Osa meji
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Îsá Meji
Îsá Meji vem para o àiyé e traz Ìyàmi Òñòròngá consigo Òrìñànlá cria Ìkú
Îsá salva seu pai dos feitiços da mãe
Îsá Meji se livra de uma calúnia
Îsá é obrigado a fugir de Ìfû
Îsá Meji faz ëbö para conseguir uma esposa
Îsá vai viver numa aldeia de feiticeiros
A mulher de Îsá Meji lhe fazia feitiços
Îsá vai do aviso de morte para a prosperidade
Îsá cria Ìfá para os dezesseis grandes reis iorubanos
Îsá descobre a causa de seus problemas
Òdu dá a Öbàtàlá o pano de Egún
A primeira oferenda feita a Ìyàmi
Ìyàmi Àjý persegue Öbàtàlá
Quando se começou a usar aves como oferendas
A raça branca vem ao àiyé
Yewère, aquele que castiga os corruptos
Îrúnmìlà adquire imunidade contra doenças recorrentes
Ejipabilèse ìgi faz ëbö para obter honra e reconhecimento
Algodão faz ëbö para vencer seus inimigos
Îrúnmìlà oferece ötí a seus perseguidores
Carneiro morre de câncer
Surge a primeira colina
Ògún e sua esposa se maltratavam mutuamente
Öbàtàlá posiciona a vagina no corpo feminino
Cego e Aleijado se curam de suas moléstias
Îñun tem que deixar seu filho com Yemöja
Os Òrìñà passam a montar seus devotos
O algodão vem para o àiyé
Îrúnmìlà é testado por um rei
Îrúnmìlà torna-se um Ömö Àgàdà
O granjeiro invejoso
Ejìogbè, o médico salva Ñàngó de feitiços
O chifre que ajuda a ter filhos
Îrúnmìlà casa-se com Oluyëmi, filha de Olófin
Cachorro não faz ëbö por ire ìlera
Inútil, que só vivia em conflitos
A relação entre caráter, paciência e bênçãos
Pîîkï adquire ire ömö
As bênçãos de Pequena Palmeira
2
Îsá Meji
Essência
a) Aqui nasceu a atmosfera; os ventos; o algodão; a raça branca; as colinas; o transe gerado por Òrìñà; a sinusite; a glândula
adenoide; o escambo; o veneno das aranhas; os glóbulos vermelhos, o àñë de Ñàngó; os músculos; os ruminantes; os intestinos, o
abrir dos olhos; a amígdala; as saudações entre pessoas; a artrite; os pólipos; o olor da vulva; a cerimônia de assentamento de
Òrìñà; o intercâmbio de Òrìñà.
b) Kafere fun Îrúnmìlà, Ìyàmi, Öbàtàlá, Èñù, Ògún, Ìyá Òdu, Öya, Àgànjú, Ñàngó, Olókun, Ògbe, Ògún, Òñàògiyàn, Olófin
c) Îsá é o Odù que ensina que tudo o que vemos no àiyé é apenas um reflexo das realidades do îrun.
d) Îsá Meji está relacionado aos ventos, erupções e outros fenômenos naturais que não raro modificam a face da terra.
e) Îsá Meji representa as grandes transformações pelo qual o planeta passou. Ele narra o nascimento das colinas, das correntes de
ar, entre outras coisas. Essa é uma das razões desse Odù estar associando à mudanças, movimento e dinamismo. Da mesma forma
que o àiyé deixou de ser uma planìcie sob a “vigìlia” desse Odù, a vida da pessoa para quem esse Odù se manifesta tende a mudar
radicalmente. Îsá inspira mudanças da qual não podemos evitar ou fugir. A questão aqui é adaptar-se para continuar crescendo e se
desenvolvendo, apesar das mudanças.
f) Aqui Îrúnmìlà foi aceito na sociedade Ëgbû balògún, sociedade dos possuidores de espadas. Ìfá nos fala sobre a associação a
sociedades de caráter esotérico, sejam elas secretas ou não.
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Em ire
a) Se a manifestação desse Odù em ibi expressa para a possibilidade de desnorteamento, a lógica diz que a manifestação em ire do
mesmo em ire aponta para norteamento, ou correta compreensão de onde se está, e para onde se vai. É preciso salientar aqui que
embora tenha complicado consideravelmente sua situação no àiyé ao negar-se a fazer as oferendas necessárias que auxiliariam em
seu sucesso, Îsá passa a fazer uso constante das mesmas para se livrar com sucesso das complexas e perigosas situações com o
que se deparou. Ou seja, em ire podemos considerar que a manifestação de Îsá nos mostra um caminho adequado à resolução de
nossos conflitos ou problemas mais emergenciais.
b) Quando em ire, Îsá Meji é pronuncio de vida longa. Embora seja certo que passaremos por situações perigosas sob a influência
desse Odù, também é certo que delas sairemos ilesos, se fizermos as oferendas prescritas e seguirmos à risca os conselhos de Ìfá.
c) Ìfá revela que Îsá Meji foi um excelente awo, que possuía vários clientes e que por isso mesmo atingiu considerável prosperidade
em sua vida. Esse Odù fala sobre excelência profissional e os frutos positivos dessa situação. Não faltarão oportunidades de
crescimento e prosperidade àqueles que, sob a influência desse Odù, seguirem à risca os conselhos de Ìfá. É necessário salientar que
a virada positiva na sorte de Îsá ocorreu depois que ele recebeu sentença de morte de alguns feiticeiros. Ou seja, todo o potencial
de crescimento e boa sorte desse Odù parece ser incrementado por desafios ou dificuldades. Não desistir, ter fé, desenvolver ìwa
pûlû e fazer as oferendas prescritas formam o caminho que certamente conduzirão à vitória e abundância a pessoa para quem esse
Odù se manifesta. Por último, é preciso salientar que as oferendas realizadas por Îsá propiciavam Èñù, Îrúnmìlà e Olókun; ou seja,
essas divindades têm grande influência na manifestação de bênçãos desse Odù.
d) Sob a influência de Îsá Meji, Ìfá nos fala que poderemos ser agraciados com uma situação consideravelmente positiva que a
princípio estaria nos caminhos de outra pessoa. Aqui o instrumento Ñûkûrû acabou enriquecendo pelas graças de Ajé, quando tudo
levava a crer que outros instrumentos é que obteriam tal bênção. Ìfá nos orienta a fazer ëbö e estarmos sempre preparados, pois só
assim conseguiremos aproveitar uma oportunidade inusitada para a prosperidade. O simples fato de Ajé estar presente nos
caminhos desse Odù pode ser considerado como um forte e abençoado presságio de riquezas.
e) Como será visto mais à frente, Îsá em algumas situações pode representar a possibilidade de se perder uma posição adquirida. O
fato a ser considerado aqui é exatamente o exposto. As Divindades masculinas detinham o poder sobre a Ancestralidade, mas ess e
poder perdeu-se quando Ìyá Òdu apoderou-se dos panos de Egún. Sábia e pacientemente Öbàtàlá readquire esse poder. Ou seja, a
manifestação desse Odù em ire aponta para a possibilidade de se readquirir um poder ou posição então perdidos. As chances de
sucesso nesse pormenor serão incrementadas se Öbàtàlá e Egún forem adequadamente propiciados.
f) Nesse Odù, Îrúnmìlà casa-se com uma das filhas de Olófin, o que lhe garante prestígio e oportunidades de crescimento e
prosperidade. Ìfá nos fala aqui sobre a possibilidade de realizarmos um casamento que atraia bênçãos semelhantes para nossa vida.
g) Aqui o Algodão, originalmente inofensivo, adquire os espinhos que garantem sua proteção. Esse Odù também narra a situação em
que Okè (A Divindade) manifestou-se para proteger aqueles que lhe fizeram oferendas. Como será visto, Îsá Meji é um Odù de
inimigos, mas quando em ire, Ìfá nos fala sobre ìñègún öta (vitória sobre inimigos).
h) Se as técnicas oraculares apontarem para a manifestação de ire ömö, Ìfá nos avisa que a criança que nascer terá consigo a
capacidade de fazer uma grande diferença em seu meio. Foi nos caminhos desse Odù que a raça branca veio à existência, e de
acordo com a narrativa do ìtan, esse inusitado nascimento provocaria profundas mudanças no mundo. Talvez por isso a raça branca
seja a responsável pelas grandes mudanças, tanto culturais como tecnológicas que caracterizam a existência nesse mundo. Como
“filhos” às vezes representam realizações, também é possìvel que algo que nasça de nossas ações ou decisões possua esse carát er
reformador que a raça branca simboliza nesse Odù.
