excesso de trabalho, infidelidade conjugal, desconfiança acerca dos sentimentos do outro, incapacidade de corresponder as expectativas”. Uma frase que retrata o grande dilema da vida conjugal: “Duas pessoas juntas para sempre é difícil”. “Por um lado, existe dentro de cada um de nós o desejo por estabelecer uma relação de intimidade, continuidade e segurança com o outro. Mas, por outro lado, a concretização desta intimidade ao longo dos anos, se revela uma tarefa muito difícil ”. O CASAMENTO É UMA INSTITUIÇÃO DIVINA...
O homem precisa de uma companheira
que corresponda aos seus sonhos, anseios e problemas. Esta companheira precisa ser da mesma essência. Nem inferior, nem superior... Alguém com quem ele possa conversar e trocar ideias, apoiando-o quando na direção certa e confrontando-o quando no caminho errado. “Disse mais o SENHOR Deus: Não é bom que o homem esteja só.”(Gn 2.18) far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea. E a costela que o SENHOR Deus tomara ao homem, transformou-a numa mulher e lha trouxe. E disse o homem: Esta, afinal, é osso dos meus ossos e carne da minha carne; chamar-se-á varoa, porquanto do varão foi tomada. Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne. Ora, um e outro, o homem e sua mulher, estavam nus e não se envergonhavam ( Gn 2.22-25) Deixar pai e mãe, implica abrir mão de uma cultura, com seus valores e hábitos, na qual fomos criados e treinados. Neste sentido, o casamento é o encontro de duas diferentes culturas. Esta visão, grandemente influenciada pelos contos de fada, nos quais belos casais, normalmente príncipes e princesas, casam-se para viverem felizes para sempre em seus palácios. “Esta ingenuidade, somada à crescente pressão da cultura individualista e hedonista que nos envolve, tem feito com que o numero daqueles que optam pelo divórcio aumente drasticamente nos últimos anos”.
“Se antigamente a crise no
casamento se instalava no sétimo ano, hoje ela dá sinais nos primeiros 36 meses”(Revista Época) “A geração mais nova é imediatista, tem uma expectativa alta sobre casamento, mas não quer investir à longo prazo”(Instituto de Terapia Familiar) “Em Portugal, a taxa de divórcio aumentou 89% de 1995 a 2004. Na Inglaterra, metade dos casamentos acabam antes dos 18 meses. A cada 33 segundos acontece um divórcio na União Europeia. Nos últimos 15 anos cerca de 16 milhões de crianças foram afetadas pelo fim do casamento dos pais”. Esta é a visão mais comum na sociedade contemporânea. Diante dos crescente número de divórcios e das assustadoras estatísticas que nos são apresentadas, mais e mais ouvimos frase do tipo: “Casamento é bom, o problema é que dura” “Casar-se significa duplicar as suas obrigações e reduzir à metade os seus direito”
“O matrimônio não é a loteria.
Na loteria algumas vezes se ganha.” “Enquanto em 1991 a média de idade era de 23,7 anos para mulheres e 27 anos para homens... No censo de 2012 está média subiu para 26,7 anos entre as mulheres e 30,3 anos entre os homens. Esta visão reconhece a existência de um grande paradoxo entre um homem e uma mulher. Por um lado, desejamos ter alguém do nosso lado compartilhando as mais variadas experiências de nossas vidas, sendo testemunha de nossas vitórias e derrotas. “Por outro lado, na medida em que o tempo passa, nossas limitações se tornam mais evidentes do que nossas virtudes, os desencontros passam a marcar a história de nossa relação e o que antes era movido com naturalidade pela paixão, agora precisa ser exercitado diariamente pelo amor”( Ricardo Agreste, Feito Para Durar, pg.29) “Homem e mulher são seres distintos na sexualidade, personalidade e história de vida”. As diferenças são reais! Homens e mulheres pensam, sentem, falam e agem de determinadas formas que nem sempre fazem sentido para o outro universo. “À parte das diferenças biológicas, emocionais e físicas, numa relação conjugal um homem e uma mulher se encontram vindos de culturas familiares bem diferentes”. “A Bíblia é um livro que compartilha desta terceira visão acerca da relação conjugal. Ela sempre trata o casamento como parte da vocação humana, ao mesmo tempo que não se preocupa em ocultar as dificuldades e os erros cometidos por aqueles que optam por experimentá-la”. o amor “...tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.”( 1 Co 13.7)