se por salário-de-contribuição:
• I - para o empregado e trabalhador avulso: a remuneração auferida em
uma ou mais empresas, assim entendida a totalidade dos rendimentos
pagos, devidos ou creditados a qualquer título, durante o mês,
destinados a retribuir o trabalho, qualquer que seja a sua forma,
inclusive as gorjetas, os ganhos habituais sob a forma de utilidades e os
adiantamentos decorrentes de reajuste salarial, quer pelos serviços
efetivamente prestados, quer pelo tempo à disposição do empregador ou
tomador de serviços nos termos da lei ou do contrato ou, ainda, de
convenção ou acordo coletivo de trabalho ou sentença normativa; (Redação
dada pela Lei nº 9.528, de 10.12.97)
Julgamento Administrativo
• MINISTÉRIO DA FAZENDA - SECRETARIA DA RECEITA
FEDERAL - DELEGACIA DA RECEITA FEDERAL DE
JULGAMENTO EM RECIFE

6 º TURMA
ACÓRDÃO Nº 11-23563 de 22 de Agosto de 2008

ASSUNTO: Contribuições Sociais Previdenciárias
EMENTA: SALÁRIO-DE-CONTRIBUIÇÃO. PARCELAS INTEGRANTES.
PRÊMIOS VINCULADOS À PRODUTIVIDADE. CARTÕES DE
PREMIAÇÃO “INCENTIVE HOUSE”. Possui natureza salarial,
sendo, portanto, base de cálculo de contribuição previdenciária,
o pagamento, mediante cartão de bonificação, de verba para
estímulo ao aumento da produtividade dos segurados.
Período de apuração: : 01/01/1997 a 31/12/2006
POSICIONAMENTOS

• WAGNER BALERA:

• a) O marketing de incentivo não possui regulamentação específica


na legislação pátria.

• b) é perfeitamente possível enquadrá-lo dentro do instituto de


promessa de recompensa disposto nos artigos 854 e seguintes
do Código de Civil

• Art. 854. Aquele que, por anúncios públicos, se comprometer a


recompensar, ou gratificar, a quem preencha certa condição, ou
desempenhe certo serviço, contrai obrigação de cumprir o
prometido.

• c) sua verdadeira natureza é desvinculada do conceito de


remuneração
POSICIONAMENTO

• GANHO EVENTUAL:

• “Art. 28. Entende-se por salário-de-contribuição:


• (...)
• § 9º Não integram o salário-de-contribuição para os fins desta Lei,
exclusivamente:
• (...)
• e) as importâncias recebidas:
• (...)
• 7. a título de ganhos eventuais e os abonos expressamente desvinculados
do salário”. (grifos nossos)

• EXCEPCIONALIDADE E EVENTUALIDADE

• DESVINCULAÇÃO SALÁRIO
Posicionamento administrativo
• CONSULTA TÉCNICA INTERNA Nº 536, da
GEX-Belo Horizonte, do ano de 2004:

• Manifestação da Consultoria Juridica /


Procuradoria Geral / AGU e ADIN EMENTA:
SALÁRIO-DE-CONTRIBUIÇÃO -
CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS - FATO
GERADOR - BONIFICAÇÃO EVENTUAL A EX-
DIRETOR DE SOCIEDADE ANÔNIMA. O
pagamento de verba de forma eventual e
desvinculada do salário não caracteriza a
ocorrência de fato gerador de contribuição
previdenciária.”
JURISPRUDENCIA
• PROC. -:- 2008.03.00.044314-9 AI 354466
• D.J. -:- 12/6/2009
• AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 2008.03.00.044314-9/SP
• RELATORA : Desembargadora Federal VESNA KOLMAR

• Segundo abalizada doutrina, os denominados prêmios constituem um suplemento à
remuneração do empregado, destinados a recompensar-lhes por um melhor
rendimento e comportamento, segundo atributos individuais, cujo deferimento
depende da ação pessoal do empregado em relação à empresa, hipótese em que não
teriam natureza salarial. Todavia, caso correspondam efetivamente a contraprestação
serviços prestados pelo empregado, relacionados ao vínculo empregatício, a despeito da
denominação utilizada, necessário reconhecê-los como salário (Arnaldo Süssekind,
Instituições Direito do Trabalho, vol. 1, 1996, São Paulo, Ltr, pp. 375/376).