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i) Um dos personagens desse Odù fez ëbö para conseguir fama e fortuna, e foi agraciado com tais bênçãos. Mas há vários fatores
citados no ìtan que merecem destaque. Primeiro Ìfá nos avisa que infelizmente haverá quem não aprecie nossas ações e se sinta
inclinado a nos criticar, praticamente não considerando nossas virtudes ou boas ações. Ìfá diz que não devemos nos deixar levar por
críticas, principalmente se tranquilamente percebemos que as mesmas são tendenciosas ou desprovidas de bom senso. Ìfá diz que a
dedicação a um determinado trabalho (ou arte) favorecerá para que fama e fortuna chegue em nossos caminhos. Por último , é
imprescindível salientar que o personagem do ìtan foi aconselhado a propiciar seus Ancestrais. Ou seja, além de seguirmos os
conselhos de Ìfá no que diz respeito a comportamento, também é essencial que façamos as oferendas prescritas à nossa
Ancestralidade. O conjunto dessas ações certamente favorecerá para que a bênção de fama e fortuna se manifeste em nossa vida.
j) Foi nos caminhos de Îsá Meji que o Algodão (um personagem) veio ao àiyé. Da maneira que Ìfá expõe a situação devemos
considerar que consideráveis bênçãos se manifestarão na vida da pessoa para quem esse Odù se manifesta, desde que ela se
comprometa a desenvolver o nobre caráter ( ìwa pûlû) e propicie Èñù e Öbàtàlá com generosas oferendas. O ìtan diz que Algodão
buscava por prosperidade e reconhecimento, e tudo isso ele conseguiu devido sua associação com Öbàtàlá, que o escolheu para
confeccionar suas roupas. Ou seja, as oportunidades de bênçãos matérias serão consideravelmente favorecidas se nos associarmos a
pessoas de caráter, fama e poder, tal qual representa Öbàtàlá nesse contexto. Èñù merece destaque nessa situação por ter sido ele
que apresentou Algodão a Öbàtàlá.
l) Îsá Meji nos fala sobre ire iñë (bênçãos profissionais). Aqui Îrúnmìlà teve seu àñë testado por um rei, mas assim que mostrou-se
exímio babalawo, teve seu poder e conhecimento reconhecidos, o que lhe rendeu excelentes oportunidades profissionais. O sucesso
no âmbito profissional será testado, mas ao demonstrarmos nossos valores, estaremos ao mesmo tempo garantindo consideráveis
bênçãos nesse aspecto de nossa vida.
m) Aqui um caçador abateu um grande animal, mas várias coisas aconteceram depois disso, e ele só pode vender os chifres do
animal abatido. Isso foi suficiente para ele resolver seus problemas, e também o de muitas outras pessoas em sua cidade. Ìfá nos
avisa que às vezes as coisas podem não sair exatamente como gostaríamos, mas isso não significa que uma situação esteja perdi da,
ou que não podermos mais tirar nenhum proveito da mesma. Esse Odù fala sobre a necessidade de avaliar danos, pois do meio de
perdas podemos retirar algo que nos favoreça consideravelmente no futuro.
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Em ibi
a) De todos os aspectos negativos de Îsá Meji, certamente sua relação com as Àjý é o que mais merece destaque. A manifestação
desse Odù em ibi apontará quase sempre para problemas relacionados ao poder destrutivo representado pelas Anciãs da Noite.
Assim sendo, feitiços, maldades, perseguições, ingratidões e diversos outros problemas relacionados à mulheres devem ser
considerados nessa ocasião. De uma forma mais ampla, podemos considerar que infelizmente teremos que lidar com inimigos
poderosos, que não hesitarão em nos prejudicar se tiverem oportunidade para tal.
b) Textualmente Ìfá nos revela que foi a opção por não fazer as oferendas prescritas que colocou Îsá em rota de colisão com Àjý. O
texto diz que “Èñù não pôde ajudá-lo; Ìfá não pôde guiá-lo; Orí não pôde salvá-lo”. Assim sendo poderìamos considerar o
desnorteamento como uma das características negativas desse Odù. A recusa em fazer oferendas, e num plano mais amplo, de
seguir os conselhos de Orí, certamente terá como resultado a incapacidade de discernir entre quais caminhos seguir para nos
conduzir às nossas realizações pessoais.
c) Ìfá nos revela que numa determinada situação, Îsá teve que abandonar os planos que possuía em relação a vencer e prosperar
na cidade de Ìfû. A recusa em fazer as oferendas prescritas foi a causa dele se deparar com obstá culos intransponíveis. Em outra
ocasião, Îñun deve que deixar seus filhos com Yemöja, pois não tinha condições de cria-los adequadamente. Similarmente Ìfá nos
aconselha a prepararmos com sabedoria os passos que desejamos dar, para que não sejamos obrigados a desistir de nossos planos.
Preparação, prudência, previdência e ëbö são as armas que Ìfá nos oferece para aumentar consideravelmente nossas chances de
sucesso numa nova empreita. O insucesso de Îsá em Ìfû também pode representar consideráveis dificuldades em terras distantes.
d) O ditado popular “fez a fama, deite na cama” é perfeitamente aplicável a esse Odù, pois houve uma ocasião em que, por estar
sempre ligado a questões de feitiçaria, Îsá foi injustamente acusado por outro de causar a morte dos filhos de outro Odù. Só após
complexas oferendas ele pode provar sua inocência, mas não sem antes ser levado a juízo. Em outra ocasião, um babalawo foi
acusado de matar algumas crianças, mas era totalmente inocente na situação. Ìfá nos aconselha a realizarmos as oferendas que
forem necessárias a fim de evitar calúnias ou problemas judiciais. Se tal negatividade já for uma realidade, nesse caso as of erendas
em questão poderão diminuir consideravelmente a extensão de nossos problemas ou prejuízos. De uma forma g eral, calúnias e
acusações indevidas estarão presentes quando Îsá se manifestar em ibi.
e) Numa determinada ocasião, Îsá sofreu sérias e indevidas ocasiões por parte de uma mulher que ele ajudou a dar à luz. Ìfá nos
aconselha aqui a sermos cuidadosos, pois poderemos receber a ingratidão como pagamento por nossa bondade e prestabilidade.
f) Îsá Mèjì nos fala sobre acidentes domésticos ou situações similares. Por quebrar um determinado objeto na casa de uma Àjý, Îsá
foi perseguido e tal situação quase lhe custou a vida. Ìfá nos fala sobre a quebra acidental de algum objeto consideravelmente
importante, e da falta que tal objeto pode fazer em nossa vida.
g) Ìfá nos revela que após começar a fazer suas oferendas regularmente, Îsá acabou descobrindo que sua esposa era a principal
causa de seus problemas, pois o prejudicava através de feitiços e más vibrações. Essa característica de Îsá Méjì pode ser um indício
de que, de uma maneira ou de outra, nossa vida possa passar com problemas devido a ação de nosso cônju ge. Mesmo que as
técnicas oraculares eliminem a possibilidade de feitiços, ainda sim seria prudente considerar a hipótese de que algo na
espiritualidade de nosso companheiro de uma maneira ou de outra nos atrapalhe. Se Ìfá confirmar essa possibilidade, então
deveremos seguir seus conselhos para saber o que deve ser feito para remediar essa complexa situação.
h) Ìfá nos fala aqui sobre uma pessoa nova, que devido sua idade não tem as opiniões consideradas pelos mais velhos. É óbvio que
além da idade física, também poderemos considerar aqui tempo de serviço, em instituições, escolas, etc.
