SUMÁRIO
1. Histórico _________________________________________________ 02
2. Acústica arquitetônica _____________________________________ 03
3. Som _____________________________________________________ 03
3.1 Som direto e reverberante
3.2 Eco
3.3 Redução sonora entre ambientes
3.4 Propagação ao ar livre
4. Ondas ___________________________________________________ 11
5. Ruído ____________________________________________________ 13
5.1 Ruído urbano
5.2 Redução por meio de barreiras acústicas
5.3 Níveis de ruído
6. Revisão I _________________________________________________ 13
7. Velocidade de propagação ___________________________________ 13
8. Ouvido humano ___________________________________________ 24
9. Faixa de Audição Humana e Sensibilidade do Ouvido____________ 25
- Acústica:
Desenvolveu-se ligada a música e a arte exercida desde 4000 a.C. pelos
hindus, egípcios, japoneses e chineses.
- Grécia Antiga:
A arte teve maior estima;
A música dominava a vida religiosa, estética, moral e científica;
“Homem musical Homem educado;
Música e poesia era uma coisa só
- Aristóteles e Euclides:
Estudaram o som entre 384 a.C. e 275 a.C.
Fusão mística entre aritmética e música
Influenciou a Idade Media
- Galileu Galilei:
Novas investigações na segunda metade do séc. XVII
Origem da “Acústica Experimental”
- Sabine:
Final do séc. XIX
Desenvolveu a Acústica Arquitetônica
- Ramo da física que se preocupa com o estudo do som, segundo sua produção,
transmissão e detecção.
• Acústica Arquitetônica
- Projeto Acústico:
Cada ambiente um caso específico
Basear nas leis da física (som segundo seus aspectos físicos e propagação)
Estudar e pesquisar cada ambiente
Estudar e pesquisar cada material a ser utilizado
Transição entre o projeto e execução
- Arquiteto:
Criar e projetar de forma clara
Selecionar, dispor, dimensionar, detalhar criteriosamente cada material do
projeto
- Raes diz que o arquiteto deve promover os meios para que todos os executem
tenham os “seus instrumentos perfeitamente afinados e a realização resulte
harmoniosa”, como se fosse o arquiteto o regente de uma orquestra.
• Som
- Senso Comum:
Som é tudo aquilo que ouvimos
- Física:
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Som é uma forma de energia vibratória que se propaga em meios
elásticos
- Psicologia:
Som é uma sensação inerente a cada indivíduo
- Fisiologia:
Preocupa-se com a maneira que o som percorre as vias auditivas até
atingir o cérebro
- Muitos corpos podem servir de fonte sonora, para isto ele precisa ser capaz de vibrar
ou oscilar:
Depende das propriedades físicas inerentes a cada corpo: massa e
elasticidade
a) ONDA DIRETA:
a. Chega primeiro e sua intensidade se conserva constante em cada ponto
analisado no recinto (não confundir com ponto distanciado da fonte),
desde que a fonte seja considerada constante.
b. Lembrar que a intensidade é conservada em relação aos seus pontos
EQÜIDISTANTES da fonte, deste que também constante.
b) ONDA INDIRETA:
a. Atrasa em relação à onda direta, pois seguem um percurso mais longo;
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b. Mais fraca que a onda direta, pois tendo o percurso mais longo, parte
da pressão e intensidade é absorvida na reflexão;
c. Quando há muitas reflexões, as novas ondas indiretas vão se tornando
mais fracas, menos intensas. A figura a seguir elucida melhor.
c) SOM DIFUSO:
a. Quando há um grande número de superfícies refletoras, há um
cruzamento de ondas sonoras em qualquer ponto do recinto e em
praticamente todas as direções possíveis.
b. É de suma importância o bom projeto acústico, para evitar que
determinada áreas não recebam o som refletido, criando assim espaços
"surdos".
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Situação: A reflexão é indesejável!
• ECO:
Havendo duas ou mais reflexões sucessivas, que fazem um raio sonoro
passar de novo pela posição do receptor, ocorrerá o eco se a diferença
de trajetos (ao longo do raio refletido e do raio direto) ultrapassar o
valor de 22 metros.
(SB+BA) – SA ≥ 22m
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Quando o comprimento da sala é pouco superior a 11m, os ecos só podem
prejudicar os próprios oradores, atores ou músicos que se acham no palco.
Como todos os trajetos de raios refletidos tocam a parede de fundo, as
soluções alternativas para suprimir o eco que afetam unicamente essa parede
sugere-se:
O que acontece...