• In casu, afirma a agravante que efetuou pagamentos valores a seus empregados no período
compreendido entre janeiro 2001 e dezembro 2005, a título prêmio pela participação em
programas de incentivo com vistas a estimulá-os a "alcançar e/ou superar metas de
naturezas diversas, as quais podem estar relacionadas a vendas, qualidade, produção ou
outros intangíveis, inclusive integração de equipes".

• Todavia, deixou a agravante de trazer aos autos elementos hábeis a comprovar que os
aludidos valores de fato foram distribuídos eventualmente na forma de prêmio,
tampouco comprovou que as verbas pagas não configuraram contraprestação pela
atividade laboral; ao contrário, os documentos elaborados pela Secretaria da Receita
Previdenciária dão conta de que os pagamentos foram efetuados a título de comissões
sobre vendas realizadas pelos empregados, num interregno de cinco anos (fls. 68/69 e
163/170).
QUESTIONAMENTO

• Quem é o contribuinte da eventual contribuição


social sobre esta verba?

• A) a empresa empregadora;
• B) a empresa de marketing;

• A Lei nº 8.212, de 1991 - não previu o prêmio


ofertado pelos programas de incentivo como base de
incidência de contribuição social, nem tampouco
elegeu aquele que seria o sujeito passivo de
eventual relação tributária, na hipótese em
debate.
SITUAÇÃO
• 2) Empregado que, depois de licenciado, é eleito para cargo de
diretor ou membro (remunerado) do Conselho de Administração de
sociedade anônima (S.A.) através de Assembléia Geral ou Reunião
do Conselho, conforme o caso, ou diretor de Sociedade por Quotas
de Responsabilidade Limitada (Ltda.) através de Reunião de
Diretoria, possui qual enquadramento (enquanto segurado) e
contribui de que forma para a Previdência Social (como empregado,
avulso, doméstico, individual)?

• QUESTIONAMENTOS

• 1) Ele pode receber PLR (Participação nos Lucros e Resultados)?

• 2) Se receber deverá sofrer incidência de contribuição


previdenciária sobre essa verba?
NORMATIVIDADE
• CONSTITUIÇÃO FEDERAL

• Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que
visem à melhoria de sua condição social:

• XI - participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração, e,


excepcionalmente, participação na gestão da empresa, conforme definido em lei;

• LEI nº 8.212/91

• Art. 28. Entende-se por salário-de-contribuição:


• (...)
• § 9º Não integram o salário-de-contribuição para os fins desta Lei,
exclusivamente: (Redação dada pela Lei nº 9.528, de 10.12.97)
• (...)
• e) as importâncias: (Alínea alterada e itens de 1 a 5 acrescentados pela Lei nº 9.528,
de 10.12.97
• (...)
• j) a participação nos lucros ou resultados da empresa, quando paga ou
creditada de acordo com lei específica;
NORMATIVIDADE

• LEI No 10.101, DE 19 DE DEZEMBRO DE 2000. Dispõe sobre


a participação dos trabalhadores nos lucros ou resultados da
empresa e dá outras providências.

• Art. 1o Esta Lei regula a participação dos trabalhadores


nos lucros ou resultados da empresa como instrumento de
integração entre o capital e o trabalho e como incentivo à
produtividade, nos termos do art. 7o, inciso XI, da
Constituição.

• Art. 2o A participação nos lucros ou resultados será objeto de


negociação entre a empresa e seus empregados, mediante
um dos procedimentos a seguir descritos, escolhidos pelas
partes de comum acordo:
Posicionamento Administrativo
• MINISTÉRIO DA FAZENDA - SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL
DELEGACIA DA RECEITA FEDERAL DE JULGAMENTO EM PORTO
ALEGRE
6 º TURMA - ACÓRDÃO Nº 10-18615 de 13 de Marco de 2009

