Maquinas síncrona

L. F. Morillas Brunetto, L.G. Gonzaga

Instituto Federal de Santa Catarina – IFSC
89813-000, Chapecó, Santa Catarina, Brasil
Curso Superior de Engenharia de Controle e Automação
Máquinas elétricas
E-mail luizbrunetto96@gmail.com, gabriel-gonzaga@bol.com.br,

Disciplina de Maquinas elétrica, prof. Alexandre Dalla Rosa

Resumo. Este documento aborda o entendimento

sobre maquinas síncronas
Palavras-chave: Controlador, LAG, Resposta em
freqüência, PDI.
1. Introdução
Grande parte da energia produzida no mundo é
adquirida através dos geradores de energia e
compensadores de energia reativa, é perceptível desta
forma que a máquina síncrona é essencial para a
manutenção energética mundial. Este tipo de
máquina possui ampla aplicação no meio industrial,
sendo utilizada em diversos setores como:
acionamento de grande potência, bombagem e tração
elétrica.
Outra importante característica chave que dá
ampla vantagem para este tipo máquina é que a
mesma pode trabalhar de forma isolada ou
interligada assim podendo constituir gigantescos
sistemas de potência, como exemplo deste modelo
temos o Sistema Interligado Nacional (SIN).
Estas máquinas possuem tipicamente grande
porte e utilizam grande energia, muitas vezes acima
dos 600 cv. Por conta deste perfil, chegam a altas
potências na ordem de 1600MVa sendo que sua
tensão ultrapassa muitas vezes a ordem de 20Kv. Isto
ocorre por conta do aspecto característico da isolação
da máquina.
A definição de máquina síncrona está
relacionada com os pólos magnéticos e freqüência da
tensão. Os mesmos apresentam uma relação fixa,
desenvolvida entre a freqüência angular mecânica
(𝜔𝑚𝑒𝑐 ) e frequência angular elétrica (𝜔𝑒𝑙𝑒 ), assim
pode-se equacionar a freqüência angular mecânica da
seguinte forma:
Assim, da equação (1) determina-se o valor de
𝜔𝑚𝑒𝑐 , (𝜔𝑒𝑙𝑒 ) ambas expressas em 𝑟𝑎𝑑 ∙ 𝑠 −1 e do
número de polos magnéticos da máquina (𝑝).
Dentre as características gerais para estes
equipamentos, os mesmos podem ser geradores
síncronos e motores síncronos.
Quando trabalhado como um gerador síncrono, a
energia mecânica é fornecida pela aplicação de um
torque e pela rotação do eixo fazendo assim com que
seja realizado trabalho em algum equipamento,
como: turbina hidráulica, vapor o gás. Deve ressaltar
que quando o gerador está conectado à rede, sua
rotação é expandida pela freqüência da rede por
conta da freqüência da tensão trifásica depender
diretamente da velocidade da máquina.
Em contrapartida, quando operado como um
motor síncrono, a energia elétrica será fornecida a
máquina por meio da tensão alternada trifásica que
existe nos terminais dos enrolamentos do estator. Os
enrolamentos do campo do rotor também são
alimentados por uma corrente continua.
Os geradores síncronos também denominados
pelas bibliográficas como alternadores ou geradores
de corrente alternada. Estes possuem como principal
função realizar a conversão da energia mecânica em
energia elétrica.
Nota-se que não se existe diferença construtiva
entre o alternador e o motor podendo por conta deste
fato ocorrer à substituição dos mesmos sem
decaimento de eficiência. Por conta desta
característica, pode-se usar tanto o gerador como
fornecedor de energia mecânica ao sistema como
também utilizá-lo fornecendo energia elétrica, a
função do mesmo possui dependência da aplicação.

2
(1)𝜔𝑚𝑒𝑐 = 𝜔
𝑝 𝑒𝑙𝑒
 Figura 1 – Gerador elétrico Pequeno Figura 3 - pólo saliente de uma máquina síncrona

Fonte: Máquinas Síncronas – USP

Figura 4 – pólo liso de uma máquina síncrona

Fonte: Emerson F. Tormann.