• Conclusão:
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• Isolamento:
é realizado para evitar o contato sonoro entre dois ambientes;
• Uma absorção adicional reduz a intensidade do som reverberante, ajudando
no isolamento;
• O isolamento é realizado contra:
o Ruído aéreo: ruído que se origina pelo ar;
o Ruído de impacto: passos, batidas de fechamento, vibradores, etc
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Por motivos estruturais, se forem utilizados assoalhos de tábuas macho-fêmea,
estes deverão ser de pelo menos 20mm;
A capa de material flexível pode ser feita de lã de vidro ou de rocha, em
colchões de fibras longas, de uma polegada de espessura com densidade de 5 a
10Kg/m2. podem ser utilizadas chapas de isopor (20mm), cortiça (10mm) ou
borracha.
Perda de transmissão:
E = 10log 1/τ
onde, τ = coeficiente de transmissão sonora (número puro, sem unidade de medida).
RS = L1 – L2
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>> A redução sonora numa dada freqüência independe do nível de ruído da sala
emissora.
A redução sonora entre ambientes depende dos seguintes fatores:
Da perda de transmissão de uma parede transmissora de som, que
divide a fonte sonora da sala receptora. Quando uma onda sonora
atinge esta parede ela começa a vibrar e é através desta vibração que o
som é transmitido para a sala receptora;
Absorção da sala receptora: o ruído é maior em salas reverberantes
(vivas) do que em salas mortas (altamente absorvedoras);
RS = E + 10log (S/A2)
Onde,
RS = redução sonora entre os dois ambientes (dB);
E = perda de transmissão sonora pela barreira comum ou índice de enfraquecimento
global do fechamento ;
A2 = absorção da sala receptora (Sabin métrico);
S = área da parede comum entre dois ambientes (m2)
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Superfícies absorventes: Um prado coberto densamente de grama funciona
acusticamente como um absorvente bastante apurado. Deve-se ter cuidado na
sua localização pois pode ser preciso elevar o palco.
Portanto, para se realizar um projeto de auditório ao ar livre , deve-se
considerar além dos fatores colocados:
A elaboração do programa:
Recomenda-se um limite máximo de 600 pessoas.
Definição e estudo da localização:
Orientar em função da ventilação dominante, mas deve-se
analisar as variações que porventura possam ocorrer.
• Onda Sonora
- É uma onda produzida por uma fonte ou elemento vibrador que quando estimulado é
capaz de produzir perturbações ou variações na densidade do meio ao seu redor, como
conseqüência do aumento ou diminuição da pressão sonora.
- É mecânica
- É tridimensional
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Formas de onda.
Fonte: NUDELMANN et al. (1997) pág. 51.
- A onda sonora se caracteriza por:
Freqüência, Amplitude, Velocidade do som e Comprimento de Onda.
* Freqüência:
Nome dado ao número de ciclos que as partículas materiais realizam
em um segundo
É a taxa pela qual a fonte sonora vibra em Hz
* Amplitude:
É a medida do afastamento das partículas materiais de sua posição de
equilíbrio
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Pressão sonora instantânea de uma onda sonora.
Fonte: NUDELMANN et al. (1997) pág. 52.
* Velocidade de Propagação:
A celeridade (e) ou velocidade de propagação do som no ar é,
praticamente, a mesma para todas as freqüências, porém ela varia de acordo com o
meio de propagação. Eis alguns exemplos:
* Altura:
Está relacionada com a freqüência de onda sonora (não a intensidade
sonora)
Permite classificá-la de grave a agudo
* Intensidade:
Está relacionada à amplitude sonora, a pressão efetiva e sua energia
transportada
Permite classificá-la de fraco a forte
* Timbre:
Não é uma qualidade do som e sim da fonte sonora
Podemos diferenciar a fonte sonora
* Onda Senoidal:
Resulta de um movimento harmônico simples
Origina o som puro, composto de uma só freqüência
* Onda Complexa:
É toda onda sonora composta por uma série de senóides que podem
diferir em amplitude, freqüência e fase.
