São Paulo
2007
3º Quadrimestre
ELAINE MARIA COSTA
São Paulo
2007
3º Quadrimestre
1
2
AGRADECIMENTOS
A Deus, acima de tudo, que sempre ilumina meus caminhos e mostra o que é
realmente importante.
A meus pais, Ulbano e Lucia, pelo apoio com o qual sempre posso contar mesmo
nos desafios mais complexos.
3
RESUMO
Este trabalho apresenta os principais tópicos que precisam ser abordados pelo
empreendedor na elaboração do Plano de Negócios. O tipo de pesquisa utilizado foi:
exploratória, fundamentada na revisão de literatura de empreendedorismo, plano de
negócios, marketing, produção, operações, finanças e comércio eletrônico; e
pesquisa de campo para o levantamento de informações de mercado. Com base no
material obtido foi possível elaborar o plano de negócios para uma loja virtual de
cosméticos naturais e orgânicos.
4
SUMÁRIO
LISTA DE FIGURAS 8
LISTA DE TABELAS 9
LISTA DE SIGLAS 10
1. INTRODUÇÃO 11
1.1. O Segmento de Bem Estar 11
1.2. O Surgimento da Idéia 12
1.3. Objetivos do Trabalho 14
1.4. Relevância do Tema 14
1.5. Estrutura do Trabalho 14
2. EMPREENDEDORISMO E PLANO DE NEGÓCIOS 15
2.1. O Empreendedor e os Desafios de Empreender 15
2.2. Plano de Negócios 17
3. PLANO DE MARKETING 20
3.1. Análise Ambiental 21
3.2. Análise SWOT ou FOFA (forças, fraquezas, oportunidades e ameaças) 22
3.3. Missões, Metas e Objetivos de Marketing 23
3.4. Estratégias de Marketing 24
3.4.1. Segmentação de Mercado e Composto de Marketing 25
3.4.2. Forças Competitivas 30
3.4.3. O Comércio Eletrônico 31
3.5. Implementação de Marketing 32
3.6. Avaliação e Controle 32
4. PLANO DE OPERAÇÕES 34
4.1. Localização do negócio 34
4.2. Layout / arranjo físico 35
4.3. Capacidade produtiva e/ou comercial 36
4.4. Processo de produção e / ou comercialização 36
4.5. Necessidade de pessoal 37
5. PLANO FINANCEIRO 38
5.1. Estimativa do investimento total 38
5.2. Projeções Financeiras 38
5.3. Análise econômico-financeira do investimento 40
6. PLANEJAMENTO DA BELEZA VITAL 42
A. SUMÁRIO 42
5
B. A EMPRESA 44
Missão 44
Visão 44
Valores 44
Necessidades do Consumidor 44
Setor 45
C. PRODUTOS E SERVIÇOS 45
D. MERCADO CONSUMIDOR 47
Segmentação Geográfica 49
Segmentação Demográfica 49
Segmentação relacionada ao produto 51
Segmentação psicográfica 51
Determinação do Público Alvo e do Objetivo de Marketing 51
E. MERCADO FORNECEDOR 52
F. CONCORRÊNCIA 53
ANÁLISE DE PORTER DO SETOR 54
Quanto ao Grau de Rivalidade 54
Quanto à Ameaça de Entrada 54
Quanto à Ameaça de Substitutos 54
Quando ao Poder dos Compradores 54
Quanto ao Poder dos Fornecedores 54
ANÁLISE SWOT 55
Forças 55
Fraquezas 55
Oportunidades 55
Ameaças 56
G. ANÁLISE DOS 4P´s 56
PRODUCT (Produto) 56
PRICE (PREÇO) 57
Estudos de percepção de preços pelo mercado 57
Avaliação do posicionamento de preços da empresa 57
Sugestão de preço 58
Política de preços, descontos e condições de pagamento 58
PLACE (PRAÇA) 58
Definição do Canal de Vendas 58
Definição da Logística 58
PROMOÇÃO 59
6
H. EQUIPE 60
DESCRIÇÃO DOS CARGOS 61
COMPETÊNCIAS PESSOAIS NECESSÁRIAS 62
I. PROCESSO PRODUTIVO 63
J. MODELO DE NEGÓCIO 64
K. PLANEJAMENTO FINANCEIRO 64
Taxa de Atratividade 64
Cálculo da Viabilidade 65
7. CONCLUSÕES 70
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 71
7
LISTA DE FIGURAS
8
LISTA DE TABELAS
9
LISTA DE SIGLAS
10
1. INTRODUÇÃO
Mas o mercado do bem-estar vai além da indústria da boa forma, artigos esportivos
e alimentos saudáveis. Abrange também outros negócios, como clínicas estéticas e
odontológicas, cirurgias plásticas e a produção de cosméticos. Em relação a este
último, as indústrias de cosméticos, perfumaria e higiene pessoal faturaram R$ 15,4
bilhões em 2005, sendo que a maior participação em valor é o de higiene pessoal
com 69%, seguido de cosméticos, com 18%, e de perfumaria, com 13%. Para 2007
a previsão do setor é de crescimento de 10,7%, com um faturamento de R$ 19,5
bilhões (LAFIS, 2006).
