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COLEGIADO DE DIREITO

ALUNO: TURMA: TURNO:


MATHIAS SOARES SANTANA 2016.2 NOT ( ) CAL (X)
DISCIPLINA: PROFESSOR:
TEORIA DO DIREITO PENAL ADRIANA CAETANA DOS SANTOS
As informações acima devem permitir ao professor e ao Cadec localizarem a turma que
esteja sendo ministrada a disciplina. Assim, o aluno de período diferente ao da turma
correspondente ao fichamento não deverá informar seu período, mas o período e a turma
correspondentes à obra indicada.

FICHAMENTO
“Como Aplicar o Direito”
Nota Nota Nota de
Itens avaliados
Máxima obtida Recurso
Não atende* N/A
Metodologia e Estrutura 1,0
Resumo 1,0
Citações representativas por capítulo 1,0
Parecer por capítulo relacionado ao campo do
2,0
Projeto Integrador
Parecer Crítico relacionado ao campo do
5,0
Projeto Integrador
Total 10,0
* Plágio; somente citações; somente resumo; somente resumo e citações; ausência de
relação direta e fundamentada com o Relatório do Projeto Integrador.

Nota Recurso

Observações do professor:

Alunos de outros períodos:


Autorização do Professor Orientador da Produção Única (P.U.)
_____________________________________________________________, em / / 2016.

PARIPIRANGA/2016-2
HERKENHOFF, Joao Baptista. Como aplicar o direito: a luz de uma perspectiva
axiológica, fenomenológica e sociológico - política. 9. ed. Rio de Janeiro:
Forense, 2008.(.pdf)

RESUMO DA OBRA

Na presente obra o autor trás uma análise teórica sobre questões gerais de
hermenêutica, a interpretação e aplicação do Direito, relacionadas a questões
importantes da Teoria Geral do Direito e a prática das profissões jurídica, como também
demonstra atributos considerados essenciais ao aplicador e tendo as aspirações sociais
como centro para a aplicação do direito. Apresenta também um vislumbre dos
processos de interpretação jurídica e as escolas hermenêuticas, as quais surgem em
razão da disputa entre as concepções do Direito e posicionamentos referente ao labor
hermenêutico.
É demonstrada uma visão hermenêutica resultante de experiências
subjetivas do autor, conjuntamente com considerações da doutrina e de autores com o
objetivo de resolver o difícil problema de distribuição de justiça, especialmente quando
se confronta com a necessidade de discutir e explicar determinados dogmas, o que
possibilita uma avaliação sobre a evolução da interpretação e aplicação do Direito ao
longo do tempo, assim como sua contribuição para a área.

1. INTRODUÇÃO
“O presente trabalho é uma pesquisa teórica que trata de problemas relacionados com a
Hermenêutica, a interpretação e a aplicação do Direito”. (p. 5)

“Sua importância resulta, quer da posição eminente do assunto nas perquirições da


Teoria Geral do Direito, quer dos aspectos práticos ligados ao exercício das profissões
jurídicas.” (p.5)

“As considerações gerais sobre a Hermenêutica servem de preparação aos


capítulos seguintes. Dos processos de interpretação, da posição dos juristas
em face da aceitação exclusiva ou da primazia de uma ou outra técnica, ou
critério hermenêutico, emergem as escolas hermenêuticas. O estudo destas
permite aquilatar a evolução do pensamento jurídico no que se refere à
interpretação e aplicação do Direito, bem como compreender o alcance e os
limites da contribuição deste estudo ao tema de que cuida.”(p.6)

“A expressão teórica dessa práxis seria um Direito aplicado, simultaneamente, sob a


perspectiva axiológica, fenomenológica e sociológica-política.” (p.6)

“As três perspectivas vão afinal embasar uma visão humanística do ofício judicial.”
(p.7)

