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Teoria Geral do Direito Internacional Público

Prof.ª Daniela Menezes


Direito Internacional Público
Conceito
É o ramo do direito que regula as relações
internacionais, a cooperação internacional e
temas de interesse da sociedade internacional.
Ou seja, disciplina as relações que envolvem os
Estados, as organizações internacionais e outros
atores em temas de interesse internacional.
Principais Características

a) Regular sociedade internacional;


b) Disciplinar as relações internacionais ou
relações internas;
c) São normas de aplicação direta e imediata;
d) Suas regras são estabelecidas por normas
internacionais.
SUJEITOS DO DIREITO INTERNACIONAL

O Direito Internacional clássico define apenas os


Estados e as organizações internacionais como
sujeitos de direito. A doutrina moderna tem
acrescentado também os blocos regionais, a
Santa Sé, o Comitê Internacional da Cruz
Vermelha, os beligerantes e os insurgentes, além
dos Estados e das organizações internacionais.
SUJEITOS DO DIREITO INTERNACIONAL

Esses novos integrantes classificados pela


doutrina moderna não possuem as mesmas
prerrogativas dos Estados e das organizações
internacionais, à exemplo, da ausência de
capacidade para celebrar tratados.
SUJEITOS DO DIREITO INTERNACIONAL

Atenção: Os Estados são sujeitos de Direito


Internacional e possuem personalidade jurídica
originária, bem como as organizações
internacionais possuem personalidade jurídica
própria e secundária, tendo em vista que são
entidades criadas e compostas por Estados, por
meio de tratados.
ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS
As organizações internacionais podem celebrar
tratados e recorrer aos mecanismos internacionais
de controvérsias, mas o critério da soberania é
exclusivo dos Estados. A Santa Sé é a entidade que
comanda a Igreja Católica Apostólica Romana, tem
personalidade jurídica, pode celebrar tratados,
participar de organizações internacionais e exercer
o direito de enviar e receber agentes.
SANTA SÉ
• A Santa Sé é a entidade que comanda a Igreja
Católica Apostólica Romana, tem personalidade
jurídica, pode celebrar tratados, participar de
organizações internacionais e exercer o direito de
enviar e receber agentes.
• Os tratados celebrados pela Santa Sé são chamados
de concordatas quando relacionados aos assuntos
de interesse da igreja. Em outros assuntos, podem
adotar qualquer outra nomenclatura sem que isso
afete sua validade.
VATICANO

• O Vaticano é o Estado, com personalidade


jurídica e capacidade para celebrar tratados e
atuar no campo internacional.
INDIVÍDUOS

São sujeitos de Direito Internacional, mas não


tem competência para celebrar tratados, salvo
se houver a carta de plenos poderes. Destaca-se
que os indivíduos tem acesso restrito aos foros
internacionais.
ONG’S

• As organizações não governamentais (ONGs)


são sujeitos de direito internacional, sem
competência para celebrar tratados.
• As ONGs tem como principal função atuar nos
foros internacionais em defesa de direitos ou
interesses vinculados à sua atuação. As
empresas tem personalidade internacional,
sendo sujeitos fragmentários de Direito
Internacional, não podendo celebrar tratados.
EMPRESAS

• As empresas podem celebrar contratos com


as organizações internacionais, mas não
tratados.
BLOCOS REGIONAIS

Mecanismos de integração regional”, atuantes


na sociedade internacional.
PARA FIXAR:
Os Estados, as organizações internacionais e a
Santa Sé tem ampla capacidade de atuação na
sociedade internacional, podem celebrar tratados
e acesso aos mecanismos de solução de conflitos.
Destaca-se que os indivíduos, as organizações não
governamentais e as empresas não podem
celebrar tratados, tendo somente acesso aos
mecanismos internacionais e as normas que lhe
conferem direitos.
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS (ONU)

Surgimento
A Conferência de São Francisco influenciou a criação
da ONU em 1945, sendo o período que marcou o
firmamento da Carta das Nações Unidas. A sede
principal fica em Nova Iorque (EUA), Genebra (Suíça), e
diversos outros órgãos ao redor do mundo.
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS (ONU)

Carta das Nações Unidas


O principal documento é a Carta das Nações Unidas o
ato constitutivo que define sua criação, objetivos,
princípios e principais órgãos. A Carta da Organização
das Nações Unidas permite alterações por emendas e
modificações no corpo do seu texto.
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS (ONU)

Principais funções
a) Manter a paz e a segurança internacional;
b) Promover relações amistosas entre as nações;
c) Desenvolver a cooperação internacional para resolver
os problemas internacionais;
d) Harmonizar a ação das nações para a consecução
desses objetivos comuns.
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS (ONU)

Composição
A Organização das Nações Unidas é formada pela
Assembleia-Geral, o Conselho de Segurança e a
Secretária-Geral. A Assembleia-Geral é o órgão plenário
da ONU, onde reúne todos os representantes dos
Estados em princípio de igualdade jurídica.
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS (ONU)

Assembleia-Geral
A Assembleia Geral não é órgão permanente, reúne-se
uma vez por ano, na sede em Nova Iorque, sendo
possível reunir-se em sessão extraordinária convocada
pelo Secretário- Geral, à pedido do Conselho –Geral ou
dos Estados membros. Além disso, a Assembleia Geral
poderá fazer recomendações aos membros da ONU
sobre os assuntos tratados.
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS (ONU)

Deliberações da Assembleia-Geral
As deliberações da Assembleia Geral são feitas por
resolução com caráter meramente recomendatório. As
resoluções mais importantes requer aprovação do voto
favorável de 2/3 dos membros presentes. As demais
resoluções são aprovadas pela maioria.
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS (ONU)

Conselho de Segurança
O Conselho de Segurança é responsável pela
manutenção da paz e da segurança internacional, suas
deliberações são feitas em resoluções vinculantes ou
não. É composto por 15 membros, sendo cinco
permanentes (China, EUA, França, Reino Unido e
Rússia), e os demais são eleitos pela Assembleia Geral
para um mandato de 2 anos, vedado reeleição.
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS (ONU)

Decisões do Conselho de Segurança


As decisões do Conselho de Segurança são tomadas pelo
voto de pelo menos nove membros, incluindo as
decisões mais importantes ou não. A Secretaria Geral da
ONU é o principal órgão administrativo, sendo o
Secretário Geral eleito pela Assembleia Geral para o
mandato de cinco anos, permitido a recondução.
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS (ONU)

Conselhos
Os demais órgãos são o Conselho Econômico e Social
(ECOSOC), o Conselho de Tutela e a Corte Internacional
de Justiça. O ECOSOC é composta por cinquenta e
quatro membros das Nações Unidas, eleitos pela
Assembleia Geral, para mandato de 3 anos, permitido a
reeleição. A ECOSOC pode fazer recomendações as
Nações Unidas sobre assuntos econômicos.
INFORMATIVO STF

Informativo 706 – STF “A Organização das


Nações Unidas - ONU e sua agência
Programa das Nações Unidas para o
Desenvolvimento - PNUD possuem
imunidade de jurisdição e de execução,
abrangendo, inclusive, as causas
trabalhistas”.
DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO
X DIREITO INTERNO
O Direito Internacional Público dirige a
convivência entre os Estados, ao passo que o
Direito interno disciplina as relações entre os
indivíduos e entre estes e o ente estatal.
A doutrina examina duas teorias sobre o tema:
TEORIA MONISTA E A TEORIA DUALISTA.
TEORIA MONISTA
• Não aceita a existência de duas ordens jurídicas
autônomas, independentes e não derivadas;
• Defende a primazia do direito interno;
• Defende a primazia do direito internacional;
• Só existe uma ordem jurídica;
• As normas internacionais são jurídicas e, portanto,
obrigatórias.
• Primado hierárquico das normas internas, com
derrogação das normas internacionais contrárias;
TEORIA MONISTA
• Não aceita a existência de duas ordens jurídicas
autônomas, independentes e não derivadas;
• Defende a primazia do direito interno;
• Defende a primazia do direito internacional;
• Só existe uma ordem jurídica;
• As normas internacionais são jurídicas e, portanto,
obrigatórias.
• Primado hierárquico das normas internas, com
derrogação das normas internacionais contrárias;
DOUTRINA
Na doutrina, a teoria monista classifica-se em:
monismo internacionalista e o monismo
nacionalista. O monismo internacionalista visa a
primazia do Direito Internacional, prevalecendo
sobre as normas internas. Já o monismo
nacionalista visa a primazia do direito interno, com
hierarquia de suas normas, derrogando as normas
internacionais contrárias. Essa teoria, ainda é
praticada por vários Estados.
PARA FIXAR:

No monismo nacionalista, por exemplo,


os limites de validade são impostos
pelo próprio Direito interno, e não pelo
Direito das Gentes.
VAI CAIR EM PROVA
Primazia do direito interno. O Estado por ter
soberania absoluta, não está sujeito a nenhum
sistema jurídico que não tenha emanado de sua
própria vontade; nesse caso, o Direito Internacional
seria um direito interno que os Estados aplicam na
sua vida internacional.

Dica: Só existe uma ordem jurídica.


Dualismo
• Várias ordens jurídicas, com aplicabilidade
simultânea, pluralismo de fontes;
• Ordem jurídica internacional e interna;
• Necessário diploma legal interno que incorpore o
conteúdo da norma internacional (teoria da
incorporação)
• Direito das gentes - dirige apenas a convivência
entre os Estados
• Direito interno – relação indíviduo e Estado
VAI CAIR EM PROVA

• Duas ordens jurídicas, distintas e independentes entre si


(internacional e interna).
• Não há possibilidade de conflito entre as normas.
• Teoria da incorporação

Dica: A incorporação do Direito interno no dualismo não é


regra, por isso, não é mera formalidade.
Dualismo e Monismo
Dualismo radical e
dualismo moderado
Monismo internacionalista e
monismo nacionalista
Monismo internacionalista
radical e monismo
internacionalista moderado
Teoria da Autolimitação

O Estado, por sua própria vontade, submete-se as


normas internacionais e limita sua soberania
(George Jellinek).

Dica: O fundamento é a vontade do Estado, não


uma suposta "vontade internacional".
Teoria da Vontade Coletiva

• O Direito Internacional não nasce da vontade de um ente


estatal, mas da conjunção das vontades unânimes de
vários Estados, formando uma só vontade coletiva
(Heinrich Triepel).

Dica: Não existe vontade majoritária, mas sim unânime. A


vontade majoritária relaciona-se com a teoria da delegação
do Direito interno.
Consentimento das Nações

• O fundamento do Direito das Gentes é a vontade da maioria


dos Estados de um grupo, exercida de maneira livre e sem
vícios, mas sem a exigência de unanimidade (Hall e
Oppenheim)

• Dica: Vontade majoritária.


Delegação do Direito Interno

• O fundamento do Direito Internacional é


encontrado no próprio ordenamento
nacional dos entes estatais (Max
Wenzel);

• Dica: Primazia do direito interno.


Jusnaturalismo

• As normas internacionais impõe-se


naturalmente, por terem fundamento na
própria natureza humana;

• Dica: Origem divina ou baseada na


razão.
Sociológicas

• A norma internacional tem origem em


fato social que se impõe aos indivíduos;

• Dica: Influência das mudanças sociais.


Teoria da norma-base

• O fundamento do Direito Internacional é


a norma hipotética fundamental, da qual
todas as demais, inclusive as do Direito
interno, até porque não haveria
diferença entre normas internacionais e
internas;

• Dica: Não há distinção entre as normas.


Direitos fundamentais dos
Estados
• O Direito Internacional fundamenta-se
no fato de os Estados possuírem direitos
que lhe são inerentes e que são
oponíveis em relação a terceiros;
QUESTÃO 1

Sobre o fundamento do Direito


Internacional Público e as relações
entre o Direito Internacional e o Direito
Interno, assinale a alternativa CORRETA:
a) pela teoria da autolimitação, de Georg
Jellinek, o fundamento do Direito
Internacional seria a vontade
internacional, adotada pelo Estado, por
decisão própria, no exercício de sua
soberania;
b) pela teoria da vontade coletiva, de
Heinrich Triepel, o Direito Internacional se
fundamentaria na vontade coletiva dos
Estados, que se manifestaria expressamente
no tratado-lei e, tacitamente, no costume,
fazendo surgir uma vontade majoritária
dependente das vontades individuais;
c) para a teoria monista com primazia do
direito interno, o Estado por ter soberania
absoluta, não está sujeito a nenhum
sistema jurídico que não tenha emanado
de sua própria vontade; nesse caso, o
Direito Internacional seria um direito
interno que os Estados aplicam na sua vida
internacional;
d) para a teoria dualista, no entendimento
de Triepel, o tratado seria um meio em si
criação de direito interno, sendo sua
incorporação ao direito interno mera
formalidade para dar-lhe natureza jurídica
de norma nacional.
VAI CAIR EM PROVA
Características da Sociedade
Internacional
Elementos do conceito de
Direito Internacional Público
Objeto do Direito
Internacional Público
Fundamento do Direito
Internacional: voluntarismo e
objetivismo
Voluntarismo e objetivismo:
vertentes
O ordenamento jurídico
internacional: características do
Direito Internacional Público
EXERCÍCIO

2. (PGFN - 2004) Tradicionalmente o direito


internacional concebeu duas teorias com
referência à relação entre os ordenamentos
jurídicos nacionais e internacionais: o dualismo e
o monismo. Para esta última:
a) não se aceita a existência de duas ordens
jurídicas autônomas, independentes e não
derivadas, defendendo-se por vezes a primazia do
direito interno e por vezes a primazia do direito
internacional;
b) aceitam-se várias ordens jurídicas, com
aplicabilidade simultânea, configurando-se
um pluralismo de fontes, porém aplicadas
por um único ordenamento;
c) aceita-se a existência de duas ordens
jurídicas, independentes e derivadas, uma
nacional e outra internacional, sendo que
esta última é que confere validade à
primeira;
d) não se aceita a validade de uma ordem
jurídica internacional, dado que desprovida
de sanção e de conteúdos morais,
fundamentada meramente em princípios de
cortesia internacional;
e) aceita-se a validade de uma ordem
jurídica internacional, conquanto que não
conflitante com a ordem interna, e cujos
critérios de validade sejam expressamente
definidos pela ordem jurídica nacional
EXERCÍCIO

(Advogado da União-2006). O conflito que até agora


pesou sobre a cultura jurídica internacionalista entre o
"dever ser" e o "ser" do direito transferiu-se, por meio das
cartas internacionais de direitos, para o próprio corpo de
direito internacional positivo. Transformou-se em uma
antinomia jurídica entre normas positivas, refazendo o
mesmo processo formativo do qual se originaram, com a
constitucionalização dos direitos naturais, o estado
constitucional de direito e nossas democracias. (Luigi
Ferrajoli. A soberania no mundo moderno. São Paulo:
Martins Fontes, 2002, p. 53-60,com adaptações).
EXERCÍCIO

São características do monismo o culto à constituição e a


crença de que em seu texto encontra-se a diversidade das
fontes de produção das normas jurídicas internacionais
condicionadas pelos limites de validade imposto pelo direito das
gentes.
EXERCÍCIO

O princípio pacta sunt servanda, segundo o qual o que fo


pactuado deve ser cumprido, externaliza um modelo de norma
fundada no consentimento criativo, ou seja, um conjunto de
regras das quais a comunidade internacional não pode prescindir
EXERCÍCIO

Somente a aquiescência de um Estado soberano convalida a


autoridade de um foro judiciário ou arbitral, já que o mesmo
não é originalmente jurisdicional perante nenhuma corte.
EXERCÍCIO

No que tange às relações entre o direito internacional e o


direito interno, percebem-se duas orientações divergentes
quanto aos doutrinadores que defendem o dualismo: uma
que sustenta a unicidade da ordem jurídica sob o primado
do direito internacional e outra que prega o primado do
direito nacional de cada Estado soberano que detém a
faculdade discricionária de adotar ou não os preceitos do
direito internacional.
EXERCÍCIO

(BDMG-Advogado/2011) Leia as assertivas abaixo e coloque à frente de


cada um dos parênteses (F) se FALSA e (V) se for VERDADEIRA:
( ) Dois ordenamentos jurídicos distintos e totalmente independentes
entre si - Dualismo.
( ) Uma ordem jurídica internacional e uma ordem jurídica interna -
Monismo.
( ) Impossibilidade de conflito entre Direito Internacional e o Interno -
Monismo.
( ) O Direito Internacional é que dirige a convivência entre os Estados,
ao passo que o Direito interno disciplina as relações entre os
indivíduos e entre estes e o ente estatal - Dualismo.
Pacta sun servanda

• É um princípio que se impôs objetivamente


como fundamental para a convivência
humana

• Dica: Convivência humana. A comunidade


internacional pode prescindir.
VAI CAIR EM PROVA

O Estado soberano só poderá ser julgado


quando convalidado por uma autoridade de
um foro judiciário ou arbitral;

Dica: O Estado soberano não é originalmente


jurisdicionável perante nenhuma corte.
FONTES DO DIREITO
INTERNACIONAL PÚBLICO
A doutrina classifica as fontes como materiais e
formais. As fontes materiais são aquelas que
provocam o aparecimento de normas jurídicas,
influenciando na sua criação e conteúdo

Dica: Artigo 38: Estatuto da Corte Internacional de Justiça.


FONTES DO DIREITO INTERNACIONAL
PÚBLICO
• Fontes Materiais
De acordo com Mazzuoli, as fontes materiais
“determinam a elaboração de certa norma jurídica”,
demonstrando-se a necessidade e importância dos
preceitos jurídicos.

Os elementos ou motivos que levam ao aparecimento das


normas jurídicas, sejam de cunho filosófico, sociológico,
político, valores e aspirações de novos preceitos
jurídicos são influenciados pelas fontes materiais.
FONTES DO DIREITO INTERNACIONAL
PÚBLICO
Fontes Formais
As fontes formais são o modo de exteriorização
da norma e dos valores jurídicos no processo de
elaboração, à exemplo, dos tratados, costumes,
princípios gerais de direto, jurisprudência e a
doutrina, como bem definido pelo artigo 38 da
Corte Internacional de Justiça.
NÃO EXISTE HIERARQUIA ENTRE AS FONTES.
TIPOS DE FONTES
As fontes principais são aquelas que revelam o
Direito aplicável na relação jurídica e as fontes
acessórias contribuem com a elucidação do
conteúdo da norma. No artigo 38 da CIJ, a
jurisprudência e a doutrina são fontes acessórias,
e as demais fontes, são principais.
FONTES CONVENCIONAIS E NÃO
CONVENCIONAIS
São chamadas fontes convencionais aquelas que
resultam do acordo de vontade dos sujeitos e
abrangem especialmente os tratados e as não
convencionais que decorrem da realidade
internacional, das decisões, jurisprudência e das
normas jus cogens.
FONTES ESTATUTÁRIAS

• Tratados
• Costumes
• Princípios Gerais do Direito e Princípios
Gerais do Direito Internacional Público
• Jurisprudência
• Doutrina
FONTES EXTRAESTATUTÁRIAS
• Atos unilaterais de Estados
• Atos unilaterais de organizações internacionais/decisões
de organizações internacionais
• Soft law

Dica: Os atos unilaterais e as decisões de organizações


internacionais não constam do rol de fontes do Estatuto da
CIJ.
TRATADOS

• Fruto de acordo
• Forma escrita
•Celebrado por Estados e organizações
internacionais
• Os tratados deve estabelecer regras expressas
reconhecidas pelos Estados litigantes.
• O Tratado adota forma escrita
• Não existe hierarquia de fontes
COSTUME
O costume é a prática geral, uniforme e reiterada
dos sujeitos de Direito Internacional, podendo ser
compreendida a partir de dois preceitos: um de
caráter material e objetivo, e outro, de caráter
psicológico e subjetivo.