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i) Ìfá nos avisa que Ìkú estará perigosamente ativo quando Îsá Meji se manifestar em ibi. Esse Odù apareceu para alguns reis,
avisando-os sobre uma mortandade iminente. Os reis em questão foram aconselhados a fazer ëbö, mas negaram-se a fazê-lo. É
óbvio que Ìkú chegou e levou consigo vários parentes dos reis. Além dos óbvios perigos representados por Ìkú, há de se considerar a
tendência a não ouvir avisos sobre perigos quando esse Odù se manifesta.
j) Ìfá revela que os pais de Îsá viviam em constante conflito, e que sua mãe era uma grande Àjý. Foi o próprio Îsá que acabou
salvando seu pai de ser morto pela esposa. Ìfá nos fala aqui sobre alguém cujos pais vivem em desarmonia, e sob a considerável
possibilidade desse relacionamento terminar em divórcio ou tragédias.
l) Como será visto no capítulo que trata sobre comportamento, Îsá Meji fala sobre o desejo de justiça, ou no mínimo sobre o desejo
de que as coisas sejam bem feitas por parte daqueles que detêm o poder. Mas o ponto a ser destacado aqui é que um dos
personagens desse Odù era considerado um caçador de corruptos, e suas atividades levaram seus inimigos a atacarem sua família.
Ìfá nos aconselha a sermos extremamente cuidadosos, para que nossa cruzada por justiça não atraía infelicidade para aqueles a
quem amamos.
m) Îsá Meji é o Odù que narra a “montada” do Òrìñà em seu devoto. Dentro do contexto do ìtan, pode-se supor algumas
dificuldades na relação pais e filhos, sendo os filhos rebeldes ou pouco abertos a ação ou orientação de seus pais, devendo portanto
os pais se imporem em certos momentos, pois não haverá outra forma de ajudar seus filhos ou impedirem que os mesmo se
prejudiquem consideravelmente. Outra possibilidade interpretativa para o ìtan sugere que a iniciação para Òrìñà seja necessária, a
fim de gerar ao futuro devoto as condições adequadas ao seu desenvolvimento e consequente felicidade.
n) Aqui os inimigos de Ñàngó lhe mandaram muitos feitiços, e foi através do auxílio de Ògbe (uma Divindade que faz parte do
fundamento de Ñàngó) que ele conseguiu se livrar dessa complicada situação. Ìfá deixa claro aqui que os inimigos tentarão nos
prejudicar de várias maneiras, e a movimentação de energias astrais será uma delas. Portanto devemos fazer as oferendas
adequadas para nos livrarmos de feitiços, maldições, etc.
o) Aqui um filho de Òñàògiyàn comete um crime, e tem que fugir e se refugiar na casa de Îrúnmìlà para escapar das consequências.
Sob esse aspecto, Îsá Meji pode indicar a presença de um foragido, ou pode também ser um aviso de que se não houver
autocontrole, alguém poderá cometer um crime e depois terá que fugir das consequências.
p) Aqui um babalawo ganhou como presente um cesto de àkàrà, mas muitos problemas aconteceram em sua vida devido a esse
presente. Ìfá nos avisa que nossos inimigos poderão usar presentes com tática para nos prejudicar, por isso devemos desconfiar de
presentes ofertados por pessoas que nunca demonstraram grande afeição por nós.
q) Aqui um caçador abateu um grande animal na floresta, mas infelizmente não pôde tirar proveito da carne da caça. Ìfá nos orienta
a fazermos as oferendas necessárias para que possamos colher os frutos de nosso esforço; para que situações inusitadas não no s
obriguem a “voltarmos para casa de mão abanando”.
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Comportamento
a) Como já foi visto, Îsá Meji é universalmente conhecido por sua complicadíssima relação dom as Àjý. Por essa situação ser citada
várias vezes ao longo do corpo literário de Îsá Meji, há o risco de se banalizar a influência negativa de Àjý nesse Odù. Esse seria um
perigoso erro, pois Àjý representa uma situação complexa e de grande potencial destrutivo. A postura de “tudo bem, é só fazer ëbö”
deveria ser evitada, pois tão importante quanto “se limpar” de tais influências e enxergar os motivos ou fatores que tornaram
possível sua manifestação. Assim agindo, poderemos entender as causas que trouxeram o poder destrutivo de Àjý a nossos
caminhos, o que nos dará a possibilidade de evitar tais situações no futuro.
b) Ludibriar Ìyàmi com o olor de uma oferenda foi o meio encontrado por Îsá para escapar da mesma. Alguns autores dão ao
próprio nome “Îsá” a tradução de “Ele foge”. Nas outras oportunidades em que teve novos problemas com as Àjý, Îsá fez uso do
ëbö e da paciência para escapar ileso de tão perigosas situações. De qualquer forma, a maneira que Îsá lidou com seu problema é
um sinal que a simples confrontação não é o caminho mais adequado, visto que as chances de sermos prejudicados por um poder
superior ao nosso é considerável.
c) Ìfá diz que Îsá poderia ter recebido auxílio e proteção de Èñù para enfrentar todas as dificuldades que não encontrou no àiyé, mas
a ausência de oferendas a esse Òrìñà tornou duto mais difícil. Mais à frente, Ìfá nos revela que Èñù aprontou das suas para forçar
Îsá a lhe fazer as devidas oferendas. Só depois disso é que o auxílio tão importante se manifestou, e finalmente Îsá pode resolver
complicadíssimas situações de sua vida. Ìfá nos aconselha a comprimirmos nossas obrigações assim que elas se manifestarem. O ato
de deixar as coisas para depois, ou simplesmente não realizar o que deve ser realizado terá uma influência consideravelmente
negativa em nosso futuro. Presteza para realizar as obras necessárias constitui sabedoria nos caminhos desse Odù.
d) Como já foi visto, Îsá Méjì é Odù de acusações falsas e indevidas. Ìfá aconselha ao caluniador que seja muito cauteloso e se
abstenha de tal comportamento, pois aqui a mulher que acusou Îsá de quebrar um objeto de feitiços não pode sustentar suas
acusações perante provas legítimas da inocência de Îsá, e por isso mesmo foi sentenciada à morte. Ìfá fala sobre um destino de
tragédias à pessoa que optar por agir de forma indigna e realizar falsas acusações a pessoas inocentes.
e) Ìfá revela que a esposa de Îsá complicava sua vida através de feitiços e más vibrações. Depois que Îsá fez as oferendas
prescritas para resolver essa situação, sua esposa foi tomada por um desejo irresistível de lhe expor a verdade, mesmo correndo o
risco de sofrer reprimendas de seu marido. Mas o que de fato aconteceu foi o perdão de Îsá, e finalmente eles puderam viver em
paz e prosperidade. Sob esse ponto de vista, Îsá Meji pode ser um indício sobre a necessidade de arrependimento. É possível que
alguém carregue consigo o peso de seus erros, e se Ìfá confirmar essa possibilidade interpretativa, a vida dessa pessoa só vai se
organizar quando ele expor seu arrependimento e se expor às consequências de seus atos.