PARECER

Neste capítulo é apresentado o objetivo da obra de tratar sobre problemas


relacionados à hermenêutica, interpretação e aplicação do Direito, resultado da
complexidade das questões pertinentes à teoria e prática. A análise baseia-se no
processo hermenêutico, pilar para a compreensão do desenvolvimento das questões
jurídicas ao longo do tempo, e introduz a construção de uma doutrina baseada sob a
perspectiva axiológica, onde o juiz deve ser o aplicador da justiça na vida cotidiana, e
deve ter valores para tal; fenomenológica, em que o julgador deve se colocar no lugar
do julgado para compreendê-lo; e sociológica-politica, na qual o juiz deve compreender
os valores e considerações de justiça em determinada sociedade para aplicar a lei de
forma mais eficiente possível.
Este capítula encontra relação com o projeto integrador quando os
entrevistados são questionados sobre o papel do profissional de Direito, e é respondido
que é de estabelecer justiça efetivamente, e instruir a sociedade para que haja uma maior
compreensão das questões que a cercam no mundo cotidiano, contribuindo, desta forma
para a propagação da justiça. Concepções que se relacionam com as perspectivas
axiológica e sociológica.

2. HERMENÊUTICA: CONCEITO E ASPECTOS GERAIS

“A Hermenêutica é sempre uma compreensão de sentido: buscar o ser que me fala e o


mundo a partir do qual ele me fala; descobrir atrás da linguagem o sentido radical, ou
seja, o discurso.” (p.7)

A lei é uma forma de comunicação humana, destinada a regular a conduta de


um grupo social e emanada de um homem, de um grupo de homens, de uma
classe, ou da totalidade do grupo social, para traduzir os interesses absolutos da
classe minoritária dominante, numa sociedade de opressão ilimitada, ou para
expressar soluções de compromisso, numa sociedade onde os dominados
tenham possibilidade de fazer valer sua força, ou para estabelecer a igualdade e
o direito de todos, numa sociedade que tenha superado, ou esteja em vias de
superar, qualquer forma de dominação e exploração. (p.8)

“Interpretar é apreender ou compreender os sentidos implícitos nas normas jurídicas. E


indagar a vontade atual da norma e determinar seu campo de incidência. É expressar seu
sentido recorrendo a signos diferentes dos usados na formulação original.” (p.9)

“A aplicação transforma a norma geral em norma individual, sob forma de sentença ou


decisão administrativa. Quando para o fato não há norma adequada, o aplicador
preenche a lacuna; através da integração do Direito.” (p.9)

O novo salto que penso deva ser dado, corajosamente, pelo aplicador do
Direito, sobretudo pelo juiz, 19 impõe que este não se enclausure na sua
ciência, causadora de rigidez perceptiva, mas que se abra às outras ciências, à
economia, à Política, à Sociologia, à Psicologia, e que se deixe tocar pela
influência das correntes fenomenológica e existencialista, bem como das
escolas sociológicas. (p.10)

PARECER

O capitulo trata sobre a interpretação do sentido das palavras, considerando o contexto e


as condições subjetivas de quem as expressa, chamado de Hermenêutica. O conceito se
relaciona com as Leis, sob a perspectiva de que estas necessitam de interpretação para
serem aplicadas de forma coerente ao mundo real. É utilizado o modelo de David Berlo
para elucidar a questão, o qual é constituído por: Fonte, o legislador; codificador, a
palavra escrita; mensagem, o conteúdo da lei; canal, o caminho que se faz o registro do
texto legal; decodificador, a leitura; receptor, a pessoa a quem se transmite a lei.
Ademais, a mídia também assume a função de canal. A interpretação da lei deve revelar
a verdadeira intenção do legislador. Então que surge o papel da hermenêutica jurídica,
que pode ser presente tanto na interpretação quanto na aplicação da lei. A interpretação
é compreender e captar o sentido implícito da norma, e é imprescindível para a
aplicação do Direito. Enquanto a integração é processo de preenchimento de uma lacuna
na lei, quando não há norma que trate sobre determinado caso. Esse processo de
interpretação das leis se relaciona a varias escolas hermenêuticas. O autor defende o
ponto de que o aplicador do direito não deve se prender apenas a norma jurídica, e deva
considerar outros campos – a psicológica, sociologia, filosofia... – ao aplicar as leis.
Assim como o fato de aplica-las sem a interferência da sua vontade, com respeito ao
disposto na norma.
Esse capítulo pode ser relacionado com o projeto integrador no que se trata
sobre a indagação do que é direito ao estudante, visto que a palavra direito pode ter
vários significados, o que é justo, correto, o conjunto normativo que regula a vida em
sociedade e a prerrogativa dos indivíduos de fazer valer as leis. E as respostas foram
variadas, alguns definiram como normas, regras e leis. Outros como o que é justo
correto, e como algo pertinente ao individuo.