É constituída por mais de uma freqüência
Grau de complexidade:
Depende do número de ondas senoidais combinadas
Valores específicos de amplitude, freqüência e fase dos componentes
senoidais
“Série de Fourier”:
Série de ondas senoidais combinadas que formam uma onda complexa
Método de Fourier:
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Permite que qualquer forma de onda complexa possa ser decomposta,
ou analisada, num conjunto de amplitudes e freqüências das ondas senoidais que a
compõe
* Onda Periódica:
Repete em iguais intervalos de tempo
Teorema de Fourier:
Onda complexa é a soma de um número de ondas senoidais simples
somadas
* Onda Aperiódica:
Falta de periodicidade
Movimento vibratório aleatório
Comuns no dia-a-dia
• Ruído
- Sua classificação é muito subjetiva e sua distinção se refere ao fato de ser ou não
desejável
- Fisicamente:
Ruído é um sinal aperiódico, originado da superposição de vários movimentos
de vibração com diferentes freqüências as quais não apresentam relações entre si.
* Contínuo:
Há variações desprezíveis (até 3 dB) durante o período de observação
* Intermitente:
Há variações continuamente de um valor apreciável (+ 3 dB) durante o
período de observação
* Impacto ou impulsivo:
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Apresenta dois picos de energia acústica de duração inferior a um segundo
- Ruído:
Está presente em praticamente todos os instantes da nossa vida
Pode acarretar Perda Auditiva dependendo do:
Nível de pressão sonora
Tempo de exposição do indivíduo
Ruído urbano:
O ruído tem sua importância no estudo quando o mesmo afeta as pessoas que:
o Trabalham;
o Vivem e
o Usufruem os espaços.
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Vejamos um exemplo para uma sala de auditório, onde necessita-se um nível
de ruído de fundo de 15dB. A sala principal possui uma ante-sala (foyer) de
parede de tijolo furado rebocado 15cm e localizado próximo a uma via ruidosa
(80dB).
Para conclusão do exercício, vamos supor que a parede divisória dos dois
ambientes possui área igual a 1.500,00m2 e o índice de absorção da sala do
auditório (local receptor) seja de 1.735 sabins por m2.
Portanto:
R=?
N1=60dB e N2=15dB;
S=1.500m2 e A=1.735sabins/m2
R=(N1– N2) + 10 log(S/A)
R= (60 – 15) + 10 log(1.500/1.735)
R= (45) + 10 (log1.500 – log1.735)
R= 45 + 10 (3,17 – 3,24);
R= 45 – 0,7 Ø R=44,30 dB
Figura 1:
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Figura 2:
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Figura 3:
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É necessário ter-se o parâmetro “X” para determinar a atenuação:
Se DL>DS e DS>H, então:
X=H2 / (8.DS)
E se DL≈DS, então:
X=(2/8) {DS [(1+(H2/D2))½ -1]+DL [(1+(H2/D2))½ -1]
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Exemplo: uma escola está situada perto de uma fábrica que tem um teto plano
sobre o qual está apoiada um exaustor. A janela mais alta da escola está de
frente para a fábrica e na mesma altura da fonte de ruído. O exaustor tem 1m
de altura, está a 3m da parede da fábrica e produz ruído na freqüência de
660Hz. Encontre a altura da parede a ser construída na divisa da fábrica para
fornecer uma redução de 15dB.
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DS=3m
X em função do gráfico Ü At=15dB = X=3
f=660Hz Ü c= 8.f Ü 8=340/660 Ü 8=0,51m
H=?
X=H2 / (8.DS)
3=H2 / (0,51 . 3)
H2= 1,53 . 3
H2= 4,59 Ü H=2,14m
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Consideramos as intensidades físicas:
Io(incidente)= Ir + Ia + It
α = r+a = I – t
O coeficiente de absorção será sempre menor que 1, e seu número será sempre
uma fração decimal (0,07; 0,52) ou percentagem (7%, 52%).
Caso o coeficiente de absorção for 1, significa dizer que temos uma superfície
que absorve 100%, o que pode ser representado por um vão aberto (porta,
janela, etc), ou seja, toda a energia incidente sairá do recinto. Isso acontece
porque as dimensões são grandes em comparação ao comprimento de onda.
O valor do coeficiente de absorção depende da:
Natureza do material da superfície;
Freqüência do som;
Condições de montagem do material (espessura, modo de fixação,
pintura da superfície, etc);
Ângulo de incidência da onda.
A = Σ α nSn + Aobjetos
α = A/S
Σ α i + Aobj /S1 + S2 + ..... Sn
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Salas vivas: há muito som refletido.
Salas surdas: aquelas em que é forte a absorção média.
• Tempo de reverberação:
Definição: Tempo necessário para que um som deixe de ser ouvido, após a
extinção da fonte sonora. Expresso em segundo (s).
TR=0,161 V/A
A = Σ α S + Aobj
3
onde, V = Volume da sala (m );
A = Absorção (sabine);
α = Coef. de absorção;
S = área da superfície do material analisado.