f) É importantíssimo salientar que, apesar de lidar constantemente com conflitos, feitiços e acusações, Îsá mantinha-se controlado e
predisposto à resolução pacífica de seus conflitos. Em outra ocasião, um dos personagens narrados por esse Odù é aconselhado a
abandonar as constantes discussões que mantinha com alguns opositores, e por não ouvir os conselhos de Ìfá a doença se instalou
em sua família. Esses aspectos de Îsá Meji evidenciam que é melhor encontrar maneiras pacíficas e construtivas de lidar com
conflitos, do que simplesmente se entregar à tentação do revide. Visto por esse prisma, é possível considerar Îsá Meji como um Odù
que aponta para a comunhão, paciência e tolerância como um fator de controle de conflitos e crises, e também como uma maneira
de criar meio propício à manifestação de posteriores bênçãos.
g) Como já foi visto, houve uma ocasião em que alguns reis não seguiram os conselhos de Îsá, e o resultado de tal atitude foi a
morte precoce de muitos parentes dos reis. Ìfá nos inspira aqui a sermos atenciosos aos conselhos alheios. Não devemos nos deixar
levar pelas aparências externas daqueles que nos aconselham, e sim no teor do conselho em si. É preciso salientar que os cons elhos
do ìtan não foram seguidos por que os reis acreditaram que o sacerdote que os dera era por demais jovem.
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h) O conceito “saiu do fogo para a frigideira” deve ser considerado quando Îsá se manifesta, especialmente em ibi. Esse Odù, após
escapar de Ìyàmi Òñòròngá, escolheu o primeiro ventre que encontrou para encarnar, e o ventre em questão pertencia a uma Àjý!
Como já foi visto, Îsá fazia escolhas ruins para sua sorte por estar desnorteado; e ele estava desnorteado por ter se negado a fazer
as oferendas prescritas no îrun quando desejou vir ao àiyé. Por “fazer ëbö” também devemos subentender a necessidade de darmos
os passos necessários em nome da própria felicidade. Ou seja, a conjunção de oferenda negligenciada e más decisões certamente
nos conduzirão ao um círculo crescente de perigos ou dificuldades desnecessárias.
i) Ìfá nos avisa que não passaremos por essa vida sem recebermos notícias ruins; e essas mesmas notícias terão o poder de abater
nosso ânimo. Foi isso que aconteceu com Îsá, quando foi avisado que os feiticeiros, parentes de sua esposa, se esforçariam para
mata-lo através de feitiços. Îsá deixou-se abater, e esse estado mental certamente favoreceria a ação de seus inimigos, se alguns
irmãos em Ìfá de Îsá não o ajudassem. Ìfá diz que por mais preocupantes que algumas notícias possam ser, não podemos perm itir
que as mesmas nos abatem ou paralisem, pois aqui recebemos a orientação de que “ Ìfá não se rende a calamidades”; ou seja, por
mais grave que uma situação possa ser, Ìfá certamente mostrará algo que possa ser feito a respeito.
j) Um dos ìtan de Îsá Meji narra a história de alguns músicos, quando foram se apresentar para um rei. A esses músicos foi
orientado fazer ëbö para que tudo corresse bem. Eles disseram que o convite já estava feito, logo não havia razões para uma
oferenda, e negaram-se a fazê-lo. É óbvio que tudo deu errado. Ìfá nos fala aqui sobre a tendência em deixar de realizar oferendas
(e por extensão, fazer esforços) para atingir objetivos que à primeira vista já pareçam alcançados. Só será seguro considerar a
manifestação de uma bênção quando a tivermos em mãos; até que isso aconteça é mais do que necessário continuar a fazer os
esforços requeridos para de fato ter acesso às bênçãos em questão. Contar previamente com uma situação benéfica parece ser um
perigoso comodismo quando esse Odù se manifesta. O ideal é continuar fazendo tudo o que estiver a nosso alcance, até que as
bênçãos tornem-se palpáveis.
k) É nos caminhos desse Odù que Ìfá nos ensina que tanto o mal quanto o bem realizados receberão suas consequências. Assim
sendo, é uma atitude sábia agir de maneira bondosa, pois assim estaríamos nos desviando de sofrimentos inerentes às
consequências do mal, e também nos colocando em harmonia com os caminhos que manifestarão as consequências do bem. Por
mais óbvia que tal informação possa ser, o vivenciar esse ensinamento (ao invés de apenas conhece-lo intelectualmente) pode ser a
diferença entre um destino abençoado ou repleto de dificuldades. Abdicar ao mal e praticar o bem; essa talvez seja a essência
comportamental inspirada por Îsá Meji.
l) Em uma de suas máximas, Îsá Meji ensina que “Aquele que possui demasiado poder, cedo ou tarde dele abusará”. Aqui Ìyá Òdu
recebeu um grande poder de Olódúmarè, talvez o maior poder entre todas as Divindades. Mas ela cometeu abusos, não respeitou
limites, e acabou perdendo a supremacia sobre os panos de Egún. Ìfá nos aconselha a, quando em posse de poder ou influência,
agirmos com cautela, bondade e responsabilidade, para que não aconteça das pessoas passarem a nos ver com maus olhos e a
desejar que percamos nosso poder ou posição. Também será prudente considerar outra possibilidade interpretativa, na qual
poderemos nos deparar com uma pessoa poderosa e intransigente, aqui simbolizada por Ìyá Odù.
m) Como já foi visto, Îsá Meji é um Odù de conflitos, mas que paradoxalmente nos inspira a agirmos de maneira conciliadora. Aqui
Öbàtàlá agiu com sabedoria e paciência para recuperar o poder de Egún, que estava sob o domínio de Ìyá Odù. Ìfá nos avisa que
poderemos nos deparar com uma situação em que um poder maior que o nosso nos oprimirá; mas apesar dessa desconfortável
situação, a melhor maneira de agir é simbolizada pela ação de Öbàtàlá, ou seja, com calma, paciência e espírito conciliador. Essa
atitude, apoiada pelas oferendas prescritas, certamente favorecerá o gerenciamento de complexas ou graves crises interpessoais. Ìfá
ensina aqui que o desejo por justiça só será saciado através da paciência, merecimento e ëbö.
n) Îsá Meji é o Odù Ìfá que ensina sobre a importância de se respeitar a figura feminina em qualquer situação da vida. Ìfá ensina
aqui que é graças a mulher que existimos, por isso devemos reverenciá-la. A simples manifestação desse Odù muitas vezes implica
em oferendas a uma ou mais Divindades femininas.. No que diz respeito a comportamento, a aparição de Îsá Meji implica em
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atitudes reverenciais e imbuídas de gratidão para com as mulheres que fazem parte de nossa existência. Paradoxalmente, a rela ção
desse Odù com as Àjý aponta para a possibilidade de desenvolvermos atritos com figuras femininas. Essa característica de Îsá Meji
mais uma vez evidencia a profunda sabedoria de Öbàtàlá, que quando em crise com Ìyá Òdu, ao invés de confrontá-la, ele buscou
um caminho conciliador, apoiado por suas oferendas. Talvez esse mesmo espírito de harmonia seja a melhor maneira de lidar com os
atritos com o poder feminino que certamente estarão presentes de esse Odù se manifestar em ibi.
o) Ainda sobre o mito dos panos de Egún, é importante destacar que Öbàtàlá readquire o poder sobre a Ancestralidade masculina
não apenas por que fez ëbö, mas também por que seu desempenho sob as roupas de Egún convenceu Ìyá Òdu de que ele era mais
apto do que ela para esse “trabalho”. Ou seja, o desempenho pessoal (profissional ou não) é o que garantirá, junto com o ëbö, que
uma oportunidade de fato se converta numa duradoura bênção. Aqui, a oportunidade deve encontrar o talento, para que a
prosperidade se manifeste.