É importante destacar que o costume é extinto


pelo desuso, pelo aparecimento e afirmação de
um novo costume e pela substituição do costume
por tratado internacional.
COSTUME

• Prática reiterada
• Generalidade da prática
• Uniformidade da prática
• Consciência da juridicidade da prática

• A formação do costume requer um elemento


adicional, de caráter subjetivo, a opinio juris.
JURISPRUDÊNCIA INTERNACIONAL

• É o conjunto de decisões judiciais reiteradas e proferidas


por órgãos internacionais jurisdicionais, como a Corte
Internacional de Justiça (CIJ), o Tribunal Penal
Internacional (TPI) e a Corte Interamericana de Direito
Humanos (CIDH).
• Para Mazzuoli, “a jurisprudência não é fonte de Direito porque
não cria o direito, mas sim o interpreta mediante a reiteração
de decisões no mesmo sentido”. Lembrando que a
jurisprudência é fonte secundária ou auxiliar do Direito
Internacional.
DOUTRINA

• A doutrina nada mais é que o conjunto de estudos,


ensinamentos, entendimentos, teses e pareceres de
estudiosos do Direito Internacional. A sua principal
função é contribuir para a interpretação e aplicação
da norma internacional, bem como para a
formulação de novos princípios e regras jurídicas.
PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO

Os princípios gerais do direito são utilizados para


orientar a elaboração, interpretação e aplicação das
normas internacionais, marcado por normas de
caráter genérico e abstrato dos sistemas jurídicos
mundiais, à exemplo, do primado da proteção da
dignidade da pessoa humana; o pacta sunt servanda,
a boa-fé e o devido processo legal.
ANALOGIA

Para Mazzuoli a analogia é “a aplicação a determinada


situação de fato de uma norma jurídica feita para ser
aplicada a caso parecido ou semelhante”. Sendo assim
definida como a forma de regular as relações sociais
que não seja objeto de norma jurídica expressa.
EQUIDADE

A equidade é aplicada na carência de norma


regulamentadora ou diante de norma inadequada,
visando empregar conceitos de justiça em um caso
concreto para resolução dos conflitos internacionais.
Destaca-se que a equidade só poderá ser usada
quando autorizado pelas partes.
ATOS UNILATERAIS
• Os atos unilaterais dos Estados são considerados fontes
secundárias ou auxiliares, podendo ser expressos ou
tácitos, sendo que os atos expressos aperfeiçoam por
meio de declaração escrita ou formal e os atos tácitos
são demonstrados implicitamente nos atos dos Estados,
seja pelo silencio ou pelas ações compatíveis com o seu
objeto.
• Os atos unilaterais dos Estados podem ser retratado
por meio de protestos, notificação, renuncia,
denuncia, o reconhecimento, promessa e a ruptura das
relações diplomáticas
DECISÕES DE ORGANIZAÇÕES
INTERNACIONAIS
• Atos oriundos de organismos internacionais
• Podem ser Impositivas ou facultativas

• Dica: São conhecidas como atos unilaterais


de organizações internacionais.
SOFT LAW
• O soft law que é utilizado para elaboração de
tratados e de leis internas, usados como parâmetro
interpretativo, como pauta de políticas públicas e de
ação da sociedade civil, como reforço da
argumentação para operadores de direito.
Fontes e outros institutos correlatos
relevantes para o Direito
Internacional
EXERCÍCIO

De acordo com o art. 38 do Estatuto da Corte Internacional


de Justiça, são fontes do direito internacional as convenções
internacionais,
a) o costume, os atos unilaterais e a doutrina e a
jurisprudência, de forma auxiliar.
b) o costume internacional, os princípios gerais de direito, os
atos unilaterais e as resoluções das organizações
internacionais.
c) o costume, princípios gerais de direito, atos unilaterais,
resoluções das organizações internacionais, decisões judiciárias e
a doutrina.

d) o costume internacional, os princípios gerais de direito, as


decisões judiciárias e a doutrina, de forma auxiliar, admitindo,
ainda a possibilidade de a Corte decidir ex aequo et bano, se as
partes concordarem.
EXERCÍCIO

(Advogado da União - 2006) O Direito Internacional Público, até


pouco mais de cem anos atrás, foi essencialmente um direito
costumeiro. Regras de alcance geral norteando a então restrita
comunidade das nações, havia-as, e supostamente numerosas,
mas quase nunca expressas em textos convencionais. Na doutrina,
e nas manifestações intermitentes do direito arbitral, essas regras
se viam reconhecer com maior explicitude.
EXERCÍCIO

Eram elas apontadas como obrigatórias, já que resultantes de


uma prática a que os Estados se entregavam não por acaso, mas
porque convencidos de sua justiça e necessidade (José Francisco
Rezek. Manual de direito internacional público. São Paulo:
Saraiva, 2000, p. 120- com adaptações).
EXERCÍCIO

(Advogado da União - 2006) Embora possua relevantes


qualidades de flexibilidade e uma grande proximidade com os
fenômenos e fatos que regula, o costume internacional
apresenta grandes dificuldades quanto à sua prova, o que lhe
diminui o valor na hierarquia das fontes do direito
internacional, mantendo, com isso, a supremacia dos tratados e
convenções
EXERCÍCIO

(Advogado da União - 2006) Para que um comportamento


comissivo ou omissivo seja considerado como um costume
internacional, é necessária a presença de um elemento
material, qual seja: uma prática reiterada de comportamentos
que, de início, pode ser um simples uso.
EXERCÍCIO

(Advogado da União - 2006) Para se constatar a existência de um


costume, é necessário verificar a presença de um elemento
subjetivo, qual seja: a certeza de que tais comportamentos são
obrigatórios por expressarem valores exigíveis e essenciais.
EXERCÍCIO

Advogado da União - 2002) Acerca das fontes do direito


internacional público (DIP), julgue os seguintes itens:

A parte que invoca um costume tem de demonstrar que ele está


de acordo com a prática constante e uniforme seguida pelos
Estados em questão.
REVISÃO
Fontes formais do Direito
Internacional
JUS COGENS

• Imperatividade
• Normas inderrogáveis por preceitos
particulares de Direito Internacional
• Derrogam normas contrárias dos tratados
• Modificável apenas por norma da mesma
natureza
• Valor primordial para a convivência humana
Dica: Há controvérsias quanto a necessidade ou
não do consentimento dos Estados aos quais se
aplica.
JUS COGENS

• Não é fonte, e nem todas as resoluções tem


tampouco caráter de fonte do Direito das
Gentes.
• Não é permitida nenhuma derrogação das
normas de jus cogens.
• A aplicação das normas de jus cogens e
infestável
• Se a aplicação das normas de jus cogens
abrange todos os Estados, logo elas tem
relação com o conceito de erga omnes.
SOFT LAW

• Obrigatoriedade limitada ou inexistente


• Elaboração rápida e flexível
• Descumprimento nem sempre enseja
sanções
• Eventual transformação em norma
tradicional
EXERCÍCIO

(Advogado da União - 2006) Os precedentes judiciais são


vinculativos tão-somente para as partes em um litígio e em
relação ao caso concreto, não tendo, assim, obrigatoriedade em
DIP.
EXERCÍCIO

(Advogado da União - 2006) Constituem funções da doutrina o


fornecimento da prova do conteúdo do direito e a influência no
seu desenvolvimento.
EXERCÍCIO

(Advogado da União - 2006) O Estatuto da Corte


Internacional de Justiça, ao indicar as fontes do DIP que um
tribunal irá aplicar para resolver um caso concreto, concede
posição mais elevada para as normas convencionais, que
devem prevalecer sempre sobre todas as outras.
EXERCÍCIO

(Advogado da União - 2006) Ainda hoje, o rol das fontes


indicado no Estatuto da Corte Internacional de Justiça é
taxativo.
QUESTÃO 10

Acerca das fontes do direito internacional público (DIP),


julgue os seguintes itens.
(Defensor Público da União - 2007- ADAPTADA) Os
costumes internacionais e os princípios gerais do direito
re c on h e c i d os p e la s n a ç õe s c i vi li za d a s não são
considerados como fontes extraconvencionais de
expressão do Direito Internacional.
EXERCÍCIO
(TRF - 2ª Região – Juiz - 2011) Assinale a opção correta, com
relação às fontes do direito internacional nos termos previstos
no Estatuto da Corte da Haia:
a) O costume de determinada nação pode ser usado na
resolução de conflitos internacionais.
b) Os tratados internacionais podem ser aplicados por essa Corte
na resolução de conflitos, independentemente de serem
reconhecidos pelas nações em litígio
c) A doutrina dos juristas mais qualificados das diferentes
nações é meio principal de resolução de conflitos entre países.
d) A Corte da Haia pode decidir um litígio ex aequo et bano.
e) As convenções internacionais especiais não podem ser usadas
para decidir conflitos internacionais.
EXERCÍCIO

(IRBr - 2012) Considerando as fontes de direito internacional


público previstas no Estatuto da Corte Internacional de Justiça
(CU) e as que se revelaram a posteriori, bem como a doutrina
acerca das formas de expressão da disciplina jurídica, assinale a
opção correta:
a) De acordo com o Estatuto da Corte da Haia, a equidade
constitui, apesar de seu caráter impreciso, fonte recorrente e
prevista como obrigatória na resolução judicial de contenciosos
internacionais.
EXERCÍCIO
b) A expressão não escrita do direito das gentes conforma o
costume internacional como prática reiterada e uniforme de
conduta, que, incorporada com convicção jurídica, distingue-se de
meros usos ou mesmo de práticas de cortesia internacional.
c) As convenções internacionais, que podem ser registradas ou não
pela escrita, são consideradas, independentemente de sua
denominação, fontes por excelência, previstas originariamente no
Estatuto da CIJ.
d) Em face do caráter difuso da sociedade internacional, bem
como da proliferação de tribunais internacionais, verifica-se no
direito internacional crescente invocação de decisões judiciais
antecedentes, arroladas como opinio juris, ainda que não
previstas no Estatuto da CIJ.
e) Ainda que não prevista em tratado ou no Estatuto da CIJ, a
invocação crescente de normas imperativas confere ao jus
cogens manifesta qualidade de fonte da disciplina, a par de
atos de organizações internacionais, como resoluções da ONU.
QUESTÃO 15
(MPF – 27º Concurso - 2013) As normas de
Direito Internacional peremptório (jus
cogens):
a) podem ser derrogadas por tratado.
b) só podem ser derrogadas por costume
internacional.
c) pressupõem uma ordem pública internacional
não disponível para os Estados individualmente.
(C). Jus Cogens é inderrogável pelas partes.
Proibida derrogação. Só pode ser alterada por
norma da mesma natureza.
d) não guardam qualquer relação com o
EXERCÍCIO
(IRBr - 2013 - ADAPTADA) Julgue o seguinte item, marcando
"certo" ou "errado": À Corte Internacional de Justiça faculta-se
julgar casos que lhe sejam submetidos também por equidade, se
as partes com isto concordarem.
EXERCÍCIO
(Procurador do BACEN - 2013) Essas normas não têm o mesmo
grau de atribuição de capacidades nem são tão importantes
quanto as normas restritivas, mas os Estados comprometem-
se a cooperar e a respeitar os acordos realizados, sem
submeter-se, no entanto, a obrigações jurídicas (Marcelo
Varela. Direito internacional público. São Paulo: Saraiva,
2009, p. 62). O fragmento de texto citado acima refere-se a:
a) costumes; b) soft norms (facultativa, não são normas
congentes igual jus cogens). c) princípios gerais de direito; d)
umbrella conventions (equidade); e) tratados.
TRATADOS INTERNACIONAIS
TRATADO INTERNACIONAL
CAPACIDADE DAS PARTES
• Os Estados, as organização internacionais, a Santa Sé, os
beligerantes, os insurgentes, os blocos regionais e o Comitê
Internacional da Cruz Vermelha são órgãos competentes
para a celebração de tratados.
• Os indivíduos, as empresas e as organizações não-
governamentais não possuem capacidade para a celebração
de tratados, embora, tenham personalidade jurídica.
ATENÇÃO!!
O Estado soberano é capaz de celebrar tratados, por ser
sujeito de Direito Internacional, dotado de território e povo.
Observa-se que, no Brasil, um Estado da federação brasileira
não tem competência para celebrar tratados, embora tenha
capacidade de atuação da ordem internacional.
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
A competência para celebração dos tratados é da União,
conforme estabelece o artigo 22, inciso I, da Constituição
Federal
“manter relações com Estados estrangeiros e participar
de organizações internacionais”.
Destaca-se que a União não detém a personalidade jurídica
de Direito Internacional Público, mas sim a República
Federativa do Brasil. Compete a União a representação do
Estado brasileiro nas relações internacionais.
TRATADO INTERNACIONAL
COMPETÊNCIA PARA CELEBRAÇÃO
• A autoridade competente para celebração dos tratados é o
Presidente da República, conforme estabelece o art. 84,
inciso VII e VIIII da Constituição Federal, vejamos:

“manter relações com Estados estrangeiros e acreditar seus


representantes diplomáticos e celebrar tratados,
convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo pelo
Congresso Nacional”.
TRATADO INTERNACIONAL
CAPACIDADE DAS PARTES
• As organizações internacionais tem competência para
celebração dos tratados internacionais,
independentemente, de seus membros ou vontade dos
Estados que façam parte. É possível, ainda, a celebração
dos tratados com os seus membros, outros Estados e com
organizações internacionais, embora, sua capacidade seja
limitada ou derivada.
ATENÇÃO!!!
• A capacidade das organizações internacionais é derivada,
porque depende da decisão dos Estados que a criaram, por
meio das negociações formadas em seu âmbito. Lembra-se
que em cada tratado constitutivo as organizações
internacionais estabelecem os Estados competentes para
celebração do tratado em seu nome.
• Os demais sujeitos de Direito Internacional como, a Santa
Sé, os beligerantes, insurgentes, os blocos regionais e o
Comitê Internacional da Cruz Vermelha celebram tratados
por meio dos órgãos aos quais atribuem competência para
tal
QUAIS SÃO OS AGENTES HABILITADOS
PARA A CELEBRAÇÃO DOS TRATADOS?
✓ Chefe de Estado,
✓ Chefe de Governo,
✓ Ministro das Relações Exteriores,
✓ Embaixadores,
✓ Indivíduos com carta de plenos poderes.
TRATADO INTERNACIONAL
CONDIÇÕES DE VALIDADE PARA A CELEBRAÇÃO:
✓capacidade das partes;
✓habilitação dos agentes;
✓objeto lícito, possível;
✓consentimento regular, além da proibição de violar as
normas obrigatórias do jus cogens.
PROCESSO DE ELABORAÇÃO DOS
TRATADOS
A vigência inicial dos tratados ocorre no plano
internacional, a partir do contexto escrito pelos Estados,
embora ainda não possam ser exigidos. No âmbito interno, o
tratado deve ser incorporado ao ordenamento jurídico, a
fim de dar cumprimento ao ato internacional, conhecido
como “vigência interna”.
PROCESSO DE ELABORAÇÃO DOS
TRATADOS
✓Negociação,
✓Assinatura e
✓Ratificação
PROCESSO DE ELABORAÇÃO DOS
TRATADOS
Negociação:

A negociação é a fase inicial onde as partes discutem e


estabelecem os termos dos tratados, sendo celebrados pelas
autoridades competentes para concluir os tratados,
geralmente, é realizado pelos funcionários com carta de
pleno poderes.
PROCESSO DE ELABORAÇÃO DOS
TRATADOS
Assinatura:

• A assinatura é o ato que finaliza as negociações pelas


partes, pois é o momento em que elas chegam a um acordo
e expressam sua concordância sobre determinado ato
internacional. A assinatura é apenas uma anuência
preliminar, não vincula as partes, pois só ocorre na fase da
ratificação.
PROCESSO DE ELABORAÇÃO DOS
TRATADOS
Assinatura:

• Nos acordos executivos, a assinatura torna-se obrigatória


entre as partes, e em regra, elas não podem comprometer
o objeto do tratado (depois da assinatura), pois devem agir
com boa-fé, conforme a manifestação do seu próprio
consentimento.
ATENÇÃO!!!
Assinatura:

• Na assinatura não é permitido alterações de forma


unilateral e nem propositura de reservas.
PROCESSO DE ELABORAÇÃO DOS
TRATADOS
Ratificação

• A ratificação que é a aceitação definitiva do acordo/


tratado. Amaral Junior afirma que a ratificação “surgiu do
desejo dos governantes de controlar a ação dos
plenipotenciários quando da assunção de obrigações
internacionais”.
RATIFICAÇÃO
• Considera-se aperfeiçoado e obrigatório o tratado
internacional quando se atinge o quórum de ratificações
previstos no tratado.
• A ratificação só torna o tratado obrigatório para o Estado que o
ratificou quando o acordo já está em vigor.
• A assinatura tem efeito jurídicos, porém limitados e que em
geral não incluem a obrigatoriedade de suas disposições.
ATENÇÃO!!
Ratificação

• No Brasil, a ratificação é ato privativo do Presidente da


República, discricionário e depende da autorização
parlamentar.
• Observa-se que se o Congresso não autoriza, o Presidente
da República não poderá ratificar. Agora, se o Congresso
Nacional autorizar a ratificar, o Presidente pode ou não
ratificar, de acordo com o seu critério de discrionariedade.
ATENÇÃO!!
Ratificação

• O Congresso Nacional poderá aprovar ou rejeitar o tratado


somente em seu todo, não podendo interferir no conteúdo
do texto, acrescentando ou excluindo dispositivos. A
autorização é materializada por decreto legislativo,
firmado pelo Presidente do Senado
PROCESSO DE ELABORAÇÃO DOS
TRATADOS
Vigência no âmbito internacional

• A entrada em vigor no âmbito internacional ocorre no


momento da última notificação de ratificação. O
procedimento é feito na figura do depositário que guarda
os instrumentos de ratificação, informa as partes sobre
assinatura do tratado e impede a circulação desordenada
desses documentos.
ALTERAÇÃO DOS TRATADOS
Emendas

• Na definição de Portela, a emenda é “o meio pelo qual o


teor dos atos internacionais é revisto, levando ao
acréscimo, à alteração ou à supressão de conteúdo
normativo”. Poderá ser proposta pelos Estados ou
organizações internacionais partes no tratado
internacional.
ALTERAÇÃO DOS TRATADOS
Emendas

• As partes que não aprovarem o tratado emendado seguirão


as regras do tratado original e os Estados que aderirem o
tratado (depois da emenda) obedecem a esse último ato. É
possível que os tratados estabeleçam clausulas gerais de
cumprimento obrigatório por todos.
ALTERAÇÃO DOS TRATADOS
Revisões

• As revisões são correções essenciais ao corpo do texto,


modificações expressivas, envolvendo matéria principal do
tratado. Já as emendas são mudanças pequenas, de menor
impacto.
RESERVAS
Reserva

• Segundo Yepes, reserva é “declaração unilateral, qualquer


que seja a sua redação ou denominação, feita por um
Estado ao assinar, ratificar, aceitar ou aprovar um tratado,
ou a ele aderir, com o objetivo de excluir ou modificar o
efeito jurídico de certas disposições do tratado em sua
aplicação a esse Estado”.
RESERVAS
Reserva
• A doutrina classifica reserva em: exclusivas e
interpretativas. As reservas exclusivas são aquelas que
excluem para os Estados os efeitos de certas normas e as
reservas interpretativas são determinadas as normas de
cumprimento pelos Estados.
• As reservas podem ser feitas em qualquer momento no
processo de elaboração, sendo ato unilateral do Estado.
EXTINÇÃO E SUSPENSÃO DOS TRATADOS
Extinção

• Os tratados são extintos pelo desaparecimento no


ordenamento jurídico, pela vontade das partes, pela
alteração das circunstancias e pela denúncia. Além disso,
qualquer tratado que viole as normas de jus cogens é nulo
e extinto.
• Além dessas condições, o tratado poderá ser extinto ou
suspenso pelo desuso, rompimento das relações
diplomáticas, substituição por outros tratados e pelo
decurso do tempo.
EXTINÇÃO E SUSPENSÃO DOS TRATADOS
Denúncia

• A denúncia é o ato pelo qual uma das partes manifesta sua


intenção de se retirar do compromisso internacional, sem
que isso acarrete a possibilidade de responsabilização
internacional. Lembre-se que o ato da denúncia extingue
o tratado bilateral.
EXTINÇÃO E SUSPENSÃO DOS TRATADOS
Tratado multilateral

• A denúncia implica na retirada da parte, sem alterar o


objeto estabelecido e isenta o Estado signatário de
produzir efeitos ex nunc. No Brasil, a denúncia é ato
privativo e discricionário do Presidente da República,
materializado por decreto. .
EXTINÇÃO E SUSPENSÃO DOS TRATADOS
Suspensão

• A suspensão ocorre quando o ato internacional deixa de


produzir efeitos jurídicos temporariamente, de forma
parcial ou total. A suspensão pode ser prevista nos
tratados, requerida pela partes ou pelo acordo dos
signatários. Em síntese, poderá ocorrer pela vontade das
partes, alteração das circunstancias, violação substancial e
pela impossibilidade de cumprimento.
INCOPORAÇÃO AO DIREITO INTERNO

• A estrutura jurídica de cada Estado é quem determina


as regras para a incorporação dos tratados.
• No Brasil, a incorporação depende da aprovação do
Congresso Nacional, por meio do decreto legislativo, e
após, a ratificação pelo Presidente da República.
ATENÇÃO!!

• A única diferença perante os outros Estados é o processo


de aprovação, principalmente, dos tratados de direitos
humanos, que exige o quórum de 3/5 do membros do
Congresso Nacional, em dois turnos, conforme
estabelece o artigo 5º, §3º¸da Constituição Federal.
INCORPORAÇÃO AO DIREITO INTERNO

• Após a assinatura do tratado, o Presidente da República


recebe a exposição de motivos dirigida pelo Ministro das
Relações Exteriores, podendo o Presidente da República
encaminhar a mensagem ao Congresso Nacional para
apreciação. A mensagem é ato discricionário.
• O tratado só terá validade depois da promulgação por
decreto e a publicação no Diário Oficial da União. Após
incorporado ao ordenamento jurídico, o tratado reveste-se
de caráter vinculante, podendo ser invocado pelos Estados e
por particulares.
ATENÇÃO!!

• O processo de internalização do tratado decorre da


exposição de motivos, da mensagem, da análise do
tratado no Congresso Nacional, do decreto legislativo e
do decreto de promulgação e publicação.
MEMORIZAR

• Artigo 84, inciso VIII, da Constituição Federal


• Decreto do Presidente da República que promulga o tratado
• O decreto legislativo que aprova a ratificação apenas autoriza
que o Presidente o ratifique;
• A remessa ao pais contratante ou a organização do texto
ratificado só serve para vincular o tratado no âmbito
internacional;
MEMORIZAR

• A assinatura do tratado não exclui a necessidade de ser


publicado no Diário Oficial da União.
• O Congresso Nacional tem competência exclusiva para
resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou atos
internacionais, desde que acarretem encargos ou
compromissos gravosos ao patrimônio nacional.
MEMORIZAR

• Tratados e convenções internacionais serão deliberados em cad


Casa do Congresso e suas Comissões pelo quórum da maioria do
votos, presentes a maioria absoluta de seus membros.
• Leitura obrigatória: Leitura da Constituição Federal.
- CF, art. 5, parágrafo 3,
- CF, art. 84, inciso VIII,
- CF, art. 5, parágrafo 3,
MEMORIZAR

• No Brasil, a vigência interna de um tratado não coincide,


necessariamente, com a sua entrada em vigor no plano do
direito internacional;
• Depende da ratificação pelo Brasil e pela promulgação
presidencial
• Os tratados e convenções internacionais aprovados por maioria
absoluta no Congresso Nacional tem status de
infraconstitucional.
HIERARQUIA DOS TRATADOS

• Com relação a hierarquia dos tratados, no Brasil, poderá


atingir o status de lei ordinária, emenda constitucional,
norma supralegal ou constitucional (para alguns
doutrinares) e ainda ser apreciado por qualquer órgão do
Poder Judiciário, cabendo ao Supremo Tribunal Federal
declarar a inconstitucionalidade.
HIERARQUIA DOS TRATADOS

• Nos casos de conflitos entre normas, a doutrina utiliza-


se dos critérios hierárquico, cronológico e da
especialidade. Lembre-se que a norma é derrogada, e
não revogado do ordenamento, sendo que apenas a
denúncia é capaz de retirar a eficácia e exclusão de uma
norma.
HIERARQUIA DOS TRATADOS

• Os tratados de Direito Tributário tem status de


supralegalidade, de acordo com artigo 98 do Código
Tributário Nacional (CTN) “os tratados e as convenções
internacionais revogam ou modificam a legislação tributária
interna e serão observados pela lei que lhes sobrevenha”.
• Tal entendimento também é firmado pela jurisprudência
brasileira como resta demonstrado no RE nº 229.096
“supremacia dos acordos internacionais, em torno de
matéria tributária, sobre a lei”, assim como pelo Superior
Tribunal de Justiça.
TRATADOS DE DIREITOS HUMANOS

• Supralegal era o status dos tratados de direitos humanos na


jurisprudência do STF ate 2007
• CF, art. 5, parágrafo 3,
• Atualmente, os tratados de direitos humanos serão equivalentes
as emendas constitucionais e, portanto, terão status
constitucional derivado, quando forem aprovados nos termos da
CF.
MEMORIZAR