11
orgânicos. Isso porque o processo todo, desde a compra da matéria prima até o
envio para o revendedor, deve apresentar-se sustentável. Assim, existem ainda
poucos fornecedores no Brasil com esses processos qualificados e, em geral, os
produtos estão espalhados entre farmácias, lojas de cosméticos e lojas de produtos
naturais. Em razão desse tipo de distribuição, as lojas oferecem poucas opções de
marcas e produtos a altos preços. Assim, a oferta desses produtos está restrita a um
público com poder aquisitivo elevado, enquanto os demais têm acesso a produtos
ditos naturais, mas que não o são de fato. Cabe ressaltar que a preocupação com a
aparência está presente em todas as classes sociais, sendo predominante entre o
público feminino, e que as consumidoras estão dispostas a investir um pouco mais
em produtos superiores.
12
inibiam o uso desses produtos por homens. Essa liberdade é algo bom, mas a
necessidade de volume para atender uma população crescente tornou esses
produtos muito químicos, quase tóxicos, criando problemas que antes não existiam.
Por isso, muitas pessoas bem informadas passaram a procurar novas opções, não
só em cosméticos como também em alimentos e roupas.
13
1.3. Objetivos do Trabalho
O objetivo do Trabalho é desenvolver um estudo que permita avaliar a viabilidade da
abertura da Loja Beleza Vital. O método consiste na criação de Plano de Negócios
contendo informações adequadas para avaliação de suas características e
viabilidade, oferecendo subsídios para a decisão de empreender.
14
2. EMPREENDEDORISMO E PLANO DE NEGÓCIOS
15
metas e objetivos claros, persistência, visão global, estar disposta a aprender,
capacidade de organização, capacidade para inovar e criar, criatividade e
comprometimento com o trabalho (SEBRAE, 2000).
16
2.2. Plano de Negócios
17
Plano estratégico – missão e visão da empresa, definição do negócio,
objetivos específicos da empresa, estratégia da empresa, premissas do
planejamento, objetivos estratégicos de longo prazo;
Plano operacional – previsão de vendas, do planejamento da produção, de
despesas gerais, do lucro operacional, do fluxo de caixa e balancete, do
balanço patrimonial e de índices operacionais e financeiros;
Apêndices – contatos e informações técnicas.
18
Para o presente trabalho será seguido o modelo proposto no capítulo 6, baseado no
modelo do SEBRAE.
19
3. PLANO DE MARKETING
Segundo Kotler e Keller (2006, p.4), “marketing é um processo social pelo qual
indivíduos e grupos obtêm o que necessitam e desejam por meio da criação, oferta e
da livre troca de produtos e serviços de valor com outros”. Mas, apesar da
associação costumeira entre marketing e vendas, o primeiro vai além do segundo.
Marketing deve ter por objetivo tornar o esforço de vendas obsoleto, por meio do
conhecimento profundo das necessidades e desejos dos clientes. Assim, as vendas
serão conseqüências do planejamento de marketing (DRUCKER, 1973 apud
KOTLER E KELLER, 2006, p.4).
20
identificação ou o estabelecimento da missão e das metas organizacionais, a
estratégia corporativa, as metas e os objetivos de marketing, a estratégia de
marketing e, finalmente, um plano de marketing”.