• Nível de ruído:
Onde:
E – módulo de elasticidade (Young)
ρ – densidade
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Onde:
K – temperatura em Kelvin – Tc + 273
c = λf
Onde:
λ – comprimento de onda
f – freqüência
λ = cT = c / f
Onde:
T – período
- Exemplo:
Um corpo oscila a 500 Hz no ar, a temperatura de 10º C. Encontre o
comprimento de onda.
• Ouvido Humano
- Transdutor:
Transforma vibração em sinais elétricos
- Pode ser dividido em três diferentes partes:
Ouvido Externo
Ouvido Médio
Ouvido Interno
- Ouvido Externo:
Composto por 3 elementos – pavilhão da orelha, tubo ou canal auditivo e
tímpano
Pavilhão da orelha – forma afunilada
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Tímpano – membrana côncava
- Ouvido Médio:
Composto por 3 ossículos – martelo, bigorna e estribo – janela oval, janela
circular e Trompa de Eustáquio
Atua como amplificador através dos ossículos
Contém importantes elementos para proteger o sistema de audição – Trompa
de Eustáquio
- Ouvido Interno:
Transmite as informações por nervos até o cérebro
Cóclea – colhe as informações
Ondas percorrem distâncias diferentes, com diferentes tempos de atraso
Distinguir as freqüências
- Gráfico de Audibilidade:
Percepção média de indivíduos com percepção normal
Escala logarítmica
Nível 0 dB freqüência 1.000 Hz
Limiar de percepção
Sensibilidade máxima 3.000 Hz
Limiar da dor – varia conforme a freqüência de 110 dB a 140 dB
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• Pressão Sonora (P):
Onde:
T – Período (duração de cada ciclo)
f – freqüência (inverso do período)
- Som simples:
Emitido por um instrumento musical simples (ex: diapasão)
Suas vibrações podem ser registradas por qualquer processo
Apresenta forma de uma curva periódica, regular, sinusoidal
- Sons complexos:
São emitidos pelos instrumentos musicais
Originário de um som puro dotados de freqüências mais elevadas e
cujo número de vibrações é múltiplo do fundamental
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• Nível de Pressão Sonora (Lp):
Onde:
Po = Pref = 2 x 10ˉ Pa (N/m²) (nível de pressão sonora de referência)
• Intensidade (I)
- Permite distinguir sons fortes ou fracos: relação com a energia das oscilações que
são provocadas no ouvido do observador
- Determina para cada ponto do espaço por onde passam ondas e onde podem elas ser
captadas por um ouvido humano ou um receptor mecânico (microfone, por exemplo)
- Define-se a intensidade local do som (I) como potência por unidade de área:
Onde:
I – intensidade (W/m²)
W – potência (W)
S – área (m²)
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- À distância r de uma fonte puntiforme, que emite uniformemente em todas as
direções, a intensidade é:
Onde:
r – raio (fonte ao observador)
- Relação entre intensidade (I) e pressão acústica (P) (válida rigorosamente para ondas
planas e, aproximadamente, para ondas esféricas longe da fonte sonora):
Onde:
P – pressão sonora (RMS – raiz média quadrada)
ρ – densidade absoluta do ar, geralmente, suposta igual a 1,2 Kg/m³
c – velocidade de propagação do som no ar, geralmente suposta a 340 m/s
ρc – impedância acústica específica (válido para ondas esféricas e planas) – é a
facilidade ou a dificuldade que o som tem de se propagar = 410 rayls
- Intensidade e Potência são grandezas RMS (ROOT MEAN SQUAR) (raiz média
quadrada)
- Dados dois sons, com intensidades respectivas de I1 e I2, define-se como diferença
logarítma de nível ou “desnível” de intensidade, a seguinte formula:
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- Quando a grandeza considerada na descrição do fenômeno acústico é a pressão
sonora P (com valor eficaz representado por P), tem-se:
Soma Subtração
Algebricamente Algebricamente
Gráfico Gráfico
Tabela Tabela
Régua
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a) Soma Algebricamente:
Decompondo:
Lpt=10log (10L1/10 + 10L2/10 + 10L3/10 ...)
- Adota-se para “origem dos níveis” ou nível zero (“zero decibel”), o limiar de
percepção do ouvido humano médio para a freqüência de 1000 Hz.