• O Supremo Tribunal Federal já pacificou o entendimento


de que os tratados mantem o status de lei ordinária,
todavia, tratados sobre direitos humanos, aprovados em
cada casa do Congresso Nacional, por 3/5 dos votos, em
dois turnos, tem status de emenda constitucional.
ASSINATURA DO TRATADO
INTERNACIONAL
• A assinatura tem consequências jurídicas, visto que, a partir
dela, as partes não podem praticar atos que prejudiquem o
objeto do tratado;
• Nos acordos sob reserva de ratificação, a assinatura
também implica o fechamento do texto, sua autenticação e
a expressão da concordância das partes com o seu teor;
• A vedação imediata implica prejuízos ao contrato;
CHECK-LIST

• O tratado e um acordo de vontades celebrado entre entes de


direito publico externo, nunca particulares;
• A existência do tratado e prevista no costume internacional e
na Convenção de Viena, e não no Código Civil Pátrio
• Outros entes de direito publico externo podem celebrar
tratados, como os organismo internacionais
CHECK-LIST

• Prevalece a lei interna, mais recente, com indenização aos


prejudicados, segundo o critério cronológico.
• A lei não e revogada, mas sim derrogada.
• O descumprimento do tratado enseja a responsabilização
internacional do Estado
CHECK-LIST

• Os tratados não necessitam nem de aprovação nem de registro


da ONU para entrarem em vigor;
• A coação e uma das causas de invalidade dos atos
internacionais;
• Um tratado entra em vigor na forma e na data previstas no
tratado ou acordadas pelos Estados negociadores, e nos
tratados multilaterais, a pratica e que o ato entre em vigor a
partir de um mínimo de ratificações;
CHECK-LIST

• O Brasil já ratificou a Convenção de Viena de 1969;


• A assinatura presidencial não dispensa a ratificação;
• Gentlemen`s agreement: significa acordo de cavalheiros. Não e
um tratado. Funda-se na honra e condicionado, no tempo, a
permanência de seus atores no poder.
CHECK-LIST
• O Congresso Nacional aprova os tratados por meio de decreto,
mas apenas para fins de ratificação.
• O tratado só poderá gerar efeitos internos no Brasil a partir de
um ato do Presidente da República, pelo qual este promulga o
tratado, por meio de decreto.
• A ratificação é ato discricionário do Estado e, portanto, não é
obrigatório.
• A incorporação do tratado, no Brasil, e posterior a ratificação.
REVISÃO
• Os tratados não registrados não podem ser
invocados perante os órgãos das Nações
Unidas;
• Cabe ao Secretariado publicar os tratados;
• O tratado que não foi ratificado
tecnicamente não existe;
• Não existe a obrigação dos tratados serem
registrados e publicados em todas as línguas
oficiais
MEMORIZAR

• A assinatura não confere caráter vinculante;


• Todos os tratados estão sujeitos a mesma
disciplina de incorporação;
• Promulgação e competência do Presidente da
Republica;
• Competência exclusiva do Congresso Nacional
resolver tratados, acordos ou atos
internacionais que acarretem encargos ou
compromissos gravosos;
• O STF declara a inconstitucionalidade
Elementos dos tratados
Tipos de tratados
Condições de validade dos tratados
Entrada em vigor de um tratado
multilateral para o Brasil
Vigência dos tratados
Extinção dos tratados -
possibilidades
Processo de internalização do tratado
no Brasil
Topografia da Convenção de Viena
de 1969
Topografia da Convenção de Viena
de 1969
Processo de elaboração dos tratados
Agentes habilitados
Princípios relativos à interpretação
dos tratados
Processo de elaboração dos tratados
Tratados no Brasil: hierarquia
Tratados no Brasil: hierarquia
Alguns dos erros mais frequentes no
tocante ao tema da hierarquia dos
tratados e assuntos correlatos
Alguns dos erros mais frequentes no
tocante ao tema da hierarquia dos
tratados e assuntos correlatos
Alguns dos erros mais frequentes no
tocante ao tema da hierarquia dos
tratados e assuntos correlatos
Alguns dos erros mais frequentes no
tocante ao tema da hierarquia dos
tratados e assuntos correlatos
Funções e limites dos sujeitos de
Direito Internacional
Lista de sujeitos de Direito
Internacional Público
EXERCÍCIO

(TRF - 5ª Região – Juiz - 2009) Considerando a jurisprudência


atual do STF, assinale a opção correta quanto à relação entre
tratado e norma de direito interno:
a) O STF apregoa o primado do direito internacional em face do
ordenamento nacional brasileiro;
b) Tratados e convenções guardam estrita relação de paridade
normativa com as leis delegadas editadas pelo Poder Executivo;
EXERCÍCIO

c) Há sempre a primazia dos tratados internacionais de


comércio exterior sobre as normas internas aduaneiras;
d) O Decreto-lei nº 911/1969, que permite a prisão civil do
devedor-fiduciante, foi revogado pelo Pacto de San José da
Costa Rica;
EXERCÍCIO

e) Para decidir conflito entre tratado e norma de direito


interno, além do critério da ex posterior dero gat priori, o
STF aplica, ainda, um outro, qual seja, o da Jex posterior
generalis non derogat legi priori speciali.
EXERCÍCIO

(TRF - 3ª Região - Juiz - 2006) Considera-se aperfeiçoado e


obrigatório o tratado internacional multilateral:
a) com ratificação;
b) com sua assinatura;
c) com o depósito da ratificação no organismo previsto no
tratado;
d) quando se atinge o quorum de ratificações previsto no
tratado.
EXERCÍCIO

(TRF - 3ª Região - Juiz - 2006) Considera-se o tratado


incorporado ao direito brasileiro:
a) com o decreto legislativo que aprova sua ratificação;
b) com a remessa ao país contratante ou à organização do
texto ratificado;
c) com o decreto do Presidente da República que promulga
o tratado;
d) com a assinatura do tratado.
QUESTÃO 4

(TRT- 2ª Região - 2013) Em relação aos


tratados internacionais, v igência e
aplicação no Brasil, é possível dizer.
Assinale a alternativa INCORRETA:
a) Tratados e convenções internacionais
sobre direitos humanos que forem
aprovados, em cada Casa do Congresso
Nacional, em dois turnos, por dois quintos
dos votos dos respectivos membros, serão
equivalentes às emendas constitucionais.
QUESTÃO 4

b) O Congresso Nacional tem competência


exclusiva para resolver definitivamente
sobre tratados, acordos ou atos
internacionais que acarretem encargos ou
compromissos gravosos ao patrimônio nacio
nal.
c) Tratados e convenções internacionais
serão deliberados em cada Casa do
Congresso e suas Comissões pelo quórum da
maioria dos votos, presentes a maioria
absoluta de seus membros.
QUESTÃO 4
d) Compete ao Superior Tribunal de
Justiça, em recurso especial, julgar as
causas decididas, em única ou última
instância, pelos Tribunais Regionais
Federais ou pelos Tribunais dos Estados e
do Distrito Federal e Territórios quando a
decisão recorrida contrariar tratado.
e) Ao estabelecer a Constituição Federal que
ao Congresso Nacional compete resolver
definitivamente sobre tratados, não significa
que a ele, Congresso, cabe a última palavra
porque, após seu pronuncia mento, cabe a
ratificação do Chefe de Estado.
QUESTÃO 5

(TRF - 3ª Região - Juiz - 2011) Conforme a


jurisprudência do STF, tratados de direitos
humanos anteriores à Emenda
Constitucional nº 45/2003 possuem, no
direito brasileiro, status hierárquico:
a) supraconstitucional;
b) constitucional originário;
c) constitucional derivado;
d) supralegal;
e) legal.
QUESTÃO 6

(TRF - 5ª Região - Juiz - 2006) Julgue os


itens seguintes quanto aos tratados
internacionais e ao respectivo processo de
elaboração, vigência e efeitos em relação a
terceiros:
Os efeitos do tratado celebrado entre dois
Estados fronteiriços, que modifica o curso
da linha limítrofe que os separa, não
repercutem sobre os demais Estados, por
tratar-se de uma nova situação jurídica de
interesse apenas desses dois Estados
fronteiriços;
QUESTÃO 7

Antes do início da negociação de qualquer


tratado bilateral, o ministro das Relações
Exteriores do Brasil deve apresentar carta
de plenos poderes, perante o governo co-
pactuante, para habilitá-lo a participar
dessa fase e, posteriormente, a assinar o
tratado em caráter definitivo;
QUESTÃO 8

Para que uma convenção sobre direitos


humanos seja equivalente às emendas
constitucionais, é necessário que seja
aprovada, em cada casa do Congresso
Nacional, em dois turnos, por três quintos
dos votos dos respectivos membros;
QUESTÃO 9

No Brasil, a vigência interna de um tratado


não coincide, necessariamente, com a sua
entrada em vigor no plano do direito
internacional;
QUESTÃO 10

Durante uma negociação multilateral, se


d e t e r m i n a d o E s t a d o a c e i t a r,
expressamente e por escrito, o encargo de
depositário, mas acabar por não ratificar o
tratado em questão, mesmo assim, esse
Estado permanecerá vinculado à obrigação
contraída, na condição de terceiro.
QUESTÃO 11

(IRBr - 2008) Os tratados e as convenções


internacionais que forem aprovados no
Congresso Nacional por maioria absoluta
têm status constitucional, sendo
considerados, portanto, superiores às leis
ordinárias e às leis complementares.
QUESTÃO 12

(TRF 1ª Região - Juiz - 2011 - ADAPTADA)


Embora entenda o STF que haja paridade
entre o tratado e a lei nacional, esse
tribunal firmou a tese de que, no conflito
entre tratado de qualquer natureza e lei
posterior, esta há sempre de prevalecer,
pois a CF não garante privilégio hierárquico
do tratado sobre a lei, sendo inevitável que
se garanta a autoridade da norma mais
recente.
QUESTÃO 13

(IRBr - 2012) Embora esteja previsto na CF


que os tratados aprovados em cada Casa do
Congresso Nacional, em dois turnos, por
dois terços dos votos dos respectivos
membros, equivalham às emendas
constitucionais, não há, na atualidade,
registro de ato ou convenção internacional
que tenham sido aprovados de acordo com
esse trâmite.
QUESTÃO 14

(IRBr - Diplomata - 2011 - ADAPTADA) A


ação direta de inconstitucionalidade pode
ser impetra da contra tratados que versem
sobre direitos humanos com status de
norma constitucional, contra tratados de
direitos humanos que ingressem no
ordenamento jurídico com a natureza de
norma supralegal e contra os tratados que,
não dispondo sobre direitos humanos,
adentrem o ordenamento com força de lei
ordinária.
QUESTÃO 15

(IRBr - 2012) O Congresso Nacional aprova


os tratados e convenções internacionais
mediante a edição de resolução, ato que
dispensa sanção ou promulgação por parte
do presidente da República.
QUESTÃO 16

(TRF - 1ª Região - Juiz - 2009) Considere


que os Estados A, B e C tenham assinado
um tratado sobre cooperação em matéria
científica. No tratado constava cláusula
segundo a qual o instrumento somente
entraria em vigor quando todos os Estados
signatários o ratificassem. Os Estados A e B
ratificaram-no, mas o Estado C, não. Nessa
situação, os Estados A e B:
a) podem cobrar do Estado C a ratificação do
tratado;
QUESTÃO 16

b) podem cobrar do Estado C que respeite o


preâmbulo do tratado;
c) podem cobrar do Estado C que não
frustre o objeto e a finalidade do tratado;
d) podem exigir do Estado C que transforme
o tratado em lei interna antes de ratificá-lo;
e) não podem cobrar do Estado C nenhuma
obrigação, pois este goza de autonomia
absoluta nessa questão.
QUESTÃO 17

(IRBr - Diplomata - 2011 - ADAPTADA)


Julgue o seguinte item, marcando "certo"
ou "errado":
De acordo com a CF, incluem-se entre as
competências privativas do presidente da
República as de manter relações com Estados
estrangeiros, acreditar seus representantes
diplomáticos e celebrar tratados, convenções
e atos internacionais, sujeitos a referendo do
Congresso Nacional.
QUESTÃO 18

(TRF - 2ª Região - Juiz - 2009) Quanto ao


registro e à publicidade de tratados
internacionais, segundo a Carta das Nações
Unidas, é correto afirmar que:
a) os tratados não registrados não podem
ser invocados perante órgãos das Nações
Unidas;
b) a obrigação de registro e publicidade de
tratados está contida em uma norma jus
cogens;
QUESTÃO 18

c) é competência da Assembléia-Geral das


Nações Unidas publicar os tratados
concluídos por qualquer membro da
organização;
d) os tratados devem ser registrados perante
as Nações Unidas desde antes da ratificação;
e) os tratados devem ser registrados e
publicados em todas as línguas oficiais das
Nações Unidas.
QUESTÃO 19

(SENADO FEDERAL - ADVOGADO - 2008 -


FGV - ADAPTADA) Havendo antinomia entre
norma de tratado internacional e norma de
lei interna, mais recente, a questão se
resolve:
a) pela prevalência da lei interna, com
indenização aos prejudicados.
b) pela revogação da lei interna, sem
indenização aos prejudicados.
QUESTÃO 19

(SENADO FEDERAL - ADVOGADO - 2008 -


FGV - ADAPTADA) Havendo antinomia entre
norma de tratado internacional e norma de
lei interna, mais recente, a questão se
resolve:
c) pela revogação do tratado, com
indenização aos eventuais prejudicados.
d) pelo critério da especificidade da
matéria, adotando-se a norma mais completa
para solução do caso.
e) pela prevalência do tratado, com
QUESTÃO 20

(AGU- 2012) Julgue o seguinte item,


m a r c a n d o " c e r t o " o u " e r ra d o " : N a
Convenção de Viena sobre Direito dos
Tratados, o dispositivo que versa sobre a
aplicação provisória de tratados foi objeto
de reserva por parte do Estado brasileiro.
QUESTÃO 21

(CEF/Advogado/2010) Com relação aos


tratados internacionais, assinale a opção
correta:
a) Para que tenham validade no âmbito do
direito internacional, os tratados
internacionais devem ser sempre aprovados
pela Organização das Nações Unidas (ONU).
b) No direito internacional público, a
coação de um Estado pela ameaça ou
emprego da força pode dar causa à
nulidade absoluta de um tratado
QUESTÃO 21

c) A entrada em vigor de um tratado


internacional com mais de duas partes
apenas se dá a partir do momento em que
todas as partes tenham concluído o processo
de ratificação, não surtindo efeito para
nenhuma delas antes que todas tenham
concluído esse processo.
d) Apesar de não ter ratificado a Convenção
de Viena sobre Direito dos Tratados de 1969,
o Brasil observa seu conteúdo como costume
internacional e, portanto, como fonte de
direito internacional público.
QUESTÃO 21

e) Quando assinado pelo presidente da


República, o tratado internacional cria
obrigações jurídicas para o Brasil a partir do
momento da assinatura, sendo dispensada,
apenas neste caso, a ratificação.
QUESTÃO 22

(IRBr - Caderno B - 2010 - ADAPTADA) O


gentlemen's agreement é uma forma de
tratado internacional firmado entre
estadistas, fundado sobre a honra e
condicionado, no tempo, à permanência de
seus atores no poder.
QUESTÃO 23

(MPF - Procurador da República-2011)


Quando um Estado faz reserva a cláusula
de tratado,
a) está diferindo sua entrada em vigor.
b) está declarando que não quer se
vincular a esta cláusula.
c) tem que contar com aquiescência de todas
as demais partes do tratado com a reserva,
para tornar-se parte deste.
d) está exercendo um direito soberano que é
inerente a adesão a todo tratado.
QUESTÃO 24

(TRF 5ª Região – Juiz - 2011) No texto da


Convenção de Viena de 1969, tratado
internacional é definido como:
a) acordo de vontades entre particulares de
diferentes nacionalidades.
b) negócio jurídico lícito, tal como previsto
no Código Civil brasileiro.
c) acordo internacional concluído por
escrito entre Estados e regido pelo direito
internacional.
QUESTÃO 24

d) sentença prolatada por tribunal


internacional.
e) ato unilateral de imposição de uma norma
de um país a outro.
QUESTÃO 25

(TRF 1ª Região - Juiz - 2011) Considerando


aspectos relacionados à ratificação,
registro, efeitos, vigência e promulgação
dos tratados, assinale a opção correta:
a) Os tratados que, concluídos pelos
membros da ONU, não tenham sido
devidamente registrados e publicados no
secretariado desse organismo internacional
não podem ser invocados, pelas partes,
perante qualquer órgão da organização.
QUESTÃO 25

b) Por criarem ou modificarem situações


jurídicas objetivas, os tratados somente
produzem efeitos entre as partes.
c) Considera-se vigência diferida o método
segundo o qual os tratados entram em vigor
simultaneamente ao término da negociação
e ao consentimento definitivo das partes
envolvidas.
d) No Brasil, os tratados entram em vigor
após a promulgação dos decretos legislativos
mediante os quais o Congresso Nacional se
QUESTÃO 25

e) A ratificação de um tratado, como


expressão definitiva do consentimento das
partes, é etapa imprescindível, somente
consumada mediante a entrega mútua do
instrumento escrito por ocasião de sua
assinatura formal.
QUESTÃO 26

(MPF - Procurador da República - 2011) A


assinatura de um tratado sob reserva de
ratificação, segundo a convenção de Viena
sobre o direito dos tratados de 1969:
a) é ato de solenidade política, sem
consequência jurídica.
b) apenas indica o término da negociação.
c) encerra compromisso de boa fé, porque
Estados não podem praticar atos que
inviabilizem a ratificação posterior do
tratado.
QUESTÃO 26

d) não veda a governos que recomendem ao


parlamento, incontinentemente, a rejeição
do tratado, como o fez o então Presidente
Bill Clinton, ao recomendar a rejeição do
Estado de Roma.
QUESTÃO 27

(TRT - 2ª Região - 2010 - Concurso XXXV-


A D A P TA D A ) O s t r a t a d o s q u e n ã o
estabelecem matéria de direitos humanos
devem ser aprovados no Congresso pelo
quórum de 2/3 dos membros do Congresso.
QUESTÃO 28

(TRT - 15ª Região - 2011 - ADAPTADA) A


denúncia consiste em ato formal por meio
do qual o Estado manifesta a sua vontade
de deixar de participar de um ato
internacional.
QUESTÃO 29

(TRT - 14ª Região - 2011 - 1ª fase -


ADAPTADA) Todo tratado em vigor obriga as
partes e deve ser cumprido por elas de
boa-fé, salvo se contrariarem o direito
interno.
QUESTÃO 30

(MPT - 2012 - ADAPTADA) O tratado


internacional, depois de atendidos todos os
requisitos para a sua vigência no âmbito
interno do Brasil, e desde que já esteja em
vigor no plano internacional, passa a
integrar o ordenamento jurídico brasileiro
independentemente de sua reprodução em
texto de lei especial.
QUESTÃO 31

(MPT - 2012 - ADAPTADA) A Convenção de


Viena sobre o Direito dos Tratados, vigente
d e s d e 1 9 8 0 p a ra o s p a í s e s q u e a
ratificaram, contém a sistematização dos
conceitos jurídicos fundamentais sobre os
tratados, entretanto, para o Brasil, que não
a ratificou, a citada Convenção tem a
utilidade apenas como direito
consuetudinal.
QUESTÃO 32

(MPT - 2012 - ADAPTADA) Consoante a


Convenção de Viena sobre o Direito dos
Tratados, a parte deve notificar, com pelo
menos 12 (doze) meses de antecedência, a
sua intenção de proceder à de núncia ou à
sua retirada de um tratado que não
contenha disposições sobre denúncia ou
retirada.
QUESTÃO 33

(PFN - 2012 - ADAPTADA) O sistema


constitucional brasileiro não consagra o
princípio do efeito direto e nem o
postulado da aplicabilidade imediata dos
tratados e convenções internacionais.
QUESTÃO 34

(PFN - 2012 - ADAPTADA) Internamente, os


tratados internacionais são equivalentes às
leis ordinárias nacionais, salvo nas
exceções constitucionalmente previstas,
em que as normas de tratados sobre
direitos humanos são equiparados às
normas constitucionais. Há, portanto,
hierarquia entre os próprios tratados.
QUESTÃO 35

(PFN - 2012 - ADAPTADA) Consoante


entendimento do STF, ainda quando
fundados em tratados de integração, como
no âmbito do Mercosul, os tratados e
convenções internacionais só produzem
efeito internamente após se completar o
ciclo de aprovação interna previsto na
Constituição Federal.
QUESTÃO 36

(PFN - 2012 - ADAPTADA) Como regra geral,


o t ra t a d o i n t e r n a c i o n a l , p o s t e r i o r,
regularmente incorporado ao sistema
jurídico nacional, não revoga lei ordinária
anterior. A exceção é prevista no art. 98 do
Código Tributário Nacional.
QUESTÃO 37

(PFN - 2012 - ADAPTADA) O Pacto de São


José da Costa Rica, Decreto nº 678/1992,
apresenta hierarquia de lei complementar
no sistema jurídico nacional.
QUESTÃO 38

(TRF 2ª Região - Juiz - 2013) Acerca do


direito dos tratados internacionais, como
regido pela Convenção de Viena sobre o
Direito dos Tratados de 1969, assinale a
opção correta:
a) A necessidade de forma escrita está
expressa na definição de tratado presente
na Convenção de Viena.
b) Na regra geral de interpretação dos
tratados, está previsto o recurso aos
trabalhos preparatórios.
QUESTÃO 38

c) A mudança fundamental de circunstâncias


é causa de nulidade de um tratado.
d) O rompimento de relações diplomáticas
gera, por si só, a suspensão da execução de
um tratado.
e) A adesão somente é possível quando
expressamente disposta no tratado.
EXERCÍCIO

(Juiz - Bahia - 2012) Tratado internacional sobre matéria


tributária assinado pelo Brasil passa a vigorar no
ordenamento jurídico interno na data:
a) de início da vigência do decreto legislativo que aprovar o
respectivo projeto de tratado internacional.
b) de início da vigência do decreto que o promulgar.
c) estabelecida pelo próprio tratado.
d) da troca dos instrumentos de ratificação.
e) da assinatura do projeto de tratado
internacional.
EXERCÍCIO

(Procurador do BACEN - 2013) Considere que os Estados-partes


do MERCOSUL e os Estados associa dos do MERCOSUL (Bolívia,
Chile, Colômbia, Equador e Peru) tenham firmado protocolo
denominado MOEDASUL como parte complementar dos acordos
de integração celebrados no âmbito do MERCOSUL e se
comprometido a constituir e a implementar moeda oficial
comum, denominada SULAMÉRICO, no território dos
respectivos Estados a partir de 2018.
EXERCÍCIO

Nessa situação hipotética, de acordo com a jurisprudência do


STF, o protocolo assinado:
a) é autoaplicável no território nacional, pois os acordos
celebrados pelo Brasil no âmbito do MERCOSUL não estão
sujeitos à mesma disciplina que rege o processo de incorporação
no direito brasileiro dos tratados e convenções internacionais
em geral.
b) só poderá ser executado no plano interno após aprovação e
promulgação pelo Congresso Nacional.
EXERCÍCIO