21
No ambiente externo avaliam-se a concorrência, a situação econômica e política, a
legislação, a tecnologia e as tendências culturais. No ambiente do consumidor são
avaliados quais são os consumidores atuais, o que fazem com o produto, quando
compram, porque o escolhem e o motivo pelo qual os consumidores potenciais não
o compram. Já no ambiente interno são avaliados os recursos disponíveis, o
desempenho mercadológico atual e a cultura e clima organizacionais (FERREL e
OUTROS, 2000, p51).
Para Ferrel e Outros (2000), a análise SWOT oferece vários benefícios para o
planejamento de marketing, tais como simplicidade, flexibilidade, integração /
sistematização e estimulação da colaboração.
22
Figura 3.2 - Matriz SWOT
Fonte: PIERCY, 1992 apud FERREL e OUTROS, 2000, p.71
23
representa a nossa organização, o que nos faz únicos e como a organização deseja
ser vista por seus públicos. E, embora seja parte do planejamento estratégico da
organização, é a única que não deve ser confidencial. Ela deve comunicar a todos a
razão de ser da empresa (FERREL e OUTROS, 2000, p80).
Os objetivos de marketing derivam das metas, permitindo que estas tenham seu
progresso mensurável. Para serem eficazes, os objetivos de marketing devem ser
atingíveis (realistas), possuir continuidade (levar as pessoas a melhores
desempenhos ao longo do tempo), considerar um espaço de tempo para sua
realização e possuir um responsável por sua realização (FERREL e OUTROS, 2000,
p89).
Kotler e Keller (2006) afirmam que todo processo de segmentação de mercado parte
do marketing de massa, que admite a produção e venda de produtos para todos os
24
consumidores. Com o acirramento da concorrência e o aumento das exigências dos
consumidores, as organizações se voltaram para o micromarketing em um dos
quatro níveis: segmento, nicho, local e individual.
25
Produto – É tudo que pode ser oferecido a um mercado para satisfazer uma
necessidade ou desejo. São produtos bens físicos, serviços, experiências, eventos,
pessoas, lugares, propriedades, organizações, informações e idéias. Ao pensar em
produto, é necessário pensar na hierarquia de valor para o cliente, composta por
cinco níveis conforme a figura 3.4 (KOTLER E KELLER, 2006, p.367).
26
Preço – É a relação entre o quanto a organização está disposta a receber por seus
produtos e o quanto os clientes estão dispostos à pagar. O processo de
determinação do preço deve passar por várias etapas até o preço final. São elas:
Seleção do objetivo da determinação de preços - “a empresa decide onde
deseja posicionar sua oferta ao mercado”. A organização pode perseguir
cinco objetivos principais: sobrevivência, maximização do lucro atual,
maximização da participação de mercado, desnatamento máximo do mercado
ou liderança na qualidade do produto.
Determinação da demanda – existe um nível de demanda diferente para
cada objetivo de preço. Determiná-la é fundamental para compreender seus
impactos nos objetivos de marketing da empresa;
Estimativa de custos – “a demanda estabelece um teto para o preço que a
empresa pode cobrar por seu produto. Os custos determinam o piso”. Um
produto só é viável se o preço calculado pela demanda cobrir os custos fixos
e variáveis de produção e gerarem lucro.
Análise de custos, preços e ofertas dos concorrentes – a empresa “deve
levar em conta os custos, os preços e as possíveis reações de preços dos
concorrentes”.
Seleção de um método de determinação de preços – obtidos a demanda
dos clientes, a função custo e os preços dos concorrentes, a empresa pode
selecionar um preço. A figura 6 apresenta as considerações para determiná-
lo.
27
Figura 3.5 - O modelo dos 3Cs para a determinação de preços
F ont e: KO T LER e KELLER , 2006, p. 44 1
28
Figura 3.6 - Canais de marketing de bens de consumo e de marketing industriais
F ont e: KO T LER e KELLER, 2006, p . 47 1
29
3.4.2. Forças Competitivas
Figura 3.7 - As cinco forças que determinam a atratividade estrutural dos segmentos
F ont e: PO RT ER , 1985 apud KO T LER e KELL ER, 2006, p. 33 7
30
3.4.3. O Comércio Eletrônico
Para Rayport e Jawoeski (2001 apud KOTLER, 2002, p.433) o comércio eletrônico
pode ser definido como “trocas mediadas pela tecnologia entre parceiros (indivíduos,
organizações ou ambos), bem como as atividades internas ou externas, apoiadas na
informática, que facilitam essa trocas”. As empresas que operam com o uso da
internet podem ser inteiramente virtuais ou reais e virtuais (KOTLER e KELLER,
2006).