ASSUNTO: Contribuições Sociais Previdenciárias
EMENTA: AI DEBCAD Nº 37.159.762-5 AUTO DE INFRAÇÃO. OBRIGAÇÃO
PREVIDENCIÁRIA. PRINCIPAL. DECADÊNCIA. PARTICIPAÇÃO DOS
EMPREGADOS NOS LUCROS DA EMPRESA. REGRAS. CLAREZA.
OBJETIVIDADE. CATEGORIA ABRANGIDA.INOBSERVÂNCIA. A teor da Súmula
Vinculante nº 08 do STF, o prazo para constituição de crédito relativo às
contribuições para a Seguridade Social segue a sistemática do Código Tributário
Nacional. Lançamento, cientificado ao sujeito passivo em 10/09/2008, abrangendo o
período de 01/2003, está fulminado pelo instituto da decadência. O pagamento de
participação nos resultados aos empregados, em desacordo com a lei específica,
integra o salário de contribuição. A participação nos lucros é o pagamento
feito pelo empregador ao empregado, em decorrência do contrato de
trabalho, não sendo estendida a membros do conselho de administração
de sociedade anônima - contribuintes individuais para o Regime Geral
de Previdência Social. As provas documentais devem ser apresentadas
juntamente com a impugnação, precluindo o direito de apresentá-las em outro
momento processual.
• Período de apuração: : 01/01/2003 a 31/01/2008
PAT – PROGRAMA DE ALIMENTAÇÃO DO TRABALHADOR

RECOLHIMENTO DE CONTIBUIÇÕES SOCIAIS

a) Empresa está inscrita no PAT e o pagamento da alimentação é realizado in natura;

• Art. 28. Entende-se por salário-de-contribuição:


• (...)
• § 9º Não integram o salário-de-contribuição para os fins desta Lei, exclusivamente:
(Redação dada pela Lei nº 9.528, de 10.12.97)
• (...)
• C) a parcela in natura recebida de acordo com os programas de alimentação
aprovados pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social, nos termos da Lei nº
6.321/1976;

b) Empresa NÃO está inscrita no PAT e o pagamento da alimentação é realizado in


natura;
Situação
• 3) Determinada empresa lhe procura para sanar duvidas existentes sobre a
obrigação de recolhimento de contribuições sociais, relativas aos programas
de alimentação aprovados pelo Ministério do Trabalho e da Previdência
Social.

• O Programa de Alimentação do Trabalhador - PAT foi instituído pela Lei nº


6.321, de 14 de abril de 1976 e regulamentado pelo Decreto nº 5, de 14 de
janeiro de 1991, que priorizam o atendimento aos trabalhadores de baixa
renda, isto é, aqueles que ganham até cinco salários mínimos mensais.

• A primeira duvida é: a inscrição da empresa no Programa de Alimentação


do Trabalhador (PAT), é obrigatória?

• Não. A adesão ao PAT é voluntária. Porém, caso a empresa


conceda benefício alimentação ao trabalhador e não participe do
Programa poderão surgir diversos celeumas, relativamente ao
recolhimento de contribuições sociais sobre a verba em comento.
JURISPRUDENCIA

• PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO - PROGRAMA DE


ALIMENTAÇÃO DO TRABALHADOR - SALÁRIO IN
NATURA - DESNECESSIDADE DE INSCRIÇÃO NO
PROGRAMA DE ALIMENTAÇÃO DO TRABALHADOR –
PAT - NÃO-INCIDÊNCIA DA CONTRIBUIÇÃO
PREVIDENCIÁRIA.
• 1. Quando o pagamento é efetuado in natura, ou seja, o próprio
empregador fornece a alimentação aos seus empregados, com o
objetivo de proporcionar o aumento da produtividade e eficiência
funcionais, não sofre a incidência da contribuição
previdenciária, sendo irrelevante se a empresa está ou não
inscrita no Programa de Alimentação ao Trabalhador -
PAT.2. Recurso especial não provido.
• (REsp 1051294/PR, Rel. Ministra ELIANA CALMON, SEGUNDA
TURMA, julgado em 10/02/2009, DJe 05/03/2009)