Nessa situação hipotética, de acordo com a jurisprudência do


STF, o protocolo assinado:
c) só poderá ser executado no território nacional após
aprovação por decreto legislativo do Congresso Nacional e
promulgação por decreto do Poder Executivo.
d) só poderá ser executado no território nacional mediante o
depósito da aprovação de ao menos um Estado-parte.
e) só poderá ser executado no território nacional mediante o
depósito da aprovação do número de Estados signatários
previsto no protocolo.
EXERCÍCIO

(TRT - 5ª Região - 2013 - ADAPTADAS) Julgue os seguintes itens,


marcando certo ou errado

Aprovados em dois turnos por ambas as casas do Congresso


Nacional, os tratados e as convenções internacionais, qualquer
que seja a matéria sobre a qual versem, adquirirão status de
emenda constitucional.
ORGÃOS DO ESTADO NAS RELAÇÕES
INTERNACIONAIS
PRIVILÉGIOS E IMUNIDADES

Segundo Bregalda, os privilégios e imunidades de jurisdição


são “restrição ao direito fundamental de Estados soberanos
que, em determinadas situações previstas pelo Direito
Internacional, não podem sujeitar representante de outros
Estados, presentes em seu território ao seu ordenamento
jurídico”.
PRIVILÉGIOS E IMUNIDADES

Os órgãos de um Estado, seu local de trabalho e bens, não


estão submetidos a jurisdição de outro Estado, desde que
não haja autorização dessas autoridades. O Supremo
Tribunal Federal já decidiu que as embaixadas e
consulados, os funcionários diplomáticos e consulares, não
são submetidos a autoridade jurisdicional dos Tribunais
brasileiros.
PRIVILÉGIOS E IMUNIDADES

As imunidades de jurisdição são restritas ao território do


ente estatal estrangeiro, ou seja, diplomata estrangeiro,
em território nacional, pode invocar imunidade diante da
possibilidade de detenção ou reclusão. Lembre-se que as
imunidades são extensivas à família e aos dependentes.
PRIVILÉGIOS E IMUNIDADES

Os bens da missão diplomática também são protegidos pela


imunidade, conforme determina a Convenção de Viena.
Além disso, os agentes diplomáticos gozam de imunidade
penal, por isso não podem ser presos, processados, julgados
e condenados pelo Estado acreditado.
PRIVILÉGIOS E IMUNIDADES

De acordo com Rezek, “a imunidade não impede a polícia


local de investigar o crime, preparando a informação sobre
a qual se presume que a Justiça do Estado de origem
processará o agente beneficiado pelo privilegio
diplomático”.
IMUNIDADES

• Com relação as imunidades de jurisdição cível, o agente


diplomático abrange essas imunidades, inclusive, de
Direito do Trabalho e Administrativo. A Convenção de
Viena define algumas exceções as imunidades, como as
causas que envolvem imóveis particulares, feitos
sucessórios a título pessoal, profissão liberal ou atividade
comercial, reconvenção, dentre outros.
IMUNIDADES

• As imunidades tributárias alcançam os agentes


diplomáticos nos tributos nacionais, estaduais e
municipais, mas os tributos indiretos deverão ser pagos
pelos agentes, pois são embutidos no preço final de
mercadoria e serviços. Assim, os serviços específicos que
foram-lhes prestados não serão isentos de impostos como,
por exemplo, a taxa de coleta de lixo.
IMUNIDADES DIPLOMÁTICAS

• Imunidade penal
• Imunidade cível (imóvel, sucessão,
reconvenção, profissional liberal)
• Imunidade tributária
• Inviolabilidade (pessoal, residencial,
veiculo, arquivos, bagagem, liberação de
depor como testemunha)
BENS DAS MISSÕES DIPLOMÁTICAS

• Os bens das missões diplomáticas e das residências dos


agentes não podem ser objeto de busca, apreensão ou
qualquer medida de execução. As imunidades dos agentes
diplomáticos são extensivo às famílias e dependentes,
desde que incluído na lista diplomática
PESSOAL ADMINISTRATIVO

• O pessoal administrativo e técnico da missão gozam de


imunidades, exceto quanto à bagagem. Na esfera cível,
abrange apenas os atos relacionados ao seu exercício. É
permitido aos agentes diplomáticos contratar “criados
particulares” para a missão, desde que não sejam
nacionais do Estado acreditado.
AGENTES CONSULARES

• As imunidades dos agentes consulares são mais restritas.


Na esfera penal, os cônsules não poderão ser detidos ou
presos, preventivamente, salvo nos casos de crime grave.
Além disso, poderão ser presos por sentença judiciaria
definitiva, exceto se relacionado com seus exercícios. Na
esfera cível, os agentes consulares possuem imunidade,
salvo nas ações que resultem contrato.
AGENTES CONSULARES

• É permitido obrigar os cônsules a depor como


testemunhas, exceto por atos vinculados a suas funções.
Não são obrigados a exigir documentos oficiais que
remetam as suas funções. No campo tributário abrange as
mesmas imunidades diplomáticas. Lembre-se que os
documentos, arquivos, comunicação são invioláveis, assim
como a repartição consular.
• Os cônsules honorários tem direito a imunidade, desde
que vinculados ao exercício de suas funções.
CHECK-LIST

• O cônsul só trata dos assuntos do Estado na ausência de


missão diplomática e com anuência do Estado acreditado;
• Todos os diplomatas gozam das mesmas imunidades;
• Só o Estado pode renunciar a imunidade do agente;
• Imunidade penal e relativa;
• O Brasil tem compromisso constitucional com a defesa da
paz e a solução pacifica dos conflitos;
CHECK-LIST

• O compromisso do Brasil é com a integração latino-


americana;
• O diplomata não goza de imunidade cível quando atua com
título privado e não em nome do Estado (testamentário,
administrador, herdeiro ou legatário);
• A isenção não é aplicada aos criados particulares, nem
quem possui residência permanente
• Os impostos indiretos (incluídos na mercadoria) não são
abrangidos pela imunidade diplomática.
CHECK-LIST

• O rol de imunidade é amplo, incluí, cunho penal, cível;


• O Estado pode renunciar as imunidades, mas o agente não;
• Imunidades vale apenas no exterior;
• É relativa em vários campos, como cível e o tributário;
• Imunidade é absoluta no campo penal;
CHECK-LIST
• A imunidade de execução é autônoma em relação a imunidade de
jurisdição;
• Apenas o Senado deve aprovar a indicação do embaixador;
• Somente os cargos de carreira diplomática exige a condição de
brasileiro nato;
• A autorização do Congresso é necessária, exceto quando
excepcionado por lei complementar;
• O Estado poderá manter carreira consular autônoma;
CHECK-LIST
• A renúncia a imunidade não implica renúncia a medida de
execução de sentença;
• Estado acreditante pode renunciar a imunidade dos seus
agentes diplomáticos;
• Não pode invocar imunidade na reconvenção;
• Ato de renúncia e do Estado;
• Acordo de sede é firmado entre Organismo Internacional e o
Estado que recebe;
CHECK - LIST

• O chefe de Missão Diplomática é a pessoa encarregada pelo


Estado acreditante de agir nessa qualidade;
• O chefe da Missão Diplomática deve obter agrément do Estado
acreditado;
• O chefe da Missão Consular deve receber o exequatur do
Estado;
CHECK - LIST
• A imunidade do Estado não e absoluta;
• Não existe nos atos de gestão e nem dos atos contrários a
proteção dos direitos humanos;
• A Justiça Federal e competente para conhecer de causas
envolvendo Estados estrangeiros, mas não em matéria
laboral;
• Prevalece imunidade no campo da execução;
• Atos relacionados a matéria trabalhista são atos de
gestão;
CHECK-LIST

• Prevalece quanto aos atos de império;


• A abertura de missão diplomática não e condição para o
reconhecimento do Estado;
• E proibido o emprego da forca no Direito das Gentes;
• A competência do Estado brasileiro incide sobre todos os
estrangeiros que se encontrem no território nacional;
CHECK-LIST

• O Código Penal emprega a expressão "consideram-se como


extensão do território nacional", o que implica exatamente
que tais espaços são tratados como território brasileiro, sem,
na realidade, o serem;
• O Magistrado deve comunicar-se com o Estado estrangeiro para ter
ciência do interesse do ente estatal submeter a processo no Brasil;
• O contato com a missão diplomática ao configura citação, mas
mera comunicação;
ORGÃOS DO ESTADO NAS RELAÇÕES
INTERNACIONAIS
FUNÇÕES DO CHEFE DE ESTADO

• Manter relação com estado estrangeiro;
• Acreditar seus representantes diplomáticos;
• Celebrar tratados, convenções, atos internacionais;
• Declarar guerra;
• Celebrar a paz;
MINISTRO DAS RELAÇÕES EXTERIORES

• Auxiliar o Presidente da República


• Formulação de políticas exteriores
MINISTRO DA RELAÇÕES EXTERIORES

• Política internacional
• Programa cooperação
• Apoio as delegações
FUNÇÕES DOS AGENTES DIPLOMÁTICOS

• Representar o Estado acreditante;


• Proteger os interesses;
• Negociar com o governo;
PRINCÍPIOS DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS

• Não intervenção;
• Solução pacífica dos conflitos;
• Solução da concessão do asilo
político;
Funções do Chefe de Estado e do
Ministro das Relações Exteriores
Funções do Chefe de Estado e do
Ministro das Relações Exteriores
Funções dos agentes diplomáticos
Funções dos agentes consulares
Informações gerais sobre privilégios
e imunidades
Formas de aparecimento do Estado
Características do reconhecimento
de Estado
Direitos e deveres dos Estados
Formas de extinção dos Estados
Imunidade de jurisdição estatal
Órgãos do Estado nas relações
internacionais
Princípios das relações internacionais
do Brasil
Privilégios e imunidades diplomáticas
Privilégios e imunidades diplomáticas
Privilégios e imunidades diplomáticas
Privilégios e imunidades diplomáticas
Privilégios e imunidades diplomáticas
Formas de aparecimento do Estado
Características do reconhecimento
de Estado
Direitos e deveres dos Estados
Formas de extinção dos Estados
Imunidade de jurisdição estatal
Imunidade de jurisdição estatal
Quadro comparativo entre a
imunidade do Estado e a imunidade
das organizações

internacionais
Competências para o julgamento de
pessoas de Direito público externo

no Brasil
Imunidade de jurisdição estatal
Privilégios e imunidades diplomáticas
(TRF 5ª Região - Juiz - 2007 - ADAPTADA) Com relação à
imunidade de jurisdição, julgue os itens a seguir:

1.Tanto o diplomata quanto o cônsul representam o Estado de


origem para o trato bilateral dos assuntos de Estado.

2.Segundo a Constituição de 1988, a República Federativa do


Brasil deve buscar a integração dos povos da América Latina, com
vistas à formação de uma comunidade latino-americana de nações

3.No âmbito de uma missão diplomática, apenas o chefe da


missão goza de imunidade de jurisdição penal e civil.
(TRF 5ª Região - Juiz - 2005) Julgue os itens
subsequentes, com referência às imunidades e aos
privilégios dos diplomatas e cônsules no Brasil:
4. Por gozar de ampla imunidade de jurisdição civil, o agente
diplomático não pode figurar como reconvindo nos autos de uma
ação cível.

5. Ao cometer um crime punido mais brandamente no Brasil que


no seu Estado de origem, um agente diplomático pode renunciar
à imunidade de jurisdição penal para que seja processado e
julgado perante os tribunais brasileiros, desde que essa renúncia
seja expressamente comunicada pelo próprio agente diplomático
ao Estado acreditado.
6. Embora um cônsul cometa crime comum ao fornecer
informações falsas à justiça brasileira para favo recer um
compatriota seu, deve ser-lhe concedido habeas corpus
para trancamento de ação penal contra si movida pelo
Ministério Público Federal, uma vez que, sendo
funcionário consular, goza de imunidade de jurisdição
penal no Estado receptor.
(IRBr - 2012 - ADAPTADA) A República Federativa do Brasil rege-
se, em suas relações internacionais, por princípios de direito
internacional público previstos de forma expressa na CF.
Acerca da constitucionalização do direito internacional público
no ordenamento jurídico brasileiro, julgue (C ou E) os itens
subsequentes:
7. O compromisso da República Federativa do Brasil com a
manutenção da paz e com a não beligerância é enfatizado por
referências textuais da Lei Maior à solução pacífica de
controvérsias na ordem internacional.
8. O pan-americanismo é rigidamente acolhido como norma de
política externa, com a previsão da integração econômica,
política, social e cultural de todos os povos do continente, para o
progresso da humanidade, com a formação de blocos econômicos
e de associações regionais, como o MERCOSUL e a UNASUL.
(TRT 2ª Região - 2013) Para efeito da Convenção de Viena
de 1961, sobre Relações Diplomáticas, pode-se dizer.
Aponte a alternativa correta:
a) Criado particular é a pessoa do serviço doméstico de um
membro da missão diplomática, podendo ser empregado do
Estado acreditante;
b) O Estado acreditante e o chefe da missão diplomática
estão isentos de todos os impostos e taxas nacionais,
regionais ou municipais sobre os locais da missão, de que
sejam proprietários ou inquilinos, excetuados os que
representam impostos e taxas que incumbam às pessoas
por ela contratadas para a prestação de serviços;
c) O agente diplomático goza de imunidade de jurisdição civil
e administrativa, mesmo em ação sucessória, em que figure a
título privado, como executor testamentário.
d) O agente diplomático estará, no tocante aos serviços
prestados do Estado acreditante, isento das disposições sobre
seguro social do Estado acreditado, isenção também aplicável
aos criados particulares nacionais do Estado acreditado;
e) O agente diplomático gozará de isenção de impostos e
taxas, pessoais ou reais, regionais ou municipais, diretos e
indiretos incluídos no preço dos serviços.
(TRT 1ª Região - Juiz - 2005 - ADAPTADA) Em relação à
imunidade do agente diplomático, é correto afirmar:
a) gozará, apenas, da imunidade de jurisdição penal do
Estado acreditado;
b) não possuirá qualquer imunidade de jurisdição no Estado
acreditado, mas apenas isenção fiscal;
c) o Estado acreditante não poderá renunciar à imunidade
de jurisdição dos seus agentes diplomáticos;
d) o agente diplomático gozará da imunidade de jurisdição
penal do Estado acreditado. Gozará, também, da
imunidade de jurisdição civil e administrativa, a não ser
que se trate de uma ação referente a qualquer profissão
liberal ou atividade comercial exercida pelo agente
diplomático no Estado acre ditado fora de suas funções
oficiais;
e) a imunidade de jurisdição de um agente diplomático no
Estado acreditado prorroga-se por todo o território
internacional, inclusive no Estado acreditante.
IMPORTANTE

• A existência de um Estado e ato unilateral e não depende do


reconhecimento de outros Estados;
• O reconhecimento e:
- irrevogável;
- coletivo e expresso;
- Não é elemento constitutivo do Estado;
- Não está sujeito a prazo determinado;
- É retroativo
RESPONSABILIDADE CIVIL

• O Estado não é visto como investido de sua soberania;


• Não há limites mínimos de população e de tensão territorial
para que um Estado seja considerado como tal;
• Dica: O Estado sucessor deve pagar parcela da divida
adquirida em benefício de todo o território do antecessor
quando o débito tiver revertido em seu benefício;
CF, ART. 109, II

• Compete ao juiz federal julgar estados estrangeiros;


• A via diplomática só é empregada na execução;
• Falta de jurisdição não é hipótese prevista na lei processual
para indeferimento da inicial;
TEXTO

(Advogado da União 2002) Quando soarem as doze


badaladas da meia-noite do dia 19 de maio de
2002, o mundo acolherá com satisfação o Timor
Leste na família das nações. Será um momento
histórico para o Timor Leste e para as Nações
Unidas. Um povo orgulhoso e tenaz realizará o
sonho comum a todos os povos de viver como
homens e mulheres livres sob um governo que
eles mesmos escolheram. Kofi Annan. O mundo
não pode abandonar o Timor Leste. In: Folha de S.
Paulo, 19/5/2002, A-29 (com adaptações). A partir
do texto, julgue os itens que se seguem:
QUESTÃO 1

1. (Advogado da União 2002) Para


satisfazer a condição de Estado, tal como
prescreve o Direito Internacional Público, o
Timor Leste deve possuir: território,
população, governo, independência na
condução das suas relações externas e
reconhecimento dos demais atores que
compõem a sociedade internacional.
QUESTÃO 2

(Advogado da União 2002) Para o direito


das gentes, o ingresso nas Nações Unidas é
condição necessária para que um Estado
possa ser considerado sujeito de Direito
Internacional.
QUESTÃO 3

(Advogado da União 2002) A população de


um país é o conjunto de pessoas (nacionais
e estrangeiros) fisicamente instaladas em
seu território.
QUESTÃO 4

(Advogado da União 2002) O governo


timorense deve ser reconhecido pelos
demais membros da comunidade
internacional como condição necessária
para o reconhecimento do novo Estado.
IMUNIDADE DE JURISDICAO

• O imóvel onde reside o embaixador e


protegida por imunidades diplomáticas;
• A ausência de imunidade delega a competência
de um Estado para julgar o outro;
IMUNIDADE DE JURISDICAO

• A imunidade e relativa no tocante aos atos de


gestão;
• O Estado estrangeiro pode relativizar sua
imunidade por ato de sua própria vontade;
• Não goza de imunidade de gestão, mas goza de
execução;
• Não ha imunidade de jurisdição em matéria
trabalhista;
• A penhora do prédio da missão diplomática e
ilícita;
IMUNIDADE DE JURISDICAO

• Em material laboral, compete a Justiça do


Trabalho julgar entes de direito publico
externo;
• A imunidade abrange os atos de império,
não os de gestão;
• E total a imunidade dos organismos
internacionais, salvo renuncia;
• A imunidade de execução tem fundamento
nos tratados;
• A qualidade de um Estado não depende da
quantidade de direitos e obrigações;
IMUNIDADE DE JURISDICAO

• As organizações internacionais gozam de


imunidade absoluta, salvo renuncia;
• Inclui assuntos trabalhistas;
QUESTÃO 5

(TRF 5ª Região - Juiz - 2006) Em cada um dos próximos itens,


é apresentada uma situação hipotética acerca do
reconhecimento e da sucessão de Estados, seguida de uma
assertiva a ser julgada.
(TRF 5ª Região - Juiz - 2006) O Estado X, situado no
continente americano, tornou-se independente em 2000.
Em 2003, o Estado Y, também situado no continente
americano, declarou o reconhecimento do Estado X. Nessa
situação, somente a partir do referido reconhecimento os
atos emanados pelo Estado X serão aceitos como válidos
pelos tribunais do Estado Y.
QUESTÃO 6

Um Estado tornou-se independente recentemente. Nessa


situação, para que esse Estado seja digno de reconhecimento
pelos demais Estados da sociedade internacional, é necessário
que ele possua população, território, governo e soberania,
além de ter seu pedido de reconhecimento aceito pelos
demais Estados até cinco anos a contar da data de sua
independência.
QUESTÃO 7

Em 1970, o Estado A tornou-se


independente, recebendo, em 1972, o
reconhecimento do Estado B. Em 1980,
esses dois estados romperam relações
diplomáticas por defenderem interesses
comerciais divergentes. Nessa situação, o
Estado B, segundo o direito internacional,
pode revogar o reconheci mento
anteriormente declarado.
QUESTÃO 8

Um Estado é recém-independente. Nessa


situação, dois outros Estados podem,
segundo o direito internacional, celebrar
um tratado internacional para exprimir o
reconhecimento conjunto do Estado
recém-independente.
QUESTÃO 9

O Estado J perdeu, por secessão, parte de


seu território, surgindo um novo Estado, K.
Nessa situação, o Estado K não sucede o
Estado J nos acordos bilaterais firmados
por este e deve enviar uma notificação de
sucessão para aderir aos tratados coletivos,
observados, neste último caso, os limites
impostos para o ingresso de novos Estados-
partes.
TEXTO

(TRF 5ª Região - Juiz - 2005) Com


fundamento na atual jurisprudência dos
tribunais pátrios, julgue os itens seguintes,
acerca da imunidade do Estado estrangeiro
em face da jurisdição brasileira.
QUESTÃO 10

O Estado estrangeiro está sujeito à


jurisdição brasileira quando pratica ato
jure gestões, como, por exemplo, a
aquisição de bens móveis e imóveis.
QUESTÃO 11

Em causas relativas à responsabilidade


civ il, o Estado estrangeiro goza de
imunidade de jurisdição, devendo a parte
lesada discutir sua pretensão indenizatória
perante os tribunais do país faltoso.
QUESTÃO 12

Na execução forçada de sentença


condenatória contra Estado estrangeiro,
caso este não possua bens estranhos à sua
representação diplomática nos limites da
jurisdição brasileira, deve ser expedida
carta rogatória, acompanhada de gestões
diplomáticas, para se proceder à cobrança
do crédito.
TEXTO

(Instituto Rio Branco - 2004 - ADAPTADA) O


presidente da República inicia hoje uma
viagem pelo continente africano. Seu primeiro
compromisso no exterior diz respeito à
assinatura de um tratado comercial com a
Re p ú b l i c a d e B e n g u e l a , e n v o l v e n d o
exportação de produtos agrícolas e medica
mentos, e ajuda financeira. A República de
Benguela é país recém-criado, surgido em
decorrência do desmembramento de parte do
território de um outro país. A partir do texto,
julgue os itens que se seguem:
QUESTÃO 13

Considerando que o território da República


de Benguela era parte de um país, que
continua a existir, a referida República não
deverá ficar responsável pelo pagamento
de nenhuma parcela de dívida externa
contraída pelo país predecessor, ainda que
ambos os países tenham diversamente
acordado, haja vista a existência de norma
impositiva de direito internacional público
a respeito dessa matéria.
QUESTÃO 14

Para que fosse aceito como país-membro da


Organização das Nações Unidas (ONU), em
condição de plena igualdade com os demais
países-membros, a República de Benguela
teria que comprovar o atendimento dos
requisitos exigidos por aquela pessoa
jurídica de direito público internacional para
o ingresso na organização, tais como o
respeito aos direitos humanos e a
comprovação dos limites mínimos de
população e de extensão territorial.
QUESTÃO 16