3. MOMENTOS (OU PROCESSOS) DA INTERPRETAÇÂO JURIDICA

“O momento (ou processo) filológico estabelece o sentido objetivo da lei com base em
sua letra, no valor das palavras, no exame da linguagem dos textos, na consideração do
significado técnico dos termos.” (p.12)

“O momento (ou processo) lógico baseia-se na investigação da ratio legis. Busca


descobrir o sentido e o alcance da lei, sem o auxílio de qualquer elemento exterior,
aplicando ao dispositivo um conjunto de regras tradicionais e precisas, tomadas de
empréstimo à lógica geral.” (p.13)

O momento (ou processo) histórico leva em conta as idéias, os sentimentos e


os interesses dominantes, ao tempo da elaboração da lei. A lei representa uma
realidade cultural que se situa na progressão do tempo. Uma lei nasce,
obedecendo a determinadas aspirações da sociedade ou da classe dominante
da sociedade, traduzidas pelos que a elaboram, mas o seu significado não é
imutável.(p.15)

“O processo ou momento teleológico busca a finalidade da lei. O fim da lei, numa


primeira abordagem, é garantir interesses, com base em valorações econômicas,
políticas, sociais e morais dominantes.” (p.17)
O momento (ou processo) sociológico conduz à investigação dos motivos e
dos efeitos sociais da lei. Leva a aplicar os textos de acordo com as
necessidades contemporâneas, com olhos postos no futuro, e não no passado.
Considera a consciência jurídica da coletividade, as aspirações do meio.
(p.18)

PARECER
Nesse capítulo se trata sobre os momentos da interpretação jurídica,
ressaltando o fato de que ela ocorre em cima da Lei, que é imutável; enquanto cabe ao
Direito, que muda de acordo com o contexto politico, social e econômico da época,
aplica-la. O momento filológico corresponde ao processo de análise das palavras
utilizadas na lei para qualificar o sentido verdadeiro implícito nela. Esse processo é
fundamental para que os demais possam ser aplicados. O momento racional, como o
nome sugere atenta ao uso da razão para determinar a abrangência da lei, seu conteúdo e
objetivo, mas adverte sobre a possibilidade de tratar a lei, inadequadamente, como uma
ciência exata , o que removeria o caráter essencial de normatividade. Por outro lado,
esse processo pode levar a uma compreensão das circunstancias sociais que levaram a
concretização de determinada lei em dado momento histórico. O processo orgânico
considera a organização hierárquica o instituto jurídico de determinada lei, e a interpreta
conjuntamente com outros dispositivos legais semelhantes. Cita o exemplo do Brasil,
onde todas as Leis ordinárias e afins devem estar de acordo com a Constituição, por esta
ser o documento legal no topo da hierarquia normativa. A comparação também pode
ocorrer em relação a leis de outros países, como no caso de acordos internacionais. O
momento histórico busca compreender o intuito da lei no contexto histórico em que
surgiu para que possa ser adaptada ao contexto atual. O momento teleológico considera
a finalidade da lei na garantia do interesse, obtendo o juiz o papel de avaliar a que
interesse a lei deve servir. E, por fim, no momento sociológico a lei deve ser vista como
parte de um sistema social complexo, e não como um sistema independente. Então, ao
aplicar o Direito devem ser considerados os seus efeitos nas questões politicas,
econômicas e sociais de uma determinada sociedade.