p) A presença marcante de Ìyàmi e Egún faz desse Odù um arauto da Ancestralidade. Sua manifestação sugere a necessidade de
fortalecer os vínculos entre o indivíduo e seus Ancestrais, pois de tais vínculos certamente se manifestarão consideráveis si tuações
positivas.
q) Um dos personagens narrados em Îsá Meji merece destaque, especialmente devido ao que vivemos nos dias atuais. Esse mesmo
personagem era conhecido por caçar e punir corruptos. Ìfá nos inspira aqui a abandonarmos situações ilícitas, principalmente
aquelas que se encaixam no perfil de corrupção. De acordo com a essência do ìtan, serão mais do que consideráveis as chances de
punição àqueles que optarem por esse caminho imoral.
r) Îsá Meji foi o Odù que narrou os motivos que levaram Òrìñànlá a criar Ìkú. Na ocasião, os homens não morriam, mas essa
situação não lhes favorecia a evolução, nem a humanidade se preocupava em realizar oferendas ou crescer espiritualmente.
“Motivada” pela morte, a humanidade começou a dar mais importância à vida. Ìfá nos fala aqui sobre poderes reguladores; sobre
forças da natureza ou da sociedade que nos forçam a fazer o que é certo, principalmente quando nos deixamos dominar pela
indolência. Outra possibilidade interpretativa sugere que ao cumprir nossos deveres, nos desviamos de sofrimentos ou retaliações a
princípio desnecessários.
s) Aqui as Ìyàmi permitem que os humanos usem seus filhos como ëbö, para que seja possível reorganizar o àiyé. Ìfá nos fala sobre
renúncia em benefìcio do bem maior. Também é importante salientar que os humanos, antes de imolarem as aves (“filhas” de Ìyàmi)
realizam oferendas com a finalidade de apaziguar “A Noite”, e depois muito respeitosamente expõe seu caso. Esse detalhe do ìtan
pode ser uma alusão há necessidade de tato e diplomacia quando tivermos que pedir um favorecimento a uma pessoa poderosa.
t) Como já foi visto, Îsá Meji é Odù de inimigos, mas também de vitória sobre os mesmo. Aqui o Algodão adquire os espinhos que
contribuem para sua proteção. Podemos então considerar a necessidade da criação ou desenvolvimento dos meios necessários para
a proteção pessoal. É importantíssimo salientar que Îsá é um Odù que desaconselha o embate; logo será imprescindível encontrar o
equilíbrio entre proteção pessoal e agressividade, pois um comportamento belicoso é quase garantia de derrota ou sofrimento
quando esse Odù se manifesta.
u) Uma das personagens narradas por esse Odù fez no îrun um ëbö para ter filhos, mas quando chegou ao àiyé nada aconteceu
como ela previa. Ao invés de se dar por vencida ou começar a duvidar das Divindades ou da capacidade dos sacerdotes, a
personagem voltou a se consultar para saber o que estava acontecendo, e seguiu mais uma vez os conselhos de Ìfá quando foi
orientada a repetir no àiyé as oferendas realizadas no îrun. Pouco tempo depois veio a gravidez. Ìfá nos avisa que poderemos nos
depara com situações frustrantes, onde as coisas simplesmente não acontecerão de acordo com nossas expectativas. A melhor
maneira de agir talvez seja tentar entender a situação por um ângulo diferente, e aí efetuar novos esforços para uma resoluçã o
satisfatória. Deixar-se abater por contrariedades definitivamente não está em harmonia com a essência de Îsá Meji.
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v) Como já foi visto, Îsá Meji em ibi é presságio de conflitos e inimigos. Nos caminhos desse Odù certa vez Îrúnmìlà teria que viajar
acompanhado por pessoas que não desejavam seu bem, e o conselho de Ìfá foi para que ele conquistasse seus inimigos. Îrúnmìlà
assim o fez, oferecendo rodadas e mais rodadas de cerveja àqueles que não lhe viam com bons olhos. Depois disso , seus inimigos
passaram a vê-lo com outros olhos. Similarmente Ìfá nos orienta a optarmos por atitudes que evidenciem a nossos inimigos que não
lhes desejamos mal; pelo contrário, que estamos ansiosos para que haja harmonia entre todos. Se conseguirmos, através de
atitudes amistosas, mostrar aos nossos inimigos que eles não têm motivos para não nos quererem bem, cedo ou tarde eles
repararão nossas virtudes e desistirão de qualquer ação malévola contra nós.
x) Aqui Îñun teve muitos filhos, mas infelizmente sua vida como mãe aconteceu precocemente, antes que ela tivesse condições de
cuidar de seus filhos adequadamente. Em razão de suas dificuldades Îñun teve que deixar seus filhos com Yemöja, até que pudesse
organizar sua vida. Ìfá nos ensina aqui que para um acontecimento ser considerado uma bênção, é importante que ocorra no
momento apropriado. A precocidade nos trará dissabores, pois é preciso nos prepararmos para aquilo que desejamos ser ou fazer.
y) Îsá Meji é Odù que fala sobre tentativa e erro. Aqui são narradas as várias tentativas de Öbàtàlá em posicionar a vagina no corpo
feminino, até que finalmente ele a posiciona entre as pernas. Ou seja, é possível que nos deparemos com desafios, dilemas ou
situações que nos forcem a agir de uma maneira ou outra. Não gostar ou aprovar nossas primeiras tentativas poderá ser
considerado normal; o importante aqui é a busca pelo aperfeiçoamento, até que as coisas fiquem de uma maneira que nos agrade.
Não desistir e continuar tentando é um comportamento em sintonia com esse Odù.
z) De uma maneira ao mesmo tempo trágica e divertida, Ìfá nos conta a história de dois amigos, Cego e Aleijado, que graças a
situações dolorosas e inusitadas conseguiram se livrar de seus defeitos físicos. O mito em si pode ser visto mais à frente, aqui o
importante é apontar para a possibilidade de situações dolorosas se transformarem em oportunidades maravilhosas para vencermos
ou transcendermos problemas muitos sérios de nossa vida. Assim sendo, a sabedoria nesse Odù consiste, entre outras coisas, de
tentar entender de uma maneira ampla os acontecimentos infelizes de nossa existência, pois não raro os mesmos estarão
oferecendo a dita oportunidade, que se bem aproveitada certamente transformará nossa existência numa experiência muito mais
feliz.
a 1) Aqui Îrúnmìlà foi aceito no Ëgbû balògún, e os ritos de passagem tinham o poder de tirar qualquer homem do sério. Essa era a
sociedade dos possuidores de espadas, ou seja, de homens que andariam armados. A necessidade de demonstrar alto controle entã o
torna-se óbvia. Ìfá nos avisa que haverá momentos de nossa vida em que passaremos por humilhações ou situações semelhantes,
mas será nosso dever manter o autocontrole, pois se assim não o fizermos, correremos o risco de machucar outras pessoas, além de
atrair consideráveis sofrimentos para nós mesmos.
b 1) Ìfá avisa à pessoa maldosa, que foi capaz de levar um inocente à prisão ou a um julgamento, que desista imediatamente de
seus intentos, pois as Divindades defenderão o inocente e revelarão os verdadeiros culpados. A pessoa inocente deverá fazer a s
oferendas necessárias para que a verdade venha à tona, e o verdadeiro culpado deve se redimir o quanto antes, pois a justiça das
Divindades o tem em mira.