As empresas reais e virtuais usam a internet como uma estratégia a mais no plano
de marketing, podendo envolver o lançamento de novos produtos para a internet, o
uso da internet como canal de promoção, o uso do comércio eletrônico como um
novo canal de distribuição e o uso da internet como referência para políticas de
preços (FERREL e OUTROS, 2000).
31
3.5. Implementação de Marketing
A implementação de marketing é a fase crítica para o sucesso do planejamento pois
colocar as estratégias em ação. A diferença entre o que foi planejado e o realizado
está na forma com que o plano foi implantado. O planejamento sem a implantação
eficaz pode gerar conseqüências não previstas, que resultam na insatisfação do
cliente e frustração da empresa (FERREL e OUTROS, 2000, p 120-121).
32
fazer ajustes – é necessária a contínua avaliação dos resultados. Ferrel e Outros
(2000) apresenta três ferramentas ou técnicas: análise de contribuição, análise de
resposta e modelo de planejamento sistemático.
Análise de contribuição - “tenta determinar o volume de output (receitas)
que pode ser esperado de determinado conjunto de inputs (custos)”;
Análise de resposta – busca “estimar coeficientes rigorosos de resposta que
possam ser usados para prever a mudança no volume de vendas, baseados
na alteração de um ou mais elementos do composto de marketing”;
Modelo de planejamento sistemático - “indica os efeitos financeiros das
atividades de marketing propostas no plano de marketing” ( FERREL e
OUTROS, 2000, p139)
33
4. PLANO DE OPERAÇÕES
A operacionalização do negócio envolve decisões acerca da localização da
empresa, layout e arranjo físico, capacidade de produção e / ou comercial, processo
produtivo e / ou comercial e a necessidade de pessoal.
34
Localização Industrial: Localização Comercial:
Proximidade dos clientes
Proximidade de mão-de-obra
Facilidade de acesso
Proximidade dos mercados
Facilidade de transporte
Proximidade de transporte
Facilidade de estacionamento
Infra-estrutura energética
Infra-estrutura para recreação
Incentivos fiscais
Adequação do local
Custo do terreno
Visibilidade
Facilidade de localização
Baixos custos imobiliários
Adequação do local
Baixos custos condominiais
Infra-estrutura
Aparência do local
Figura 4.1 - Fatores de localização industrial e localização comercial.
Fonte: adaptado de CHIAVENATO, 2006, p.174
35
Mas a preocupação com o arranjo físico não é exclusividade de lojas físicas. As lojas
virtuais já perceberam que uma navegação mais simples produz melhores
resultados do que outra com fluxos de operação sofisticados. Em geral, o que faz o
cliente parar para pensar pode frustrá-lo, fazendo com ele feche a janela de
navegação e parta para outro site. Por isso as lojas virtuais investem cada vez mais
em interfaces simples e intuitivas, que permitam comprar com poucos cliques
(KRUG, 2006).
Para Slack, Chambers e Johnston (2007, p.344), “[…] capacidade de uma operação
é o máximo nível de atividade de valor adicionado em determinado período de
tempo que o processo pode realizar sob condições normais de operação”. O
empreendedor deve conhecer sua capacidade produtiva ou comercial para ser
capaz de tomar decisões acertadas quanto ao crescimento da empresa e da
participação de mercado.
36
mobiliários adequados, e também à caracterização da mão-de-obra operacional e
administrativa em número e qualificação”.
37
5. PLANO FINANCEIRO
Uma das partes mais importantes do plano de negócios são as decisões quanto à
obtenção e uso dos recursos. Toda empresa necessita de recursos que suportem
sua operação, tais como: dinheiro, matéria-prima, imóveis, mão-de-obra, etc., além
de satisfazer os objetivos econômico-financeiros dos sócios. Pereira ressalta que,
“sob o aspecto econômico-financeiro, o investimento de Capital deve submeter-se a
uma tríplice exigência: deve ser rentável – oferecer retorno satisfatório, seguro –
pressupor o menor risco possível e possuir liquidez – gerar Caixa” (Pereira, 1995,
p.180).
38
Figura 5.1 - Fases das projeções financeiras
Fonte: GITMAN, 1978 apud MARTINS e NETO, 1986, p.536
39
prazo de pagamentos, valores a receber por vendas realizadas, compromissos a
pagar e disponibilidades financeiras existentes (SEBRAE, 2006).