Nesse capítulo é possível relacionar o momento histórico ao questionamento


sobre a evolução do Direito presente no projeto integrador, onde é respondido que por o
direito ser um conjunto normativo que regula a vida em sociedade, e esta muda
constantemente, o direito deve se adaptar. É possível ainda relacionar o momento
teleológico, quando é respondido por um outro entrevistado que os interesses sociais
mudam, portanto o Direito deve evoluir constantemente para satisfaze-los.

4. ESCOLAS HERMENEUTICAS

“depois da promulgação dos códigos de Napoleão, especialmente o Código Civil, que


a hermenêutica jurídica alcançará relevo. Surgem, então, as escolas hermenêuticas,
como consequência teórica da disputa entre os diversos métodos ou técnicas de
interpretação do Direito.”(p.20)

“São escolas presas a um estrito legalismo ou dogmatismo a Escola da Exegese, a


Escola dos Pandectistas e a Escola Analítica de Jurisprudência, todas surgidas no século
XIX, na França, Alemanha e Inglaterra, respectivamente.” (p.22)

A Escola Histórico-Dogmática opôs-se à literalidade interpretativa chamando


a atenção para o elemento sistemático, inerente ao caráter orgânico do
Direito. A Escola Histórico-Evolutiva avançou mais ainda, recusando o
raciocínio formal adotado pelos seguidores da Escola Histórico-Dogmática e
propugnando pela pesquisa a posteriori do sentido da lei. A Escola
Teleológica combateu, quer o método dedutivo-silogístico, quer a
jurisprudência conceitual dos pandectistas e dos adeptos da Escola Histórico-
Dogmática, propugnando por uma interpretação que se inspirasse menos na
lógica e mais no caráter finalístico do Direito. (p.25)

“Podem ser alinhadas, como escolas que se abrem a uma interpretação e aplicação mais
livres do Direito: a Escola da Livre Pesquisa Científica, a Escola do Direito Livre, a
Escola Sociológica Americana, a Escola da Jurisprudência de Interesses, a Escola
Realista Americana, a Escola Egológica e a Escola Vitalista do Direito.” (p.28)

PARECER

O quarto capítulo trás uma análise sobre as Escolas de hermenêutica ao


longo da história as quais possuem diversas técnicas de interpretação do Direito, tão
variadas quanto possíveis, e que adquiriram importância no século XLV. As Escolas de
estrito legalismo adotavam um sistema de interpretação rígido dos escritos da lei. A
Escola de Exegese baseava-se na premissa de que o texto normativo era perfeito de
infalível. A escola dos pandectistas negava qualquer concepção absoluta ou abstrata do
direito, considerado um corpo de normas positivas. A escola analítica de jurisprudência
desconsiderava os valores e a ética, aplicando estritamente a norma jurídica. Em
oposição a essas Escolas surgem as de reação ao Estrito Legalismo, as quais tratavam o
direito a partir de uma perspectiva mais finalista. A Escola Histórica do Direito
considera construção histórica e paulatina do Direito transmitido através da tradição em
todas as gerações de uma cultura, expresso através de costumes, que não poderia ser
imposto por princípios racionais e abstratos. Como desdobramento desta surge a Escola
Histórica- Dogmática, a qual defendia a aplicação sistemática da interpretação para
compreender a intenção implícita do legislador. A Escola Histórico-Evolutiva
considerava que a lei deveria atender não apenas o interessa da época, mas também de
fatos supervenientes. Portanto, não bastava desdobrar a intenção do legislador, mas
também sua intenção futura. A Escola Teleológica considera o Direito um adaptador dos
meios aos fins, por “fins” entende-se o interesse social. Existem também as escolas que
se abrem a uma interpretação mais livre. A Escola da Livre Pesquisa Científica
demonstrou a importância da pesquisa livre para contribuir com as questões que a
norma era insuficiente. A Escola do Direito Livre reforçou a pauta axiológica a
interpretação do Direito, com possibilidade criadora e inovadora. A Escola Sociológica
Americana viu o direito como resultado da evolução dos fatos sociais. A escola da
jurisprudência defendia que a hermenêutica deveria ser orientada pelos interesses em
jogo. A Escola Realista Americana definiu o juiz como decisivo no conflito entre uma
justiça individual e coletiva. A Escola Ergológica considera como objeto da
interpretação, por parte juiz, a conduta humana, e não a norma. Na Escola Vitalista do
Direito predomina a lógica do humano e do razoável, ao invés da lógica formal.
Neste capítulo pode ser estabelecida uma relação com o projeto integrador no
que concerne a evolução do Direito para se adaptar á demanda social. Visto que essas
Escolas surgem com o mesmo intuito de aplicar o Direito, e contribuíram para o
desenvolvimento pleno da norma jurídico na época contemporânea.