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Saúde e bem estar
a) Ìfá nos aconselha a sermos cuidadosos com nossa pele. Numa determinada situação, Îsá teve a pigmentação de sua pele
alterada por ter entrado em contato com matérias de feitiços. Numa abordagem mais prática e moderna dessa situação, poderemos
nos deparar com acidentes ou doenças que mudem (para pior) as características de nossa pele.
b) Uma das características desse Odù e a relação entre doenças e um comportamento agressivo. Um dos personagens desse Odù é
aconselhado a parar de brigar, mas não seguiu os conselhos de Ìfá. Como consequência, toda sua família adoeceu. Há tempos já se
sabe que alterações de humor estão diretamente relacionadas à predisposição para algumas doenças, mas parece que
especificamente nos caminhos de Îsá, a relação entre estados mentais/emocionais e doenças é ainda mais estreita.
c) Aqui o Cão nega-se a fazer ëbö por boa saúde, acreditando que a saliva em sua boca seria suficiente para trazer-lhe bem estar.
Ìfá nos fala aqui de desleixo em relação à própria saúde, ou no melhor dos casos, sobre um conhecimento inadequado de
tratamentos. É desnecessário abordar as consequências de tal ignorância.
d) Ìfá nos aconselha a estarmos atentos a doenças recorrentes. Males que já nos afligiram no passado podem retornar à nossa vida,
trazendo mais sofrimento. Conseguiremos proteção contra essa situação se optarmos por decisões saudáveis e se propiciarmos
Öbàtàlá com uma adiû òpìpì.
e) Foi nos caminhos desse Odù que o Carneiro foi vitimado por uma doença (possivelmente um câncer), por que negou -se a alterar
sua dieta e abandonar o consumo de seu ëwî, assim com Ìfá o aconselhara. Ìfá fala aqui sobre o desrespeito perante o próprio
corpo, pois alguém se alimenta de maneira inadequada, tem consciência disso, mas continua a fazê-lo. Ìfá diz que a manutenção de
tal dieta acabará por minar a saúde do incauto, a ponto de mais nada poder ser feito para salvá-lo.
f) É clássica a relação entre Îsá Meji e doenças psiquiátricas. Esse Odù, por estar associado aos ventos, fala sobre instabilidade
mental.
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Amores e relacionamentos
a) Ìfá nos revela que logo que chegou no àiyé, Îsá estava sozinho, sem uma companheira, e recorreu aos sacerdotes para resolver
essa questão. Îsá Meji é prenúncio de ire àya (bênção de esposas), por isso podemos considerar que a vida amorosa e sentimental
estará em plena “movimentação” quando esse Odù se manifestar. Da maneira que o ìtan expõe a busca de Îsá por uma
companheira, é prudente considerar a importância que um bom casamento terá na estruturação e posterior felicidade da pessoa
para quem esse Odù se manifesta.
b) Uma das circunstâncias mais relevantes da vida de Îsá foi seu casamento com uma Àjý, pois os acontecimentos posteriores a
essa união foram consideravelmente significativos em sua vida, principalmente sob os aspectos negativos. Ìfá nos aconselha a
sermos extremamente cuidadosos na escolha de nossos companheiros, pois são consideráveis as chances de nos associarmos a
pessoas que se encaixem no perfil Àjý/Òñó, ou cuja família possua essa característica; e assim sendo será certo que consideráveis
problemas e quiçá sofrimentos passem a caracterizar nossa vida conjugal.
c) Numa determinada ocasião, Îsá descobriu que sua esposa o atrapalhava através de feitiços. Ìfá nos aconselha a sermos atentos,
pois nosso cônjuge (ou talvez algum aspecto de sua espiritualidade) pode complicar nossa vida significantemente. É importantíssimo
salientar que apesar da gravidade da situação, Îsá não se separou de sua esposa. A possibilidade de perdão deve ser considerada
na situação aqui exposta.
d) Como já foi visto, o primeiro casamento de Îsá era muito complicado, pois sua esposa era uma àjý e esforça-se para prejudica-lo
de várias maneiras. Foi essa mesma esposa que resolveu abandoná-lo, quando Îsá recebeu sentença de morte por parte de alguns
feiticeiros. Nos caminhos desse Odù infelizmente podemos passar por situações semelhantes. Ìfá nos avisa sobre a possibilidade de
sermos prejudicados por nosso cônjuge, ou mesmo abandonados em momentos de consideráveis crises ou perigos. Essa triste
característica de Îsá torna necessário uma prudência extra ao escolher a pessoa com a qual dividiremos nossa vida.
e) Como já foi visto no capítulo que fala sobre ire, esse Odù narra o casamento entre Îrúnmìlà e uma das filhas de Olófin. Esse
casamento trouxe a Îrúnmìlà consideráveis bênçãos e oportunidades. Um casamento com tais características terá maiores chances
de ocorrer se propiciarmos os Òrìñà citados no ìtan.
f) Num dos ìtan desse Odù, Ìfá orienta a Ògún e sua esposa que deixem de se maltratar tanto. Ìfá nos fala aqui sobre turbulências
na vida afetiva, caracterizada por maus tratos de ambas as partes. É importante salientar que no contexto em que tal informação
surge, há uma alusão a positividades ou bênçãos que poderiam se manifestar, mas que não ocorrem devido à situação caracteriza da
por atritos e desrespeitos. Logo, ao casal que insiste em se desrespeitar, Ìfá diz que além das óbvias consequências do desrespeito
(desamor, afastamento, rancores, etc.), também é preciso salientar que tal comportamento afasta bênçãos que poderiam tornar a
vida bem menos difícil.
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Ìfá diz,
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- Há quem nos persiga;
- Um dinheiro chegará pelas graças de Ñàngó e Öbàtàlá;
- Um enfermo precisa de ëbö para sobreviver;
- Há uma pessoa cansada de trabalhar;
- Aqui nosso nome vai parar em fuxicos, enredos, etc.
- Aqui os filhos podem ser criados longe dos pais;
- O filho da pessoa para quem esse Odù se apresenta tem assuntos a resolver com Îrúnmìlà;
- Ire mötarì;
- A sorte está cercando;
- Cuidado com quem dormir em sua casa.
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Obras de Îsá Meji
2) Ìyàmi Àjý receberá vísceras de cabra como oferenda, para deixar em paz alguém que está sob sua perigosa espreita.
3) Èñù, Îrúnmìlà e Orí receberão oferendas para nos guiar nesse mundo, nos conduzindo a caminhos de sucesso e nos desviando de
outros que podem nos levar à perdição.
4) Um ògùn será preparado com ovos, folhas e outras substâncias para atrair ire àya (bênção de esposas).
5) Ñàngó (talvez Àirá ou até mesmo Àgànjú) receberão oferendas para nos proteger e abençoar em terras distantes ou em novas
empreitadas.
6) Ûlûgbà, Ìyàmi e Îrúnmìlà receberão oferendas para nos proteger de feitiços, revelar a causa de nossos problemas e gerar
profundo arrependimento na mente de nossos inimigos.
7) Uma simulação de sepultamento deve ser feita para “acalmar” Ìkú. Os elementos para tal ëbö estão expostos no ìtan
correspondente.
8) Ûlûgbà, Îrúnmìlà e Olókun receberão oferendas para nos ajudarem a transformar um momento de crise num início de
consideráveis ganhos e prosperidade.
9) Ajé receberá oferendas para nos agraciar com oportunidades de ganhos e prosperidade.
10) Esse Odù ensina que o ìgbín é a melhor oferenda para acalmar uma pessoa poderosa, que de uma maneira ou de outra tem
influência sobre nossos caminhos. As chances de sucesso nessa questão serão consideravelmente elevadas se Öbàtàlá for
adequadamente propiciado.
