CAMP
BOA VISTA-, RR
NOV/2018
Trabalho de Conclusão de
Curso de graduação apresentado ao Curso de
Licenciatura em Letras – PARFOR daá
Universidade
Estadual de Roraima (UERR), como
requisitoRequisito
para obtenção do título em lLicenciatura
em Letras / Literatura
sob orientação da Prof. MsC. Sonyellen Fonseca
Ferreira..
Orientadora: Sonyelen
BOA VISTA, -RR
NOV/2018
Banca Examinadora
_________________________________________________
Professor(a):
Orientadora
_________________________________________________
Professor (a):
Membro
_________________________________________________
Professor (a):
Membro
Conceito________________________________________________________
para concluir
mais esta etapa de formaçãoo
profissionalProfissional.
AGRADECIMENTOS
HQ História em Quadrinho
INTRODUÇÃO...........................................................................................................11
1. A CRIAÇÃO DA HISTÓRIA EM
QUADRINHOS....................................................13
2.1 Oo ensino da
literatura.........................................................................................1715
CONSIDERAÇÕES
FINAIS.......................................................................................283
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS..........................................................................3025
INTRODUÇÃO
12
estudo da literatura brasileira na modalidade de ensino médio, os alunos tendem a
não se sentirem atraídos pelas obras extensas e com linguagemns formalis de um
tempo de que não lhes fazem mais parte. Diante esse fator, algumas obras literárias
foram adaptadas1 para HQs, que em seu contexto final não se distanciaram da obra
originalperderam a essência e ainda aproximaramou o leitor do mundo literário.
1
Os quadrinhos podem adquirir formas distintas entre si. Por isso, diante da diversidade que a
linguagem das HQs engloba, convencionou-se utilizar a definição de clássicos adaptados proposta
por Monteiro (2002, p.7), colocada da seguinte forma: “os chamados clássicos adaptados são
criações por encomenda, tendo como base somente títulos de domínio público. [...] normalmente,
baseiam-se em obras que integram os cânones da literatura ocidental”.
13
As habilidades para compreender os conceitos abstratos são possíveis a
partir da adolescência, tanto pelas características das suas estruturas mentais,
quanto a restrita quantidade de referências que possuemi devido à sua pouca
vivência, por isso, a imagem é tão relevante e essencial para facilitar o entendimento
do jovem leitor.
2
Richard Felton Outcault foi um autor e ilustrador de tiras de quadrinhos norte-americano, em
especial, as séries The Yellow Kid e Buster Brown. É considerado o inventor da tira em quadrinhos
moderna.
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imagens, numa época onde ler era privilégio de poucos. Segundo Fernandes (2010),
antes a ideia de cultura e educação eram somente associadas àas classes mais
altas da sociedade e posteriormente, onde o contexto de capitalismo se firmou como
modo de produção dominante, foram surgindo as histórias em quadrinhos. Somente
a partir do século XX o termo História em Quadrinhos começou a ser utilizado,
quando foram introduzidos os balões nos desenhos com as falas dos personagens.
De acordo com Mendonça (2007) as HQs começaram a ganhar mais espaço
conforme seu público aumentava, expandindo sua presença para além de seus
próprios encadernados, chegando também a ocupar outras posições e roupagens,
podendo citar aqui, as tirinhas, as charges e os cartuns que são veiculados a jornais
e revistas.
Silva (2011) afirma que sua leitura muitas vezes pode ser feita inclusive por
analfabetos ou até mesmo quando escritas em outro idioma, apenas interpretando-
se a sequência de imagens. Diante isso, podemos afirmar que os quadrinhos são
um incentivo à leitura, pois até mesmo quem não é habituado à apreciação de obras
literárias, podem são ser leitores de quadrinhos. Contudo, embora sua linguagem
objetiva, os quadrinhos exigemapresentam a necessidade do leitor que
compreendaer a estrutura organizacional do mesmo deste gênero textual, para que
haja o entendimento cronológico do texto representativo.
No Brasil as HQs chegaram com as criações do italiano Angelo Agostini, suas
primeiras publicações foram na revista Vida Fluminense 3, com o título: As aventuras
de Nhô Quim, que narrava as experiências de um caipira na cidade grande. Agostini
trouxe neste enredo uma novidade: um personagem fixo para a história.
Desde então o mundo das HQs foi se desenvolvendo abrindo concorrências e
novas possibilidades de criações com personagens nacionais e estrangeiros que
sobrevivem no mercado há mais de meio século, conquistando novos leitores a cada
geração e enfrentando cada novo concorrente que ali se instala.
Segundo Waldomiro Vergueiro,
3
Revista Vida Fluminense: folha joco-seria ilustrada, publica revistas, caricaturas, retratos, modas,
vistas, músicas etc etc. A revista era famosa por conter diversas histórias em quadrinhos, tanto
brasileiras como estrangeiras.
15
estudo acadêmico de quadrinhos. É fácil verificar que, nos últimos 10
anos, ocorreu um crescimento bastante expressivo de pesquisas
relacionadas com histórias em quadrinhos nas universidades brasileiras.
(VERGUEIRO, 2010, p. 9).
