Só a ganância e a
cegueira provocada pelo repentino bem-estar facultado pelo acesso a
Assembleia Nacional aos líderes destes partidos podia resultar na insensatez de
expulsar o próprio “salvador”. Tolhidos pela febre do “sucesso sem esforço”, tais
líderes entendem que a substituição de AC pode ser feito sem prejuízo para a
sobrevivência da própria coligação.
O que resta a AC e seus correligionários é aquilo que devia ter sido feito desde
o início. Criar uma força política ou capturar uma que já exista no mercado. Uma
solução que devia ter servido para contornar a imprudência de entrar numa
coligação sem um partido político. Coisa que lembra uma inexplicável
negligência. A primeira hipótese (criar uma força política) está vedada pela
estranha “operação fantasma” desenvolvida pelo Tribunal Constitucional (TC)
contra a democracia representativa multipartidária inibindo a legalização de
novas forças políticas.
É preciso que haja um partido descontente com os outros “casistas” para apoiar
a causa de AC e seus “muchachos”.