11) Um poder (ou posição) perdido pode ser recuperado se Öbàtàlá receber generosas oferendas. Ainda nesse sentido, as mesmas
oferendas nos ajudarão a lidar com situações de tirania ou abuso de poder.
12) Nos caminhos desse Odù se prepara uma magia chamada aköfàde, cuja finalidade é atrair bênçãos, sem a necessidade de
grandes esforços.
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13) Îrúnmìlà e Olófin receberão oferendas para nos abençoar com um casamento que favoreça nosso crescimento e posterior
prosperidade.
14) Uma oferenda será “montada” com algodão, alfinetes, espinhos e outros elementos, a fim de adquirirmos ire ìñègún öta.
15) Egún e Ìyàmi receberão generosas oferendas para nos abençoar com oportunidades de fama e fortuna.
16) Ûlûgbà receberá oferendas para gerar oportunidades de conhecermos pessoas que de diversas maneiras possam favorecer nossa
prosperidade e respeitabilidade.
17) Öbàtàlá receberá oferendas para nos abençoar com oportunidades de prosperidade, reconhecimento, fama e respeitabilidade.
18) Uma adiû òpìpì será oferecida a Öbàtàlá, para que o mesmo nos proteja de doenças recorrentes.
19) Îrúnmìlà receberá oferendas para nos ajudar a conquistar a simpatia nossos inimigos. Uma generosa porção de bebida alcoólica
fará parte da oferenda em questão.
20) Òrìñà Okè receberá oferendas para gerar obstáculos intransponíveis entre nós e nossos inimigos, de tal forma que eles não
possam nos alcançar.
21) Yemöja receberá oferendas para nos ajudar a criar nossos filhos.
22) Öbàtàlá receberá oferendas para nos ajudar a resolver um dilema, ou para nos inspirar a encontrar meios de continuar tentando,
até que as coisas se resolvam a contento.
23) Nos caminhos desse Odù se prepara um unguento que favorece o transe gerado por Òrìñà.
24) Aqui se realiza saraiyëiyë perante Ñàngó com muitos pombos. A finalidade de tal ritual é nos livrarmos de feitiços, más vibrações
ou maldições perpetrados por nossos inimigos.
26) Quando devidamente preparados, os chifres do fundamento de Öya atraem ire ömö.
27) Aqui se faz um preparo para tratar doenças na gravidez. Para isso se usa èso Ajímádùn (um fruto não identificado); orógbó
(GARCINIA KOLA, Gutífera); atàre (AFRAMOMUM MELEGUETA, Zingiberácea - amomo); iñu (DIOSCOREA sp., Dioscoreácea -
inhame); kán-ún bílálà (potássio concentrado). Pila-se os ingredientes com inhame e o potássio concentrado, pronunciando a
encantação. Depois tudo é ingerido com àkàsà quente.
Ajímádùn ó ní kí àrun má dúró s'ára aboyún Ajímádùn diz que a doença não deve ficar no corpo materno
Orógbó gbé àrun kúrò l'ára Orógbó carregue a doença para longe do corpo
Atàre kò taarí àrun kúrò Atàre deve empurrar a doença para fora
Òbulý kò bu àrun kúrò.
28) Aqui se prepara uma magia para reter o sêmen no corpo da mulher (aumentar as chances de concepção). Usa-se ewé áláàrò
mýta (folha de RITCHIEA sp., Capparaceae); ewé iñýdùn (folha de CLERODENDRUM VIOLACEUM, Verbenáceas); egbò òrúwö (raiz de
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MORINDA LÚCIDA, Rubiaceae); ewé ënu òpírè (folha de EUPHORBIA LATENIFLORA, Euforbiácea); oñë dúdú (sabão-da-costa). É
preparado um sabão, ao qual se acrescenta ìyèròsùn. A mulher deve lavar a vagina com esse preparo.
29) Aqui se prepara uma magia para receber favores de Ìyàmi. Usa-se èso àkàrà oñó (fruto de CNESTIS FERRUGINEA, Conarácea);
ewé àjý kòbàlé (folha de CROTON ZAMBESICUS, Euforbiácea). Esses ingredientes serão queimados, e com o pó resultante se marca
o Odù. De vez em quando esse preparo deve ser lambido com azeite de dendê. O encantamento é:
28) Outro trabalho para receber favores de Ìyàmi é realizado com ewé àsábá (folha não identificada); ewé asofýyëjë (folha de
RAUVOLFIA VOMITORIA, Apocinácea). As folhas serão moídas, e a esse preparo se acrescenta dendê e ìyûfá. Eis o encantamento:
29) Aqui se prepara uma magia para acabar com a ganância de uma mulher (ìpa Ojúkòkòrò). Para tal usa-se ewé olóbòntújû (folha
de JATROPHA CURCAS, Euforbiácea - pinhão); Odidi atàre kan (fruto inteiro de AFRAMOMUM MELEGUETA, Zingiberácea - amomo);
um pinto morto. Tudo deve ser queimado e o Odù deve ser riscado na preparação. A mulher deverá tomar esse preparo com àkàsà
frio.
30) Aqui se prepara um agbò (banho) para tratar dores no corpo. Usa-se ewé ipè erin (folha de ALBIZIA FERRUGINEA, Leguminosa
Mimosóideas); ewé òrí (folha de BUTYROSPERMUM PARADOXUM subsp. PARKII, Sapotácea - limo-da-costa); ewé akéèrí (folha de
HIBISCUS ROSTELLATUS, Malvácea); öñë dúdú (sabão-da-costa). As folhas devem ser piladas junto com o sabão da costa. Eis o
encantamento:
Ipè erin k'ó pa ara ríro Ipè erin, mate as dores do corpo
Òrí máa jý kí á rí ara ríro Òrí, não nos deixe ter dores no corpo
Akéèrí bá mi kó ara ríro lö Akéèrí, ajude-me a levar embora as dores do corpo
31) Oferendas são realizadas às árvores, pois aqui os espìritos que as usam como “morada” inspira m e protegem o homem.
32) Se entrega flores a Yemöja, diretamente nas águas do mar. Nada se pede, apenas se relata nossas dores e sofrimentos. Aqui
Yemöja cuida de nossos sofrimentos e angústias.
34) Îñun e Ñàngó receberão oferendas para nos abençoar com ire ìgbèiyáwò.
35) É preciso fazer oparaldo com preá (espíritos obsessores). O oficiante do rito também deverá se limpar.
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Îsá Meji vem para o àiyé e traz Ìyàmi Òñòròngá consigo
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Ela disse, “Îsaaaaá, Îsaaaaá!”;
Esse é o grito que Ìyàmi usa para procurar Îsá.
Ela continua procurando por uma habitação agradável até hoje.
20
Îsá salva seu pai dos feitiços da mãe
Ìfá nos conta aqui que Îsá conseguiu fugir de Ìyàmi Òñòròngá;
Durante o afã da fuga, Îsá veio ao àiyé;
Ele entrou no primeiro ventre que encontrou.
Há! Ele não tinha feito ëbö ao sair do îrun,
Estava vagando pelo espaço, sem um correto direcionamento;
Nem Ûlûgbà, Ûlûdà ou sequer Orí; ninguém podia guiá-lo.
O primeiro ventre que Îsá encontrou pertencia a uma Àjý.
Quando Îsá Meji nasceu, percebeu que sua mãe fazia feitiços a seu pai;
Sim, enquanto o pai dormia, a mulher o transformava em animal;
Por que é assim que as Àjý matam suas vítimas (?); mas quando ela ia imolar o marido,
Îsá Meji acordava no meio da noite, chorava e chamava pela mãe;
Por ainda não saber falar, era assim ele interrompia o ritual macabro.
Então finalmente Îsá cresceu e aprendeu a falar, e foi nessa ocasião que numa noite,
As demais Àjý perguntaram à mãe de Îsá Meji;
Elas disseram, “Por que ainda não mataste teu marido”?