40
Para que os instrumentos de análise sejam determinados é preciso obter um
conjunto de variáveis: o investimento líquido inicial, as entradas de caixas líquidas
geradas pelo negócio, o custo do capital, a vida útil do projeto e a taxa de
depreciação dos ativos produtivos (Pereira, 1995).
41
6. PLANEJAMENTO DA BELEZA VITAL
A seguir encontra-se o Plano de Negócio da empresa Beleza Vital.
A. SUMÁRIO
Três mercados em crescimento: uma oportunidade.
2. Consumidores estão cada vez mais ligados às atitudes e fazem suas decisões de
compra baseados em muita pesquisa e informação. Estamos saindo da era do
consumo pelo consumo e entrando na do consumo consciente, onde o cliente
deseja fazer a sua parte na preservação do planeta. Relacionando esse aspecto à
indústria de cosméticos, observa-se o aumento da procura por produtos mais
naturais, com menos insumos derivados de petróleo e mais componentes orgânicos.
Atualmente, em cerca de 21% dos domicílios brasileiros consomem-se produtos
orgânicos.
42
A Beleza Vital será uma loja baseada em internet que além de oferecer comodidade
para realização das compras, comercializará produtos considerados “luxo” para as
massas.
Com uma interface simples e elegante, a loja Beleza Vital vai oferecer muita
informação sobre os produtos, seus benefícios e seus insumos, além de reforçar o
uso de produtos naturais e orgânicos como a alternativa mais saudável para as
pessoas e o Planeta.
Missão
Oferecer opções de produtos saudáveis com muita informação, permitindo uma
escolha acertada e consciente. Temos o compromisso de somente apresentar
produtos que acrescentem na vida das pessoas, que as permitam sentirem-se mais
bonitas e saudáveis, tanto por dentro quanto por fora.
Visão
Nossa visão de futuro é estar entre as 10 melhores empresas do E-Commerce
brasileiro na área de beleza e saúde.
Valores
Nossos valores são liberdade de escolha, confiança, sinceridade, amizade, trabalho
e dedicação.
Necessidades do Consumidor
O consumidor, cada vez mais, faz suas escolhas de produto com base em muita
pesquisa e informação. Não só para produtos de alto valor agregado, como
automóveis e imóveis, mas também para alimentos, roupas e produtos de uso diário.
Isso porque o consumidor melhor informado percebeu que pode mudar o mundo por
meio de suas escolhas diárias, o que inclui até o detergente para lavar a louça. Hoje,
além de parecer bonito, o consumidor quer ser saudável e contribuir para um mundo
melhor. Assim, vamos oferecer opções de produtos cosméticos que não só deixam o
consumidor com uma aparência bonita, mas que promovam sua saúde permitindo
ajudar o planeta por meio de algumas mudanças em seus hábitos de consumo.
44
Setor
O setor a ser explorado é o de comércio de cosméticos.
C. PRODUTOS E SERVIÇOS
Os produtos orgânicos são o resultado de um processo de cultivo sustentável que
prevê o manejo adequado da terra e dos recursos naturais. A produção é feita sem o
uso de sementes geneticamente modificadas, pesticidas, herbicidas, fungicidas e
também não há geração de resíduos que poluam a água e o solo. No caso de
insumos processados para geração de novos produtos é proibido o uso de radiação,
ingredientes geneticamente modificados ou conservantes, de forma a manter a
integridade do produto.
Enquanto não existe uma lei brasileira para o setor, as empresas (principalmente as
que fazem exportação) adotam o padrão internacional abaixo:
1. 100% Orgânico – o produto contém somente ingredientes orgânicos,
excluindo água e sal;
2. Orgânico – o produto contém, pelo menos, 95% de ingredientes
organicamente produzidos;
3. Produto feito com ingredientes orgânicos – o produto contém, pelo
menos, 70% de ingredientes orgânicos;
4. Naturais – o produto contém menos de 70% de ingredientes orgânicos.
45
Certificado
O certificado é a melhor forma de garantir a qualidade de um produto orgânico. Ele
garante que toda a produção respeitou as regras e gerou um produto confiável, seja
ele manufaturado ou não. No Brasil já existem algumas certificadoras, atuando
principalmente no ramo de alimentos. Apesar disso, algumas já passam a trabalhar
com a certificação de vestuário e cosméticos.