5. A APLICAÇÃO DO DIREITO NUMA PERSPECTIVA AXIOLÓGICA,


FENOMENOLÓGICA E SOCIOLÓGICA-POLÍTICA.

“o juiz, ao aplicar o Direito, deve fazê-lo, simultaneamente, sob três perspectivas:


axiológica, fenomenológica e sociológico-política” (p.45)
Papel político e social progressista, atuação em favor dos deserdados da lei,
eco dos apelos de Justiça de um povo que se organiza e que busca ser agente
de sua própria libertação: só uma Justiça que não fuja de afirmar valores
poderá desempenhar esse papel, cumprir essa atuação, fazer ressoar esse eco.
(p.51)

Compreender o homem a partir de sua facticidade, da condição humana,


comprometida com uma situação não escolhida... Buscar a volta às "coisas
mesmas... Tentar reencontrar a verdade, nos dados originários da
experiência... Descer ao homem julgado, a sua pauta de valores, e fugir da
violência de exigir que o homem julgado suba à pauta dos valores do juiz, ou
dos que fizeram a lei, ou daqueles para os quais a lei foi feita... (p.53)

Os comandos da lei nunca consideram o campo fenomenal. E nem poderiam


fazê-lo, pois o campo fenomenal é individual. Mas uma Justiça que pretenda
libertar, e não escravizar, que não se preste ao papel, de sustentar privilégios
e exacerbar o abismo entre as classes sociais (enquanto não conquistarmos o
mundo da igualdade), terá de penetrar no campo fenomenal. (p.54)

Pode e deve o juiz tentar descobrir o Direito vivido pelo povo. Para o
desempenho deste trabalho, há de ser um cientista e um artista. Cientista
para, à luz dos dados da Economia, da Sociologia e da Política, entender que
o Direito não é um departamento ilhado, dentro da estrutura social, razão pela
qual a sentença judicial não se pode desligar do contexto social global.
Artista, cheio de poder criador, com sensibilidade humana e antenas ligadas à
alma do povo, para sentir e traduzir suas aspirações. (p. 57)