(TRF 1ª Região - Juiz - 2009) Pedro, cidadão


brasileiro, presta serviços como cozinheiro
na embaixada do Estado X no Brasil. Após
constatar que vários dos direitos trabalhistas
previstos na Consolidação das Leis do
Trabalho estavam sendo desrespeitados,
Pedro decidiu ajuizar ação na justiça do
trabalho brasileira. Com base nessa situação
hipotética, assinale a opção correta.
a) Deve ser seguido o procedimento descrito
na Convenção das Nações Unidas sobre
Imunidades de Jurisdição e Execução do
QUESTÃO 16

b) Em matéria trabalhista, não há imunidade


de jurisdição do Estado estrangeiro no Brasil.
c) A imunidade de jurisdição do Estado
estrangeiro é absoluta por força de uma norma
jus cogens.
d) A competência para conhecer da ação é da
justiça federal.
e) Em matéria trabalhista, não há imunidade
de execução do Estado estrangeiro no Brasil.
QUESTÃO 17

(BACEN - Procurador - 2009) O aforismo par in


parem non habet judicium dá fundamento à
norma de direito internacional que dispõe
acerca de.
a) imunidade de jurisdição estatal
b) desenvolvimento sustentável
c) liberdade dos mares
d) efetividade
e) cláusula da nação mais favorecida
TEXTO

(IRBr - 2009 - ADAPTADA) "Em 14/6/2008, o


Governo brasileiro respondeu à carta do ministro
dos Negócios Estrangeiros da República de
Montenegro, acusando recebimento de notícia
acerca do resultado de referendo favorável ao
status daquele país como Estado independente,
após desmembramento da União de Estados da
Sérvia e Montenegro. Na carta, o Brasil "reconhece,
a partir da data de hoje, a independência da
República de Montenegro, país com o qual o Brasil
tenciona, oportunamente, iniciar processo com
vistas ao estabelecimento de relações
diplomáticas". Acerca desse tema, julgue os itens
seguintes, respondendo "certo" ou "errado":
QUESTÃO 18

O Governo brasileiro poderia ter optado


por não reconhecer formalmente a
independência de Montenegro e poderia
ter simplesmente estabelecido relações
diplomáticas com aquele país, o que teria
produzido o mesmo efeito jurídico do
reconhecimento.
QUESTÃO 19

Antes do reconhecimento de Montenegro,


o Governo brasileiro deve ter considerado,
em sua avaliação das circunstâncias locais,
se a nova entidade possuía território
definido, população permanente, governo
soberano e efetivo, e se hav ia
comprometimento de Montenegro em
estabelecer missão diplomática em Brasília.
QUESTÃO 20

Ao Governo brasileiro caberá a última


palavra na destinação a ser dada aos bens
(embaixada, terrenos) que eram
anteriormente pertencentes à União dos
Estados da Sérvia e Montenegro e que se
encontram em território brasileiro.
QUESTÃO 21

(Procurador Federal 2010) A anexação, por


meio da utilização da força, é uma forma
de aquisição de território proibida pelo
direito internacional.
QUESTÃO 22

(TRT 1ª Região - Juiz - 2010 - ADAPTADA)


Compete à justiça do trabalho processar e
julgar ações oriundas das relações de
trabalho, abrangidos os entes de direito
público externo, que são os Estados
estrangeiros e as organizações
internacionais governamentais.
QUESTÃO 23

(Defensor Público da União - 2010) A


competência jurisdicional brasileira
somente incide sobre indivíduo estrangeiro
se este residir no Brasil durante mais de
quinze anos ininterruptos.
QUESTÃO 24

(TCU - Auditor Federal de Controle Externo


- 2012) Em razão da soberania estatal, pelo
sistema da territorialidade, a norma
jurídica brasileira aplica-se no território do
Estado brasileiro, território esse que
compreende o espaço geográfico onde se
situa e, por extensão, as embaixadas, os
consulados e os navios de guerra, onde
quer que se encontrem.
QUESTÃO 25

(TRT - 3ª Região - Juiz - 2012 - ADAPTADA)


É entendimento jurisprudencial da Seção
de Dissídios Indiv iduais do Tribunal
Superior do Trabalho que a imunidade de
jurisdição dos Estados estrangeiros é
relativa, em relação às demandas em que
se debate o direito a parcelas decorrentes
da relação de trabalho, pois as parcelas são
oriundas de atos de gestão e não de
império.
QUESTÃO 26

(TRT - 3ª Região - Juiz - 2012 - ADAPTADA)


É entendimento jurisprudencial da Seção
de Dissídios Indiv iduais do Tribunal
Superior do Trabalho que os organismos
internacionais permanecem, em regra,
detentores do privilégio da imunidade
absoluta, quando esta é assegurada por
norma internacional ratificada pelo Brasil,
diferentemente dos Estados estrangeiros,
que atualmente têm a sua imunidade de
jurisdição relativizada.
QUESTÃO 27

(TRF 3ª Região - Juiz - 2010) Assinale a


alternativa correta:
a) Proposta ação por brasileiro em face de
Estado Estrangeiro visando a receber
indenização por danos morais e materiais,
decorrentes da proibição de entrada no país,
apesar de anterior concessão de visto de
turismo, deve o magistrado extinguir o
processo, por inépcia da inicial.
QUESTÃO 27

b) Proposta ação por brasileiro em face de


Estado Estrangeiro visando a receber
indenização por danos morais e materiais,
decorrentes da proibição de entrada no
país, apesar de anterior concessão de visto
de turismo, deve o magistrado determinar
a citação do Estado Estrangeiro, já que a
imunidade de jurisdição não representa
regra que automaticamente deve ser
aplicada aos processos judiciais movidos
contra Estado Estrangeiro, e pode, ou não,
ser exercida por esse Estado.
QUESTÃO 27

c) A questão relativa à imunidade de jurisdição,


atualmente, é vista de forma absoluta, mesmo
nas hipóteses em que o objeto litigioso tenha
como fundamento relação jurídica de natureza
meramente civil, comercial ou trabalhista.
d) Proposta ação por brasileiro em face de Estado
Estrangeiro visando a receber indenização por
danos morais e materiais, decorrentes da
proibição de entrada no país, apesar de anterior
concessão de visto de turismo, deve o magistrado
extinguir o processo, por se tratar de hipótese de
imunidade absoluta de Jurisdição, não sendo
possível sua relativização, por vontade soberana
do estado alienígena.
QUESTÃO 28

(IRBr - Diplomata - 2011) Dois ex-empregados


da missão diplomática do Estado X situada no
Esta do Y ajuizaram contra aquele Estado
reclamação na justiça trabalhista deste
Estado, alegando que alguns de seus salários
não haviam sido pagos. Tendo julgado
procedente a reclamação, a justiça trabalhista
do Estado Y determinou, a fim de satisfazer os
créditos dos ex-empregados, a penhora de
bens, incluído o próprio prédio da referida
missão diplomática. Com relação a essa
situação hipotética, assinale a opção correta:
QUESTÃO 28

a) Caso o Estado Y fosse o Brasil, a justiça


trabalhista não poderia, de acordo com a
jurisprudência do STF, determinar a penhora
de bens do Estado X, por gozar o Estado
estrangeiro de imunidade de execução.
b) A justiça trabalhista do Estado Y não
deveria ter conhecido da ação, pois a
C o n v e n ç ã o d e V i e n a s o b r e Re l a ç õ e s
Diplomáticas estabelece a imunidade de
jurisdição do Estado estrangeiro em matéria
trabalhista.
QUESTÃO 28

c) A justiça trabalhista do Estado Y não deveria


ter conhecido da ação, pois casos que envolvam
imunidade de jurisdição e execução somente
podem ser julgados por tribunais internacionais.
d) Caso a penhora recaísse sobre a residência
oficial do embaixador, ela seria considerada
lícita perante o direito internacional.
e) Sob o prisma do direito internacional, a
penhora do prédio da missão diplomática é
lícita.
QUESTÃO 29

(MPT - ADAPTADA – 2013) Em relação aos


trabalhadores brasileiros contratados no
Brasil por Estados estrangeiros ou
Organizações Internacionais, para aqui
prestarem serviço, é CORRETO afirmar que:
a) Em virtude do reconhecimento de
imunidade relativa às representações
diplomáticas, é competente originariamente
o Tribunal Regional do Trabalho do local onde
celebrado o contrato, para demanda
ajuizada pelo trabalhador em face da
mesma.
QUESTÃO 29

b) A imunidade de jurisdição das representações


diplomáticas se restringe aos atos de gestão, os quais
pertencem à soberania de cada Estado em particular,
não abrangendo os atos de império.
c) Em virtude do reconhecimento de imunidade
absoluta das representações diplomáticas de Estados
estrangeiros, é competente uma das Varas Federais da
capital da República Federativa do Brasil.
d) Consoante jurisprudência atual do STF
organização internacional integrante do sistema das
Nações Unidas goza de imunidade absoluta de
jurisdição, pois amparada em norma internacional
incorporada ao ordenamento jurídico brasileiro.
QUESTÃO 30

(TRF 1ª Região - Juiz - 2013 - ADAPTADA):


Juiz federal de primeira instância não tem
competência para julgar conflito entre
governo estrangeiro e ente municipal
brasileiro.
QUESTÃO 31

(TRF 1ª Região - Juiz - 2013 - ADAPTADA):


O STF entende ser relativa a imunidade de
jurisdição das organizações internacionais.
QUESTÃO 32

(TRF 1ª Região - Juiz - 2013 - ADAPTADA):


Os elementos considerados na identificação
do Estado como sujeito de direito
internacional não incluem a capacidade
para entabular relações internacionais.
QUESTÃO 33

(TRT- 5ª Região - Juiz - 2013- ADAPTADA):


Dado o elenco dos elementos constitutivos
de um Estado constante da Convenção
interamericana sobre Direitos e Deveres
dos Estados de Montevidéu, é correto
afirmar que o reconhecimento de um
governo pelos Estados signatários dessa
convenção implica no reconhecimento de
um Estado a ele relacionado.
QUESTÃO 34

(TRT - 5ª Região - Juiz - 2013 - ADAPTADA):


A imunidade de execução dos Estados
e s t ra n g e i r o s é p r e v i s t a e m r e g ra s
costumeiras internacionais.
TEXTO

(Procurador Federal - 2013) X ingressou com


ação judicial contra Y. O juiz julgou
totalmente procedentes os pedidos. Instado
a pagar, Y invocou a sua imunidade de
jurisdição. Com base nessa situação
hipotética, julgue os itens a seguir.
QUESTÃO 35

Se X for uma autarquia federal e se a


demanda judicial for uma execução fiscal
em que V seja um Estado estrangeiro, não
haverá imunidade de jurisdição.
QUESTÃO 36

De acordo com entendimento do STF, se V


for a Organização das Nações Unidas, não
haverá imunidade de jurisdição.
QUESTÃO 37

(IRBr – 2014) Mesmo aqueles microestados


que delegam parcelas essenciais de suas
competências, como defesa e
representação internacional, podem ser
admitidos na ONU.
QUESTÃO 39

(TRT- 18ª Região - Juiz - 2014 - ADAPTADA) Sobre a


imunidade de jurisdição das pessoas jurídicas de
direito público externo perante o judiciário brasileiro,
é correto afirmar:
a) Os Estados estrangeiros gozam de imunidade
absoluta de jurisdição no Brasil, assim como suas Mis
sões Diplomáticas sediadas em território brasileiro.
b) Derivada do costume internacional, a imunidade
de jurisdição dos Estados estrangeiros tem sido
atenuada no Brasil, permitindo, por exemplo, o
trâmite de reclamações trabalhistas movidas por
empregados de Missões Diplomáticas sediadas em
território brasileiro.
QUESTÃO 39

c) As Organizações Internacionais
intergovernamentais, em especial, a Organização das
Nações Unidas (ONU), gozam das mesmas imunidades
concedidas às Missões Diplomáticas e, por isso,
podem figurar como Reclamadas em processo
trabalhista, mesmo contra sua vontade expressa.
d) As Organizações Internacionais
intergovernamentais somente poderão ser rés
perante o judiciário brasileiro em ações relativas a
atos de gestão, gozando de plena imunidade em
relação aos atos de império que porventura venham a
praticar.
NACIONALIDADE
Conceito
• A nacionalidade é o vínculo jurídico-político que une uma pessoa
física a um Estado. A partir disso, gera a formação dos direitos
políticos, a proteção do ente estatal, o reconhecimento dos
direitos e obrigações do indivíduo, dentre outros.
• Segundo Bruno Yepes, a atribuição de uma nacionalidade às
pessoas naturais torna o ente estatal “apto à condução de
assuntos de interesse do indivíduo”.
• É importante registrar que a nacionalidade é diferente da
cidadania, pois são conceitos distintos. A cidadania pressupõe a
nacionalidade, mas o contrário, não se aplica. Ter nacionalidade
não significa o exercício dos direitos políticos.
Definição da nacionalidade
• A definição da nacionalidade é atributo do direito interno, do
Estado soberano. Cada Estado possui suas regras, normas, por isso,
não permite a interferência de outros Estados na aquisição de
nacionalidade. Tal entendimento decorre da Convenção de Haia,
de 1930, a qual define:
• “Cabe a cada Estado determinar por sua legislação quais são os
seus nacionais” e que “Toda questão relativa ao ponto de caber se
um indivíduo possui a nacionalidade de um Estado será resolvida
de acordo com a legislação desse Estado”.
Cai em prova:
• Destaca-se que somente os Estados podem definir quem são seus
nacionais, em virtude da soberania estatal. O Direito Internacional
atua na proteção da dignidade humana e na estabilidade da
sociedade internacional, quando o Estado extrapola em suas
prerrogativas.
Princípios:
• Os principais princípios relativos à nacionalidade são: direito de
mudar a nacionalidade, vedação a polipatridia, efetividade da
nacionalidade, direito de entrar e permanecer no território que
possui nacionalidade, todo indivíduo tem direito a nacionalidade,
dentre outros.
Conflitos de nacionalidade:
• É possível a existência de conflitos de nacionalidade em duas
situações: polipatridia e apatridia. A polipatridia é quando o
indivíduo tem mais de duas nacionalidades. Já a apatridia é a
perda da nacionalidade, seja por critérios políticos ou pela
incidência de nenhum critério de aquisição.
Ordenamento Jurídico:
• O nosso ordenamento jurídico permite a polipatridia, mas não
expressamente. No artigo 12, §4º, letras “a” e “b”, da CF, prevê a
perda da nacionalidade, quando o brasileiro adquire outra
nacionalidade. Vejamos: “Será declarada a perda da nacionalidade
do brasileiro que: a) tiver cancelada sua naturalização, por
sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao interesse
nacional; b) adquirir outra nacionalidade”.
Formas e Critérios de Aquisição


• A nacionalidade pode ser adquirida de modo originário (primário)


ou secundário. A nacionalidade primária é adquirida no momento
do nascimento, sem interferência da vontade humana e a
nacionalidade secundária é aquela adquirida após o nascimento,
por vontade do Estado ou do próprio indivíduo.
Nacionalidade Primária

• A nacionalidade primária é adquirida no momento do nascimento.


Vincula-se a essa definição dois critérios: jus soli e o jus sanguinis.
Pelo critério do jus soli, a nacionalidade é definida pelo território
em que a pessoa nasce, independente da nacionalidade dos pais.
• Pelo critério do jus sanguinis, a nacionalidade é atribuída pela
nacionalidade dos pais, independente do território que tenha
nascido. No Brasil, adotamos os dois critérios jus soli e jus
sanguinis. A delimitação desse assunto está presente no artigo 12,
inciso I, alíneas “a”, “b”, e “c”.
Nacionalidade Secundária
• A nacionalidade secundária é adquirida por fato posterior ao
nascimento, pela manifestação da vontade do Estado ou do
próprio indivíduo. O critério de aquisição dessa nacionalidade é
conhecido como “naturalização”. Após preencher os requisitos
necessários para a aquisição, o estrangeiro possui apenas a
expectativa do direito, pois ainda depende da concessão do
Estado.
• Anteriormente, a nacionalidade secundária poderia ser adquirida
pelo casamento e pelo vinculo funcional. O Brasil ainda permite a
aquisição da nacionalidade pela anexação, unificação e cessão
territorial e por vontade da lei (unilateral).
Nacionalidade Secundária
• A nacionalidade secundária é adquirida por fato posterior ao
nascimento, pela manifestação da vontade do Estado ou do
próprio indivíduo. O critério de aquisição dessa nacionalidade é
conhecido como “naturalização”. Após preencher os requisitos
necessários para a aquisição, o estrangeiro possui apenas a
expectativa do direito, pois ainda depende da concessão do
Estado.
• Anteriormente, a nacionalidade secundária poderia ser adquirida
pelo casamento e pelo vinculo funcional. O Brasil ainda permite a
aquisição da nacionalidade pela anexação, unificação e cessão
territorial e por vontade da lei (unilateral).
Naturalização
• O processo da naturalização é regulamentada pelo Estatuto do
Estrangeiro, nos artigos 111 ao 124. Lembre-se que a
naturalização é uma faculdade do Estado, ou seja, é
discricionário. O próprio indivíduo deverá peticionar ao Ministro
da Justiça, através do Departamento da Polícia Federal, o qual,
avaliará as condições e análise da vida pregressa do naturalizado.
Ao final, o Ministro da Justiça emite a portaria que concede a
nacionalidade brasileira. A portaria tem natureza meramente
formal com efeitos retroativos à data do requerimento da
naturalização. Caso o pedido de naturalização seja negado, cabe
pedido de reconsideração dirigido ao órgão do Ministério de
Justiça.
• Importante: A naturalização extraordinária alcança os estrangeiros
Naturalizados
• Podem ser naturalizados: a) os estrangeiros originários de países
de língua portuguesa, após residência por um ano ininterrupto e
com idoneidade moral; b) os estrangeiros de qualquer
nacionalidade, residentes na República Federativa do Brasil há
mais de quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, desde
que requeiram a nacionalidade brasileira
Direitos dos Naturalizados
• Após a naturalização, o indivíduo goza dos mesmos direitos civis e
políticos do brasileiro nato, salvo nos casos previstos em lei. As
exceções são: a) proibição de acesso a certos cargos públicos (art.
12, §3º, CF) e de participação no Conselho da República; b)
possibilidade de cancelamento judicial da naturalização; c)
possibilidade de extradição em casos de crime comum, praticado
antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em
tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei
(art. 5º, inciso LI, CF) e, por fim, d) restrições às atividades em
empresas de comunicações (art. 222, CF).
Mudança, perda e reaquisição
• A reaquisição da nacionalidade é regulada pela Lei 818/49, a qual
permite que o indivíduo volte a ser brasileiro se estiver
regularmente domiciliado no Brasil, ainda que não permanente. O
pedido é interessado ao Presidente da República e apreciado pelo
Ministério da Justiça. A forma utilizada é o decreto presidencial.
• É possível a revogação da perda nacionalidade quando os
beneficiários retomam à condição de brasileiros, mas possuem
domicilio no Brasil. Lembre-se que o decreto é ato meramente
declaratório, todavia, a sentença que decreta a perda tem
natureza sancionatória e com efeitos ex nunc
Mudança, perda e reaquisição
• Os principais critérios para a determinação da nacionalidade das
pessoas jurídicas são três: a incorporação, a sede e o controle. É
importante saber qual a lei do Estado foi constituída; a
nacionalidade da sede e a vontade dos sócios.
Principais artigos:
• Estatuto do Estrangeiro, Artigo 115
• Estatuto do Estrangeiro, Artigo 119 e 111
• Constituição Federal, Artigo 12, inciso II, letra “b”, “a”,”c”
• Constituição Federal, Artigo 5º, inciso LI
• Constituição Federal, Artigo 12, §3º, §4º
• Constituição Federal, Artigo 14, §2º
• Constituição Federal, Artigo 222, caput
• Constituição Federal, Artigo 12, §3º
• Constituição Federal, Artigo 12, §4º, inciso II, “b”
ATENÇÃO

• Atenção: Casamento não é critério de nacionalidade secundária.