Produtos
Os produtos principais serão cosméticos orgânicos certificados (95% ou mais), com
ingredientes orgânicos (de 70% a 95%) e naturais (até 70%). Todos com
embalagens recicláveis.
46
Por último, será necessário o acompanhar o lançamento de novos produtos,
participarem de feiras e eventos do setor, buscar outros fornecedores e avaliar a
importação de produtos.
D. MERCADO CONSUMIDOR
Antes de segmentar o mercado da empresa é preciso esclarecer o perfil do público-
alvo, o que une os aspectos: consomem orgânicos, usam cosméticos e fazem
compras pela Internet.
47
das jovens entre 14 e 19 anos guardam parte da mesada para comprar maquiagem
(SEBRAE, 2006, p 40 - 41).
48
Figura 6.3 - Ranking dos produtos mais vendidos
Fonte: Grupo de Pesquisas E-Bit – 1º. Semestre de 2006
Segmentação Geográfica
Por se tratar de um negócio baseado em Internet, com entregas usando os serviços
dos Correios, a empresa tem potencial para atender todo o território nacional. Mas,
como no início é necessário focar uma região de forma a facilitar a realização das
ações de comunicação e pesquisa de preço, optamos por atender a Região
Metropolitana de São Paulo. Ela concentra 47,81% da população do Estado,
representando uma excelente região para iniciar nossas atividades.
Segmentação Demográfica
A Região Metropolitana de São Paulo conta com aproximadamente 19 milhões de
pessoas, sendo que 10 milhões são mulheres e 9 milhões são homens, conforme
tabela 1. Consideramos para base da pesquisa a faixa etária predominante na
internet, que é de 25 a 49 anos (70% dos e-consumidores).
49
Total do Região % São Paulo %
População em 2006 Estado de Metropolitana
São Paulo de São Paulo
Anos
Anos
Anos
Anos
Anos
Nessa faixa etária encontramos 7.573 mil potenciais consumidores, sendo 52%
mulheres e 48% homens.
50
Segmentação relacionada ao produto
Os produtos da Beleza Vital são mais saudáveis, com menos química e mais
ingredientes orgânicos. Por isso, possuem um processo ambientalmente
responsável, desde o plantio dos insumos em terra desintoxicada até a destinação
dos resíduos de produção. Assim, são produtos que atendem tanto à pessoas
preocupadas com a saúde, ou com sensibilidade à insumos químicos, até pessoas
vegetarianas e veganas.
Segmentação psicográfica
Em relação à segmentação psicográfica, nosso enfoque será atingir as pessoas que
compram preocupadas com os benefícios do produto, não só para a saúde como
também para o meio ambiente. Por isso, nosso público são pessoas informadas, que
pesquisam antes de fazer suas opções de consumo, e que querem usar produtos de
boa qualidade, saudáveis e sustentáveis.
51
Cálculo do mercado estimado:
Com base nas pesquisas realizadas, a empresa optou por focar seu público-alvo em
mulheres com idade de 25 a 49 anos, com renda familiar entre R$ 1Mil e R$
3Mil, residentes na região metropolitana de São Paulo, que queiram investir um
pouco mais para consumir produtos com maior qualidade e benefícios para a
saúde, além de gostar de praticidade e comodidade para realizar suas
compras. Todas as ações deverão considerar os atributos e desejos dessas
mulheres, tornando excelente sua experiência com a empresa e o site.
E. MERCADO FORNECEDOR
Foram identificados 16 possíveis fornecedores de cosméticos naturais e/ou
orgânicos, sendo que 7 deles são potenciais concorrentes (têm potencial para
atender a Região Metropolitana de São Paulo pois vendem via Internet).
52
Em média, os fornecedores apresentam uma sugestão de mark-up entre 50% e
60%. No caso dos fornecedores que também vendem pela internet será necessário
trabalhar com preços semelhantes, de forma a evitar canibalismo.
F. CONCORRÊNCIA
Após extensa pesquisa de empresas que atendam a Região Metropolitana de São
Paulo, foram identificados 23 potenciais concorrentes do ramo de cosméticos, sendo
que 7 (sete) concorrem por marca (produtos semelhantes com benefícios parecidos)
com 6 (seis) vendendo pela Internet, 13 concorrem por produto (produtos diferentes
que atendem benefícios semelhantes) com todos vendendo pela Internet e 3 de
concorrência mista com todos vendendo pela Internet.