4
Comics é uma expressão de origem inglesa que pode ser traduzida como “cómicos” e que designa
as bandas desenhadas (histórias em quadrinhos) produzidas nos Estados Unidos.
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como agentes catalisadores de uma “preguiça mental”. Isso aconteceu em virtude
das temáticas abordadas, que fugiam às narrativas convencionais.
Pitombo esclarece que,
5
Classics Illustrated é uma série de histórias em quadrinhos que traz alguns adaptações de obras
da literatura clássica, projetada por Albert Lewis Kanter (1897-1973) em 1941 para a Elliot Publishing.
A série mudou de editoras ao longo do tempo, entre elas, a First Comics no início de 1990, em 2003
pela Jack Lake Productions Inc. e desde o final de 2007, pela Papercutz.
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quando alguns períodos as quadrinizações desse tipo alcançaram números
modestos.
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De um certo ponto de vista, a escola é tida como uma das principais
instituições responsáveis pela transmissão do patrimônio cultural e literário da
humanidade. O papel de mediador é competência do professor que busca caminhos
para que através dos quais a formação do leitor aconteça de forma prazerosa e
crítica. Assim acontece nas práticas de leitura, que não podem se restringir à
execução de tarefas obrigatórias ou com finalidades pré-estabelecidas, como o
ENEM, que produz o efeito retroativo nos currículos, práticas de leitura e avaliações
ao longo dessa etapa da educação básica. Por muitas vezes, em nome dessa
obrigatoriedade, a prática de ensino em sala de aula restringe o ensino da gramática
a aspectos estruturais da língua e deixa de lado o ensino da literatura e as
discussões críticas suscitadas pelo texto literário.
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Em 1997, o PCN de educação artística incluía especificamente a importância
de os estudantes desenvolverem habilidades para leitura de quadrinhos. Já o PCN
do Ensino Médio da área de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias de 2006
referia-se especificamente aos quadrinhos como importante objeto de estudo para
leitores mais avançados. O grande destaque deste documento é enfatizado na
importância de desenvolver nos estudantes técnicas para uma leitura mais
aprofundada das HQs. Pode-se considerar esse apanhado não somente como
desenvolvimento na leitura, mas também como possibilidades para apreciação de
outras artes.
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Por conseguinte, o ensino da literatura é um aliado complementar histórico
dos mais variados contextos, sejam por meio dos romances, pinturas da época,
orientações medicinais, atividades esportivas e/ou comunicativas, manifestações de
hábitos alimentares e até mesmo organizações políticas.
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3. A CONSOLIDAÇÃO DA HISTÓRIA EM QUADRINHOS NA LITERATURA
BRASILEIRA
O uso dos quadrinhos na literatura temraz sua relevância não somente para o
entretenimento, mas também para o campo (in)formativo sobretudo, porque tem se
percebido que uma ideia posta no papel pode ser desenvolvida não somente com a
escrita, mas se a ela estiverem associadas a imagens e uma história animada,
podem que possa ajudará-la no compartilhamentoa percepção de ideias e para
melhorar a compreensão de mundo do indivíduo que faz uso habitual desse tipo de
literatura. Assim afirma Alves (1998, p. 40), “só conservamos na memória e
aprendemos aquilo que nos é significado e possui relações com o nosso universo
sociocultural”.
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de outras didáticas, levando para a sala de aula a linguagem icônica, tão
amplamente utilizada pela mídia atual, pois além da inclusão nos PCNs, o fato dos
quadrinhos passarem a ser selecionados para o PNBE do Governo Federal acabou
impulsionando ainda mais a produção do gênero voltado para finalidades didáticas.
O Programa, que busca incentivar o hábito da leitura entre estudantes de escolas
públicas do ensino fundamental e médio, incluiu histórias em quadrinhos no acervo
distribuído anualmente para estabelecimentos de ensino de todo o País. Em 2009
obteve aumento significativo no número de histórias em quadrinhos selecionadas
para o acervo. Conforme ressalta Calazans:
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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DIONISIO, A. P. et al. (Org.). Gêneros Textuais e Ensino. 2.ed. Rio de Janeiro:
Lucerna, 2002.
FERNANDES, Camila. O capitalismo e o Advento de uma sociedade de
consumo. Revista Eletrônica Colégio Mãe de Deus. V. 1 Nº 1, Setembro, 2010.
LAJOLO, Marisa (2008). Do mundo da leitura para a leitura do mundo. 6ª ed. 13ª
impressão. São Paulo: Editora Ática.
LIBERATO, Yara Goulart. IN: EVANGELISTA ET AL (orgs.). A escolarização da
leitura literária.2. Ed. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2011.
MARTINS, Maria Helena. O que é leitura. 19. ed. São Paulo: Brasiliense, 1986.
PITOMBO, H. Literatura e quadrinhos: uma relação onde não existe crise. In:
Discutindo Literatura. Especial Quadrinhos. São Paulo: Escala Educacional, n. 5,
2008, p.7-11.
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VERGUEIRO, W. Literatura brasileira em quadrinhos. 2005. Disponível em:
<http://www.poppycorn.com.br/artigo. php?tid=980>. Acesso em: 14 jul. 2008.
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