- Para simplificar nos cálculos, sem grande erro (o qual é da ordem de 4%), pode-se
adotar o valor reduzido:
Onde:
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Lpt=10log (∑10Lp/10)
- Unidade = W
Orquestra 10W
Avião a jato (decolando) 1000Kw
Voz humana 1mW
- O nível de potência sonora, LW, é uma medida de carga de energia de uma fonte
sonora. O LW é definido por:
Onde:
LP = LI
LW = LI + 10 log S
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Onde:
S = área de uma superfície esférica
LI = LP
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110 – 130dB Insuportável (por longo tempo)
90 – 110dB Desagradável, penoso
70 – 90dB Barulhento
50 – 70dB Música e ruídos comuns
30 – 50dB Calmo
10 – 30dB Muito quieto
0 – 10dB Silêncio anormal
• Reflexão
- Reflexão de ondas:
Obedecem as leis da reflexão da luz.
- Leis da reflexão:
O raio incidente, a normal e o raio refletido estão contido num mesmo plano.
O ângulo de reflexão é igual ao ângulo de incidência (r = i).
Mesma freqüência
- Incidência Normal:
Raio incidente perpendicular a superfície S.
- Ondas circulares:
Refletem em uma superfície plana S.
F = fonte das ondas.
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- Pulso circulares durante a reflexão:
1. Pulso circular P antes de atingir a superfície S.
2. Pulso P no instante em que uma parte já se refletiu.
Após iniciada a reflexão, a cada instante a parte refletida e a parte não refletida estão
contidas em circunferências de mesmo raio.
ACB – F’(r) AXC – F(r)
- Exemplos:
1. As antenas em telecomunicações são parabólicas com o emissor (ou
receptor) de ondas situada no foco.
2. Concha acústica – músicos aproximadamente no foco (parede rígida –
pouca absorção do som praticamente toda energia incidente é refletida).
3. Superfície em forma elipsóide de foco F1 e F2. Qualquer raio que parte de
um dos focos e refletir na superfície passará pelo foco.
4. Pulso circular foi produzido em F1, após reflexão deverá convergir no
outro.
5. “Câmara do sussurro” – sala em forma elipsóide. Se uma pessoa sussurrar
num dos focos outra escutará no outro. Toda energia transmitida em um foco vai se
concentrar no outro foco (supondo pouca absorção das paredes).
• Refração
- Leis da refração:
O raio incidente, a normal e o raio refratado estão num mesmo plano.
Sen i = V1
Sen r V2
- Exemplos:
1. Refração de uma onda reta através de uma superfície plana S – situação i >
r, portanto V1 > V2, então λ1 > λ2.
2. Refração de pulsos retos:
a) Pulso atinge a superfície.
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b) XM já se refratou enquanto MY ainda está se aproximando de S.
c) Pulso totalmente refratado.
3. Refração de ondas circulares através de uma superfície plana S.
F – fonte sonora produzida no meio 1 que passa para o meio 2, sendo V1 > V2.
- Exemplo:
Sabe-se que a velocidade do som num gás aumenta com a temperatura
Quanto maior for à temperatura, maior será a velocidade do som.
• Difração
- Fenômeno notório:
Ouvimos a buzina de um automóvel antes dele atingir a esquina, apesar de não
estarmos vendo-o.
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- Quando uma onda encontra uma barreira:
Se o diâmetro do orifício é o mesmo do comprimento de onda – espera-se
ondas só no alinhamento do orifício (princípio da propagação retilínea).
Isto não acontece – as ondas se “encurvam” contornam o obstáculo.
• Princípio de Huygens
- Determina a posição de uma frente de onda num determinado instante, desde que
conheçamos a sua posição num instante anterior.
- Cada ponto de uma frente de onda comporta-se como uma fonte de “pequenas”
ondas secundárias, que se propagam em todas as direções com velocidade igual à da
onda principal. Após um intervalo de tempo Δt, a nova posição de frente de onda é a
envoltória das ondas secundárias.
(envoltória das frentes das ondas secundárias – superfície que tangência as frentes de
onda secundárias).
S – frente de onda no instante t.
- Princípio de Huygens para onda reta e para onda circular que se propagam com
velocidade V em um meio isotrópico e homogêneo.
- Ondas secundárias:
Só são efetivas no ponto de contato com a envoltória, tendo intensidade
desprezível nos outros pontos.
- Na figura 24:
A onda secundária ABC só é efetiva no ponto B.
Os trechos dos pontos AB e BC têm intensidade desprezível.
- Frente de AMB:
Fontes secundárias, após algum tempo a nova frente de onda é A’M’B’.
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