Ela disse, “Sempre que tento, meu filho nos acorda chorando”.
Então ela foi instruída a levar Îsá para a próxima reunião.
Naquela ocasião, todas as Àjý propiciariam suas cabeças com uma cabra;
Depois elas repartiam a carne da cabra imolada.
Îsá Meji não pode comer, pois não havia participado da compra da cabra;
Ele não era iniciado, portanto podia ver o rito, mas não participar ativamente.
Ali ele ouviu as Àjý tramando como destruiriam suas vítimas.
Quando Îsá acordou (!!) pela manhã,
Aconselhou seu pai a oferecer um cabrito a seu Orí;
Isso era o que ele deveria fazer em nome de sua proteção.
Apesar da pouca idade de Îsá, seu pai resolveu seguir o conselho,
Há tempos ela vinha se sentindo cada vez pior, mais cansado e desanimado;
Então ele ouviu e fez o ëbö.
Já na próxima manhã, a mãe de Îsá Meji não acordou...
21
Îsá vai viver numa aldeia de feiticeiros
23
Îrúnmìlà é testado por um rei
24
Îsá descobre a causa de seus problemas
25
Îsá cria Ìfá para os dezesseis grandes reis iorubanos
26
Quando os agentes das Anciãs da Noite chegaram à casa de Îsá,
Encontraram as oferendas ao redor da mesma,
Também encontraram oferendas na estrada,
Eles desfrutaram do banquete, e pouparam a casa de Îsá.
Essa foi a oferenda que livrou Îsá da morte,
E proporcionou-lhe a oportunidade de viver até idade avançada.
Ògùn aköfàde
27
Îsá vai do aviso de morte para a prosperidade
28
Ñûkûrû encontra a riqueza em Ìlàjû
29
O rei de Ìlàjû dançava, acompanhado por Ajé e sua mãe;
Eles jogavam riquezas aos pés de Ñûkûrû;
Quando Ñûkûrû olhou para os tambores,
Viu a tristeza na face deles.
Ñûkûrû então cantou a seguinte canção:
E dánkun Por favor
Onísé Orún ò fóró O mensageiro do îrun não quer fazer o mal
E má sikà láyé ò Ele despreza o mal
Bóo sere láyé Quem fizer o mal no àiyé
O ó ba Receberá o mal
Àtore àtìkà kò níí gbé Quem praticar o bem no àiyé
Káì kò níí gbé Receberá o bem
Gbogbo wa Esses dois (o bem e o mal)
Tení tí n sere kò níí gbé Não ficarão sem recompensa
30
Òdu dá a Öbàtàlá o pano de Egún
31
Ele disse, “Mas essa mulher passa por cima de tudo”;
Ele disse, “Não há lugar sagrado onde ela não entre!”
Îrúnmìlà disse, “Ninguém pode tirar o mundo de suas mãos”;
Îrúnmìlà disse, “O àiyé não será espoliado! Ofereça vários ìgbín, um ìñàn e dinheiro”;
Quando Öbàtàlá fez o ëbö,
Îrúnmìlà disse, “Não se preocupe; o culto voltará para suas mãos”.
Naqueles tempos, quando Òdu dizia “Não olhem” e as pessoas olhavam, ficavam cegas.
Ela disse a Öbàtàlá, “Vamos morar juntos; assim você verá tudo o que faço”.
Öbàtàlá havia oferecido os ìgbín a Orí; e bebia o fluído das conchas.
Ele disse a Òdu, “Você quer um pouco”?
Ela bebeu, e seu ventre se apaziguou...
Ela disse, “Oh, eu descobri um alimento delicioso. Fluìdo de ìgbín é doce, doce...”
Öbàtàlá deu a ele todos os ìgbín que ela quis;
Ele disse, “Mas e as coisas que você tem e faz”?
Òdu disse, “Eu dividirei tudo com você”.
Ela foi ao pèpèlé de Egún, e Öbàtàlá foi com ela;
Ela vestiu a roupa, mas sua voz não era como a de Egún.
Öbàtàlá pôs um rosto na máscara, pegou o ìñàn e falou como Egún;
Ele saiu às ruas e as pessoas diziam, “Ele parece algo de outro mundo!”
Ele assustou Òdu;
Então, através de esperteza os homens conquistaram as mulheres.
Ele rodou o mundo como Egún, e Òdu enviou um pássaro que sentou no ombro dele.
A partir daquele momento tudo o que Egún fazia,
Era através do poder daquele pássaro.
Depois de rodar o mundo, Öbàtàlá voltou para Òdu.
Ela disse, “Você pode ficar com Egún”
Ela disse, “Nunca mais uma mulher ousará vestir essa roupa”;
Ela disse, “Mas o poder que você usar, será nosso”;
Ela disse, “De agora em diante apenas homens sairão como Egún”;
Ela disse, “Mas ninguém, seja velho ou criança, ousará motejar a mulher”;
Ela disse, “O poder da mulher é grande; é ela que dá vida através do nascimento”;
Ela disse, “E qualquer coisa que o homem quiser fazer”;
Ela disse, “Deverá contar com as mulheres, ou senão haverá confusão”.
Então eles cantaram juntos,
E Öbàtàlá disse que semanalmente todos deveriam louvar a mulher,
Para que o mundo fosse pacífico;
Pois a mulher nos trouxe ao mundo;
A mulher é a sabedoria do mundo;
Tenhamos respeito pela mulher.
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Òrìñànlá cria Ìkú
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Ìyàmi Àjý persegue Öbàtàlá
34
Ele lhes ofereceu cabras, galinhas e ovelhas e coelhos;
Ele apaziguou Ìyàmi .
Elas disseram, “Em razão de tua atitude, Îrúnmìlà, nós perdoaremos Öbàtàlá ”;
Elas disseram, “De hoje em diante viremos a ti para resolver nossos problemas”;
Elas disseram, “Por que você nos recebeu bem”.
As Ìyàmi partiram, e em sinal de agradecimento Öbàtàlá deu a Îrúnmìlà seu bastão de marfim.
Esse é o bastão que Îrúnmìlà usa até hoje.
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Algodão faz ëbö para vencer seus inimigos
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A raça branca vem ao àiyé
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O Algodão vem para o àiyé
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Îrúnmìlà oferece ötí a seus perseguidores
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Surge a primeira colina
Ìfá foi criado para Okè, no dia que seu povo corria perigo.
Um exército inimigo se aproximava,
Trazendo dor e sofrimento por onde passavam.
Okè foi instruído a fazer ëbö, e assim o fez.
Quando os inimigos chegaram a terra tremeu e uma colina surgiu,
Assustando o exército invasor.
Desde aquele dia o àiyé não é mais uma planície;
Okè dançava e regozijava.
Isso é quando Ìfá nos oriente a fazer ëbö devido a nossos inimigos.
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Öbàtàlá posiciona a vagina no corpo feminino
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Os Òrìñà passam a montar seus devotos
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Ògbe, o médico, salva Ñàngó de feitiços
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Îrúnmìlà é testado por um rei
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Inútil, que só vivia em conflitos
Ale Ìkú lo li ode ile yi Ìkú, nós te mandamos para fora hoje
Yewere iwo lio ona Ijegbè na Ejegbò re pelu Inútil, você brigou com Ijegbè e Ejegbò
Ale Àrun lo lio ode ile yi loni Àrun, nós te mandamos para fora hoje
Yewere iwo ona Ijegbè na Ejegbò remo Inútil, você brigou com Ijegbè e Ejegbò
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Îrúnmìlà torna-se um ömö àgàdà
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O granjeiro invejoso
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O chifre que ajuda a ter filhos
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