Posicionamento Administrativo

• MINISTÉRIO DA FAZENDA
SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL

14 º TURMA

ACÓRDÃO Nº 16-21637 de 03 de Junho de 2009



ASSUNTO: Contribuições Sociais Previdenciárias

EMENTA: PAT. Integram o salário-de-contribuição, e sobre ele incidem as contribuições sociais


previdenciárias e as destinadas a terceiras entidades, os valores relativos à alimentação fornecidos
sem a devida inscrição da empresa no programa oficial instituído pela Lei nº 6.321/76:
PAT - Programa de Alimentação do Trabalhador. Art. 28, §9º, alínea “c” da Lei nº 8.212/91.
PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS. Integram o salário-de-contribuição pelo seu valor total o pagamento de
verbas a título de participação nos lucros ou resultados, quando em desacordo com a legislação correlata
e sobre ele incidem as contribuições sociais previdenciárias e as destinadas a terceiras entidades. Art.
28, § 9º, da Lei 8.212/91 e Art. 214, I, § 10, do Regulamento da Previdência Social, aprovado pelo
Decreto 3.040/99. JUROS - TAXA SELIC. Sobre as contribuições sociais em atraso incide juros
previstos na legislação da época, equivalentes à taxa SELIC.

Período de apuração: : 01/01/2004 a 31/12/2004


PAT – PROGRAMA DE ALIMENTAÇÃO DO TRABALHADOR
• Empresa está inscrita no PAT e o pagamento da alimentação é realizado em
espécie (R$);

• TRIBUTÁRIO. AUXÍLIO-ALIMENTAÇÃO. PAT. PROGRAMA DE


ALIMENTAÇÃO DO TRABALHADOR. DESNECESSIDADE DE
COMPROVAÇÃO DE INSCRIÇÃO. SALÁRIO IN NATURA. NÃO-
INCIDÊNCIA DA CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA.
PROCESSUAL CIVIL. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. HIPÓTESE EM
QUE É VENCIDA A FAZENDA PÚBLICA. LIMITES DO ART. 20, § 3º, DO
CPC. INAPLICABILIDADE. 1. O STJ firmou entendimento no
sentido de que o auxílio alimentação, quando pago em espécie,
passa a integrar a base de cálculo da contribuição previdenciária,
assumindo, pois, feição salarial, afastando-se, somente, de tal incidência,
quando o pagamento for efetuado in natura, ou seja, quando o próprio
empregador fornece a alimentação aos seus empregados, estando ou não
inscrito no Programa de Alimentação do Trabalhador - PAT. 2. O
§ 4º do art. 20 do CPC, aplicável nos casos em que é vencida a Fazenda
Pública, estabelece a fixação dos honorários de forma eqüitativa pelo juiz,
não impondo limites mínimo e máximo para o respectivo quantum.
Precedentes da Corte. 3. Recurso Especial a que se nega provimento.”
(REsp nº 447766⁄RS, 1ª Turma, Rel. Min. LUIZ FUX, DJ de 28⁄10⁄2002)
PAT – PROGRAMA DE ALIMENTAÇÃO DO TRABALHADOR
• Empresa NÃO está inscrita no PAT e o pagamento da alimentação é
realizado em espécie (R$)

• TRIBUTÁRIO. EMBARGOS À EXECUÇÃO. RECURSO ESPECIAL.


AUXÍLIO-ALIMENTAÇÃO. PARCELAS PAGAS EM
PECÚNIA, EM CARÁTER HABITUAL E REMUNERATÓRIO.
INCIDÊNCIA DA CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA.
PRECEDENTES.1. (...) 3. Na espécie, as parcelas referentes à
ajuda-alimentação foram pagas em pecúnia, em caráter
habitual e remuneratório, mediante depósito em conta-
corrente dos respectivos valores, integrando, assim, a base
de cálculo da contribuição previdenciária.4. Precedentes:
REsp nº 433230/RS; REsp nº 447766/RS; REsp nº 330003/CE;
REsp nº 320185/RS; REsp nº 180567/CE; REsp nº
163962/RS;REsp nº 199742/PR; REsp nº 112209/RS; REsp n º
5306/DF e EREsp 603509/CE.5. Recurso especial não-
provido.(REsp 895.146/CE, Rel. Ministro JOSÉ DELGADO,
PRIMEIRA TURMA, julgado em 27/03/2007, DJ 19/04/2007 p.
249)
PAT – PROGRAMA DE ALIMENTAÇÃO DO TRABALHADOR

• Empresa NÃO está inscrita no PAT e o pagamento da alimentação é


realizado através de tickets;