Figura 2 – Gerador elétrico industrial

Fonte: Máquinas síncronas - USP

Figura 5 – Rotor de máquina de pólos salientes

Fonte: www.granloc.com.br

2. Gerador: Componentes

Dado a iniciação do tema abordada na secção

passada, torna-se possível a abordagem das partes do
alternador de maneira completa.
Dentre os geradores síncronos existem dois tipos
de máquinas, as de pólos lisos e as de pólos salientes.
Além disso, o fluxo magnético é formado pela
corrente contínua existente.
Quando se trata de máquinas com pólos
salientes, as mesmas possuem como característica a
baixa velocidade e apresentam uma grande
Fonte: Máquinas síncronas – USP
quantidade de pólos, diâmetro grande, pequeno
comprimento e eixo vertical. Em contrapartida,
quando se trata de máquinas com poucos pólos, alta
Figura 6 – Contraste entre Rotor cilíndrico e
velocidade, diâmetro pequeno, comprimento grande
pólo liso
e eixo horizontal referem-se a máquinas com rotor
cilíndrico.

Fonte: EEEknow

2
 Os pólos destas máquinas são formados por dois
componentes, rotor (girante) e estator (armadura
externa). A velocidade varia conforme a
característica dos pólos da máquina, sendo maior na
de pólos liso e menor nas de pólos salientes.
Está máquina possui como componente principal
o rotor cujo este é alimentado por uma corrente
continuacujo a mesma cria o campo magnético
principal da máquina. Este componente movimenta-
se por meio de uma máquina primaria acoplada ao
seu eixo. O campo magnético originado também
pode ser denominado como circuito de excitação da
máquina síncrona.
Outro elemento primordial e elementar da
máquina é o estator que é alimentado por corrente
alternada e é composto por três vezes o número de
bobinas por pólo na máquina, comumente é trifásico
e constitui o circuito de potência elétrico da máquina.
Este elemento também é denominado como
armadura da máquina. O posicionamento dos
enrolamentos da armadura possui uma diferença
angular de 120°, sendo assim defasados 120°. A
ligação que pode ser aplicada é em estrela ou delta.
Por conta deste fato, ocorre a formação de um
campo girante que gera uma força eletromotriz (fem)
que cria por sua vez um conjugado. Este produto
formado é contrário a rotação do motor, necessitando
então de uma máquina primaria acoplada ao rotor
para que se mantenha a rotação.
Na grande parte destas máquinas ainda existe
um terceiro enrolamento denominado de enrolamento
amortecedor. Este componente fica acoplado ao rotor
e é do tipo gaiola. Sua função é diminuir a
quantidade de oscilações que provocam quebra de
sincronismo evitando assim que ocorra saída do
serviço da máquina, outra função também é
possibilitar o arranque assíncrono da máquina
síncrona.
3. Funcionamento: Gerador
O funcionamento do alternador ocorre através do
fornecimento da potência ativa a impedância da
carga, este fato faz com que a mesma atua como uma
fonte de tensão com freqüência determinada a partir
da velocidade primaria da máquina. A obtenção das
outras variáveis como corrente e fator de potência
ocorre pela determinação da excitação, impedância
do gerador e carga.
Em países industrializados estes equipamentos
são ligados em paralelo, desta forma constituindo
grandes blocos com centenas de máquinas ligadas
desta forma. Assim, com esta forma de ligação é
possível distribuir energia á longas distâncias
possibilitando economia e melhor continuidade de
serviço.
Logo, é possível realizar a determinação da tensão 𝑒
(2) que ocorre nos terminais em cada fase induzida.
Este por sua vez é incitada pelo campo magnético 𝜃,
sendo constante e criado pelo indutor.
(2)𝐸 = 4,44𝑓𝑁𝜃𝑚á𝑥 𝑘𝑤
Sendo assim, 𝜃𝑚á𝑥 representa o fluxo por pólo
referente à corrente do campo magnético, 𝑘𝑤 é igual
ao fator de enrolamento, 𝑁 equivalente ao número
de espiras por fase e 𝑓 é a frequência da tensão
induzida.
Partindo dos pressupostos apresentados na
equação um, pode-se perceber que a tensão é
proporcional ao fluxo do indutor, mas vale ressaltar
