OBS.: Para melhor entendimento deste material, leia o tópico “4.4. DETERMINAÇÃO TEÓRICA
DA FORÇA DE CORTE” no livro texto.
Vários pesquisadores tentaram estabelecer equações analíticas para exprimir a relação entre a
pressão específica de corte (ks) e algumas propriedades conhecidas ou mensuráveis, através de ensaios
mecânicos conhecidos (tração, cisalhamento, etc.), dos diversos materiais utilizados em usinagem. Como
essa estratégia não resultou em valores teóricos próximos aos medidos experimentalmente, a pressão
específica de corte passou a ser medida em laboratório para cada par ferramenta/peça em função de
parâmetros de corte. Com os valores de ks é possível determinar todos os parâmetros do modelo
estabelecido para a formação de cavacos. Entre os mais importantes pesquisadores a estabelecer essas
equações, cita-se Kienzle. A Equação de Kienzle tem fornecido valores mais próximos dos experimentais
para a maioria dos materiais metálicos usinados.
*
k s k s1.1 .h z (Equação de Kienzle); ks em N/mm2
Assim,
**
FC k s1.1 .b.h1 z
Tabela 01. Valores das constantes da Eq. Kienzle para alguns aços comuns.
Observe que a Pressão Específica de Corte calculada pela Eq. (*), leva em conta o ângulo de
posição principal da ferramenta de corte (r) no cálculo da espessura de corte (h), ou seja:
Para o cálculo da Força de Corte (Fc) se faz necessário o cálculo da largura de corte (b):
ap
b
sen r
Exemplo:
Pretende-se tornear um eixo de aço ABNT 1020, de diâmetro 100 mm, profundidade de corte (ap) 2,5 mm,
avanço (f) 0,2 mm/rot. e 250 RPM, com uma ferramenta de corte cujo ângulo de posição principal (r) é
60º. Calcule a força de corte.
Solução:
FC k s1.1.b.h1 z
Pela Tab. 01, para o aço ABNT 1020, ks1.1 = 1800 N/mm2 e 1-z = 0,83.
ap 2,5
b 2,9 mm
sen r sen (60o )
Substituindo em (**),
Fc 1043 N