• "TRIBUTÁRIO. FGTS. ANULATÓRIA DE DÉBITO. AUXÍLIO


ALIMENTAÇÃO. PAT. PROGRAMA DE ALIMENTAÇÃO DO
TRABALHADOR. PROGRAMA INCOMPROVADO. SALÁRIO IN
NATURA CONFIGURADO. TRD. DÉBITO FISCAL. CABIMENTO.
• 1. Inexistindo nos autos prova de adesão ao Programa de
Alimentação ao Trabalhador - PAT, o ticket-restaurante,
concedido por força do contrato de trabalho, integra a
remuneração do empregado, haja vista o seu caráter salarial, conforme
orienta o Enunciado nº 241 do TST. (...) 4. Apelação da União provida. 5.
Apelação da autora e remessa improvidas." (REsp nº 5847896⁄MS, 1ª
Turma, Rel. Min. LUIZ FUX, DJ de 18⁄08⁄2008)
PAT – PROGRAMA DE ALIMENTAÇÃO DO TRABALHADOR
• Empresa está inscrita no PAT e o pagamento da alimentação é
realizado através de tickets;

• EMBARGOS À EXECUÇÃO. AJUDA-ALIMENTAÇÃO.


TÍQUETES. PROGRAMA DE ALIMENTAÇÃO DO
TRABALHADOR. CARÁTER SALARIAL. INCIDÊNCIA DA
CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. APELAÇÃO E
REMESSA OFICIAL, TIDA POR INTERPOSTA PROVIDAS. 2.Não
se há de excluir a referida ajuda-alimentação da base de cálculo da
contribuição previdenciária; a uma, porque não se encontra o banco
apelante inscrito, junto ao Ministério do Trabalho, no Programa de
Alimentação do Trabalhador (P.A.T.); a duas, porque a ajuda vem
sendo paga em moeda corrente, e não através de utilidades,
como os tíquetes.(...)Apelação e Remessa Oficial, tida por
interposta providas." (REsp 154.986/SP, Rel. Ministro JOSÉ
DELGADO, PRIMEIRA TURMA, julgado em 11/04/2007)
Situação
• 1) Os dias não trabalhados em decorrência de
faltas abonadas (v.g. atestado médico), são base
de incidência de contribuições sociais??
PRIMEIROS 15 DIAS AUXÍLIO-DOENÇA

Durante os 15 (quinze) primeiros dias de afastamento da


atividade por motivo de doença o contrato de trabalho fica
interrompido, cabendo ao empregador a manutenção do
pagamento integral do salário do empregado.

• Embora a Lei nº 8.212, não afaste expressamente esse


benefício da base de cálculo da contribuição
previdenciária, o benefício não é pago em contraprestação
pelo serviço prestado
STJ – NÃO INCIDÊNCIA
• “TRIBUTÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL.
REPETIÇÃO DE INDÉBITO. PRESCRIÇÃO. ARTIGO 4º DA LC 118/2005.
APLICAÇÃO RETROATIVA. IMPOSSIBILIDADE. DIREITO
INTERTEMPORAL. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. QUINZE
PRIMEIROS DIAS DO AUXÍLIO-DOENÇA. NÃO-INCIDÊNCIA.
ART. 97 DO CF. VIOLAÇÃO NÃO-CONFIGURADA. AGRAVO REGIMENTAL
NÃO-PROVIDO. (...)
• 4. "O auxílio-doença pago até o 15º dia pelo empregador é inalcançável pela
contribuição previdenciária, uma vez que referida verba não possui
natureza remuneratória, inexistindo prestação de serviço pelo
empregado, no período. Precedentes: EDcl no REsp 800.024/SC,
Rel. Ministro Luiz Fux, DJ 10.9.2007; REsp 951.623/PR, Rel.
Ministro José Delgado, DJ 27.9.2007; REsp 916.388/SC, Rel.
Ministro Castro Meira, DJ 26.4.2007" (AgRg no REsp
1039260/SC, Rel. Ministro Luiz Fux, Primeira Turma, DJe
15/12/2008). (...).” (AgRg no REsp 1037482/PR, Rel. Ministro BENEDITO
GONÇALVES, PRIMEIRA TURMA, julgado em 03/03/2009, DJe
12/03/2009)
15 DIAS AUXÍLIO-DOENÇA
• "TRIBUTÁRIO. PREVIDENCIÁRIO. RECURSO
ESPECIAL. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA.
AUXÍLIO-DOENÇA.
• 1. O empregado afastado por motivo de doença,
não presta serviço e, por isso, não recebe
salário, mas, apenas uma verba de caráter
previdenciário de seu empregador, durante os
primeiros 15 (quinze) dias.
• A descaracterização da natureza salarial da
citada verba afasta a incidência da
contribuição previdenciária. Precedentes. 2.
Recurso especial provido." (REsp 735.199⁄RS, Rel. Min.
Castro Meira, DJ de 10⁄10⁄2005).
Situação
• A empresa PAULISTA S.A. oferece o pagamento de assistência
Médica aos seus empregados e dirigentes, denominado “seguro-
saúde”. Tal pagamento é subsidiado integralmente pela empresa,
sem ônus para o trabalhador e inclui, também o valor referente aos
seus dependentes legais. Foi verificado que existem planos distintos
para os funcionários:

• a) Diretor/Superintendente: Plano Master;
• b) Superintendente Adjunto/Gerentes: Plano Executivo Plus;
• c) demais cargos: Plano Especial Plus.

• Como não há co-participação do empregado, não existe a
possibilidade de opção por um plano melhor. Além disso, para
alguns diretores, houve a possibilidade de optarem planos de sua
escolha.

Situação

• Uma autoridade fiscal ingressou na empresa e quer


aplicar uma autuação por ausencia de recolhimento de
tributos, pois, ao seu entender, essa diferenciação, se
trata de despesa do empregador em desacordo com a lei,
converte-se em benefício econômico não eventual para
seus empregados e dirigentes, sendo vantagem auferida
em decorrência de seu trabalho, revestindo-se assim de
natureza salarial, sujeita a incidência de contribuição
previdenciária.

• Questiona-se: agiu corretamente a autoridade fiscal?


Normatividade

• Art. 28. Entende-se por salário-de-contribuição:


• (...)
• § 9º Não integram o salário-de-contribuição para os fins desta Lei,
exclusivamente: (Redação dada pela Lei nº 9.528, de 10.12.97)
• (...)
• q) o valor relativo à assistência prestada por serviço médico ou
odontológico, próprio da empresa ou por ela conveniado, inclusive o
reembolso de despesas com medicamentos, óculos, aparelhos
ortopédicos, despesas médico-hospitalares e outras similares, desde
que a cobertura abranja a totalidade dos empregados e dirigentes da
empresa; (Alínea acrescentada pela Lei nº 9.528, de 10.12.97)
Resultado esfera administrativa
• 04ª CaJ - Quarta Câmara de Julgamento

• Documento: 0035.842.641-3
• Nº de Protocolo do Recurso: 36624.002404/2006-41
• Recorrente(s): BANCO SANTOS S.A - EM LIQUIDAÇÃO EXTRAJUDICIAL
• Recorrido(s): INSS
• Assunto/Espécie Benefício: SALÁRIO INDIRETO - ASSISTÊNCIA
MÉDICA/ODONTOLÓGICA
• Data de Entrada no(a) JR/CRPS: 18/04/2006
• Relator(a): CLEUSA VIEIRA DE SOUZA

• EMENTA- PREVIDENCIÁRIO. CONTRIBUIÇÃO SOCIAL. SALÁRIO


UTILIDADE. JUROS TAXA SELIC 1- nos termos do art. 28 da Lei nº 8212/91,
há incidência de contribuição previdenciária sobre os ganhos habituais sob a forma
de utilidades. 3- Nos termos do art. 34 da Lei nº 8212/91, as contribuições devidas à
seguridade Social e outras importâncias não recolhidas nas épocas próprias ficam
sujeitas aos juros equivalentes à taxa Referencial de Liquidação e - SELIC, incidentes
sobre o valor atualizado, e multa de mora, todos de caráter irrelevável. RECURSO
CONHECIDO E IMPROVIDO.
Posicionamento
• 1) a empresa oferecia a todos os empregados, apenas
tinham diferentes cobertura, de acordo com o cargo, o
que em nada contraria a legislação vigente;

• 2) a exigência legal é no sentido de que todos os


empregados devem ser abrangidos, condição que a
empresa atendeu plenamente;

• 3) exigir condições não previstas na lei para cobrar


tributos resulta em ofensa ao princípio da legalidade;

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