Assim, foi identificada a existência de somente duas lojas virtuais que oferecem
alguma variedade de produtos e marcas de cosméticos mais saudáveis (naturais ou
orgânicos).
53
Será necessário sempre observar as ações dessas empresas, principalmente em
suas campanhas conjuntas de ações realizadas em lojas e no ambiente virtual.
54
ANÁLISE SWOT
Forças
Opção de venda inicial pela Internet, permitindo o acesso a uma massa maior
de consumidores;
Empresa com estrutura enxuta, o que permite maior mobilidade em caso de
mudanças significativas no mercado.
Fraquezas
Oportunidades
55
Ameaças
PRODUCT (Produto)
Com o objetivo de mapear todas as possibilidades que envolvem os produtos da
empresa e seus benefícios, aplicou-se a teoria de KOTTLER e KELLER para definir
a hierarquia de valor para o cliente, composta pelos cinco níveis abaixo:
56
Produto esperado – Cosméticos mais saudáveis, com pouco ou nada de
insumos químicos ou derivados de petróleo, que colaboram com o meio
ambiente.
Produto ampliado – Além de produtos de qualidade, a empresa também vai
trabalhar com a experiência do site, oferecendo praticidade na hora da
compra e informações úteis que ajudem o consumidor a escolher os melhores
produtos.
Produto potencial – Além dos produtos nacionais, a importação de produtos
diferenciados será considerada para manter a variedade oferecida pela
empresa.
PRICE (PREÇO)
Abaixo se encontram as estratégias da empresa em relação a preços.
57
Sugestão de preço
Os preços sugeridos são oferecidos pelos fornecedores dos produtos, os quais já
fizeram estudos de mercado e chegaram aos presentes números. O posicionamento
que a empresa terá será em relação aos pontos de vendas dos produtos. Como a
maioria dos e-consumidores usa a internet para pesquisa de preços, os preços da
loja virtual deverão ser ligeiramente menores do que os das lojas físicas, de forma a
criar uma percepção de vantagem na compra pela internet.
PLACE (PRAÇA)
Abaixo estão relacionadas as estratégias para o ponto de venda.
Definição da Logística
O escritório da empresa com local para recebimento, armazenagem e expedição
será localizado no município de Taboão da Serra, que fica em posição estratégia
58
próximo aos bairros como Morumbi e Butantã. A logística da empresa está
organizada conforme fluxograma abaixo:
PROMOÇÃO
A principal estratégia para promoção do site será o uso de links patrocinados em
sites de busca. Essa decisão vem do fato da empresa ter recursos limitados para
investir na compra de um serviço de lista, sendo necessário criar uma lista própria
de contatos. Assim, o uso de links patrocinados permite anunciar para pessoas que
buscam produtos que estão relacionados às palavras de sua busca, como
“cosméticos” e “orgânicos”.
59
Ticket Médio Estimado – é o valor médio dos pedidos.
Pay-Per-Click Médio Estimado – é o valor que se paga por click no link da
empresa.
Taxa de Retorno Estimada de Cadastros por Click – representa o número
de vezes que, por meio da abertura do site da empresa, um cliente se
cadastrou.
Taxa de Retorno Estimada em Vendas por Click – representa o número de
vezes que um cliente realizou uma compra.
H. EQUIPE
A estrutura inicial da empresa será composta pelos dois sócios. Após um ano, em
razão da previsão de aumento das vendas, será contratado um funcionário para
60
administrativo, outro para expedição e um atendente de telemarketing. Apesar da
estrutura enxuta, optou-se pela elaboração de um organograma um pouco mais
completo, de forma a esclarecer as atribuições individuais, dividido em área
administrativa/vendas e área operacional/expedição. A atividade de compras será
atribuição da área administrativa/vendas que controlará as necessidades pelo
acompanhamento da baixa dos estoques e previsão de vendas. A figura 6.5
apresenta o organograma da empresa.
Gerente Geral
Sócio A
Coordenador Coordenador
Administrativo Operacional
Sócio A Sócio B
61
processos de RH; controlar o fluxo de caixa (contas a pagar e contas a receber);
acompanhar e cobrar os serviços do escritório de contabilidade contratado.