que em relação à corrente de excitação não se tem a
mesma relação por conta da saturação existente.
Outra relação que pode ser obtida é
característica de magnetização, a qual relaciona à
velocidade do rotor e a freqüência das tensões a
mesma pode ser vista na equação (3).
120𝑓
(3) 𝑛 =
𝑝
Logo, a velocidade do rotor depende da
freqüência de operação e número de pólos. Nota-se
que como são inversamente proporcionais, quanto
maior a quantidade de pólos, menor a velocidade do
rotor.
4. Circuito equivalente
Assim como ocorre com grande parte das máquinas,
ao colocar-se o alternador fechado e induzido por
uma carga ocorrerá percas por efeito joule e
magnéticas pelos condutores.
Por conta disso, foi desenvolvido um modelo de
circuito equivalente para estudo das características
deste tipo de máquina, o mesmo foi realizado em
regime permanente. Logo, como se trata de um
modelo de regime permanente, sabe-se que são
desprezados os transitórios que ocorrem no
enrolamento do amortecedor e circuito de excitação.
Assim, simplifica-se o mesmo para um circuito fase-
neutro.
Figura 7 – Circuito equivalente Máquina síncrona
Fonte: Máquinas elétricas, ESTG-IPL
Analisando a figura 7, pode-se denominar 𝑋𝑠
como reatância síncrona cuja qual depende da
reatância de fuga do enrolamento e reatância de
reação do indutor. A resistência 𝑅𝑠 é a resistência
efetiva do enrolamento, o mesmo é 1.6 vezes maior
que a resistência DC dos terminais, esse aumento
ocorre principalmente por efeito joule.
5. Ensaio de circuito aberto
Como já se foi previamente comentado, a
máquina síncrona atinge sua velocidade de operação
a partir de uma máquina primaria, neste caso
possuindo os terminais em circuito aberto.
Este ensaio ocorre-se medindo a tensão nos
terminais para diferente valor de corrente de
excitação, obtendo-se então uma curva.
6. Ensaio de curto circuito
Assim como no ensaio de circuito aberto o ensaio
a vazio tem o objetivo de obter parâmetros da
maquina síncrona.
De acordo com a Universidade de Lisboa (2018)
o ensaio de curto-circuito é efetuado com os
enrolamentos do induzido curto-circuitados. Neste
caso V=0. Obtêm a corrente do induzido (C.C) em
função da corrente de excitação.
No mesmo é possível determinar a reatância
síncrona da maquina.
A seguir na Figura 8 temos o diagrama de ensaio:
Figura 8 - Diagrama para ensaios fora da rede.
Logo aposta as todas as Lâmpadas estiverem na
mesma freqüência e apagadas o sistema pode ser
conectado na rede porque o mesmo vai estar
devidamente sincronizado com a rede, não havendo
assim problemas relacionados com a falta de
sincronização.
2 Conclusões
Conclui se que maquinas síncronas são muito
importante na vida industrial moderna, logo que a
mesma é essencial para produção de energia elétrica.
O documento demonstra como desenvolver
ensaios para obtenção de parâmetros e sincronização
com a rede de energia.
Referências Bibliográficas
[1] Ensaios da maquina síncrona. Disponível em:<
https://fenix.tecnico.ulisboa.pt/downloadFile/3
779571247631/GuiaSESincrona.pdf>. Acesso
em 10 de dezembro de 2018.

Fonte: Universidade técnica de Lisboa.

Ensaios da maquina síncrona. Disponível em:<
6. Método das lâmpadas apagadas https://fenix.tecnico.ulisboa.pt/downloadFile/3
O método das lâmpadas trata se de fazer o gerador 779571247631/GuiaSESincrona.pdf>. Acesso
se sincronize na mesma freqüência da rede para o em 10 de dezembro de 2018.
mesmo abastecer a rede na falta de energia.
Figura 9 demonstra do diagrama de ligação no
método das lâmpadas.

Figura 9 - Diagrama para ensaios fora da rede.

Fonte: Universidade técnica de Lisboa.

Entre as maquinas mesmo que elas os mesmos

valores de tensões eficazes iguais e também a
freqüência as lâmpadas podem não estar apagadas,
isso acontece porque o sistema não este devidamente
sincronizado.
Primeiro se ajusta a fases, isso só ira ocorrer
quando as lâmpadas estiverem no mesmo nível de
luminosidade e freqüência, enquanto não houver
deve se ajusta a troca de fases.