Entretanto, o estrangeiro casado com cônjuge brasileiro poderá:
• Reduzir o prazo mínimo de residência no Brasil (4 para 1 ano)
• Cônjuge diplomatas (30 dias) permanência no pais.
NATURALIZADOS NO BRASIL

• Isonomia c/ brasileiros natos
• Proibição de acesso a cargos públicos
• Cancelamento judicial da naturalização
• Possibilidade de extradição
• Restrições em empresas de comunicações
CONDIÇÃO JURÍDICA DO ESTRANGEIRO

Deportação
• Para Portela, a deportação é “o ato pelo qual o Estado
retira compulsoriamente de seu território um estrangeiro
que ali entrou ou permanece de forma irregular”. É
importante ressaltar que a não admissão do estrangeiro no
território, não configura a deportação. A deportação só
acontece, após o estrangeiro ficar irregular.
• A deportação é ato discricionário, motivado pela
irregularidade na entrada ou na permanência no Brasil.
Importante: A falsificação do passaporte configura
irregularidade, no entanto, no Brasil o ato é grave que
CONDIÇÃO JURÍDICA DO ESTRANGEIRO

Irregularidade do estrangeiro
• A irregularidade do estrangeiro pode ocorrer pela: a) falta
de documentação exigida para entrada e permanência, b)
passaporte vencido, c) passaporte com prazo de validade,
d) visto vencido, e) exercício de atividade incompatível com
o visto, dentre outros.
CONDIÇÃO JURÍDICA DO ESTRANGEIRO

Competência
• Compete ao Departamento da Polícia Federal a deportação,
órgão do Ministério da Justiça e da autoridade migratória
brasileira, atinge apenas os estrangeiros. Destaca-se que a
responsabilidade pela deportação é da empresa
transportadora e os custos da viagens fica à cargo do Estado
deportante.
CONDIÇÃO JURÍDICA DO ESTRANGEIRO

Procedimento
• Durante o procedimento da deportação, o estrangeiro
poderá ser recolhido à prisão, pelo prazo de 60 dias, por
ordem do Ministro da Justiça. É possível a prorrogação por
igual período. O retorno do estrangeiro é permitido, desde
que efetue o pagamentos das despesas feitas pelo Tesouro
Nacional com a sua deportação e esteja apto a entrar e
permanecer no território.
CONDIÇÃO JURÍDICA DO ESTRANGEIRO

Não é permitido a deportação:
• Não é possível a deportação, nos seguintes casos: a)
quando o estrangeiro é perseguido por crime político no seu
país de origem; b) em casos de asilo ou refúgio nas
fronteiras; c) indícios de periculosidade. Além disso, o
Superior Tribunal de Justiça, já decidiu: “O fato do
estrangeiro estar em situação irregular no país, por si só,
não é motivo suficiente para inviabilizar os benefícios da
execução penal”
CONDIÇÃO JURÍDICA DO ESTRANGEIRO

Expulsão
• Na definição de Portela, a expulsão é o ato pelo qual o
Estado retira do território nacional o estrangeiro
considerado nocivo ou inconveniente aos interesses
nacionais, tendo a expulsãonatureza político-administrativo,
vinculado à soberania do Estado.
• No Estatuto do Estrangeiro são previstas as seguintes
hipóteses de expulsão: a) prática de fraude para obter
entrada ou permanência no Brasil; b) não recomendação da
deportação do ilegal; c) prática da vadiagem ou
mendicância; d) desrespeito de proibição especialmente
CONDIÇÃO JURÍDICA DO ESTRANGEIRO

Competência
• Compete ao Presidente da República decretar a expulsão do
estrangeiro, sendo o ato discricionário, expedido por
decreto. O retorno só é possível, após a revogação do ato
por meio de outro decreto, sendo cabível o pedido de
reconsideração no prazo de 10 dias, após a publicação do
decreto de expulsão (artigo 72, Estatuto do Estrangeiro).
CONDIÇÃO JURÍDICA DO ESTRANGEIRO

Expulsão
• A expulsão não será permitida quando: a) configurar
extradição inadmitida pela lei brasileira; b) perseguido por
crime político ou de opinião; c) quando o estrangeiro
retornar ao país e sofrer pena que o Brasil não permite; d)
estrangeiro regularmente registrado, salvo motivos de
segurança nacional ou de ordem pública; e) proibido
expulsão coletiva; f) estrangeiro casado há mais de cinco
anos com cônjuge brasileiro ou com filho brasileiro sob sua
guarda; g) adoção, casamento, divorcio ou separação,
superveniente ao processo de expulsão não impede a
decretação; 
CONDIÇÃO JURÍDICA DO ESTRANGEIRO

Extradição
• Para Portela, a extradição é o ato pelo o qual o Estado
entrega o indivíduo a outro Estado, devido ao
descumprimento de uma condenação ou pela violação das
leis daquele Estado, respondendo pelo ilícito praticado. A
extradição é um ato discricionário, embora seja um ato de
cooperação internacional penal.
EXTRADIÇÃO
Para Portela, a extradição é o ato pelo o qual o Estado
entrega o indivíduo a outro Estado, devido ao
descumprimento de uma condenação ou pela violação das
leis daquele Estado, respondendo pelo ilícito praticado. A
extradição é um ato discricionário, embora seja um ato de
cooperação internacional penal.
EXTRADIÇÃO
• A extradição somente ocorre para ilícitos penais, com
imensa gravidade, afastando os crimes de menor potencial
ofensivo ou de meras contravenções. O pedido de
extradição é fundamentado pelo ordenamento violado e não
pelo local que foi cometido a infração.
• O Supremo Tribunal Federal já decidiu que a extradição
poderá ser realizada na fase processual e na condenação. A
existência da promessa de reciprocidade deve ser formal e
emitida, sendo requerido somente pelos os Estados.
EXTRADIÇÃO
• Não é possível solicitar a extradição sem a existência de um
tratado ou da promessa de reciprocidade. O Supremo
Tribunal Federal vem ampliando as possibilidades de
extradição, no tocante ao ato ilícito cometido e á autorizou
a extradição com a ausência de processo contra o
extraditado, sendo chamada de “extradição instrutória”.
CHECK-LIST
• A extradição não poderá ser deferida nos casos de crime
político ou de opinião; crime julgado por tribunal ou juízo
de exceção; e quando for brasileiro nato. Observa-se que o
brasileiro nato não será extraditado em nenhuma hipótese,
salvo se adquirir outra nacionalidade.
• O brasileiro naturalizado poderá ser extraditado nos casos
de crime comum cometido antes da naturalização e nos
crimes de envolvimento em narcotráfico e delitos afins,
cometidos a qualquer tempo.
CHECK-LIST
• o Estatuto do Estrangeiro específica outras hipóteses de não
concessão da extradição, quando o Brasil for competente
para julgar o crime imputado; quando a lei brasileira
impuser crime a pena de prisão igual ou inferior a 1 ano;
quando o condenado for absolvido no Brasil ou já tenha
cumprido pena; prescrição do crime.
• Não haverá extradição quando o indivíduo for menor de 18
anos de idade. O Supremo Tribunal Federal, na Súmula 421,
decidiu que a existência de filhos ou casamentos com
brasileiros não impedirá a extradição. O domicílio e a
residência permanente também não será um impeditivo
CHECK-LIST
• A competência estão envolvidos o Ministério das Relações
Exteriores, o Ministério da Justiça, o Supremo Tribunal
Federal e a Presidência da República. O pedido da
extradição é enviado ao Ministério das Relações Exteriores
(Executivo)e, de acordo com a nova redação do Estatuto do
Estrangeiro, o pedido de extradição é enviado ao Ministério
da Justiça.
• É atribuído ao Ministro da Justiça o juízo de admissibilidade
do pedido de extradição antes de envia-lo ao Supremo
Tribunal Federal. Caso o pedido não preencha os requisitos,
o Ministro da Justiça poderá determinar o arquivamento do
processo. Destaca-se que o arquivamento não impede a
EXTRADIÇÃO RE QUERIDA POR MAIS DE
UM ESTADO
• A extradição for requerida por mais de um Estado, pelo
mesmo fato, terá preferência o território que a
infração tenha sido cometida.
• Em caso de crimes distintos, será analisado: I) o Estado
requerente em cujo território haja sido cometido o
crime mais grave; II) o que em primeiro lugar houver
pedido a entrega do extraditando, se a gravidade dos
crimes for idêntica; III) o Estado de origem, ou, na sua
falta, o domiciliar do extraditando, se os pedidos forem
simultâneos.
EXTRADIÇÃO

• A análise direta do pedido de extradição será feito pelo


Supremo Tribunal Federal. O objeto de análise será
apenas a adequação do pedido ao ordenamento
jurídico, não adentrando ao mérito. A decisão do STF é
irrecorrível, não poderá adentrar novo pedido. O único
recurso cabível são os embargos de declaração.
• Não cabe habeas corpus contra as decisões do STF no
processo de extradição. Lembre-se: Se o STF autorizar a
extradição, ele não vincula o Presidente da República.
Mas, quando ele não autorizar, o Presidente da
República não pode conceder a extradição.
EXTRADIÇÃO
• A entrega do extraditado seguirá o disposto do artigo 91
do Estatuto do Estrangeiro, vejamos: a) não será
extraditado o preso por crimes ou fatos anteriores ao
pedido; b) computar o tempo de prisão que, no Brasil,
já foi imposto; c) prazo máximo da pena de 30 anos; d)
não ser entregue sem o consentimento do Brasil; e) não
considerar crime político como agravamento da pena.
• É possível a entrega de um nacional ao Tribunal Penal
Internacional, nos casos de crimes repudiados pelo
Estatuto de Roma. O Brasil se submete a jurisdição
deste Tribunal e, por isso, poderá o brasileiro ser
julgado por essa Corte e cumprir pena no Brasil.
ASILO
• O asilo é a proteção dada por um Estado a um indivíduo
que está sendo ameaçado por questões políticas pelas
autoridades de outro Estado, atingindo diretamente sua
liberdade e dignidade.
• De acordo com Rezek, o acolhimento, pelo Estado, de
estrangeiro perseguido, em seu próprio país, não
configura quebra do direito penal comum. O
fundamento do asilo é a perseguição política.
ASILO
• Segundo a Resolução 3.212 da Assembleia Geral da ONU
as diretrizes para o asilo são: a) perseguição; b)
respeito pelos outros Estados; c) qualificação do delito
no país que concede o asilo; d) segurança nacional; e)
ato discricionário. O asilo pode ser territorial ou
diplomático.
• O asilo territorial é definido como o acolhimento no
território de um Estado estrangeiro e o asilo
diplomático é o acolhimento do individuo em missões
diplomáticas, navios de guerra, aeronaves e
acampamentos militares. Importante: Não é
reconhecido o asilo diplomático em consulados.
REFÚGIO
• O refúgio é a proteção dada por um Estado a um
indivíduo que corre risco em outro país por motivos de
guerra, perseguições de caráter racial, religioso,
nacionalidade ou pertinência a um grupo social.
• São características principais do asilo: a)
obrigatoriedade do Estado; b) ausência de foro
internacional; c) perseguições por raça, grupo social,
religião e penúria; d) caráter universal; e) permitido
quando o indivíduo está fora de seu país.
REFÚGIO
• O asilo é regulado por tratados, no âmbito
internacional, pelo ACNUR. A concessão do asilo é dever
do Estado, tem menor relevância dos motivos políticos e
a perseguição ocorre por grupos maiores, atingindo pelo
o caráter racial, religioso, social e penúria.
TIPOS DE VISTOS
• As espécies de vistos concedidos no Brasil são listados
no Estatuto do Estrangeiro (artigos 4 ao 21), sendo o
visto de trânsito, temporário, permanente, de cortesia,
oficial e diplomático.
VISTO DE TRÂNSITO
• O visto de trânsito consiste na passagem rápida pelo
Brasil como roteiro de outro destino, ou seja, o
estrangeiro para que consiga chegar a outro país deve
passar necessariamente pelo Brasil. Em casos de viagem
contínua não é exigido o visto de transito. Lembre-se
que esse visto é válido por 10 dias improrrogável.
VISTO DE TURISTA

• O visto de turista é concedido para viagens de caráter


recreativo ou de visita, que não incluam atividade
remunerada ou finalidade imigratória. O prazo de
validade é de até 5 anos, permitida várias entradas,
desde que com permanência não superior a 90 dias,
prorrogáveis por igual período. É permitido, ainda, a
estadia total de 180 dias por ano.
VISTO TEMPORÁRIO

• O visto temporário é concedido nas seguintes hipóteses:


a) viagem cultural ou em missão de estudos (pelo
período da missão); b) viagem de negócios (até 90 dias);
c) na condição de artista ou desportista (até 90 dias); d)
estudante (até 1 ano); f) contrato ou prestação de
serviços: jornal, rádio, revista, televisão ou agência
noticiosa estrangeira (pelo tempo do contrato); g)
ministro de confissão religiosa, congregação ou ordem
religiosa (1 ano, prorrogável por igual período).
VISTO TEMPORÁRIO

• Atenta-se que os estrangeiros na condição de artista ou


sob regime de contrato deverão observar as condições
do Conselho Nacional de Imigração, e se for partes do
contrato de trabalho, deverão ser autorizados pelo
Ministério do Trabalho e Emprego.
VISTO TEMPORÁRIO

• O visto permanente é concedido ao estrangeiro que


decida fixar definitivamente no Brasil e o visto oficial é
concedido a autoridade de outros Estados. O visto
diplomático é concedido aos agentes diplomáticos e
consulares, incluindo familiares. E, por último, o visto
cortesia visa a atender casos omissos. Todos os critérios
de concessão, prorrogação ou dispensa fica à cargo do
Ministério das Relações Exteriores.
DIREITOS E DEVERES DO ESTRANGEIRO

• O ordenamento jurídico brasileiro assegura aos


estrangeiros os mesmos direitos e deveres dos
brasileiros, sem distinção de qualquer natureza, salvo
os casos previstos em lei. À fim de alcançar a isonomia
do tratamento, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) já
decidiu sobre a concessão dos benefícios da execução
penal aos estrangeiros irregulares, inclusive, para a
progressão do regime de pena.
DIREITOS E DEVERES DO ESTRANGEIRO

• O ordenamento jurídico brasileiro assegura aos


estrangeiros os mesmos direitos e deveres dos
brasileiros, sem distinção de qualquer natureza, salvo
os casos previstos em lei. À fim de alcançar a isonomia
do tratamento, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) já
decidiu sobre a concessão dos benefícios da execução
penal aos estrangeiros irregulares, inclusive, para a
progressão do regime de pena.
DIREITOS E DEVERES DO ESTRANGEIRO

• Nas empresas de mídia (empresas jornalísticas e de


radiodifusão sonora e de sons e imagens) a participação
de capital estrangeiro é definido por lei específica,
tendo em vista que a propriedade das empresas é
privativa de brasileiros natos ou naturalizados, há mais
de quinze anos, com 70% do capital total e votante.
DIREITOS E DEVERES DO ESTRANGEIRO

• O Estatuto do Estrangeiro (Lei nº 6.815/80) é o principal


diploma legal que regulamenta as condições do
estrangeiro, a partir da entrada e permanência no país.
À depender do tipo de visto, algumas atividades são
proibidas, como de proprietário ou comandante de
navio nacional, corretor de fundos públicos, leiloeiro,
despachante, dentre outros.
• É proibido ao estrangeiro obter concessão ou
autorização de pesquisa, prospecção e exploração das
jazidas; exercer atividade política, dentre outros.
INFORMATIVO STF
Informativo 772
STF. 2ª Turma. PPE 730/DF, Rel. Min. Celso de Mello, julgado em
16/12/2014.

 “O terrorismo não é tipificado como crime pela legislação brasileira, não sendo válido o art. 20 da
Lei 7.170/83 para criminalizar essa conduta. Logo, não é cabível que seja concedida extradição de
um estrangeiro que praticou crime de terrorismo no Estado de origem, considerando que, pelo fato
de o Brasil não ter definido esse crime, não estará presente o requisito da dupla tipicidade. Vale
ressaltar que, mesmo o Brasil não prevendo o crime de terrorismo, seria possível, em tese, que a
extradição fosse concedida se o Estado requerente tivesse demonstrado que os atos terroristas
praticados pelo réu amoldavam-se em outros tipos penais em nosso país (exs: homicídio, incêndio
etc.). Isso porque a dupla tipicidade não é analisada sob o ponto de vista do “nomen juris”, ou seja,
do “nome do crime”. O que importa é que aquela conduta seja punida no país de origem e aqui,
sendo irrelevantes as diferenças terminológicas. No entanto, no caso concreto, o pedido feito pelo
Estado estrangeiro estava instruído de forma insuficiente”.
CHECK-LIST
O Estatuto de Igualdade Brasil-Portugal não tem
aplicação imediata, dependendo do pedido do
interessado. É possível o pleito para ingressar no
serviço público, a aquisição de direitos políticos
(pelo período mínimo de 3 anos), proteção
diplomática, documento de identidade, manter
nacionalidade de origem e etc.
INFORMATIVO STF N. 566
A pessoa que foi extraditada somente pode ser julgada ou cumprir pena no Brasil
pelo(s) crime(s) contido(s) no pedido de extradição. Se o extraditando havia
cometido outros crimes antes do pedido de extradição, em regra, ele não
poderá responder por tais delitos se não constaram expressamente no pedido de
extradição. A isso se dá o nome de "princípio da especialidade". Ex: o Brasil
pediu a extradição mencionando o crime 1; logo, em regra, o réu somente
poderá responder por este delito; como o crime 2 tinha sido praticado antes do
pedido de extradição, o governo brasileiro deveria ter mencionado
expressamente não apenas o crime 1, como também o 2. Para que o réu
responda pelo crime 2, o governo brasileiro deverá formular ao Estado
estrangeiro um pedido de extensão da autorização da extradição. Isso é
chamado de "extradição supletiva". Assim, caso seja oferecida denúncia pelo
Ministério Público por fato anterior e não contido na solicitação de extradição
da pessoa entregue, deve a ação penal correspondente ser suspensa até que
seja julgado pedido de extradição supletiva.
INFORMATIVO STF N. 761
O estrangeiro expulso do Brasil não tem direito de
reingressar se o processo de expulsão obedeceu às
normas previstas no Decreto 66.689/1970 e o
estrangeiro não apresentou defesa capaz de desfazer
o conceito de pessoa “nociva e perigosa” a ele
imputado.

STF. 1ª Turma. HC 119773/DF, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em


30/9/2014
INFORMATIVO STF N. 767
A Interpol tem legitimidade para requerer, no Brasil, prisão cautelar para fins de
extradição. O Estatuto do Estrangeiro (Lei 6.815/80) foi recentemente alterado
pela Lei 12.878/2013 e passou a prever expressamente que o pedido de prisão
cautelar pode ser apresentado ao Ministério da Justiça pela Interpol, desde que
exista ordem de prisão proferida por Estado estrangeiro (art. 83, § 2º). Um dos
requisitos para que o Brasil conceda a extradição é a chamada “dupla
tipicidade”, ou seja, que o fato seja considerado crime no Estado estrangeiro de
origem e também aqui no Brasil (art. 77 do Estatuto do Estrangeiro). Se na data
em que foi praticado (2011, p. ex.), o fato era considerado crime apenas no país
estrangeiro (não sendo delito no Brasil), não caberá a extradição mesmo que,
posteriormente, ou seja, em 2012 (p. ex), ele tenha se tornado crime também
aqui em nosso país. Resumindo: a dupla tipicidade deve ser analisada no
momento da prática do crime (e não no instante do requerimento). O tratado
bilateral de extradição é qualificado como lei especial em face da legislação
doméstica nacional, o que lhe atribui precedência jurídica sobre o Estatuto do
Estrangeiro em hipóteses de omissão ou antinomia.
ARTIGOS PRINCIPAIS
Estatuto do Estrangeiro, Artigo 6 ao 38
Estatuto do Estrangeiro, Artigo 75, inciso II, “a” e “b”
Estatuto do Estrangeiro, Artigo 66, caput, e parágrafo único
Estatuto do Estrangeiro, Artigo 60 ao 65
Estatuto do Estrangeiro, 125, inciso I e XII
Constituição Federal, Artigo 5º, inciso LII
Constituição Federal, Artigo 207, §1º e 2º
Constituição Federal, Artigo 5º, XXXV
Constituição Federal, Artigo 190 e 222
Súmula 421 STF
QUESTÃO 1
(TRF 4ª Região - Juiz - 2007) Dadas as assertivas
abaixo, assinalar a alternativa correta:
I. A posse de bens imóveis no Brasil garante ao
estrangeiro o direito de visto ou autorização de
permanência.
II. A dispensa de visto ao turista estrangeiro natural
de país que também dispense o visto de turista aos
brasileiros, é automática e independe de lei ou
tratado, decorrendo do direito de reciprocidade.
III. É possível ao estrangeiro domiciliado em cidade
de país limítrofe, exercer atividade remunerada no
Brasil independentemente de visto de
permanência, mediante documento especial que o
identifique e caracterize a sua condição, podendo,
inclusive, ser expedida carteira de trabalho e
previdência social.
QUESTÃO 1

IV. O estrangeiro clandestino pode regularizar


sua situação mediante a transformação de seu
visto expirado de turista em visto permanente
segundo juízo discricionário do Ministério da
Justiça.
a) Está correta apenas a assertiva III.
b) Está correta apenas a assertiva IV.
c) Estão corretas apenas as assertivas I e IV.
d) Estão corretas apenas as assertivas I, II e III.
QUESTÃO 2

(IRBr - 2012 - ADAPTADA) A concessão de


asilo a estrangeiro é prevista como direito
civil inalienável no artigo 5º da Lei Maior,
q u e c u i d a d e d i r e i t o s e g a ra n t i a s
fundamentais.
Principais documentos de viagem
Tipos de visto emitidos pelo Brasil
Entrada e permanência do
estrangeiro: requisitos gerais
Extradição de brasileiros
TEXTO

(Defensor Público da União - 2004) Quanto


a restrições constitucionais e legais
impostas em sede de extradição passiva e
quanto a pressupostos, procedimentos e
decisão determinados pelo ordenamento
jurídico brasileiro nesse âmbito, julgue os
itens seguintes:
QUESTÃO 4

Os pedidos extradicionais deduzidos por


autoridades judiciárias estrangeiras e por
comissões rogatórias diretamente
expedidas ao governo brasileiro legitimam
a instauração do processo extradicional,
desde que observado o trâmite diplomático
do exhorto.
QUESTÃO 5

Considere a seguinte situação hipotética.


Lúcio, condenado ao pagamento de pensão
alimentícia aos filhos menores, em sentença
de divórcio, decidiu emigrar para o Brasil,
visando eximir-se dessa obrigação. A prisão
do alimentante omisso foi decretada pelo
juízo cível do seu Estado de origem. Nessa
situação, havendo tratado extradicional, ou
compromisso de reciprocidade de
tratamento, entre o Brasil e o Estado de
origem de Lúcio, este poderá ser
extraditado pelo governo brasileiro.
QUESTÃO 6

As circunstâncias de o extraditando ser


casado com brasileira há mais de cinco
anos e de ter filho menor que seja
brasileiro e dependente econômico do pai
não são impeditivas da extradição, de
acordo com a legislação brasileira.
A extradição e os papeis do STF e do
Presidente da República
O asilo político: informações
relevantes
QUESTÃO 6

As circunstâncias de o extraditando ser


casado com brasileira há mais de cinco
anos e de ter filho menor que seja
brasileiro e dependente econômico do pai
não são impeditivas da extradição, de
acordo com a legislação brasileira.
QUESTÃO 7

No interregno entre a publicação da


portaria de naturalização no Diário Oficial
e a entrega solene do certificado pelo juiz
federal ao naturalizando, não estará este
investido na condição de brasileiro
naturalizado, sujeitando-se, portanto, a
processo extradicional, de acordo com a
sua nacionalidade originária.
QUESTÃO 8

A solicitação de refúgio suspenderá, até


decisão definitiva, qualquer processo de
extradição pendente, em fase
administrativa ou judicial, com base nos
fatos que fundamentaram o pedido de
reconhecimento da condição de refugiado.
Para tanto, essa solicitação deverá ser
comunicada ao órgão em que tramitar o
mencionado processo de extradição.
QUESTÃO 9

(IRBr - 2012 - ADAPTADA) Os direitos


inerentes aos brasileiros são atribuídos a
todo cidadão português, ressalvada a
limitação constitucional de verificação de
reciprocidade.
Asilo X Refúgio
Estatuto da Igualdade Brasil-Portugal
Princípios de Direito Internacional
Público relativos à nacionalidade
Nacionalidade: tipos e critérios de
aquisição
Nacionalidade brasileira: brasileiros
natos e naturalizados
Peculiaridades da condição jurídica
dos naturalizados no Brasil
CHECK-LIST

• A naturalização é requerida junto ao Ministro da Justiça;


• Naturalização extraordinária exige requerimento do
interessado;
• Somente a CF pode distinguir entre natos e naturalizados;
• Brasileiros natos não podem ser extraditados (em nenhuma
hipótese);
CHECK-LIST

• Dica: Indivíduo que optar pela nacionalidade brasileira,


posteriormente, cometer a prática de um delito no exterior,
não será extraditado;

• PGR pode ser naturalizado;


CHECK-LIST

• Tanto o nato como naturalizado podem perder a nacionalidade


brasileira;
• A residência não e relevante para caracterizar a perda;
• Atenção: Os cargos de presidente da Câmara e do Senado são
privativos de brasileiro nato.
• Atenção: Naturalizados há mais de 10 anos poderão ser
proprietários de empresa jornalística e de radiodifusão sonora
de sons e imagens.
CHECK-LIST

• Nacionalidade é direito humano, sua perda esta condicionada


a critérios estabelecidos em lei;
• Nacionalidade pode ser originária ou adquirida (jus soli e jus
sanguinis);
• A pena de banimento é proibida em qualquer hipótese;
• Nacionalidade primária é adquirida com o nascimento;
• Naturalização é forma de aquisição secundária;
CHECK-LIST

• A perda da nacionalidade, por atividade nociva, só pode


ocorrer pode decisão judicial;
• A concessão da naturalização e discricionário;

• Leitura obrigatória: Constituição Federal, art. 12.