62
de planejamento e execução de marketing e formação em administração de
empresas.
I. PROCESSO PRODUTIVO
A Beleza Vital, em razão de ser um comércio, apresenta um modelo de processo
produtivo simplificado, baseado nas necessidades e desejos do cliente. Assim, o
gráfico abaixo ilustra as etapas do processo de transformação da loja:
63
J. MODELO DE NEGÓCIO
Por se tratar de comércio, a Beleza Vital apresenta um modelo de negócio que pode
ser considerado simples em razão da natureza da empresa.
K. PLANEJAMENTO FINANCEIRO
Na seqüência são apresentadas as considerações feitas para cálculo da viabilidade
de empresa.
Taxa de Atratividade
Antes de iniciar o cálculo de viabilidade da empresa, é necessário definir a
rentabilidade mínima aceita pelos empreendedores. Para isso, usou-se uma
comparação entre as taxas das aplicações em renda fixa e em ações. Para as
aplicações em renda fixa, considerou-se a Taxa Selic – Meta, que em cinco de
dezembro de 2007 passou para 11,25% (BACEN, 2007). Para as ações considerou-
se o IBOVESPA, índice que reflete o desempenho médio do mercado de ações
brasileiro, registrando um ganho de 43,66% em 2007 (InfoMoney – Cotações).
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41,36% em 2007, e o desempenho do ISE – Índice de Sustentabilidade Empresarial,
composto por ações de empresa com reconhecido comprometimento com a
responsabilidade social e sustentabilidade empresarial, que registrou um ganho de
40,36% em 2007 (InfoMoney – Cotações).
Cálculo da Viabilidade
Em se tratando de um negócio baseado em internet, a empresa goza de maior
flexibilidade em suas decisões de investimento, principalmente em relação ao ponto
de venda. Como não existe uma loja física, o principal investimento é no
desenvolvimento do site, já que esse será o ponto de venda efetivo. Os demais
investimentos são em estoque, locação de sala comercial e estrutura mínima de
operação, como mesas, armários e computadores.
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O investimento inicial para início das operações da empresa é de R$ 12.963,59,
incluindo despesas pré-operacionais, investimentos em máquinas, equipamentos e
instalações, despesas com materiais e insumos, além de despesas com mão-de-
obra direta e indireta. A tabela 6.3 apresenta o investimento inicial e suas
aplicações.
O capital de giro também foi calculado pelo software, tendo como base o fluxo de
caixa projetado (tabela 6.4), que considera a previsão de vendas, o prazo médio
para pagamento dos fornecedores, o prazo médio para recebimento das vendas, as
despesas fixas mensais e as despesas sobre vendas, como impostos e taxas de
operação com cartão de crédito. O valor apresentado é de R$ 7.425,54.
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fraude. Quando o pagamento é realizado, o PagSeguro avisa a empresa para que
esta libere a mercadoria.
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Tabela 6.5 – Projeção dos resultados
Fonte: a autora com uso do software Make Money 2.0
Segundo o cálculo feito pelo software Make Money 2.0, considerando uma taxa de
atratividade de 40%, o Pay Back da empresa será de 9 meses, com o VPL projetado
de R$ 135.351,92, e TIR de 301,14% para os primeiros cinco anos, conforme tabela
6.5.
A tabela 6.7 apresenta o Balanço Patrimonial Projetado para os cinco primeiros anos
de operação da empresa.
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Tabela 6.7 – Projeção do Balanço Patrimonial
Fonte: a autora com uso do software Make Money 2.0
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7. CONCLUSÕES
A elaboração do plano de negócios permite que o empreendedor tome a decisão de
empreender tendo como base informações preciosas de mercado e de sua própria
reflexão sobre o que o negócio representa para seu modo de vida atual. Com o
plano de negócios pronto é possível avaliar os riscos da abertura do negócio e
comparar com as previsões de ganhos. Também é possível conhecer os pontos
fortes e fracos do negócio e o que precisa ser feito para minimizá-los.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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GUASTI, Pedro. Web Shoppers – 15ª. Edição. Disponível em
http://www.webshoppers.com.br acesso em 18/12/2007.
SCIARRETTA, Toni. Clientes de baixa renda já são maioria nas compras on-line.
Folha de São Paulo, 2007. Disponível em
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http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u353177.shtml acesso em
18/12/2007.
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