PARECER

Esse capítulo trata da aplicação do Direito sob a ótica conjunta de três


perspectivas: axiológica, fenomenológica e sociológica-política. A perspectiva
axiológica defende que o aplicador deve levar em conta, prioritariamente, os valores
intrínsecos à determinada sociedade, para que haja uma harmonização do Direito com
as necessidades e concepções do meio social com o intuito de transforma-lo em um
meio de justiça real. Consideradas as concepções e valores do povo, relacionadas a seu
contexto cotidiano. A perspectiva fenomenológica, o julgador coloca-se no lugar do
julgado, considerando os atributos subjetivos que determinam sua conduta e a influencia
dos fatores externos frente a fragilidade da condição humana. O aplicador assume a
posição do julgado, e não se presume que o homem comum se eleve a posição de juiz.A
perspectiva sociológica-política a aplicação do Direito surge em face da compreensão
deste como integrado em um sistema maior, que engloba outros sistemas econômicos,
políticos e sociais. O Direito não é um sistema isolado que funciona independentemente,
mas é influenciado pelo contexto social global. O julgador deve considerar tais questões
ao aplicar a norma.
É possível relacionar ao projeto integrador em relação ao papel do direito na
sociedade. Onde a resposta surge a partir de uma perspectiva axiológica no momento
que é respondido que o direito deve aplicar a justiça no meio social visando os
interesses da população, como também uma perspectiva sociológico-política, no sentido
de que a profissional do direito deve instruir o povo, dada a falta de conhecimento da
população em geral, combatendo a manipulação, promovendo reflexões e apontando
soluções.

6. OS OBJETIVOS QUE ESTE LIVRO PRETENDEU ALCANÇAR

Como arte do bom e do justo, o Direito não poderá ser instrumento de


dominação, a acirrar a injustiça, a desigualar ainda mais os homens, a oprimir
os oprimidos. Será, pelo contrário, um Direito a serviço do homem e de sua
libertação.” (p.68)

Em todas as instituições, creio que possa haver uma missão, que se poderia
chamar de profética, a ser assumida pelas minorias. Ainda que essas minorias
não façam prevalecer seu credor e seus valores, a existência delas, como a
voz de todas as vanguardas, tem um papel político da maior importância.”
(p.72)

A busca da Justiça, pelo oprimido, implica conscientização de sua condição de


oprimido. A Justiça posta pelo opressor não pode servir ao oprimido. A Justiça não pode
estar vinculada ao opressor. (p.72)

PARECER

No ultimo capitulo é apresentado objetivo do livro, que é de incentivar uma


reforma na estrutura jurídica do país, marcada pela opressão, desigualdade e segregação.
A justiça deve dar voz ao senso-comum no que se trata da aplicação da justiça. Visto
que a maioria da população é descrente na execução justa do instrumento jurídico, por
ser constantemente utilizado para prejudica-los e lhes tirar o pouco que já tem, sob uma
aplicação fria da norma. Então que surge a perspectiva axiológica, de abranger valores
inerentes a população comum. Conjuntamente com, a perspectiva fenomenológica, de
compreender o individuo no seu mundo, sob as circunstancias em que vive, para
compreender os motivos que o levam a agir de determinada maneira, ao invés de tratar
cada um friamente como se o homem fosse uma máquina isenta de sentimentos. Muito
pelo contrário, é uma criatura frágil e exposta ás condições do meio. Por fim, aplicada
integralmente com as duas anteriores, a perspectiva sociológico-política, onde o
julgador deve conhecer os fatores econômicos, culturais e sociais que atuam sobre o
indivíduo , para que assim compreenda os efeitos da desigualdade e da má condição
social em que se vivem a maioria da população brasileira. Aplicadas unidas, essas
perspectivas devem trazer um aplicação mais justa da norma jurídica, e compreender a
situação das minorias que se veem constantemente esmagada por um sistema jurídico
regido friamente a serviço de opressores que tentam constantemente destruir as
democracia do país. Só assim a justiça poderá abranger toda a população, independente
de cor, sexo, ou classe social.
É possível estabelecer relação com o projeto integrador na questão do papel
do profissional de Direito na sociedade, ao trazer justiça para a população e estabelecer
uma sociedade justa e ética. Abrangendo as concepções não só de juízes, mas de
advogados, procuradores, professores e todos os profissionais da área, com a aplicação
das perspectivas axiológica, fenomenológica e sociológica.