CHECK-LIST

• O naturalizado pode ser extraditado, nos casos de crime comum,


antes da naturalização;
• Cargo de Governador não é privativo de brasileiro nato;
• Não é necessário que ambos (pai e mãe) sejam brasileiros, basta
um genitor;
• Exige dos portugueses 1 ano ininterrupta e idoneidade moral
(não precisa ser permanente);
• Perda da nacionalidade ocorre com decisão judicial;
(TRF 5ª Região - Juiz - 2007 - ADAPTADAS) Julgue os itens seguintes,
marcando "certo" ou "errado":
Considere a seguinte situação hipotética: uma empregada doméstica
brasileira decidiu buscar em prego em país estrangeiro que
estabelece como critério de aquisição de nacionalidade o jus sangui
nis e lá teve um filho, cujo pai, também brasileiro, não estava a
serviço do Brasil. Nessa situação, a criança não poderá obter a
nacionalidade do país onde nasceu, mas poderá adquirir a
nacionalidade brasileira, bastando que o registro seja feito na
repartição diplomática brasileira sediada nesse país.
• O brasileiro nato não pode ser extraditado pelo governo
brasileiro a pedido de governo estrangeiro, a menos que o
país requerente igualmente lhe tenha concedido
nacionalidade originária.

• A Constituição Federal exige a condição de brasileiro nato ao


ocupante dos cargos de ministro do STF e de procurador-
geral da República.
(TRF - 1ª Região - Juiz - 2011- ADAPTADA) Julgue o item
seguinte, marcando "certo" ou "errado": Os estrangeiros de
qualquer nacionalidade somente poderão requerer a
nacionalidade brasileira se residirem na República
Federativa do Brasil há mais de trinta anos ininterruptos e
não tiverem conde nação penal.
(TRT- 8ª Região - 2013) Nos termos da Constituição da
República são brasileiros natos:
a) Os nascidos no estrangeiro, de pai e mãe brasileiros, desde que
ambos estejam a serviço da República Federativa do Brasil.
b) Os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe
brasileira, desde que sejam registrados em repartição brasileira
competente e venham a residir na República Federativa do Brasil
antes da maioridade, e optem, em qualquer tempo, depois de
atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira.
c) Os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de
pais estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de
seu país.
d) Os que, nascidos no estrangeiro, ainda que de pais
estrangeiros, optem pela nacionalidade brasileira, desde que
venham a residir no Brasil antes de atingir a maioridade.
e) Os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de
pais estrangeiros, mesmo que estes estejam a serviço de seu
país, desde que optem pela nacionalidade brasileira depois de
atingida a maioridade.
(OAB São Paulo- Exame 134 - 2008) O brasileiro que adquirir
outra nacionalidade:
a) passará a ter dupla nacionalidade, pois a Constituição
Federal não prevê hipóteses de perda de nacionalidade.
b) perderá a nacionalidade brasileira, exceto se for brasileiro
nato.
c) perderá a nacionalidade brasileira, exceto se permanecer
residindo em território brasileiro.
d) perderá a nacionalidade brasileira, exceto se a lei
estrangeira impuser a naturalização ao brasileiro residente
no território do respectivo estado estrangeiro como
condição para sua permanência.
RESPONSABILIDADE
INTERNACIONAL

TEORIAS DA RESPONSABILIDADE INTERNACIONAL

 

• Teoria subjetiva (teoria da culpa)
- Apurar a existência de dolo ou culpa

• Teoria objetiva (risco)


- Independe de dolo ou culpa

• Teoria mista
• Depende de culpa (negligência)
• Independe de culpa (dolo) basta o liame entre ato
ilícito e dano

CARACTERÍSTICAS


• Ideia de justiça

• Finalidade reparatória
EXCLUDENTE OU
ATENUANTES

• Legítima defesa
• Represalia (forca maior)
• Contra-medidas em geral (caso fortuito)
• Estado de necessidade
TEXTO
(TRF - 5ª Região - Juiz - 2007 - ADAPTADA)
Com relação a responsabilidade
internacional, julgue os itens
subsequentes:
QUESTÃO 1

A responsabilidade de um sujeito de direito


internacional decorre, necessariamente, de
atos ilícitos.
QUESTÃO 2

A responsabilidade internacional enseja a


reparação de danos tanto da parte do agente
causador quanto da parte do Estado do qual
esse agente se origine.
QUESTÃO 3

A responsabilidade internacional se resolve,


como regra geral, em reparação de natureza
civil e, em casos excepcionais, em sanções
penais.
TEXTO

(AGU - 2004) Julgue os itens abaixo:


QUESTÃO 4

O regime jurídico preponderante no sistema


internacional de responsabilidade por danos
ambientais, previsto nas principais
convenções internacionais relativas ao tema,
é o da responsabilidade objetiva.
QUESTÃO 5

Entre os danos ambientais transfronteiriços,


apenas aqueles causados por atividades de
risco proibidas pelo direito internacional
geram para as vítimas direito de reparação
dos prejuízos.
QUESTÃO 6

O Estado não pode eximir-se de sua


responsabilidade internacional pela violação
de obrigações relacionadas com a proteção
do direito à vida e à pessoal por motivos de
ordem interna, como federativa do Estado e
a consequente divisão de competências
materiais e legislativas próprias à União e
aos Estados-Membros.
Teorias acerca da natureza jurídica
da responsabilidade internacional
Características do instituto da
responsabilidade internacional
Classificação da responsabilidade
internacional
Elementos da responsabilidade
internacional
RESPONSABILIDADE
INTERNACIONAL
 

PROTEÇÃO DIPLOMÁTICA


• Nacionalidade do estado
• Esgotamento de recurso
• Conduta correta do autor
RESPONSABILIDADE CIVIL

• A obrigação de reparar o dano e do Estado;


• O Estado pode exercer o regresso contra o
agente;
• A responsabilidade penal e pessoal;
• Pode haver responsabilidade de atos licitos;
• Clausula Calvo afasta a proteção
diplomática;
• A responsabilidade internacional tem
natureza civel, não exclui a penal;
Responsabilidade internacional por
atos lícitos: características e exigências
Condições para que o Estado
conceda a proteção diplomática
QUESTÃO 7

(Procurador BACEN - 2001) Sobre a


responsabilidade internacional, é incorreto
afirmar que:
a) em regra, os Estados não se
responsabilizam, no plano internacional, por
atos praticados por particulares;
b) os elementos essenciais à configuração da
responsabilidade do Estado são ato ilícito,
imputabilidade e dano;
QUESTÃO 7

c) considerando o primado do direito


internacional sobre as demais ordens jurídicas, o
ato internacionalmente ilícito é uma noção
autônoma em relação ao direito próprio dos
sujeitos de direito internacional;
d) para o direito internacional, o endosso é a
concessão da proteção diplomática de um Estado
a um particular;
e) tendo em vista a teoria da separação dos
poderes, não se pode falar em responsabilidade
internacional do Estado por eventual ação ou
omissão do Poder Legislativo que ignore obrigação
internacional do Estado.
QUESTÃO 8

(MPF - Procurador da República - 2011) A


chamada "cláusula calvo" (assim designada
em homenagem a jurista argentino), usual
em contratos internacionais de concessão
de estados sul e centro-americanos com
empresas estrangeiras:
a) estipula que os investimentos de empresas
estrangeiras não poderão ser retirados do
território do Estado que as contratar;
b) é o mesmo que cláusula de estabilização
contratual;
QUESTÃO 8

c) visa a afastar o direito de outros Estados a


proteção de seus nacionais e das empresas
de sua nacionalidade em tudo que decorrer
da aplicação do contrato;
d) visa a afastar pleitos de indenização por
danos decorrentes de investimentos
desvantajosos no âmbito do contrato.
QUESTÃO 9

(MPF - Procurador da República - 2012) São


formas de reparação do dano como
decorrência da responsabilidade
internacional do Estado:
a) a persecução penal obrigatória, a
indenização e a garantia de não repetição;
b) a cessão da violação continuada, a
satisfação e a persecução penal obrigatória;
c) a garantia de não repetição, a restituição e
a persecução penal obrigatória;
d) a restituição, a indenização e a satisfação;
QUESTÃO 10

(Defensor Público - DF - 2013 - ADAPTADA)


Julgue o item seguinte, relacionado à
responsabilidade internacional do Estado:
Os atos de órgãos do Estado contrários ao
direito internacional implicam
responsabilidade internacional, mesmo se
forem baseados no seu direito interno.
DIREITO INTERNACIONAL ECONÔMICO
Fundo Monetário Internacional (FMI)

Conceito
• O Fundo Monetário Internacional (FMI) tem por objetivo
promover o funcionamento do sistema monetário e
financeiro internacional de forma harmônica e amistosa.
Estabelece a cooperação monetária e a estabilidade
cambial entre os Estados.
• Além disso, promove assistência aos Estados, disponibiliza e
coopera em matéria econômica, afim de alcançar à todos e
equilibrar o sistema monetário financeiro internacional.
Banco Internacional para a
Reconstrução e o Desenvolvimento
•O (BIRD)
BIRD oferece assistência para o desenvolvimento por
meio de auxílio financeiro e de projetos de cooperação.
Os órgãos responsáveis para a prestação dos serviços são:
Conselho de Governadores e Diretoria Executiva.
• O BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento)
oferece assistência para o desenvolvimento por meio d
auxílio financeiro e projetos de cooperação, mas apenas
nas Américas. Os órgãos responsáveis são: Assembléia de
Governadores e Diretoria Executiva.
Organização Mundial do Comércio
• A (OMC)
Organização Mundial do Comércio (OMC) surgiu no
período dos seguintes eventos: acordo de Bretton Woods,
celebração do Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio
(GATT) e a Rodada Uruguai (1986-1994) com a celebração
do GATT e a criação da OMC.
• O objetivo principal da OMC é promover o livre
comércio, eliminar barreiras de bens e serviços,
fomentar o mercado internacional e transformar o
comércio internacional em desenvolvimento. Dentre suas
funções, podemos citar o monitoramento dos fluxos
comerciais, a análise de controvérsias entre os Estados e
a assistência técnica em matéria de comércio.
Organização Mundial do Comércio
Composição (OMC)
A Organização Mundial do Comércio é composta pela
Conferência Ministerial, o Conselho Geral (órgãos de
revisão de polícia comercial e órgão de solução de
controvérsias), Secretariado e os órgãos, comitês e os
grupos de trabalhos especializados.
Organização Mundial do Comércio
Principais Acordos (OMC)
• GATT 94 – “São regras gerais do comércio internacional,
regula as questões de comércio de bens, rege-se pelos
princípios da nação mais favorecia, publicidade,
tratamento nacional; tratamento especial para os países
em desenvolvimento; eliminar ou reduzir as formalidades
do comércio exterior, dentre outros”.
Organização Mundial do Comércio
Principais Acordos (OMC)
• GATS – “Estabelecem regras de comercio de serviços;
contribuem para o alcance e maior participação dos
países em desenvolvimento; eliminam subsídios que
distorcem o comércio; serviços estrangeiros sofrem
menos tratamento desfavorável”.
Organização Mundial do Comércio
Principais Acordos (OMC)
• TRIPS – “Padrões mínimos de proteção intelectual;
reconhecimento dos direitos do autor e conexos; sanções
aplicáveis à violação dos direitos de propriedade
intelectual: indenizações, proibição de comercialização,
suspensão de alfandegária”.
Organização Mundial do Comércio
Principais Acordos (OMC)
• TRIMS – “Facilita o fluxo de investimento; comércio de bens;
regular as relações de comércio internacional e investimento”.
• SPS – “Estabelece regras nos campos sanitário e fitossanitário
avalia os riscos de risco e controle, regulamentos sanitários e
fitossanitários;”.
TBT – “Os Estados determinam requisitos técnicos para bens
importados e exportados; abrange produtos agropecuários e os
industrias; prevê ações de cooperação internacional, dentre
outros”.
MERCOSUL
Conceito
• Para Portela, “A composição de conflitos dentro do
MERCOSUL era objeto do Protocolo de Brasília para a
Solução de Controvérsias”, tendo sido derrogado pelo
Protocolo de Olivos. Antes do Protocolo de Olivos, as
principais críticas ao sistema do MERCOSUL consistiam
nas fragilidades dos mecanismos de solução de
controvérsias.
MERCOSUL
Solução de controvérsias
• A estrutura de solução de controvérsias no MERCOSUL
compreende três instâncias: negociações diplomáticas,
arbitragem e o Tribunal Permanente de Revisão. As
negociações diplomáticas é a primeira etapa para
solução dos litígios, conhecida como negociações diretas
entre as partes.
MERCOSUL
Negociações diplomáticas
• As negociações diplomáticas não tem caráter
jurisdicional de solução de conflitos, podendo ser
influenciado por questões políticas. A iniciativa é do
próprio Estado, mas nada impede a atuação dos entes
privados. O prazo de duração é de 15 dias, na falta de
acordo podem recorrer ao Grupo de Mercado Comum
(GMC).
MERCOSUL
Tribunais ad hoc
• Os tribunais arbitrais ad hoc é a segunda etapa, caso
seja infrutífera as negociações diplomáticas. É formado
por três arbitrários, sendo dois indicados pelas partes e o
terceiro de comum acordo pelas partes. As decisões são
fundamentadas nas normas do MERCOSUL, proferida por
laudo arbitral, até 60 dias, prorrogável por mais 30 dias
MERCOSUL
Tribunal Permanente de Revisão
• O Tribunal Permanente de Revisão é o órgão
jurisdicional permanente, competente para julgar, em
grau de recurso, as decisões dos tribunais arbitrais ad
hoc ou para examinar questões ainda não decididas. Tem
sede em Assunção e é composto por cinco árbitros,
quatro sendo indicados pelos Estados- membros do
MERCOSUL, pelo período de 2 anos, renovável por igual
período.
MERCOSUL
Tribunal Permanente de Revisão
• Todos os árbitros devem ser nacionais dos Estados do bloco,
sendo que o último arbitro será escolhido por unanimidade
dos demais, pelo período de três anos, não renováveis. O
julgamento do Tribunal é definitivo, sendo cabível “Recurso
de Esclarecimento”, com efeito suspensivo, pelo prazo de 15
dias.
• A decisão é obrigatória, devendo ser cumprida em até
trinta dias, após a notificação a respeito. O Tribunal também
pode emitir opiniões consultivas, não sendo de caráter
vinculativo. O particular não tem competência de reclamar
diretamente ao Tribunal Permanente de Revisão ou Arbitral.
PRINCÍPIOS DA NOVA ORDEM
ECONÔMICA INTERNACIONAL (NOEI)


• Equidade
• Soberania
• Igualdade
• Interesse comum
• Solidariedade
• Cooperação internacional
• Transferência de tecnologia
ATUAL ORDEM ECONÔMICA
INTERNACIONAL

• Livre mercado
• Redução interferência estatal
• Competitividade
• Desregulamentação
• Instabilidade na ordem econômica

• Nota: O Brasil não faz parte da OCDE


(Organização para Cooperação e
Desenvolvimento Econômico)
ORGANISMO INTERNACIONAL NO
CAMPO ECONÔMICO 

 
• OCDE
• Contribui crescimento sustentável
• Estabilidade financeira
• Estimula o comércio
• Orgãos: conselhos, comites, grupos de trabalho
e secretariado
PRINCÍPIOS DO SISTEMA MULTILATERAL
DE COMÉRCIO


• Liberdade de comércio
• Não discriminação
• Igualdade
• Lealdade
• Publicidade/transparência
• Tratamento nacional
OMC E SISTEMA MULTILATERAL DE
COMÉRCIO


Histórico
- Acordo de bretton woods (projeto de
criação da Organização Internacional do
Comércio – OIC)
• Celebração do GATT (1947)
Nova Ordem Econômica Internacional
X atual ordem econômica internacional
Aspectos gerais do Direito
Internacional Econômico
Organizações internacionais no
campo econômico
Organizações internacionais no
campo econômico
Princípios do sistema multilateral de
comércio
A OMC e o sistema multilateral de
comércio
A OMC e o sistema multilateral de
comércio
A OMC e o sistema multilateral de
comércio
Principais acordos comerciais
internacionais e normas de destaque
CHECK-LIST

• A OMC visa a dinamizar a econômia mundial


e a promover o desenvolvimento de todos
os países do mundo;
• O GATT visa a promover a maior
liberalização comercial, a combater o
protecionismo e a evitar práticas desleais
de comércio, como o dumping
• E o Estado que toma medidas contra o
outro. A OMC não é responsável.
CHECK-LIST

• A OIC não foi criada;


• A OMC tem personalidade jurídica própria;
• A clausula da nação mais favorecida já existia
no regime do GATT 1947;
• O GATT reconhece blocos regionais, mas
dentro das condicoes;
• As partes nos acordos da OMC são
juridicamente iguais entre si;
• O GATT surgiu em 1947 e a OMC em 1994
CHECK-LIST

• A OIT foi criada em 1919;


• A OMC foi criada em 1994, como
desdobramento da Rodada Uruguai e por
meio da Ata Final de Marrakesh;
• O GATT foi assinado em 1947, com intuito
de promover o comércio internacional.
Principais acordos comerciais
internacionais e normas de destaque
Principais acordos comerciais
internacionais e normas de destaque
Principais acordos comerciais
internacionais e normas de destaque
DIREITO INTERNACIONAL DO
MEIO AMBIENTE
PRINCÍPIOS DO DIREITO
INTERNACIONAL AMBIENTAL


• Estado não pode alterar as condições


naturais de seu território e prejudicar a
outro Estado;
• Cooperação internacional;
• Princípio da solidariedade
• Antropocentrismo

DOCUMENTOS
INTERNACIONAIS

 

 

• Declaração de Estocolmo de 1972
• Ponto de partida para construção do DI
Ambiental
• Meio ambiente equilibrado
• Preservar e dever comum de todos
• Combate a poluição
DOCUMENTOS INTERNACIONAIS

 
• Declaração do Rio de 1992
• Atualização das normas da declaração
• Desenvolvimento sustentável
• Tratamento dos desastres naturais
DOCUMENTOS
INTERNACIONAIS

• Agenda 21
• Desenvolvimento sustentável
• Ações internas e internacionais
• Políticas ambientais

PRINCIPAIS TRATADOS INTERNACIONAIS


• Proteção da fauna, flora e floresta


• Proteção do solo
• Antártida
• Alimentos transgênicos e organismos
modificados
• Poluição atmosferica, proteção da câmada de
ozônio e combate ao aquecimento
• Poluição do mar e pesca
ASPECTOS PRINCIPAIS

• Dano ambiental transfronterico e o que


transcede as fronteiras de um Estado,
atingindo qualquer aréa fora do território
estatal;

• É permitido a transferência de tecnologia


para permitir o cumprimento dos objetivos
do tratado;
Princípios do Direito Internacional
Ambiental
Principais documentos internacionais
em matéria ambiental e suas normas
Principais documentos internacionais
em matéria ambiental e suas normas
Principais documentos internacionais
em matéria ambiental e suas normas
Principais tratados internacionais de
meio ambiente, segundo a matéria

Fonte: Direito Internacional Público e Privado – 7ª Edição – Paulo Henrique G. Portela – Editora
Principais tratados internacionais de
meio ambiente, segundo a matéria

Fonte: Direito Internacional Público e Privado – 7ª Edição – Paulo Henrique G. Portela – Editora
Principais tratados internacionais de
meio ambiente, segundo a matéria

Fonte: Direito Internacional Público e Privado – 7ª Edição – Paulo Henrique G. Portela – Editora
Principais tratados internacionais de
meio ambiente, segundo a matéria

Fonte: Direito Internacional Público e Privado – 7ª Edição – Paulo Henrique G. Portela – Editora
PROTOCOLO DE QUIOTO

• Pugna pelo aumento da eficiêmcoa


energética;
• Obriga os Estados a promoverem formas
sustentáveis de agricultura;
• Determina ênfase no uso de formas
renovaveis;
• Determina limitaçãp na emissão de metano
DIREITO INTERNACIONAL DO
TRABALHO
OBJETO DO DIREITO
INTERNACIONAL


• Regulamentar as relações de trabalho


• Estabelecer padrão trabalhista
• Promoção da dignidade humana, justiça
social e da paz
HISTÓRICO DO DIREITO
INTERNACIONAL DO
TRABALHO
• Doutrina crista
• Primeira metade do século XIX: reação a
Revolução Industrial.
• Marxismo: Ação da Suiça
HISTÓRICO DO DIREITO
INTERNACIONAL DO
TRABALHO
• 1890: I Conferência Internacional do Trabalho
• 1919: OIT
• A partir de 1945: ONU e os tratados de direitos
humanos
• Preocupação em outros âmbitos: OMC e blocos
regionais
OBJETO DO DIREITO INTERNACIONAL


• Aplicação da lei trabalhista estrangeira


• A solução dos conflitos de leis no espaço são resolvidos pelos
princípios da lex loci executionis e locus regit actum e o
princípio da primazia da norma mais favorável ao
trabalhador. Pelo princípio da lex loci executionis são
aplicadas as normas do Estado no território que forem
executadas.
OBJETO DO DIREITO INTERNACIONAL


• Aplicação da lei trabalhista estrangeira


• No princípio da locus regis actum as obrigações obedecem à
lei do Estado onde foram constituídas. E pelo princípio da
primazia da norma mais favorável aplica-se ao trabalhador
as normas que melhor assegurem os seus direitos. Em regra,
o empregado contratado para trabalhar no exterior será
regido pela norma mais favorável.
OBJETO DO DIREITO INTERNACIONAL

• Aplicação da lei trabalhista estrangeira
• Para trabalhar no exterior, o salário-base do empregado não
poderá ser estabelecido abaixo do salário-mínimo da
categoria profissional; os adicionais de transferência e o
restante da remuneração poderão ser cotados em moeda
estrangeira.
• A contratação do trabalhador será autorizado pelo Ministério
do Trabalho e Emprego e dependerá que 5% do capital da
empresa seja da pessoa jurídica do Brasil. O empregado tem
a garantia de no máximo, 3 anos, no exterior, exceto
quando lhe for assegurado o direito de gozar férias anuais.
Aplicação da lei trabalhista estrangeira