PARECER CRÍTICO
Na presente obra Herkenhoff traz uma análise da hermenêutica, isto é, a
interpretação e aplicação do Direito como pilar para o entendimento da evolução do
assunto durante a história, com o surgimento de várias escolas que utilizavam técnicas
distintas de interpretação para dar inicio a compreensão das perspectivas em que, de
acordo com autor, deve se basear o jurista da época contemporânea. A obra perscruta os
fatores sociais, coletivos e individuais e seu papel na execução da norma, sob uma ótica
global de todos esses fatores e sua relação com o Direito.
Aborda incialmente o conceito de hermenêutica, e os processos de
interpretação da norma jurídica. Compostas pelo momento filológico, onde ocorre a
interpretação das palavras constituintes da Lei; o momento racional, em que se utiliza a
lógica padrão para compreender o sentido e o conteúdo da Lei, assim como seus efeitos
e abrangência; o momento orgânico, onde considera-se a lei como parte de um sistema
normalizador global, consequentemente deve estar em harmonia com todo o sistema; o
momento histórico, que trata da finalidade da lei dentro do contexto da época em que
ela surge ; e o momento filológico, onde o julgador deve considerar a intenção do
legislador em servir a um interesse definido. Todo esse processo possibilita uma
compreensão das circunstancias que interferem na aplicação da lei na vida real. Essa
questão se relaciona com o projeto integrador quanto ao questionamento sobre o que é
direito, onde os entrevistados respondem de forma divergente, mas todos com um certo
nível de razão, visto que a palavra Direito abre uma gama variada de interpretações, e
pode significar o conjunto normativo que regula a sociedade, a prerrogativa do
individuo e o que é justo, correto.
Em face das várias correntes de interpretação possíveis, surgem, após o
século XLV, várias escolas de hermenêutica jurídica. Algumas com uma técnica mais
estrita de interpretação do texto jurídico, onde não eram consideradas questões como
valores e ética, definidas por escolas de estrito legalismo. Em oposição a estas surgem
escolas que consideravam mais a intenção do legislador, onde fatores como cultura e
costume eram levados em conta no processo histórico de construção do Direito. Com
uma terceira linha de interpretação surgem as escolas de livre pensamento jurídico, as
quais concebiam questões como valores, conflitos entre individual e coletivo, e a
conduta humana como objeto da interpretação, ao invés da norma. Também aqui pode
ser construída uma relação com o projeto integrador no que concerne a evolução do
Direito ao longo da história, visto que essas escolas surgem justamente com o intuito de
adaptação as mudanças ao decorrer do tempo.
O autor traz um conjunto de concepções que o jurista deve se basear para
aplicar a norma jurídica frente ao mundo real, em que se examinam todos os fatores cuja
incidência incorre, direta ou indiretamente, na área jurídica. Portanto, o Direito não
pode ser considero um instrumento onipotente no que trata da resolução dos problemas
da sociedade, visto que sua aplicação está sujeita a fatores subjetivos, econômicos e
sociais e culturais. Em face disso, é proposta uma nova postura de aplicação da norma
sob uma perspectiva axiológica, onde o juiz deve adaptar a norma a valores inerentes ao
meio social para que não se distancie da realidade; fenomenológica, em que o aplicador
deve conhecer a subjetividade do individuo julgado, os fatores que influenciam seu
modo de vida, e sociológico-política, a qual compreende o Direito como parte de um
sistema maior que engloba questões econômicas, sociais e políticas. A partir desta
perspectiva o aplicador deve possibilitar a abrangência da justiça sobre as minorias que
tem sua voz calada pela normatividade opressora do sistema vigente, dessa forma se
constrói uma sociedade mais igualitária onde o respeito á dignidade humana está sempre
presente no instrumento jurídico, e todos são tratados igualmente perante a lei, como
deve ser. Sem importar a classe social, os valores culturas, a orientação sexual ou cor.
É possível estabelecer uma relação com o Projeto Integrador no que trata do
papel do Direito na sociedade, onde é respondido que é de trazer justiça ao meio social e
construir uma sociedade ética e justa, o que é possível se o profissional do Direito
considerar essas perspectivas ao exercer suas funções.

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