• O estrangeiro contratado no exterior para trabalhar no
Brasil será regido pelos seguintes princípios: princípio da lex
loci executionis, o princípio da norma mais favorável e a
extinção da Súmula 207 do STJ, que afirmava que a relação
jurídica trabalhista era regida pelas leis vigentes do país da
prestação de serviço e não pelo local da contratação.
Aplicação da lei trabalhista estrangeira

• Lembre-se que o regime de trabalho dos brasileiros
contratados ou transferidos para prestar serviços no exterior
são regulados pela Lei 7.068/82 que determina aplicação da
lei do local (locus regit actum), salvo quando a norma
brasileira for mais favorável ao trabalhador, além da
aplicação das normas brasileiras referentes a previdência
social, FGTS, PIS, PASEP e contagem do serviço.
OIT

• Criado pelo tratado de Versalhes
• Organismo internacional
• Ato constitutivo da OIT (declaração de
1944)
CONVENÇÃO SOBRE OS DIREITOS DA
CRIANCA


• Não fixa uma idade miníma específica


para o trabalho
• A Convenção 138 OIT determina que
ninguem pode trabalhar antes dos 15
anos

REGIME DE TRABALHO DE ESTRANGEIROS


CONTRATADOS NO EXTERIOR 


 Prestar serviços no Brasil


• Extinção da súmula 207
• Aplica-se a norma mais favorável
REGIME DE TRABALHO DE
ESTRANGEIROS CONTRATADOS NO
EXTERIOR

• Prestar serviços no Exterior


• Incide a lei do local de contratação
• Aplica a lei brasileira quando favorável
• Incide normas brasileiras, como: FGTS,
PIS/PASEB, contagem do tempo de
serviço
MERCOSUL


• Pretende harmonizar, não uniformizar,


as legislações trabalhistas dos Estados-
membros do bloco;
PRINCIPAIS ORGÃOS DA OIT 


• Conferência Internacional do Trabalho


• Traca as diretrizes gerais das políticas e
ações do organismos
• Orgão central e plenário da OIT
• Cada Estado delegado tem direito de
voto independente
CONSELHO DE
ADMINISTRAÇÃO

• Orgão colegiado responsável pela
administração da OIT
• Composto por 28 representantes
• Marca as reuniões da conferência
internacional
• Institui comissões permanentes ou
especiais
REPARTIÇÃO INTERNACIONAL DO
TRABALHO


• E o secretariado técnico administrativo


da OIT;
• Prepara a documentação a ser utilizada
nas reuniões;
• Reponsável pelas publicações;
DICAS: DIREITO
INTERNACIONAL DO
• As Convenções da OIT não admitem que
TRABALHO
circunstâncias especiais justifiquem a
derrogação das normas que proíbem a
discriminação por sexo;
• A proibição dos trabalhados forçados é um
dos temas prioritários da OIT;
• A Convenção de 87 não impõe a pluralidade
sindical, apenas permite;
• As entidades sindicais tem a obrigação, não a
faculdade, de respeitar a legalidade;
DICAS: DIREITO
INTERNACIONAL DO
TRABALHO
• A instituição de sanção penal independe de
prévia consulta as organizaçes do trabalho e
de empregadores;
• A Convenção de 182 visa a combater as
piores formas de trabalho infantil;
• A Declaração foi elaborada dentro da
Conferência Internacional do Trabalho, e
portanto, pelos Estados Membros da entidade
CÔMITE DE LIBERDADE
SINDICAL 

• Monitoramente da liberdade sindical;

• Examina todas as ações dos Estados da


OIT no tocante a liberdade sindical;
COMISSÃO DE PERITO


• Monitora a execução das convenções da


OIT;
• Controla a aplicação da OIT ;
• Examina os relatórios que os Estados são
obrigados a emitir;
Objeto do Direito Internacional do
Trabalho

Fonte: Direito Internacional Público e Privado – 7ª Edição – Paulo Henrique G. Portela – Editora
Histórico do Direito Internacional do
Trabalho (ordem cronológica)

Fonte: Direito Internacional Público e Privado – 7ª Edição – Paulo Henrique G. Portela – Editora
OIT: Informações Gerais

Fonte: Direito Internacional Público e Privado – 7ª Edição – Paulo Henrique G. Portela – Editora
Código Internacional do Trabalho

Fonte: Direito Internacional Público e Privado – 7ª Edição – Paulo Henrique G. Portela – Editora
Conflitos de leis laborais no espaço e
aplicação da Lei Trabalhista
Estrangeira

Fonte: Direito Internacional Público e Privado – 7ª Edição – Paulo Henrique G. Portela – Editora
DICAS: DIREITO
INTERNACIONAL DO
TRABALHO
• A Convenção 87 determina que a legislação
nacional fixará seu âmbito de aplicação as
forças armadas e a polícia, sem qualquer
vinculação aos intrumentos normativos das
respectivas categorias;
• Importante: A OIT declarou que "todos os
membros, ainda que não tenham ratificado
as convenções aludidas, tem um
compromisso derivado do fato de
pertencer a Organização, de respeitar,
promover e tornar realidade os princípios
DICAS:DIREITO
INTERNACIONAL DO
TRABALHO
• Não existe um "Tribunal Internacional do
Trabalho";
• O monitoramento e o controle são feitos
pelos princípais orgãos da OIT (Comissão de
Perito e Comite da Liberdade Sindical);
• Atenção: Existe um Conferência Geral do
Trabalho, que se assemelha a Assembleia
Geral da ONU por congregar todos os
Estados membros da OIT. Entretanto, esse
orgão não se chama "Assembleia Geral".
CORTE INTERNACIONAL DE
JUSTIÇA
• Existe a possibilidade de recurso, mas apenas
como resultado do exame de queixas ou
questões que lhe tenham sido submetidas;
• O Estado membro tem o dever de proteger os
direitos fundamentais ainda que não tenha
ratificado as convenções pertinentes;
• A Repartição Internacional do Trabalho e
orgão administrativo e de secretariado da
OIT, mas não dirige a entidade, inclusive por
estar sob a direção do Conselho;
DICAS: OIT

• A OIT é secretariada pela Repartição


Internacional do Trabalho;
• Tem como incentivo a liberdade sindical,
contra o que se opõe a ideia de unicidade
sindical;
• É tripartista;
• Atenção: Bureau Internacional do Trabalho
também é reconhecido como Repartição
Internacional do Trabalho.
DICAS: OIT

• O Brasil ainda não ratificou a Convenção de


87 da OIT (a qual consagra a possibilidade de
criação de mais de um sindicato na mesma
base territorial, contrariando o princípio da
unicidade sindical, adotado pela CF);
• A OIT possui personalidade jurídica de Direito
Internacional, autonôma em relação a ONU;
• Atenção: Dumping social refere-se a
possibilidade de práticas que não respeitem
padrões trabalhistas minímos.
Dumping social, cláusula social e
selo social

Fonte: Direito Internacional Público e Privado – 7ª Edição – Paulo Henrique G. Portela – Editora
Livre circulação de trabalhadores:
União Europeia, Nafta e MERCOSUL

Fonte: Direito Internacional Público e Privado – 7ª Edição – Paulo Henrique G. Portela – Editora
Livre circulação de trabalhadores:
União Europeia, Nafta e MERCOSUL

Fonte: Direito Internacional Público e Privado – 7ª Edição – Paulo Henrique G. Portela – Editora
Principais órgãos da OIT e síntese de
suas competências mais importantes

Fonte: Direito Internacional Público e Privado – 7ª Edição – Paulo Henrique G. Portela – Editora
Principais órgãos da OIT e síntese de
suas competências mais importantes

Fonte: Direito Internacional Público e Privado – 7ª Edição – Paulo Henrique G. Portela – Editora
CHECK-LIST

• O Brasil ainda não ratificou a Convenção de


87 da OIT (a qual consagra a possibilidade de
criação de mais de um sindicato na mesma
base territorial, contrariando o princípio da
unicidade sindical, adotado pela CF);
• A OIT possui personalidade jurídica de Direito
Internacional, autonôma em relação a ONU;
• Atenção: Dumping social refere-se a
possibilidade de práticas que não respeitem
padrões trabalhistas minímos.
CHECK-LIST

• O Cômite de Liberdade Sindical tem 9


membros;
• A OIT foi criada pelo Tratado de Versalhes
em 1919 (a ONU ainda nao existia), a OIT
era parte da Liga das Nações;
• A idade miníma para admissão a emprego
nunca deve ser inferior a 15 anos;
CHECK-LIST

• Liberdade sindical;
• Reconhecimento da negociação coletiva;
• Eliminação das forças de trabalho forçado
ou obrigatório;
• Abolição do trabalho infantil;
CHECK-LIST

• O PNUD (Programa das Nações Unidas para o


Desenvolvimento) não é parte da OIT;
• Idade para os trabalhos leves e entre 13 e 15
anos;
• De acordo com a Convenção 182, as piores
condições de trabalho da criança são aqueles
que prejudicam a saúde, segurança ou a
moral das crianças, mas não a sua educação;
CHECK-LIST

• A OIT tem personalidade juridica e capacidade


para:
- Adquirir bens, móveis e imóveis;
- Contratar
- Intentar ações
• As convenções da OIT são tratados;
• O Tratado de Versalhes não mais se encontra em
vigor;
Principais órgãos da OIT e síntese de
suas competências mais importantes

Fonte: Direito Internacional Público e Privado – 7ª Edição – Paulo Henrique G. Portela – Editora
Principais órgãos da OIT e síntese de
suas competências mais importantes

Fonte: Direito Internacional Público e Privado – 7ª Edição – Paulo Henrique G. Portela – Editora
Principais órgãos da OIT e síntese de
suas competências mais importantes

Fonte: Direito Internacional Público e Privado – 7ª Edição – Paulo Henrique G. Portela – Editora
Temas prioritários da OIT e principais
convenções

Fonte: Direito Internacional Público e Privado – 7ª Edição – Paulo Henrique G. Portela – Editora
DIREITO
INTERNACIONAL PENAL
Direito Penal Internacional.

OBJETIVO
•  Visa reprimir os atos
• Combate os crimes internacionais
• Competência dos Estados e Organismo
Internacional (esgotar o recurso interno)
OBJETIVO

•Visa promover a cooperação


internacional;
• Combate aos ilícitos transnacionais;
• Competência: autoridades estatais e
organismos internacionais;
IMPORTANTE

• Nota: Os crimes internacionais devem ser


combatidos pelos Estados. O TPI só poderá
agir após esgotados os recursos internos
estatais.

• Nota: A jurisdição do TPI não exclui a


jurisdição de outros foros internacionais
sobre os Estados.
Tribunal Penal Internacional
• Segundo Portela, “o Tribunal Penal Internacional é o
principal órgão jurisdicional internacional voltado ao
combate aos crimes internacionais”. Teve grande
influência das cortes militares internacionais, após a II
Guerra Mundial, destacando-se o Tribunal Nuremberg.
Tribunal Penal Internacional
• O TPI julga apenas os indivíduos, não julga as
instituições. Foi criado em 1988, pelo Estatuto de Roma
do TPI, tem sede em HAIA (Holanda) e tem personalidade
jurídica de Direito Internacional Público. O objetivo do
TPI é reprimir os crimes internacionais, sendo
complementar às jurisdições penais nacionais.
Tribunal Penal Internacional
• Destaca-se que os crimes internacionais são combatidos,
primeiramente, pelos Estados, e somente, após o
esgotamentos dos recursos internos, poderão ser julgados
pelo Tribunal Penal Internacional, portanto, quando há o
esgotamentos dos recursos ou a ineficácia dos Estados, o
TPI poderá atuar.
• A jurisdição do TPI não exclui a jurisdição de outros foros
internacionais sobre os Estados, podendo ter a
responsabilidade internacional de outros entes. O TPI é
uma organização internacional, com personalidade
jurídica, não sendo órgão da ONU e nem de outra
organização.
Tribunal Penal Internacional
• O Estatuto de Roma do TPI não permite reservas. Os órgãos
do TPI são compostos pela Presidência, Juízo de Instrução
de Julgamento, Seção de Recursos, Gabinete do Procurador
e a Secretária. É composto por dezoito juízes, eleitos pelos
Estados-partes do Estatuto de Roma, para um mandato de
nove anos, vedado reeleição.
• A Secretaria administra os aspectos não judiciais do TPI,
a Procuradoria recebe informações sobre atos de
competência do TPI, dá abertura e condução aos inquéritos.
O juízo de instrução autoriza abertura dos inquéritos,
examina o juízo de admissibilidade dos casos e dar
andamento a instrução processual.
Tribunal Penal Internacional
• O TPI é regido pelos seguintes princípios da
imprescritibilidade, da legalidade e vedação da analogia,
responsabilidade subjetiva, responsabilidade individual,
anterioridade da lei penal, irretroatividade (salvo em
benefício do réu) ne bis in idem, dentre outros.
• Além disso, o Tribunal Penal Internacional tem competência
para examinar os crimes de maior gravidade que afetem a
comunidade internacional, como os crimes de guerra,
contra a humanidade, crimes de agressão e genocídio. Com
relação ao critério de competência, o TPI observará: a)
competência rationae loci, b) competência rationae
personae e c) competência rationae temporis.
Tribunal Penal Internacional
• A competência rationae loci (em razão do lugar) é exercida
no território de qualquer Estado-membro do Estatuto de
Roma; por acordo especial nos casos dos Estados não
membros e por determinação do Conselho de Segurança da
ONU. Na competência rationae personae (em razão da
pessoa) julga somente pessoas naturais.
• O TPI não julga crimes cometidos por menores de 18
anos, abrange “as pessoas responsáveis pelos crimes de
maior gravidade com alcance internacional” e julga pessoas
que cometeu, ordenou, instigou, facilitou e encobriu para o
crime internacional.
Tribunal Penal Internacional
• A competência rationae temporis (em razão do tempo)
processa e julga os atos cometidos após entrada em vigor
do Estatuto de Roma. Lembre-se que o TPI não acolhe
petições individuais ou de entidades, como as ONGs.
• A sentença do TPI é obrigatória e será proferida por
unanimidade ou por maioria de votos dos juízes. As decisões
são secretas e proferidas em audiência pública. As penas
previstas são de até 30 anos, sendo que a prisão perpétua
tem fundamento no elevado grau de ilicitude e nas
condições pessoais do apenado.
Tribunal Penal Internacional
• O Brasil é parte do Estatuto de Roma e está submetido as
normas do Tribunal penal Internacional, não exclui sua
participação em outros tribunais penais ou de direito
humano e é possível a “entrega” dos brasileiros para
processo e julgado no TPI para o cumprimento de pena.
TPI

• Prin cipa l orgã o ju risdicion a l


internacional
• Orgão permanente
• Processa indíviduos, não Estados
• Organismo internacional
• Personalidade jurídica própria
• Principal instrumento: Estatuto de Roma
de 1998
PRINCÍPIOS DO TPI


• Legalidade e vedação analogia;


• Imprescritibilidade
• Responsabilidade subjetiva
• Irretroatividade, salvo benefício do réu
• Crime grave que afete a comunidade
internacional
Direito Internacional Penal X Direito
Penal Internacional

Fonte: Direito Internacional Público e Privado – 7ª Edição – Paulo Henrique G. Portela – Editora
Tribunal Penal Internacional:
principais informações gerais

Fonte: Direito Internacional Público e Privado – 7ª Edição – Paulo Henrique G. Portela – Editora
Princípios que guiam as atividades
do Tribunal Penal Internacional

Fonte: Direito Internacional Público e Privado – 7ª Edição – Paulo Henrique G. Portela – Editora
Competência rationae materiae do
TPI

Fonte: Direito Internacional Público e Privado – 7ª Edição – Paulo Henrique G. Portela – Editora
Competência rationae loci, rationae
personae e rationae temporis do TPI

Fonte: Direito Internacional Público e Privado – 7ª Edição – Paulo Henrique G. Portela – Editora

COMPETÊNCIA DO TPI

 


• Em razão do lugar
• Competência exercida no território de
qualquer Estado parte (Estatuto de Roma)
• Estados que não seja parte do Estatuto, por
acordo especial
• Exercida em navios ou aeronaves
• Qualquer território, a partir de determinação
do Conselho de Segurança da ONU
COMPETÊNCIA DO TPI

• Razão da pessoa
• TPI processo e julga pessoas naturais
• Crime de maior gravidade e alcance
internacional
• Não julga crime cometidos por menores de
18 anos
• Razão do tempo
• Apenas atos cometidos após o Estatuto de
Roma
ROGATÓRIA


• Visa permitir a prática de um ato


processual;
• Há decisão judicial do Estado que pede
auxilio;
• Ha juízo de delibação;
• Pedido de execução de rogatórias: STJ,
com cumprimento da rogatória no
âmbito da JF.
AUXÍLIO DIRETO


• Cooperação judiciária
• Obter decisão judicial estrangeira que
trâmita no Estado que pede auxílio
• Não há juízo de delibação
• Pedido de auxílio direto julgado no
Brasil: Justiça Federal

TRANSFERÊNCIA DE PRESOS


• Deve haver tratado entre o Estado


• Requer consentimento do preso
• Expresso, voluntário e comprovado
• Beneficiário deve ter nacionalidade de um dos
Estados
• E ato discricionário do Estado
• Só pode ser transferido com trânsito em julgado
IMPORTANTE

• Nota: O TPI não acolhe petições individuais


ou de entidades, como ONGs.

• Nota: O TPI não condena réus a pena de


morte.
PENAS DO ESTATUTO DE
ROMA

• Prisão: 30 anos
• Prisão perpétua: elevado grau de
ilícitude
• Perda de bens
• Reparações: indenização, reabiitação e
restituição
BRASIL E O TPI


• Brasil é parte do Estatuto de Roma


• Submete-se ao TPI
• E possível a entrega de brasileiros para
julgamento no TPI
• A participação do Brasil não exclui a
participação em outros tribunais penais
ou de direitos humanos
Competência rationae loci, rationae
personae e rationae temporis do TPI

Fonte: Direito Internacional Público e Privado – 7ª Edição – Paulo Henrique G. Portela – Editora
Competência rationae loci, rationae
personae e rationae temporis do TPI

Fonte: Direito Internacional Público e Privado – 7ª Edição – Paulo Henrique G. Portela – Editora
Penas previstas no Estatuto de Roma
do Tribunal Penal Internacional

Fonte: Direito Internacional Público e Privado – 7ª Edição – Paulo Henrique G. Portela – Editora
O Brasil e o TPI

Fonte: Direito Internacional Público e Privado – 7ª Edição – Paulo Henrique G. Portela – Editora
Condições gerais para a
transferência de presos

Fonte: Direito Internacional Público e Privado – 7ª Edição – Paulo Henrique G. Portela – Editora
TRIBUNAL PENAL
INTERNACIONAL
• Os crimes de competência do TPI não
prescrevem;
• O TPI foi criado pelo Estatuto de Roma
(sediado em HAIA) e tem competência ampla;
• O TPI não tem competência para crimes
ambientais, salvo casos em que envolvam
ações bélicas;
• Não cabe a TPI julgamento dos crimes
políticos;
• O TPI não condena a pena de morte;
TRIBUNAL PENAL
INTERNACIONAL
• O TPI pode agir em qualquer outro Estado,
desde que por acordo especial;
• Tem personalidade própria (não é vinculado
a ONU);
• Apenas a França e o Reino Unido integram o
TPI (os outros membros do Conselho de
Segurança da ONU não ratificaram);
• As normas da convenção se aplicam a
instrução processual;
TRIBUNAL PENAL
INTERNACIONAL
• A jurisdição do TPI é complementar a dos
Estados;
• Estado-membro do TPI pode apresentar
denúncia ao Procurador;
• O Estatuto de Roma é instituição
permanente, mas com jurisdição apenas
sobre as pessoas responsáveis pelos crimes de
maior gravidade com alcance internacional;
• A competência do TPI limita-se aos crimes de
guerra e contra humanidade, agressão e
genocídio.
TPI

• O Brasil submete a jurisdição de Tribunal


Penal Internacional a cuja criação tenha
manifestado adesão. Além disso, a entrega
ao TPI, corte-internacional, não se
confunde com a extradição, ato de Estado
para Estado.
DOMÍNIO PÚBLICO
INTERNACIONAL
Patrimônio Comum da Humanidade
AREAS DO DOMÍNIO PÚBLICO

•  Mar
• Espaço aéreo
• Zonas polares
• Espaço extra atmoferico
JURISDIÇÃO TOTAL OU PARCIAL DE UM
ESTADO


• Mar territorial
• Zona ContIgua
• Zona Econômica exclusiva
• Plataforma continental
• Espaço aéreo subjacente
NÃO ESTÃO SOB JURISDIÇÃO

• Alto mar
• Zonas polares
• Espaco extra-atmoferico
• Fundos marinhos, leito e subsolo do alto
mar
Domínio público internacional

Fonte: Direito Internacional Público e Privado – 7ª Edição – Paulo Henrique G. Portela – Editora
Extensão das áreas do domínio
público internacional

Fonte: Direito Internacional Público e Privado – 7ª Edição – Paulo Henrique G. Portela – Editora
Principais regras relativas aos
espaços marítimos

Fonte: Direito Internacional Público e Privado – 7ª Edição – Paulo Henrique G. Portela – Editora
Principais regras relativas aos
espaços marítimos

Fonte: Direito Internacional Público e Privado – 7ª Edição – Paulo Henrique G. Portela – Editora
DOMÍNIO PÚBLICO
INTERNACIONAL
IMPORTANTE

• A passsagem inocente não se aplica as


aeronaves;
• A passagem de trânsito só se aplica aos voos
não-regulares;
• O Tratado Antártico continua em vigor;
• No Brasil, os recursos naturais na plataforma
continental limita-se a extensão desta;
• A nacionalidade das embarções é atribuída
pelo Estado onde é registrada;
DOMÍNIO PÚBLICO
INTERNACIONAL
• A Convenção de Montego Bay faculta ao Estado
estabelecer sua jurisdição penal em certas
hipóteses;
• O Espaço Aereo é domínio público internacional;
• A Antartida será utilizada somente para fins
pacíficos;
• A noção de passagem inocente não inclui a
exigência de autorização da passagem pelo Estado
costeiro.
Principais regras relativas aos
espaços marítimos

Fonte: Direito Internacional Público e Privado – 7ª Edição – Paulo Henrique G. Portela – Editora
Principais regras relativas aos demais
espaços do domínio público
internacional

Fonte: Direito Internacional Público e Privado – 7ª Edição – Paulo Henrique G. Portela – Editora
Proteção do patrimônio cultural,
natural e imaterial - principais normas

Fonte: Direito Internacional Público e Privado – 7ª Edição – Paulo Henrique G. Portela – Editora
Proteção do patrimônio cultural,
natural e imaterial - principais normas

Fonte: Direito Internacional Público e Privado – 7ª Edição – Paulo Henrique G. Portela – Editora

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